Não quero falar sobre dízimo

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Não quero falar sobre dízimo. Mas, me responda, por favor: Quando você sai com seus amigos e vai a uma pizzaria, por exemplo, depois de comerem uma deliciosa pizza, beberem suco ou refrigerante e conversarem bastante, depois de muitas risadas... Quem paga a conta??? Você acha justo que, todas as vezes que alguém vai ao restaurante na companhia de seus amigos apenas eles paguem a conta daquilo que tal pessoa também usufruiu? Pensou eu que não é assim que se deva proceder. Acredito também que você não concorde com quem age dessa forma. Mas, qual seria a maneira mais justa de dividir a conta então? Existe algumas maneiras, deixe-me mostrar algumas... A primeira é “cada um paga o que consumiu!Essa é uma forma muito justa de partilhar as despesas de uma lanchonete, restaurante ou pizzaria, afinal quem consome mais, paga mais e ninguém fica obrigado a pagar pelo que não usufruiu. Neste caso cada um deve consultar seu próprio bolso antes de fazer seu pedido, para ver se tem como arcar com as despesas que vai contrair. Infelizmente, essa maneira de dividir a conta pode levar a situações muito constrangedoras, por exemplo: você já imaginou ir a um jantar com um casal amigo e vê-los pedir lagosta, um prato caríssimo, e saber que você só tem dinheiro para um sanduíche de pão com mortadela (que eu gosto muito)? Nesta maneira de dividir as despesas só quem não consome nada não paga nada. Alguém dirá: cada um pede o que pode pagar. Certo, mas fica o constrangimento. Além do constrangimento, existe ainda o problema que esta maneira de dividir a conta traz: Não é possível fazer sempre assim. Há situações em que não é possível mensurar tão precisamente o consumo individual. Despesas como a energia elétrica da nossa casa e salário do vigilante do condomínio, bem como muitas outras, não são possíveis ratear pelo consumo individual. Neste caso, talvez seja melhor usar outro método de divisão: a divisão em partes iguais!É muito comum que as contas sejam divididas em partes iguais, mesmo nos restaurantes e pizzarias, ainda que não pareça muito justo, pois pode ocorrer de alguém que coma muito pague o mesmo que alguém que come pouco. Entretanto, dessa maneira, todos usufruem dos benefícios e cada um contribui para isso. Todos comem, todos pagam! Sem constrangimento! Só tem uma questão... esse método não contempla o poder aquisitivo de cada um. Aqui não interessa se um recebe um e o outro, vinte salários mínimos, todos pagam a mesma quantia. Nem o governo secular age dessa maneira (ao menos em tese), mas obedecendo a um princípio de isonomia quem ganha mais, paga mais! Ao menos deveria pagar, sei que lá como cá existem os sonegadores. Assim uma terceira maneira de dividir a despesa leva em conta as condições de cada um: “Quem ganha mais, paga mais!” Vejo que algo bom nesse método é o fato de que todos usufruem dos benefícios e todos cooperam em partes que apesar de não serem iguais no valor monetário, são equânimes à capacidade de cada um. Ninguém fica sobrecarregado com um peso que não pode suportar. Pensando agora em nossa Igreja (que para mim é mesmo que uma família) qual seria a melhor maneira de dividir as despesas (sim, nós as temos, e são muitas)? Dependendo da sua resposta te convido para comermos juntos uma pizza!!! Rev. Giovanni Guimarães

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Não quero falar sobre dízimo. Mas, me responda, por favor: Quando você

sai com seus amigos e vai a uma pizzaria, por

exemplo, depois de comerem uma deliciosa

pizza, beberem suco ou refrigerante e

conversarem bastante, depois de muitas

risadas... Quem paga a conta???

Você acha justo que, todas as vezes que

alguém vai ao restaurante na companhia de

seus amigos apenas eles paguem a conta

daquilo que tal pessoa também usufruiu?

Pensou eu que não é assim que se deva

proceder. Acredito também que você não

concorde com quem age dessa forma.

Mas, qual seria a maneira mais justa de

dividir a conta então? Existe algumas maneiras, deixe-me mostrar algumas...

A primeira é “cada um paga o que consumiu!” Essa é uma forma muito justa de partilhar as

despesas de uma lanchonete, restaurante ou pizzaria, afinal quem consome mais, paga mais e

ninguém fica obrigado a pagar pelo que não usufruiu. Neste caso cada um deve consultar seu

próprio bolso antes de fazer seu pedido, para ver se tem como arcar com as despesas que vai

contrair. Infelizmente, essa maneira de dividir a conta pode levar a situações muito

constrangedoras, por exemplo: você já imaginou ir a um jantar com um casal amigo e vê-los

pedir lagosta, um prato caríssimo, e saber que você só tem dinheiro para um sanduíche de pão

com mortadela (que eu gosto muito)? Nesta maneira de dividir as despesas só quem não

consome nada não paga nada. Alguém dirá: “cada um pede o que pode pagar”. Certo, mas fica

o constrangimento. Além do constrangimento, existe ainda o problema que esta maneira de

dividir a conta traz: Não é possível fazer sempre assim. Há situações em que não é possível

mensurar tão precisamente o consumo individual. Despesas como a energia elétrica da nossa

casa e salário do vigilante do condomínio, bem como muitas outras, não são possíveis ratear

pelo consumo individual.

Neste caso, talvez seja melhor usar outro método de divisão: “a divisão em partes iguais!” É

muito comum que as contas sejam divididas em partes iguais, mesmo nos restaurantes e

pizzarias, ainda que não pareça muito justo, pois pode ocorrer de alguém que coma muito pague

o mesmo que alguém que come pouco. Entretanto, dessa maneira, todos usufruem dos

benefícios e cada um contribui para isso. Todos comem, todos pagam! Sem constrangimento!

Só tem uma questão... esse método não contempla o poder aquisitivo de cada um. Aqui não

interessa se um recebe um e o outro, vinte salários mínimos, todos pagam a mesma quantia.

Nem o governo secular age dessa maneira (ao menos em tese), mas obedecendo a um princípio

de isonomia quem ganha mais, paga mais! Ao menos deveria pagar, sei que lá como cá existem

os sonegadores.

Assim uma terceira maneira de dividir a despesa leva em conta as condições de cada um:

“Quem ganha mais, paga mais!” Vejo que algo bom nesse método é o fato de que todos

usufruem dos benefícios e todos cooperam em partes que apesar de não serem iguais no valor

monetário, são equânimes à capacidade de cada um. Ninguém fica sobrecarregado com um peso

que não pode suportar.

Pensando agora em nossa Igreja (que para mim é mesmo que uma família) qual seria a melhor

maneira de dividir as despesas (sim, nós as temos, e são muitas)?

Dependendo da sua resposta te convido para comermos juntos uma pizza!!!

Rev. Giovanni Guimarães