NA BROMIDROSE PLANTAR: ESTUDO CLÍNICO … · e que me ajudou em diversos momentos com a minha...
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ANA PAULA DOS SANTOS VIANNA DE ANDRADE
TALCO DE CYMBOPOGON CITRATUS
NA BROMIDROSE PLANTAR: ESTUDO
CLÍNICO ALEATÓRIO
Trabalho Final do Mestrado Profissional,
apresentado à Universidade do Vale do
Sapucaí, para obtenção do título de Mestre
em Ciências Aplicadas à Saúde.
POUSO ALEGRE – MG
2017
ANA PAULA DOS SANTOS VIANNA DE ANDRADE
TALCO DE CYMBOPOGON CITRATUS
NA BROMIDROSE PLANTAR: ESTUDO
CLÍNICO ALEATÓRIO
Trabalho Final do Mestrado Profissional,
apresentado à Universidade do Vale do
Sapucaí, para obtenção do título de Mestre
em Ciências Aplicadas à Saúde.
ORIENTADORA: Profa. Dra. Ana Beatriz Alkmim Teixeira Loyola
COORIENTADORA: Profa. Dra. Diba Maria Sebba Tosta de Souza
POUSO ALEGRE – MG
2017
Andrade, Ana Paula dos Santos Vianna de.
Talco de Cymbopogon Citratus na Bromidrose Plantar: Estudo Clínico
Aleatório./ Ana Paula dos Santos Vianna de Andrade. – Pouso Alegre: Univás,
2017.
52f.
Trabalho Final do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde,
Universidade do Vale do Sapucaí.
Título em inglês: Cymbopogon Citratus Talc in Bromidrose Plantar: a
randomized clinical trial.
Orientadora: Profa. Dra. Ana Beatriz Alkmim Teixeira Loyola
Coorientadora: Profa. Dra Diba Maria Sebba Tosta de Souza
1. Hiperidrose. 2. Doenças do pé. 3. Eliminação de Odores. 4. Fitoterapia. 5.
Cymbopogon. 6. Óleos Essenciais. 7. Ação Antimicrobiana.
I. Título
CDD: 571.97
iii
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ
MESTRADO PROFISSIONAL EM
CIÊNCIAS APLICADAS À SAÚDE
COORDENADOR: Prof. Dr. Taylor Brandão Schnaider
Linha de Atuação Científico-Tecnológica: Fitoterapia e Plantas Medicinais em
Lesões Teciduais
iv
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à Luiza Vianna de Andrade,
presente que Deus me enviou no meio desta formação,
que me apresentou os mais belos e nobres sentimentos,
me fez melhor e que tornou esta jornada mais desafiadora
e ao mesmo tempo mais leve e feliz.
v
AGRADECIMENTOS
À DEUS, sem a sua presença na minha vida nada seria possível.
Ao meu marido, EDUARDO CARNEIRO VIANNA DE ANDRADE, que me
incentivou e me apoiou desde o inicio, que sempre acreditou nas minhas capacidades
elevando minha autoestima, que me faz grande quando me sinto pequena e a quem eu recorro
nos momentos difíceis e sempre me acalma com palavras de afeto e encorajamento.
À minha mãe, VERA LÚCIA DOS SANTOS RAYMUNDO, que lutou com sua
força de trabalho insuperável para minha formação e sempre será, para mim, exemplo de vida,
e que me ajudou em diversos momentos com a minha filha para que eu pudesse me dedicar ao
mestrado.
MINHA SOGRA, NÁDIA MARIA CARNEIRO ANDRADE E MEU
SOGRO, PAULO ROBERTO VIANA DE ANDRADE, por serem como pais para mim,
pelo carinho e amor constante.
À toda MINHA FAMÍLA, IRMÃS, SOBRINHOS, CUNHADOS E
CUNHADAS por torcerem sempre pelo meu sucesso.
À PROFESSORA Drª. ANA BEATRIZ ALKMIM TEIXEIRA LOYOLA,
professora orientadora do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da
Universidade do Vale do Sapucaí, pela orientação, motivação, profissionalismo na realização
deste trabalho, a forma que se entrega e dedica à pesquisa é exemplar.
À PROFESSORA DRª. DIBA MARIA SEBBA TOSTA DE SOUZA pela
coorientação neste trabalho, de forma tão gentil e atenciosa esteve presente e contribuiu para
melhoria desta pesquisa.
Aos PROFESSORES DO MESTRADO PROFISSIONAL EM CIÊNCIAS
APLICADAS À SAÚDE DA UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ, pelos
conhecimentos compartilhados ao longo do curso.
À PROFESSORA Drª. DANIELA FRANCESCATO VEIGA, professora
orientadora do Mestrado Profissional em Ciências Aplicadas à Saúde da Universidade do
Vale do Sapucaí, pelos conhecimentos compartilhados e pelo exemplo de amor e dedicação à
pesquisa e ao mestrado profissional.
vi
Aos COLEGAS DE PÓS-GRADUAÇÃO, pelo nosso convívio, amizade,
respeito e torcida.
Ao PROFESSOR MIGUEL ANGEL ISAAC TOLEDO DE PINO, diretor
geral do IFSULDEMINAS CAMPUS INCONFIDENTES, pela autorização para
realizarmos as coletas nos estudantes.
Aos ESTUDANTES do IFSULDEMINAS CAMPUS INCONFIDENTES, que
se dispuseram a participar da pesquisa.
Ao BIÓLOGO LUIZ FRANCISLEY DE PAIVA, funcionário do laboratório de
pesquisa da Univás, por toda ajuda no preparo dos materiais para a coleta e análise
microbiológica e por compartilhar de forma tão didática seus conhecimentos em biologia.
AO TÉCNICO JOSÉ DONIZETE DOS REIS funcionário do laboratório de
fitoterapia da Univás, pela disponibilidade e dedicação no cultivo e obtenção do óleo
essencial da planta Cymbopogon Citratus.
AOS ALUNOS DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA
FAPEMIG PROBIC/UNIVAS, LEONARDO FANTOZZI SILVA CHIMINAZO E
LETÍCIA AZEVEDO GAZZI, pela disponibilidade e ajuda durante as coletas, semeaduras e
análise microbiológica.
Às colegas de trabalho da ENFERMARIA DO IFSULDEMINAS CAMPUS
INCONFIDENTES, por me ajudarem em diversos momentos e me incentivarem nessa
jornada.
vii
“Talvez não tenhamos feito o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito.
Não somos o que deveríamos ser. Não somos o que iremos ser.
Mas, graças a Deus, não somos o que éramos.”
(Martin Luther King)
viii
RESUMO
Contexto: Bromidrose é causada pela secreção excessiva de suor associada ao mau cheiro e
pode ter um impacto negativo sobre a vida do indivíduo. O odor do pé é proveniente do ácido
isovalérico, que é produzido quando Staphylococcus epidermidis degrada leucina presente no
suor. O óleo essencial da planta Cymbopogon citratus apresenta ação contra bactérias e
fungos, que afetam a pele e mucosa. Objetivo: Desenvolver um talco antisséptico fitoterápico
de Cymbopogon citratus e comparar com um talco comercial antisséptico a base de enxofre e
ácido bórico quanto ao odor e atividade antimicrobiana nos pés. Métodos: Após
desenvolvimento do produto foi realizado um estudo individual, analítico, interventivo,
prospectivo, do tipo ensaio clínico controlado, randomizado, triplo cego com voluntários
sadios no IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes, no mês de maio a junho de 2017. A
amostra foi constituída por estudantes do curso técnico em Agropecuária. Amostragem foi
probabilística, aleatória simples. A intensidade de odor foi avaliada por três examinadores e
pelo voluntário da pesquisa utilizando uma escala de magnitude rotulada (LMS) e as amostras
para cultura microbiana foram colhidas no 1º e 15º dias após o uso dos talcos. Foi avaliado se
o uso do talco à base de óleo essencial da C. citratus diminui a ocorrência da bromidrose e a
colonização bacteriana nos pés. Resultados: Após o uso dos produtos, na percepção dos
avaliadores, houve redução igual do odor para os grupos avaliados, de odor moderado para
odor fraco. Para os estudantes a intensidade do odor diminuiu após o uso do talco de C.
citratus, passando de odor moderado para odor fraco. A contagem de UFC reduziu após o uso
dos dois talcos e o potencial de redução para o grupo C. citratus foi de 98,5% e para o grupo
Talco Comercial foi de 92,0%. Conclusão: O talco desenvolvido a base de Cymbopogon
citratus mostrou melhor ação na redução da bromidrose plantar do que o talco comercial a
base de enxofre e ácido bórico e mesma ação na redução dos micro-organismos presentes.
Palavras-chave: Hiperidrose; doenças do pé; eliminação de odores; Fitoterapia;
Cymbopogon; Óleos Essenciais; Ação Antimicrobiana.
ix
ABSTRACT
Introduction: Bromhidrosis is caused by the excessive secretion of sweat associated with bad
smell and may have a negative impact on the life of the individual. Foot odor is derived from
isovaleric acid, which is produced when Staphylococcus epidermidis degrades leucine present
in sweat. The essential oil of Cymbopogon citratus plant acts against bacterial and fungal
infections, which affect the skin and mucosa. Objective: To develop a C. citratus herbal
antiseptic talc and compare it with Talco Comercial ® commercial antiseptic talc for odor and
antimicrobial activity in the feet. Methods: After development of the proudoto, an individual,
analytical, interventional, prospective, randomized, triple blinded clinical trial with healthy
volunteers at the IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes was carried out in the month of
May and June of 2017. The sample consisted of students from the technical course on
Agricultural, sampling was probabilistic, random simple. The odor intensity was evaluated by
three examiners and by the volunteer of the research using a magnitude scale (LMS) and
samples for microbial culture were collected on the 1st and 15th days after the use of the talcs.
It was evaluated whether the use of C. citratus essential oil based talc reduces the occurrence
of bromidrosis and bacterial colonization in the feet. Results: After the use of the products, in
the perception of the evaluators, there was an equal reduction of the odor for the evaluated
groups, from moderate odor to weak odor. For students, the odor intensity decreased after the
use of talc of C. citratus, passing from moderate odor to weak odor. The CFC count decreased
after the use of the two talcs and the reduction potential for the group C. citratus was 98.5%
and for the Talco Comercial group it was 92.0%. Conclusion: The developed talc of
Cymbopogon citratus showed a better action in the reduction of plantar bromidrose than the
commercial talc based on sulfur and boric acid and the same action in reducing the
microorganisms present.
Keywords: Hyperhidrosis; Foot diseases; Odor; Phytotherapy; Cymbopogon; Oils, Volatile;
Anti-Infective Agents.
x
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
Ac. Salicílico Ácido salicílico
ATCC American Type Culture Collection
C. Citratus Cymbopogon citratus
cm Centímetro
cm2 Centímetro quadrado
FDA Food and Drug Administration
g Grama
Gram (-) Gram negativo
Gram (+) Gram positivo
HPP Hiperidrose Palmo Plantar
IFSULDEMINAS Instituto Federal do Sul de Minas Gerais
INPI Instituto Nacional de Propriedade Intelectual
LMS Label Magnitude Scale
mm Milímetros
MG Minas Gerais
mg Miligrama
mL Mililitro
Nº Número
ºC Graus Celsius
p p-value
PCA Plate Counte Agar
QSP Quantidade Suficiente Para
S. aureus Staphylococcus aureus
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFC Unidades Formadoras de colônias
ul Microlitro
UNIVAS Universidade do Vale do Sapucaí
% Por cento – uma parte em cem partes
= Igual
≤ Menor ou igual
® Marca registrada
xi
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Cultivo da planta Cymbopogon citratus no Laboratório de Botânica da Univás. ..... 6
Figura 2: Extração do óleo essencial de C. citratus por arraste a vapor. .................................. 7
Figura 3: Talqueira contendo talco de C. Citratus .................................................................. 11
Figura 4: Coleta de amostra de pele para cultura microbiana do pé direito dos estudantes do
curso técnico de agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes .......................... 11
Figura 5: Produto A - Talco a base de enxofre e ácido bórico ................................................ 13
Figura 6: Produto B - Talco com triclosan .............................................................................. 14
Figura 7: Produto C - Talco a base de Cumarina .................................................................... 14
Figura 8: Produto D – Talco a base de Óleo essencial de C. Citratus .................................... 14
Figura 9: Produto E - Talco farmacêutico QSP ...................................................................... 15
Figura 10: Produto F- Óxido de zinco a 3% + Ac. Salicílico a 1% ........................................ 15
Figura 11: Produto G - Talco a base de Óleo essencial de C. Citratus a 5%.......................... 15
Figura 12: Produto H – Talco a base de Óleo essencial de C. Citratus .................................. 16
Figura 13: Grupo Controle com cepa padrão de S. aureus sem a presença de produto. ......... 16
Figura 14: Diagrama CONSORT – Fluxo de estudantes voluntários do estudo ..................... 17
Figura 15: Fototipos de pele dos estudantes de agropecuária do IFSULDEMINAS Campus
Inconfidentes ............................................................................................................................ 18
Figura 16: Horas de uso de sapatos fechados por dia pelos estudantes de Agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes ................................................................................ 19
Figura 17: Quantidade de dias na semana que os estudantes de Agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes usam sapatos fechados. ......................................... 19
Figura 18: Dispersão dos pontos de intensidade de odor pela escala LMS dos estudantes de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes .................................................... 22
Figura 19: Teste de manitol Hipertônico para avaliação da presença de Staphylococcus
coagulase positivo (a) e Staphylococcus coagulase negativo (b)............................................. 23
Figura 20: Talco desenvolvido a base de C. citratus com rótulo e nome comercial ............... 24
xii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Medida do halo de inibição em milímetros do talco de C. citratus e dos talcos
comerciais frente à cepa padrão ATCC do Staphylococcus aureus ......................................... 13
Tabela 2: Distribuição etária dos estudantes voluntários da pesquisa do curso técnico de
agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes. .................................................... 17
Tabela 3: Gênero dos estudantes voluntários da pesquisa do curso técnico de agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes. ............................................................................... 18
Tabela 4: Intensidade do odor segundo escala LMS separada por gênero dos estudantes de . 20
Tabela 5: Intensidade do odor segundo escala LMS separada por fototipos de pele dos
estudantes de Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes .............................. 20
Tabela 6: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos examinadores antes da
aplicação dos talcos .................................................................................................................. 20
Tabela 7: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos examinadores após aplicação
dos talcos nos estudantes de Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes ...... 21
Tabela 8: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos estudantes voluntários de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentesantes da aplicação dos talcos ...... 21
Tabela 9: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos estudantes voluntários de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes após aplicação dos talcos ........... 22
Tabela 10: Contagem de UFC antes e após o uso dos talcos nos estudantes de Agropecuária
do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes ........................................................................... 23
Tabela 11: Presença de Staphylococcus coagulase positivo e Staphylococcus coagulase
negativo antes e após aplicação dos talcos. .............................................................................. 24
xiii
SUMÁRIO
1 CONTEXTO ............................................................................................................................ 1
2 OBJETIVO .............................................................................................................................. 5
3 MÉTODOS .............................................................................................................................. 6
3.1. Desenvolvimento do Produto .......................................................................................... 6
3.1.1. Extração ........................................................................................................................ 6
3.1.2. Manipulação do produto ............................................................................................... 7
3.1.3. Teste in vitro ................................................................................................................. 7
3.2. Ensaio clínico .................................................................................................................. 8
3.2.1 Delineamento do Estudo ................................................................................................ 8
3.2.2 Local do Estudo ............................................................................................................. 8
3.2.4 Aspectos Éticos ............................................................................................................. 8
3.2.5 Amostra, Amostragem e Cálculo Amostral ................................................................... 8
3.5 Critérios de elegibilidade .................................................................................................. 9
3.6 Seleção .............................................................................................................................. 9
3.7 Procedimentos ................................................................................................................ 10
3.7.1 Avaliação do odor ........................................................................................................ 10
3.7.2 Coleta das amostras ..................................................................................................... 11
3.7.3. Avaliação microbiana ................................................................................................. 12
3.8 Análise estatística ........................................................................................................... 12
4 RESULTADOS/ PRODUTO ................................................................................................ 13
5.1 Aplicabilidade ................................................................................................................. 27
5.2 Impacto Social ................................................................................................................ 28
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 30
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 31
APÊNDICES ............................................................................................................................ 37
Apêndice 1 ............................................................................................................................ 37
Apêndice 2 ............................................................................................................................ 38
Apêndice 4 ............................................................................................................................ 42
Apêndice 5 ............................................................................................................................ 44
Apêndice 6 ............................................................................................................................ 45
ANEXOS .................................................................................................................................. 46
Anexo 1 ................................................................................................................................ 46
Anexo 2 ................................................................................................................................ 50
Anexo 3 ................................................................................................................................ 51
NORMAS ADOTADAS .......................................................................................................... 52
1
1 CONTEXTO
Distúrbios das glândulas sudoríparas, como hiperidrose e bromidrose, são comuns
e podem ter um impacto significativo na qualidade de vida e sobre os aspectos profissionais,
sociais e emocionais dos seus portadores. A hiperidrose que é caracterizada pelo aumento da
secreção de suor, pode ter causa idiopática ou ser secundária à outra doença. Hiperhidrose
palmo-plantar (HPP) é uma desordem caracterizada por transpiração excessiva das superfícies
palmar e plantar (YAMASHITA et al., 2009). Já a bromidrose é causada pela secreção
excessiva de suor associada ao mau cheiro (SEMKOVA et al., 2015).
O pé humano fornece um ambiente ideal para a colonização e crescimento das
bactérias e é um local do corpo associado à liberação de odores. Na hiperidrose plantar, além
da bromidrose, o uso de calçados fechados e meias propiciam infecções fúngicas ou
bacterianas (STEVENS et al., 2015).
A microbiota residente na pele humana mostra grandes diferenças
intraindividuais. Ela é composta, essencialmente, de micrococos, estafilococos aeróbios e
anaeróbios, corineformes, bem como espécies Pityrosporum que, em conformidade com o
meio ambiente em diferentes regiões do corpo, se encontram em estado estacionário. Com o
aumento da idade a microbiota da pele humana sofre mudanças qualitativas: Streptococcus,
que são encontrados em crianças, desaparecem e prevalecem bactérias corineformes, que são
principalmente responsáveis pela produção de odor (KORTING et al., 1988).
A microbiota transitória, constituída por uma variedade de micro-organismos,
coloniza a pele por um período limitado de tempo, ela se adere superficialmente à pele, junto
à gordura e às sujidades e são eliminadas facilmente através da higienização com água e
sabão, diminuindo até 90% o número de micro-organismos pertecentes principalmente à
microbiota transitória. Porém, cerca de oito horas após a lavagem a população bacteriana é
reconstituída pela microbiota residente, a qual é eliminada com uso de antissépticos (COSTA,
2007).
Estafilococos estão presentes em maior número do que corinebactérias, aeróbias e
anaeróbias e cocos Gram-positivos. Estes microorganismos predominam na região plantar em
relação aos sítios dorsais, como também, há maiores níveis nesta região, de ácidos graxos
voláteis, que contribuem para o odor do pé (LOSCERTALES et al., 2004).
O odor do pé é proveniente do ácido isovalérico, que é produzido quando
Staphylococcus epidermidis, espécie residente da microbiota cutânea, degrada leucina
presente no suor. A condição é agravada pela falta de higiene ou por distúrbios que
2
promovem o crescimento excessivo de bactérias incluindo o diabetes, intertrigo, eritrasma e
obesidade (SEMKOVA et al., 2015).
O uso de calçado pode favorecer as infecções bacterianas e fúngicas Alguns
procedimentos e produtos para higienizar o interior de sapatos são importantes na prevenção
primária contra infecções do pé e odor desagradável (MESSINA et al., 2015).
Os hábitos de higiene têm aspectos culturais e é uma preocupação diária na vida
das pessoas. O Brasil, um país tropical, se destaca no mundo como o maior consumidor de
desodorantes (SEBRAE, 2012).
Os desodorantes são produtos aplicados topicamente e contêm agentes
antimicrobianos, que inibe o crescimento bacteriano e evita, portanto, o cheiro desagradável
da secreção dos compostos microbianos (KLASCHKA, 2012).
O triclosan, conhecido comercialmente como Irgasan ou Irgacare, é uma das
substâncias antissépticas mais empregadas neste tipo de produto de higiene pessoal.
Desenvolvido por Ciba Geigy, o triclosan é ativo contra um amplo espectro de micro-
organismos, principalmente contra Gram-positivos e apresenta menor atividade contra Gram-
negativos, entretanto já foram comprovados os efeitos deletérios para a saúde humana
(BENOHANIAN, 2001; KAYE, 2000).
Como o triclosan é um agente antimicrobiano comumente detectado em efluentes
de estação de tratamento de esgoto e abastecimento de água foi evidenciada uma associação
entre essa substância e o aumento da resistência aos antibióticos como β-lactâmicos,
aminoglicosídeos, cloranfenicol, ampicilina, tetraciclina, isoniazida e quinolonas. Ainda
foram encontradas espécies resistentes, o que aumenta a preocupação do uso indiscriminado
desse agente antisséptico no desenvolvimento de resistências bacterianas (BUTTLER et
al.,2012; LIO e KAYE, 2011).
A busca por hábitos saudáveis, o difícil tratamento de certas doenças e a
resistência microbiana fizeram com que a cultura do uso de plantas e de outras fontes naturais
com propriedades terapêuticas fosse valorizada pela sociedade do mundo inteiro
(MACHADO et al., 2013).
A partir do conhecimento das plantas medicinais surgiram os medicamentos
fitoterápicos. A fitoterapia, phyton (planta) e therapia (tratamento), é descrita como prática
antiga, que vem crescendo mundialmente entre os programas preventivos e curativos,
estimulando pesquisas com extratos de plantas na busca por novos produtos com maior
atividade terapêutica, baixo custo, biocompatibilidade e menor toxicidade. Os fitoterápicos
são medicamentos regulamentados no Brasil que devem apresentar critérios similares de
qualidade e segurança aos convencionais. São obtidos a partir de substâncias vegetais que
3
funcionam como princípio ativo, utilizadas nas mais variadas fórmulas, como cápsulas,
comprimidos, géis e pomadas (PINTO et al., 2013).
Apesar de alguns óleos essências já serem conhecidos devido às suas propriedades
antibacterianas, antifúngicas, antivirais e antioxidante, o recente aumento do interesse no
consumo de produtos naturais ocasionou interesse científico sobre eles. Várias plantas
medicinais contêm óleos essenciais que inibem significativamente um amplo espectro de
micro-organismo, podendo ser usados na fabricação de sabonetes, produtos de higiene e
desodorantes (FERNANDES et al.,2013).
Óleos essenciais são utilizados nas doenças infecciosas para contornar a crescente
resistência de microrganimos patogênicos e os severos efeitos colaterais provocados pelas
drogas sintéticas. As propriedades antioxidantes e antibacterianas dos extratos fitoquímicos
tornam os medicamentos complementares uma alternativa atraente (LANG e BUCHBAUER,
2012; AL-ABD et al., 2015).
A maioria dos óleos essenciais é obtida por destilação a vapor ou por
hidrodestilação. Os óleos voláteis são vaporizados quando a matéria que os contem é
submetida a uma corrente de vapor, e a mistura dos vapores de óleo e água ao se condensar
separa-se em camadas, pela diferença de densidade (KOKETSU e GONÇALVES, 1991).
O óleo essencial da planta Cymbopogon citratus (C. citratus), que no Brasil é
conhecido popularmente como capim-cidrão ou capim santo, é usado na aromoterapia e são
comprovadas diversas propriedades farmacológicas, como antibacteriana, antifúngica, anti-
inflamatória, antioxidante, entre outras (SHAH et al., 2011).
O óleo essencial extraído de C. citratus contém o citral, composto da mistura dos
isômeros geranial e neral, como principal componente, além do limoneno, citronelal, mirceno
e geraniol. As atividades antimicrobianas e antifúngicas do óleo essencial de C. citratus foram
atribuídas ao citral (GUERRA et al., 2000).
C. citratus é uma erva amplamente utilizada em países tropicais. As condições
climáticas ideais para o seu desenvolvimento são calor e clima úmido com exposição solar e
chuvas uniformemente distribuídas (ORTIZ et al.,2002).
O óleo essencial dessa planta demonstrou potencial para o tratamento de infecções
fúngicas e inflamação da pele (BOUKHATEM et al., 2014). O óleo teve excelente atividade
antimicrobiana contra Bacillus cereus, Staphylococcus epidermidis e Streptococcus
pneumoniae e exibiu efeito inibidor contra Bacillus subtilis e fungos (MAHBOUBI e
KAZEMPOUR, 2012).
Bactérias Gram-positivas demonstraram uma maior sensibilidade ao óleo
comparada com as Gram-negativas. Estas bactérias mostraram uma alta resistência a
4
diferentes antibióticos, porém foram inibidas com utilização de concentrações maiores do
Cymbopogon citratus (TZORTZAKIS et al.,2007).
Cosméticos são produtos para uso externo; destinados à proteção, ou ao
embelezamento das diferentes partes do corpo, tais como pós faciais, talcos, creme para mãos
e similares, soluções leitosas, óleos cosméticos, entre outros. Produto de higiene é para uso
externo; antisséptico ou não, destinado ao asseio ou à desinfecção corporal, como sabonete,
desodorante, antiperspirante, e outros (farmacopeia). Apesar dos desodorantes pertencerem à
categoria de produto de higiene pessoal pela ANVISA, são considerados por muitos como
cosméticos por promover atratividade e aceitação social, mascarando o odor sem afetar a
estrutura e a função corporal (MCGRATH, 2009).
Para tratamento da bromidrose há talcos disponíveis no mercado a base de enxofre
e ácido bórico, talco cuja formulação contém o antisséptico triclosan e talco contendo a
substância natural cumarina.
O talco comercial a base de enxofre e ácido bórico, criado em 1903, foi um dos
primeiros produtos a ser registrado no Brasil, tendo no seu registro a assinatura de Oswaldo
Cruz. Extremamente eficaz no combate aos odores da transpiração, brotoejas e assaduras, ele,
hoje, ainda é o único talco no mercado que combina as ações antisséptica, antibacteriana,
fungicida, secativa e desodorante (GRANADO®).
Devido aos efeitos toxicológicos de alguns compostos sintéticos presentes nas
formulações, 94% dos consumidores brasileiros buscam ingredientes naturais em produtos
cosméticos e de higiene pessoal (MARIENHAGEN e BOTT, 2012).
As doenças infecciosas causadas por micro-organismos são uma das principais
causas de morbidade e mortalidade. Embora existam vários antibióticos desenvolvidos para
gerenciar essas doenças, sua má gestão e má administração, bem como mutação microbiana
têm levado ao surgimento de cepas resistentes aos medicamentos (AL-ABD et al., 2015)..
Apesar de não ser considerada doença grave, a bromidrose é acompanhada por um
importante impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes do ponto de vista físico,
psicológico, social, afetivo, educacional, profissional, assim como nas atividades esportivas
ou de lazer, com consequências na personalidade do indivíduo, principalmente na infância e
na adolescência (FIORELI et al., 2011).
Considerando o que foi exposto sobre a bromidrose e sobre os efeitos deletérios
de substâncias antimicrobianas sintéticas, ressalta a necessidade de buscar novos produtos
antimicrobianos provenientes de fontes naturais para tratar e prevenir a bromidrose.
5
2 OBJETIVO
Desenvolver um talco antisséptico fitoterápico de Cymbopogon citratus e
comparar com o talco comercial antisséptico a base de enxofre e ácido bórico quanto ao odor
e atividade antimicrobiana nos pés.
6
3 MÉTODOS
3.1. Desenvolvimento do Produto
3.1.1. Extração
As plantas de Cymbopogon citratus foram cultivadas no Laboratório de Botânica da
Univás no período de agosto de 2016 a fevereiro de 2017, em Pouso Alegre-MG (figura 1).
Observou-se que o período de cultivo da planta e a coleta das folhas foram de
aproximadamente seis meses após o plantio.
Figura 1: Cultivo da planta Cymbopogon citratus no Laboratório de Botânica da Univás.
O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação das folhas pelo método do arraste a
vapor em aparelho do tipo Clevenger modificado no Laboratório de Botânica da Univás, no
mês de fevereiro de 2017 (figura 2).
Para a extração de 100 mL de óleo foram colhidos 15 kg de folhas frescas da
planta e transferidas para um triturador. A planta triturada foi acondicionada no balão de
destilação e aquecida até o ponto de ebulição sendo refrigerado para a condensação. No funil
de separação foi extraído o hidrolato e óleo essencial. A seguir o óleo essencial foi
acondicionado em frasco de vidro de coloração âmbar.
7
Figura 2: Extração do óleo essencial de C. citratus por arraste a vapor.
3.1.2. Manipulação do produto
O óleo essencial foi encaminhado para uma farmácia de manipulação para o
desenvolvimento do talco de Cymbopogon citratus a 5%. Na formulação foi acrescido como
coadjuvantes óxido de zinco na concentração de 3% e ácido salicílico na concentração de 1%,
para potencializar o efeito antimicrobiano. Estas concentrações foram estabelecidas após
testes executados nas concentrações com óleo essencial a 10% e observado que não houve
diferença com relação a atividade antimicrobiana do talco com óleo essencial na
concentração a 5%. O produto foi acondicionado em talqueira de 100g.
3.1.3. Teste in vitro
Após o desenvolvimento do produto foram realizados testes in vitro comparando-
o com produtos comerciais populares disponíveis no mercado.
Teste de Difusão em Agar: O micro-organismo proveniente da coleção de micro-
organismos norte americana ATCC - American Type Culture Collection foi submetido ao
teste de suscetibilidade utilizando o método de difusão em Agar conhecido como Kirby-Bauer
(CLSI, 2006). Este é um método físico, no qual um micro-organismo é desafiado contra uma
substância biologicamente ativa em meio de cultura sólida e relaciona o tamanho da zona de
inibição de crescimento do micro-organismo desafiado. Este método é aceito pelo FDA (Food
and Drug Administration) e estabelecido como padrão pelo CLSI, M2A9 (CLSI, 2006)..
A cepa testada foi o S. aureus (ATCC: 25923). Para o inoculo, com o auxílio de
uma alça em anel, foi transferido uma pequena quantidade do micro-organismo, com 24 horas
de crescimento em estufa bacteriológica a 37ºC, para um tubo com solução de NaCl 0,9%
8
estéril de forma a obter uma turbidez na escala 0,5 de McFarland. Com os devidos cuidados
técnicos, o swab foi embebido nesta suspenção, eliminando o excesso de líquido por
compressão nas paredes do tubo e espalhado uniformemente na superfície do Agar, de
maneira a cobri-lo por inteiro.
Com uma pinça flambada e resfriada e o bico de Bunsen aceso, foi colocado, cada
produto em uma placa de Petri. O produto foi colocado no local ocupando uma área que
variou entre 7 e 9 mm, utilizou-se a metodologia de antibiograma. A placa foi fechada e
incubada a 37º C por 24 horas. Após este momento foi feita a análise da presença e tamanho
dos halos formados. Os halos foram medidos, em milímetro (mm), com o auxílio de uma
régua.
3.2. Ensaio clínico
3.2.1 Delineamento do Estudo
Foi realizado um estudo individual, analítico, interventivo, prospectivo, do tipo
ensaio clínico controlado, randomizado, triplo cego com voluntários sadios.
3.2.2 Local do Estudo
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais –
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes e Laboratório de Pesquisas Básicas da Universidade
do Vale do Sapucaí - Unidade Central.
3.2.3 Período do Estudo
As coletas de dados foram realizadas no mês de maio a junho de 2017.
3.2.4 Aspectos Éticos
Na condução deste estudo foram observadas e seguidas as determinações da Resolução
466/12, do Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre diretrizes e normas que regulamentam a
pesquisa envolvendo seres humanos. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Vale do Sapucaí, sob o parecer número 1.601.228 (Anexo 1).
3.2.5 Amostra, Amostragem e Cálculo Amostral
A amostra foi constituída por estudantes do curso técnico em Agropecuária do
IFSULDEMINAS - Campus Inconfidentes.
9
Como não foi encontrado na literatura nenhum estudo que avaliasse a atividade do
óleo essencial de C. citratus para tratamento da bromidrose, que permitisse usar dados para o
cálculo do tamanho da amostra, foi realizado um estudo piloto com 20 estudantes divididos
em dois grupos; 10 utilizando o talco a base de C. citratus e 10 utilizando o talco comercial a
base de enxofre e ácido bórico. Amostragem foi probabilística, aleatória simples.
Para o cálculo, foi utilizado o desfecho primário do estudo. Utilizou um desvio-
padrão de 2,0, uma diferença de 1,25 entre o valor real da população e o valor de hipótese,
com um poder de teste de 95,27% e considerando um nível de significância de 5% (Apêndice
1). O número da amostra foi de 59 estudantes.
3.5 Critérios de elegibilidade
Critérios de Inclusão: estudantes do ensino médio integrado de Agropecuária
que fazem uso de sapatos fechados durantes suas atividades práticas, que aceitaram participar
da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 2) e para os
menores de idade o termo de Assentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 3).
Critérios de não inclusão: estudante com história antecedente de processos
alérgicos em geral. Uso de produtos nos pés por um período inferior a 48 horas e recusa em
participar da pesquisa.
Critérios de exclusão: retirada do TCLE, não utilização do talco durante os 15
dias de estudo. Estudantes que não compareceram para a coleta da amostra no 15º dia.
3.6 Seleção
A pesquisadora passou nas salas de aula do curso técnico de agropecuária,
explicou sobre a pesquisa e convidou todos os estudantes a participarem, os que se
interessaram dirigiram para sala ao lado, local onde foram coletados os dados.
O estudante que preencheu os critérios de inclusão, foi alocado através de uma
tabela de números aleatórios (Apêndice 4) gerada pelo site http://www.randomization.com,
para o Grupo I ou para Grupo II.. Envelopes opacos foram numerados e dentro dos envelopes
foi introduzido um cartão com o escrito "grupo I, para os números gerados aleatoriamente
pelo computador. Os outros números complementares formaram o "grupo II". O sigilo de
alocação foi garantido pelo uso de envelopes opacos e lacrados, preparados e mantidos pela
orientadora da pesquisa. Foram alocados 30 estudantes para o Grupo I e 29 para Grupo II.
Grupo I : Cymbopogon citratus
10
Grupo II : Talco comercial
3.7 Procedimentos
O estudante após ter sido esclarecido sobre a pesquisa, respondeu as perguntas da
Ficha de Avaliação da Pesquisa (Apêndice 5) e classificou o seu tipo de pele segundo a
classificação de fototipos cutâneos de Fitzpatrick (Anexo 2).
A escala Fitzpatrick foi criada em 1976 pelo médico norte-americano Thomas B.
Fitzpatrick. Ele classificou a pele em fototipos de um a seis, a partir da capacidade de cada
pessoa em se bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol (SBD,
2016) (Anexo 2).
3.7.1 Avaliação do odor
A intensidade de odor foi avaliada por três examinadores, pela pesquisadora, por
dois estudantes do programa de iniciação científica da FAPEMIG PROBIC/UNIVAS e pelo
estudante voluntário da pesquisa utilizando uma Escala de Magnitude Rotulada (Labeled
Magnitude Scale – LMS) (anexo 3). A LMS é uma escala semântica de intensidade
perceptiva, caracterizada por um espaçamento quase logarítmico com os rótulos de
intensidade nas seguintes posições: à 0,3 cm - quase não detectável; 1,2 cm - Fraco; 3,4 cm -
Moderado; 7,1 cm - Forte; 10,7 cm - Muito Forte e 20 cm - O mais forte imaginável. Esta
escala pode ser usada para dimensionar sensações de sabor e cheiro (GREEN et al, 1993).
Foi solicitado ao estudante que retirasse o calçado do pé direito, três avaliadores
cheiraram a planta dos pés. Após o registro da classificação do odor segundo a escala LMS
solicitou ao estudante voluntario da pesquisa que cheirasse o próprio pé e apontasse na escala
o rótulo para o odor. Os resultados foram registrados no Protocolo de respostas dos
voluntários e examinadores da pesquisa (Apêndice 6).
Os estudantes foram aleatoriamente alocados para o grupo I ou II, no qual
receberam o talco de Cymbopogon citratus ou o talco comercial a base de enxofre e ácido
bórico para aplicação diária nos pés, de manhã e a noite, sendo de manhã antes de calçar os
sapatos e a noite após o banho e secagem dos pés. Ambos os talcos foram acondicionados em
talqueira de 100gr sem rótulo e do mesmo modelo para garantir o cegamento do estudo
(Figura 3). Todos os estudantes foram orientados a não molharem os pés após o uso do talco,
não usarem outros produtos durante período do experimento, manterem a rotina de higiene
pessoal e não usarem o talco no dia da segunda coleta.
11
Os próprios estudantes, os três examinadores e o estatístico não sabiam qual talco
foi utilizado.
Figura 3: Talqueira contendo talco de C. Citratus
ou talco Comercial fornecida aos estudantes do IFSULDEMINAS
do curso técnico integrado de agropecuária.
3.7.2 Coleta das amostras
A coleta de material para estudo microbiológico foi realizada em dois momentos,
no primeiro dia e após quinze dias do uso do talco para ambos os grupos.
Amostras para cultura microbiana foram obtidas em uma sala reservada e de
atendimento individualiza do IFSULDEMINAS, campus Inconfidentes, no 1o e 15º dia. Para a
coleta da amostra foi padronizado a coleta sempre no pé direito dos estudantes.
Um swab estéril embebido em solução salina foi passado, de forma padronizada,
sobre a área padrão de 2 cm², determinada por um campo fenestrado de papel filtro estéril
colocado na planta dos pés (Figura 4). Este swab foi acondicionado em um tubo estéril
contendo 1 mL de solução salina. A planta dos pés foi o local escolhido devido a sua
anatomia plana podendo medir a quantidade de colônias por centímetro quadrado,
Os tubos foram acondicionados em caixa térmica e encaminhados para análise
microbiológica.
Figura 4: Coleta de amostra de pele para cultura microbiana do
pé direito dos estudantes do curso técnico de agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes.
12
3.7.3. Avaliação microbiana
Os tubos contendo os swabs foram encaminhados ao laboratório de Pesquisas
Básicas da Faculdade de Ciências da Saúde da Univás para cultura em ágar hipertônico
manitol, seletivo para Staphylococcus spp.
Para a análise, cada swab foi homogeneizado em agitador automático da marca
PHOENIX, modelo AP56, tipo vortex (Fabricante: Luferco, Brasil) por um minuto com oito
pérolas de vidro estéreis que favorecem a remoção de micro-organismos do swab para a
solução. Após a homogeneização do tubo, foram semeados 50 µL da solução em placas
contendo o meio de cultura Plate Count Agar – Standart Methods Agar (PCA) e espalhados
por toda a superfície com auxílio de uma alça de Drigalski (SILVA et al., 2001).
Após a semeadura das amostras, as placas foram colocadas na estufa a uma
temperatura de 35ºC por um período de 48 horas (McDONALD et al., 2001; WONG et al.,
2004). Após esse período, as unidades formadoras de colônias (UFC/cm2) foram contadas e
foi convertido o valor final em UFC/mL. A coloração das placas também foi observada. As
colônias que apresentaram coloração amarelada, fermentação positiva, indicaram presença de
Staphylococcus coagulase positivo e aquelas que mantiveram a coloração do meio, indicaram
presença de Staphylococcus coagulase negativo.
3.8 Análise estatística
Os dados coletados foram tabulados em um banco de dados construído a partir do
programa Microsoft Excel®. As análises descritivas foram obtidas para variáveis quantitativas,
por meio de medidas de tendência central, média, mediana e de dispersão (desvio padrão).
A análise estatística dos dados foi realizada por meio do software MINITAB
utilizando o Teste de Fisher para comparação de médias, Two Proportion para análise de
proporções, Mann-Whitney, Teste de Kruskal-Wallis qui-quadrado, todos com o nível de 95%
de confiabilidade e 5% de significância.
13
4 RESULTADOS/ PRODUTO
O produto a base de Cymbopogom citratus foi comparado com três talcos
disponíveis no mercado (Tabela 1).
Tabela 1: Medida do halo de inibição em milímetros do talco de C. citratus e dos talcos
comerciais frente à cepa padrão ATCC do Staphylococcus aureus
Produto Área do
produto
Halo de
inibição PZ Resultado Classificação
Talco comercial a base de enxofre e ácido bórico A 8 21 0,38 Positivo 2º
Talco comercial com triclosan B 9 60 0,15 Positivo 1º
Talco comercial a base de cumarina C 7 12 0,58 Positivo 4º
C. citratus 5% Oxido de zinco 3% Ac. Salicílico 1% D 8 20 0,4 Positivo 3º
Talco farmacêutico E 8 8 1 Negativo 6º
Oxido de zinco 3% + Ac. Salicílico 1% F 7 7 1 Negativo 6º
Óleo de C. citratus 5% + Talco Farmacêutico G 7 10 0,7 Positivo 5º
C. citratus 10% Oxido de zinco 3% Ac. Salicílico 1% H 8 20 0,39 Positivo 3º
Legenda: PZ: diâmetro da área que o produto ocupou no meio de cultura pelo diâmetro do halo de
inibição.
De acordo com a tabela 1 e figura 5, pode se notar que o talco comercial a base de
enxofre e ácido bórico, apresentou atividade antimicrobiana satisfatória, com halo de inibição
de 21 mm frente à cepa padrão ATCC do Staphylococcus aureus, sendo inferior ao Talco
comercial com triclosan com halo de inibição de 60 mm (figura 6). O talco comercial a base
de cumaria foi o que apresentou menor atividade antimicrobiana com halo de inibição de 12
mm (Figura7). O talco de C. citratus a 5% com 3% de óxido de zinco e 1% de ac. salicílico
apresentou potencial antimicrobiano, halo de 20 mm (figura 8), sendo menor que o talco
comercial com triclosan e igual ao talco comercial a base enxofre e ácido bórico.
Figura 5: Produto A – Talco a base de enxofre e ácido bórico
14
Figura 6: Produto B - Talco com triclosan
Figura 7: Produto C - Talco a base de Cumarina
Figura 8: Produto D – Talco a base de Óleo essencial de C. Citratus
a 5 % + Óxido de Zinco a 3% + Ac. Salicílico a 1%.
Foram realizados testes com talco farmacêutico QSP (figura 9), óxido de zinco e
ácido salicílico (figura 10), observou-se que não houve eliminação de micro-organismos, não
atribuindo propriedade antisséptica a estes produtos.
15
Figura 9: Produto E - Talco farmacêutico QSP
Figura 10: Produto F- Óxido de zinco a 3% + Ac. Salicílico a 1%
Quando avaliada a inibição pelo talco de C. citratus a 5%, sem adição de óxido de
zinco e ac. salicílico, em relação às cepas de Staphylococcus aureus (figura 11), observou-se
um halo de 10 mm, menor com relação ao talco de C. citratus a 5% com 3% de óxido de
zinco e 1% de ac. Salicílico, com halo de inibição de 20 mm.
Figura 11: Produto G - Talco a base de Óleo essencial de C. Citratus a 5%
16
O halo de inibição para o talco a base de Óleo essencial de C. Citratus a 10 % +
Óxido de Zinco a 3% + Ac. Salicílico a 1%, foi de 20 mm (figura 12).
Figura 12: Produto H – Talco a base de Óleo essencial de C. Citratus
a 10 % + Óxido de Zinco a 3% + Ac. Salicílico a 1%.
No grupo controle sem adição de talco não houve formação do halo de inibição
(figura 13).
Figura 13: Grupo Controle com cepa padrão de S. aureus sem a presença de produto.
No desenvolvimento da formulação, obteve-se um talco antisséptico de aspecto
límpido, levemente amarelado e com odor cítrico forte. A concentração do óleo optada para o
desenvolvimento do talco foi de 5%, para potencializar o efeito antimicrobiano foi acrescido
3% de Óxido de Zinco e 1% de Ac. Salicílico (figura 14).
Dentre os 90 voluntários convidados a participar do estudo, 59 aceitaram
participar, participando 30 voluntários no grupo 1 – C. citratus e 29 no grupo 2 –Talco
Comercial houve 4 perdas, sendo avaliados 55 estudantes voluntários (Figura 14).
17
Figura 14: Diagrama CONSORT – Fluxo de estudantes voluntários do estudo
Neste estudo não houve diferença estatisticamente significante em relação à média
de idade entre os grupos avaliados através do Teste de Fisher (p = 0,116) como observado na
tabela 2.
Tabela 2: Distribuição etária dos estudantes voluntários da pesquisa do curso técnico de
agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes.
Para a análise do gênero foi utilizado o Teste de Proporções Binomiais (teste
exato de Fisher) com significância estatística de p≤0,05. Não houve diferença estatisticamente
Idade Mediana Média
Desvio
Padrão Valor de p
Geral (n=55) 15-21 16 16,418 1,197
Grupo C. citratus (n=26) 15-18 16 16,154 0,967 0,116
Grupo Talco Comercial (=29) 15-21 16 16,655 1,344
Avaliados para elegibilidade (n=90)
Não inclusão: n=31
Aleatorizados: n=59
INCLUSÃO DE
SUJEITOS
ALOCAÇÃO
Grupo 1 – C. citratus n=30
Receberam intervenção n=30 Grupo 2 - Talco Comercial n=29
Receberam intervenção n=29
SEGUIMENTO
Perda de seguimento n=4 Perda de seguimento n=0
ANÁLISE
Analisados n=26 Analisados n=29
18
significante entre o gênero masculino (p = 0,790) e entre o gênero feminino (p = 0,790) nos
grupos analisados (Tabela 3).
Tabela 3: Gênero dos estudantes voluntários da pesquisa do curso técnico de agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes.
A maioria dos estudantes, 30,76% classificaram o seu tipo de pele como sendo o
tipo III (Figura 15), segundo a classificação dos fototipos cutâneos, na escala Fitzpatrick. O
tipo III é a pele morena clara, queima (moderadamente), bronzeia (moderadamente) e tem
sensibilidade normal ao sol.
Figura 15: Fototipos de pele dos estudantes de agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes.
Evidenciou-se neste estudo que os estudantes fazem uso de sapatos fechados por
tempo prolongado, 49,09% utilizam sapatos fechados por 8 horas diárias (Figura 16) e
38,18% dos estudantes fazem uso de sapatos por sete dias na semana (Figura 17).
Gênero Masculino
(n = 22)
Feminino
(n= 17)
Geral 52,72% 47,27%
Grupo C. citratus 50,00% 50,00%
Grupo Talco Comercial 55,17% 44,83%
Valor de p 0,790 0,790
19
49,0909
34,5455
5,45455 5,45455
1,81818 1,81818 1,81818
0
10
20
30
40
50
60
8h 12h 10h 6h 13h 14h 9h
Pe
rce
ntu
al
Horas de uso de sapato fechado
Figura 16: Horas de uso de sapatos fechados por dia pelos estudantes de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes.
Figura 17: Quantidade de dias na semana que os estudantes de agropecuária do
IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes usam sapatos fechados.
Conforme mostra a Tabela 4, a intensidade do odor no gênero feminino foi igual à
intensidade encontrada no gênero masculino (p= 0,8506). O Teste de Mann Whitney foi
utilizado com significância estatística de p≤0,05.
20
Tabela 4: Intensidade do odor segundo escala LMS separada por gênero dos estudantes de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes
Para avaliação da relação da intensidade do odor e os fototipos de pele, foi realizado o
teste de Kruskal-Wallis (Tabela 5). Observou-se que houve diferença estatisticamente
significante (p= 0,015). A intensidade do odor foi menor para o fototipo de pele I, Pele branca
– sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol (Anexo 2).
Tabela 5: Intensidade do odor segundo escala LMS separada por fototipos de pele dos
estudantes de Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes
Para a análise da intensidade do odor, atribuída pelos três avaliadores segundo a
escala LMS antes da aplicação dos talcos, foi utilizado o Teste de Mann Whitney com
significância estatística de p≤0,05 (Tabela 6). Não houve diferença entre a intensidade do
odor nos grupos avaliados (p= 0,9564).
Tabela 6: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos examinadores antes da
aplicação dos talcos
Para a análise da intensidade do odor, atribuída pelos três avaliadores segundo a
escala LMS após aplicação dos talcos, foi utilizado o Teste de Mann Whitney com
Gênero Mediana Média Desvio Padrão p
Feminino (n= 17) 3,4 3,860 3,037
0,8506 Masculino(n= 22) 3,4 3,934 2,871
Fototipos de Pele Mediana Média Desvio Padrão Valor de p
I 1,2 2,085 1,72
0,015
II 3,4 4,470 3,06
III 3,4 4,103 3,45
IV 3,4 1,129 2,82
V 3,4 3,892 2,39
Mediana Média Desvio Padrão Valor de p
Grupo C. citratus 3,4 3,728 2,696
0,9564
Grupo Talco Comercial 3,4 4,030 3,461
21
significância estatística de p≤0,05 (Tabela 7). Não houve diferença entre a intensidade do
odor nos grupos avaliados (p= 0,1041).
Tabela 7: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos examinadores após aplicação
dos talcos nos estudantes de Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes
Segundo os avaliadores houve redução na escala LMS de 3,4cm (odor moderado),
antes da utilização dos talcos (tabela 6), para 1,2, odor fraco, após o uso dos dois produtos
(tabela 7) pela análise da mediana para ambos os produtos (C. citratus p= 0,000) e (Talco
comercial p= 0,000).
Para avaliação do grau de concordância nas respostas, obtidas pelos avaliadores,
com relação à intensidade do odor foi realizado o teste de Kruskal-Wallis. Observou-se que
não houve diferença entre os avaliadores (p= 0,285).
A análise da intensidade do odor, atribuída pelo próprio estudante voluntário da
pesquisa, antes da utilização dos talcos, foi realizada através do Teste de Mann Whitney com
significância estatística de p≤0,05 (Tabela 8). Pode-se observar que não houve diferença
estatisticamente significante entre a intensidade do odor encontrada nos grupos avaliados (p=
0,7786).
Tabela 8: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos estudantes voluntários de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentesantes da aplicação dos talcos
Observa-se que houve diferença estatisticamente significante entre a intensidade
do odor, atribuída pelo próprio estudante voluntário após o uso dos talcos (p= 0,0156) nos
grupos analisados através Teste de Mann Whitney (Tabela 9).
Mediana Média Desvio Padrão Valor de p
Grupo C. citratus 1,2 1,699 1,724
0,1041
Grupo Talco Comercial 1,2 2,355 2,334
Mediana Média Desvio Padrão Valor de p
Grupo C. citratus 3,4 3,938 2,166
0,7786
Grupo Talco Comercial 3,4 3,928 2,585
22
Tabela 9: Intensidade de odor pela escala LMS avaliada pelos estudantes voluntários de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes após aplicação dos talcos
Verifica-se através das medianas que a intensidade do odor diminuiu após o uso
do talco no Grupo C. citratus, passando de odor moderado (3,4 na escala LMS) (tabela 8) para
odor fraco (1,2 na escala LMS) (tabela 9) (p= 0,004). Para o Grupo Talco Comercial não
houve redução estatisticamente significante (p= 0,1027) após uso desse talco.
Pode-se observar através da figura 18 que a dispersão entre os pontos de
intensidade de odor pela escala LMS, para o grupo C. citratus foi, menor que para o grupo
Talco Comercial.
Figura 18: Dispersão dos pontos de intensidade de odor pela escala LMS dos estudantes de
Agropecuária do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes
Os resultados da contagem de UFC no pé direito dos estudantes encontram-se na
Tabela 10. Os grupos foram analisados através do Teste de Kruskal-Wallis qui-quadrado com
significância estatística de p≤0,05. Não houve diferença estatisticamente significante antes
Mediana Média Desvio Padrão Valor de p
Grupo C. citratus 1,2 2,323 1,498
0,0156
Grupo Talco Comercial 3,4 2,979 2,261
0
2
4
6
8
10
12
0 10 20 30 40 50 60
Grupo C. citratus Grupo Talco Comercial
LM
S
23
(p= 0,1567) e após (p = 0,3156) da utilização do talco na contagem de colônias entre grupos
avaliados.
Tabela 10: Contagem de UFC antes e após o uso dos talcos nos estudantes de Agropecuária
do IFSULDEMINAS Campus Inconfidentes
Entretanto, verifica-se através das medianas que a contagem de UFC reduziu após
o uso do talco no Grupo C. citratus (p= 0,001) e do Grupo Talco Comercial (p= 0,003)
(tabela 10).
Ao analisar o potencial de redução, calculado através das medianas, conclui-se
que a redução para o grupo C. citratus foi de 98,5% enquanto para o grupo Talco Comercial
foi de 92,0%.
Avaliou-se a presença de Staphylococcus coagulase positivo e a presença de
Staphylococcus coagulase negativo através do crescimento em meio de ágar Manitol
Hipertônico e da coloração do meio de cultura nas placas (figura 19).
Figura 19: Teste de manitol Hipertônico para avaliação da presença de Staphylococcus
coagulase positivo (a) e Staphylococcus coagulase negativo (b)
Através do teste Two Proportion verificou-se que não houve redução
estatisticamente significante para os dois tipos de Staphylococcus entre os grupos analisados
(Tabela 11).
Grupo Antes Depois Após
Mediana Média p Mediana Média p
Grupo C. citratus 565000 1008250 0,1567
8800 37912 0,3156
Grupo Talco Comercial 59000 572066 4700 93314
B A
24
Tabela 11: Presença de Staphylococcus coagulase positivo e Staphylococcus coagulase
negativo antes e após aplicação dos talcos.
Para o produto desenvolvido, foi criado o nome comercial de Phytotalco®, elaborado
rótulo contendo orientações e a composição do talco (figura 20).
Figura 20: Talco desenvolvido a base de C. citratus com rótulo e nome comercial
Grupo Antes Depois Após
Staphylococcus
coagulase (+)
Staphylococcus
coagulase (-)
Staphylococcus
coagulase (+)
Staphylococcus
coagulase (-) p
Grupo C.
citratus 18 8 18 8 1,000
0,776 Grupo Talco
Comercial
17 9 15 11
25
5 DISCUSSÃO
De acordo com os resultados obtidos neste estudo, o produto formulado com 5%
de óleo essencial de C. Citratus, 3% de Óxido de Zinco e 1% Ac. Salicílico demonstrou ação
antimicrobiana frente ao Staphylococcus aureus.
No estudo de Srivastava (2015) foi investigada a atividade antibacteriana in vitro
de 16 óleos essenciais por método de difusão de disco contra duas bactérias Gram positivas,
Bacillus subtilis e Staphylococcus aureus, e duas bactérias Gram negativas, Shigella flexneri e
Escherichia coli. Os óleos de Cymbopogon citratus e Ocimum basilicum apresentaram maior
atividade antibacteriana. As bactérias gram positivas foram mais sensíveis do que Gram
negativas (SRIVASTAVA, 2015). No presente estudo o talco de C. citratus mostrou inibição
frente à cepa de S. aureus em teste in vitro.
Foi testado o talco com a concentração de óleo essencial de C. Citratus a 10%,
entretanto essa concentração não apresentou diferença no tamanho do halo com relação à
formulação com 5% do óleo essencial. Como adjuvantes foram acrescidos Óxido de Zinco e
Ac. Salicílico, ambos, isoladamente, não apresentaram atividade antimicrobiana.
O óxido de zinco e o ácido salicílico são componentes de muitos produtos
dermatológicos, o óxido de zinco tem como propriedades no tratamento de lesões cutâneas:
proteção, leve adstringência, fraco poder antisséptico e ausência de toxicidade. O ácido
salicílico é considerado um ácido fraco, solúvel em água, com atividade anti-inflamatória e
antimicrobiana (BOOTH, 1977; SHOU et al., 2009).
Ao comparar o potencial antimicrobiano dos produtos disponíveis no mercado
para tratamento da bromidrose e do talco a base de óleo essencial de C. citratus a 5%,
verificou-se que a atividade antimicrobiana do talco comercial contendo triclosan é superior
com relação a todos os outros, essa diferença pode ser justificada pela presença do
antisséptico sintético na sua formulação.
O triclosan é um derivado fenólico que tem ação antimicrobiana por meio da
difusão do produto na parede celular, inibindo a síntese de membrana, ácido ribonucléico,
lipídeos e proteínas, e ocasionando inibição ou morte do micro-organismo (BRASIL, 2008).
Porém, o triclosan tem sido detectado em ecossistemas aquáticos norte-
americanos, aumentando a preocupação com seus potenciais efeitos ecológicos. Um estudo
simulou um córrego artificial e confirmou que a exposição ao triclosan poderia desencadear o
aumento da resistência, e uma alteração notável foi um aumento de seis vezes na população
de cianobactérias (DRURY et al., 2013).
26
Evidências recentes sugerem que o triclosan pode desempenhar um papel no
desenvolvimento do câncer, talvez por sua estrogenicidade ou capacidade de inibir a síntese
de ácidos graxos (DINWIDDIE, 2014).
Pode-se verificar, pelo teste in vitro, que a ação do talco comercial a base de
enxofre e ácido bórico é semelhante à ação do talco fitoterápico desenvolvido neste estudo,
devido a esse resultado e pelo fato de na sua formulação não haver substância antisséptica
sintética, assemelhando se ao talco de C. citratus, optou-se por testar e comparar, in vivo, a
ação deste talco comercial e do talco de C. citratus.
Observou no presente estudo que não houve relação de odor e gênero. A
intensidade de odor encontrada foi a mesma para o gênero feminino e gênero masculino.
Entretanto, segundo Semkova e colaboradores (2015) a bromidrose não mostra nenhuma
predileção racial, mas é mais comum em homens e pode se desenvolver em qualquer idade,
incluindo a infância (SEMKOVA et al., 2015).
Considerando se a cor da pele observou se que a intensidade do odor foi menor
para o fototipo de pele I. Entretanto, Hélou e colaboradores (2009), demonstraram que não há
correlação entre os fototipos de pele e a bromidrose (HÉLOU et al., 2009).
Ainda neste estudo verificou-se que os estudantes fazem uso de sapatos fechados
por um longo período de tempo. De acordo com Stevens e colaboradores (2011) na
hiperidrose plantar, além da bromidrose, o uso de calçados fechados e meias propiciam
infecções fúngicas ou bacterianas (STEVENS et al., 2015).
Vale ressaltar que na percepção dos estudantes, voluntários da pesquisa, houve
redução na bromidrose após o uso do talco de C. citratus. De acordo com Klaschka (2012) a
fragrância dos desodorantes mascaram as substâncias odoríferas presentes no suor ao mesmo
tempo em que apresentam atividade biocida (KLASCHKA, 2012).
Alguns óleos essenciais ou alguns de seus componentes têm sido muito utilizados
em cremes, loções, formulações para uso externo no tratamento de doenças de pele ou para o
uso cosmético, devido à ação antimicrobiana, principalmente na inibição de micro-organismo
resistentes (SOLÓRAZANO-SANTOS, MIRANDA-NOVALES, 2012).
Considerando-se a ação do talco de C. citratus frente às bactérias encontradas na
região plantar dos estudantes, observou-se um ótimo potencial de redução.
Tal observação vai de encontro com o que foi demonstrado por Bandson e
colaboradores em um estudo com óleo essencial de Cymbopogon citratus, Cymbopogon
martini, Eucalyptus globulus, e outros óleos incorporados em nanopartículas de prata
biogênicas, onde evidenciou a notável atividade antimicrobiana contra agentes patogênicos
27
presentes na pele de animais. Esses óleos foram usados na formulação de shampoo, sabão e
pomada para dermatologia veterinária (BANSOD et al., 2015).
No estudo de Tofiño-Rivera (2016) o óleo essencial de C. citratus na
concentração de 1% mostrou citoxicidade nula. Aldawsari e colaboradorees (2015) através do
seu estudo experimental demonstraram que não houve irritação da pele com produto tópico a
base de óleo essência de C. citratus (ALDAWSARI et al. 2015; TOFIÑO-RIVERA 2016).
5.1 Aplicabilidade
O Brasil tem uma rica história no uso de plantas medicinais em tratamentos dos
problemas de saúde da população (FIGUEREDO et al., 2014). No âmbito nacional, as plantas
dos biomas brasileiros têm sido utilizadas na medicina tradicional pela população para tratar
uma variedade de doenças (BASTOS et al., 2011). Acredita-se que o cuidado realizado por
meio da utilização das plantas seja favorável à saúde humana desde que o usuário tenha
conhecimento de sua finalidade, riscos e benefícios (BADKE et al., 2012).
Através da confirmação da atividade antimicrobiana do talco de óleo essencial de
C. citratus frente aos principais micro-organismos causadores de mau odor plantar, o presente
trabalho contribui com o conhecimento técnico-científico, imprescindível para o
desenvolvimento de um produto inovador. A comprovação da possível utilização do óleo
essencial de C. citratus em talcos favorece a indústria de higiene pessoal e cosméticos, onde
há necessidade contínua de pesquisas de novos insumos. A utilização de um produto com
ativo antimicrobiano natural aos produtos com triclosan atende as necessidades de um
mercado de produtos sustentáveis e de origem natural.
Devido à crescente procura por novas matérias primas e exploração comercial da
flora aromática, produtos naturais representam um importante nicho de mercado. No entanto,
deve se levar em consideração a exploração dos recursos naturais disponíveis se atentando à
conservação dos ecossistemas, além do fornecimento contínuo de matéria prima. Os óleos
essenciais são biodegradáveis, sendo que muitos de seus constituintes permanecem pouco
tempo no meio ambiente. Não foram descritos bioacumulação e biomagnificação desses
compostos, apesar da possibilidade de ocorrer efeito alelopático ou fitotoxidade (GUBERT,
2011; REGNAULT-ROGER et al., 2012).
O campus de Inconfidentes do IFSULDEMINAS possui uma fazenda escola, com
cursos técnicos e superiores na área agronômica e biológica. Ao pensar neste produto
vislumbrou-se a possibilidade de cultivo da planta de C. citratus e a extração do óleo
essencial na própria instituição e posteriormente uma parceria com uma farmácia de
28
manipulação para a formulação do produto final. Há no campus o setor de atendimento à
saúde dos discentes, com atendimento médico, odontológico e cuidados de enfermagem.
Diversos medicamentos são disponibilizados para tratamento das doenças identificadas e os
talcos de C. citratus também seriam disponibilizados para os alunos que apresentarem
bromidrose.
5.2 Impacto Social
O produto elaborado a base do óleo essencial de Cymbopogon citratus a 5% pode
ser um auxilio na prevenção e tratamento da bromidrose, podendo vir a ser utilizado como
antisséptico tópico pelos estudantes
Cabe ressaltar que o tema desta pesquisa surgiu a partir de queixas ouvidas de
estudantes e professores, principalmente do curso técnico de agropecuária, que exige o uso de
sapatos fechados durante as aulas práticas, os mesmos relatavam que a sala de aula tinha mau
odor advindo dos pés dos estudantes, caracterizando motivo de constrangimento.
A hiperidrose palmoplantar, com ou sem odor ofensivo (bromidrose), pode ter um efeito
devastador sobre a vida de um indivíduo. A condição geralmente começa na infância ou
adolescência e podem ter grande impacto na educação, escolhas profissionais e no
desenvolvimento social, afetando diretamente na qualidade de vida (SCARFF, 2009).
Substâncias químicas derivadas de animais, plantas e micro-organismos têm sido usadas para
tratar doenças da humanidade, desde os primórdios da medicina.
Até a metade do século XX, o uso de medicamentos de origem sintética tornou-se mais
amplo que o uso de plantas medicinais, principalmente nos países ocidentais desenvolvidos,
visto que os países em desenvolvimento permaneceram fazendo uso das plantas com
propriedades terapêuticas, devido às condições econômicas de aquisição dos medicamentos
sintéticos (SOUZA-MOREIRA et al., 2010).
No Brasil, as inovações tem sido de baixa ou média tecnologia, enquanto as
grandes empresas sediadas em países desenvolvidos vêm aplicando competências científicas e
tecnológicas no desenvolvimento de produtos fitoterápicos, utilizando plantas oriundas de
países em desenvolvimento, cabe salientar que muitas vezes não há uma partilha de benefícios
com o país de origem da matéria-prima (FUNARI e FERRO, 2005).
A expansão do consumo de produtos desenvolvidos com ativos naturais vai ao
encontro dos valores da sociedade moderna, que estão relacionados à qualidade de vida em
geral, à beleza, ao bem-estar e ao prazer, onde a saúde, a estética e aparência saudável podem
29
ser obtidas a partir do uso de ingredientes e formulação extraídos da natureza (MIGUEL,
2011).
A tendência do crescimento do consumo de produtos com apelo natural também
desperta interesse da produção em maior escala de uma diversidade de produtos de alto valor
agregado, como são os medicamentos fitoterápicos, cosméticos, produtos de higiene pessoal
bem como variados tipos de bebidas e alimentos (MARQUES, 2008; TEIXEIRA et al., 2013).
Conforme os achados deste estudo, o mesmo poderá ser patenteado como
invenção. Todas as criações que impliquem em desenvolvimento que acarrete em solução de
um problema ou avanço tecnológico em relação ao que já existe e que possuam aplicação
industrial podem, a princípio, ser passíveis de proteção (INPI, 2012).
O talco desenvolvido demonstrou ter ação na redução da bromidrose plantar.
Adicionalmente, a utilização do óleo essencial de C. citratus como ativo antimicrobiano na
formulação desenvolvida supre o anseio de consumo por produtos naturais, considerando
ainda o impacto ambiental e os casos de resistência relacionados ao composto triclosan, o
talco de C. citratus representa uma alternativa na prevenção e tratamento do mau odor. O
baixo custo do produto também é um diferencial, garantindo fácil acesso pela população.
30
6 CONCLUSÃO
O talco desenvolvido a base de Cymbopogon citratus mostrou melhor ação na
redução da bromidrose plantar do que o talco comercial a base de enxofre e ácido bórico e
mesma ação na redução dos micro-organismos presentes.
31
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37
APÊNDICES
Apêndice 1
38
Apêndice 2
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVAS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
RESOLUÇÃO CNS Nº 466/12
O senhor (a) é responsável por ____________________________________________
estudante do curso técnico em Agropecuária do IF Sul de Minas campus Inconfidentes que
está sendo convidado(a) para participar da pesquisa “TALCO DE CYMBOPOGON
CITRATUS NA BROMIDROSE PLANTAR: ESTUDO CLÍNICO ALEATÓRIO” sob a
responsabilidade da pesquisadora Ana Paula dos Santos Vianna de Andrade e orientadora Ana
Beatriz Alkmim Teixeira Loyola.
Nesta pesquisa nós estamos buscando alternativas para diminuir a presença de chulé e
bactérias no pé.
Na sua participação nós vamos fazer algumas perguntas a respeito do cheiro do seu pé.
Será passado um cotonete para a coleta de micro-organismos no pé. O estudante irá usar um
talco nos pés durante 15 dias.
No caso de surgir algum tipo de reação alérgica relacionada ao uso do talco, deve-se
seguir as condutas indicadas pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
(ASBAI). As condutas são: suspender o uso do talco imediatamente; podem ser empregados
anti-histamínicos orais ou injetáveis, e derivados de cortisona orais, tópicos cutâneos, e
injetáveis; em caso de reações sistêmicas graves como a anafilaxia, deve-se procurar o serviço
de saúde do hospital mais próximo e empregar adrenalina subcutânea ou outras drogas com
atividade antialérgica.
Em nenhum momento o estudante será identificado. Os resultados da pesquisa serão
publicados e ainda assim a sua identidade será preservada.
Não haverá gasto e ganho financeiro por participar na pesquisa.
Você é livre para deixar de participar da pesquisa a qualquer momento sem nenhum
prejuízo ou coação.
Uma via original deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ficará com você.
Se você tiver alguma sugestão ou dúvida sobre a parte ética da pesquisa, entre em
contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da UNIVÁS (CEP): Av. Prefeito Tuany Toledo,
470, Pouso Alegre - MG, telefone: (35) 3449-9271, horário de atendimento: 9-18h e 19-22h,
de 2º a 6º feira.
39
Pouso Alegre, _____ de ________de 2017
_______________________________________________________________
Ana Paula dos Santos Vianna de Andrade
Eu autorizo a participação do projeto citado acima, voluntariamente, após ter sido
devidamente esclarecido.
Responsável do estudante participante da pesquisa
40
Apêndice 3
UNIVERSIDADE DO VALE DO SAPUCAÍ – UNIVAS N°_______________
TERMO DE ASSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
RESOLUÇÃO CNS Nº 466/12
Você que é estudante do curso técnico em Agropecuária do IF Sul de Minas campus
Inconfidentes está sendo convidado(a) para participar da pesquisa intitulada: “TALCO DE
CYMBOPOGON CITRATUS NA BROMIDROSE PLANTAR: ESTUDO CLÍNICO
ALEATÓRIO’ que tem como objetivo: Desenvolver um talco antisséptico fitoterápico de
Cymbopogon citratus e comparar com o talco antisséptico comercial a base de enxofre e ácido
bórico quanto ao odor e atividade antimicrobiana nos pés.
Este estudo está sendo realizado por Ana Paula dos Santos Vianna de Andrade do
curso de Mestrado em Ciências da Saúde, Leonardo Fantozzi Silva Chiminazo e Letícia
Azevedo Gazzi ambos do curso de medicina da Universidade do Vale do Sapucaí, juntamente
com a pesquisadora responsável professor(a) orientador(a) Ana Beatriz Alkmim Teixeira
Loyola do curso de Mestrado em Ciências da Saúde
Os conhecimentos adquiridos com este estudo certamente serão importantes. Nesta
pesquisa nós estamos buscando alternativas para diminuir a presença de chulé e bactérias no
pé.
Na sua participação nós vamos fazer algumas perguntas a respeito do cheiro do seu pé.
Será passado um cotonete para a coleta de micro-organismos no pé. Você irá usar um talco
durante 15 dias. Seu (sua) responsável legal deverá autorizar a sua participação ao assinar um
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e, você não terá custo algum, nem receberá
qualquer importância financeira. Será esclarecido(a) em qualquer assunto que desejar, estando
livre a participar ou recusar-se. Seu (sua) responsável legal poderá retirar o consentimento ou
interromper a sua participação a qualquer momento. A sua cooperação é voluntária e a recusa
em participar não acarretará qualquer penalidade ou modificação na forma na qual será
atendido(a). No caso de surgir algum tipo de reação alérgica relacionada ao talco, deve-se
seguir as condutas indicadas pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia
(ASBAI). As condutas são: suspender o uso do talco imediatamente; podem ser empregados
anti-histamínicos orais ou injetáveis, e derivados de cortisona orais, tópicos cutâneos, e
injetáveis; em caso de reações sistêmicas graves como a anafilaxia, deve-se procurar o serviço
41
de saúde do hospital mais próximo e empregar adrenalina subcutânea ou outras drogas com
atividade antialérgica.
As informações obtidas serão mantidas em sigilo. Você não será identificado(a) pelo
nome e de nenhuma outra forma.
A pesquisa terá a duração de 15 dias, a partir da assinatura do TALE e do TCLE.
Todas as informações obtidas ficarão sob a responsabilidade do(a) pesquisador(a), que
trabalhará reunindo os dados dos(as) participantes deste estudo. Os resultados estarão à sua
disposição quando finalizada a pesquisa e ficarão arquivados com a pesquisadora responsável
por um período de cinco anos, e após esse tempo serão descartados de forma que não
prejudique o meio ambiente. Este Termo de Assentimento encontra-se impresso em duas vias,
sendo que uma cópia será arquivada pelo(a) pesquisador(a) responsável, e a outra será
fornecida a você.
Eu, ____________________________________________________, portador(a) do
documento de identidade ____________________, fui informado(a) do(s) objetivo(s) do
presente estudo de maneira clara e detalhada e esclareci minhas dúvidas. Sei que a qualquer
momento poderei solicitar novas informações, e o(a) meu(minha) responsável legal poderá
modificar a decisão da minha participação se assim o desejar. Tendo o consentimento do(a)
meu(minha) responsável legal já assinado, declaro que concordo em participar deste estudo.
Recebi uma cópia deste Termo de Assentimento e me foi dada a oportunidade de ler e
esclarecer as minhas dúvidas.
Inconfidentes, ____ de ______________ de 2017.
Assinatura do(a) participante menor de idade: :
______________________________________
Para possíveis informações ou esclarecimentos a respeito da pesquisa, você poderá entrar em
contato com a secretária do CEP da Univas pelo telefone (35) 3449-9232, em Pouso Alegre –
MG, no período das 08h às 12h e das 13h às 16h de segunda a sexta-feira. E-mail:
42
Apêndice 4
Randomization Plan from
http://www.randomization.com
1. 1______________________________________ 2. 2______________________________________
3. 2______________________________________
4. 2______________________________________
5. 2______________________________________
6. 2______________________________________
7. 2______________________________________
8. 2______________________________________
9. 2______________________________________
10. 1______________________________________
11. 1______________________________________
12. 1______________________________________
13. 1______________________________________
14. 1______________________________________
15. 2______________________________________
16. 1______________________________________
17. 1______________________________________
18. 2______________________________________
19. 1______________________________________
20. 1______________________________________
21. 1______________________________________
22. 2______________________________________
23. 2______________________________________
24. 1______________________________________
25. 2______________________________________
26. 2______________________________________
27. 1______________________________________
28. 1______________________________________
29. 2______________________________________
30. 1______________________________________
31. 1______________________________________
32. 2______________________________________
33. 2______________________________________
34. 1______________________________________
35. 1______________________________________
36. 1______________________________________
37. 1______________________________________
38. 1______________________________________
39. 2______________________________________
40. 1______________________________________
41. 1______________________________________
42. 2______________________________________
43. 2______________________________________
44. 1______________________________________
45. 2______________________________________
43
46. 2______________________________________
47. 2______________________________________
48. 2______________________________________
49. 2______________________________________
50. 1______________________________________
51. 2______________________________________
52. 1______________________________________
53. 2______________________________________
54. 1______________________________________
55. 1______________________________________
56. 2______________________________________
57. 2______________________________________
58. 2______________________________________
59. 1______________________________________
60. 1______________________________________
60 subjects randomized into blocks of
30 30
To reproduce this plan, use the seed 18404
along with the number of subjects per block/number of blocks
and (case-sensitive) treatment labels as entered originally.
Randomization plan created on 04/05/2017 13:39:18
44
Apêndice 5
Ficha de Avaliação da Pesquisa
I – Identificação N°_______________
Data: ___/___/____
Idade:___________
Gênero: M ( ) F( )
Tipo de pele I ( ) II ( ) III ( ) IV ( ) V ( ) VI ( )
II-ANAMNESE:
1. Possui algum tipo de alergia Sim ( ) Não ( )
Se SIM, qual:_________________________________
2. Tempo de uso de sapato fechado por dia (horas):_____
3. Quantas vezes na semana usa sapato fechado: _______
4. Faz uso de algum produto nos pés: Sim ( ) Não ( )
5. Se SIM, qual:_________________________________
6. Início do Sintoma (odor nos pés): Infância ( ) Adolescência ( )
III – ESCALA DE AVALIAÇÃO LMS
1º DIA DA COLETA
Estudante voluntário: .............................................................................
Examinador 1: ..................................................................................
Examinador 2: ..................................................................................
Examinador 3: ..................................................................................
15º DIA DA COLETA
Estudante voluntário: .............................................................................
Examinador 1: ..................................................................................
Examinador 2: ..................................................................................
Examinador 3: ..................................................................................
1º DIA DACULTURA MICROBIOLÓGICA Cultura em manitol: contagem de bactérias em UFC/mL______________________
Cor da colônia________________________________________________________
Coloração de Gram____________________________________________________
Teste da Catalase_____________________________________________________
Teste da Coagulase____________________________________________________
Resultado da identificação_____________________________________________
15º DIA DACULTURA MICROBIOLÓGICA Cultura em manitol: contagem de bactérias em UFC/mL______________________
Cor da colônia________________________________________________________
Coloração de Gram____________________________________________________
Teste da Catalase_____________________________________________________
Teste da Coagulase____________________________________________________
Resultado da identificação_____________________________________________
45
Apêndice 6
Protocolo de respostas dos voluntários e examinadores da pesquisa conforme escala LMS
Nº Estudante Avaliador
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
56.
57.
58.
59.
60.
46
ANEXOS
Anexo 1
Parecer do comitê de Ética em Pesquisa
47
48
49
50
Anexo 2
Fototipos de Pele – Classificação de Fitzpatrick
1. Pele branca – sempre queima – nunca bronzeia – muito sensível ao sol;
2. Pele branca – sempre queima – bronzeia muito pouco – sensível ao sol;
3. Pele morena clara – queima (moderadamente)– bronzeia (moderadamente) –
sensibilidade normal ao sol;
4. Pele morena moderada – queima (pouco) – sempre bronzeia – sensibilidade
normal ao Sol;
5. Pele morena escura – queima (raramente) – sempre bronzeia – pouco sensível
ao sol;
6. Pele negra – nunca queima – totalmente pigmentada – insensível ao sol.
51
Anexo 3
Escala LMS - Label Magnitude Scale
Escala de 20 cm de comprimento com os rótulos de intensidade nas seguintes posições : `a 0.3
cm - quase não detectável ; 1.2 cm - Fraco; 3.4cm - Moderado; 7.1cm - Forte; 10.7cm -
Muito Forte e 20cm - O mais forte possível (Green et al, 1996).
52
NORMAS ADOTADAS
DeCS - Descritores em Ciências da Saúde. Disponível em: http://www.decs.bvs.br
ICMJE – International Committee of Medical Journal Editor Standard - http://www.icmje.org/
MPCAS – Elaboração e formatação do Trabalho de Conclusão de Curso. Univás
Consort - http://www.consort-statement.org
MESH - https://www.ncbi.nlm.nih.gov/mesh