Música & Mercado #54 PT

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WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | MAIO | JUNHO DE 2011 | Nº 54 | ANO 9 GERENTE COMPRADOR VENDEDOR 1 VENDEDOR 2 VENDEDOR 3 Uma visão integral e preocupação excessiva com os detalhes são os segredos do sucesso da Warwick. Conheça o passado, compreenda o presente e veja o que Hans-Peter Wilfer, seu fundador e CEO, planeja para a empresa no futuro PÁG. 64 Experiência, estratégia e genética SEM CRISE DOS 30 Casio alinha suas estratégias com a sede japonesa para se reposicionar no país PÁG. 56 VOCÊ PRECISA DE UM SÓCIO? Os principais pontos a serem considerados antes de constituir uma sociedade PÁG. 130 DE OLHO NO DINHEIRO Três lojistas revelam como planejam o orçamento de seus estabelecimentos PÁG. 46 VENDA MAIS 7 dicas essenciais para estimular a compra por impulso PÁG. 78 DIRETO DO JAPÃO Empresas falam sobre os reflexos na produção pós-tsunami PÁG. 92 CLIENTE MÓVEL Como usar a divulgação pelo celular para atingir o seu consumidor onde ele estiver PÁG. 48 E MAIS Panorama geral sobre a Musikmesse 2011 PÁG. 114

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Música & Mercado #54 Brazilian Edition

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INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | MAIO | JUNHO DE 2011 | Nº 54 | ANO 9

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2011

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Uma visão integral e preocupação excessiva com os detalhes são os segredos do sucesso da Warwick. Conheça o passado, compreenda o presente e veja o que Hans-Peter Wilfer,seu fundador e CEO, planeja para a empresa no futuro PÁG. 64

Experiência, estratégiae genética

SEM CRISE DOS 30Casio alinha suas estratégias com a sede japonesa para se reposicionar no país PÁG. 56

VOCÊ PRECISA DE UM SÓCIO?Os principais pontos a serem considerados antes de constituir uma sociedade PÁG. 130

DE OLHO NO DINHEIROTrês lojistas revelam como planejam o orçamento de seus estabelecimentos PÁG. 46

VENDA MAIS 7 dicas essenciais para estimular a compra por impulso PÁG. 78

DIRETO DO JAPÃO Empresas falam sobre os reflexos na produção pós-tsunami PÁG. 92

CLIENTE MÓVELComo usar a divulgação pelo celular para atingir o seu consumidor onde ele estiver PÁG. 48

E MAIS

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SUMÁRIO

MATÉRIAS 48 MUNDO DIGITAL 48 MUNDO DIGITAL Celulares, netbooks e iPads: as novas plataformas para divulgação digital Celulares, netbooks e iPads: as novas plataformas para divulgação digital 48 MUNDO DIGITAL Celulares, netbooks e iPads: as novas plataformas para divulgação digital 48 MUNDO DIGITAL

52 NEGÓCIO DE VAREJO “Fofocas e fofoqueiros”; 52 NEGÓCIO DE VAREJO “Fofocas e fofoqueiros”; 52 NEGÓCIO DE VAREJO por Neno Andrade

56 REESTRUTURAÇÃO Casio reposiciona a marca no Brasil

60 MARKETING A venda vai além do atendimento e da disponibilidade de produtos

62 MARKETING E NEGÓCIOS “Rock in Rio: as Olimpíadas da música”; por Alessandro Saade

76 TECNOLOGIA MUSICAL “Preço Mínimo Anunciado - PMA”; 76 TECNOLOGIA MUSICAL “Preço Mínimo Anunciado - PMA”; 76 TECNOLOGIA MUSICAL por Joey Gross Brown

78 PDV 78 PDV Sete ideias para estimular a compra por impulso

84 PME Dez regras fundamentais para a gestão de equipes

86 EMPRESAS 25 anos de trajetória da Octagon Cymbals

92 ESPECIAL JAPÃO Roland, Suzuki, Casio, entre outras, contam se o terremoto

no Japão irá afetar o fornecimento de produtos no Brasil

96 PONTOS DE VENDA “O olhar de fora para dentro”; por Luiz Sacoman

100 MERCADO Fabricantes de gaitas disputam mercado após fechamento da Bends

114 MUSIKMESSE Visão geral da maior feira de instrumentos musicais do mundo

SEÇÕES 34 EDITORIAL Qual é o seu papel?

37 OPINIÃO Takao Shirahata, CEP da Roland Brasil

38 ÚLTIMAS Namm e Messe vão à Rússia

46 ENQUETE Orçamento: chave do sucesso

104 ARTE DA GUERRA Estratégias para vencer a concorrência

106 LOJISTA Aky Disco / PB

110 VIDA DE LOJISTA Válvula Lúdica / RJ

116 INOVAÇÃO & DESIGN Musicreed: premiado na Namm

118 PRODUTOS Novidades do mercado

124 TESTE Violão Crafter GLXE-3000/SK

126 SERVIÇOS O que a M&M pode oferecer a você

128 CONTATOS Nossos anunciantes você encontra aqui

130 CINCO PERGUNTAS Sociedade: vantagens e riscos

64 CAPAOs segredos do sucesso da Warwick: entrevista

com Hans-Peter Wilfer, fundador e CEO da empresa

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ErrataEm Últimas, pág. 39, “Contratação e Recolocação”, André Luiz Oliveira é o novo gerente comercial daHabro Music. Wanderson Nunes é o novo representan-te da empresa Krest Cymbals na região Centro-Oeste.

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É RELATIVAMENTE FÁCIL TER UM COMÉRCIO, importadora ou qualquer outra empresa. Difícil é estabelecer-se como uma empre-sa potencial e diferente. Muitas se estabelecem pela demanda re-primida e seu cerne é somente o comércio, a compra e venda em si.

MAS, AO CONSTATAR QUE OS CONCEITOS MUDARAM, qual seria o modelo de negócio desta década? Acredito que a distribuição em massa, aliada a preço e marketing. Parece bobo, mas não é. Em termos de marketing e capitularidade, nem todos fazem como de-veriam. Margens menores diante da alta competitividade e o po-der de comparação de preços via internet e celular (veja matéria na pág. 48) estão alterando a realidade de lojas em todo o mundo.

QUAL É O SEU PAPEL? O que você irá vender, como irá transmitir con� ança e desa� ar dezenas de competidores on-line? Falando mal? Isso tem um prazo. A mudança no comportamento de con-sumo ocorre por forças muito independentes.

ESTA M&M MOSTRA CASOS DE SUCESSOM&M MOSTRA CASOS DE SUCESSOM&M , como a Warwick, fá-brica de contrabaixos que se tornou símbolo do segmento e des� la qualidade. Também tivemos uma reunião na Casio, no Japão, para compreender as mudanças profundas que a empresa está fazendo em tecnologia e posicionamento. Ainda sobre empresas, conheça mais profundamente a história da Octagon e saiba quais são os planos da companhia para o futuro.

TRAZEMOS AINDA MATÉRIAS BASTANTE CONTEXTUAIS, como o encerramento das atividades na Bends e também o infeliz acon-tecimento do terremoto no Japão, onde estão as sedes de grandes empresas de nosso setor. Como essas duas situações afetarão o mercado brasileiro? Con� ra nas páginas 92 e 100.

E TEM MUITAS OUTRAS MATÉRIAS SUPERINTERESSANTES. Por-que, você sabe, todas essas páginas são produzidas especialmente para levar a você mais que informação: elas levam conhecimento, para que você tenha base para compreender qual é o seu papel na para que você tenha base para compreender qual é o seu papel na realidade de mercado atual. Mas sobretudo para que saiba quais realidade de mercado atual. Mas sobretudo para que saiba quais ferramentas utilizar para chegar onde você quer. Sucesso!ferramentas utilizar para chegar onde você quer. Sucesso!

DANIEL NEVESDANIEL NEVES*Frase atribuída ao físico Albert Einstein (1879-1955), que elaborou a Teoria da Relatividade.*Frase atribuída ao físico Albert Einstein (1879-1955), que elaborou a Teoria da Relatividade.

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O papel de cada um de nós

“O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”

— Albert Einstein*DANIEL NEVES

PublisherDaniel A. Neves S. LimaDiretora de ComunicaçãoAna Carolina Coutinho - MTB: 52.423Assistentes de ComunicaçãoItamar DantasJuliana CruzGerente Comercial BrasilEduarda LopesAssistente ComercialDenise AzevedoRelações InternacionaisNancy BentoAdministrativoCarla AnneFinanceiroAdriana NakamuraDireção de ArteDawis RoosRevisão de TextoHebe Ester LucasAssinaturasBarbara [email protected] Cariglio, Alessandro Saade, Luis Tuculet, Luiz Sacoman, Miguel De Laet,Neno Andrade e Ricardo D’ApiceMúsica & Mercado®

Caixa Postal: 2162 – CEP 04602-970São Paulo – SP. Todos os direitos reservados.Autorizada a reprodução com a citação da Música & Mercado, Música & Mercado, Música & Mercadoedição e autor. Música & Mercado não é responsável pelo Música & Mercado não é responsável pelo Música & Mercadoconteúdo e serviços prestados nos anúncios publicados.

PublicidadeAnuncie na Música & [email protected]./fax.: (11) 3567-3022www.musicaemercado.com.brE-mail: [email protected]&M no Orkut: http://tr.im/ydf6Twitter: twitter.com/musicaemercadoParcerias

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TAKAO SHIRAHATAé presidente e CEO, sócio e cofundador da Roland Brasil

OS DESAFIOSDO NOSSO MERCADO

OPINIÃO

GLOBALIZAÇÃO, INTERNET, CONCORRÊNCIA.COMO SOBREVIVER A TANTAS CIRCUNSTÂNCIAS COMPETITIVAS?

O comércio varejista em geral mudou muito nos últimos anos. Em qualquer mudança dessa natu-reza existem os pontos positivos e os negativos.

Mas a verdade é que se trata de um caminho sem volta e temos de nos adaptar aos novos tempos.

O primeiro grande desa� o é o da globalização. O avanço da internet abriu as portas do mundo para o consumidor fazer as compras sem sair de casa. No Bra-sil o impacto ainda não é tão grande devido aos impos-tos e à burocracia que envolvem a importação, porém o movimento já começou.

A maior rede de varejo de instrumentos musicais nos Estados Unidos — a Guitar Center — já vende para o nos-so país (em geral produtos de marcas ainda não representa-das por aqui). Para testar, � z duas compras separadas: um pedal de efeito para guitarra e um bocal de trompete. Nos dois casos a experiência foi surpre-endentemente positiva. Prazo de entrega, documentação e se-gurança. Altamente pro� ssio-nal, e� ciente e con� ável. Como consumidor, � quei contente. Mas como empresário atuando no mercado brasileiro, � quei preocupado.

Existem também os desa� os provenientes das mu-danças internas do País. O governo está cada vez mais fechando o cerco contra a informalidade e criando sis-temas de controle para aumentar a arrecadação — já que não há mais espaço para aumentar os impostos, então a solução é melhorar o sistema de cobrança... Nota Fiscal Eletrônica, Substituição Tributária e cam-panhas como Nota Fiscal Paulista são alguns exemplos de ações recentes do Fisco. Se em outras épocas cer-to grau de ine� ciência administrativa da empresa era compensado pela ‘economia’ tributária da informalida-

de, nos dias de hoje a empresa precisa ser cada vez mais competente e e� ciente para sobreviver e crescer.

Opções para vencê-losPara enfrentar essas circunstâncias, em muitos casos, a solução é a expansão, mas é importante, primeiro, avaliar se a casa está em ordem. Pois multiplicar a ine� ciência signi� ca gerar mais riscos e criar mais problemas. A ex-pansão pode começar dentro da própria loja — por exem-plo, aumentando o mix de produtos e fazendo uma boa

seleção de fornecedores. No va-rejo é comum associar expansão ao aumento do número de lojas. Em um mercado cada vez mais competitivo, a economia de es-cala é determinante para com-pensar a redução de margens.

Aumentar o negócio implica também precisar de mais gente. Esse é outro grande desa� o do comércio varejista. A ausência de planos de carreira, especiali-zação e até mesmo a informali-dade fazem com que muitos dos trabalhadores do setor encarem sua atividade como ocupação

temporária ou um subemprego. Em um setor no qual predomina o modelo de empresa familiar, isso é um pro-blema potencial de médio e longo prazo. A� nal, já não se fazem tantos � lhos como antigamente...

A despeito de tantos desa� os, como eterno otimista que sou, vejo um mercado aberto a grandes oportunida-des. Trabalhamos em um segmento especializado. Não somos dos commodities. Podemos — e devemos — agre-gar valor. Oferecer algum diferencial. Felizmente a mo-dernização e a globalização têm aumentado também o número de consumidores conscientes e exigentes. Não é só preço que eles estão buscando. Em outras palavras: eles estão dispostos a pagar o preço que vale.

A MODERNIZAÇÃO A MODERNIZAÇÃO E A GLOBALIZAÇÃO E A GLOBALIZAÇÃO TÊM AUMENTADO

O NÚMERO DE CONSUMIDORES CONSCIENTES E CONSCIENTES E

EXIGENTESEXIGENTES

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Reestruturação da Krest CymbalsRecentemente, a fabricante nacional de pratos de bateria reformulou a identidade visual de todas as suas linhas de produtos como parte de seu reposicio-namento no mercado. Foram renovados os logotipos e layout de todas as séries dos pratos. O objetivo é trazer modernidade e uma identidade marcante para cada modelo. “Essas mudanças são parte de um pla-no de reposicionamento da marca. Otimizar o mix de produtos, junto com a reestruturação do quadro de artistas patrocinados, foi a primeira etapa. Agora estamos na fase de expansão no âmbito comercial. Houve uma reestruturação de nosso quadro de re-presentantes e queremos nos consolidar em algumas regiões do Brasil”, informa Álvaro Rodríguez Hevia, coordenador de marketing da Krest.

O portfólio de produtos também mudou. Antes com dez linhas, agora a Krest trabalha com seis –

A organização da Musikmesse Frankfurt, em parce-ria com a Namm, acaba de anunciar o lançamento de sua nova feira de negócios na Rússia, em maio de 2012, em Moscou.

A feira se chamará Namm Musikmesse and Prolight + Sound Russia e ocorrerá no Expo Centre, de 16 a 19 de maio do ano que vem. A intenção do novo trade show é crescer em novos mercados e benefi ciar o desenvolvimento profi ssional e a edu-cação musical na região.

Joe Lamond, presidente da Namm, falou sobre a novidade: “A Namm e a Messe Frankfurt trabalha-rem juntas para ampliar o mercado russo e da Euro-

pa Oriental é uma coisa boa para a indústria global. Enquanto parceiros, estamos ansiosos para aumen-tar o setor e ajudar mais pessoas a experimentarem os benefícios comprovados de se fazer música”.

O mercado russo tem grande potencial devido à sua vasta população – cerca de 145 milhões de pes-soas – e cultura musical desenvolvida. Estima-se que o volume do mercado de instrumentos e tecnologia na Rússia esteja avaliado em cerca de 600 milhões de euros. Algumas empresas brasileiras, amparadas pela Anafi ma (Associação Nacional dos Fabricantes de Instrumentos Musicais e Áudio) já demonstraram interesse em expor seus produtos na região.

NEWS

Deep Cult, Fusion, R, Hx, L e Band – e dois tipos de pratos especiais, Brilliant e Ksignature.

De acordo com Hevia, todas as mudanças têm um objetivo maior: “Acima de tudo, nossa meta é fortale-cer e consolidar nosso posicionamento perante o mer-cado, lojistas e consumidor � nal com o que a Krest tem de fato: o melhor custo-benefício em toda a sua linha de pratos B8”, concluiu.

Namm e Messe vão à Rússia

Expo Centre em Moscou, em 2012 sede da primeira Namm Musikmesse and ProLight + Sound Russia

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Royal Music: melhor distribuidora da Epiphone em 2010A importadora e distribuidora brasileira recebeu o prê-mio de Top Distributor da Epiphone pela sua atuação com a marca em 2010. O prêmio foi entregue na Musik-messe, feira que aconteceu em Frankfurt, na Alemanha, entre os dias 6 e 9 de abril.

Outra novidade é que a Royal irá distribuir dois mode-los de bateria eletrônica da Ashton, fabricante australia-na de instrumentos musicais. A Rhythm VX e a Rhythm UVX serão vendidas exclusivamente pela rede de lojas Made in Brazil até o � nal de maio.

Meteoro na cena internacionalA Meteoro fechou parceria em Los Angeles com o es-túdio Wava Flow, do produtore guitarrista Wagner Fulco. Em um trabalho recente do artista Snoop Dogg, gravado no estúdio, pode-se ver claramente os amplifi cadores Meteoro. Segundo Kika Brandão, diretora de marketing da empresa, essa ação é fruto da estratégia de expandir cada vez mais a parti-cipação da marca no mercado norte-americano. “A Me-teoro Amplifi ers iniciou um trabalho de consolidação da marca no exterior, principalmente nos Estados Unidos. Esse trabalho já vem durando alguns anos e tem trazido grande retorno para a marca”, ressalta.

Implantação do ponto eletrônico é prorrogadaInicialmente, o novo sistema Registrador Eletrônico de Ponto valeria a partir de agosto de 2010. Entretanto, foi prorrogado para março de 2011, e agora a utilização obri-gatória do REP será em 1º de setembro de 2011. Essas al-terações da data da implantação obrigatória do novo re-gistro eletrônico ocorreram em razão da di� culdade das empresas em instalarem o sistema.

Scott Riley, especialista de produtos da Epiphone;René Moura, diretor da Royal Musice Jim Rosenberg, presidente da Epiphone

e guitarrista Wagner Fulco. Em um trabalho recente do

Cena do vídeo de Snoop Doggem que aparece o amp da marca

Atrasados ou no tempo certo?Os fabricantes internacionais querem mais resultados. Isto é fato. Outro ponto é que também querem maior abertura no sistema de vendas. Algumas distribuidoras estão vendo isso mais rápido que outras. Será tarde demais?

O que ele quer?Um distribuidor chileno, representante de fábricas alemãs e americanas, recentemente começou a buscar venda direta com algumas lojas no Brasil.

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Pearl muda departamento comercialA Pearl Brasil sofreu alterações em sua equipe comercial, an-tes de responsabilidade de Marcos Tachikawa. A partir de agora, o responsável pela área é Ricardo D’Apice, que, além do marketing, comandará a equipe comercial da empresa. O novo gerente comercial é André Jung, ex-baterista do Ira.

Tachikawa atuará no suporte ao marketing, nos conta-tos com mídias, quanto ao suprimento de informações, rele-ases de produtos e imagens. “Crescimento é algo imprescin-dível e a Pearl Brasil busca fazer isso com os seus parceiros comerciais de maneira saudável. Estaremos juntos, atuando intensamente para que você, nosso parceiro comercial, te-nha sempre as melhores ferramentas para vender os produ-tos da Pearl em sua loja”, comentou.

Compre Izzo com cartão BNDESDesde abril, a Izzo Musical pas-sou a vender os instrumentos de percussão de fabricação própria com as facilidades do cartão BNDES. Entre elas, estão taxa de juros com menos de 1% ao mês, isenção da tarifa de anuidade e parcelamento em até 48 vezes.

Levy’s vs. Leilões chinesesA Levy’s, fabricante canadense de correias, bags e aces-sórios para instrumentos musicais, contratou os servi-ços do escritório de advocacia Baker & McKenzie e está entrando com uma ação contra sites de leilões da China, que têm vendido produtos falsi� cados da marca pela in-ternet. No Brasil, a marca é distribuída pela C.Borges.

ECONOMIAE-commerce já representa mais de 30% do varejoNo dia 19 de abril a Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou resultados da 13ª pesquisa Comércio Eletrônico no Mercado Brasileiro, realizada com 470 empresas de diversos segmentos que atuam na web. O estudo concluiu que o e-commerce já representa 65,25% de negócios B2B. Com o consumidor � nal, as transações comercias já con� guram 33,02% do varejo.

Lyco ContrataA fabricante de áudio está contratando vendedores inter-nos para trabalhar em parceria com os representantes da marca. É necessário que os interessados tenham expe-riência na função. Currículos devem ser encaminhados para o e-mail [email protected].

MudançaImportadora da Gibraltar, D’Addario, Evans entre ou-tras, a Musical Express está em pleno processo de rees-truturação interna.

Quanta vai distribuir Art Pro Audio no PaísNo dia 6 de abril, a Quanta Music

anunciou o� cialmente a distri-buição dos produtos da Art Pro

Audio no Brasil. A empresa norte-americana, fundada em 1984, produz microfones, compressores, preamps, en-

tre outros equipamentos de áudio de entrada.

Essa postura está alinhada com os novos objetivos da Quanta: “A marca vai

colocar a Quanta em mais lojas. Além da qualidade dos produtos, vem preencher uma lacuna existente em marcas entry level de áudio, com um posicionamento de preço que oferece excelente custo-benefício”, explicou o gerente comercial da empresa, Joey Gross Brown.

Entre os produtos que virão, estão: microfones de estú-dio e USB, preamps valvulados, equalizadores, direct box, mixers portáteis e acessórios, como conversores de linha e gerador de clock. Os modelos serão apresentados na AES Brasil, entre os dias 17 e 19 de maio.

No dia 6 de abril, a Quanta Music anunciou o� cialmente a distri-

buição dos produtos da Art Pro Audio no Brasil. A empresa

tre outros equipamentos de áudio de entrada.

Essa postura está alinhada com os novos objetivos da Quanta: “A marca vai

colocar a Quanta em mais lojas. Além da qualidade

No dia 6 de abril, a Quanta Music anunciou o� cialmente a distri-

Essa postura está alinhada com os novos objetivos da Quanta: “A marca vai

Solez crianovo conceitode marketingDesde o dia 25 de abril a fabricante de cordas, e também detentora das marcas Groove e Mon-terey, vem trabalhando seu novo conceito demarketing, principalmente pela internet. O dia foi estrategicamente escolhido como dia “S”, quando foi lançado o novo site, anunciado o videolog da marca, novos endorsees, futuras ações promocionais e cam-panhas dirigidas ao consumidor � nal – como o sor-teio de uma guitarra Tagima Signature Edu Ardanuy, que já está ocorrendo via Twitter. Nessa nova fase, nomes de peso compõem o time de artistas da mar-ca: Faíska, Edu Ardanuy, Arthur Maia, Leo Dressel, Sergio Hinds, do Terço, e Lucas Ta� o, � lho de Wander Ta� o. A empresa também expandiu sua área física e pretende trabalhar com o que há de mais atual em tecnologia na fabricação de cordas.

com as facilidades do cartão BNDES. Entre elas, estão

marketing, principalmente pela internet. O dia foi

A Pearl Brasil sofreu alterações em sua equipe comercial, an-

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Korg perde seu fundadorO fundador e chairman da Korg Inc., Tsutomu Katoh, faleceu na manhã do dia 15 de março, após uma longa ba-talha contra o câncer. O presidente da empresa, Seiki Kato, enviou para a im-prensa uma carta aberta: “Desde que fundou a Korg Inc. em 1963, o sr. Katoh liderou nossa empresa com enorme talento e visão. Ele foi amado e respei-tado por todos os funcionários, mem-bros da família Korg e fez uma enorme contribuição para as vidas de inúme-ros músicos ao redor do mundo”.

Korg perde seu fundador

Novo representante da CondorRafael Barbosa é o novo represen-tante comercial da empresa para o estado do Espírito Santo. Barbosa atua no mercado musical há 10 anos.Empresa: Rafael H. Barbosa Represen-tações. Contato: (21) 8035-2956.

Studio R contrata Homero SetteHomero Sette é referência nacional no desenvolvimento de produtos para o setor. Engenheiro eletrônico, é professor de eletroacústica desde a década de 1970 e trabalhou como consultor técnico da Selenium en-tre 1994 e 2009. Na Studio R, trabalhará em conjunto com a equipe de projetos lidera-da por Ruy Monteiro e Francisco Mon-teiro, no desenvolvimento de produtos.

CONTRATAÇÃO E RECOLOCAÇÃOGente novano Music GroupO grupo anun-ciou seu novo vice-presidente de marketing de massa global:Gregg M. Stein. O executivo será res-ponsável pela liderança global da empresa no mercado de massa da unidade de produtos de consumo.

tre 1994 e 2009. Na Studio R, trabalhará em de marketing de massa global:

Guitar Center brasileiraO conceito de mega-store adotado por Marcelo Aziz nas lojas da Made In Brazil tem chamado atenção até no exterior. Em alguns casos a referência é a Guitar Center, famosa cadeia de lo-jas norte americana.

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EVENTOSDe olho na Copa

A Harman do Brasil está de olho nos próximos grandes eventos que che-garão às terras brasileiras a partir de 2012, as Olimpíadas e a Copa do Mun-do. Já interessados em fazer a sonori-zação dos estádios que sediarão as ati-vidades esportivas, a empresa reuniu em São Paulo cerca de 50 engenheiros e arquitetos para apresentar-lhes seus produtos. Segundo Rodrigo Kniest, country manager da empresa no País, novos workshops deverão ocorrer an-tes do início das festividades.

A Harman levou cerca de 30 lan-çamentos em áudio pro� ssional para a AES, realizada entre os dias 17 e 19 de maio em São Paulo, SP. Para-lelamente, realizou o Harman Day, evento direcionado a pro� ssionais do setor que puderam conferir palestras de três executivos internacionais da empresa sobre os equipamentos de diferentes marcas da Harman.

Peavey vs. BehringerDesde 2009, a Peavey Electronics Corporation iniciou múltiplas de-mandas judiciais, em diversos pa-íses, contra o Music Group, holding que detém as marcas Behringer, Bugera, Midas e Klark Teknik. Os processos foram abertos em di-versos países do mundo e giram em torno de propriedade intelec-tual, quebra de patente, violação de marca registrada, concorrência desleal entre outros temas.

Mais recentemente, a empresa também abriu processo contra a Behringer, acusando-a de infringir a patente relacionada com o sistema de áudio portátil Peavey Messenger.

No início de maio, a Peavey dis-tribuiu um comunicado ao mercado falando de diversas ações judiciais que impetrou contra a Behringer/ Music Group, sem nomear a natureza nem o status dessas causas judiciais. Em seu site, o Music Group comentou as acusações: “É lamentável que Peavey queira resolver suas atuais perdas � -nanceiras por meio de recursos judi-ciais contra os concorrentes. E, mais importante, cortando gastos que asse-guram a conformidade de seus produ-tos com padrões exigidos de seguran-ça. Suas energias, com certeza, seriam melhor gasta para assegurar aos con-sumidores que seus produtos estão

em conformidade com as normas de segurança exigidas por lei em vez de fazer um ataque confuso e sem senti-do a uma empresa de sucesso”, rebateu o vice-presidente sênior de marketing da Behringer, Costa Lakoumentas.

Em seu comentário, o executivo da Behringer fez alusão a sete de dez produtos da Peavey que não passa-ram nos padrões de segurança exi-gidos nos EUA. Em 2009, uma das ações movida pela Peavey contra a Behringer foi arquivada pela incon-sistência do pedido. O caso atual será analisado no tribunal em Seat-tle e os resultados se farão públicos à medida que ele se desenvolva.

Áudio itineranteA ProShows realizou uma série de workshops itinerantes por várias cida-des do País durante fevereiro e março. A o� cina abordou assuntos pertinen-tes a lojas interessadas em se apri-morar ou em entrar para o ramo de áudio pro� ssional, como introdução e noções básicas de áudio. As marcas trabalhadas foram Behringer e Lexen.

O blues da Suzuki

As gaitas da marca soaram no Gran-de Encontro de Blues, realizado em Caxias do Sul, RS, nos dias 22 e 23 de março. “Estamos realizando diversas ações buscando melhorar cada vez mais a divulgação e posicionamento da marca Suzuki Musical no Brasil”, informou Evandro Simões, gerente na-cional de vendas da Suzuki no Brasil. Comandando as harmônicas estavam os gaitistas Andy Just, patrocinado pela Suzuki Musical no Japão, e o brasileiro � iago Cerveira. “Ele está em fase de ne-gociação para divulgação da marca no Brasil”, disse Simões. Toda ação contou com apoio do Representante Comercial Eduardo Aldredi e da loja Rei da Música.

O blues da Suzuki

As gaitas da marca soaram no Gran-

Andy Just, gaitista internacionalendorsado pela Suzuki do Japão,

foi a sensação do evento

Avid lança seu primeiro sintetizador digitalA empresa norte-americana Avid traz para o mercado na-cional o primeiro sintetizador da M-Audio, o Venom. O apare-lho tem distribuição exclusiva da Quanta no País.

PRODUTOS

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CIÊNCIA

Estudo de música garante cérebro mais saudável na terceira idadePesquisa publicada no jornal Neuropsychology, da Associação Americana de Psicologia, con-cluiu que quem toca um instru-mento musical por muitos anos tem menos propensão à perda da memória em idade avançada.

O estudo submeteu 70 músi-cos amadores, com idade entre 60 e 83 anos, a testes cognitivos para memória, capacidade de ad-quirir novos conhecimentos, en-tre outros ligados à capacidade cerebral. O resultado indicou que foram mais bem-sucedidos nos exames aqueles que estudaram música por cerca de dez anos.

Todos os participantes da pesquisa iniciaram seus estudos de música por volta dos 10 anos, e a pesquisa também conside-rou o preparo físico e os níveis educacionais dos músicos.

Vale ressaltar que, segundo os resultados obtidos, mesmo que algumas dessas pessoas te-nham perdido o contato com a música, elas ainda se mostraram com melhor capacidade cogni-tiva do que aquelas que nunca tocaram nenhum instrumento.

Estudo de música garante

PRODUTOSComemorando 40 anosA Paiste, fabricante suíça de pratos de bate-ria, celebra o 40º aniversário de sua série 2002. Lançada em 1971, músicos lendários, como Ian Paice, do Deep Purple, e John Bonham, do Led Zeppelin, contribuíram para que a série 2002 se tornasse referência entre bate-ristas de rock. A empresa lançou dois kits comemorativos como homenagem, o Classic e o Medium, ambos com o prato de 16” gratuito. A distribuidora da mar-ca no País, Royal Music, informou que eles estarão disponíveis a partir de agosto.

Zeppelin, contribuíram para que a série 2002 se tornasse referência entre bate-

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ENDORSEES NEWSBanda só de mulheres é da Lyco

A banda Agnela é a nova endorsee dos microfones Lyco, bem como dos pon-tos eletrônicos da marca.

Banda só de mulheres é da Lyco

A banda Agnela é a nova endorsee dos

MindFlow com Mesa Boogie

O guitarrista Rodrigo Hidalgo e o baixista Ricardo Winandy são os mais novos endorsees da fabricante de ampli� cadores e gabinetes.

Baterista de MiltonNascimento com a Adah

A Adah fechou a parceria com o ba-terista Lincoln Cheib. O artista irá usar baterias marca na turnê com Milton Nascimento, com quem toca há mais de 20 anos.

Robertinho Silva é novoendorsee da F.S.A. CajonsDepois de testar o instrumento durante a Feira Music Show de Ribeirão Preto, SP, ocorrida em feve-reiro, onde fez um workshop, o músico fechou parceria com aempresa. Silva tem renome internacio-nal e já tocou com Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ron Carter e Wayne Shor-ter, entre muitos outros.

Cristiano Forte énovo endorsee da C. IbañezO baterista Cristiano Forte ministra aulas em Criciúma, SC, é novo en-dorser da C.Ibañez. Forte atua como músico de estúdio e produtor, além de fazer parte da banda Tiozen.

D’Addario endorsa Kings of LeonA fabricante de cordas acaba de fechar parceria com a banda sensação de rock norte-americana Kings of Leon.

D’Addario endorsa Kings of Leon Cristiano Forte é

endorsee da F.S.A. Cajons

empresa. Silva tem renome internacio-

Nascimento com a Adah

A Adah fechou a parceria com o ba-

Pioneirismo da EagleEm parceria com a Toss (agência que publica a revista eletrônica Gui-tarload), a Eagle criou o primeiro anúncio interativo voltado ao mer-cado de instrumentos musicais. A nova publicidade permite ao leitor da revista virtual Guitarload tocar o novo modelo de série limitada da marca, o GL 36 Ltd. Serão fabricadas apenas cem unidades do modelo.

CLICKRanking gratuito

Music Show na webAcaba de ser lançado o novo site das Feiras Music Show. A nova plata-forma permite aos usuários agen-dar comparecimento, conferir fo-tos e vídeos dos eventos, além do mapa completo. Além disso, o visi-tante pode conferir depoimentos, o que já saiu na imprensa, as pro-moções, calendário e workshops que acontecerão nos próximos eventos. Para conhecer, acessewww.feiramusicshow.com.br.

Agora lojistas e fabricantes já têm como medir o impacto e autores únicos de suas marcas no Twitter. A Kwead, agência especializada em co-municação digital, lançou o Pulso digi-tal, ferramenta de análise de presença das marcas nas mídias sociais. No site www.kwead.com.br/suamarca/ é pos-sível obter gratuitamente uma análise da marca no Twitter gratuitamente.

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da marca no Twitter gratuitamente.

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ProdutosViolões desenhados por DJ Ashba chegam ao BrasilA Sonotec Music & Sound, importadora e distribuidora de instru-mentos musicais, já está trazendo os quatro novos modelos de violões da marca Ovation, com desenhos criados pelo guitarrista do Guns N’Roses, Daren Jay Ashba, mais conhecido como DJ Ashba.

Violões desenhados por DJ Ashba chegam ao BrasilA Sonotec Music & Sound, importadora e distribuidora de instru-mentos musicais, já está trazendo os quatro novos modelos de violões da marca Ovation, com desenhos criados pelo guitarrista do Guns N’Roses, Daren Jay Ashba, mais conhecido como DJ Ashba.

Violões desenhados por DJ Ashba chegam ao BrasilA Sonotec Music & Sound, importadora e distribuidora de instru-mentos musicais, já está trazendo os quatro novos modelos de violões da marca Ovation, com desenhos criados pelo guitarrista do

Melhor do anoA Gen16, nova divisão tecnológica da Avedis Zildjian, foi condecorada na última edição da Namm — ocorrida nos Estados Unidos entre os dias 13 e 16 de janeiro — com o prêmio de Best in Show (Melhor em Exibição).

Sete experts em varejo da indústria passearam pelo centro de convenções por três dias para selecionar

os melhores produtos do ano, elegendo o revolucionário prato Acoustic Electric (AE), desenvolvido pela Gen16.

Varejistas premiam PeaveyPelo segundo ano consecutivo, lojistas norte-americanos votaram nos amplifi cadores da série Vypyr, da Peavey, como a Linha de Amplifi cadores do Ano, no Dealers Choice Award, premiação da revista Musical Merchandise Review, celebrada durante a Namm 2011. A marca é distribuída no Brasil pela Someco.

Edição limitada da Fender já está disponível no PaísEm comemoração às seis décadas de existência da guitarraTelecaster e do Precision Bass, a Fender criou os modelosTelecaster e Precision Bass 60th Anniversary Edition, mes-clando o que há de mais moderno na fabricação de instru-mentos com aspecto vintage. Cinquenta dessas peças exclusivas virão para o Brasil. Marcelo Juliani, do departamen-to de marketing da Pride Music, distri-buidora da marca no Brasil, falou sobre a ação: “O lançamento é apenas o início desta celebração que contará com ações nos pontos de venda e redes sociais durante os próximos meses, e que será concluída durante a Expomusic, em setembro”, explicou.

. Cinquenta

ação: “O lançamento é apenas o início desta celebração que contará com ações nos pontos de venda e redes sociais durante os próximos meses, e que será concluída durante a Expomusic, em setembro”, explicou.

Telecaster e Precision Bass 60th Anniversary Edition, mes-clando o que há de mais moderno na fabricação de instru-

buidora da marca no Brasil, falou sobre a ação: “O lançamento é apenas o início desta ação: “O lançamento é apenas o início desta celebração que contará com ações nos pontos de venda e redes sociais durante os próximos meses, e que será

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Enquete

De olhono dinheiroTrês lojistas contam como planejam os orçamentos de suas lojas. Para eles, não há segredo, é só controlar

O sucesso de qualquer empreendimento de-pende do bom dire-

cionamento das � nanças para compras, despesas e investi-mentos. E, para que isso acon-teça sem maiores imprevistos, é necessário um controle rígido do orçamento, além do planeja-mento, essencial para o sucesso. A Música & Mercado perguntou para três lojistas de diferentes partes do País quais são os cri-térios adotados na hora de es-truturar os orçamentos de suas lojas. Con� ra as dicas, reestru-ture o seu orçamento e garanta melhores resultados para o seu estabelecimento.

Tiago SilveiraDiretor Comercial, Loja Floyd ExplicaPorto Alegre / RSwww.� oydexplica.com.br

FLOYD EXPLICA ATUAL SOM

Ele é detalhado e parametrizado, sempre em função do estoque e do volume de vendas de cada item. Outros fatores também in� uenciam a análise, como os feriados mensais, o per� l do público e a movimentação da concorrência.

Ele ajuda na decisão de quais itens comprar e sobre o momento ideal para a aquisição dos mesmos. Para isso também temos a pesquisa junto ao público que frequenta a loja. Os dois andam juntos.

Nosso orçamento é sempre tratado da forma mais detalhada possível, indicando até os parafusos que devem ser utilizados para a necessidade de um mostruário, por exemplo. Com esse detalhamento, é mais difícil que ocorram custos imprevistos. A maioria está prevista em nossos controles e, quando não está, os custos são tratados como exceção e resolvidos caso a caso.

Nosso orçamento sofreu uma alteração importante até o momento. No início ele era planejado para a abertura da loja, ou seja, visando maior variedade de produtos. Depois do primeiro mês ele passou por uma reestruturação em que, com a ajuda de indicadores, colocamos os pedidos baseados nas vendas ocorridas e no per� l do público que frequenta a loja.

Perguntas

1. Como o orçamentoé planejado emsua loja?

2. De que forma o orçamento ajuda na tomada de decisões?

3. Como você se planeja para custos imprevistos?

4. Você sempre estruturou o orçamento da mesma forma ou realiza mudanças?

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Victor LuizProprietário, Loja Audiovic

Brasília / [email protected]

FLOYD EXPLICA AUDIOVIC

Johnyson Araújo BezerraGerente, Loja Atual Som

Imperatriz / [email protected]

ATUAL SOM

Nossa loja tem uma clientela � el que está sempre à procura de nossos produtos. Assim, conseguimos fazer uma previsão bastante razoável das nossas

receitas para os meses seguintes. Tudo o que fazemos é ajustar nossos custos � xos e variáveis

a essa receita, de forma a gerar um resultado que nos permita continuar investindo e crescendo.

O principal é fazer uma previsão bastante � el de nossas receitas e despesas. Isso é fundamental para qualquer negócio. Então, podemos sempre

pensar em expandir de forma cautelosa,mas constante.

Imprevistos acontecem. Há clientes tradicionais que não con� rmam certas compras que estavam planejadas. Para essa e outras

situações semelhantes, trabalhamos com um fundo de reserva que varia de 10% a 20% do

nosso faturamento. A� nal, se uma receita não se con� rma, sempre haverá custos � xos que

precisamos honrar.

Como o negócio é dinâmico, a receita para a próxima semana pode não se con� rmar, mas

com a despesa nem sempre é assim. Então, se já assumimos um compromisso, procuramos

negociar uma extensão do prazo de pagamento, não muito grande. Ao contrário, também buscamos

antecipar pagamentos com descontos quando temos uma entrada não prevista. No primeiro caso

evitamos perder e no segundo, objetivamos ganhar. Isso pode fazer a diferença em determinadas situações, especialmente nas de curto prazo.

Para a de� nição do orçamento vários fatores são importantes, mas varia principalmente de acordo com a necessidade dos clientes, o período do ano e a capacidade de compra da empresa.

O orçamento in� uencia na compra dos próximos produtos da loja. Isso varia de acordo com o giro deles desde a compra anterior.

Temos um capital reservado. Caso aconteça alguma coisa inesperada, fazemos uso desse dinheiro para resolver o problema.

Sempre muda, de acordo com as necessidades da loja e do mercado. No começo do ano é de um jeito, no meio do ano já é diferente, e por aí vai.

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Mundo Digital Mobile Marketing

A jornalista destacou que as plata-formas e mídias digitais estão aumen-tando cada vez mais e que é a hora de investir em divulgação de produtos por esses novos meios, sem esquecer o básico: “A velocidade de conexão com a internet no Brasil é baixa para a maio-ria dos usuários, e vídeos, por exem-plo, tendem a demorar para carregar, podendo, muitas vezes, fazer com que o internauta desista deles”, explica De Luca. “É sempre bom ter multiplata-formas, como vídeos, comunicação móvel e blogs, para se relacionar com o consumidor”, complementa.

Como atingir seu cliente?É aí que entra a personalização do conteúdo de acordo com público-alvo, cultura, região, poder aquisitivo e, também, o meio digital pelo qual será

P ara explorar com sucesso as mí-dias digitais, uma empresa deve ter alguns aspectos em mente.

Sobretudo no que se refere ao digital em si, que não se restringe apenas ao computador. Existem muitas outras plataformas digitais, como os tablets (iPads e similares), netbooks, e, é claro, o próprio celular; além de muitos meios para se divulgar um conteúdo.

Como palestrante de um dos mais importantes eventos relacionados a tendências digitais no País, o Digital Strategies Summit 2011, ocorrido na capital paulista em março, a jornalista Cristina De Luca, diretora de conteú-do do Grupo Now!Digital, foi enfática ao falar sobre a questão do conteúdo virtual e em como ele deve conversar com o suporte, ou seja, com a ferra-menta pela qual será divulgado.

inserido. Esse foi, inclusive, o tema da última edição da National Retail Fede-ration (NRF, umas das principais fei-ras de varejo do mundo), realizada em Nova York, EUA, no início deste ano. O evento focou na necessidade de sim-pli� car a compra e o relacionamento com o consumidor usando a tecnologia como parceira desse processo. Muitas pessoas, por exemplo, ainda utilizam o Orkut em vez do Facebook como pla-taforma de relacionamento. Da mes-ma forma, internautas antes ativos no Twitter encontraram no Facebook to-das as ferramentas que julgam neces-sárias, até o momento, e diminuíram seu � uxo de acesso ao microblog.

Cabe ao lojista perceber essa dinâ-mica e migrar, ou agregar plataformas, de acordo com sua clientela. Assim, a comunicação não se perde, tal como

Considerar as plataformas digitais antes de traçar uma estratégia de marketingé tão importante quanto o conteúdo que você deverá colocar nelasPor Juliana Cruz

Muitoalém dos computadorese redes sociais

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Mundo Digital Mobile Marketing

dispositivos móveis, integrando os 22 milhões de mobinautas (usuários de in-ternet móvel 3G — por celular ou tablet)

do País, dados obtidos junto à Anatel (Agência Nacional de Telecomunica-ções). Vale lembrar que a classe C mobili-za hoje, sozinha, cerca de 100 bilhões de reais da renda nacional, por ano.

É correto dizer que essa parcela da população pode, e deve, ser abordada, com sucesso, por meio do bom e velho SMS (mensagem de texto). Mas, para isso, é necessário que os lojistas se li-vrem de certos mitos que rondam e inibem estratégias de marketing para essa plataforma digital. Um dos argu-mentos que acabam afastando a ini-ciativa de uma campanha e� caz por celular é o fato de que no Brasil cerca de 80% dos planos são pré-pagos. Mas a ideia de que pessoas não gastarão seus créditos enviando respostas aos anúncios recebidos em seus celulares cai por terra quando é considerada a

Celulares em númerosNo Brasil, 140 milhões de pessoas têm celular. São mais de 194,4 milhões de linhas habilitadas e 92% dos usuários não � cam a menos de um metro de seus aparelhos. Segundo dados da Teleco, Qualcomm, Anatel e TNS Research, o Brasil já conta com 22 mi-lhões de mobinautas (usuários de internet em dispo-sitivos móveis, celular e tablets).

possibilidade de criar ações por meio de Bluetooth e SMS gratuitos.

Há quem diga ainda que não traba-lha com essa plataforma por não ser pos-sível medir o retorno. Porém, de acordo com Léo Xavier, sócio-fundador da Pon-tomobi, empresa especializada em mobi-le marketing, existe uma abundância de números e métricas para comunicação SMS. Há também muitas fontes de infor-mação sobre publicidade via celular.

A e� cácia limpaPara Xavier, a conexão entre marcas e consumidores mudou muito nos últi-mos três anos e o uso do celular é de extrema importância na interação en-tre ambos. “São 194,4 milhões de linhas de celular ativas no Brasil, sendo que 92% dos usuários não � cam a mais de um metro de distância do aparelho”, explica Xavier. “O mobile é a última milha da publicidade. O mais poderoso e pulverizado ponto de contato entre marcas e pessoas no Brasil”, a� rma.

A comunicação via SMS é conside-rada um dos mais cômodos, e� cientes e ambientalmente corretos meios de divulgação, tanto pela economia de re-cursos naturais e interação instantânea, quanto pelo tempo real de retorno. A� -nal, a tendência é que se algo interessar ao cliente, ele responderá de imediato, em vez de arquivar a mensagem como faria com um e-mail em sua caixa de

dispositivos móveis, integrando os 22 milhões de mobinautas (usuários de in-ternet móvel 3G — por celular ou tablet)

do País, dados obtidos junto à Anatel (Agência Nacional de Telecomunica-

o tempo despendido em criar ações de marketing. Segundo De Luca, esse é o futuro do conteúdo digi-tal: “Ele deve ser especí� co e a tendên-cia é se tornar cada vez mais complexo para acompanhar a evolução das redes sociais e das ferramentas utilizadas para acessá-las”, � naliza.

O que vem por aí?De acordo com dados apresentados por Cesar Paz, diretor da AG2 Publicis Mo-dem, a inclusão sociodigital no Brasil atingiu 17% entre as classes D e E no último ano. O uso do PC (personal com-puter) tradicional entre os representan-tes dessas classes sociais é dominante, já que hoje é muito mais fácil comprá--los a prazo em grandes redes varejistas. Por outro lado, as classes C e B já andam acessando a internet por meio de seus

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Mundo Digital Mobile Marketing

envio gratuito de uma mensagem de texto que lhe permi-ta participar de alguma promoção vigente na loja.

Além disso, muitos usuários de aparelhos celulares já usam internet pelo aparelho, o que viabiliza outros tipos de ações para o empresário. “Não é fazer mídia para dis-positivos móveis, é fazer mídia para audiências móveis”, explica o sócio da Pontomobi. Segundo ele, é necessário sempre traçar estratégias diferentes para cada tipo de pla-taforma, variando o conteúdo, para não cansar o cliente.

Xavier também acredita na comunicação móvel por três motivos: o formato único com caráter exclu-sivo; menor índice de dispersão, dado o fato de o con-teúdo � car em uma tela menor e mais limpa; e maior proporção do anúncio em tela em relação a tamanho.

Trabalhar todas as ferramentas propostas pelos avanços tecnológicos, sejam elas focadas em internet ou não, é muito importante para abranger o alcance de suas promoções. O SMS permite falar com seu público-alvo a qualquer dia e hora, atingindo-o instantaneamente, não importa onde ele esteja. Ótima opção para anúncios relâmpagos, em especial se o per� l do cliente já estiver identi� cado e as propostas enviadas disserem respeito aos gostos e localização dele no momento do envio. Fi-que atento: o mundo digital não se limita à internet.

entrada, por exemplo. Por outro lado, como não se trata de um modelo de divulgação tão disseminado, lojistas do setor desconhecem o poder da mensagem de texto en-quanto plataforma de marketing direto. É o caso de Flá-vio da Conti, proprietário da 100% Studio Musical, grande loja da cidade de Teixeira, na Paraíba. “Trabalhamos com uma agência de divulgação que traça estratégias em TV, rádio e outdoors, mas nunca trabalhamos com SMS. Ali-ás, a ideia de usá-lo nunca me foi apresentada, então não saberia dizer como utilizá-la”, explica o lojista.

O que o SMS tem?Uma das ações cabíveis aos PDVs para aproveitar essa tecnologia é o envio de cupons digitais — mediante a autorização do cliente, claro. Sabendo que brasileiros não são adeptos de acumular papel em suas carteiras, enviar-lhes um cupom promocional com ofertas que se encaixem em seu per� l de consumo — previamente tra-çado pelo lojista — é uma forma de tentar garantir seu retorno à loja para compras futuras.

O SMS também pode ser utilizado em conjunto com outras mídias, especialmente a impressa, a televisiva e a radiofônica. Em anúncios feitos em revistas, por exemplo, é possível propor a interação do consumidor por meio do

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FOFOCASE FOFOQUEIROSE FOFOQUEIROSE FOFOQUEIROS

atua há 26 anos no mercado musical. Já foi vendedor, gerente, representante e diretor comercial.Formado em Ciências Econômicas, possui especialização em gestão empresarial, vendas e marketing.E-mail: [email protected]

NENO ANDRADE

NEGÓCIO DE VAREJO

IDENTIFIQUE AS INTENÇÕES POR TRÁS DOS BOATOS. SERÁ QUE ASSIM ELES PODEM AJUDAR EM ALGUMA COISA?

D epois de analisar o comportamento das pessoas do nosso mercado na Music Show, em Ribeirão Preto (ocorrida nos dias 19 e

20 de fevereiro), e juntando com o que já ouvi e pre-senciei nesses anos de mercado da música, resolvi escrever sobre a fofoca.

Pesquisei bastante para encontrar uma de� ni-ção para fofoca, e achei uma muito próxima da rea-lidade, e que se encaixa perfeitamente com os meus pensamentos: “A fofoca consiste no ato de fazer a� r-mações não baseadas em fatos concretos, especu-lando em relação à vida alheia”.

Por exemplo, quando quisermos que o mercado saiba de alguma coisa, basta contar para um fofo-

queiro e pedir segredo — isso é muito importante —, e em pouco tempo todo o mundo estará sabendo, mais rápido que publicar em blogs, sites etc.

As frases dos fofoqueiros são sempre as mesmas: ‘Já está sabendo da novidade?’, ‘Sabe da última?’, ‘Você não vai acreditar!’. E sempre vêm assim: ‘Olha vou te contar, mas você jura guardar segredo?’.

No mercado corporativo, temos os fofoqueiros internos e os externos. Os internos, normalmente, procuram encobrir sua falta de pro� ssionalismo, de conhecimento sobre sua pro� ssão, e usam a fo-foca para se aproximarem de seus superiores. Ou seja, eles fazem parte da pro� ssão mais antiga do mundo: ser puxa-saco.

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Neno Andrade Negócio de Varejo

O peculiar mercado da músicaHouve um tempo em que chefes despreparados davam muita importância a esse tipo de pro� ssional. Sempre estão atentos aos acontecimentos, para falar ao supe-rior coisas como: ‘A conta de telefone desta empresa deve ser alta, pois quando o senhor não está fulano � ca o tempo todo no telefone’; ou ‘Hoje o trânsito deve estar ruim, pois fulano chegou meia hora mais tarde’, e ainda — a melhor delas — ‘Olha, não sei não, mas acredito que fulano de tal está saindo com a Maria’.

Em momento algum ele está buscando a solida-riedade com os colegas, a união em benefício da em-presa, mas apenas prejudicar seus companheiros, e, por conseguinte, o ambiente na empresa, que julgo ser muito importante.

Temos também os fofoqueiros externos, nor-malmente vendedores que viajam e visitam muitos clientes diferentes e, por isso, possuem bastante in-formação, acabando por levá-la de um lado para ou-tro, e na maioria das vezes, distorcem-na, segundo seus próprios interesses.

Quem nunca falou com um vendedor ou repre-sentante comercial e ouviu frases do tipo: ‘Nossa, a loja tal fez um pedido de mil peças deste produto’, só para você � car se sentindo frágil ao comprar as cem peças, que seriam a sua necessidade, e aumentar o pedido... Ele também fala que determinada loja tem um faturamento muito maior que a realidade, só para te impressionar como concorrente etc.

Quando atuava como representante, lojistas fofo-queiros muitas vezes me perguntavam sobre a situ-ação de lojas concorrentes. Eu sempre procurava me esquivar dessas perguntas com a seguinte frase: “Se eu te disser como está o seu concorrente, ou até abrir alguma negociação dele, você não acha que quando for lá e ele me perguntar a seu respeito vou falar de você

também? Então é melhor mudarmos de assunto”.No mercado, na vida, no mundo, existem pessoas

do bem e do mal. E o mercado da música é peculiar, pois é relativamente pequeno, onde todos conhecem praticamente todos e muitas vezes as pessoas do mal conseguem ser ouvidas.

Conheço até lojista que pega o telefone e liga para os seus concorrentes apenas para fofocar ou inventar his-tórias, só para prejudicar alguém ou alguma empresa, e até mesmo para se bene� ciar. São conversas do tipo: ‘Olha, não compre determinado produto — ou de de-terminada empresa — por isso ou por aquilo...’ Mas ele próprio compra e � ca trabalhando com aquele produto sozinho na região, sem o concorrente. Tem fofoca tam-bém entre fornecedores, que espalham que tal loja está quebrando para amedrontar os concorrentes, e eles � -carem sozinhos no fornecimento da mesma.

Conselho do ZéSempre que ouvir uma notícia, procure averiguar, guarde-a até saber da verdade, pois você só tem a ga-nhar com isso. Lembre-se: ninguém conhece a real situação de uma empresa, ou de um relacionamento, sem estar totalmente dentro da situação. Portanto, não acredite nas a� rmações “Olha, tal empresa está quebrando’, ‘Tal fornecedor faz venda assim ou assa-do’, ‘Fulana está saindo com fulano’ etc. Descon� e sempre, pense sempre em qual é a verdadeira inten-ção da pessoa ao te dizer aquilo...

Sempre me lembro de um conselho do José Luiz, presidente da Meteoro: “Meu � lho, acorde cedo, tra-balhe muito e não dê ouvidos aos outros. Não leia notícias ruins, não procure saber da vida dos outros, das empresas alheias, cuide da sua, que já não é uma tarefa fácil”. Não escute os fofoqueiros de plantão, cuide bem do seu negócio e venda muito!

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Imagine 6.000 Watts em Menos de 6 Kg

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Reestruturação Casio

A Casio entrou no ramo de instrumentos musicais nos anos 80 e até hoje é considerada referência em teclados eletrônicos de entrada para crianças. Agora a companhia aproveita a maturidade de sua divisão musicale já age para mudar essa imagem trazendo os produtos premiumao Brasil e focando na aproximação com o lojista

H á três décadas, a Casio, fabricante japonesa de equipamentos tecnológicos, entrou no universo de instrumentos musicais com o Casiotone 201, seu

primeiro teclado eletrônico, idealizado e produzido em 1980 pela Electronic Musical Instruments (EMI), divisão de ins-trumentos musicais da Casio.

Em 2009, no momento em que as vendas no País começaram a ser afetadas pela crise econômica mundial, foi o� cialmente in-augurada a Casio Brasil, a � m de prestar suporte de marketing e promoção em vendas no País diretamente para a sede japonesa. O novo escritório não entra em con� ito com a Eletrônicos Prin-ce, importadora e distribuidora dos produtos da marca no Brasil, que continua realizando as duas tarefas por aqui.

É com foco no mercado brasileiro e suas características que a empresa tenta alinhar suas estratégias com a Casio do Japão, na intenção de manter um só posicionamento global. É por isso que o japonês Nobuhiko Shimada foi alocado e de-signado para ser presidente e CEO da Casio Brasil. Veio dire-tamente do Japão para levar as novas estratégias em frente. “Devido à nossa expressiva linha de produtos, incluindo os te-clados infantis, é fato que algumas pessoas ainda acham que estamos trabalhando com teclados somente para crianças, que, na verdade, representam uma pequena porcentagem de nossas vendas. Entretanto, temos uma linha de teclados e pianos digitais que são direcionados ao público pro� ssional. Nossa missão é fazer com que as pessoas conheçam mais so-bre nossos produtos”, pontua Shimada.

De repente, 30

Nobuhiko Shimada, presidente e CEO da Casio Brasil

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Reestruturação Casio

A Casio na América LatinaEm comemoração às mais de três décadas da empresa, conversamos com Masahide Komai, gerente de vendas internacionais Casio Japão. Komai está há 24 anos no car-go e se mostrou orgulhoso com o crescente número de usuários de seus teclados ao redor do globo.

Para ele, os negócios da di-visão musical da Casio já estão bem estabelecidos na Améri-ca Latina, mas ele reconhece a necessidade de investir mais em países emergentes e tam-bém na educação musical.

Ao falar sobre tendên-cias, Komai diz que o mer-cado de teclados eletrôni-cos deve continuar estável, enquanto que o de pianos digitais aumentará continu-amente. “Para o mercado crescer também é preciso que outros importantes players da indústria, como Yamaha, Roland, Korg etc., consigam encontrar e projetar para uma demanda em potencial”, explica.

Onde investirO gerente de vendas explicou por que investir em países em desenvolvimento é importante: “Esses países têm um potencial de crescimento para o mercado da EMI no futuro e o Brasil é um mercado promissor em termos de popula-

Política de preçoAno passado, uma das ações mais expres-sivas foi o lançamento e divulgação no Brasil dos teclados High-Grade. “Lança-mos a linha de teclados High-Grade em 2010. Trata-se de uma linha de produtos que possui o que há de mais moderno e inovador em recursos musicais, voltada ao público pro� ssional. Nossa missão em 2011 é expandir nossas vendas com esse novo conceito de teclados”, reforça.

Para divulgar a novidade e reforçar os pianos digitais da marca frente aos lojistas, a empresa realizou uma série de workshops pelo País. E, segundo o executivo, o resultado foi excelente e continua dando frutos, tanto que o presidente espera expandir o fatu-

ramento da companhia no Brasil em 2011: “Com o crescimento das vendas da nossa linha High-Grade, prevemos aumento de 30% em nossos números em relação a 2010”, informa.

Com as novas estratégias e buscan-

É FATO QUE ALGUMAS PESSOAS AINDA ACHAM QUE ESTAMOS TRABALHANDO COM TECLADOS SOMENTE PARA CRIANÇAS, QUE, NA VERDADE, REPRESENTAM UMA PEQUENA PORCENTAGEM DE NOSSAS VENDAS

do trabalhar produtos mais so� sticados, além dos rumores — que a cada dia gan-ham mais força — de possíveis medidas do governo que impactariam nas impor-tações, para conter a in� ação e a queda do dólar, Shimada é enfático ao ser per-

ção e cultura musical. Estamos con� antes de que seremos capazes de expandir nosso volume de negócios no Brasil”.

De acordo com Komai, a característica principal da divisão musical da Casio é fazer as pessoas felizes por

produzirem música, mas admite que alguns pontos merecem mais investimen-to, como, por exemplo, dar mais atenção aos diferen-ciais dos produtos, com funções mais atraentes e qualidade de som e design arrojados, pois são a única forma de se destacar entre os concorrentes. “Já con-seguimos conquistar os clientes interessados em aprender a tocar teclados sozinhos com o sistema Ca-

sio de teclas iluminadas [CASIO Key Lighting System – Li-nha LK] em teclados de entrada”, orgulha-se.

Sobre as ações programadas para melhorar a criação de características diferenciadas para os produtos Casio, o presidente da marca a� rma que tudo dependerá da de-manda do mercado, mas adianta que focará no segmen-to de teclados de alto padrão e que irá colocar o Brasil como prioridade no mercado latino-americano. “Para ser sincero, nossa única � lial de vendas da América Latina � ca no Brasil”, conta Komai.

O CRESCIMENTO DO O CRESCIMENTO DO MERCADO TAMBÉM MERCADO TAMBÉM FICA A CARGO DE

OUTROS IMPORTANTES PLAYERS DA INDÚSTRIA, PLAYERS DA INDÚSTRIA, PLAYERS

COMO YAMAHA, COMO YAMAHA, ROLAND, KORG, ETC.ROLAND, KORG, ETC.

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Reestruturação CasioReestruturação Reestruturação Casio

Casio no BrasilCasio no BrasilFundação: Janeiro de 2009

Presidente: Nobuhiko Shimada

Segmentos: Instrumentos

musicais, relógios, calculadoras

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Top de vendas da CasioTeclados - Modelo básico da série CTKPiano - Privia, da série PX

5 produtosindispensáveis da CasioO gerente de vendas internacionalda Casio Japão, Masahide Komai,indicou cinco produtos que o lojista precisater na sua loja e explicou por quê. Veja:

1. Teclados High-Grade(Porque é divertido tocar com instrumentos musicais avançados)

2. Pianos digitais Privia e Celviano(Para expandir a tradição em se tocar piano)

3. Série de teclados iluminados(Porque é fácil tocar com eles)

4. Teclados de estudo(Porque oferecem um preço acessível a todos)

5. Teclados infantis(Porque são um bom presente para crianças)

(Porque é divertido tocar com instrumentos (Porque é divertido tocar com instrumentos

guntado sobre aumento de valores dos equipamentos: “Não temos previsto um possível aumento em nossos preços”.

Foco na formação musicalNeste ano, a associação da imagem da Casio ao público infantil será uma grande vantagem. Shimada também sabe que as lojas devem trabalhar pro-dutos com apelo educativo, por conta da obrigatoriedade da musicalização nas escolas, que entrará em vigor no próximo semestre. A Casio possui a lin-ha de teclados LK, que acendem luzes nas teclas para incentivar o aprendiza-

do e ajudar o iniciante na tocabilidade do instrumento. “A linha de teclados com luzes nas teclas auxilia os estu-dantes na prática da música. As lojas devem trabalhar o conceito de teclas iluminadas tendo em mente que esse sistema complementa as aulas nas es-colas, desenvolvendo a musicalidade do aluno”, explica Shimada.

As expectativas com relação ao mer-cado brasileiro são as melhores possí-veis, como reforça o gerente de vendas internacional da Casio Japão, Masahide Komai: “O Brasil é um mercado promis-sor por sua população e cultura musical.

Estamos con� antes de que seremos ca-pazes de expandir nosso volume de ne-gócios no País, que é a nossa prioridade na América Latina”, � naliza.

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Marketing Autoavaliação

Não basta vender bem. É preciso entender conceitos como merchandising e promoção, que se aplicam na venda direta ao consumidorNão basta vender bem. É preciso entender conceitos como merchandising

A arte do varejodiz respeito ao comportamento dos consumidores também é fundamental. A exigência cada vez maior também faz com que todo comércio seja, a cada dia que passa, mais especializado naquilo que vende.

Não adianta montar uma loja bonita, cheia de di-ferenciais no visual e na conveniência, se não há o que se chama hoje de venda com consultoria.

Falar de serviços e atendimento? Dispensável. Ne-nhuma empresa vai adiante sem ter um bom padrão de serviços e atendimento quali� cado, gentil, prestativo.

O lojista e seus atendentes deixaram de ser simples-mente vendedores de balcão para se tornarem especia-listas no que vendem e aptos a fornecer todas as explica-ções e recomendações que o consumidor de hoje precisa.

É por isso que o treinamento constante em ven-das, marketing e atendimento não é restrito somente aos executivos da área de vendas ou aos proprietários de lojas. Hoje, quem não treinar sua equipe para ter, na ponta da língua, resposta para tudo, � ca para trás.

Apesar das regras e da cartilha que regem todos os negócios, um aspecto também é muito relevante: toda loja ou empresa tem em si a � loso� a do dono. Existem pessoas que são perceptivas e outras não, e isso pode fazer muita diferença, pois não se deve su-bestimar o feeling, a intuição.

O varejo é uma atividade cientí� ca, mas nunca se sabe onde a ciência termina e começa a arte.

Uma visão panorâmica da Musikmesse, a maior feirade áudio, iluminação e instrumentos musicais do mundo

Muitas pessoas reduzem o sucesso de uma empresa de varejo a um conceito extrema-mente simplista: comprar bem para poder

vender bem. Claro que isso é básico, mas não é tudo. Varejo é uma arte das mais complicadas e so� sticadas do marketing — envolve merchandising, vitrinismo, promoção e uma in� nidade de técnicas que fazem di-ferença signi� cativa no desempenho de uma loja.

Então, o que é o varejo? É, sobretudo, entender as necessidades dos consumidores e superar suas expec-tativas de modo melhor que a concorrência.

Questão de marketingSe você observar, principalmente nas grandes cida-des, não há carência de novas lojas. Pode-se a� rmar que ninguém precisa de mais uma loja de instrumen-tos musicais ou escola de música, padaria, farmácia, posto de gasolina. Estabelecimentos assim há de so-bra. É por isso que uma empresa deve se adequar às expectativas crescentes dos consumidores, pois eles esperam pelo novo, moderno, e� ciente. Lojas com mix de produtos que satisfaça plenamente aqueles que são identi� cados como o principal público.

A loja precisa ser atrativa, com visual e layout in-teressantes, que tornam o impulso de compra do con-sumidor irresistível.

Adaptar-se às novas tendências do varejo no que

Expectativas básicas do consumidor Expectativa crescente por outras demandas e serviços

Qualidade Maior possibilidade de escolha

Preços competitivos ‘Preços baixos’

Localização conveniente Abrir mais cedo, fechar mais tarde e abrir aos fi ns de semana

Estacionamento adequado Especialistas no atendimento ao cliente

Horário razoável de funcionamento Menor espera para ser atendido e nos check-outs

Loja limpa e confortável Mais formas de pagamento

Vendedores com boa formação Mais serviços disponíveis

Autosserviço e bom layout Layout e design interessantes

O que deseja o consumidor de hoje?

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ROCK IN RIO, AS OLIMPÍADAS DA MÚSICAROCK IN RIO, OLIMPÍADAS DA MÚSICAROCK IN RIO,

é baterista, pós-graduado em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e mestre em Comunicação e Mercados. Além de lecionar Planejamento Estratégico na Universidade Anhembi Morumbi, é autor do livro Dominando Estratégias e Negócios.Site: www.marketingenegocios.com.br

ALESSANDRO SAADE

MARKETING E NEGÓCIOS

COMO APROVEITAR PARA DIVULGAR A SUA LOJA ATRELANDO-A ÀS OPORTUNIDADES QUE VÊM JUNTO DO MAIOR EVENTO DE MÚSICA DO ANO

O País está em polvorosa por causa dos dois grandes eventos esportivos mun-

diais que serão sediados aqui. Al-guns dizem que será um grande � asco, sem a infraestrutura neces-sária, sem aeroportos e estádios pron-tos, ou inacabados, ou mesmo não com-portando o � uxo de pessoas dos eventos. Não tiro a razão deles. Temos como caracterís-ticas a falta de planejamento, o reduzido res-peito aos prazos e aos orçamentos. Algumas vezes, ainda assim, dá certo, outras nem tanto. É importante estarmos preparados!

Mas, independentemente de o País es-tar ou não pronto, tenho absoluta convic-ção de que o lado emocional atingirá em cheio os bolsos dos consumidores, que praticarão mais esportes, reformarão as quadras dos clubes e condomínios, cria-rão centros de treinamento e comprarão muito vestuário e equipamentos esportivos. É com certeza um dos grandes legados dos eventos: a mobilização nacional pela causa.

Pois saiba que nós, com a música, temos oportunidades similares praticamente todos os anos e mal as aproveitamos. Somente para não ir muito longe, U2 e Paul McCartney, ambos com shows extras esgotados, movimentaram milhões de reais e cen-tenas de milhares de pessoas em torno de seus shows. Vendem camisetas, bandeiras, bonés, bandanas e uma

DICA DE SITESEntenda melhor o evento e sua dinâmica. Isso pode facilitar a atuação da sua loja.www.rockinrio.com.br

muito longe, U2 e Paul McCartney, ambos com shows extras esgotados, movimentaram milhões de reais e cen-

tos, ou inacabados, ou mesmo não com-portando o � uxo de pessoas dos eventos. Não tiro a razão deles. Temos como caracterís-ticas a falta de planejamento, o reduzido res-peito aos prazos e aos orçamentos. Algumas vezes, ainda assim, dá certo, outras nem tanto. É importante estarmos preparados!

Mas, independentemente de o País es-tar ou não pronto, tenho absoluta convic-ção de que o lado emocional atingirá em cheio os bolsos dos consumidores, que praticarão mais esportes, reformarão as quadras dos clubes e condomínios, cria-rão centros de treinamento e comprarão muito vestuário e equipamentos esportivos. É com certeza um dos grandes legados dos eventos: a mobilização nacional pela causa.

Pois saiba que nós, com a música, temos oportunidades similares praticamente todos os anos e mal as aproveitamos. Somente para não ir muito longe, U2 e Paul McCartney, ambos com shows

tos, ou inacabados, ou mesmo não com-portando o � uxo de pessoas dos eventos. Não tiro a razão deles. Temos como caracterís-ticas a falta de planejamento, o reduzido res-peito aos prazos e aos orçamentos. Algumas vezes, ainda assim, dá certo, outras nem tanto. É importante estarmos preparados!

Mas, independentemente de o País es-tar ou não pronto, tenho absoluta convic-ção de que o lado emocional atingirá em cheio os bolsos dos consumidores, que praticarão mais esportes, reformarão as quadras dos clubes e condomínios, cria-rão centros de treinamento e comprarão muito vestuário e equipamentos esportivos. É com certeza um dos grandes legados dos eventos: a mobilização nacional pela causa.

Pois saiba que nós, com a música, temos oportunidades similares praticamente todos os anos e mal as aproveitamos. Somente para não ir muito longe, U2 e Paul McCartney, ambos com shows

traquitana de vestuário que nem imaginamos que exis-te. Pois vai acontecer a mesma coisa no segundo semestre

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Alessandro Saade Marketing e Negócios

Caderno de anotaçõesLembra-se do caderno que pedi para você comprar em dezembro? Está usando? Eu não esqueci... Conte-me por e-mail o que tem registrado. Espero seu contato em [email protected]

deste ano. Artistas internacionais e os principais nomes da música brasilei-ra estarão no Rio de Janeiro atraindo uma legião de fãs de todas as idades e classes sociais. Aumento garantido de consumo de música em todos os níveis: MP3, iPods, revistas, pôsteres, instrumentos, equipamentos e au-las serão consumidos por quem foi e também por quem não pôde ir. Essa é a mágica da música: ela transcende o espaço físico do show e se perpetua por muito tempo. É a experiência am-pliada. Em marketing, chamamos de ‘experiência de consumo’.

800 kg de gelSomente para se ter uma ideia, no pri-meiro Rock in Rio, em 1985, 1.38 milhão de pessoas passaram pelo evento ao lon-go de seus dez dias. Foram consumidos 1,6 milhão de litros de bebidas, 800 qui-los de gel para cabelo, e o McDonald’s quebrou o recorde mundial, que ainda persiste, com a venda de 58 mil ham-búrgueres em um só dia! Sem falar nos quase 2 milhões de camisetas do evento vendidas por todo o Brasil.

Agora imagine o impacto disso na sua loja. Quantas baquetas e palhetas serão vendidas a mais? E ampli� ca-dores, caixas e mesas? E iluminação, microfones e cabos?...

O céu é o limite...desde que você es-teja preparado com uma ação proati-va, um calendário de vendas alinhado ao evento, uma equipe extremamente bem preparada e uma comunicação continuada. Nem que seja no Facebook e no Twitter. Publicidade faz muita di-ferença. Crie vínculos com os shows,

mesmo que virtuais. Junte a comuni-dade da cidade onde sua loja está ins-talada e � xe a sua loja como ponto cen-tral do Rock in Rio. Este é o momento.

O CÉU É O LIMITE... DESDE QUEVOCÊ ESTEJA PREPARADO COM UMA AÇÃO PROATIVA, COM UM CALENDÁRIO DE VENDAS ALINHADO AO EVENTO

Então prepare-se e não deixe de aproveitar a onda, a grande onda! É a nossa Copa do Mundo da Música! De-pois não diga que não avisei!

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Capa Warwick

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Capa Warwick

Hans-Peter Wilfer é o fundador da Warwick. Ele herdou do pai, o criador das guitarras Framus, a paixão pelos instrumentos e o cuidado extremo com os detalhes. Acompanhe uma conversa profunda com uma das pessoas que marca o ritmo da indústria

O segredo está nos O segredo está nos O segredo

detalhes

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Capa Warwick

A Warwick é reconhecida mun-dialmente pela qualidade dos produtos que faz, tanto ins-

trumentos (baixos elétricos e acústi-cos) quanto componentes e insumos, basicamente ampli� cadores e cordas.

Com produção na Alemanha, Co-reia, China e Vietnã, o controle de qua-lidade é de alta exigência, garantindo aos usuários esse mesmo padrão, além da procedência do instrumento, equi-pamento ou corda.

Em 1982, Hans-Peter Wilfer funda a Warwick e, se o sucesso tiver um compo-nente genético, essa seria a prova. O pai

As novidades em primeira pessoaNa indústria da música, as novidades, os lançamentos, as apresentações são parte fundamental da construção da imagem e prestígio da marca. Hans-Peter Wilfer também falou com a Música & Mercado sobre o tema.

Quais foram os últimos produtos lançados pela empresa?Recentemente, lançamos nossa nova Pro Series e a Artist Se-ries, de contrabaixos fabricados na Coreia. A Pro Series apre-senta nossos mais populares modelos, como o Corvette Stan-dard, o Streamer LX, o Star Bass II e o Thumb BO. Já a Artist Series apresenta os modelos assinados por Robert Trujillo, Adam Clayton, Bootsy Collins, Stuart Zender, TM Stevens e P--Nut. Todos estão disponíveis a um preço acessível, mas com a qualidade esperada de um baixo Warwick.

E quais são as novidades em termos de potência sonora?Introduzimos uma série nova de amplifi cadores e combos para baixo igualmente atrativos. Tanto a BC Series como os amps WC ocupam seu espaço por trás de nossa popular Hellborg Se-

ries. A BC Series está desenhada para ir desde uma sala de ensaios em casa até um estúdio pequeno. Os amplifi cadores WC são para o músico que está procurando o som clássico da Hellborg em um pacote econômico. Os gabinetes WCA (em confi gurações de 115 e 410) fe-cham nossa nova seleção de produtos.

de Wilfer foi o criador e proprietário da Framus Guitars, que tinha como cliente nada menos que o baixista Bill Wyman, dos Rolling Stones, na década de 1960.

A Música & Mercado teve a oportuni-dade de conversar com Wilfer, presiden-te e CEO da Warwick GmbH & Co Music Equipment KG, repassando o passado, presente e futuro da empresa alemã.

Como começou nessa indústria e o que pode nos dizer de seu background?Meu pai foi o criador e proprietário da Framus Guitars, então poderíamos di-zer que nasci dentro da indústria. Es-

TRABALHAMOS COM CADA UM DENOSSOS DISTRIBUIDORES PARA FOCAR NOSSO MARKETING E PERSONALIZÁ-LO

CONFORME SUAS NECESSIDADES

ries. A BC Series está desenhada para ir desde uma sala de ensaios em casa até um estúdio

tava no meu sangue. Cresci rodeado do processo de criação e fabricação de gui-tarras e aprendi muito, tanto os aspec-tos positivos quanto os negativos, vendo como o meu pai dirigia o seu negócio.

Você toca algum instrumento? Po-deria contar-nos como vê a indús-tria do ponto de vista de ‘músico’?Tive aulas de guitarra e piano quan-do era criança, mas não achei inte-ressante. A minha paixão consiste na construção e criação do melhor instru-mento possível e em encontrar modos inovadores de fazê-lo.

Como foi criada a sua empresa?Fundei a Warwick em 1982 em Erlangen, no Estado alemão da Baviera. Quando era criança, aprendi todos os aspectos da fabricação e distribuição de instru-mentos musicais. Literalmente cresci brincando na serragem das fábricas da

ALÉM DE INOVADOR, PREMIADO!

Desenvolvido pelos nossos especialistas para melhorar aentonação do instrumento e evitar ruídos que as pontasdas cordas geram quando vibram junto com o tampodo violão. Além disso, torna o processo de troca doencordoamento mais rápido e prático.

Único do segmento a ser equipadocom um sistema de captaçãohíbrido (com microfone interno ecaptador de rastilho), lançamentoda Fishman, proporcionando aoinstrumento maior variedade detimbres e versatilidade!

Clásica Blend

Sistema

Na edição 174, os violõesMaster Series conquistaramo prêmio “Equipo de Ouro”.Agora o instrumento que proporciona uma novaexperiência com a música quer conquistar você!

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Hans-Peter Wilfer em seuescritório, onde recebeu a M&M

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ALÉM DE INOVADOR, PREMIADO!

Desenvolvido pelos nossos especialistas para melhorar aentonação do instrumento e evitar ruídos que as pontasdas cordas geram quando vibram junto com o tampodo violão. Além disso, torna o processo de troca doencordoamento mais rápido e prático.

Único do segmento a ser equipadocom um sistema de captaçãohíbrido (com microfone interno ecaptador de rastilho), lançamentoda Fishman, proporcionando aoinstrumento maior variedade detimbres e versatilidade!

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Na edição 174, os violõesMaster Series conquistaramo prêmio “Equipo de Ouro”.Agora o instrumento que proporciona uma novaexperiência com a música quer conquistar você!

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Capa Warwick

Framus Guitar. Em 1995, a Warwick se mudou para o Estado da Saxônia, para capitalizar a tradição antiga de fabricar instrumentos na região.

Quais foram os refl exos dessa mudança?A Warwick pôde contar com um nível de capacidade de trabalho que poucas empresas podiam, e podem, igualar. A construção da nova fábrica forneceu a oportunidade de instalar maquinário de última gera-ção, dando-nos uma vantagem tecnológica para estar de acordo com a nossa merecida reputação de traba-lho à mão, bastante delicado. Hoje a Warwick produz uma ampla gama de instrumentos com um nível de qualidade e consistência que poucos fabricantes de instrumentos exibem no mundo.

Como se posicionam os seus produtos no merca-do mundial atual?Estamos posicionados no mais alto nível, com produ-tos de ampli� cação, baixos médios e high end. A quali-dade e a consistência não têm paralelo. Tentamos apli-car esse conceito também em nosso marketing, além de nossas instalações de fabricação em todo o mundo.

Mercados regionaisComo você vê o mercado latino-americano? E mais: como a empresa atua na região?O mercado latino-americano é altamente importante para a Warwick. Somos uma marca bem estabelecida nesses países e somos reconhecidos como uma refe-rência em contrabaixos.

Como é a relação da Warwick com distribuidores desta parte do mundo? Esforçamo-nos para ter uma boa relação com os nossos distribuidores em todo o mundo e tentamos fornecer--lhes as ferramentas de marketing fundamentais para se ter sucesso. Fazemos publicidade com frequência. Nossa lista de artistas apresenta alguns dos nomes de maior in� uência musical no setor de baixos. Isso tem impacto de� nitivo em como o consumidor � nal perce-be nossos ampli� cadores e baixos.

A Warwick tem várias séries de produtos feitas na Coreia, China e Vietnã. Por que decidiram pul-verizar a produção? Há poucos anos, examinamos a região para fazer nossos baixos e ampli� cadores na Ásia. Deduzimos que o único e melhor modo de manter uma produ-ção com sucesso por lá era ter as nossas próprias instalações e associar-nos com fábricas alinhadas a

nossas exigências de manufatura. Temos investido muito em nossa produção asiática e com frequên-cia enviamos representantes dos nossos escritórios centrais da Alemanha para checar o cumprimento de nossas expectativas e também para atualizar as unidades com relação às técnicas de produção fun-damentais para fazer um produto Warwick.

Que benefícios e diferenças encontram entre a fabricação na Ásia e na Alemanha?As diferenças são que na Alemanha a nossa fábrica está montada com as inovações e tecnologias neces-sárias para criar um baixo Warwick. Com especi� ca-ções tão exatas quanto as nossas, não é fácil recriar esse tipo de detalhes em outra fábrica, em outro país. Mas dizendo isso, você pode estabelecer uma produ-ção na Ásia para um pequeno número de produtos e características, objetivando obter resultados de alta qualidade, mas com custo e� ciente.

As estratégias utilizadas com consumidores lati-no-americanos diferem da estratégia da Warwick para outras regiões do mundo?Uma companhia deve observar o mercado de um país em particular e ver as diferenças. Trabalhamos com cada um dos nossos distribuidores para focar nosso market-

ESFORÇAMO-NOS PARA TER UMA BOA RELAÇÃO COM OS NOSSOS DISTRIBUIDORES EM TODO O MUNDO

“A construção da nova fábrica trouxe a oportunidadede instalarmos equipamentos de última geração”

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Tapa Warwick

Framus Guitar. Em 1995, a Warwick se mudou para o Estado da Saxônia, para capitalizar a tradição antiga de fabricar instrumentos na região.

Quais foram os refl exos dessa mudança?A Warwick pôde contar com um nível de capacidade de trabalho que poucas empresas podiam, e podem, igualar. A construção da nova fábrica forneceu a oportunidade de instalar maquinário de última gera-ção, dando-nos uma vantagem tecnológica para estar de acordo com a nossa merecida reputação de traba-lho à mão, bastante delicado. Hoje a Warwick produz uma ampla gama de instrumentos com um nível de qualidade e consistência que poucos fabricantes de instrumentos exibem no mundo.

Como se posicionam os seus produtos no merca-do mundial atual?Estamos posicionados no mais alto nível, com produ-tos de ampli� cação, baixos médios e high end. A quali-dade e a consistência não têm paralelo. Tentamos apli-car esse conceito também em nosso marketing, além de nossas instalações de fabricação em todo o mundo.

Mercados regionaisComo você vê o mercado latino-americano? E mais: como a empresa atua na região?O mercado latino-americano é altamente importante para a Warwick. Somos uma marca bem estabelecida nesses países e somos reconhecidos como uma refe-rência em contrabaixos.

Como é a relação da Warwick com distribuidores desta parte do mundo? Esforçamo-nos para ter uma boa relação com os nossos distribuidores em todo o mundo e tentamos fornecer--lhes as ferramentas de marketing fundamentais para se ter sucesso. Fazemos publicidade com frequência. Nossa lista de artistas apresenta alguns dos nomes de maior in� uência musical no setor de baixos. Isso tem impacto de� nitivo em como o consumidor � nal perce-be nossos produtos de ampli� cadores e baixos.

A Warwick tem várias séries de produtos feitas na Coreia, China e Vietnã. Por que decidiram pul-verizar a produção? Há poucos anos, examinamos a região para fazer nossos baixos e ampli� cadores na Ásia. Deduzimos que o único e melhor modo de manter uma produ-ção com sucesso por lá era ter as nossas próprias instalações e associar-nos com fábricas alinhadas a

nossas exigências de manufatura. Temos investido muito em nossa produção asiática e com frequên-cia enviamos representantes dos nossos escritórios centrais da Alemanha para checar o cumprimento de nossas expectativas e também para atualizar as unidades com relação às técnicas de produção fun-damentais para fazer um produto Warwick.

Que benefícios e diferenças encontram entre a fabricação na Ásia e na Alemanha?As diferenças são que na Alemanha a nossa fábrica está montada com as inovações e tecnologias neces-sárias para criar um baixo Warwick. Com especi� ca-ções tão exatas quanto as nossas, não é fácil recriar esse tipo de detalhes em outra fábrica, em outro país. Mas dizendo isso, você pode estabelecer uma produ-ção na Ásia para um pequeno número de produtos e características, objetivando obter resultados de alta qualidade, mas com custo e� ciente.

As estratégias utilizadas com consumidores lati-no-americanos diferem da estratégia da Warwick para outras regiões do mundo?Uma companhia deve observar o mercado de um país em particular e ver as diferenças. Trabalhamos com cada um dos nossos distribuidores para focar nosso ma-

A CONSTRUÇÃO DA NOVA FÁBRICA TROUXE A OPORTUNIDADE DE INSTALARMOS EQUIPAMENTOSDE ÚLTIMA GERAÇÃO

“A construção da nova fábrica trouxe a oportunidadede instalarmos equipamientos de última geração”

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Capa Warwick

ing e personalizá-lo de acordo com as ne-cessidades do mercado onde ele atua. Por exemplo, trabalhamos com nossos distri-buidores para obter endorsers que sejam muito reconhecidos em seus países. São coisas como essas que permitem à marca ser mais aceitável para os consumidores do país em questão.

O segredo está no cuidadoO que diferencia seus produtos dos da concorrência?Temos uma produção completa e tec-nologicamente avançada que resulta em um produto de alta qualidade. Para a nossa produção na Alemanha, com-pramos a madeira natural que é corta-da em pranchas e secada por quase três anos nessa forma. Não tentamos apres-sar o processo cortando as pranchas e secando-as imediatamente em fornos. Esse processo forçado destrói a integri-dade tonal da madeira.

É privilegiado o processo totalmente natural na produção dos instrumentos?Permitimos que o processo se desenvol-va naturalmente. Uma vez que a madei-ra é secada segundo nossas exigências, escolhemos a dedo as madeiras a serem usadas na fabricação do instrumento. Observamos cada peça para garantir que satisfaça nossos padrões de qua-lidade. É esse cuidado na etapa inicial do processo que segue o contrabaixo em sua viagem. Isso inclui algumas das técnicas de produção mais inovadoras que existem. É essa atenção com os detalhes, junto com a necessidade de se criar o contrabaixo perfeito, que nos distingue dos competidores.

O presente econômicoEm que aspectos a crise econômi-ca 2008/2009 afetou a estratégia da companhia? Houve impacto na ven-da dos produtos?Tivemos de repensar nossa estratégia. Percebemos que uma produção total-mente alemã de baixos high end po-high end po-high endderia não ser bem recebida durante a crise econômica. Por isso começamos com a produção asiática e pudemos reposicionar-nos para oferecer ampli� -cadores e baixos de preços médios.

Quais foram os refl exos desse rea-linhamento de estratégia? Como a Warwick está hoje?

NÓS NOS ESFORÇAMOS PARA TER UMA BOA

RELAÇÃO COM NOSSOS DISTRIBUIDORES E

REVENDEDORES EM TODO O MUNDO

HistóriaO começo da lenda: 25 por 1A empresa foi fundada em 1982 por Hans Peter Wilfer, em Erlangen, na Alemanha. Wilfer havia começado a trabalhar no ramo aos 17 anos com seu pai, fundador da Framus, fa-mosa companhia de guitarras nas décadas de 1960 e 1970.

Quando Wilfer decidiu abrir sua própria empresa, não tinha certeza se iria fabricar guitarras ou baixos, mas quando foi à feira da música em Frankfurt, a Musikmesse, vendeu 25 baixos de seu Nobby Meidel Bass, e somente uma guitarra, descobrindo que os contrabaixos elétricos ofereciam uma mercado mais lucrativo.

Essa mudança, com certeza, impactou dramaticamente em nossa produção alemã de contrabaixos, mas permitiu nosso aperfeiçoamento e ajudou-nos a nos concentrar para melhorar nossas técnicas de produção na Alemanha.

Qual é o futuro da Warwick a res-peito de marketing-vendas e de im-plantação de novas tecnologias nas fábricas?A nossa marca Framus Guitar é suma-mente importante para nós. Esse é o foco principal para os próximos cinco anos. Achamos que essas sejam as me-lhores guitarras fabricadas hoje e con-tinuaremos nossos esforços de marke-ting para estabelecer a Framus como uma marca importante desse segmen-to. E é minha missão pessoal re� nar e aperfeiçoar nossas técnicas e inovações na fabricação de guitarras.

CONTINUAREMOSNOSSO TRABALHO DE MARKETING PARA ESTABELECER A FRAMUS COMO UMA MARCA IMPORTANTEDE GUITARRAS

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Capa Warwick

10 PRODUTOS TOP DA WARWICKCORVETTE $$Embora seja parecido esteticamente aos outros modelos Corvette, esse baixo obtém sua atitude e identidade a partir de um conjunto único de captadores e eletrônica. O modelo possui dois humbuckers MEC passivos localizados na parte central do corpo. Possui também dois mini-switches de três vias que permitem controlar cada humbucker em modos diferentes. Além disso, os captadores passivos estão acoplados a um pré-amplifi cador de duas bandas MEC, o que o torna um baixo passivo/ativo, ou híbrido. Disponível com 4, 5 ou 6 cordas, tanto para destros quanto para canhotos, com modelos com ou sem trastes, produzidas em freixo americano e braço de ovangkol.

STREAMER STAGE IIApresenta corpo de madeira afzelia africana. Tem um top arqueado e uma parte traseira ergonomicamente côncava. A ligação entre o braço e o corpo,

invisível pela frente, está oculta. O braço e o corpo estão perfeitamente balanceados para garantir boa posição e comodidade na hora de tocar. Além disso, possui resposta instantânea, médios fortes, agudos brilhantes

e graves profundos.

INFINITY NT BIRDEYE MAPLE TOPO corpo oco, as aberturas em F e a confi guração dos captadores se juntam a um corpo de ovangkol. O desenho oco fornece grande ataque, similar a um baixo acústico, sem perda de sustenidos. Está equipado com captadores MEC J/TJ

ativos e um circuito MEC de 3 vias ativo. Escala de 34” de comprimento, 24 trastes e ponte Warwick de 2 peças. Disponível em 4 ou 5 cordas.

CORVETTE $$Embora seja parecido esteticamente aos outros modelos Corvette, esse baixo obtém sua atitude e identidade a partir de um conjunto único de captadores e eletrônica. O modelo possui dois humbuckers MEC passivos localizados na parte eletrônica. O modelo possui dois humbuckers MEC passivos localizados na parte central do corpo. Possui também dois mini-switches de três vias que permitem central do corpo. Possui também dois mini-switches de três vias que permitem controlar cada humbucker em modos diferentes. Além disso, os captadores controlar cada humbucker em modos diferentes. Além disso, os captadores passivos estão acoplados a um pré-amplifi cador de duas bandas MEC, o que passivos estão acoplados a um pré-amplifi cador de duas bandas MEC, o que passivos estão acoplados a um pré-amplifi cador de duas bandas MEC, o que o torna um baixo passivo/ativo, ou híbrido. Disponível com 4, 5 ou 6 cordas, o torna um baixo passivo/ativo, ou híbrido. Disponível com 4, 5 ou 6 cordas, tanto para destros quanto para canhotos, com modelos com ou sem trastes, tanto para destros quanto para canhotos, com modelos com ou sem trastes, produzidas em freixo americano e braço de ovangkol.produzidas em freixo americano e braço de ovangkol.

STREAMER STAGE IIApresenta corpo de madeira afzelia africana. Tem um top arqueado e uma parte traseira ergonomicamente côncava. A ligação entre o braço e o corpo,

invisível pela frente, está oculta. O braço e o corpo estão perfeitamente balanceados para garantir boa posição e comodidade na hora de tocar. Além disso, possui resposta instantânea, médios fortes, agudos brilhantes

e graves profundos.

ativos e um circuito MEC de 3 vias ativo. Escala de 34”

corpo de ovangkol. O desenho oco fornece grande ataque, similar a um baixo acústico, sem perda de sustenidos. Está equipado com captadores MEC J/TJ acústico, sem perda de sustenidos. Está equipado com captadores MEC J/TJ acústico, sem perda de sustenidos. Está equipado com captadores MEC J/TJ

SÉRIE WAA Série WA, com os modelos de bass heads WA 300 e WA 300s, possui equalizadores gráfi cos de 10 bandas, controles bass e treble, compressores ajustáveis e entradas passivas e ativas. Já os modelos WA 600 e WA 600s apresentam 600 watts de amplifi cação Warwick clássica, oferecendo grande versatilidade tonal para todos os ritmos.

CUERDASA Warwick oferece diversas linhas de cordas para baixo elétrico que se adaptam às diferentes necessidades de cada músico. Alguns exemplos são: as Red Strings, desenhadas por computador, cobertas com aço inoxidável, que proporcionam som brilhante e alta durabilidade; as Nickel Electric Bass Strings são feitas com aço recoberto em níquel, estão disponíveis em diferentes variações para baixos de 4, 5 e 6 cordas; Já as Black Label é enrolada em aço inoxidável, feitas à mão, para afi nação muito precisa com tom brilhante.

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ROBERT TRUJILLO SIGNATURESeja ao vivo ou em algum CD do grupo Metallica, Robert Trujillo toca esse baixo feito especialmente para ele, sendo a base sonora de um dos principais atos na cena do heavy metal. Tem acabamento cromado que chama a atenção em qualquer palco. A massa aumentada do braço, os captadores EMG ativos e a eletrônica Bartolini de 3 bandas convidam a tocar com toda a potência. O braço e corpo são feitos em arce. Instrumento fabricado na Coreia.

WARWICK ALIENEsse baixo acústico ocupa o espaço entre o contrabaixo e o baixo elétrico. Possui uma estética pouco usual no corte, com boca assimétrica fora de eixo, oferecendo formato

único e tons quentes. O corpo é laminado para aumentar a durabilidade em uso no palco. Equipado com o sistema de violão acústico Fishman Prefi x™

Plus, fornece um switch reverso de fase e indicador de uso de bateria. Diferentemente dos outros baixos da empresa, esse não é fabricado na

Alemanha, mas no Vietnã, seguindo especifi cações rígidas da Warwick, assim como todos os componentes e tecnologias da empresa.

THUMB NTAdaptado ergonomicamente para o corpo humano, o desenho

elegante é uma referência que vem sendo copiada ao redor do mundo. Produzido com madeiras duras, bubinga pommele, ovangkol

e ébano tigerstripe que, combinadas com as técnicas de construção da Warwick, maximizam a estabilidade do instrumento. A equalização potente e efetiva permite infi nitas variações de tom e os ajustes do captador garantem que o

som seja balanceado.

HELLBORG Esses amplifi cadores de potência se distinguem por seu potente

transformador na saída do alto-falante (tais transformadores são usados normalmente para emparelhar a impedância da saída

do alto-falante de amplifi cadores valvulados). Possui vários modelos : Hellborg Preamp, Hellborg Stereo Power, Hellborg

Mono Power 250 e Hellborg Mono Power 500.

SÉRIE BC A série de combos BC, BC150 e BC300, é apta tanto para uma sala de ensaios em casa quanto para um palco pequeno. Ambos apresentam driver de graves de 15” e compressores ajustáveis. O BC 150 inclui médios varridos no equalizador de 3 bandas para reforçar os 150 watts

de potência interna. Já o BC300 acrescenta um equalizador de 10 bandas a todas as outras características encontradas no modelo WA 300. Além disso, tem uma carcaça que é mais profunda, tanto sonora quanto fi sicamente, e um driver mais potente.

ROBERT TRUJILLO SIGNATURESeja ao vivo ou em algum CD do grupo Metallica, Robert Trujillo toca esse baixo feito especialmente para ele, sendo a base sonora de um dos principais atos na cena do heavy metal. Tem acabamento cromado que chama a atenção em qualquer palco. A massa aumentada do braço, os captadores EMG ativos e a eletrônica Bartolini de 3 bandas convidam a tocar com toda a potência. O braço e corpo são feitos em arce. Instrumento fabricado na Coreia.

Esse baixo acústico ocupa o espaço entre o contrabaixo e o baixo elétrico. Possui uma estética pouco usual no corte, com boca assimétrica fora de eixo, oferecendo formato

Alemanha, mas no Vietnã, seguindo especifi cações rígidas da Warwick, assim

elegante é uma referência que vem sendo copiada ao redor do mundo. Produzido com madeiras duras, bubinga pommele, ovangkol

HELLBORG Esses amplifi cadores de potência se distinguem por seu potente

mundo. Produzido com madeiras duras, bubinga pommele, ovangkol e ébano tigerstripe que, combinadas com as técnicas de construção da e ébano tigerstripe que, combinadas com as técnicas de construção da Warwick, maximizam a estabilidade do instrumento. A equalização potente e Warwick, maximizam a estabilidade do instrumento. A equalização potente e efetiva permite infi nitas variações de tom e os ajustes do captador garantem que o efetiva permite infi nitas variações de tom e os ajustes do captador garantem que o

som seja balanceado.som seja balanceado.

Esses amplifi cadores de potência se distinguem por seu potente Esses amplifi cadores de potência se distinguem por seu potente transformador na saída do alto-falante (tais transformadores são transformador na saída do alto-falante (tais transformadores são

usados normalmente para emparelhar a impedância da saída usados normalmente para emparelhar a impedância da saída do alto-falante de amplifi cadores valvulados). Possui vários

modelos : Hellborg Preamp, Hellborg Stereo Power, Hellborg

SÉRIE BC SÉRIE BC A série de combos BC, BC150 e BC300, é apta tanto para uma sala de A série de combos BC, BC150 e BC300, é apta tanto para uma sala de ensaios em casa quanto para um palco pequeno. Ambos apresentam driver de graves de 15” e compressores ajustáveis. O BC 150 inclui driver de graves de 15” e compressores ajustáveis. O BC 150 inclui médios varridos no equalizador de 3 bandas para reforçar os 150 watts

elegante é uma referência que vem sendo copiada ao redor do mundo. Produzido com madeiras duras, bubinga pommele, ovangkol

Warwick no BrasilWarwick no Brasil

Distribuidora: Habro Music

Tel: (11) 2787-0349

www.habro.com.br

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P.M.A.: PREÇOMÍNIMO ANUNCIADO

PREÇOMÍNIMO ANUNCIADO

PREÇO

JOEY GROSS BROWN

TECNOLOGIA MUSICAL

CONHEÇA A POLÍTICA DE PREÇOS APLICADA NOS EUA PARA A VENDA DE PRODUTOS MAIS COMPLEXOS QUE GARANTE AO CONSUMIDOR FINAL O RECEBIMENTO DE UM SERVIÇO DE QUALIDADE

Acredito que neste ano o mer-cado musical brasileiro poderá se benefi ciar de um

grande salto qualitativo em termos do profi ssionalismo de suas empre-sas. No entanto, continuo a ver que nosso consumidor ainda é tratado de forma capciosa por maus profi s-sionais e empresários. Nos Estados Unidos, a legislação permite uma prá-tica que aqui poderia ajudar a acelerar o profi ssionalismo do mercado.

No ambiente de varejo, muitos lojistas escolhem competir somente no item preço. Sob a perspectiva do consumidor, quanto menor, melhor — sendo o restante igual, óbvio. Com a chegada da Internet como um método de compras, o comparativo entre lojas fi ca fácil e muito efi ciente para os consumidores. Essa competição de preços é maravilhosa para os clientes que

é gerente comercial da Quanta Music e defensor do consumidor bem informado.E-mail: [email protected]

procuram mercadorias nas quais a única diferenciação possível entre os que as vendem é o preço. No entanto, para produtos mais complicados, que requerem conheci-mento e treinamento para uso e venda, o modelo de pre-ços baixos torna-se um desafi o para o lojista.

Por que aplicarO treinamento e o suporte a pro-dutos complexos requerem investi-mentos e custos não associados com a venda de produtos mais simples. Como as lojas ‘brigam’ umas com as outras, o preço de venda é reduzido para poder competir, e a margem de lucro é achatada. Durante a busca do lojista por sistemas que devolvam a lucratividade, o suporte e a com-petência de venda são os primeiros itens a serem cortados. Isso leva a um aconselhamento errado do con-sumidor, a um suporte inadequado e a uma assistência pobre no tocante a produtos complexos. Resultado: o nível de satisfação do consumidor

Limitações e exigências comuns dos PMAs nos EUA� O Preço Mínimo Anunciado é determinado

pelo fabricante ou distribuidor/importador.� Consequências sérias, que incluam a interrupção do fornecimento,

podem ser aplicadas quando há um desrespeito aos PMAs.� Lojistas não podem sugerir que preços menores que os PMAs se

encontrem disponíveis em uma transação de vendas em que os preços PMA são mostrados antecipadamente.

� Os lojistas podem, por lei, vender ao preço que melhor lhes convier, desde que os preços abaixo dos PMAs não sejam publicados em qualquer veículo de mídia, incluindo a Internet.

� Em discussões privadas e particulares entre o lojista e seu consumidor, os preços PMA não se aplicam.

Fonte utilizada na composição deste texto: Saxforte,empresa norte-americana de revenda de instrumentos de sopro.

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final com o produto acaba baixando. Ocorre, ainda, outra situação: o lojista enxerga que o preço de mercado não é sustentável de forma razoável e o pro-duto acaba sendo retirado de oferta, tornando-se difícil de encontrar.

O preço baixo, inicialmente um item positivo para o consumidor, pode se tornar tão baixo que o pró-prio cliente acaba não recebendo o insumo agregado de que necessita e pelo qual barganhou.

Sob o ponto de vista do fabricante/distribuidor, no momento em que lojistas se recusam a vender ou oferecer um produto devido à falta de um motivo contundente para fazê-lo, o fabricante/distribui-dor tem razão de se preocupar. E quando seus produtos são oferecidos fora dos padrões desejados de serviço, suporte e venda, novamente há ra-zão para preocupação, pois os equipamentos top de linha são assimilados pelos consu-midores como próximos ou similares a produtos de baixa qualidade ou de forma a não visualizar no lojista uma venda ou ofer-ta condizente com o padrão do produto.

Uma situação ainda pior ocorre quando o lojista anuncia a liquidação do produto e então tenta reverter a ven-da para outro produto, proclamando que o segundo tem a mesma qualidade.

Como funcionaNos Estados Unidos, fabricantes ou importadores que vendem produtos de alta qualidade, e especialmente aqueles que necessitam de suporte e treinamen-to, estabelecem um sistema de proteção chamado Preço Mínimo Anunciado (Minimum Advertised Prices - M.A.P.). É uma maneira de encorajar um preço de venda razoável e justo ao consumi-dor para que ele mesmo possa desfrutar do treinamento, conhecimento, suporte e expertise dentro dos padrões de qua-

NÃO É SEMPRE QUE OS TIROS ARRISCADOS SÃO RECOMENDÁVEIS

E O ‘JOGO’ NOS ENSINA QUE EXISTEM SITUAÇÕES EM QUE É MELHOR RETROCEDER

PARA DEPOIS AVANÇAR EM SEGURANÇA

lidade estabelecidos pelo fabricante/importador para aquele produto.

E não é necessário falar apenas de produtos de tecnologia, softwares ou coisas digitais. Os saxofones e instru-mentos de sopro, por exemplo, tam-bém são complicados. Possuem até mais de 600 peças internas que neces-sitam ser ajustadas para obter a quali-dade oferecida a cada músico de forma individual. Em resumo, produtos que

requerem mais que uma simples rela-ção de compra e venda necessitam de revendedores com amplo conhecimen-to de forma a atingir a expectativa de qualidade e serviço de que o consumi-dor precisa. Portanto, produtos com essas características são requisitados, naturalmente, a conviver sob uma po-lítica de PMA dos fabricantes de pro-dutos de alta qualidade.

Enquanto fabricantes ou distribui-dores nos Estados Unidos podem, por lei, estabelecer o PMA, os lojistas não são obrigados a orientar-se por esses preços nos anúncios ou na venda dos mesmos.

Para fazer com que o comércio respeite e anuncie os preços seguindo a política de PMA, é possível retirar descontos ou deixar de oferecer van-tagens aos mesmos que se recusam a aceitar a política de preços do fabri-

cante/distribuidor, inclusive negando o acesso a produtos quando a política não é respeitada pelos comerciantes. Eu, pessoalmente, discordo de atitudes radicais. Vejo, no entanto, que em al-guns mercados é simplesmente impos-sível estabelecer uma venda saudável ao consumidor. Há casos que ocorrem com produtos de alta qualidade que se tornam cômicos, não fossem lamen-táveis. A ideia de “compre comigo pois

meu preço é melhor, mas an-tes vá à loja tal aprender como o equipamento funciona” simplesmente me enoja.

Vamos evoluirTambém me incomoda ver o investimento em pessoas de mais capacidade e mais competência por parte de lo-jas, enquanto outras simples-mente se aproveitam do mer-cado e da ‘sede’ de preço baixo do consumidor. Sob a ótica do lojista, vejo o seguinte cená-rio: “Muito discutimos sobre como melhorar e profissiona-lizar o mercado”. E agora en-tendo: “Como é possível quali-

ficar melhor nossa equipe de vendas se nosso vizinho se importa apenas com a venda rasa, sem conteúdo?”.

Heróis são aqueles que continuam investindo na abertura de mais lojas e que levam ao consumidor produtos de qualidade com o atendimento de ver-dadeiros conselheiros de vendas, e não de oportunistas. Pergunto-me por que não há, em âmbito político, uma luta de nossa classe para exigir a implan-tação da lei de preço mínimo anuncia-do? Imaginaram o benefício? De forma mais austera, poderíamos até eliminar os anúncios de produtos ilegais (ou semilegais, ou ‘independentes’, que pi-pocam diariamente no Mercado Livre. Será que tem algum político nos escu-tando e com vontade de melhorar, não só este, mas, todos os mercados?

Sigam-me os bons! n

Joey Gross Brown Tecnologia Musical

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PDV Consumo

Nesta matéria especial, veja como aproveitar esse fato na hora da venda e aumentar o seu faturamento

7 ideias para estimular a compra por impulso

A compra por impulso é a modalidade em que você pode ter o controle ‘cientí� co’ da situação. Não depende de vendedor nem de propaganda externa, mas basicamente de criar um

ambiente propício e motivador no PDV. Vamos às sete dicas para tor-nar essa tarefa mais fácil:

1. Exposição privilegiadaEm uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, sob su-pervisão do Popai (Point of Purchase Advertising Institute), foi analisado o comportamento de compra de 4.200 pessoas em 14

cidades. De longe, o fator que mais motivou a compra por impulso foi a exposi-ção. Despertar a vontade da compra pela exposição é criar mecanismos em que o consumidor seja obrigado a ver tais produtos, seja por criar um circuito no qual ele é obrigado a passar, seja por destacá-lo dos outros com auxílio de iluminação diferenciada e outros artifícios de decoração. Além disso, 42% dos consumidores dizem lembrar-se de itens de que precisavam ao vê-los nas prateleiras.Resumindo: Quanto mais e melhor exposto determinado produto,maior será sua venda por impulso.

2. LocalizaçãoReforçando o aspecto da exposição privilegiada, a localização de áreas que se proponham a estimular a compra por impulso é fundamental. Nunca se devem colocar produtos para a compra por impulso na en-

trada da loja, por exemplo. Ninguém � ca parado na porta por muito tempo. O caixa, ou a área próxima ao local de pagamento, são locais onde o cliente necessariamente � ca parado por um período e acaba ocupando seu tempo em outras coisas. Lembre--se daquelas prateleiras perto dos caixas de supermercado, paraíso das compras por impulso. Estudos mostram que 13,5% dos consumidores a� rmam que adquirem pro-dutos enquanto aguardam e que 65% praticam essa ação periodicamente. Resumindo: Expor produtos próximos aos locais de pagamentoé uma alternativa que pode render boas vendas por impulso.

3. Comodidade de acessoÉ muito difícil que alguém compre por impulso algo que este-ja em uma prateleira a 4 metros de altura, ou que tenha de se abaixar muito perto do chão, ou seja, fora do alcance imediato. O

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PDV Consumo

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impulso pela compra ‘não planejada’ passa em 100% dos casos pelo toque e pelo acesso cômodo. Estudos indicam que os produtos dispostos em gôndolas e/ou prateleiras com acesso direto das mãos, aproxi-madamente entre 1 e 1,40 metro do chão, são mais comprados por impulso.Resumindo: Facilite o acesso DIRETO do consumidor ao produto que você quer promover por impulso.

4. Preço acessívelÉ também um dos fatores importan-tes para a compra por impulso. É mais fácil o consumidor se sentir atraído

por um produto de baixo valor unitário, algo que não vá ‘pesar’ no bolso e, por ter essa facilidade, continua no âmbito emocional da compra, desprezando a ra-zão. Ninguém vai comprar por impulso uma guitar-ra de R$ 5 mil, mas poderá experimentar um novo e interessante modelo de cabo, que custe entre R$ 25 e R$ 50. Criar ofertas e oportunidades de momento também é um bom estímulo para a compra por im-pulso. Existe o consumidor que é ‘louco por ofertas’ e toma suas decisões de compra nas lojas em função das promoções. Unir fatores como exposição, preço correto e facilidade de acesso é criar o ambiente per-feito para a compra por impulso.Resumindo: Produtos com valor unitário baixo são ideais para despertar a compra por impulso.

5. Adequação etáriaEstudos mostram que certas faixas etá-rias são mais suscetíveis a estímulos dentro das lojas. Consumidores jovens

— aqui considerados os com menos de 45 anos — são mais abertos a estímulos recebidos nas lojas — 61,8% versus 56,2%, para os mais velhos. Isso sinaliza que essa adequação também é importante para “dar de beber a quem realmente tem sede”. Estimular um jo-vem de 20 anos a experimentar uma nova corda de guitarra é mais fácil do que estimular um senhor de 55 anos a trocar a marca de sua corda de violino.Resumindo: Produtos que atinjam os jovens são ideais para promover a compra por impulso.

6. Per� l do clienteA frequência das compras tem relação inversa à tomada da decisão nas lojas. Pessoas que vão mais às compras (três

ou mais vezes por semana) são menos sujeitas a im-pulsos, 57% destas em relação a 65,9% das que vão

Estímulos para compra por impulso� Produtos de tamanho pequeno� Com baixo valor unitário� Expor os produtos de forma destacada� Ao acesso direto das mãos� Preferência por gôndolas do lado direito� Que tenham apelo junto ao público jovem

às lojas uma vez por semana. Sendo assim, criado um ambiente que estimule a compra por impulso, este deve ser o caminho a ser estimulado pelos ven-dedores da loja ao perceberem que se trata de um cliente novo. A indicação sutil dessa área é uma grande força à compra por impulso.Resumindo: A percepção por parte da equipe de atendimento do per� l do cliente facilita o direcio-namento para a exposição à compra por impulso.

7. SexoJá foi provado por estudos cientí� cos que mulheres compram mais por impulso do que os homens. A relação apontada é

que 64,8% das mulheres, contra 57,1% dos homens, compram por impulso, o que também deve ser le-vado em consideração pelo lojista. Alie a isso à pre-sença, junto da mulher, de uma ou mais crianças, que são ótimos compradores por impulso, devido à grande necessidade de conhecimento e experimen-tação. Uma mãe com um � lho numa loja é um prato cheio para uma compra por impulso. Quem resiste a um pedido do tipo “Ah, mãe... Compra, vai?!”.Resumindo: Escolher produtos que, além de outras características descritas aqui, tenham certo apelo junto ao público feminino pode ser útil para estimular as compras por impulso. ▶

PESQUISAS INDICARAM QUE CERCA DE 40% DOS CONSUMIDORES LEMBRAM-SE DE PRODUTOS QUE PRECISAM AO VÊ-LOS NAS PRATELEIRAS. “QUEM NÃO É VISTO, NÃO É LEMBRADO...”

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PDV Consumo

Sites de compras coletivas:a menina dos olhos da compra impulsivaO consumo por impulso apela para uma das coisas mais pri-mitivas do ser humano: a emoção. O bacana é que o per� l do consumidor, aliado à dinâmica do mercado de hoje, refor-ça ainda mais esse estímulo. “A maior oferta de produtos no mercado, somada à redução do tempo para absorver toda a informação disponível, causada pela correria da vida moderna, criou um consumidor ansioso, que nunca está satisfeito com o que tem e sempre está de olho no próximo lançamento”, avalia Mário René Schweriner, coordenador do curso de pós-gradua-ção em ciências do consumo aplicadas da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em entrevista à revista Veja, na matéria ‘O cérebro, esse perdulário’, edição 1993.

Não é à toa que os sites de compras coletivas fazem tre-mendo sucesso. Além do ‘desconto’ que eles oferecem; existe a pressão do tempo — repare que esses sites vêm com uma contagem regressiva no oferecimento da promoção. O consu-midor tem aquele determinado tempo para comprar, o que lhe gera ansiedade, e o pressiona a adquirir o produto ou serviço.

Outro ponto é o desconto em si. Ao olhar o valor real do pro-duto/serviço e quanto ele � ca com o desconto, nosso cérebro envia a informação de que aquele negócio é imperdível e que se o cliente não o adquirir, estará recusando uma oportunidade.

O per� l do consumidor por impulso é de pessoas de clas-se social mais alta e um público mais jovem, dois grandes usuários da web. E, usando um chavão, que explica exata-mente o que ocorre: os sites de compra coletiva juntaram a fome com a vontade de comer.

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PDV Consumo

▶ Principais tipos de compras

PlanejadaÉ aquela em que o consumidor prepara antecipada-É aquela em que o consumidor prepara antecipada-PlanejadaÉ aquela em que o consumidor prepara antecipada-Planejadamente uma lista — física (papelzinho, caderninho etc.) ou mesmo na própria cabeça — dos produtos a serem adquiridos na loja. Pesquisas indicam que, no caso dos supermercados, apenas 25% das compras são planeja-das. Nesse tipo de compra, o indivíduo é motivado pela razão, equalizando os vários fatores envolvidos, como disponibilidade, preço e condições de pagamento. Um bom exemplo para o nosso mercado seria a compra de um violão, indicado pelo professor. O aluno chega à loja e pede um violão predeterminado.

Por in� uênciado vendedordo vendedordo vendedorOcorre quando há uma interatividade direta e a� rma-Ocorre quando há uma interatividade direta e a� rma-tiva do cliente com um ou mais funcionários da loja. Nesse caso, o vendedor é o fator fundamental para o convencimento do cliente, levando-o a comprar de-terminado produto. Isso acontece basicamente por meio de argumentos consistentes e técnicas de ven-das. Um bom exemplo seria a venda de uma guitarra com características bem particulares de captação, microa� nação etc. A pessoa entra na loja querendo comprar uma guitarra ‘x’ e acaba comprando a ‘y’ ao perceber as vantagens expostas pelo atendente.

ComparadaOcorre quando o consumidor compara marcas ou Ocorre quando o consumidor compara marcas ou ComparadaOcorre quando o consumidor compara marcas ou Comparadaespeci� cações técnicas diferentes, visando atender a uma mesma necessidade. Como é um tipo de com-pra que demanda mais tempo, os produtos devem ter uma cuidadosa colocação na loja, visando não atrapa-lhar o � uxo na área de vendas, sempre com um gran-de apoio da equipe de atendimento, principalmente quando o consumidor é inexperiente. Um exemplo clássico é a venda de teclados eletrônicos. A pessoa quer um teclado que atenda às suas expectativas e se depara com uma série de modelos, cada um com suas vantagens e desvantagens, por isso testa-os e conhece à exaustão cada modelo, antes de se decidir.

Compra comCompra comCompra comenvolvimentoenvolvimentoCompra comenvolvimentoCompra comCompra comenvolvimentoCompra comAcontece quando o envolvimento na compra, maior Acontece quando o envolvimento na compra, maior ou menor, se mede a partir da percepção do cliente quanto ao investimento naquele produto, a importân-cia emocional e o grau de exclusividade da proposta. Para ser mais claro, quanto maior for o investimento, mais exclusivo e importante emocionalmente for o produto para o cliente, maior será o envolvimento na compra. A compra de produtos de maior envolvimen-to fortalece o relacionamento do cliente com a empre-sa, fazendo com que ele continue retornando à loja, mesmo que por outros motivos. Sabe aquele ampli� -cador exclusivo, mais caro, que é o sonho de consumo de alguns consumidores? Se você de alguma forma consegue realizar esse sonho... Pronto! Você passa de vendedor a amigo para sempre.

Por impulsoOcorre quando um consumidor, motivado por algum Ocorre quando um consumidor, motivado por algum Por impulsoOcorre quando um consumidor, motivado por algum Por impulsofator, seja ele emocional, de exposição, de oferta ou ou-tros, decide a compra dentro da loja, comprando algo que não estava previsto ou planejado no momento da entrada no estabelecimento. Uma coisa importante é separar o consumidor que se deixa levar por um estímulo mercadológico — justamente o que vamos abordar nesta edição, daquele compulsivo, que com-pra por comprar, independente de estímulo externo. São histórias de 250 pares de sapato, 300 vestidos e por aí vai... Esse é o oniomaníaco, que sofre de uma doença de transtorno mental, ligada à depressão e já bastante conhecida dos médicos.

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PME Gestão

Dicas para poder atingir os objetivos na área mais fundamentalda empresa —e também a mais complexa—, a do gerenciamento da equipeDicas para poder atingir os objetivos na área mais fundamental

Regras para coordenar pessoas

embora muitas PMEs não percebam, o papel que o diretor dessa área desenvolve é fundamental, pois ele é responsável por satisfazer as necessidades dos pró-prios funcionários e da empresa.

Por isso é imprescindível que o gestor de recursos humanos conheça a estratégia da companhia para poder planejar a sua área de acordo e antecipar-se a qualquer mudança que se produza na empresa, a � m de não afetar a equipe de maneira radical. Para conseguir seus objetivos, o executivo deve se valer de

Uma visão panorâmica da Musikmesse, a maior feirade áudio, iluminação e instrumentos musicais do mundo

U ma das áreas mais sensíveis de uma empre-sa é a de recursos humanos. Certamente, segundo o tamanho da companhia, sua or-

ganização varia.Em uma pequena ou média empresa familiar

[per� l da maioria de nosso setor], possivelmente um dos sócios seja o responsável pelo pessoal. Já em uma empresa com mais de cem trabalhadores, certamente haveria um gerente de recursos humanos e, em uma maior, um departamento de recursos humanos. E

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PME Gestão

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*Artigo originalmente publicado em www.gestionpyme.com

sistemas de seleção, avaliação, retribuição, formação e desenvolvimento que tem disponíveis, e que devem ser postos a serviço dos empregados.

Para desenvolver esse trabalho, é importante que o executivo se relacione com todos os níveis de fun-cionários: além da alta direção, com os supervisores — pois são eles que implementarão parte de suas ações —, e com o pessoal em geral, porque são a base da satisfação interna da empresa.

As áreas de atuação desse pro� ssional são: recru-tamento, seleção e avaliação de funcionários, treina-mento e desenvolvimento, compensação e benefícios, organização, administração de pessoal e relaciona-mento no trabalho. Em relação à sua função, a con-sultoria Meta4 elaborou uma lista de ‘regras de ouro’ que este executivo deve ter em mente:

1. Conhecimento do negócio e objetivos a curto, médio e longo prazo. Todas as políticas de recursos humanos devem dar suporte à estratégia da empresa e apoiar

os diferentes setores para atingir esses objetivos.

2. Conhecimento profundo do perfi l dos funcionários. Ele precisa saber como são os trabalhadores, as necessi-dades pessoais e pro� ssionais deles, suas

principais características e como evoluem.

3. Cultura de trabalho. Uma de suas mis-sões principais é fornecer ferramentas e soluções para a organização conquistar seus objetivos. Nesse sentido, são de-

partamentos equiparáveis a qualquer área de negó-cio que se relaciona com clientes. No caso, os clien-tes desse executivo são os próprios funcionários.

4. Capacidade para administrar a com-plexidade. Em um mundo onde reina a diversidade de culturas, gerações, pen-samentos, e no qual se trabalha desde

qualquer ponto do mundo, é essencial que o executi-

vo forneça soluções especí� cas para as situações que apareçam. A personalização no trato é um aspecto cada vez mais demandado nas empresas.

5. Conciliação. O diretor de recursos hu-manos deve ser o mediador para o en-tendimento nas situações de con� ito que surjam dentro das organizações.

6. Comunicação. Transmitir valores, ob-jetivos globais e imagem de companhia. Ser transparente, sempre que possível, adaptando a mensagem a cada momen-

to pelo qual a empresa passa. Ser foco de informação para todos os funcionários, independentemente do escalão, de maneira que facilite a tomada de decisões.

7. Coerência. É fundamental transmitir uma imagem coerente que se coadune com os valores da companhia, que permita reco-nhecer uma identidade da empresa. Além

de executar ações coerentes a todos os setores.

8. Foco nos resultados. Deve orientar a sua função e a de seu departamento para conseguir resultados concretos que per-mitam analisar os avanços de suas ações.

9. Abrir a mente e administrar projetos. Deve envolver colegas que não pertençam ao próprio departamento para enriquecer pontos de vista e garantir a aplicação de

decisões. Isso também signi� ca se aproximar de to-dos os funcionários para receber um feedback e poder fazer autocrítica.

10. Aprendizado contínuo. Estar atualizado com todas as possi-bilidades que existem em gestão de pessoas. Não se trata de ser

especialista em tudo, mas saber a quem ou a que acu-dir quando necessário.

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Empresa Octagon Cymbals

C ompletando 25 anos de história em 2011, a Octagon é hoje uma das principais fabricantes de

pratos de bateria do mercado nacional. Resultado comprovado pelo prêmio re-cebido, categoria ‘Pratos de bateria’, no evento Top of Mind 2010, promovido pela editora Música & Mercado em par-ceria com o Instituto Datafolha.

Hoje com 23 funcionários internos e cerca de 35 representantes comer-ciais, a empresa passa por um período de reorganização de seu departamento de marketing e vendas para aumentar

sua presença junto ao consumidor. Mas nesses 25 anos de existência muita água rolou, e a superação dos desa� os, sempre com a ajuda de amigos, se tor-nou marca registrada da empresa.

A históriaNádia Barros, atual diretora-presidente da empresa, conheceu Fernando Barros, criador da marca, ainda na adolescên-cia, na pequena cidade de Mairinque, interior de São Paulo. Eles namoraram durante algum tempo, mas a relação não foi pra frente, a princípio. “Nós éra-

mos muito jovens ainda. Mas como foi o primeiro namoro de cada um, foi muito marcante”, recorda Nádia.

Depois da separação, Fernando se casou com outra mulher, teve um � lho e foi trabalhar na fundição do sogro. Baterista, aproveitou o negócio e teve a ideia de fabricar pedais de bateria, o pri-meiro produto da empresa (veja quadro na pág. 88). Nascia ali a Octagon.

O ano era 1986 e, devido à intensa concorrência de pedais mais tradicio-nais, o negócio não obteve bom retorno � nanceiro. Para aumentar a receita, o

A frase acima, título de uma música dos Beatles, revela uma das características mais marcantes da história da Octagon que, com 25 anos de história, aprendeu a contar com os amigos nas horas de di� culdade para alcançar o sucessoPor Itamar Dantas

“Com uma pequena ajuda de meus amigos” (With a little help from my friends)

Nádia Cristina de Barros,presidente da Octagon

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Empresa Octagon Cymbals

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empresário iniciou então a fabricação de pratos de bateria, tornando a marca uma das pioneiras desse mercado no Brasil. A ideia deu tão certo que, com o tempo, acabou substituindo de� nitivamente a fa-bricação de pedais.

As primeiras di� culdadesNo início da década de 1990, a empresa passou por di� culdades � nanceiras. Tinha recebido um grande pedido, não pôde entregar e as condições econômi-cas da época não estavam favoráveis, o que deixou a Octagon seriamente endividada com sua fornecedo-ra de matérias-primas, a Multialloy.

Em meio a isso, Fernando se separou da esposa e, por volta de 1994, ele e Nádia, que também estava saindo de um casamento, se reencontraram. Unidos novamente, ela passou a cuidar das vendas da empre-sa, enquanto ele se dedicava ao setor administrativo.

Encontraram saída para a crise, fazendo uma parceria com a fornecedora de ligas e metais. As-sim, a Octagon passou a fabricar seus produtos dentro da própria Multialloy. A parceria durou aproximadamente quatro anos, quando a empre-sa conseguiu retomar a estabilidade � nanceira e se desligou da fundição, em 1998.

Com a ajuda � nanceira de um primo de Fer-nando, a Octagon montou sua sede própria no bairro da Conceição, em São Paulo, capital, e co-meçou tudo de novo, do nada. “Precisamos com-prar todas as máquinas. Um primo de Fernando nos ajudou muito para que conseguíssemos reto-mar os negócios”, revela a empresária.

TragédiaCom as contas já ajustadas, e as vendas crescendo no mercado nacional, o casal saiu para mais um � m de semana para praticar voos de asa-delta, esporte preferido do empresário. Segundo Nádia, Fernando adorava voar, e sempre que possível eles viajavam para praticar o esporte. “Ele era apaixonado pelo céu. Quando estávamos chegando ao escritório e o céu es-tava bonito, ele sempre comentava que deveria estar voando”, conta a empresária.

Em um � m de semana de 2000, o casal foi para o interior de São Paulo. Nádia, que esperava em terra, em certo momento o perdeu de vista e não o encon-trou mais no céu. Depois de horas de apreensão e procura, a polícia encontrou Fernando, que havia sofrido um acidente — uma das quilhas da asa--delta se quebrou e ele caiu de cerca de 50 metros de altura, vindo a falecer na hora.

A visão dos amigos“Toco bateria desde moleque e há mais de 20 anos comecei a trabalhar na Rua Teodoro Sampaio [Polo de lojas de instru-mentos musicais em São Paulo, SP]. Meu primeiro contato com a Octagon foi pelos pedais que o Fernando [Fernando Barros, fundador da Octagon falecido em 2000] fabricava. Depois, ele sempre ia lá mostrar os novos pratos da marca para alguns mú-sicos – pedindo a opinião – e levar as novidades.

Quando aconteceu o acidente com ele, já éramos muito amigos, saíamos sempre juntos. Naquele � nal de semana, ía-mos viajar junto, mas por algum motivo não pudemos ir.

Ajudamos a Nádia sim, mas como amigos. Demos muito ca-rinho para que ela conseguisse superar essa situação. Ela foi guerreira, lutadora, é uma mulher forte. Com relação à Octagon, ela superou e tocou o negócio. Quando ela assumiu, conseguiu mudar a cara da empresa. Hoje, a marca cresce cada vez mais.”

— Marcelo Domingos (Proprietário da loja Batucadas 1000)

Com a morte do parceiro e ide-alizador da Octagon, Nádia tomou as rédeas da empresa e continuou o negócio, o sonho do companheiro de longa data. Com a ajuda de amigos, os proprietários da loja Batucadas 1000, Sheila Uchiyama e Marcelo Do-mingos (ver box na pág. XX); e de Carla e Bárbara Tavares, atuais funcionárias da Música & Merca-do, que à época trabalhavam na loja, Nádia conse-guiu reestruturar a empresa e seguiu em frente. ▶

Em sentido horário: Léo Pires, Norival D’Angelo,Fábio de Godoy e China, endorsees da marca

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Empresa Octagon Cymbals

Top 5 Octagon1. Linha BRAZILIANProduzido em liga B8, os pratos da linha Brazilian são feitos totalmente à mão. Martelamento de ponta. Indicada para pro� ssionais, possui sonoridade grave média e de fácil abertura.sonoridade grave média e de fácil abertura.

2. Linha de percussão e efeitosA linha de percussão e efeitos da

Octagon possui diversos tipos de pratos para incrementar a sonoridade de

percussionistas e bateristas.

5. Linha PRIMIUM B10Liga de bronze B10. Indicada para pro� ssionais exigentes. Sonoridade escura, média aguda, prolongada e de fácil abertura.

4. Linha NIGMALiga B8. Indicada para bateristas e percussionistas pro� ssionais. Sonoridade média aguda, timbragem aberta e de� nida. Acabamento duplo.

3. Linha SIGNATURE FLiga B8. Indicada para pro� ssionais, possui modelos F brilhante e F rústico. Sonoridade aguda, média e abertura controlada.

para incrementar a sonoridade de percussionistas e bateristas.

O primeiro pedal fabricado pela Octagon,

em 1986

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Empresa Octagon Cymbals

▶ A retomadaOutro marco na história da empresa foi a entrada do percussionista Eduardo Cubano para o time da Octagon. Antigo endorsee da marca, o percussio-nista, que já tocou com bandas como J Quest, as-sumiu a gerência comercial. Segundo Nádia, a ex-periência como músico ajudou muito no aumento das vendas da empresa. Hoje em dia vivendo junto, o casal trabalha duro para crescer cada vez mais. “Ele pegou a parte que conhece, que é tocar. Aju-dou a desenvolver alguns produtos e viaja fazendo workshops e explicando para cada lojista. Isso deu muito retorno. De quatro a cinco anos para cá, as nossas vendas aumentaram muito”, conta Nádia.

A empresa vem caminhando para ampliar a venda de seus produtos nos mercados nacional e internacional. Desde o ano passado, expõe em fei-ras internacionais, como Musikmesse e Namm, e já trabalha com um endorsee na Califórnia, EUA, o

A retomadabaterista Eric Moore.

Segundo a empresária, a situação do Brasil está mais favorável para os empresários nacionais, mas as di� culdades ainda são muitas. “A maior parte do faturamento você paga em impostos. Isso é uma grande di� culdade do trabalho. Não temos cacife para fazer tudo o que queremos. Vamos aos poucos, com relação até a maquinários. Você quer coisas novas, mas não consegue adquirir, tem de ir muito devagar”, desabafa.

Atualmente, a empresa investe na relação com seus clientes, por meio de visitas dos endor-sees. “Estamos pegando os próprios endorsees e trabalhando em cada região com workshops e eventos. Queremos atrair clientes de diferentes locais do Brasil. E vamos começar a trabalhar melhor a web, para � xar a nossa marca na cabe-ça do consumidor”, � naliza Nádia.

Processo de fabricaçãoAlgumas etapas do processo: martelamento, alinhamento, polimento e, por � m, a sala de testes.

Eduardo Cubano,diretor comercial e de marketing O endorsee americano

da marca, Eric Moore

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No entanto, mostrando sua força e determinação, apenas duas semanas depois o país já começou a se reconstruir. Con-siderando que algumas das grandes marcas do nosso setor são provenientes do Japão, entramos em contato com a Casio, Roland, Yamaha e Suzuki para saber como os últimos acon-tecimentos afetaram as empresas. Por não ter tido sua fábrica japonesa atingida pelos tremores, a Yamaha optou por não se pronunciar a respeito do assunto. A região onde se localiza a fábrica da Suzuki também não foi atingida. “Não teremos ne-nhum problema com o fornecimento de produtos”, informou o gerente comercial da sede, Waichiro Tachikawa.

O dia 11 de março de 2011 fi cará marcado na história do Japão por muito tempo. Nessa data, o país foi atingido por um terremoto de 9 pontos na escala

Richter, que desencadeou um tsunami, responsável por va-rrer a costa nordeste do país.

Dada a sua magnitude, a tragédia ganhou vasto espaço na mídia. O número de mortos ultrapassou a marca de 12 mil pessoas e, como se não bastasse, a usina nuclear de Fukushima foi atingida pelo terremoto e teve um de seus reatores destruído, deixando toda uma nação em estado de alerta por tempo indeterminado.

Empresas japonesas do setor falam sobre a tragédia que assolou o país e sobre os impactos sofridos em sua produçãoPor Juliana Cruz

Re� exosdo tsunami

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produção e entrega de abril em diante sofrerá atrasos”, alerta Shimada. E acres-centa: “Estamos verifi cando se podemos retomar a produção. A segurança dos trabalhadores é nossa prioridade”.

Já a Roland não enfrentou proble-mas diretos por conta da tragédia,

Repercussão comercialInfelizmente, a Casio não teve a mesma sorte de suas conterrâneas. Segundo No-buhiko Shimada, presidente e CEO da Casio Brasil, apesar de a fábrica ter so-frido apenas pequenos danos, possivel-mente poderão ocorrer problemas com os fornecedores das peças: “Portanto, a

Panorama da tragédiaO terremoto de magnitude 9 na escala de Richter que atingiu o largo da costa nordeste do Japão, em 11 de mar-ço, foi, segundo a Agência de Meteorologia local, o maior ocorrido no país e o quarto maior no mundo, desde que registros começaram a ser mantidos. O sismo foi seguido por várias réplicas, algumas com magnitude superior a 7 pontos na escala Richter, segundo o Instituto de Geofísica norte-americano (USGS).

O número de mortos ultrapassou a marca de 12 mil pessoas e a quantidade de desaparecidos passa dos 15 mil, segundo a polícia japonesa. Na central nuclear de Fukushi-ma, seriamente atingida pelo terremoto e pelo tsunami sub-sequente, continua a extração de água contaminada com radiatividade para o oceano Pací� co. A radioatividade do líquido vertido para o mar é 500 vezes superior ao limite per-mitido e boa parte dele se acumulou em um edifício de ar-mazenamento de dejetos nucleares, por conta do tsunami.

Momento do tsunami acontecido apóso terremoto de magnitude 9 na escala Richter

Cerca de ¼ da energia elétrica usadano Japão provém da energia nuclear

O levantamento atualizado das consequências do de-sastre natural aponta que cerca de 170 mil pessoas foram alocadas em 2.200 refúgios, a maioria proveniente de lo-calidades litorâneas de Iwate, Miyagi e Fukushima, as três províncias mais dani� cadas pela tragédia.

pois suas unidades de produção fi cam em lugares distantes do centro do terremoto. Aliás, foi feito um levanta-mento pela empresa para confi rmar o bem-estar de seus funcionários. O mesmo ocorreu com a equipe da Casio que, embora não tenha sido afetada

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Especial Japão

Kawai Musical Instruments: “Estamos gratos em poder informar que as nossas instalações não foram dani� cadas pelo terremoto e pelo tsunami subsequente que devastaram o nordeste do Japão. Nossa cidade na-tal, Hamamatsu, está localizada ao sul, bem distante do epicentro, e manteve-se segura da devastação. A Kawai Japan opera diversas escolas de música nas áreas afetadas. Até agora, temos sido in-capazes de contatar qualquer professor ou estudante associado a essas escolas, mas continuamos à espera de boas notícias sobre seu bem-estar, assim que a comunicação com a área for restaurada. Enquanto empresa, agradecemos pelos muitos e-mails e telefonemas que recebemos expressando preocupação para conosco e nosso povo, e pedimos aos nossos amigos e colegas da indústria que se unam a nós nas orações para o Japão, em apoio à recuperação”, desabafou Hirotaka Kawai, presidente da empresa.

A Kawai Musical Instruments Manufacturing Co. Ltd.é uma fabricante de pianos, teclados e sintetizadoreseletrônicos fundada em agosto de 1927, em Hamamatsu, Japão. A marca é distribuída no Brasil pela Planofatura Paulista.

A Audio-Technica Corporation é uma empresa japonesa, sediada em Tóquio desde 1962, especializada na fabricação de microfones com e sem fi o, fones e outros equipamentos de áudio. A marca é trazida para o Brasil pela AMI Music Sound Solutions.

“Estamos gratos em poder informar que as nossas instalações não foram dani� cadas pelo terremoto e pelo tsunami subsequente que devastaram o nordeste do Japão. Nossa cidade na-

bem-estar, assim que a comunicação com a área for restaurada. Enquanto empresa, agradecemos pelos muitos e-mails e telefonemas que recebemos expressando preocupação para conosco e nosso povo, e pedimos aos nossos amigos e colegas da indústria que se unam a nós nas orações para o Japão, em apoio à recuperação”, desabafou Hirotaka Kawai, presidente da empresa.

A Kawai Musical Instruments Manufacturing Co. Ltd.é uma fabricante de pianos, teclados e sintetizadoreseletrônicos fundada em agosto de 1927, em Hamamatsu, Japão. A marca é distribuída no Brasil pela Planofatura Paulista.

“Estamos gratos em poder informar que as nossas instalações não foram dani� cadas pelo terremoto e pelo tsunami subsequente que devastaram o nordeste do Japão. Nossa cidade na-

bem-estar, assim que a comunicação com a área for restaurada. Enquanto empresa, agradecemos pelos muitos e-mails e telefonemas que recebemos expressando preocupação para conosco e nosso povo, e pedimos aos nossos amigos e colegas da indústria que se unam a nós nas orações para o Japão, em apoio à recuperação”, desabafou Hirotaka Kawai, presidente da empresa.

A Kawai Musical Instruments Manufacturing Co. Ltd.é uma fabricante de pianos, teclados e sintetizadoreseletrônicos fundada em agosto de 1927, em Hamamatsu, Japão.

Audio-Technica U.S.: “Estendemos nossas condolências aos afetados pelo terremoto Tohoku Paci� c Coast. As instalações da Audio-Technica Japan não foram dani� cadas pela catástrofe e todos os funcionários estão seguros. As operações da Audio-Technica Japan são normais, embora minimamente afeta-das por interrupções, como é o caso de trabalhadores com longos trajetos, que estão trabalhando em casa, por meio do telefone celular e do computador. A empresa está monitorando constantemente o estado de operações em todos os locais, com a segurança sendo a prioridade número um. A Audio-Technica U.S. está avaliando o efeito que o desastre pode ter sobre sua cadeia de abas-tecimento, mas até o momento não antecipa grandes problemas”, esclareceu o presidente da Audio-Technica U.S., Phil Cajka.

Mensagens dos fabricantesOutras empresas japonesas que atuam no setor de instrumentos musicais e áudio se mani-festaram a respeito da tragédia por meio de comunicados públicos. Con� ra alguns deles:

A Audio-Technica Corporation é uma empresa japonesa, sediada em Tóquio desde 1962,

diretamente, está oferecendo orientação e apoio a funcionários que tiveram parentes atingidos.

Entre as ações da Casio em prol das vítimas do desastre está a doação de 50 milhões de ienes (cerca de 625 mil dólares americanos) para apoiar os re-fugiados, além de relógios da marca. A Roland, por outro lado, acredita na solidariedade das empresas

japonesas e na orientação individual: “Empresas japonesas em geral são muito solidárias com seus funcionários, principalmente em situações de emer-gência. Nesses casos a orientação geral é dar apoio e ajudar, mas são tratados caso a caso”, disse Takao Shirahata, CEO e presidente da empresa no Brasil.

Além do Japão, a Roland possui fábricas em

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Taiwan, EUA, Itália e China, por isso não teve sua produção comprometi-da pelo terremoto. “Hoje a produção e distribuição da Roland é descentrali-zada, o que minimiza o risco de desa-bastecimento em situações emergen-ciais como essa”, explicou o executivo.

Lojistas não enfrentarão problemasPara os lojistas, o presidente da Roland Corporation Japan, sr. Kaz Tanaka, avisa que a empresa se empenhará para que não haja desabastecimento no mercado. Takao complementou in-formando que, no momento, o maior temor e a atenção se voltam para os riscos de contaminação pela radia-ção nuclear, mas declara-se admirado com o povo japonês: “A cada dia des-cobre-se mais sobre as reais dimen-sões dessa catástrofe. Em meio a tanta tragédia, ressalta-se o espírito ordeiro e solidário do povo japonês. Nada de saques, assaltos ou pessoas querendo se aproveitar da desgraça alheia”.

Por ter sido atingida pelo terre-moto, a Casio recebeu diversas men-sagens de apoio de todo o mundo e, em resposta, informou que fará todo o possível para diminuir qualquer desabastecimento dos lojistas. “Da-remos o nosso melhor para recupe-rar a produção o quanto antes para minimizar problemas com nossos clientes”, enfatizou o CEO da em-presa no Brasil. E ampliou com uma mensagem de solidariedade para a comunidade japonesa: “É o momen-to de todos os japoneses cooperarem mutuamente para superar o pior desastre depois da Segunda Guerra Mundial. A Casio irá tomar todas as medidas necessárias para apoiar a recuperação. Precisamos manter laços apertados entre os japoneses e tentar nosso melhor para nos recupe-rarmos da tragédia”, finalizou. n

EM MEIO A TANTA TRAGÉDIA, RESSALTA-SE O ESPÍRITO ORDEIRO E SOLIDÁRIO DO POVO JAPONÊS. NADA DE SAQUES, ASSALTOS OU PESSOAS QUERENDO SE APROVEITAR DA DESGRAÇA ALHEIA

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O OLHAR DE FORA...PARA DENTRO

nasceu músico, cresceu vendedor e, aos 41 anos, exerce o cargo de gerente comercial da Royal Music. Está lá há 15 anos e continua ‘vendedor’... E-mail: [email protected]

LUIZ SACOMAN

PONTOS DE VENDA

ALGUMAS REFLEXÕES PARA NOS TORNARMOSO GIGANTE ECONÔMICO ANUNCIADO, COM NOBREZA

Q uando parei para me concentrar e pensar sobre a pauta desta coluna, pensei em divi-dir alguns pensamentos que surgiram nas

viagens que � z nos últimos 15 anos, reforçados pela Qviagens que � z nos últimos 15 anos, reforçados pela Qvariada agenda dos últimos meses para os Estados Unidos, Coreia e Hong Kong.

O Brasil sempre foi conhecido como ‘O País do Futu-ro’, motivo de piada internacional durante muitos anos. A piada dizia que “somos o País do Futuro”, e que “sem-pre o seremos”. Com toda a maré positiva, da economia ascendente, da ’marola’ da crise que nos atingiu muito levemente, da futura Copa do Mundo, das Olimpíadas etc., precisamos � car atentos para que este estado de crescimento se perpetue, seja sustentável.

Precisamos nos livrar do famoso ‘jeitinho brasi-leiro’ no mau sentido para que sejamos mais respei-tados, como país an� trião, como destino turístico, e, claro, como grande parceiro de negócios. Nosso povo é caloroso, amável, hospitaleiro e sempre mostra in-vejável disposição para colaborar. Aliando este fator humano extremamente positivo à conscientização,

educação e postura, seremos realmente imbatíveis.

Organização e profi ssionalismoMuitos brasileiros se surpreendem com a organi-zação que encontram durante visitas aos países de Primeiro Mundo. Um exemplo simples é o de que em escadas ou esteiras rolantes de aeroportos, as pesso-as � cam paradas à direita, para que as pessoas com mais pressa passem pela esquerda. Esse padrão de comportamento vem sendo adotado no Brasil, mas ainda de forma tímida, como no metrô de SP.

Não é incrível saber que nos Estados Unidos, no Estado da Califórnia, a multa para quem joga bitucas de cigarro pela janela do carro é de 5 mil dólares?

Mas não encontrei somente bons exemplos em minhas viagens. Surpreendi-me com o hábito de fu-mar dos chineses. Eles fumam em toda parte, seja dentro de elevadores ou à mesa de café da manhã.

E isso não diz respeito somente ao comportamen-to no sentido de educação e noções de civilidade. Es-teja certo de que a desorganização tem forte re� exo

no modelo de negócios de um povo e, nesse quesito, temos muito a melhorar. Os funcionários da sua empresa que car-regam peso, ou executam trabalho mais pesado, utilizam cintos abdominais--lombares e equipamentos de segurança como capacete, óculos de proteção? Isso pode parecer bobagem, mas é um dos pequenos exemplos do olhar que você terá se visitar um depósito na América do Norte ou na Europa.

Certa vez um fornecedor estran-geiro achou muito, mas muito engra-çada uma placa no banheiro de um restaurante razoável que dizia: “Não urine no chão” — é mesmo um absurdo precisarmos pedir para que as pessoas não urinem no chão do banheiro... ▶

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Luiz Sacoman Pontos de Venda

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Luiz Sacoman Pontos de Venda

▶ No âmbito corporativo de uma forma geral, as apresen-tações e palestras, planilhas e contratos das maiores em-presas são exemplos a serem seguidos. As companhias bra-sileiras estão no caminho certo e devem � car atentas aos bons exemplos de pro� ssionalismo e cons-cientização que vemos mundo afora.

Corrupção A corrupção é um mal mundial, mas ela atinge al-guns países mais fortemente, infelizmente o caso do Brasil. Mas não haveria corrupção se não existissem pessoas que buscam o ‘caminho fácil’, dispostas a pa-gar (à vista e em dinheiro) o corrupto.

A lógica é a seguinte: é muito mais fácil culpar o sistema de altos impostos do que reivindicar, do que votar direito nas eleições, do que dar o bom exemplo.

Quem compra produtos piratas ou contrabando pode nem saber, mas está � nanciando o crime organi-zado. Até mesmo os ‘inofensivos’ DVDs e CDs piratas certamente estão tirando empregos de muita gente, roubando, literalmente, o direito intelectual da obra (compositores, músicos, diretores, atores, cinegra� stas e todos os envolvidos na comercialização da obra).

Se não houver demanda, certamente não haverá oferta — pense nisso.

Os contrabandistas se organizam de tal forma que acabam se tornando ‘importadores paralelos’ na cabeça das pessoas. Só que eles não patrocinam artis-tas, não investem em anúncios, não empregam legal-mente seus funcionários. Mas, mesmo assim, muitas lojas continuam comprando produtos de procedência ilegal em nosso mercado. Aceitar o contrabando e a pirataria signi� ca banalizar a criminalidade.

Transporte público e educação no trânsitoUm forte sinal de que ainda temos um longo trajeto é o trânsito das grandes cidades. A quantidade de carros e a infestação de motocicletas mostram que o governo tem muito trabalho pela frente. E não é so-mente o governo que mudará a situação atual.

Podemos, e devemos, fazer a nossa parte, � exi-bilizando o horário de expediente dos funcionários, dando carona, utilizando carros com consumo de

combustível mais baixo, menos poluentes, e até

mesmo amadurecermos a ideia de home o� ce em al-

guns dias da semana.A educação no trânsito tam-

bém é um indicativo de nossa forma-ção e cultura. As pessoas não utilizam a seta, não dão passagem, não respeitam a faixa de pedestre... Furar � las é outra prática lamentável do brasileiro que pega muito mal. Se estiver com um parceiro de negócios estrangeiro, nunca ‘fure uma � linha’ e seja mais educado no trânsito.

Somos aquilo que repetidamente fazemos. Se formos honestos, seremos bons exemplos para nos-sos � lhos, funcionários, amigos.

Divulgue a honestidade.

Pontos positivos do Brasil e de seu povoSão inúmeros os pontos positivos do Brasil e de nosso povo, nossa bela cultura, nossas belezas naturais — tudo isso é até redundância, pois todos sabemos.

O que percebemos ao olhar de fora para dentro do Brasil é que, por sermos criativos, nossos sites, por exemplo, estão anos-luz à frente dos sites de muitos países da Europa.

Por sermos um povo caloroso e batalhador, o atendimento de nossas lojas é muito mais ativo e pes-soal que nas lojas dos EUA, em especial nas grandes redes, porque eles nunca tiveram de se esforçar para vender. Crise é novidade por lá...

Passamos por taxas de in� ação absurdas, crises catastró� cas, planos e mais planos, moeda fraca, con-� sco de poupança de nossa nada saudosa Zélia Car-doso. Quem é mais jovem pode não se lembrar das re-marcações de preços, em que um produto mudava de preço do período da manhã para o período da tarde.

Sobrevivemos a tudo isso e hoje somos ainda mais fortes e — o mais importante de tudo — temos muita energia para correr atrás dos nossos objetivos.

A fórmula para chegar lá é muito simples e está ao alcance de todos nós. A� nal, para sermos um Gigan-te, temos de demonstrar força, mas com nobreza.

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Mercado Gaitas

Em março deste ano, a Bends Harmônicas anunciou o encer-ramento de suas atividades,

mas antes de mostrarmos como o fato repercutiu no mercado, antecipamos

que algumas empresas demonstraram interesse na aquisição da marca, o que poderá manter a Bends estável no setor - como não houve con� rmação até o fechamento desta edição, acompanhe os re� exos gerados pelo fechamento da empresa.

Ao lado da Hering Harmônicas, a Bends era uma das duas grandes fabricantes nacionais de gaitas e o comunicado de seu fechamento gerou uma série de preocupações tanto do ponto de vista dos lojistas, e de oportunidades para as concorrentes.

Lojistas que trabalhavam com a marca, como Ever-ton Nogueira, assistente de compras da Hendrix World Music, de São Paulo, se preocupam com a repentina falta de concorrência direta no segmento de gaitas. “Faz muito tempo que não compro da Hering e vamos voltar a tra-balhar com ela agora que a Bends fechou. É uma marca forte e tem qualidade superior nos instrumentos, porém são um pouco duros na negociação”, explica.

Nogueira admite que a saída da Bends do mercado não impactou muito no faturamento da loja porque a procura por gaitas não é muito grande. “Geralmente, gaitas são vendidas como souvenir. Uma namorada compra para dar de presente para o namorado guitar-rista, por exemplo.” Ainda assim, ele se preocupa com a nova fonte de produtos nacionais, já que as importadas têm um preço muito mais alto: “Acho que vai ser difíci negociar com a Hering, ainda mais agora que é a única opção brasileira desses instrumentos”, concluiu.

Vantagem para lojistasSimone Storino, diretora de marketing da Izzo Musical, que distribui a gigante Hohner, disse que a sua distribuido-ra irá dar continuidade ao plano de ação que montou para a marca alemã no início do ano com diretrizes aos lojistas e consumidor � nal: “Campanhas especí� cas promocionais para o lojista; treinamentos para o ponto de venda mos-trando os principais diferenciais do produto por se tratar de um produto Premium; workshop com endorsee nacio-nais e internacionais da marca e apoio em alguns even-tos; campanhas de mídia impressa e web; e realização de vídeos demonstrativos com enfoque nos principais dife-renciais do produto. Desta forma, pretendemos não mu-dar as estratégias nesse momento”, explicou a executiva.Algumas lojas, como a PlayTech Instrumentos Musicais, não foi atingida pela diminuição na variedade de gaitas. “Há muito tempo não trabalhamos com Hering e Bends. Atualmente só trabalhamos com a Suzuki e, para ser sincero, a procura direta por Suzuki não existe, porém, assim que apresentamos o produto para o cliente, ele se mostra bem satisfeito com o resultado”, conta Henrique Martins, assistente de marketing da PlayTech.

Evandro Simões, gerente de vendas da Suzuki Musi-cal, atribui a baixa procura pelos produtos Suzuki a um problema de ruptura de estoque que costumavam ter: “Nunca importamos uma quantidade ‘xis’ para atender o mercado. A gente importava, vendia e quando acabava o estoque, pedíamos de novo. Com isso, � cávamos cerca de três meses sem produtos para venda e, quando ele che-gava, o cliente já havia comprado de outra marca. Agora estou importando volumes maiores”.

A Suzuki também tem interesse em disputar o � lão de mercado aberto pela Bends, de acordo com o executi-vo, que também revela as ações iniciais em busca desse objetivo: “Nosso primeiro passo foi começar a importar maior volume de gaitas para atender o mercado. Há tam-bém a comunicação com o PDV: material informativo, catálogos e displays atraentes”, conta. E completa: “Esta-mos no mercado desde 1959.

Trabalhamos com sopro e piano acústico também, mas nosso foco são as gaitas, então vamos trabalhar com produ-tos de altíssima qualidade”. O foco nesse instrumento se ▶

Fabricantes de gaitas disputam a fatia de mercado deixada pela Bends Harmônicas com promoções atrativas e ações no PDVPor Juliana Cruz

Foi dada a largada

NOSSO PRIMEIRO PASSO FOI COMEÇAR A IMPORTAR MAIOR VOLUME DE GAITAS PARA ATENDER O MERCADO

— EVANDRO SIMÕES, SUZUKI MUSICAL

Emas antes de mostrarmos como o fato repercutiu no mercado, antecipamos

que algumas empresas demonstraram interesse na aquisição da marca, o que poderá manter

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Mercado Gaitas

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TOP 3 HERING

SEE SEE RIDERPossui um novo sistema de a� nação destinado a cromatização no blues. Sua disposição de notas é muito semelhante às tradicionais gaitas diatônicas blues, contudo, permite a obtenção de três escalas cromáticas de C (dó) ao longo dos doze orifícios. Corpo em polímero maciço; palhetas de bronze especial.

FREE NOTE CUSTOM F.C.Esta gaita possui caixa acústica expandida para maior reverberância, direcionalidade e clareza sonora. Acabamento texturizado com gra� a a laser. Sistema de pontos para identi� cação das tônicas sem numeração inscrita. Corpo de polímero especial e palhetas em liga especial de cobre.

LUMINAInstrumento produzido com matéria-prima diferenciada, já que o corpo é em alumínio. Destinado àqueles que apreciam uma sonoridade agressiva e alto volume. Placa de cobertura ergonômica. Disponível na a� nação: C.Contato: Hering HarmônicasTel.: (47) 3337-3756

TOP 3 SUZUKI

MANJI M-20Este lançamento leva seu nome em homenagem a Manji Suzuki, fundador da empresa. É feita com um polímero plástico especialmente desenvolvido para imitar o som da madeira, para não rachar, empenar ou pegar umidade. As tampas possuem um desenho diferenciado, com as saídas de ar da maneira clássica; as laterais e traseiras são bem abertas.

DOUBLE BASS HARMONICA SDB-39Tendo a função de um contrabaixo, a SDB-39 tem as notas mais altas ajustadas para uma escala em C#, enquanto as notas mais baixas são ajustadas para uma escala em C, podendo até alcançar duas oitavas cromáticas — cada nota tem duas palhetas que são uma oitava distante. Acompanha case.

CHROMATIX SCX-64A série Chromatix traz um conceito luxuoso para o mercado de gaitas. Produzida à mão, uma a uma, suas características incluem ergonomicamente projeto do bocal, mecanismo e precisão, placas e tampas cromadas. Vem com case. O modelo SCX-64 tem 16 furos.Contato: Suzuki MusicalTel.: (11) 3115-0355

TOP 3 HOHNER

THE 64 CHROMONICAGaita cromática de quatro oitavas, indicada para pro� ssionais e semipro� ssionais, pretende oferecer resposta rápida em todas as oitavas. Palhetas: 64; placa: latão/1,05 mm; corpo: plástico; comprimento: 18,4 cm.

BLUES HARPGaita diatônica com construção e sonoridade típicas, também conhecida como Harmônica Richter. Palhetas: 20; placa: latão/0,9 mm; corpo: madeira; comprimento: 10 cm. Feita em madeira.

MARINE BANDA mais vendida da distribuidora, esta gaita diatônica de blues tem corpo tradicional em pearwood e design diferenciado. Fabricada há mais de cem anos. Palhetas: 20; placa: latão/0,9 mm; corpo: pearwood; comprimento: 10 cm.Contato: Izzo MusicalTel.: (11) 3797-0100

MARINE BAND

SEE SEE RIDER

FREE NOTE CUSTOM F.C.

especial de cobre.

LUMINA

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Mercado Gaitas

O adeus da Bends A Bends, com sede em Ribeirão Pires (região metropolitana de São Paulo) apa-receu pela primeira vez no setor durante a Expomusic 2006 e trouxe novos ares ao segmento de harmônicas no Brasil. Melk Rocha, gaitista e sócio-proprietário do empreendimento, fez frente às duas líderes do setor — a alemã Hohner e a brasileira Hering — por quase cinco anos.

Em 25 de março de 2011, a Bends Harmônicas anunciou em seu site o fecha-mento de sua fábrica. A empresa optou por não se pronunciar a respeito, mas dei-xou a seguinte mensagem para os lojistas e parceiros da marca: “É com tristeza que a Bends anuncia que encerrará suas atividades no mês de abril, mas deixa o mercado com a certeza de que construiu uma história de valorização da cultura das gaitas, dos gaitistas e da música como um todo. Agradecemos a todos que � zeram com que a realização desse sonho fosse possível. Rea� rmamos aqui nosso desejo de que a música seja mais presente nas mentes e nos corações das pessoas”.

▶ dá pelo fato de o presidente da Suzuki, sr. Manji, ser um gaitista. Inclusive, o novo carro-chefe da empresa é a linha M20, assinada por ele.

Gabriel Marcondes, gerente da � -lial de Moema da Made In Brazil, con-ta que a loja já não trabalhava com a Bends, por isso não sentiu sua saída do mercado. A Made oferece aos gaitistas modelos da Hohner, líder de vendas em lojas de rua da rede, e Hering, mais vendida nos PDVs da rede em shoppin-gs, segundo o gerente.

De acordo com ele, isso ocorre por conta da alta rotatividade de frequen-tadores não pro� ssionais em sho-ppings. “Temos um � uxo bom de venda de gaitas, entre uma e duas unidades por dia em lojas de rua e muito mais nos shoppings”. Ele completa dizendo que nunca teve problemas com a Hering, embora exista o boato de que a empresa está passando por momentos di-fíceis. “A Hering não tem atrasa-do nenhuma entrega aqui para a loja”, a� rma.

A verdade sobre a HeringPara explicar a situação da Hering Har-mônicas, conversamos com o desenvol-vedor estratégico da empresa, Fabrício Casarejos. Segundo ele, os rumores de falência surgiram após a mudança de

prédio pela qual a empresa passou. “A mudança para um espaço mais funcio-nal em 2009 foi uma estratégia pensada para a expansão. O problema foi o que o processo de mudança acumulou muito trabalho, a� nal, temos 88 anos de tradi-ção. Imagine migrar tudo isso em docu-mentação e equipamentos. A consequ-

ência foram eventuais atrasos na entrega dos produtos para as lojas”, esclarece.

Atualmente, a Hering exporta seus produtos para mais de 30 países em to-dos os continentes e pretende continuar a expansão em nível global. Por isso a fabricação da linha Hunter de suportes

A PARTIR DE MAIO VAMOS FAZER CAMPANHAS COM ENDORSEES E PRETENDEMOS FAZER MAIS PROMOÇÕES PARA OS LOJISTAS

— MICHELLE SEGANTINI, IZZO MUSICAL

SEREMOS MUITO FLEXÍVEIS COMERCIALMENTE, MAS, FUNDAMENTALMENTE, A BUSCA É PELA QUALIDADE EM TODOS OS NÍVEIS

— FABRÍCIO CASAREJOS, HERING HARMÔNICAS

— outro segmento da empresa que tam-bém incentivou os boatos com relação à situação da Hering — foi encerrada: “A Hunter foi suspensa em dezembro do ano passado porque decidimos focar no que temos tradição e força: gaitas”.

A empresa tem investido em novos modelos de produção e equipamentos.

“Uma vez que a Hering é uma empresa tradicional e estou à frente do desenvolvimento, a proposta é inovar aproveitando sua bagagem e considerando as novas tendências do mercado. Queremos trabalhar com novos produtos, novos designs e novos materiais”, anima-se Casarejos.

Negociaçõesmais � exíveis

Assim como o espaço físico passou por uma reestruturação, a gestão da empre-sa também tem novas metas. “Seremos muito � exíveis comercialmente, mas, fundamentalmente, a busca é pela qua-lidade em todos os níveis e novas estra-tégias serão aplicadas, como inovação em relacionamento com PDVs, clientes e representantes”, explica Casarejos.

Em termos de mercado nacional, a Hering quer utilizar como diferencial competitivo a brasilidade de seus pro-dutos. Além disso, pretende dar mais suporte aos lojistas e fazer com que seus mais de 20 endorsees nacionais e dez in-ternacionais ministrem workshops.

Os lojistas podem � car tranquilos, pois continuarão tendo uma opção na-cional às internacionais Suzuki e Hoh-ner para atender seus clientes, além de um mercado mais competitivo, já que agora as fabricantes de gaitas estão numa disputa clara pelo market share deixado pela Bends.

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Coleção Sun Tzu

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Coleção Sun Tzu

O general chinês Sun Tzu, autor de A arte da guerra, dei-xou inestimáveis ensinamentos sobre pensamento es-tratégico. Tão valiosos que ainda hoje militares de todo

o mundo estudam os textos dele. Aliás, faz anos, o mundo da gestão também encontrou em suas páginas pensamentos estra-tégicos aplicáveis no mundo dos negócios.

O quarto capítulo do livro, ‘Sobre a medida na disposi-ção dos meios’, descreve em termos marciais que “Antiga-mente, os guerreiros especialistas se faziam a si mesmos invencíveis em primeiro lugar, e depois aguardavam para descobrir a vulnerabilidade de seus adversários”.

Do ponto de vista do management, ‘fazer-se invencível’ sig-management, ‘fazer-se invencível’ sig-managementni� ca conhecer a si mesmo. Uma ferramenta muito útil é o qua-drado formado por quatro palavras: Forças – Oportunidades – Debilidades – Ameaças. E, em sentido totalmente estratégico, como nos ensina Sun Tzu, nada é um fato isolado, tudo tem re-lação com tudo e nenhuma ação permanece inócua, sem efeitos.

A análise que propõe o general chinês não é simplesmen-te uma lista de forças, oportunidades etc., mas em uma em-presa (como um exército ou toda organização em fase crítica, batalhando pela sobrevivência) cada ponto forte implica uma ou várias oportunidades, que acabam deixando aparecer de-bilidades que se transformam em uma série de ameaças.

Por exemplo: se uma empresa é hábil no atendimento ao clien-te, com certeza terá uma oportunidade muito grande na área de vendas on-line, mas aí terá debilidades (talvez a falta de conheci-

Uns dos fatores mais con� ituosos para a maioria dos empresários são os concorrentes. Entretanto, os modelos realmente bem-sucedidos souberam fazer de seus adversários o segredo do seu sucessoPor Alberto Gariglio

Enfrente a concorrênciacom sabedoria

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é especialista em Análise Estratégica da Informação, integrando a equipe de várias consultorias internacionais. Atualmente é diretor da Sinapsis Consultores: www.sinapsisconsultores.com.ar

ALBERTO GARIGLIO

Coleção Sun Tzu

queria conquistar um mercado domi-nado por uma pequena empresa local.

Os executivos e consultores da primei-ra estabeleceram que a maior oportunida-de seria atacar a outra empresa destacan-do o que consideravam a maior debilidade dela: o leite da empresa tinha vida útil muito curta, azedava em três dias. Desse modo, começaram a ‘batalha’ com uma campanha grá� ca que colocou nas pare-des de toda a cidade uma imagem do sa-

chê de leite e uma legenda que dizia algo assim: “O nosso leite não azeda”.

Poucos dias depois, a pequena com-panhia contra-atacou com outra campa-nha grá� ca que simplesmente admitia: “O nosso leite azeda, porque é leite!”.

mento das ferramentas, ou a presença de concorrentes com muito mais experiên-cia) que gerarão ameaças para o projeto.

Realizar esse quadro corretamen-te permitirá à estrutura conhecer-se e poder planejar melhor sua estratégia.

O outro“A invencibilidade está em ti mesmo, a vulnerabilidade está no adversário”, dizia Sun Tzu. Quando uma empresa deve competir, geralmente bota o olho ‘no outro’ e depois em si mesma.

De acordo com esse capítulo de A arte da guerra, se um executivo fos-se capaz de fazer a mesma análise do quadrado sobre a concorrência, não só poderia antecipar os movimentos dela, mas também tirar proveito deles em be-nefício próprio. A� nal de contas, não é segredo que corporações como a Coca--Cola precisam da Pepsi, e vice-versa. Não porque não estejam interessadas no monopólio do mercado, mas porque sabem que com essa concorrência de alto nível di� cilmente vai aparecer um terceiro que possa desequilibrar — o verdadeiro perigo quando se briga pela supremacia em um mercado. “As regras militares são cinco: análise, valoração, cálculo, comparação e vitória. O terreno dá lugar à análise, esta dá lugar às valo-rações, as valorações aos cálculos, estes às comparações, e as comparações dão lugar às vitórias”, explica o general.

Ver o sutil“Quando és capaz de ver o sutil, é fácil ga-nhar; que tem isto a ver com a inteligência ou a bravura?”. Muitas empresas, preocu-padas com a participação no mercado ou com os níveis de venda, se apressam para entrar na briga pelo espaço sem medir cor-retamente as consequências. A liderança e a coragem para gerar mudanças não ser-vem se isso leva a empresa à falência.

Faz muitos anos, em uma cidade pequena, produziu-se uma ‘guerra de marketing’ entre um David e um Go-lias da indústria leiteira. Parece que a grande corporação de nível nacional

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Lojista Aky Disco / PB

Loja paraibana investe em treinamento constante de funcionários, usa redes sociais para divulgar produtos e ainda faz pedidos exclusivos para se diferenciar na capital do sertão

Pensamentode vanguarda

A Aky Disco é uma loja especializada em venda de instrumentos musicais, eletroeletrônicos, CDs e DVDs, mas nasceu como uma revenda

de LPs e � tas cassete, em 1974, pelas mãos de Edson Benedito Leite, falecido em 2004.

Durante a sua história, o estabelecimento mudou várias vezes de ramo, de aparelhos de som e vídeo a brinquedos e fotogra� a, mas a música, esta sim, sem-pre foi uma constante. “Passamos a trabalhar quase que exclusivamente com instrumentos musicais no � nal dos anos 90, devagar, com poucas unidades de violões e teclados”, conta Marcelo Dias Leite, � lho do fundador e atual diretor da empresa. Isso se deu após a invasão CDs piratas, quando a loja precisou focar em um setor mais estável, revelou o diretor.

Marcelo sempre trabalhou na loja do pai — hoje propriedade de sua mãe, Maria Marquiza Dias Leite —, então assumir a administração do estabelecimento não foi um problema. “Por sempre ter trabalhado com mú-sica, a transição foi tranquila apesar de todas as di� cul-

dades em relação à distância dos grandes centros e aos altos tributos impostos pelo Estado”, explica.

Um negócio de famíliaA modesta loja familiar não tem � liais ou sócios e está alocada no centro comercial da região central da cida-de de Patos, sertão da Paraíba, mas atende clientes de cidades do interior de outros Estados também. Ainda assim, a empresa ainda encontra di� culdades na aqui-sição de equipamentos. “A distância pesa no valor do frete e n a alta taxa tributária do estado da Paraíba, como é o caso do ICMS de 17%, e também nos atrasos na entrega de produtos”, desabafa o diretor.

Para lidar melhor com a situação, Marcelo realizou uma análise para veri� car as tendências de comprar e também como poderia adquirir novos produtos sem defasar o orçamento da empresa: “Manter o equilíbrio é fundamental. É necessário pesquisar fornecedores para que o valor do produto atraia clientes e não acar-rete prejuízos para a empresa”.

de vanguarda

Marcelo Leite, diretor, e Maria Leite,proprietária da Aky Disco em Patos, PB

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Lojista Aky Disco / PB

Conheça Patos/PBConhecida como a Capital do Sertão, Patos é um município paraibano que � ca a 301 km de João Pessoa. Sua população, segundo o IBGE, é de quase 101 mil habitantes e é considerada uma das mais importantes cidades do sertão do Nordeste por se apresentar como um polo comercial que abrange mais de 70 municípios da região. Detendo um grande e diversi� cado número de serviços, a cidade atrai pessoas de outras localidades e Estados, como Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco.

De acordo com ele, o clima organizacional da Aky Discos é o mais caseiro possível e, como em toda famí-lia, existem momentos turbulentos e de calmaria. “O sistema de trabalho da empresa é muito interessante, pois todos os funcionários são ouvidos em relação a tudo. Vendedores são consultados antes da realização de pedidos de produto s. Todos os colaboradores têm o direito de opinar nos processos realizados dentro da loja”, explica, orgulhoso, o diretor da Aky Disco.

Sem medo de mudarEm sua inauguração, a loja � cava em um bairro um pouco distante do centro da cidade, em uma sala alu-gada de aproximadamente 3 x 4 metros. Atualmente, ela � ca em uma das principais avenidas de Patos e conta com um prédio próprio, com área de 6 x 20 me-tros, e trabalha com uma boa variedade de produtos. Embora o violão seja o carro-chefe da empresa, há bas-tante investimento em equipamentos de áudio pro� s-sional e interesse em entrar no ramo de instrumentos de sopro, que ainda não são comercializados na loja.

Como na maioria das empresas familiares, os

A DISTÂNCIA PESA UM POUCO NO

VALOR DO FRETE E NA ALTA TAXA

TRIBUTÁRIA, COMO É O CASO DO ICMS DE

17% NA PARAÍBA

cargos de con� ança pertencem a membros da fa-mília Leite. São seis funcionários, sendo três vende-dores, dois caixas e um diretor, além da proprietá-ria Maria. Os vendedores são escolhidos com base em entrevistas agendadas por meio de indicação e, entre eles, existe um músico, que também é respon-sável pela manutenção dos instrumentos.

Marcelo preocupa-se bastante com o atendi-mento oferecido e procura proporcionar treina-mento constante a seus vendedores, inclusive em órgãos como o Sebrae. “Oferecemos cursos aos fun-cionários como incentivo para o crescimento pes-soal deles e também da empres a”, conta.

Inovação em atendimento ao clienteSobre a realidade do setor na região em que atua, o empresário acredita que ainda pode melhorar bas-tante. Para isso, investe na divulgação via internet,

Vendedores são consultados antesda realização de pedidos de produtos

Oferecemos cursos aos funcionárioscomo incentivo para o crescimento

pessoal deles e também da empresa

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Lojista Aky Disco / PB

Aky DiscoFundação: 1974Proprietária: Maria Marquiza Dias LeiteEndereço: Rua Rui Barbosa, 271Centro, Patos/PBFuncionários: 6Área da loja: 120 m²Telefone: (83) 3421-4265Site: www.akydisco.com.brMSN: [email protected]: @akydisco

aproveitando a grande quantidade de indivíduos locais interessados em aprender música. “Uma das coisas com que � quei surpreso na cidade é a busca pelo aprendiza-do. Existem mais pessoas do que você imagina querendo aprender a tocar algum instrumento”, enfatiza.

Para atingir esse público, a loja aposta em preço com-petitivo e produtos populares. E como diferencial, para manter seus clientes mais exigentes, também trabalha com encomenda de instrumentos especí� cos.

A prova do sucesso dessas duas práticas está no retor-no dado pelos próprios clientes, que geralmente voltam acompanhados de outros consumidores em potencial, de acordo com a avaliação de Marcelo. “Também buscamos dar atenção a todos os nossos clientes, principalmente por meio da internet, em especial do Facebook, onde são disponibilizadas fotos de novos produtos, e onde sempre tem alguém on-line no bate papo. É só adicionar que você será bem atendido”, complementa.

Planos para o futuroO ano de 2010 foi muito bom para a Aky Disco, pois o fa-turamento aumentou cerca de 20%, em relação ao ano anterior. Para 2011, Marcelo espera incrementar a média de crescimento, lembrando que o faturamento aumen-tou, principalmente, pela venda do violão de estudo.

Para o futuro, o diretor acha que os violões modelo folk terão mais saída, pois já estão sendo bastante procurados na loja. “Sempre procuramos diversi� car nosso leque de produtos. Áudio caminha junto com instrumentos, mas a busca desses últimos superou a de áudio em 2010”, conta.

Marcelo também espera expandir para o ambiente vir-tual: “Pretendemos buscar novos produtos com uma qua-lidade melhor e preços acessíveis. É o que o bom empreen-dedor faz para satisfazer seus clientes e conquistar novos. Estamos trabalhando, ainda, na construção de um site no qual os usuários poderão realizar suas compras, seguindo a tendência das grandes lojas do ramo”, � naliza.

Participação no faturamento da lojaCordas – 40%Teclas – 7%Bateria/percussão – 16%Acessórios – 30%Áudio – 7%

ESTAMOS TRABALHANDO NA CONSTRUÇÃO DE

UM SITE, NO QUAL, FUTURAMENTE,

OS USUÁRIOS PODERÃO REALIZAR SUAS COMPRAS

Todos os funcionáriostêm o direito de opinar em todos osprocessos realizados dentro da loja

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Vida de Lojista Válvula Lúdica

Localizada no bairro do Catete, Rio de Janeiro, RJ, a Válvula Lúdica é uma loja de músicos para músicos. Com oito anos na estrada, diferencia-se pela proximidade dos sócios com produtos e clientes, que podem se sentir em casa Por Itamar Dantas

Neste espaço são publicadas experiências

vivenciadas ao montar uma loja. Para

contar sua história, envie o depoimento e

fotos (em 300 dpi) para

[email protected]

com o assunto “Vida de Lojista”

Cláudio Renato Dias, o Claudinho, é guitarrista e violonista desde a adolescência. Técnico em ele-

trônica, trabalhou durante muitos anos com informática, automação bancária e operação de áudio e vídeo. Apaixonado por música desde sempre, em 2000 entrou para a faculdade de produção musical, e os planos de trabalhar pro� ssionalmente com música se tornaram mais concretos.

Em 2002, ele atinou: “Queria estar cercado por instrumentos musicais”, lembra. E resolveu montar a loja. Para dar início ao negócio, chamou Renato Yotti, gaitista da banda que tiveram juntos, a Alma Lúdica, e amigo de longa data, que topou o desa� o. Juntos, resolveram abrir a loja no Catete, bairro de classe média do Rio de Janeiro. Ainda não ha-

via nenhuma loja do gênero na região. “Eu tinha de me deslocar até o centro da cidade para comprar encordoamen-tos, por exemplo”, conta Cláudio.

Primeiros problemasPara a dupla, o principal desa� o no iní-cio do negócio foi manter as contas em dia. Segundo Claudinho, a relação com os fornecedores nacionais se dá melhor

Uma loja do Catete

do que com os importados. “Alguns fornecedores di� cultam um pouco as coisas para quem não é de grande por-te. Acontece mais com os importados.

Outros têm a visão de que, mesmo quem compra um pouco no início, pode vir a ser um grande compra-dor no futuro. Hoje tenho represen-tantes que são bons amigos.”

A primeira � lial da Válvula Lú-dica � cava em uma sala do terceiro andar de um prédio misto — re-sidencial e comercial. E, segundo o empresário, isso deu à loja um caráter mais intimista, que ainda hoje atrai muitos clientes, pois ape-sar de eles terem mudado para um

espaço bem maior dentro de uma gale-ria, a proximidade com os clientes per-sistiu. “Isso moldou o per� l da loja. Os clientes batem papos com a gente e in-teragem entre si. Muitos músicos se ▶

MUITOS MÚSICOS SE CONHECERAM NA

LOJA E HOJE TOCAM JUNTOS, OU INDICAM OS TRABALHOS UNS

DOS OUTROS

Cordas e acessórios compõemo maior faturamento da loja

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Vida de Lojista Válvula Lúdica

▶ conheceram na loja e hoje tocam jun-tos, ou indicam trabalhos uns para os outros. En� m, o ambiente não é apenas comercial, acontece também o conví-vio humano”, orgulha-se.

Produtos como diferencialInexperientes no começo, eles que-riam ter um mix de produtos comple-to, em que o músico pudesse encontrar todas as suas necessidades. Mas não foi possível. Tiveram de direcionar as compras para a loja. “Nem as maiores lojas têm tudo. É inviável. Acho saudá-vel para o mercado que haja lojas es-pecí� cas. É bom para o consumidor e para os lojistas. Como sou guitarrista e violonista, e meu sócio é gaitista, de-mos preferência a esses instrumentos.

Válvula Lúdica Instrumentose Serviços Musicais Ltda.Ano de fundação: 2002Área da loja: 35 m²Proprietários: Cláudio Renato Diase Renato Girão YottiEndereço da loja: Rua Corrêa Dutra, 99 - Lj. 4,Catete - Rio de Janeiro / RJTelefone: (21) 3826-2473Site: www.valvulaludica.com.brMSN: [email protected]

Participação no faturamento da lojaCordas – 20%Teclas – 15%Bateria/percussão – 15%Sopro – 15%Acessórios – 20%Computer Music – 5%Áudio – 10%

Hoje trabalhamos com muitos produ-tos, mas é preciso estar sempre atento às tendências.” Em 2010, por exemplo, ele destaca a boa maré de vendas dos a� nadores eletrônicos.

A loja também trabalha com ser-viços, oferecendo aos clientes repa-ros em guitarras e ampli� cadores, e

vende discos de vinil. Como não pos-suem funcionários, os sócios se re-vezam para atender e realizar as ou-tras demandas do estabelecimento. Na internet, a empresa possui o site valvulaludica.com.br, onde se pode encontrar os principais produtos e serviços prestados pela loja. O MSN é administrado pelos sócios durante o horário de funcionamento.

Cláudio Dias: “Eu queria estarcertado de instrumentos musicais”

Renato Yotti, gaitistae sócio da Válvula Lúdica

NEM AS MAIORES LOJAS TÊM TUDO. É INVIÁVEL. ACHO SAUDÁVEL PARA O MERCADO QUE HAJA LOJAS ESPECÍFICAS. É BOM PARA O CONSUMIDOR E PARA OS LOJISTAS

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Feira Musikmesse

Mais uma vez, entre os dias 6 e 9 de abril, a cidade de Frankfurt, na Alemanha, foi o local indicado para um dos eventos mais prestigiosos da indústria musical e do áudio e iluminação pro� ssional

Mais uma vez, entre

O velho continentese veste de gala

C omo a cada ano, nos primeiros dias de abril se realiza na Ale-manha o evento Musikmesse,

a Feira Internacional de Instrumentos Musicais, Partituras, Produção Musi-cal e Contatos de Negócio, celebrada no Centro de Exposições de Frankfurt.

Com expectativas renovadas pelos

registrada uma participação recorde de 2.384 expositores de 55 países, que apresentaram seus produtos, serviços, endorsees e eventos sobre 170 mil me-tros quadrados de superfície de exi-bição. A resposta do público foi muito importante mais uma vez, com 110 mil visitantes (108.425 em 2010), oriundos de 124 países. Detlef Braun, CEO da Messe Frankfurt, de� niu essa situação como “um sinal muito positivo para a indústria e um resultado altamente sa-tisfatório para nós, os organizadores!”.

As principais nações expositoras foram a Alemanha, os Países Baixos, Itália, França, Suíça, Bélgica, Áustria, Grã-Bretanha, Polônia, Suécia e Rússia. E os principais representantes do res-tante do mundo foram EUA, Coreia do Sul, China — com Hong Kong —, Japão, Austrália, Israel, Brasil e Índia.

Um pouco de históriaHá mais de 25 anos, na Musikmesse se apresentam fornecedores de produtos e serviços com uma ampla oferta, co-

Uma visão panorâmica da Musikmesse, a maior feirade áudio, iluminação e instrumentos musicais do mundo

Pavilhão BrasileiroPela oitava edição, a Anafi ma (Associação dos Fabricantes de Instrumentos Musicais), em parceria com a Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoções de Exportações e Investimen-tos), organizou a participação de brasileiros naquela que é considerada a maior feira de instrumentos musicais, áudio e iluminação do mundo. E neste ano o ca-pricho do chamado Pavilhão Brasileiro saltava aos olhos de quem passava por lá.

Para identifi car o Brasil, nada como a réplica de um dos maiores cartões--postais do País, a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, representada por seu calçadão bicolor (projeto do paisagista Burle Marx). Quem caminhava por ali podia conferir os estandes da RMV, Alba, Odery, Izzo Musical, Octagon e Santo Angelo. Além delas, a Meteoro e a Giannini tam-bém expuseram seus produtos na feira.

sinais de recuperação do mercado, os expositores esperavam que este evento ajudasse a medir o nível de melhoria da indústria e con� rmasse as tendências observadas nos eventos internacionais realizados anteriormente. As expecta-tivas foram superadas.

No � nal do último dia tinha sido

tos), organizou a participação de brasileiros naquela que é considerada a maior

por ali podia conferir os estandes da RMV, Alba, Odery,

Na próxima edição, con� ra Na próxima edição, con� ra

detalhes da participação brasileira

na Messe e ainda as principais

tendências em produtos!

por ali podia conferir os estandes da RMV, Alba, Odery, por ali podia conferir os estandes da RMV, Alba, Odery,

tos), organizou a participação de brasileiros naquela que é considerada a maior feira de instrumentos musicais, áudio e iluminação do mundo. E neste ano o ca-pricho do chamado Pavilhão Brasileiro saltava aos olhos de quem passava por lá.

Para identifi car o Brasil, nada como a réplica de um dos maiores cartões--postais do País, a praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, representada por seu calçadão bicolor (projeto do paisagista Burle Marx). Quem caminhava

tos), organizou a participação de brasileiros naquela que é considerada a maior

por ali podia conferir os estandes da RMV, Alba, Odery,

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Feira Musikmesse

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MUSIKMESSE 2011:2.384 EMPRESAS DE 55 PAÍSES, COMA PRESENÇA DE 110 MIL VISITANTES

brindo todas as etapas da produção musical, além de um amplo programa de palestras, concertos, demons-trações e seminários que permitem manter o público informado sobre tudo que se refere ao setor da música e estabelecer contatos pro� ssionais.

Também são apresentadas as últimas novidades do setor da música. E, neste ano, o evento contou com uma cobertura muito especial, pois nas redes sociais (Twitter, Facebook, My Space etc.) foi possível encontrar grandes quantidades de espaços dedicados à feira, com todas as notícias e o desenvolvimento dia a dia, acresci-dos de uma in� nidade de blogs de fãs, músicos e pro� s-sionais da música que compartilharam as experiências na feira pela internet. É o mundo virtual eliminando as fronteiras da informação e das localidades.

A exposição ProLight + SoundA Musikmesse complementou sua linha de produtos com a Expo ProLight + Sound, a feira internacional de tecnologia de comunicação, produção de espetáculos e entretenimen-to, que se celebra paralelamente. Além disso, no evento foi entregue o prestigioso prêmio Live Entertainment Award, no Festhalle do Centro de Exposições de Frankfurt.

Por outro lado, o Fórum se caracteriza como o evento informativo mais destacado para o setor de tecnologia. A Associação de Iluminação & Som Pro� ssional da Alemanha é responsável por toda a programação do Fórum, que abor-dou, entre outros temas, segurança técnica e de trabalho, treinamento no setor de eventos, regulamentações de cons-trução e aplicação destas, novas padronizações técnicas e entrega de prêmios, entre os quais o de uso criativo da ilumi-nação, do som, e ainda a tecnologia para produções teatrais.

No total foram 50 palestras e seminários, também com temas como convergência, transmissão de normas e redes, todos de grande interesse para os planejadores, integrado-res de sistemas e arquitetos. Educação e treinamento sem-pre foram uma preocupação dos organizadores da feira, que ainda contou com fórum de som em concertos, de som portátil e experiência 3D em concertos ao vivo.

A próxima edição da Musikmesse e da ProLight+Sound internacional será realizada em Frankfurt-am-Main de 21 a 24 de março de 2012. O encontro já está marcado!

O que oferece a feiraMais de 400 marcas e 1.500 fornecedores de serviço estão presentes na Musikmesse de Frankfurt, um dos eventos de música mais importantes do mundo, no qual comerciantes, profi ssionais da música, fãs e experts em tecnologia conhecem e apalpam as inovações apresen-tadas pelos expositores. E os visitantes ainda podem participar simultaneamente da ProLight + Sound.

Namm e Messe vão à RússiaLogo após o encerramento da Musikmesse 2001, a organização da feira, em parceria com a Namm, anunciou o lançamento de uma nova feira de negócios na Rússia, em maio de 2012.

A feira se chamará Namm Musikmesse and ProLight+Sound Russia e ocor-rerá no Expo Centre, em Moscou, de 16 a 19 de maio do ano que vem. A inten-ção do novo trade show é crescer em novos mercados e benefi ciar o desenvol-vimento profi ssional e a educação musical na região.

O mercado russo tem grande potencial devido à sua vasta população (cerca de 145 milhões de pessoas) e à cultura musical desenvolvida. O volume do mercado de instrumentos e tecnologia da Rússia é estimado em 600 milhões de euros.

Namm e Messe vão à Rússia

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PRODUTOS

MUSICREED GANHA TÍTULO DE INOVAÇÃO NA NAMM 2011DISPOSITIVO CABE NA PALMA DA MÃO E PERMITE AO MÚSICO LOCALIZARAS NOTAS CERTAS PARA A ESCALA QUE DESEJAR

O MusiCreed foi a sensação em inovação da Namm 2011 no quesito Tool for Schools (Ferramenta para Escolas). Esse medalhão colorido apresenta um sintonizador que pode ser alinhado com escalas musicais de diferentes culturas.

O dispositivo tem a intenção de agir como ponte entre as tradições da música ocidental e étnica, pois com apenas uma rotação do disco é possível encontrar a nota certa para cada escala desejada, permitindo ao músico descobrir novos sons e criar ritmos.

Seu tamanho reduzido e design dão estilo e praticidade à ferramenta, facilmente transportada pelos usuários. O MusiCreed é uma ideia de Yariv Goldman, músico israelense educado na tradição da música ocidental, que decidiu unir em único equipamento o estilo que aprendeu com expressões musicais bem diferentes.

InformaçõesInformaçõeswww.musicreed.com

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PRODUTOS

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Correia de 5 cm em náilon para instrumentos de cordas. O acessório tem arte quadriculada, ponteiras

de couro duplo e capacidade para suportar 12 kg.Contato: (14) 3366-6355 • www.ibox.ind.br

GUITARRA VCG 621VOGGACom corpo em basswood, escala em rosewood e captadores humbucker vintage, a guitarra VCG 621 está disponível nas cores CS (Cherry Sunburst) e BK (Black), possui timbre alto e sonoridade aplicável ao rock’n’rol l, blues, jazz ou fusion.Contato: (31) 3306-9300www.vogga.com.br

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HOHNERA Chromonica 48 é uma gaita cromática

com características básicas de construção tradicional, indicada para estudantes e

pro� ssionais. Palhetas: 48; placa: latão/ 1,05 mm; corpo em pearwood; comprimento: 15,5 cm.

Contato: (11) 3797-0100www.izzomusical.com.br

CAJON LINHA KIDSFSA CAJONSA linha Kids de cajon tem corpo em sumaúma de 9 mm, acabamento em mogno ou cerejeira tratada com cera. A pele de ressonância possui 4 mm e estampa divertida. O equipamento vai ao encontro da musicalização nas escolas, que deverá entrar em vigor em agosto de 2011. Contato: (18) 3301-9053www.fsacajons.com.br

GUITARRA CR250 VBCORT

A guitarra conta com os captadores Classic Rocker II,

especialmente desenvolvidos pela Cort para garantir aos

guitarristas som vintage e encorpado. Possui ainda o

Nut Graph Tech Nubone, um componente que visa

oferecer ainda mais clareza das notas.

Contato: (11) 2199-2999www.equipo.com.br

GUITARRA VCG 621VOGGACom corpo em basswood, escala em rosewood e captadores humbucker VCG 621 está disponível nas cores CS (Cherry Sunburst) e BK (Black), possui timbre alto e sonoridade aplicável ao rock’n’rol l, blues, jazz ou fusion.Contato: (31) 3306-9300www.vogga.com.br

GUITARRA VCG 621VOGGACom corpo em basswood, escala em rosewood e captadores humbucker VCG 621 está disponível nas cores CS (Cherry Sunburst) e BK (Black), possui timbre alto e sonoridade aplicável ao rock’n’rol l, blues, jazz ou fusion.Contato: (31) 3306-9300www.vogga.com.br CAJON LINHA KIDS

A linha Kids de cajon tem corpo em sumaúma de 9 mm,

GAITA SUPERCHROMONICA

HOHNERA Chromonica 48 é uma gaita cromática

CORREIA CNQIBOX

Correia de 5 cm em náilon para instrumentos de

acabamento em mogno ou cerejeira tratada com cera. A pele de ressonância possui 4 mm e estampa divertida. O equipamento vai ao encontro da musicalização nas escolas, que deverá entrar em vigor em agosto de 2011. Contato: (18) 3301-9053www.fsacajons.com.br

GUITARRA CR250 VBCORT

A guitarra conta com os captadores Classic Rocker II,

especialmente desenvolvidos pela Cort para garantir aos

vintage e vintage e vintageencorpado. Possui ainda o

Nut Graph Tech Nubone,

A pele de ressonância possui 4 mm e estampa divertida. O equipamento vai ao encontro da musicalização nas escolas, que deverá entrar em vigor em agosto de 2011. Contato: (18) 3301-9053www.fsacajons.com.br

GUITARRA CR250 VBCORT

A guitarra conta com os captadores Classic Rocker II,

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e encorpado. Possui ainda o

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PRODUTOS

FUSION SERIESKREST CYMBALSA linha foi desenvolvida para palcos ou para bateristas que precisam de muito volume. Produzido com bronze B8, possui timbre potente, grave e brilhante, com decay prolongado. A linha conta com china, splash, ride, crash e hi-hat de vários tamanhos.Contato: (11) 2063-1316www.krestcymbals.com.br

CAIXAS AMPLIFICADORAS LLLL AUDIOAs caixas ampli� cadoras AC/DC 12V têm bateria recarregável, autonomia para até seis horas e entrada USB com controle remoto. Além deste, também é comercializado o modelo LL200 12V BAT.Contato: 0800 014 19 18www.llaudio.com.br

FUSION SERIESKREST CYMBALS

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PRODUTOS

NEIL PEART 747PROMARKA fabricante apresenta a edição limitada de baquetas 747 autografadas de Neil Peart, baterista da banda Rush. As baquetas são estampadas em tinta cobre com diferentes logotipos da turnê “Time Machine”. Contato: (11) 3158-3105www.musical-express.com.br

GGX-1HGIANNINI

A nova guitarra Sonicx Series tem corpo em basswood, tarraxas blindadas e cromadas e ponte

trêmolo standard cromada. A GGX-1H apresenta escala

e braço em maple, possui dois captadores single coil e

um humbucker com chave seletora de cinco posições.

Está disponível também com escala em rosewood.Contato: (11) 3065-1555www.giannini.com.br

PEDALEIRA GP120MEDELIA pedaleira tem 54 tipos de programas de efeitos, memória com 48 presets, conversor A/D de 32 bits, 64x oversampling, input e saída de fone de ¼”, display em LCD e A = 60 x L = 255 x P = 160 mm.Contato: (11) 2199-2999www.equipo.com.br

BONGÔS STANDARD E PLUSC.IBANEZOs modelos Standard e Plus são feitos em madeira de alta qualidade, possuem ferragem em aço com cromo de alta resistência e acompanham chave de a� nação. A diferença entre eles é que o modelo Standard possui aro vintage.Contato: (51) 3364-5422www.cibanez.com.br

MILLENIUM W5TAGIMA (LANÇAMENTO)O baixo de cinco cordas tem corpo em mahogany, tampo em walnut, braço em maple, escala em rosewood com marcação em abalone, captadores soap bar, controles de volume, balanço, agudo, médio e grave, além de ponte standard cromada e tarraxas cromadas e blindadas. Contato: (11) 2915-8900www.tagima.com.br

MILLENIUM W5TAGIMA (LANÇAMENTO)O baixo de cinco cordas tem corpo em mahogany, tampo em walnut, braço em maple, escala em rosewood com marcação em abalone, captadores controles de volume, balanço, agudo, médio e grave, além de ponte standard cromada e tarraxas cromadas e blindadas. Contato: (11) 2915-8900www.tagima.com.br

MILLENIUM W5TAGIMA (LANÇAMENTO)O baixo de cinco cordas tem corpo em mahogany, tampo em walnut, braço em maple, escala em rosewood com marcação em abalone, captadores controles de volume, balanço, agudo, médio e grave, além de ponte standard cromada e tarraxas cromadas e blindadas. Contato: (11) 2915-8900www.tagima.com.br

GGX-1HGIANNINI

A nova guitarra Sonicx Series tem corpo em basswood, tarraxas blindadas e cromadas e ponte

trêmolo standard cromada. A GGX-1H apresenta escala

Está disponível também com escala em rosewood.Contato: (11) 3065-1555

BONGÔS STANDARD E PLUSBONGÔS STANDARD E PLUSBONGÔS STANDARD E PLUS

PEDALEIRA GP120

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122 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

PRODUTOS

CAIXAS ATIVASVOXSTORMOs modelos da nova linha têm os recursos USB entre suas principais características. Eles proporcionam a conexão por pen drives para leitura de arquivos MP3, com display e controle remoto.Contato: (43) 3178-4271www.voxstorm.com.br

CAIXAS ATIVASVOXSTORMOs modelos da nova linha têm os recursos USB entre suas principais características. Eles proporcionam a conexão por pen drives para leitura de arquivos MP3, com

O DR7D E DR96BDONNEROs a� nadores eletrônicos digitais possibilitam uma a� nação rápida em qualquer ambiente. O modelo DR7D atua por microfone ou clip, para guitarra, violão, baixo, violino e violoncelo; o modelo DR96B, de clip, além de a� nador cromático, atua como metrônomo eletrônico. Ambos possuem display LCD e controle de frequência.Contato: 0800 014 19 18www.llaudio.com.br

ORIENTSOLID SOUNDCapa para baixo fabricada emnáilon 600 g, forrada com espuma.Possui dois bolsos grandes na parte frontal.Alça de mão e dupla nas costas,pode ser levada como mochila.Contato: (41) 3596-2521www.solidsound.com.br

VIOLÃO INFANTIL VM14PMICHAELO violão infantil introduz um novo estilo de acabamento, que faz uso de estampas com ilustrações

exclusivas no tampo. Disponível no tamanho de 34 polegadas,

tem corpo em linden, escala e cavalete em dark maple, tarraxas douradascom madrepérola e

encordoamento de náilon.Contato: (31) 2102-9270www.michael.com.br

LES PAULERIC CLAPTON 1960

GIBSONA guitarra tem corpo em

mogno leve e sólido, maple top, braço em mogno, 22 trastes,

escala em jacarandá, marcação trapeizoidal, captadores

burstbucker 1, burstbucker 2 e inclui certi� cado e case.

Contato: (11) 5535-2003 www.royalmusic.com.br

LES PAULERIC CLAPTON 1960

GIBSONA guitarra tem corpo em

mogno leve e sólido, maple top, braço em mogno, 22 trastes,

escala em jacarandá, marcação trapeizoidal, captadores

burstbucker 1, burstbucker 2 e inclui certi� cado e case.

Contato: (11) 5535-2003 www.royalmusic.com.br

VIOLÃO INFANTIL VM14PMICHAELO violão infantil introduz um novo estilo de acabamento, que faz uso de estampas com ilustrações

exclusivas no tampo. Disponível no tamanho de 34 polegadas,

tem corpo em linden, escala e cavalete em dark maple, tarraxas douradascom madrepérola e

encordoamento de náilon.

Capa para baixo fabricada emnáilon 600 g, forrada com espuma.Possui dois bolsos grandes na parte frontal.Alça de mão e dupla nas costas,pode ser levada como mochila.

Os a� nadores eletrônicos digitais possibilitam uma

O DR7D E DR96B

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124 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

TESTE

Crafter GLXE-3000/SK

A empresa coreana foi fundada em 1972 por Hyunkwon Park inicialmente com o nome Sungeum, que signi� ca ‘reali-

zando o som’. Com o intuito de ganhar o mer-cado externo, foi criada a marca Crafter, que remete aos craftsmen, como são chamados os luthiers em inglês. Reconhecida por fabricar instrumentos de excelente qualidade por um bom preço, a Crafter apresenta uma boa opção para quem deseja adquirir um modelo jumbo.

Confeccionado com o tampo em pinho maci-ço, lateral e fundo em jacarandá da Indonésia ma-ciço, braço em mogno, escala e ponte em jacaran-dá, e largura da pestana de 43 mm, o modelo da Crafter consegue combinar sonoridade e beleza.

Com ornamentos em madrepérola e madeira, como os frisos laterais em tiger maple, o

GLXE-3000 apresenta um acabamento primoroso e imponente. Destaque para o estilo setentista da ponte e o selo na parte interna do instrumento, também confeccionado em madeira, integrando--se à construção de maneira ímpar.

Sua sonoridade é grandiosa, aber-ta, rica em harmônicos, com graves profundos, médios consistentes e agudos claros, com bastante bri-lho e excelente sustentação. Seu ataque é bastante pronunciado, sua projeção e volume impressio-nam, mesmo para um jumbo, pois

projetam com violência o som para a frente. Por essa razão, é o instrumento

ideal para quem trabalha em estúdio. Ex-celente para quem é apaixonado pelos acor-

Jumbo todo maciço com preço atraenteCrafter GLXE-3000/SK

empresa coreana foi fundada em 1972 por Hyunkwon Park inicialmente com o nome Sungeum, que signi� ca ‘reali-

zando o som’. Com o intuito de ganhar o mer-cado externo, foi criada a marca Crafter, que remete aos luthiers em inglês. Reconhecida por fabricar instrumentos de excelente qualidade por um bom preço, a Crafter apresenta uma boa opção para quem deseja adquirir um modelo jumbo.

Confeccionado com o tampo em pinho maci-ço, lateral e fundo em jacarandá da Indonésia ma-ciço, braço em mogno, escala e ponte em jacaran-dá, e largura da pestana de 43 mm, o modelo da Crafter consegue combinar sonoridade e beleza.

Com ornamentos em madrepérola e madeira, como os frisos laterais em tiger maple, o

GLXE-3000 apresenta um acabamento primoroso e imponente. Destaque para o estilo setentista da ponte e o selo na parte interna do instrumento, também confeccionado em madeira, integrando--se à construção de maneira ímpar.

projetam com violência o som para a frente. Por essa razão, é o instrumento

ideal para quem trabalha em estúdio. Ex-celente para quem é apaixonado pelos acor-

Jumbo todo maciço com preço atraenteCrafter GLXE-3000/SK

A empresa coreana foi fundada em 1972 por Hyunkwon Park inicialmente com o nome Sungeum, que signi� ca ‘reali-

zando o som’. Com o intuito de ganhar o mer-cado externo, foi criada a marca Crafter, que remete aos luthiers em inglês. Reconhecida por fabricar instrumentos de excelente qualidade por um bom preço, a Crafter apresenta uma boa opção para quem deseja adquirir um modelo jumbo.

Confeccionado com o tampo em pinho maci-ço, lateral e fundo em jacarandá da Indonésia ma-ciço, braço em mogno, escala e ponte em jacaran-dá, e largura da pestana de 43 mm, o modelo da Crafter consegue combinar sonoridade e beleza.

Com ornamentos em madrepérola e madeira, como os frisos laterais em tiger maple, o

GLXE-3000 apresenta um acabamento primoroso e imponente. Destaque para

parte interna do instrumento, também confeccionado em madeira, integrando-

ideal para quem trabalha em estúdio. Ex-celente para quem é apaixonado pelos acor-

Jumbo todo maciço com preço atraentedes do bom e velho blues, country, rock e seus estilos derivados. Suas tarraxas Gotoh, bastante precisas, cumprem muito bem o papel e sua entonação se mostrou estável em toda a extensão da escala.

Para quem é indicadoSua tocabilidade é excepcional, com braço macio — o instrumento é bastante confortável. Uma su-til angulação na escala facilita a execução de ben-ds e a ação das cordas baixas de fábrica convida o músico a executar um festival de escalas rápidas sem di� culdade ou ocorrência de trastejamentos. Importante informar que o GLXE-3000 possui um tensor de dupla ação, garantindo ao instrumento a possibilidade de ser equipado com encordoamen-tos com tensões bem pesadas, sem deixar que o peso recaia sobre a consciência do músico.

O circuito de captação Element da L. R. Ba-ggs também merece destaque, pela facilidade de operação (já que possui poucos controles) e pela qualidade. Seu pre-amp possui controle de gra-ves, agudos e volume. Além disso, para combater a presença de microfonia, conta com recursos como chave de inversão de fase (ou phase) e con-trole de notch. De qualquer forma, é recomendá-vel adquirir um tampão redutor de microfonia, caso seja utilizado para tocar com banda.

Por tudo que o instrumento apresentou, resta indicá-lo a músicos pro� ssionais que necessitam de um instrumento de alto padrão de custo acessí-vel para ser utilizado em estúdio ou na estrada.

MODELO GLXE-3000/SK

FABRICANTE Crafter

INDICAÇÃO Violonistas quenecessitam de um jumbo de alto padrão

PRÓS Acabamento, sonoridade,volume e tocabilidade

CONTRAS Nenhum TIRE DÚVIDAS COM O FORNECEDORwww.crafterguitars.com.br • Tel.: (11) 3222-9160

DEFINIÇÃO DO SOMMuito bom � � � �

VOLUMEExcepcional � � � � �

CAPTAÇÃOMuito bom � � � �

FIC

HA

TÉC

NIC

A ACABAMENTOExcepcional � � � � �

TOCABILIDADEExcepcional � � � � �

DESEMPENHO GERALExcepcional � � � � �

Crafter GLXE-3000/SK

tarraxas Gotoh, bastante precisas,

*Teste originalmente publicado na revista Violão PRO.

Análise feita por Miguel De Laet: músico, produtor musical,

professor da Faculdade Mozarteum e ex-editor da publicação citada.

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126 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

21 PAÍSES RECEBEM MÚSICA & MERCADO

Aqui você confere os serviços oferecidos pela Música & Mercado e como fazer para adquiri-los.

Brasília, DF ................ 26 e 27 de março

Porto Alegre, RS ............16 e 17 de abril

Curitiba, PR ...................14 e 15 de maio

Rio de Janeiro, RJ ....... 10 a 12 de junho

Belo Horizonte, MG ......16 e 17 de julho

Nós amamos o que fazemosMúsica & Mercado tem uma equipe dedicada à você, leitor. Nosso trabalho é informar para criar mercado, mostrar as melhores práticas de administração, marketing e empresas. Se você acredita no mercado esta revista é feita sob medida para você.

Brasil, Espanha e toda a América Latina recebem Música & Mercado.

Receba com confortoFaça a assinatura Premium da M&M e receba sua revista antes de todos. Diferente da assinatura gratuita,Música & Mercado lançou um sistema de entrega com con� rmação. Ideal para você que mora mais longe, costuma ter problemas de correio ou que deseja receber antes que os outros. Com o sistema de ‘carta registrada’ você tem a certeza que ninguém pegará a sua Música & Mercado, só você.

1 ano (6 edições) ............... R$ 120,002 anos (12 edições) .............R$ 170,00

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As feiras regionais Music Showtrazem grandes marcas e negociações para as lojas de todo o País. Veja as novidades, socialize-se e crie mais laços de negócios. Participe ainda do jantar VIP oferecido pelas empresas expositoras.

Faça mais contatosnas feiras Music ShowLojistas que visitaram a feira são as mais lembradas pelos fornecedores

Centro de Convenções de Ribeirão Preto (SP)

Centro de Convenções Ulysses Guimarães (DF)

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EDIÇÃO #54 • BRASILEDIÇÃO #54 • BRASIL

INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | MAIO | JUNHO DE 2011 | Nº 54 | ANO 9

PASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOSPASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS

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2011

| Nº

54

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Uma visão integral e preocupação excessiva com os detalhes são os segredos do sucesso da Warwick. Conheça o passado, compreenda o presente e veja o que Hans-Peter Wilfer,seu fundador e CEO, planeja para a empresa no futuro PÁG. 64

Experiência, estratégiae genética

SEM CRISE DOS 30Casio alinha suas estratégias com a sede japonesa para se reposicionar no país PÁG. 56

VOCÊ PRECISA DE UM SÓCIO?Os principais pontos a serem considerados antes de constituir uma sociedade PÁG. 130

DE OLHO NO DINHEIROTrês lojistas revelam como planejam o orçamento de seus estabelecimentos PÁG. 46

VENDA MAIS 7 dicas essenciais para estimular a compra por impulso PÁG. 78

DIRETO DO JAPÃO Empresas falam sobre os reflexos na produção pós-tsunami PÁG. 92

CLIENTE MÓVELComo usar a divulgação pelo celular para atingir o seu consumidor onde ele estiver PÁG. 48

E MAIS

Panoram

a geral

sobre

a Musik

messe 20

11

PÁG. 114

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Page 127: Música & Mercado #54 PT

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Um dos maiores institutos de pesquisa do país traz informações importantes. Dados coletados pelo Datafolha em lojas de todo o país ajudam fornecedores a de� nir suas linhas de produtos e melhorar estratégias de marketing, bene� ciando lojas e consumidores.A pesquisa está à disposição para o mercado brasileiro e internacional todo � nal de novembro. Para adquirir ligue (11) 3567-3022

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Parcerias

Escreva para a Música & MercadoEnvie seu texto ou um resumo da história de sua loja para a revista Música & Mercado, que permite colaborações após avaliação do de-partamento editorial, além de ter seções especí� cas para divulgar os acontecimentos vivenciados por sua loja. Entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Música & Mercado, que permite colaborações após avaliação do de-partamento editorial, além de ter seções especí� cas para divulgar os acontecimentos vivenciados por sua loja. Entre em contato pelo e-mail: [email protected].

Envie seu texto ou um resumo da história de sua loja para a revista , que permite colaborações após avaliação do de-

partamento editorial, além de ter seções especí� cas para divulgar os acontecimentos vivenciados por sua loja. Entre em contato pelo e-mail:

RECEBA NOSSANEWSLETTERSemanalmente a M&M divulga as principais notícias do setor para dei-xar o mercado atualizado. Para re-ceber nossa newsletter por e-mail, envie seu endereço eletrônico para:[email protected], com o assunto: Newsletter.

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Feiras e EventosVanessa Pinheiro • (11) 7860-6277 / ID 80*29494

Atendimento LojistasBárbara Tavares • (11) 7759-1474 / ID 13*21476

AdministrativoCarla Anne • (11) 7717-5667 / ID 80*26398

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Música & Mercado(11) 3567-3022

do Youtube: http://www.youtube.com.br/

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CONTATOS

Acesse o calendário 2011 no site:

www.musicaemercado.com.br

INSTRUMENTOSBENSON .................................. 11 3032-5010 • proshows.com.br • 77

DUNLOP ................................ 11 3797-0100 • izzomusical.com.br • 81

EAGLE ...........................11 2931-9130 • eagleinstrumentos.com.br • 67

EQUIPO .................................. 11 2199-2999 • equipo.com.br • 14, 15

GIANNINI ......................... 11 3065-1571 • giannini.com.br • 29, 71, 75

MICHAEL .............................. 31 2102-9250 • michael.com.br • 10, 11

ROLAND ....................................... 11 3087-7772 • roland.com.br • 24

ROZINI .......................................... 11 3931-3648 • rozini.com.br • 111

TAGIMA ....................................... 11 2915-8900 • tagima.com.br • 26

VOGGA ......................................... 31 3306-9319 • vogga.com.br • 89

YAMAHA ....................... 11 3704-1377 • yamahamusical.com.br • 131

AMPLIFICADORES / ÁUDIO PROFISSIONALAKG ................................................ 51 3479-4000 • harman.com • 51

ATTACK ........................................ 43 2102-0100 • attack.com.br • 69

ÁUDIO QUALITY ................ 19 3434-4978 • proshows.com.br • 16, 17

BEHRINGER ............................. 11 3032-4978 • proshows.com.br • 55

BEYER DYNAMIC ...................... 11 3225-0505 • playtech.com.br • 31

BUGERA .................................. 11 3032-5010 • proshows.com.br • 25

CICLOTRON .................... 14 3604-6000 • ciclotron.com.br • 6, 7, 8, 9

EMINENCE ............................. +1 786 340 8801 • italotrading.com • 59

FRAHM ......................................... 47 3531-8800 • frahm.com.br • 28

HOTSOUND .............................. 19 3869-1478 • hotsound.com.br • 97

JOYO TECHNOLOGY ............... +86 755 2976 5381 • joyochina.cn • 19

KADOSH ............................. 48 3258-3482 • kadoshmusic.com.br • 45

LL AUDIO ................................... 0800 014 19 18 • llaudio.com.br • 91

LYCO .............................................. 11 3666-5574 • lyco.com.br • 109

METEORO ............ 11 2443-0088 • amplifi cadoresmeteoro.com.br • 99

MOUG SOUND .....................11 2636-1118 • mougsound.com.br • 103

PEAVEY ...................................... +1 601 483 5365 • peavey.com • 21

SENNHEISER ................................ 11 2199-2999 • equipo.com.br • 61

VOX STORM ............................ 43 3178-4271 • voxstorm.com.br • 83

ACESSÓRIOSD’ADDARIO ....................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 5

ELIXIR ........................................ 11 5502-7800 • elixirstrings.com • 13

EMG ................ 61 3629-9400 • emginc.com • condormusic.com.br • 35

EVANS ............................ 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 95

GIANNINI .................................... 11 3065-1571 • giannini.com.br • 23

GIBRALTAR ......................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 63

As empresas abaixo são os anunciantes desta edição. Use estes contatos para obter informações sobre

compras e produtos. Para referência, mencione que você obteve o contato por meio da Música & Mercado.

NIG ........................................... 11 4441-8366 • nigmusic.com.br • 117

PLANET WAVES ............. 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 43

POWER CLICK .........................21 2722-7908 • powerclick.com.br • 47

RICO ................................. 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 3

ROCK STAR ............................. 11 5535-2003 • royalmusic.com.br • 2

SPARFLEX ................................. 11 2521-4141 • sparfl ex.com.br • 132

UNO ...............................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 105

BATERIA E PERCUSSÃOAQUARIAN ........................... 11 2787-0400 • strikemusic.com.br • 53

MAPEX ............................... 11 2787-0300 • habro.com.br/mapex • 27

MEINL ......... 43 3324-4405 (Prime) • 92 3234-1588 (C. Borges) • 22, 123

OCTAGON .................... 11 5021-5571 • octagon-cymbals.com.br • 33

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CINCO PERGUNTAS

Ter un sócio não se limita a ter um parceiro para ajudar a pagar as contas, mas alguém com quem dividir as glórias de sua loja

Quando começar umasociedade?

Em tempos de di� culdade � -nanceira, é inevitável cogitar a possibilidade de dividir com

alguém as despesas e, por consequên-cia, os lucros de sua loja. No entanto, sociedade é coisa séria e precisa ser bem avaliada. Por isso, a M&M con-versou com o especialista Jair Gae-vard, advogado, mestre e doutor em Direito Societário, e jazzista nas horas vagas, com a banda Jazzy, que atua na cena musical paranaense. O advoga-do é autor do livro Manual do sócio (Ed. Íthala), uma espécie de guia de sobrevivência para os sócios, e ensina a prevenir e resolver con� itos, preser-vando tanto o sócio quanto a empre-sa. Leia a entrevista a seguir:

Qual é o momento em que um lojista deve arrumar um sócio?Duas grandes razões podem justi� -car o compromisso: a comunhão de visões e interesses sobre o negócio e o seu desenvolvimento e/ou a real ne-cessidade de capital. Vale lembrar que o empresário com criatividade e bom planejamento pode estruturar seu negócio para admitir a participação de funcionários graduados, colabo-radores eventuais e até consultores temporários. Mesmo o uso de capital de terceiros pode ser viabilizado sob formas diferentes das societárias.

Qual é o primeiro passo a ser tomado ao começar uma sociedade?

Os cuidados não começam, propriamente, na escolha do outro sócio, mas na aná-lise honesta das verdadeiras razões que levam alguém a se associar. Depois disso, cabe ao sócio detalhar no contrato as garantias de preservação de condições de permanência na socieda-de (in� uência nas decisões, participação / � scalização da administração e contas, remuneração do capital investido) e, para o caso de retirada, ajuste de condi-ções justas de apuração de direitos.

Quais são as principais desvantagens de uma sociedade?Se os sócios não se preocupam desde o início em estabelecer princípios, limi-tes e regras de atuação claros segura-mente terão maiores di� culdades para permanecer em harmonia quando os inevitáveis problemas surgirem. A ca-racterística essencial de uma emprei-tada societária, e também a sua princi-pal desvantagem, é a interface coletiva. Ela exige dos sócios o desenvolvimento de habilidades para tratar, também coletivamente, das grandes e pequenas questões da sociedade. Quando essa habilidade não existe ou se turva, pou-co se pode fazer para salvar a parceria.

Quais são as principais vantagens de uma sociedade?

A vantagem número um é a resposta que um sócio traz quanto às necessi-dades objetivas detectadas pelo outro. A vantagem número dois é o privilégio e a oportunidade de dividir os rumos e riscos de uma empresa em comum.

Qual é a dica para desfazer uma socie-dade da maneira correta e mais fácil? O mais adequado é que os sócios se-jam conscientizados, desde o início, de que a retirada é um evento natural e às vezes inevitável ante os desdobra-mentos possíveis da vida societária. Como tudo, a participação societária deve ter início, meio e � m. Tanto me-nos traumático será este � m quanto mais detalhadamente ele estiver con-tratualmente previsto. Quando, entre-tanto, isso não ocorre, é fundamental afastar o melodrama e encarar prática e objetivamente a questão. Pode vir a ser necessário o uso de salvaguardas judiciais para evitar prejuízos.

remuneração do capital investido) e,

Jair Gaevard é advogado, mestree doutor em Direito Societário

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