NÃO DEIXE A ANUIDADE PARA A ÚLTIMA...
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ACADEMICUS PRAECLARUS O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXI Janeiro de 2015 ESCRITORES Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SP Fone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia) (19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554 URL: www .copiascia.com.br * E-Mail: [email protected] CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO Cadeira 079 - Maria Angélica Bernardes dos Santos - Patrono: Gilberto Luiz Gregolin 246 NÃO DEIXE A ANUIDADE PARA A ÚLTIMA HORA
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ACADEMICUSPRAECLARUS
O ESPAÇO DEFINITIVO DE DIVULGAÇÃO DA LITERATURA ANO XXI Janeiro de 2015
ESCRITORES
Avenida Independência, 3075/Alemães – Piracicaba/SPFone: (19)3422-7191 (Cópias) * (19)3422-1200 (Engenharia)
(19)3434-6622 (Impressão) * Fone/Fax: (019)3434-0554URL: www.copiascia.com.br * E-Mail: [email protected]
CATORZE ANOS DE PARCERIA E DE SUCESSO
Cadeira 079 - Maria Angélica Bernardes dos Santos - Patrono: Gilberto Luiz Gregolin
246NÃO DEIXE A ANUIDADE PARA A ÚLTIMA HORA
2 3EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL
Revista Literária mensal do Clube dos Escritores Piracicaba.Diagramação e Arte Final, Admi-nistração e Publicidade: Coopia Digitação e Serviços Editoriais, Rua Jacob Diehl, 77, BairroMorumbi, Cep 13420-410, Piracicaba/SP. Não fornecemos números atrasados. Matérias assi-nadas são de exclusiva responsabilidade de seus autores.CNPJ: 01.061395/0001-03.Correspondência: Rua Jacob Diehl, 77, Bairro Morumbi, CEP 13420-410, Piracicaba/SP, Fonefax:(0xx19) 3426-8568. Editor Responsável: Carlos Moraes Júnior, Mtb20.836. E-mail:[email protected] Site: www.clubedosescritores.com Para Pagamentos: Conta 8013-6, Agência 4252-8, Banco do Brasil.
REVISTA “ESCRITORES”
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Carlos Moraes Júnior
CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------
Elda Nympha Cobra SilveiraColegiado/Piracicaba/SP
ÁRVORE CENTENÁRIA
Na campina entre árvores amigas vivia uma árvore centenária.Durante anos, rodeada das companheiras amigas, lamentava terem sido elas abatidas elevadas para as serrarias. Não sabia nem a razão por que havia sido poupada. Restara ela,como um monumento naquela planície, bafejada pelos raios do sol, que lhe servia comopano de fundo. Com seu ar majestático aquela árvore centenária sentia, ao mesmo tempo,vaidade orgulho e de sua idade. Na verdade esses sentimentos tinham uma razão: ela era aremanescente de uma floresta.
Certo dia ficou preocupada quando, de repente, o céu foi setornando carrancudo e um forte vento veio levantando poeira das clareiras e arrancandofolhas de onde elas estivessem. Como uma árvore frondosa e centenária conhecia a naturezae, logicamente, toda essa loucura que o vento costumava fazer, espantando os animais,que corriam desabaladamente, com as crinas soltas ao vento.
O vento sacudia aqueles galhos que vergavam como caniços,as folhas aturdidas eram levadas para longe deixando a vetusta árvore, em pouco tempo,com espaços desnudos no meio de sua copa densa. Mesmo que seu tronco fosse grossoe forte, estava em perigo. Tanto, que a árvore centenária foi atingida por um raio e parte dasua copa veio ao chão.
Uma seiva grossa começou a escorrer daquele tronco e naschagas abertas um frio cortante penetrava, fazendo congelar aquela substância que fluíapelo seu corpo vegetal. Um cheiro de madeira queimada e de fumaça exalava pelos aressoturnos e enegrecidos. A vetusta árvore não sabia bem se o que escorria pelo seu troncoera sangue ou lágrimas.
Será que acabaria assim a sua vida naquela campina, ondepoucas árvores ainda sobreviviam ameaçadas pelo machado ou pela motosserra? Comoum baluarte de sobrevivência, a árvore centenária fora poupada muitas vezes porque aindaexistiam compaixão e senso de valores na humanidade.
E foi dessa maneira inexorável que a árvore centenária tombou,caindo pela força de um raio e não pela mão do homem. Mesmo que não tivesse maisserventia nem como madeira, talvez como carvão, caia sabendo que sua vida não fora em
vão. Abrigara os pássaros, fizera sombra amiga, melhorara os ares com seuaroma, produzira sementes que frutificaram, e até era ainda bem visível noseu tronco um coração com dois nomes entrelaçados, entalhado a canivete.Além de tudo, portanto, dera e recebera amor...
NÃO DEIXE A ANUIDADE PARA A ÚLTIMA HORA
A Diretoria do Núcleo MMDC Ibirapuera, durante solenidade de congraçamentorealizada no Auditório Kobayashi, da Assembléia Legislativa de São Paulo, noúltimo dia 29 de janeiro homenaqgeou com o “Colar da Academia de HistóriaMilitar Terrestre”, a Acadêmica Maria Aparecida dos Santos Garcia, de São Paulo/SP, Cadeira Nilza Pinheiro de Athayde Lieh, da Área de Letras, do colegiadoAcadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. À homenageada os nossos parabéns.
EMANUELLE EMANUELLE RECEBE COLAR NA AL
Normalmente, se colocamos uma data limite para orecebimento da anuidade, todos ficam esperando chegar essa data para pagar e enquantoisso, o Clube está indo para o protesto por causa de trintão, ainda não foi impressa arevista de novembro/dezembro para ser enviada aos que não têm Internet.
Mas do jeito que a coisa vai, é lógico que teremos queprorrogar a data limite, porque tem gente que já recebeu dois e-mail e nada de resposta.A comunicação se completa quando um fala e o outro responde.Se a outra parte nãoresponde, como se vai saber o que ela esta pensando? Silencio é sempre sinal de quealguma coisa está errada. Mas acho que a um intelectual a resposta é sempre necessária.Por que as pessoas não mandam resposta de e-mail?.
É engraçado! A anuidade do Clube dos Escritores nunca estáno orçamento das pessoas. Essa eles vão pagar quando der, se der. Temos ainda, mais de100 pessoas devendo o ano passado! Assim não dá gente! Vinte e cinco anos e é semprea mesma ladainha, o mesmo sufoco e parece que todo mundo já acostumou com essemarasmo, que se repete ano após ano. Ás pessoas que não compareceram na SessãoMagna de novembro passado mandamos uma mensagem pedindo que depositassem ovalor do sedex até o dia 30 de novembro passado.
A data passou, já estamos em janeiro e muita gente ainda nãoenviou e os troféus estão ainda aqui no Clube, sem que eu possa enviar, porque o Clubenão tem caixa para pagar despesas de sedex.
Estamos no aguardo porque não podemos ficar o ano inteiromandando sedex, como sempre acontece, Tem gente que recebeu Medalha em 2013 eainda não mandou o valor para que o sedex seja enviado. Será que essas pessoas nãoquerem mais o premio? Não sei, já que ninguém costuma responder e-mail.
Acho que o Clube deveria ter um pessoal que se comunicassecom a entidade pelo menos uma vez por semana, para responder os e-mail enviados peloClube. Essas coisas. Mas não é isso que ocorre, infelizmente. Acorda
Brasil!
4 5-----------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO----------------
Adilson Roberto GonçalvesColegiado/Lorena/SP
Alceu Brito CorreaPraeclarus/Brasília/[email protected]
Almir Diniz de CarvalhoColegiado/Manaus/AM
Amália Marie Gerda BornheimDecana/Caxias do Sulk/RS
Antonio Augusto Alves AlmozaraConselho/São Pedro/SP
A LEI DO HOMEM(Reflexões sobre os dramas e as misérias humanas numa visão de Paulo Valença)
Como é importante perceber que o livro continua sendo a aventurade sermos forasteiros no universo do conhecimento, onde cada frase ali estampada é um verdadeirodeslumbramento e enriquecimento espiritual. Principalmente quando Paulo Valença se revela comoum escritor ostentando frases com ritmo fluente e, ao mesmo tempo, um poeta inspirado que noshonra na difícil missão das letras em nosso país. Com um modo simples, porém forte o bastantepara mostrar o seu grito em letras garrafais. Parece existir um equilíbrio necessário sobre o imaginárioe o real que constitui a fundamentação da existência do “homo sapiens”, digno do grande denominadorque é fundamental para o encontro das criações do pensamento humano.
Parece, inclusive, a existência de um atalho entre a escrita com lucidezfantástica e de real sensibilidade, num percurso histórico e teórico, na busca do entendimento dasdivergências, dos problemas e das conceituações do cotidiano em que o homem é colocado na difíciltentativa de sobrevivência. Quando se percebe a real existência da lei do homem? Ronald Dworkin,em sua obra universal “O império do direito”, nos questiona sobre a simplicidade dos grandeshomens: “o que é o direito?”
O direito como uma complexa questão num mundo real, ou umuniverso à margem deste mesmo mundo imaginário/real? Ou é tão só um conjunto de teoriassemânticas do direito? Conceitos de interpretações?
Indagações que se apressam ou que se externizam na vida das pessoase que parecem se desgarrarem do mundo real/imaginário, constituído a partir das leis verdadeiramentelegitimadas. Perguntar-se-ia, então: seria o direito além do direito? Ou apenas um clichê de que meudireito termina quando o do outro se inicia? Pois bem, assim nos é questionado nos meios acadêmicos.Todavia, parece existir uma abissal distância entre o real e o imaginário. Nessa seara podemosrefletir sobre o sóbrio texto de Paulo Valença em contraponto com o que nos apresenta o PastorMartin Niemöller:
“[...] Quando os nazis levaram os comunistas, eu calei-me, porque,afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque,afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu protestei, porque,afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu nãoera judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse! [...]”
O enredo estampado no texto “A lei do homem” nos é apresentadode forma nua, crua, sem rodeios, da qual o homem, às vezes, pelas suas condições sociais, éconfinado em regras procedimentais rígidas, constituídas à margem de uma sociedade estruturadae, acima de tudo, dominada pelo mundo das drogas.
Nesta condição, os homens editam suas próprias leis... Constroemseus próprios “códigos” não escritos e que nem de longe lembram as descrições contidas no“Código de Hamurabi”... Tratar-se-ia apenas e tão somente “A lei dos homens”, escrita com osangue de inocentes que se transformam em vítimas de lesões praticadas por marginais ou pelaprópria máquina estatal ao permitir a continuação de uma nefasta estrutura de dominação?
Assim, “A lei do homem”, de Paulo Valença, não se trata apenas demais um texto de sua vasta produção de contos, mas um convite à reflexão deste momento tão cruelem que vivemos e, ainda, quando podemos entender claramente a existência de dois mundos: umreal e o outro imaginado pela sociedade constituída.Vale então o convite para esta discussão/reflexão, para que não nos aconteça o mesmo de quandolevaram os judeus sem protesto algum, porque, afinal, ninguém se sentia “judeu”...Pode acontecer de “eles” também nos levarem e de que não haverá mais ninguémpara protestar a nossa ida e a nossa vida!
Adilson Duarte da CostaColegiado/Belo Horizonte
VERÃO
Das estações desta vidaé com certeza o verãoque tira a parte sofridae alimenta o coração.
Um verão de sentimentossegue brilhando ao sol fortedá-nos belos argumentos
e à doce vida um norte.
LÁGRIMAS E SORRISOS
minhas trevas me perseguem
às vezes vão à minha frentetão disformes quanto eu mesmo
as flores nos ensinam:miram a luz, e nãosuas próprias sombras...
SONHO LINDO
Sonhei um sonho lindo e tão real...No sonho tu vivias, simplesmente,para mim, e eu, também, completamente,vivia para ti, todo, integral.
E sonhavas, feliz, e docemente,divina e humana, e bela e sensualvinhas viver comigo o ritualdo amor pleno, completo puro e ardente.
Ao meu lado, lençóis desfeitos, tudoera dação, impulsão, mel e veludo,carinho, bem querer, ternura e luz.
E eu bebia em teu olhar enternecidoo apogeu do momento imerecidoque sozinho criei, pensei e compus.
CAPRICHOS DA NATUREZA
Nasce a lua cheiarefletida sobre as águasdo mar,num momentode invulgar esplendor,transfigura-se.Para não acordar os peixesseus reflexos ondulamlevemente,brilham como estrelasflutuandosobre as ondas...E, em êxtase,o mundo inteiroadormece.
CAPRICHOS DA NATUREZA
Nasce a lua cheiarefletida sobre as águasdo mar,num momentode invulgar esplendor,transfigura-se.Para não acordar os peixesseus reflexos ondulamlevemente,brilham como estrelasflutuandosobre as ondas...E, em êxtase,o mundo inteiroadormece.
6 7CRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICACRÔNICA-----------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL-----------------------------------------
Antonio Carlos FusattoPraeclarus/Piracicaba/SP
Antonio Benedito GalloConselho/Ribeirão Preto/SP
NUM LUGAR DISTANTE
Se um dia o furor das águasme jogasse num lugar distanteonde a solidão habitasse as terrassendo o esconderijo pleno da belezaeu te queria como companheironas horas boas, no tremor das trevase quando o frio me ferisse o corpoe quando a noite me atiçasse a ferameu corpo no teu corpo quenteaconchegaria morta de paixãoe teus carinhos matariam a sedeque me consome.Noite a noite nos amaríamos tantoque o furor da vida abrasaria o chão.
NATAL
Na praça, festa de luzes,mãos carregadas de pacotes e ilusão.Crianças ricas ganham presentes,crianças pobres, fome e decepção.!
Dos pinheiros garbosos nas salas,descem festões multicores,em curvas graciosas.Aguardavam Menino Deus,com festas tão caras,...]ao longe na capela, coralde vozes maviosas.
Lá fora, chuva fina persistente,vento mensageiro, cansado de correr mundo.Penetra pela fresta, som estridente,sussurra ao pinheiro todo segredo oriundo...
De repente, num repente tão gostoso,lampadinhas começam a piscar.Sininhos tocam festivos e garbosos,meia noite! Menino Deus vai chegar!
Noite maravilhosa, abraços,mãos que acariciam,festões, bolas, presentes, risos crianças.Anônimos meninos de rua, só presenciam!É!... meninos de rua: só Menino Deustraz esperanças!...
MUSA DOURADA
No dourado das tuas mechas me desfaço,Nessa luz do teu olhar eu me embriago,Imagino como é bom o teu abraçoE que calor pode conter o teu afago
Na escultura do teu corpo, em devaneio,Qual Teseu, no labirinto atordoado,Horas vão, minutos vêm e então passeioPelo odor do teu perfume enfeitiçado.
Na meiguice dos teus gestos - uma luzbrilha mais forte dentro d’alma,Só o toque da tua mão já me seduzE em mim, a natureza perde a calma
Doce musa - muito embora acorrentadaPelos elos sociais e a tradição;Não impedes ser por mim tão cortejadaNão proíbes essa minha curtição.
Se te deres o direito à liberdadeComo tens me dado o ensejo à tentação;Tornarás bem mais leve esta ansiedadeReduzindo no meu corpo essa tensão.
DÚVIDAS
Na minhamente, quantasvezes as ideiasse confundemem busca deuma respostaque meconvença.
Felícia Terezinha Soares LopesPraeclarus/Caçapava do Sul/RS
TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS
Tenho 75anos fico contente por ter vivido em um mundo queera sólido. Onde todo mundo trabalhava dez, doze horas por dia... Em um tempo que setinha tempo para uma visita de vizinhos, de sentar-se na varanda e conversar, olhar osvaga-lumes, de ouvir o vento... Se bem me lembro, me levantava ao raiar do dia e medeitava quando anoitecia. Dormia como se estivesse morto. Levantava-me fazia as tarefas,corria para escola, corria para casa e mais tarefas pra cumprir. Assim era minha vida.
A família tinha por hábito a leitura da Bíblia e Orações antesdas refeições. Encontrava tempo para trabalhar com Associações de Caridade na Igreja,preparando Ceias e Piqueniques. Reuniões de Mutirão de Acolchoados e fazer tricô.Tempo para ajudar as vizinhas com bebes e filhos menores, limpar a casa grande, tomarconta dos filhos, fazer pão, juntar ovos, fazer-se de parteira...
Todo o tempo do mundo, tudo calmo sem pressa. Naqueletempo, o homem podia andar nas ruas sentindo-se seguro. Quando eu era menino, metadedas pessoas morava no interior, no campo, podia caminhar no verde, sentir o cheiro daterra. Fico contente. Vivi minha vida em uma época de paz, bons vizinhos, amizade eamor... Época de trabalho duro e digno, ao som do sino da capela soando por cima dosmorros, do marulhar das águas do rio e do zumbido do vento na ramagem...Vivi minha vida com Deus e a Terra. Terra cheia de flores, Terra cheia defrutos, de néctar e de mel.
RENASCER DA VIDA(homenagem aos profissionais de saúde das Unidades de Terapia Intensiva)
Hazel de São FranciscoPraeclarus/São Paulo/SP
Os anjos da UTI observam noite e dia o leito todo branquinhocom os doentes deitados. Querendo aliviar sua dor, correm daqui e dali, com os remédiosna mão e a seringa da injeção. Com seu carinho inocente, apóiam sempre os doentes,cobrindo seus pés geladinhos. Com o algodão molhado nas mãos, passam em seus lábiosressecados de dor. Sem saber se um dia irão se levantar e andar novamente.
Os doentes ficam dias sem perceber nada do que estáacontecendo à sua volta. Mas quando sentem a melhora, abrem os olhos para a vida.Então os anjos ficam tão felizes, que sorriem de alegria em ver os doentes que elescuidaram, com carinho noite e dia, levantando-se da cama, andando pelos corredores evendo a vida se abrir novamente para eles.
Por fim, os anjos observam, um a um, os vultos saindo pelaporta e dizendo um adeus de despedida. E continuam seu trabalho, no seudia-a-dia, mergulhados na caridade de servir com seu grande amor.
Inês Tafarelo TuonPraeclarus/Piracicaba/[email protected]
Ana Maria OsórioTitular Enperito/Pelotas/RS
8 9POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL----------------------------------------- -----------------------------------------
Arlete Mari RaminaColegiado/Curitiba/PR
Antonio MoreiraPraeclarus/Rio Claro/SP [email protected]
Antonio Araújo LoiolaPraeclarus/Campo Maior/PI
DEPOIS DE VOCÊ
Depois de vocêEu nunca mais vou chorarSó vou sentir o prazer de amorSó quero ouvir a voz do ventoTer você no pensamentoEu nunca mais vou sofrerDepois de você, só você.
Depois de vocêNão vai mais de importunar a dorNão quero esquecer o prantoSó quero viver de amorPensar em você, no entantoEu nunca mais vou sofrerDepois de você, só você.
Depois de vocêSó quero ouvir a voz do ventoQue leva e traz o lamentoLamento que não satisfazSó de amor eu quero ser capazEu nunca mais vou sofrerDepois de você, só você.
VIDA E TÉDIO
Curioso,Em minha última juventudeSenti tédio,Memória sem virtude,Solidão arfante,Tudo igual a um desejoDe menino flamejante,Vizinho de uma floresta,De beleza triste,À espera de toque mágicoA contemplar uma menina sardenta,De brinquedo sedenta,Calada.Porém, sem tormento,Sem dor que dói,Nem saudade que corrói.O tempo, entretanto, correu,A dor cedeu,A alegria, de tão veemente,Fez-se incandescente,Transformou-se em belo ente,Essência, semente,Transmudou-se,Seguiu rumo ignorado,Uma espécie de pasmoDe sabedoria,Quem diria,Profunda, mas carente!
ESPERANÇA
É um agradável sentimentoQue fortifica a vontadePara prosseguir o caminhoEstimulando a coragem
Força olhar para o futuroSem dúvidas no alcanceCriando amor pragmáticoNo sistema a desenvolver
Vai muito além do simbólicoDenota pairar constanteAlçada do incógnito saber
Sempre ajaezada de inocenteSeduz, driblando o destinoTransmuta a vida dum ser
Augusto Barbosa Coura NetoPraeclarus/Florianópolis/[email protected]
Arlette Octaviano RodriguesPraeclarus/Óleo/SP
ZONA MORTA
Pela janela do carro em movimentoárvores passam em corrida frenética por mim.Ainda assim, nem tão velozes quanto você,que varreu, igual a um furacão, o meu caminhoe me deixou - ave fora do ninho - assim...Pura incerteza... Barco na correnteza.No vaivém da maré, casca de amendoim!... E nessa turbulência de emoções, recordo minhas despedidas amorosas.Teriam sido seus motivos justos?Ou o efeito de emoções já mortas?Não sei. O amor é dual. E açúcar e sal.Bom e ruim. Ora faz-nosditosos todos nós, amantes.Ora nos lança em casos desgastantes,numa alternância que nunca tem fim.Como o amor se confunde com a vida- é a sua essência –busco, sofregamente, uma saídapara esta pendênciaque me gasta, agasta, castra...Eu devo é ir para uma outra praça, mudar de ar,tentar esquecer esta paixão frustrada,vazia de você... encharcada de nada!Onde este meu viver cintile à luz do diae eu entenda, enfim, o impasse em que vivo.Entenda, sim, o que (até aqui) não consigo:se o nosso desencontro é um fato desta eraou a reedição de um desencontro antigo...
SOU
Sou o milagre da esperança,a estrela do céu de anil.Sou o ouro dezoito da aliança,a água fresca do cantil.
Sou a garça triste com frio,a vitória triunfante.Sou seixo na beira do rio,lua branca fascinante.
Sou o dia do calendário,medalha do vencedor.Sou a página do diário,lágrima do perdedor.
Sou a pedra afiando a faca,pé de atleta em desafio.Sou o pirilampo na mata,fogo aceso no pavio.
Sou, antes de tudo, poeta,a cantar versos em flor.Sou a justiça que decreta o amor do versejador.
A MAIS BELA DAS ARTES
De todas as artes,a música é a mais interessante.Por transmitir beleza,magia e sonhosé para ser sentida com o coração.
Luiz Barboza NetoColegiado/Florianópolis/SC
Gabriele Loureiro BruschiPraeclarus/Porto Alegre/[email protected]
O SÁBIO E A SENSATEZ
Quem usa o que sabe para ser mais,Anda distante da cordata sensatez.A indiscrição é apanágio dos boçais,Ato de negação do almejado Saber.O Sábio é discreto ao ensinar os demais;Divide o que sabe, sem dizer que o fez.
10 11 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA---------------- ---------------- OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO
Aracy Duarte FerrariColegiado/Piracicaba/[email protected]
Eloísa Antunes MacielDecana/Santa Maria/[email protected]
A ETERNA PAZTalvez, desde os primórdios da existência humana, Ela tenha se
apresentado aos homens como mensageira da esperança, embora sob diferentes aspectose simbolizações. Poderia ter-se feito representar por uma promissora réstia de luz após diastormentosos e cinzentos, anunciando novos dias e um novo tempo, como a sugerir asuperação da animosidade e estimulando a conquista da solidariedade e do convíviofraterno... Não seria Ela representada em lendário episódio no qual um antigo guerreiro, aoperseguir inimigos declarados, deparou-se com uma bela luminosidade após dias escurose tempestuosos?... Esse legendário guerreiro, fascinado pela sensação de leveza desseinusitado bem-estar, não mais viu os antigos inimigos como ameaçadores contumazes...
Ele reconhecera nos presumidos inimigos apenas irmãos,descendentes de mesmos ancestrais, que erroneamente não haviam sido reconhecidoscomo membros de uma mesma nação... Ou (quem sabe...) essa paz estivesse representadapela placidez de um lago sereno à luz da aurora, como a inspirar sentimentos de concórdia,compreensão e convivência fraterna?
Recuando a épocas mais remotas, pode-se imaginar que essapaz representada pela tosca chama de uma fogueira em noite muito escura, quando emtorno dessa fogueira estivessem reunidos antigos desafetos que, irmanados pela claridadeque os protegia de inimigos ocultos, tendiam a vencer animosidades e selar um pacto deconvivência, em favor da própria sobrevivência. Nessa, e em muitas outras situações, osressentimentos teriam cedido aos apelos da vivência fraternal que, nessa época, teriainiciado o seu ciclo (ainda incompleto), tendendo a prevalecer sobre povos e nações,sobre todos os continentes e, enfim, abranger a Humanidade como um todo.
E ainda que atualmente a paz seja representada por uma pombaou uma bandeira branca, o seu verdadeiro sentido somente será consolidado a partir dasmais variadas vivências humanas, sejam estas peculiares a grupos, países, comunidades,ou caracterizando-se por uma abrangência maior, de modo a estender-se sobre a totalidadedos habitantes do Orbe Terreno... Essas vivências teriam um foco a converter-se em fulcro:a fraternidade sem fronteiras... Falamos da paz universal, ou simplesmente da eterna paz;falamos da verdadeira paz, condição indispensável à preservação da própriahumanidade do ser humano.
ACONTECE POR ACASO?
Fauna brasileira! Nome forte, abrangente. Pensei sim... penseinão... na convivência dos animais com os homens. Parece-me que, desde o ensinofundamental, as crianças aprendem sobre os animais, suas características, produtividadee sobre a ação dessas criaturas sobre o meio ambiente.
Crianças, adolescentes, adultos e idosos, cada qual a seu modo,conhecem os animais sob uma ótica diversa e pautam esse assunto, de acorde com seuinteresse. É assim mesmo! As pessoas freqüentam zoológicos e possuem nas residências,animais de pequeno porte. Mas será que elas estão preocupadas em protegê-loscorretamente, de acordo com alguma legislação específica? Ou será que os animais sóservem para distraírem seus filhos e netos, por um período de tempo?
Na literatura, nos filmes, nas peças televisionadas, teatrais,nas pantomimas de fantoches apresentadas nas escolas, os animais nem sempre sãopersonagens excêntricos, pois podem ser aplaudidos e queridos. E o contato entre animaise humanos pode se transformar em afeição, como existe referência, por exemplo, no queocorreu com a macaquinha dessa história:
“...Era tão pequenina, engraçada e muito sapeca. No verdeoxigenado do parque florestal, misturava-se com outros pequenos animais, tendo aaprovação da mãe-natureza. Estava sempre em movimentos ritmados; saltitava de árvoreem árvore fazendo piruetas, brincava de pega-pega com suas companheiras, alimentava-se apressadamente para sobrar tempo e fazer gracejos para os visitantes do zôo.
Com sua perspicácia entendia a linguagem humana e sabiachamar a atenção para ser fotografada. Em fazer poses e cenas era expert. A vida damacaquinha seguia tranqüila até acontecer um acidente.
Um malvado macaco, enciumado das atenções recebidas porela, da riqueza de expressão de seu gestual, da conquista fácil de amigos, dos atoscarinhosos dispensados á todos, dos gracejos bem humorados, resolveu ataca-láinjustamente. Feroz, investiu sua força brutal fraturando-lhe a perna. Seu sentido choroatraiu as pessoas que por ali passavam e se entristeceram.
A sapeca foi retirada e afastada do local para tratamentos ecuidados. E o macacão foi para o castigo... valeu! Um visitante se colocou em defesa doanimal, conseguindo por meios legais, levá-la para sua casa, junto a outros pequenosanimais que a aguardavam ansiosos.
Num quintal grande arborizado, continuou a fazer travessurase a conquistar novos amigos: as crianças. A macaquinha era envolvida por elas em rodasde dança, cantigas e esconde-esconde. Também sabia compartilhar com os outros animais,
numa tranqüila convivência. Por tudo isso, recebeu no novo habitat, onome de Felizarda.
Foi inaugurado em São Francisco de Paula/RS, no último dia 14 de dezembro,o “Memorial Iva da Silva”, que faz uma homenagem à Acadêmica Iva daSilva,Delegada daquela cidade, Cadeira Hugo Benedetti, da Área de Letrasdo Colegiado Acadêmico do Clube dos Escritores Piracicaba. Àhomenageada os nossos parabéns.
IVA DA SILVA TEM MEMORIAL NA CIDADE NATAL
12 13POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
Benedito Carceles TavaresTitular/Mogi das Cruzes/SP
Benedita Silva Azevedo Conselho/Magé/RJ
EU SEI
Que o tempo já se passouE marcas em mim deixouMas, continuo a te amar;Lado a lado envelhecemosConseguindo o que queremosUm em outro se apoiar. Quando olho teu cabeloBranquinho, faço um apeloPra sempre comigo estás;Num passo mesmo mais lentoA caminhar contra o ventoAmar-te-ei, tu me amarás. E quando o inverno chegarQuero em ti me aconchegarOuvindo teu coração;Tuas mãos em meus cabelosSem quaisquer outros apelosRi ou chorar de emoção.
ÁGUAÁguaPura e cristalinaQue desaba da cachoeiraÁguaQue eu beboPara matar minha sedeÁguaOnde mergulhoE vou bem lá no fundoÁguaDe chuva que caiPra molhar a plantaçãoÁgua da saudadeQue cai do meu coração.
A CIDADE JATAÍ
Minha mãe me disse um diaCom saudade e nostalgiaMeu filho estou mudandoDe cidade e de alegria
Chorando ela me diziaVou pra longe e eu não entendiaEu ouvia ela contandoVai pra onde eu não sabia
Se saindo de GoiâniaVou pra onde o mato é verdeNo caminho vai Rio Verde
Lá tem a praça LambariPergunto: Qual a cidade?Já chegamos, Jataí!
Bruno Nascimento AlleoniConselho/Rio Claro/[email protected]
Carlos Eduardo PompeuDecano/Limeira/SP
Cenira Almeida NogueiraColegiado/Mauá/SP
Carmen Lúcia HusseinColegiado/São Paulo/SP
A CORRIDA DA VIDA
Passam matas, passam campos,o tremnão pára de correr.
Vou em buscade meu amordistanteque deixei láa florescer.
Passam dias,passam meses,o tempotambém passoue o amor,que antes florescia, já deu frutosque o tempocolheu.
Assim é a vida:uma corridana qual disputamo forte e o fraco,mas quandochegamos ao final,ganhamos o quê?a morte!
A FELICIDADE
A felicidade está na belezaDo céu enluarado e estreladoDo canto do sabiáDa flor coloridaDo sorriso de uma criançaDo sonho de amor e seu perfumeDo encanto de dar amorE ajudar o outroDe ler uma poesiaE da singeleza de criar um poemaDe estar com vocêE do seu jeito denso e alegre de ser.
FEITURA DIVINA
Deus do nada tudo fezHomem, animais e vegetaisSomando aos mineraisDe uma só vez.
Sobre a terra fez choverQuanta semente fez nascerSobre a criação abençoouFoi assim que começou.
Nas águas todos os peixesCores e sons, belezas milPra fogueira, madeira em feixeToda natureza coloriu
Do homem, melhor racional.No nariz, o sopro finalCada raça bel sinalDe qualidade real.
Por isso, o colorido do mundoCada feitura sua posturaTotalmente desigualParecença sem mistura
Em cada pele sua aparênciaToda ela é divinalO amor foi a ciênciaDo criador universal.
14 15POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
Cícero Pedro de AssisConselho/São Paulo/SP
Condorcet AranhaJoinville/SC/In memoriam
Cosme Custódio da SilvaDecano/Salvador/[email protected]
Dirce Ramos de LimaConselho/Piracicaba/SP
Ceres Marylise Rebouças SouzaPraeclarus/Itabuna/BA
ANCESTRALIDADE
Prendadas de tédio e ócioficavam muitas branquelasolhando a vida dos outros
e esquecendo-se das delas.
Nomeavam quem passassecuidando de suas tarefas,principalmente mulheres
pela cor de suas peles:
Eram mulatas, pretinhas,pardas, escuras, roxinhas,todas vestidas de históriasque vieram das montanhas,das planícies e savanas,dos tambores ressoandonos momentos de partida.Devotas de padroeiro,mães de santo de terreiro,pegadoras de menino,rezadeiras de quebranto,colhedoras de cacau,cozinheiras, lavadeiras,estas, debaixo de trouxas,outras, sob tabuleiroscom cheiro bom de dendê.E eu, passeando meninapor suas muitas memóriasdivididas nos quintais,pelos caminhos das roças,pelos vastos cacauais,nas pedras do rio de Contas,nos terreiros de orixás.Todas da história esquecidas,trazendo nódoas na almamarcadas a ferro e fogo:herança dos ancestrais.
SAUDADE DE QUEIMADOS
Do meu tempo de criançaAté a lembrança vagaVive no meu pensamentoE o tempo não apaga.Mesmo o peso da idadeLhe caindo não esmaga.
Feito quadro em minha frenteMe vem na recordaçãoUma pungente saudadeComo gigantesca mão,Batendo em meu pensamentoCom força de tubarão.
Lembrança quase apagadaEm minha mente se amplia.Suspiro profundamenteE a tristeza tem diaQue me faz ficar choroso,Sentindo a vida vazia.
Quando criança moreiLá no estado do RioNum lugar que muito estimoQue lembro e me delicio.Aqui falo de QueimadosE meu abraço lhe envio.
Era Ponte Preta o bairroQueimadense onde moreiQue visitei quando adultoE bem diferente achei,Apesar de lembrar poucoDo tempo que ali passei.
Viverei sempre saudosoO resto de meu viver,Lembrando o chão fluminenseDo qual não quero esquecer,Queimados, que no meu peitoÉ um fiel benquerer.
DOS ESCOMBROS O MONUMENTO
Entre os escombros que ainda restam,ergo as saudades de uma vida puraqual monumento aos que se manifestam,com sentimentos ante aos quais se jura,pois são verdades e jamais contestamos inimigos cheios de amargura,que alquebrados logo se afastam.Entre os escombros que ainda restam,ergo meu brado a toda juventude,porque se, assim persistem , continuamcomo uma estátua em bronze sem virtude,por toda a vida eles perpetuammuitas mentiras as quais sem atitudepor muito tempo crescem, não recuam.Entre os escombros que restaram agoranão ergo brados nem saudades vãs,sou monumento desgastado fora,mas que por dentro em gerações irmãstem solidão perversa que devora,pois, se as idéias inda forem sãs,serei feliz no dia de ir embora.Hoje, em meus sonhos, já não há escombros,nem sentimentos ao erguer saudades,pois são bem largos, fortes os meus ombros,pra suportarem a dor dessas verdades.Não mais me espanto ante esses assombros,pois, nem maculam as felicidades,são pó inerte, ao eu, esses escombros.
O NOVO SHOW DA VIDA
Atualmente as mulheres, tentamnão ser avaliadaspelo que tem na cabeçaou no coração,mas pelo tamanhodos seios e do bumbum,como se o oxigênio do futurofosse um enorme pum...Receio que os homensSe deixem levar pela modernidadee passem a aumentar e exibir tambémo “´simbolo da masculinidade”!O show da vida é agorauma comédia sem graça.Graças á Deus,tudo no mundo, logo se transforma,tudo muda e logo passa...
RAIOS
O solOlhos d’ouroRutilando o tempoRoubando pudoresDe furtivos amores
O sol inquietanteCuspidor de luzAdentra frestasE entranhasCom aviso cromáticoRutilando as manhasDa manhã
16 17POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
Edvaldo RosaConselho/São Paulo/SP
Filemon Félix de MoraesColegiado/Brasília/[email protected]
Eliseu OroColegiado/Descanso/SC
Frederico Eduardo WollmannTitular/Cachoeira do Sul/SP
Edielson José GroppoTitular/Iguape/SP
Djanira PioAssinante/São Paulo/[email protected]
Denivaldo PiaiaConselho/Campinas/SP
ABRINDO AS JANELAS.
Abrindo as janelas, de novo no abismo...Sinto que eu te amo... Sei que eu não te amo!A minha ânsia é por um amor impossível,De uma paz intensa!De sorrisos que não cessam,De murmúrios melodiosos nos ouvidos...E de uma entrega...Que não finda, sempre recomeça!De novo no abismo, abrindo as janelas,Sinto entrar por elas, uma brisa fresca...Sinto que eu te amo... Sei que eu não te amo!Um impossível amor é a minha ânsia...Desejo etéreo manifesto,No avançar das horas...Em que abrindo as janelas, de novo no abismo,Choro por um amor incompleto!
TERREIRO...
Naquele terreiroExiste um limoeiro.Nos fundos do terreiroSe encontra o banheiro.Em frente ao terreiroHa o capim-de-cheiro.No meio do terreiroVê-se um mamoeiro.Afastado do terreiroLocaliza-se o viveiro.A beira do terreirotrabalha o ervateiro.Nesse tal terreiroO dono vive faceiro.Ao lado do terreiroEsta um letreiro.Num canteiro do terreiroCultiva-se cebola-de-cheiro.E o obreiro do terreiroLuta por mais dinheiro...
RETRATO EM ESPIRAL
Em movimentos dinâmicos Eu me dôo ao vosso encontro Com os braços abertos e um olhar de querência Lhe desejo Entre toda forma de aproximação Essa é a que ilustra melhor É o meu corpo que diz o que meu espírito sente Espirais em retrato do meu ser procurando te ter
GAIATO
SextavadopeãocharutoquadradoDe qualquer forma ou formatolá vai o balãolevando a emoçãode um menino gaiato.
PRELÚDIO
Trago dentro de mimuma canção apenas.Uma cançãoque não sabe de coraçõesapaixonados,não é prelúdio para ninardesafetos,não tem acordesde saudades,não contém notasde chorosa lida.Trago dentro de mimsomente umamelodiainebriante(Profundamentesilenciosa)mas que traduza tristezaque carrego gravadano fundo da retinados meus olhos.
BREJEIRICE
Para focar-se em atenção concentrada,Não arrisque converter pequenas mazelas
Numa grave enfermidade arraigadaCom chatices e contrariedades paralelas.
Entusiasme-se pelo seu trabalhoA tarefa que lhe cabe deve ser paraíso,
Conecte e amplie todos os retalhos,Não resmungue, mas nos lábios um sorriso.
Arranje um passatempo, uma atividadeA pescaria, as coleções ou a jardinagem,No labor diário no auge da boa vontadeLembre seu “hobby” e incite a coragem.
Das pessoas olhe mais a aptidão que osdefeitos,
Ao invés de olhar as manias que o irritamProcure manipular seus conceitos,
Note a brejeirice que seus olhos cabritam.
Evite a todo custo ser derrotista,Pretenda antes reanimar a confiança,
Auréola o semblante aspecto altruísta,Impregna a alma um halo de pujança.
Acate com pertinácia essas sugestões,Sentirá crescer a alegria e o otimismo,Na vida florirá concretas conotaçõesQue tornarão o viver fonte de lirismo.
NADA SEI
Quero chegarao ideal.Da amizade,do amor,da lealdade, da verdade,da fée da essência...Mas“sei que nada sei”
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Geraldo José Sant’AnnaColegiado/São José Rio Preto/SP
O MUNDO SOLITÁRIO, A GLOBALIZAÇÃO E AS REDES SOCIAISAlguém se lembra de um tempo em que, ao final da tarde, diante das
residências reuniam-se cadeiras para longas conversas dos compadres e comadres. Festas juninasque traziam gente de longe para celebrarem juntos. Não, não é nostalgia. Depois veio a televisão eas pessoas se reuniram nas salas de visita, amontoados e maravilhados diante da novidade. Sei degente que andava quilômetros, de um sítio a outro, somente para apreciar as imagens, as novelas, osnoticiários na casa do amigo distante. Em alguns casos, mais se falava que ouvia dado o entusiasmo!E veio a internet, arrebatadora. E da sala para o quarto os contatos passaram a ser com um grupoindeterminado de pessoas, numa outra forma de interação – a virtual.
A fusão celular com internet trouxe à tona uma série de mundosparticulares e pessoais. No intervalo das escolas o bate-papo com o colega ao lado é feito pelocelular. No trabalho a coisa não muda e para falar com o outro na mesa ao lado é pelo email,whatsapp ou pelo facebook. Nunca a comunicação interpessoal foi tão ágil!
As pessoas, diante dessa rede globalizada, com tantos contatos, nãogarantem necessariamente um eficiente networking. As pessoas passaram a viver um mundoparticular, restrito e limitado. Nessa ânsia de ser ouvido, compreendido, acolhido muitas vezes nosdeparamos nas Redes Sociais com o famoso “lavar a roupa suja” ou transformar seu espaço virtualem um minucioso diário, onde tudo se relata, abrindo mão da privacidade tão necessária. Um outroaspecto interessante é que as coisas devem ser ágeis. Vê-se a figura e pouco se lê os textos e textoslongos são curtidos, mais relacionado a quem escreveu do que por aquilo que está escrito. Oscontatos tornaram-se superficiais. Talvez até por isso, hoje, as empresas valorizem tanto emtermos de competências interpessoais a comunicação, trabalho em equipe, gestão de conflitos,liderança, dentre outros, já que a relação com o outro se torna cada vez mais distante, frágil edesconectada.
Aos poucos uma ponte se materializa para o futuro: das célebresnovelas de rádio, às novelas da TV em branco e preto e a cores, chegamos aos filmes em HD e umarsenal de filmes que podem ser acessados e vivenciados de diferentes formas.Novas relaçõesparecem emergir desse mundo online que gradualmente ocupa nossa vida e muitas vezes a submete,tornando-nos dependentes do acesso às redes sociais, em especial.
Há uma solidão que grita entre muitas vozes, scraps e mensagens. Háuma busca de conexão com o outro e/ou consigo mesmo. Fala-nos Aristóteles que “O homem é pornatureza um ser social. Qualquer um que não consegue viver com outros ou é tão autossuficientepara prescindir disso, e portanto, não participa da sociedade: ou é um besta, ou um deus.”Embora o fato aqui não seja não conseguir conviver com os outros e sim deparar-se com nova formade se relacionar, impacta a questão de apresentar-se como besta ou deus. É possível que Aristótelesse refira a besta como sinônimo de animal ou fera, pela brutalidade. Ou ainda “Ele não é um homem;é um bruto ou é um deus.”(O.C. éd. Pleiade. t. IV, Émile et Sophie, p. 883).
Senão somos bestas, sobra-nos a possibilidade de sermos deuses.Segundo Platão “Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou razãosuprema; a causa eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, onisciente, onipotente; tudo permeiae tudo controla.” Também podemos ter herdado algumas pitadas de um pouco de tudo isso,levando-nos a agir quase dessa maneira em alguns momentos.
A tarefa pode ser identificar a doce afetividade entre a fera e adivindade, descobrir a nós mesmos entre tantos véus e ao outro, seja olhando nosolhos ou trilhando por caminhos virtuais, onde, por alguma razão, cada um semostre mais ou viva personagens, que na realidade, estejam distantes de existir.
WISH YOU ARE WERE HERE
Clóvis Rolim da SilveiraConselho/Piracicaba/[email protected]
Já passou muito tempo, após sua ida Ari. Você e eu juntoséramos o maior barato! Mas a vida continua, não com o mesmo sabor mecânico, mas comsabor mecatrônico, e agora no seu aniversário, escrevo, para talvez desvendar aos amigosalguma coisa que você deixou aqui neste mundo passageiro. Eu me lembro quando vocêinventou a palavra “popô”, nos idos da década de setenta, para definir a bunda de umaamiga de nossa turminha, que não vou dizer o nome, porque prometi guardar sigilo.
Ela sabia que a palavra fora inventada pra ela, no dia que lhefizemos serenata e ela atendeu de pijama. Depois a palavra ficou famosa, não tanto comoo popô, é claro. O fato tem testemunha, foto e tudo! Fico feliz quando me lembro dessapassagem, pois houve um verdadeiro duelo entre você e o cara que gostava dela, porcausa da fotografia, e no final, você com a fotografia em mãos, dizia, como se já tivessetido um caso com ela: “ganhei dela”. Você ganhou, mas o cara que gostava dela não ficoucom ela, enfim. Ele está rico hoje em dia!
Falta você meu velho, porque agora também estou ficandovelho, velho, Ari. A velhice é conceito do passado! Hoje velho é imprestável! Enquantopresta para alguma coisa, o velho é idoso, mas acho que esse conceito vai cair.
Já faz três anos que você partiu, Ari. Disse em um e-mail, queia ter um filho ia se chamar Ed ( Manhã... Vem o sol com a chuva que hoje caiu), músicade Tom Jobim, que foi gravada pela Gal Costa. Lembra da nossa época? Então, se Jobimou Vinícius podem, porque nós não podemos?
Falando em idoso, agora inventaram um negócio da China,que se chama Viagra, que não tem idade para ser usado, mas é pesado no bolso, porqueé caro... Se você estivesse por aqui, na sua idade, teria experimentado um negócio desses,na certa! Você ia passar por dificuldades, pois é indicado para quem mais de 60, ou paraquem se aposentou proporcional.
Agora tem essa história de Internet... Você poderia ter um siteseu, e expor suas poesias, que não sei quem ficou com elas. Tenho amizade com seuirmãos, mas os encontro apenas em festas, ainda bem. Seus filhos não vimais, mas estão bem. Os outros, bem eles são os outros, como dizia o KidAbelha, e só...
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João Gilberto PompermayerColegiado/Piracicaba/SP
Maria Luiza Vargas RamosConselho/Florianópolis/SC
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O PRECIOSO RENDIMENTO DE COLABORAÇÃO E FELICIDADEExaminando a conexão espiritual entre as criaturas humanas,
encontramos sábios e benevolentes, entre eles alguns aptos a consolidar, de mododefinitivo, essa maturação do pensamento positivo de que a vida é curta demais para serpequena, uma passagem. Evite quaisquer indícios de desarmonia. Toda desarmonia sãoelos resistentes movidos por uma força irresistível que arrebata molécula por molécula dequalquer padrão mental. O precioso rendimento de colaboração e felicidade está em serviralém do dever, o encontro com o caminho para a verdadeira felicidade.
A certeza da vida futura não exclui as apreensões do dia a dia.É preciso, no entanto, que consideremos que o processo de percepção não é igual paratodos e que, ao contrário, há uma variação muito grande, tão grande quanto as diferentesformas de vida e de viver adotadas pelos hábitos do cotidiano. Zele pelas suas amizadese continue lançando as sementes generosas da solidariedade.
Somos um espelho, um eco e uma bússola em todas as relaçõesexistenciais. Somente a partir da extinção das forças vitais cujos pensamentos se destacamdas coisas terrenas que são ligados à matéria entenderás em momento oportuno de que aligação na grande teia da vida está por um elo tão frágil que se rompe apenas com o pulsardo coração para estreitar os laços materiais que demandam contínuos esforços.
O desconhecimento da vida e do universo faz com que ahumanidade se apegue à vida material, estreitando os seus horizontes e resistindo comtodas as forças no despertar da vida espiritual. Este despertar é como quem desperta deum sono tranquilo, oportunidade e possibilidade para iniciar uma nova fase na arteesquecida de ser diferente. O não compreender o estado vibracional, mantem a mente nailusão de que viver materialmente é um período mais ou menos longo. Acredite que,conforme o seu nível de espiritualização todas as dores da lesão física apenas repercutem,e são sentidas em detalhes apenas para quem se decidiu desertar da vida.
Não se limite a crer. A vida futura é uma realidade que sedesenrola incessantemente aos seus olhos, uma realidade que toca e vê a cada passo naexistência corporal tão limitada. O que importa nos incidentes da jornada se compreendena causa e na utilidade das vicissitudes humanas. Com reflexão e sabedoria, quandosuportadas com resignação eleva em suas relações inconscientes com o mundo visível.
Toda transição pouco perdura, porque, uma vez franqueado opasso pela sabedoria universal e inteligência infinita, logo se reconhece, nada estranhando,mas antes compreendendo a sua nova missão na construção das páginas da vida.
A prece sentida e vivida auxilia bastante. Pela intuiçãoinconsciente cada um de nós é um capítulo especial no livro da vida. Execute com alegriatodas as tarefas e espontaneamente se elevará a missões maiores. Não haverá evolução enem prosperidade em sua atual existência enquanto não aprender a empregar o tempocom o devido proveito Divino. Sou grato à Deus e a toda espiritualidade pelas linhas aqui
traçadas em conexão com o Mundo Maior. Bom dia e boas energias. Euacredito em você.
QUAL É O SEU DEFEITO?
Conviver com as qualidades, com as virtudes de uma pessoaé fácil, qualquer um consegue.
A escolha dos pares deveria se dar a partir da possibilidadede convivência com os defeitos do outro, até porque são eles que passam a predominara partir da Etapa 2 do relacionamento. Todo mundo tem defeitos!
Este é um ponto pacífico, desnecessário querer argumentarcontra. Ninguém, mas ninguém mesmo é perfeito!
É claro que existem defeitinhos e defeitões. Coisinhaspequenas, fáceis de contornar e defeitos de caráter irreversíveis, impossíveis de seremtolerados. Pequenas manias, quando o amor é pouco ou acaba, tornam-se murosintransponíveis e passamos a encontrar casais que se separam porque um ronca, outropalita os dentes, espreme cravos, soluça demais, cantarola no chuveiro, rói as unhas, atémotivos mais robustos, como beber e fumar.
São os pequenos defeitos maximizados pelo desamor. Emcontrapartida, a gente também encontra pessoas más, desonestas, falsas, ambiciosas,arrogantes, perfeitamente toleradas por seus parceiros, quase sempre encantados poralguma das suas qualidades.
A questão que proponho não é a de tentar entender essasescolhas. A cada um cabe o ônus de tê-las feito e a chave para mantê-las ou se livrardelas. O que desejo perguntar a cada um de vocês (e a resposta, obviamente, deverá ficarcom vocês apenas), é o seguinte:
Consultando, com sinceridade, todo seu caráter,personalidade e modo de estar no mundo e conviver com seus semelhantes, descubra –para o seu próprio bem - qual é o seu defeito. Você o tem, com certeza!
As qualidades a gente já conhece, estão todasregistradas no Facebook. Quem sabe, depois de uma análise bem real,você descobre que dá pra melhorar? Hein?!
22 23 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------
Maria Helena CorazzaPraeclarus/Piracicaba/SP
MEU RIO QUE PASSA
Monotonia deliciosa, magnificente, eis a natureza selvagem evirgem, descortinando à beira de um rio que passa indolente, preguiçoso, majestoso...E,o rio passa... Passa absurdamente pacato e comovido, saudoso das belezas e paisagensque deixou lá para o alto. E, passando, leva consigo o reflexo tão visível de um céu azulrefletindo deslumbrante nas águas transparentes do rio...
Quanta doçura e quanta ternura o rio servir de espelho para océu, e, o céu vaidoso mirando-se no rio..As árvores na margem acariciando o seu cursoparecem querer detê-lo, mas o rio despreocupado e orgulhoso, passa, deixando a saudadee o pranto baixinho de quem sofreu desenganos...
E, o rio passa no silêncio de um cantar de um pássaro, de umanuvem de insetos, de uma onde vazia que foi e não será mais...Monotonia suplicante deum tronco passando arrancado dos braços de alguma árvore bela, e, passa chorosodeixando chorosa quem lá ficou... É lindo esse rio, é linda essa tarde, é linda essa vida!Mas, de repente quebrando esse encanto e essa solidão, um barco medíocre e volúvelcorta este rio, domina esta indolência, essa preguiça... Então, os reflexos se misturam, asárvores exultam com o rio que as abraça... Depois, novamente a calma e oêxtase... E, o meu rio, continua passando..
O BATIZADO DE MOARA
O nascimento de uma criança é um acontecimento muitoimportante para as pessoas, principalmente quando ela é planejada anos a fio, tudo medidodetidamente, para sair na maior perfeição.
No texto “Raio de Sol” já falamos como foi gerada essacriaturazinha tão linda e especial, mais bonito ainda foi o seu batismo, sendo igualmenteplanejado passo a passo, pois na nossa igreja católica existe uma série de trâmites para quealcancemos a alegria do batismo da nossa querida criança.
O convite foi feito abertamente a todas as pessoas maispróximas, mas sempre fizemos questão de dizer que teria somente o grande evento batismal.Teve um colega que ainda comentou que batizado que se preze sempre tem que ter almoço,em uma clara prova de desconsideração e gula.
As pessoas que realmente têm um carinho diferenciado pelagarota e pela família, apareceram para testemunhar todo aquele processo religioso.
Um rapaz de dezesseis anos estava todo empolgado paraengendrar nessa aventura de apadrinhar uma outra criança, que não é nada fácil, pois, nosdias de hoje ninguém imagina o quanto importante é esse ato, por isso que começaram aministrar curso até para ser padrinho, tem paróquias que está ministrando o curso até emtrês encontros, esses aí vão tomar os cursos e parecem que nunca vão se encontrar...
Mas o nosso padre parecia muito agitado e apressado em falarda importância do batismo e depois do tradicional sermão as crianças receberam óleo, sal eo sinal da cruz que foi feito pelos seus pais.
Teve até a simbologia da vela, onde os pais e padrinhosseguravam-na mostrando a união e o caminho norteador, que todos nós devemos conduzira nossa criança. Depois da cerimônia todos animados tiraram inúmeras fotos e seguirampara a residência oficial, para comemorarmos esse lindo dia de sol, que ficou ainda maisiluminado com esse evento.
Houve um almoço e depois comemoramos ainda mais aquelemomento que serviu para nos conhecermos melhor e percebermos que o mais importantede tudo nessa vida é a amizade e a consideração entre as pessoas, porque nos dias de hojeem que a nossa sociedade está se dissolvendo e a família se degradando,percebemos que o amor e a amizade ainda existem, e nada melhor do que umbatizado para percebermos isso.
A COR DA MINHA SAUDADE
Sim, eu tinha razão, e o tempo todo. Quantas razõesdesarrazoadas; quantas noções desacompanhadas! Quanto mais terei que sentir o frio danoite? Porque as noites ainda me são tão dormentes?! Tão cálidas?! Que será melhor:sentir o frio do céu abandonado, sabendo-o desolador, ou fingir que a noite não existe eque ela não me assusta, quando a tua presença é que me falta? Será que o meu
Eu que não me pertence me deixaria enganar? Porque nãoconsigo ver espelhos diante da porta d’álma do meu amado, mas abismos? Sim. Vejo nelestodos os abismos do mundo: descontrole, paixão, flores, sol, tempestades, e porque nãodizer alguns invernos? Só não sei se os invernos que vejo são aqueles que já se passaram,ou se aquela triste estação foi a única coisa que fui capaz de enxergar esse tempo todo: adistância. Não a distância terna, porque esta nunca existiu, mas a distância espiral. Somosseres completamente perdidos, entregues e entorpecidos.
Quem sabe? Os segundos se passam e as estrelas ficam cadavez mais distantes. Sinto-as resfriando. A escuridão permeia o céu. Há um lastro denebulosa pávido ofuscando o sítio sombrio da noite! Branca é a cor da minha saudade.
Meu coração carece de cores, porque as que tenho não me pertencem, estãocomigo para presentear, apenas para presentear.
Marcelo de Oliveira SouzaConselho/Salvador/BA
Mirian CurryColegiado/São Carlos/[email protected]
CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------
“Densidade do Silencio”, é o novo livro de Pedro do Quadros Du Bois, deBalneário Camboriú/SC, Cadeira Tereza Salvatti Delghingaro, da Área deLetras da galeria dos Academicus Praeclarus do Clube dos EscritoresPiracicaba. Edição do autor. Contato: [email protected]
DU BOIS LANÇA NOVO LIVRO DE POEMAS
24 25POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
ENVOLVIMENTO
Assim, a passos lentosVamos à areia brancaEntre um ar salgado e puroE o mais ondeado oceano
Ao fundo, extensas campinasPastos de onduladas calmariasSeguimos sob o mais celeste azulE um verão quente nos queima
Enlaçados apreciamos juntosA exuberância admiradaLongínquas nuvens passamFeito branquíssimos flocos
Unidos, assim circundadosEntre a múltipla sonoridadeE a natural beleza floridaCorações plenos de mim em ti.
Vamos a dois em passos lentosComo leves plumas e flocosEsvoaçando, bem soltos, ao vento.
O GRANDE MENDIGO
És o rei do Universo, o domador dos seres,Perscrutador dos céus, dos mares, do psiquismo,O gênio, o luminar das dobras do atomismo!Artista, eu te amo assim, quando o elevado feres.
Porém, tembém vejo à sombra dos prazeres,Embaciado o olhar, a lembrar o empirismoPrimitivo. Te sondo, fraco, o raquitismoQuando foges tinindo ante os próprios deveres.
És grande, és nobre, és santo, ao lançar-te altruísta.E no teu interior gira um mundo egoísta- Padrão de maldição, de podridão infeto.
Assim, grande mendigo, assim é que te vemos:Vagabundo oscilando entre opostos extremos,A grandeza de um deus e a dejeção de um inseto.
PEQUENO PASSARINHO
Um pequeno passarinhofaz tudo pelo seu ninho,não precisa alguém mandar...Mantém sempre o que é preciso,pra viver num paraíso,e tudo realizar!...
Procura fazer de tudo,realizando em seu mundoo que sempre o fez sonhar...Se é preciso, longe voa,não passa a vida à toa,sabe a própria, aproveitar...
E grande a variedadedas espécies... E verdade, todos têm sua função!...Realizam na naturezatudo com grande esperteza,e também grande atenção!...
Cada um faz sua parte,em sua vida, que é uma arte,sem olhar o que o outro faz...Sem reparar... Colabora,pra sua vida, hora a horaser mais e mais só de paz!
SAUDADE
Saudade é só uma lembrançadaquilo que me fez feliz, mas tem algo mais na herançadaquele que nada diz.
Saudade é só uma palavraque traduz tanta beleza,beleza de que esta palavranos dá tanta certeza.
Certeza de que a felicidadefoi real, não ilusória,tivemos tanta alegriaque nos ficou na memória.
Saudade, flor dos felizes,que brotou de uma sementejogada ao acaso, por alguéme perdura para sempre...
Maria Gertrudes Horta GrecoConselho/Guaratinguetá/SP
Helena Curiacos NallinConselho/Cosmópolis/SP
Iolanda Martha BeltrameColegiado/Santa Maria/RS
Francisco de Assis Ferraz de MelloColegiado/Botucatu/SP
POESIA, O SANGUE DO POETA!
Despida de total vaidade,permito que o Lirismoe a Poesia afloremem meus pensamentose circulem por minhas veias,apossando-se de meu ser.A Poesia não mede distânciase ignora idade e classes sociais.Livre, percorre caminhos,levando a outros emoções,sentimentos e vivências.Nessas andanças, aprecia o beloe reúne alimentospara fortalecer Aqueleque lhe dá Vidae lhe permite chegara distantes horizontes,o seu criador, o Poeta.
Ilda Maria Costa BrasilPraeclarus/Porto Alegre/RS
Juliana Diniz JoséConselho/Londrina/PR
Maria Angélica B. dos SantosPraeclarus/Belo Horizonte/MG
PÁTRIA AMADA
Com a derrota na copamuitas casas recolheramsuas bandeiras Nossas crianças constroemo conceito de queBrasilé só um time de futebol
SEM DESPEDIDAS
Estou partindoSem mesmo podere ver e dizer adeus.
Não te encontreipara despedirNem mesmo tenho certezase poderei revê-lo.
Como eu queria despedir-me de ti...Te abraçando...Te beijando...E saber que terás saudades...Não te vi mais...E como sei se te reencontrarei?
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NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Mãe o seu olhar é meigoSensível , amável , puroO seu sorriso é especialSua meiguice nos acolhe.
Nossa Senhora de FátimaA sua bondade nos consolaO seu amor é poderosoNo seu olhar repousamos
Sua beleza nos cativaSua pureza transpõe fronteirasNosso amor por ti é imensoE a paz que nos envolve é grandeObrigada,Nossa Senhora de Fátima!
Jamile AssefTitular/São Bernardo/SP
José Keitel RibeiroDecano/Tres Corações/MG
José Angelo GiacomeliColegiado/Barra Bonita/SP
BEIJO E se eu sonhar contigo esentir sua boca perto da minhaO que quer que eu faça?Se já começa a dar frio na espinha. Queres que eu te aperte?Queres que eu desperte?Queres que me afastes ou que num sorriso te abrace? E se seus cabelosacariciar as minhas mãos,O que faço para controlar a pulsaçãopenteio ou despenteio?Eis a outra questão. Entre sonhos e desejosSão seus olhos que vejo. Queria você só minha.Queria que no beijo você lembrassecom fechar os olhos no advinha,quem te beijas minha rainha ?
CLAMOR
Com o seu não,O meu tormento.Antes, paixão.Agora, lamento.
Vontade de que?De gritar, de chorar,De clamar por você,Pra minha vida salvar.
Nada acontece,Minha voz silencia.A mente padeceE você se distancia.
Era uma vezUm amor verdadeiro,Que se foi, se desfez,Num clamor derradeiro.
Num esforço supremoAinda grito, chamo!Triste, sofrido, tremo...E lágrimas derramo.
José Antonio NappiDecano/Piracicaba/SP
José Paulo Castro SouzaConselho/Blumenau/SC
José Donizetti Nicolini GonçalesColegiado/Osasco/SP
Maria Carolina AmaralTitular Emérita/Minas Novas/MG
José Airton MellegaDecano/Piracicaba/[email protected]
VERGONHA DE TE AMAR
Às vezes tenho tanta vergonha,de dizer ao mundo que te amo.Porque tem muitas pessoas estranhas,que não entendem nosso cotidiano.
Pensam serem tão grandes,mas não desatam seus planos.Sentem-se tão alta e bela,mas não passam de levianas.
As vezes tenho medo de comentários,que possam ferir-te no coração.Mas essas beldades ao contrario,não se importam com a dor da paixão.
As vezes tenho vergonha,De dizer que te adoro.Sinto meus brios feridos,Pois todos nos contradiz.Eu penso ser atrevido, masVejo que é só hipocrisia,pois desprezando os vínculos,Eas se tornam banais e vis.
CIDADANIA
Cidadania é expressão em modaQue considera o contexto socialE ajuda o desenvolvimento da sociedadeEm um grande processo educacional
Cidadania é sociedade autônomaQue pode escolher os seus representantesPor isso é livre e democráticaQuando escolhe os seus próprios governantes
Cidadania é mudança radicalNas relações econômicas e institucionaisMudanças políticas e tecnológicasE, principalmente, mudanças culturais
Cidadania é ter o seu modo de vidaAdequado à sociedade e à sua históriaNão deixar que os deveres do cidadãoSe desvaneça para sempre da memória.
NOSSOS CAMINHOS
Não importa o quanto seu caminho é difícil.Como ele é árduo, sinuoso e pedregoso.O importante é ser vitoriosoSempre gentil.Em pleno gozo da alegria que nos dá a vidaPor todos nós vividaMesmo que as feridasNão estejam todas cicatrizadasMas de bem quase curadas.Temos a chance de alcançarmosA planície e continuarmosNossa longa jornadaRumo a felicidadeAté que outras montanhasSurjam pela frenteHaveremos de superarToda e qualquer diversidadeMovendo céus e terraPara nossos objetivosPodermos alcançar
A MULHER!
O que falar da mulherEla vem chegando de mansinhoAloja-se no nosso coraçãoE não tem mais jeito!
Você agora não fazMais parte do mundoFaz parte da mulherDo mundo dela!
Agora é só seguir o trajetoQue a vida vai lhes darE assim continuar numaBela vida!
Os corpos entregueOs seios fartos e eretos,Orvalham lençóis.
28 29POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
Leda ColettiConselho/Piracicaba/[email protected]
José Roberto PanaiaColegiado/Piracicaba/SP
A VISITANTE
“Homem, muito bom dia!” Eu me apresento:Não temas! Sou de paz e não de briga.Fazer o bem somente é meu intento,Portanto não precisas fazer figa.
Eu posso num curtíssimo momentoProvar que sou tua melhor amiga,Eliminando todo o sofrimentoQue te rouba o prazer, que te fustiga.
Embora em minhas mãos sangrentas tragaMedonha foice de afiado corte,Venho trazer o fim de tua chaga
E para a eterna paz teu passaporte.Quem és - impaciente, o homem indaga.E a visitante, calma: - Eu sou a morte.”
José Nogueira da CostaConselho/Itajubá/MG
MURO DO CEMITÉRIO
À noiteQuando caminhoAo lado do muroDo cemitérioFico pensandoNa vida,na morteE seus mistérios
Se estivesseDo lado de láNão penaria assimAinda bemQue bom estarPara o lado de cáA vida continua
A noite, a vida, a morteMuro do cemitérioQuanto mistério
GANHOS... PERDAS...
Ao receber abraço afetuosode pessoa querida,as estrelas brilham em pleno dia.São ganhos, quinhões de felicidades.Todavia, se uma criança maltrapilhapede moedas no semáforo a piscar,sinto a tristeza chegar.Ao fingir indiferençaàquela súplica infantil,uma sensação nostálgicame toca, machuca,.pela impotência de não ensiná-la a pescar e, ofertar-lhe o peixe pescado.Sensação de perda ao preveraquele frágil botão murchar,mesmo antes de florescer!
E DEPOIS?
Passadotraçado,]acabado,nem valeser lembrado.Fumaça tragada,soprada,cigarrofumado.
Viver o presentesuave,inconseqüente,tão mentiroso,quanto gostoso.
E depois?Depois,será passado.Pensar será depois.
Leda Mendes JorgeColegiado/Niterói/[email protected]
Mara Sílvia Munhoz BerniniConselho/Jaú/SP
Lúcia MartinsConselho/Ituporanga/SC
CARÊNCIAS
Quando todos seguem seus caminhosE ficamos irremediavelmente sozinhosCom nossas carênciasRevendo essências...Sem ter para onde fugirpara onde seguirAssustadoramente...Pensamento doenteSem saber definir
Quando só nossos pensamentos sentemA angústia latenteDo âmago... do ventreNão dá para repartirNão dá para dividirPois é só um coração carenteCoisas da gente...IndiscutivelmenteSem poder omitir
Quando chegamos ao limiteDe nossa compreensãoE percebemos nossos sentidosA brotar do chãoE vemos as carênciasEm cada dimensãoCrescendo em nossas vidasInexoravelmenteSem choro e sem perdão...
Carências embutidas... sem volta... sem solução
COISA POUCA
Amar você assim desse jeito,não cabendo sequer no peito?Coisa pouca!
Dividir o sono na metade,toda vez que a ânsia invade? Coisa pouca!
Ficar ao pé da janela,olhando o céu que amarela?Coisa pouca!
Enxugar a lágrima que rolado peito que se desconsola?Coisa pouca!
Constatar que essa saudadetem o gosto amargo da eternidade?Coisa pouca!
FACES
Face euFace tuFace eleFace nósFace vósFace elesFace saí!Face vi-venci!Face não estou nem aí....
Rita Bernadete Sampaio VelosaColegiado/Américo Brasiliense/SP
30 31POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------ALMAS GÊMEAS
Num tempo passado.Num lugar distante.Fizemos nossas juras.Vivemos nosso momento.Amamos como amamos.Sonhamos acordados.Muitos planos foram traçados.Só eles ficaram.Perdi-me no inconsciente.No tempo futuro, das desilusões, presente.Mesmo assim, depois de todo este tempo.Somos suor, sangue e lágrimas.Somos feitos do mesmo barro, da mesma água.Somos feitos de paixão, da razão.Fomos feitos um para o outro, como almas gêmeas.Porém efêmeras, mas inesquecíveis partes.De um só tema, de um só coração.
Maria de Lourdes S. Rossi MachadoPraeclarus/Porto Alegre/RS
[email protected] Maurer Dalla VecchiaPraeclarus/Porto Alegre/RS
Maria Antonina de Lima SoldáConselho/São Paulo/[email protected]
Milton Mariano de SouzaColegiado/Governador Valadares/MG
Marcelo Astolphi MazzeiColegiado/Piracicaba/SP
MINHA TURMA
A turma está divididaem três grupos.Pouco se misturam.Há o grupo da zoeiraque está sempre brincandoe comandando as conversas;o grupo divertidoque é super unidoe bastante extrovertido;e, por último, o grupodos que não se misturam,ficando sempre à parte.Minha turma tem um perfilum tanto diferente,mas eu gosto de estarcom meus colegas.
MUITAS VOZES
Faça isso, faça aquilo; temos o que fazer.Como saber?Quem pode prever?
Siga o coração ou a razão;a tristeza ou a emoção.Aqui ou ali, amar-te não é o bastante, então?
Muitas vozes, clamam pelo amor.Não sei o que faço.Se beijo ou abraço;se sorrio ou choro.Meu coração pedi que fiquesmas, como nada fazes,creio que pretendes esperaraté que ele passe a te implorar.
IMAGENS Na imagem refletidaNão reconheço a meninaQue brincava de bonecaQueria ser bailarinaJogava bola e petecaAcreditava em fadasSorria e tinha esperanças.O vidro embaciadoTambém não reflete a jovemQue um dia muito sonhouQue mil formas e paisagensEntre as nuvens divisouE transformou em poemasOs ideais e as lembranças.Outros vultos como euSob a marquise abrigadosSe comprimem, se confundemE a figura refletida na vitrine iluminadaÉ difusa, distorcida e forma vulto fugazes.Mas apesar da chuva, do frio, da solidãoE da lágrima ardente que enturva minha visãoConsigo entrever claramenteA imagem de estrelas esparsas no chão.
PARABÉNS, CARLOS MORAIS
O Clube dos EscritoresDa linda PiracicabaConserva os seus pendores,Senão a poesia acaba.
Carlos Morais, amigo,É enorme o seu talento,E conte sempre comigoA toda hora e momento.
Temos um papel singular,Que é divulgar a culturaEm todo e qualquer lugar,Só com mensagem pura.
Quero parabenizá-loPelo seu alto valor,De longe quero abraçá-lo
Como um simples Trovador.
Nilza de July Costa e SilvaPraeclarus/Porto Alegre/RS
nafolhaorvalhoépurapoesia.
Paulo Alberto GarbusPraeclarus/Curitiba/[email protected]
Othniel Fabelino de SouzaConselho/Ribeirão Preto/SP
DEVANEIOS
De esquina em esquinavou indoprocurando atravessarno momento exato e certopara o outro lado de láMas até hoje não vi chanceDe fazê-lo bem seguropois quero chegar vivo lá...razão por que, mais esquinasna vida vou procurar!...
Não sei se fui, ou talvezeu tenha sido, não sei...Nas minhas vidas passadasUm amante cultor das letras.Se não fuié o porquê tento sê-lo agoracom muito empenho e vontade de me ver chegando lá...
PONTO FINAL
Nunca procureinem procuro.Mas, deve existir um lugar,onde eu possa descalçar as botas.Onde talvez encontrejunto ao muroruínas de um antigo portal,onde sombras convidam.Onde desconhecidas vozesmurmuram mantras:“buscai e achareis”,“pedi e recebereis”.Batei e lhes serão abertas portas.Tolas esperanças,se a morte não sobrevierantes da descoberta,
será o ponto final.
32 33POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------------------------------------------------
Nadir Silveira DiasConselho/Porto Alegre/[email protected]
RASTROS DO SENTIR
Andei, curti passos, vivencieiEnfrentei párias, embaraçosHumilde ou entonado, desvieiMandei-os todos para o espaço
Tive as alegrias de abraçosFiz projetos e construçõesFiz vitórias, sofri fracassosArranhões, vi estardalhaços
No tenteio, não tive sançõesE sem titubeio, fui em frenteCaí, levantei, cavalguei açõesTropeireando, muito rente,Altivas e sofreneiras ilusões
Procurei, seguindo os rastros,Sentindo, percebi os passos,Tateando, revisitei riscos e traçosDeixando criar-se o compassoDa vida que tenho, que não destroço
Que levo, que penso, que façoDe sonhos, ares, vincos e marcas.Vestígios e signos que são da lidaA nascente, o leito, o veio e o jeitoPróprio de ver e de sentir a vida!
Pedro de Quadros Du BoisPraeclarus/Balneário Camboriú/SC
Ricarda Maria Leal AlvimDecana/Miracema/RJ
Odila PlacênciaTitular/Barueri/SP
É ASSIM QUE TE AMO
Assim eu vejo o amor que ainda sinto por ti.Mesmo sem ter mais você perto de mim
e sem medo de dizer que sempre nos amamos,e nos compreendemos sentindo a vida florir.
O nosso viver foi como aves que cortam os aresem alegres tardes à procura dos ninhos
em doce revoar, para juntos assistirem o beloentardecer e ver a noite chegar embriagada, no luar.
Amo-te e digo que te amo muito mais do que onteme talvez menos que amanhã, pois amanhã o meu amor
será bem mais forte que destes dias que passou.
Ele se multiplica com o passar do tempo.A cada dia que passa com mais energiae não se quebra com o intenso vento.
ESCADARIA
A escadaria traduzna inclinação do espaço a ambição do corpo em descompasso
degraus suspendeminstantesdecompostos no subir e descer
patamar apropriadona tradução não literalda ocupação do corpo
a escadaria traduzo elemento inovador: estágio inconcluso de me dizer em casa.
Riqueza maior não existe,que o amor no coração.Sem ele a vida é tão triste,sete notas sem canção.
Pedro Luiz Dias GaluchiDecano/São Paulo/[email protected]
PARTES
Posso ser bem matreiro e tortoMas também educado e gentilPartes do corpo sempre no cioPela alma fé de fiel penitenteDias desejo andar pelo portoNoites sonhos puros de criançaBraço esquerdo carrega esperançaDireito levando desconfiançaHoras todo prosa e valenteEm segundos fujo assustadoÀs vezes me pego falanteNo momento de ficar caladoSei guardar profundo segredoMe vendo por qualquer dinheiroÀ ameaça de ver-me cativoReajo e num ato impulsivoEspreguiço sem sair do lugarMil ideias em planejamentoDeixo todas pra amanhã cedoAceito novas filosofiasSem desprezar jamais a antigaNo luxo da toca que me abrigaEntre saudade e nostalgiasOlho o espelho e o lado de láEstá a criticar o lado de cáUma certeza me mata de medoSe ao chegar o instante derradeiroAbatido pela velhice ou enfartesA somatória das partesNão totalizarem um inteiro
Pilar Reynes CasagrandePraeclarus/Rio Claro/SP
NO FIM DA ESTRADA
Quando desceres o último degrau da vida,No termino insofismável do tempo,Quando os teus cabelos estiverem brancos,E os teus olhos estiverem tristes e sem brilho,A tua voz tornar-se enrouquecidaE o teu corpo não mais possuir beleza,Não chores, pois que a vida e assim mesmo.Quando chegares pálido, cansado e abatido,Eu também estarei na mesma estrada,Esperando-te de braços abertos,Afim de que caminhemos juntosPara a via Láctea das mansõesNa sempiterna e redentora luz do amorNo paraíso sublime dos anjos e arcanjos da paz...
COMO AS COISAS ESTÃO
Com as coisas como estão,os problemas só irão se agravar
e não vão ocorrer grandes transformações sociais!
Para mudar essa situação,precisamos aprender a agir coletivamente!
Só assim, teremos transformações sociais efetivas!
O princípio da Justiça é a Igualdade;o da Ética, a Liberdade;
e o da Paz, a Solidariedade!
Vamos aprender a organizar coletivamenteum movimento social que realmente promova
transformações estruturais e aperfeiçoamento social!
Renato Afonso MoreiraConselho/Montes Claros/[email protected]
3534 POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------ ------------------------------------------
Regina Mércia Sene SoaresColegiado/Novo Horizonte/SP
CADÊ SEU ABRAÇO?
Quero um abraçoEstou precisando de carinhoPor favor ... me de um abraço!Quero sentir o calor deSua amizade... Dessa amizade verdadeiraQue um amigoPode dar e abraçarCadê seu abraço? Quero sentir oCalor de seus braçosPara me acalmar!Espero que chegueBem devagarzinho... Para me abraçar!E transmitir atravésDesse abraço toda a amizadeE todo o amor Que possa me dar!Aquele amor fraternoQue preenche todoO meu ser com grandeemoção! Vem me dar um abraçoPois estou esperandoPor você amigo!Cadê seu abraço?
Reginaldo Costa de AlbuquerqueConselho/Campo Grande/MS
A SANTA
Parei, ouvindo o sino, em frente à escadaria,então me aproximei do altar vazio e triste.
Toco em cálices... bíblia... e o círio ardendo em riste,onde um fingido ‘sim’, outrora, a igreja enchia.
Pelos vitrais a etérea hóstia, além, se ergue fria...Nada mais da outra data agora em mim existe,triunfa o vulto atroz das ilusões que assiste
ao órgão com a nupcial e antiga melodia.
Ajoelhado aos pés da santa, lá ao fundo,nas orações, revelo o ansiar de um moribundo...
E quando os olhos abro, a visão prende e encanta:
no santuário, um quadro único de sintaxe,baixando o pedestal, ela beijou-me a face...
Cabeça oca me ocorre!... E se não for a santa?...
Terezinha Ofélia N. RennóColegiado/Itajubá/MG
BORDADO DE LETRAS
Quantos serão os olhosque se deitarão, depois,sobre esses abrolhos?
Passado o fio no linho,agulhas linhas e letrase tipos imaginárioscriarão belos cenários...
Vários pontos, entremeios,sinais fechando finais,tramas criando enredosque o carbono azul refaz...
No avesso tão perfeito a emoção corre o riscode surtir comum efeitoaos dois artesãos de juízo...
Entre os dedos dos autores,cada tema um rococó...Há intriga e canutilho,que a pena, (dores e flores),edita com trema e nó...
Quem sabe, na folha A4,nascerá um poemeto,(nunca, jamais um soneto);ou no cânhamo mais raro,na fronha dum travesseiro,a obra de um tapeceiro?
JARDIM DE BRINQUEDOS
O menino comprouUm robô que não anda para trásO menino comprouDamas que não tem cavalheirosO menino comprouEnciclopédia eletrônicaQue atua autoprogramadaO menino comprouBanco imobiliário para ganhar moradaO menino comprou ladrõesNo bosque para ser heróiZorro, Robin Hood, super-heróis,Batman, Fantasma, MandrakeO menino comprou bonecosPara si e após quebrá-losO menino comprou fliperamaPara ganhar no faz de contaO menino não comprou um tobogãPorque ele é de toda gente.
Valentina Kroeff SperbPraeclarus/Porto Alegre/RS
Valdemar Alves JúniorConselho/Fortaleza/CE
ESPERANÇA NUM OLHAR
Ela nada vê;nada sente,mas eu vejo,vejo e sinto,sinto que há esperança,esperança e féno fundo dos seus olhos azuis.
AS ESTROFES DE DEUS
O vazio que João Cabral sentia,Buraco negro do humano universo.Saudável e questionadora melancolia,Inspiração infindável do verso.
Mundo hedonista e insatisfeito,No coração pulsa a desarmonia;Fenda incurável no peito,Nascente insondável de poesia.
Preencher os vazios da alma,Sobreviver nesta terra sem ética.Querigma que o coração acalmaNas estrofes de Deus e da poética.
Wagner Luiz AndrioteColegiado/São Paulo/SP
36 37POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
Vera Regina de BarcellosConselho/Florianópolis/[email protected]
MEUS PÁSSAROS!
São meus... não sei!Quem sabe?No momentoQue olhoO compasso musicalDos vôos ondulantesSuas plumas em nuançasNos tons arcos em risqueNo momentoQue sigoO bailado de seus vôosDesconcertando o rumoDos ventosAos planos cálidosDe seus rasantes...No momentoOuçoA balada dos rouxinóisE os tons tremulantes dos pardalsAdentro no canto felizDos pequenos seresPo sentirem-se feliz por que cantamOu cantam porque são felizes?Meus cantores em plumas coloridasSão meus...No momento queEm sintonia harmoniosa com todosParticipo de cada desabrocharDe seus trinadosSim... são meus...Nestes momentosOs pássaros de Deus!
Wilson Rosa da FonsecaColegiado/Rio Grande/RS
CANTO A GONÇALVES DIAS
Quero expressar nos versos,Que ouso aqui em criar,Com uma linguagem pobre,Mas capaz de homenagear,Aquele que fez do seu exílio,Nas lonjuras de além-mar,Uma declaração de amor...Em que a saudade de cá,Trazia-lhe intensamente,À vontade de regressar.
A terra que lhe viu crescerEntre palmeiras e sabiás...Ficara de braços abertos,Para o filho que veio de lá,Trazendo em suas bagagens,Uma nova forma de versejar,Nas margens daqueles rios,Mondego, Doiro e do Tejo,Escreveu seus Primeiros Cantos,O suficiente para lhe consagrar.
Na sua “Canção do Exílio”,Escuto o Canto do Guerreiro...A voz do homem ameríndio,Em todos os lugares ecoou,Sua flecha, sua lança seu boré!Estão todos reunidos no estro,Dê quem soube firme manejar,Esta arma poderosa sem sangrar!Fez com habilidade de sua poesia,Os poderosos nos índios pensar
CHUPANDO MANGA
Quando teu beijo me tocaBoca na boca, fome e pãoLábios molhadosRelva e cetimCurtindo licoresFermentando a massa.
Teu beijo, lagoa mansaSabor de outono, trepando galhos.Criança que se lambuzaChupando manga madura.
Teus lábios me acudindoTransfusão de salivasInundando entregas Vinho antigo de minha adegaAlgodão doce do meu parque.
BocasSol e sorveteEsquentando línguasLambendo doçuras.
Zeila Fátima GiangiácomoDecana/Sorocaba/SP
Therezinha de Jesus LopesAssinante/Juiz de Fora/MG
Sigrid Spolzino Porto PontesColegiado/Brasília/DF
Yara Regina FrancoPraeclarus/Araraquara/SP
SAUDADE
Descrevê-la até que é fácil!Difícil é senti-la... Minha nossa!Como pesa esse sentimento vazio!
ASAS DO MEU TEMPO
As borboletas azuis voam para o Sol.Flutuam entre flores coloridasEm silenciosos campos de arrebol.O alternar de asas diz tanto,Basta olhar.São belas, frágeis, ágeis,Fortes e raras.Produtos da natureza,Ímpar e caras.Pintura e desenho perfeito,Obra de Deus sem defeito,Que atravessou séculos,Sei lá quanto tempo,Mas surgiu no meu espaço,No meu momento,Pra me trazer paz e alegria.Ficar feliz e agradecerPela luz desse bom dia,Pelas borboletas,Minhas asas para voar.
VALOR DAS PALAVRAS
Há palavras que são como cristais,Brilham... e sempre nos fazem felizes;Acalentam nossos tristes ais,Trazendo às nossas vidas mais matizes.
E muitas vezes, são como punhais,Ferem bem fundo, em horas infelizes,E nos fazem sofrer cada vez mais,Deixando-nos profundas cicatrizes.
Os sábios, pensam no que vão dizer...Na verdade a palavra tem poder,De elevar ou findar uma ilusão!
Jamais falemos de forma impensada,Sejamos sempre luz na caminhada,Levando alento a um triste coração!
38 39 CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA CRÔNICA -------------------POETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASILPOETAS DE TODO BRASIL------------------------------------------
Paulo Murilo Carneiro ValençaPraeclarus/Recife/PE
EXISTÊNCIA DE POBRE
Tudo passa, na lei natural da vida.No terracinho, na cadeira de balanço, Melo se cadência, voltado
às recordações do que tanto lhe marcou a existência de pobre, sacrificado operário, mas...-- Deixa pra lá, homem!Sorri e se balança, enfim, em paz com a vida que lhe oferece
nova dimensão em tudo. Outra visão da própria realidade.“-- Da própria realidade”...Repete baixinho, dando força ao quesente. Com força sente.Fecha os olhos e logo, adormece.A velha chega ao umbral da porta da sala que se comunica
com o terracinho erespeitando o repouso do marido, em passos cautelosos, retrocede aointerior da residência.
Que o Melo descanse... Afinal, ele bem merece esse repouso,como lutador de uma existência de pobre sacrificado, lutador de poucas glórias e... Bomcompanheiro.
-- Sim, “bom companheiro”.Então sorri, grata ao momento no qual se sente feliz.
COM VOCÊ
Com você ao meu lado,Sinto que nem tudoestá perdido!Sempre há uma sementede esperançaCom você junto de mim!Sou capaz de desafiar o fim,Com a certeza de queele nunca se acabará.Com você, admirei estrelasque brilhavam para nos distrair.Com você, dividi minhas alegrias;porém, jamais fui capazde dar-te uma lágrima apenasque traduzisse meus momentosde tristeza.Com você, tudo demaravilhoso eu fiz!Fiz somente o que lhe deixava feliz...Sabe por quê?Porque todo o tempo que passeiao seu lado foi a buscada minha felicidade.Você foi o único alguémque me deu amor de verdade.
Sílvia Alessandra P. da SilvaDecana/Piracicaba/SP
EM QUE ACREDITO
Acredito no amorPor ser eterno, universal,Representar o dom supremoDa humanidadeE a materialização deDeus em cada um de nós.Quem ama não agride,Não maltrata, não violenta,Não destrói, não humilha, não mata.Quem ama exalta, apóia,Vibra com o sucesso do outro.Quem ama vive confiante,Contagiando as pessoas com sua felicidade.Acreditar no amorÉ acreditar no bem, na verdade, na justiça,Nos sonhos, nas paixões, no ser humano,Na energia, na oração e, acima de tudo... É acreditar no Poder de Deus!
Cecília Rodrigues de SouzaConselho/Manaus/[email protected]
QUATRO ESTAÇÕES
Brisa leve, primaverado teu olhar encantadoadornaram com flor rara
meus cabelos emaranhadosas tuas mãos sutis.
Sonhos medram na poesiade teus lábios rubros
tocando-me as fantasias,os desejos, a tez jubilosa
que delira ao encantodeste fascínio.
Noiva florescente, enraizadano teu jardim, exalando delícia
da aurora sobre a pele exultanteda relva doada por tuas quatro estações.
Semeaste cada pétala que envolve meu ser.Adubaste solo fértil. Regaste todos
os dias de minha existência como som da melodia das tuas juras.
Hercília Gomes SiqueiraColegiado/Uberaba/MG
SUCESSONo mundo de hoje, as pessoas tem medo de arriscar, por outro
lado o mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes. Devemos também acreditarem nós mesmos, lutar para realizar os projetos de vida, acreditando sempre na vitória.
O sucesso em nossa vida profissional, familiar, entre os amigos,não depende somente de nossa situação sócio-econômica, mas sim de ajudar as pessoas arealizarem seus sonhos, suas situações de conflitos e os temores.
Não podemos esquecer, e refletir que o sucesso das pessoasestá ligado ao comportamento e acima de tudo devemos repudiar a arrogância, enaltecendoa humildade, o preparo.
Simplesmente, a capacidade de reaprender, de pedir uma simplesdesculpa, pois a felicidade é feita de coisas pequenas.
Enfim, o nosso sucesso, nossa felicidade, estáligada ao sucesso de pessoas com as quais nos relacionamos ou admiramos.
Laércio Trevisan JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP
VIETNÃ
Roda, roda, roda...Tzé, tzé, tzé!Napalm, napalm,napalm...Americano amigo é!
Carlos Moraes JúniorPraeclarus/Piracicaba/SP
![TABELAS DE CORRESPONDÊNCIA DE ANUIDADE (2021) 1. … · 2020. 10. 6. · Editado pela Assessoria de Comunicação.ASCOM/CRTR—14 [AP/PA] Page 1 TABELAS DE CORRESPONDÊNCIA DE ANUIDADE](https://static.fdocumentos.com/doc/165x107/60c922a9741fe679ff0c8070/tabelas-de-correspondncia-de-anuidade-2021-1-2020-10-6-editado-pela-assessoria.jpg)
