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Copyright © 1980, ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas Printed in Brazil/ Impresso no Brasil Todos os direitos reservados Sede: Rio de Janeiro Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680 Rio de Janeiro - RJ Tel.: PABX (021) 210 -3122 Fax: (021) 220-1762/220-6436 Endereço Telegráfico: NORMATÉCNICA ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 6146 DEZ 1980 Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção Palavras-chave: Invólucros. Proteção mecânica 14 páginas Origem: Projeto EB-1017/1980 CB-03- Comitê Brasileiro de Eletricidade CE-03:017.06 - Comissão de Estudo de Graus de Proteção Providos de Invólucros Esta Norma cancela e substitui as NBR 5374, NBR 5408 e NBR 5423/1977 Esta Norma foi baseada na IEC 529/1976 Especificação SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Designação (Sistema de classificação) 3 Graus de proteção - Primeiro numeral característico 4 Graus de proteção - Segundo numeral característico 5 Marcação 6 Requisitos gerais para ensaios 7 Ensaios para o primeiro numeral característico 8 Ensaios para o segundo numeral característico ANEXO A - Tabelas ANEXO B - Figuras 1 Objetivo 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis aos graus de proteção providos por invólucros de equipamentos elé- tricos de tensão nominal não superior a 72,5 kV, e espe- cifica os ensaios de tipo para verificação das várias classes de invólucros. Os tipos de proteção cobertos por esta Norma são os seguintes: a) contra o contato ou a aproximação de pessoas a partes vivas, contra o contato a partes móveis (que não sejam eixos lisos ou congêneres) no interior do invólucro e contra a penetração de corpos sólidos estranhos no equipamento; b) contra a penetração prejudicial de água no interior do invólucro onde está o equipamento. Nota: A proteção de partes móveis externas ao invólucro, tais como ventiladores, deve ser prescrita pela norma corres- pondente ao equipamento. 1.2 Esta Norma se aplica somente aos invólucros que estejam sendo apropriadamente empregados, sob todos os aspectos, na utilização prevista e que, do ponto de vista dos materiais e da fabricação, assegurem que as propriedades consideradas nesta Norma se mantenham nas condições normais de serviço. 1.3 Esta Norma não especifica graus de proteção contra danos mecânicos ao equipamento, risco de explosões, ou condições tais como umidade (por exemplo, produ- zida por condensação), vapores corrosivos, fungos, ver- mes ou animais daninhos. 1.3.1 Não são considerados partes do invólucro as cercas ou guarda-corpos externos ao invólucro, os quais devem ser colocados somente para segurança pessoal, não sendo assim previstos nesta Norma. 2 Designação (Sistema de classificação) A designação para indicar o grau de proteção é consti- tuída, pelas letras características IP, seguidas de dois números (os “numerais” característicos), que indicam conformidade com as condições estabelecidas nas Tabelas 1 e 2 do Anexo A, respectivamente para o pri- meiro e segundo numerais e que cobrem os tipos descritos em 1.1-a) e 1.1-b). Quando a montagem do equipamento puder influir no grau de proteção, o fabricante deve dar esta informação em seus manuais de instrução de montagem.

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NBR 6146DEZ 1980

Invólucros de equipamentos elétricos -Proteção

Palavras-chave: Invólucros. Proteção mecânica 14 páginas

Origem: Projeto EB-1017/1980CB-03- Comitê Brasileiro de EletricidadeCE-03:017.06 - Comissão de Estudo de Graus de Proteção Providos deInvólucrosEsta Norma cancela e substitui as NBR 5374, NBR 5408 e NBR 5423/1977Esta Norma foi baseada na IEC 529/1976

Especificação

SUMÁRIO1 Objetivo2 Designação (Sistema de classificação)3 Graus de proteção - Primeiro numeral característico4 Graus de proteção - Segundo numeral característico5 Marcação6 Requisitos gerais para ensaios7 Ensaios para o primeiro numeral característico8 Ensaios para o segundo numeral característicoANEXO A - TabelasANEXO B - Figuras

1 Objetivo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis aos graus deproteção providos por invólucros de equipamentos elé-tricos de tensão nominal não superior a 72,5 kV, e espe-cifica os ensaios de tipo para verificação das váriasclasses de invólucros. Os tipos de proteção cobertos poresta Norma são os seguintes:

a) contra o contato ou a aproximação de pessoas apartes vivas, contra o contato a partes móveis (quenão sejam eixos lisos ou congêneres) no interiordo invólucro e contra a penetração de corpossólidos estranhos no equipamento;

b) contra a penetração prejudicial de água no interiordo invólucro onde está o equipamento.

Nota: A proteção de partes móveis externas ao invólucro, taiscomo ventiladores, deve ser prescrita pela norma corres-pondente ao equipamento.

1.2 Esta Norma se aplica somente aos invólucros queestejam sendo apropriadamente empregados, sob todosos aspectos, na utilização prevista e que, do ponto devista dos materiais e da fabricação, assegurem que aspropriedades consideradas nesta Norma se mantenhamnas condições normais de serviço.

1.3 Esta Norma não especifica graus de proteção contradanos mecânicos ao equipamento, risco de explosões,ou condições tais como umidade (por exemplo, produ-zida por condensação), vapores corrosivos, fungos, ver-mes ou animais daninhos.

1.3.1 Não são considerados partes do invólucro as cercasou guarda-corpos externos ao invólucro, os quais devemser colocados somente para segurança pessoal, nãosendo assim previstos nesta Norma.

2 Designação (Sistema de classificação)

A designação para indicar o grau de proteção é consti-tuída, pelas letras características IP, seguidas de doisnúmeros (os “numerais” característicos), que indicamconformidade com as condições estabelecidas nasTabelas 1 e 2 do Anexo A, respectivamente para o pri-meiro e segundo numerais e que cobrem os tipos descritosem 1.1-a) e 1.1-b).

Quando a montagem do equipamento puder influir nograu de proteção, o fabricante deve dar esta informaçãoem seus manuais de instrução de montagem.

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2.1 Numeral característico único

Quando for necessário indicar a classe de proteção ape-nas por meio de um numeral característico, o numeralomitido deve ser substituído pela letra X. Por exemploIPX5 ou IP2X.

2.2 Letras suplementares

2.2.1 Se a norma de um determinado tipo de equipamentopermitir, pode ser dada uma informação por meio de umaletra suplementar após os numerais da classificação. Emtais casos a norma deve indicar claramente o pro-cedimento adicional a considerar durante os ensaiospara tal classificação.

2.2.2 As letras S, M ou W, só devem ser utilizadas com asseguintes significações:

a) S - o ensaio de proteção contra a penetração preju-dicial de água deve ser efetuado com o equipa-mento em repouso;

b) M - o ensaio de proteção contra a penetração deágua deve ser efetuado com o equipamento emfuncionamento;

c) W (colocado imediatamente após as letras IP) - oequipamento é projetado para utilização sob con-dições atmosféricas específicas e previsto com me-didas ou procedimentos complementares de pro-teção. Tanto as condições atmosféricas especifica-das como as medidas ou procedimentos comple-mentares de proteção devem ser objeto de acordoentre fabricante e usuário.

Nota: A ausência das letras S e M deve significar que

será dado o grau de proteção desejado sob todas

as condições normais de serviço.

2.3 Exemplos de designações

2.3.1 Invólucro protegido contra a penetração de objetossólidos cuja menor dimensão é maior que 1,0 mm e contraprojeções d’água. Exemplo:

2.3.2 lnvólucro protegido contra a penetração de objetossólidos cuja menor dimensão é maior que 12 mm e contraaspersão d’água (em chuva) devendo o ensaio de as-persão ser feito com o equipamento em repouso. Exem-plo:

3 Graus de proteção - Primeiro numeralcaracterístico

3.1 O primeiro numeral característico indica o grau deproteção dado pelo invólucro em relação às pessoas eao equipamento no seu interior.

3.2 A Tabela 1 do Anexo A descreve, sumariamente, na3ª coluna, os objetos que, para cada grau de proteção re-presentado pelo primeiro numeral característico, “não de-vem poder penetrar” no interior do invólucro.

3.3 A expressão “não devem poder penetrar” significaque partes do corpo humano, ferramentas ou fios segurospor uma pessoa, não podem penetrar no invólucro ou, seisto ocorrer, será mantida uma distância suficiente paraas partes vivas ou partes móveis perigosas (eixos lisosem rotação ou similares não são considerados perigosos).

3.4 A 3ª coluna da Tabela 1 do Anexo A fornece tambémas dimensões mínimas dos corpos sólidos estranhos quenão podem penetrar.

3.5 Uma vez satisfeito o grau de proteção declarado deum invólucro, estarão também satisfeitos todos os grausinferiores de proteção da Tabela 1 do Anexo A. Em conse-qüência, não será necessária a realização dos ensaiosde verificação dos graus inferiores de proteção.

4 Graus de proteção - Segundo numeralcaracterístico

4.1 O segundo numeral característico indica o grau deproteção dado pelo invólucro, tendo em vista a penetraçãoprejudicial de água. A Tabela 2 do Anexo A descreve, na3ª coluna, o tipo de proteção previsto para o invólucro,para cada um dos graus de proteção representado pelosegundo numeral característico.

4.2 Uma vez satisfeito o grau de proteção declarado deum invólucro, estarão também satisfeitos todos os grausinferiores de proteção da Tabela 2 do Anexo A. Em con-seqüência, não será necessária a realização dos ensaiosde verificação dos graus inferiores de proteção.

Letras características

Primeiro numeralcaracterístico(ver Tabela 1 do Anexo A)

Segundo numeralcaracterístico(ver Tabela 2 do Anexo A)

IP 4 4

Letras características

Primeiro numeralcaracterístico(ver Tabela 1 do Anexo A)

Segundo numeralcaracterístico(ver Tabela 2 do Anexo A)

Letra suplementar

IP 2 3 S

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5 Marcação

5.1 As prescrições relativas às marcações devem constarna norma específica de cada tipo de equipamento.

5.2 Se for o caso, tal norma deve também especificar ométodo de marcação a ser usado quando uma parte doinvólucro possuir um grau de proteção diferente de outraparte determinada ou quando o uso das letras suple-mentares (ver 2.2) modificar o grau de proteção.

6 Requisitos gerais para ensaios

6.1 Os ensaios especificados nesta Norma são ensaiosde tipo.

6.2 Salvo outro acordo entre as partes, os equipamentossubmetidos aos ensaios devem ser novos e estar limpos,com todas as partes em seus lugares e montadas da ma-neira indicada pelo fabricante.

6.3 As normas para cada tipo de equipamento devemconter dados, tais como:

a) o número de unidades a serem ensaiadas;

b) as condições de montagem e instalação, porexemplo, utilização de teto, telhado ou paredeartificiais;

c) precondicionamento;

d) os procedimentos de ensaio para furos de dre-nagem e aberturas de ventilação;

e) o estado do equipamento a ser ensaiado: ener-gizado ou não, em funcionamento ou em repouso;

f) interpretações dos resultados dos ensaios.

6.4 Na ausência dos dados indicados em 6.3 devem seradotadas as instruções dos fabricantes. No caso de o pri-meiro numeral característico ser 1 ou 2 e o segundo nu-meral característico ser 1, 2, 3 ou 4, uma inspeção visualpode, em certos casos óbvios, ser suficiente para concluirque foi obtido o grau de proteção almejado. Em tais casos,se permitido pelas normas específicas do equipamento,não é necessária a realização de ensaios. Todavia, emcaso de dúvida, os ensaios devem ser realizados deacordo com os capítulos 7 e 8.

6.5 Para os fins dos ensaios desta Norma, a expressão‘’distância adequada” tem os seguintes significados:

a) equipamento de baixa tensão (tensões nominaisiguais ou inferiores a 1000 V em CA ou 1500 V emCC),

- o dispositivo de ensaio (esfera, ponta de prova,fio, etc.) não toca as partes móveis, não sendoconsiderados como tais, os eixos lisos em ro-tação;

b) equipamento de alta tensão (tensões nominaissuperiores a 1000 V em CA ou 1500 V em CC),

- o equipamento deve ser capaz de suportar o en-saio dielétrico previsto com os dispositivos deensaio colocados na(s) posição(ões) mais des-favorável(eis);

- este ensaio dietético pode ser substituído poruma distância especificada no ar que assegureque este ensaio seja satisfeito nas condiçõesmais desfavoráveis de campo elétrico.

7 Ensaios para o primeiro numeral característico

Para o primeiro numeral característico zero, nenhum en-saio é exigido.

7.1 Ensaio para o primeiro numeral 1

7.1.1 O ensaio é efetuado aplicando-se uma esfera rígidade 50 mm de diâmetro (tolerância de + 0,05 mm) contraa(s) abertura(s) no invólucro, com uma força de50 N ± 10%.

7.1.2 A proteção será satisfatória se a esfera não passarpor nenhuma abertura e se as distâncias adequadasestiverem mantidas em relação às partes sob tensão emserviço normal ou em relação às partes móveis no interiordo invólucro.

7.2 Ensaio para o primeiro numeral 2

7.2.1 Ensaio com dedo-de-prova

7.2.1.1 O ensaio é feito com o dedo-de-prova metálico re-presentado na Figura 1 do Anexo B. As duas articulaçõesdeste dedo-de-prova podem ser inclinadas de um ângulode 90o em relação ao eixo do dedo, porém em uma e namesma direção somente. Sem exercer muita força (menosde 10 N) o dedo-de-prova deve ser empurrado contra to-das as aberturas do invólucro e, se penetrar, ser colocadoem todas as posições possíveis.

7.2.1.2 A proteção será satisfatória se for mantida umadistancia adequada entre o dedo-de-prova e partes vivasou móveis no interior do invólucro. Entretanto, é permitidotocar eixos lisos em rotação ou peças similares não pe-rigosas.

7.2.1.3 Para este ensaio as peças internas móveis podemser, se possível, colocadas em movimento lento.

7.2.1.4 Para ensaio em equipamentos de baixa tensão,pode-se ligar uma fonte de baixa tensão (igual ou superiora 40 V) em série com uma lâmpada apropriada, entre odedo de ensaio e as partes vivas no interior do invólucro.As partes condutoras cobertas apenas com verniz ou tin-ta, ou protegidas por oxidação ou processo similar, devemser cobertas com uma folha metálica eletricamente ligadaàs partes normalmente vivas em serviço.

7.2.1.5 A proteção estará satisfeita se a lâmpada não acen-der.

7.2.1.6 Para equipamentos de alta tensão, a distânciaadequada deve ser verificada por um ensaio dielétrico,ou por medição da distância no ar de acordo com os prin-cípios estabelecidos em 6.5-b).

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7.2.2 Ensaio com esfera

7.2.2.1 O ensaio é efetuado aplicando-se uma esfera rígidade 12,0 mm de diâmetro (tolerância de + 0,05 mm) contraas aberturas do invólucro com uma força de 30 N + 10%.

7.2.2.2 A proteção será satisfatória se a esfera não passarpor nenhuma abertura e se for mantida uma distânciaadequada em relação às partes sob tensão ou peçasmóveis no interior do invólucro.

7.3 Ensaio para o primeiro numeral 3

7.3.1 O ensaio é efetuado aplicando-se um fio ou umahaste, de aço rígido e retilíneo de 2,5 mm de diâmetro(tolerância de + 0,05 mm) contra as aberturas do invó-lucro, com uma força de 3 N ± 10%. A extremidade do fioou da haste deve ser isenta de asperezas e cortadasegundo uma seção reta.

7.3.2 A proteção será satisfatória se o fio ou a haste nãopuder penetrar no invólucro.

7.3.3 A maneira de interpretar esta prescrição no caso deequipamentos dotados de aberturas de ventilação oufuros de drenagem deve ser especificada na norma doequipamento.

7.4 Ensaio para o primeiro numeral 4

7.4.1 O ensaio é efetuado aplicando-se um fio de açorígido retilíneo de 1 mm de diâmetro (tolerância de+ 0,05 mm) contra as aberturas do invólucro, com umaforça de 1 N + 10%. A extremidade do fio deve ser isentade asperezas e cortada segundo uma seção reta.

7.4.2 A proteção estará satisfatória se o fio não puder pe-netrar no invólucro.

7.4.3 A maneira de interpretar esta prescrição no caso deequipamentos dotados de aberturas de ventilação oufuros de drenagem deve ser especificada na norma doequipamento.

7.5 Ensaio para o primeiro numeral 5

7.5.1 Ensaio de poeira

7.5.1.1 O ensaio é feito usando um equipamento que in-corpore os princípios básicos mostrados na Figura 2 doAnexo B, no qual mantém-se pó de talco em suspensãoem uma câmara adequadamente fechada. O pó de talcoutilizado deve poder passar por uma peneira de malhaquadrada de fios com diâmetro nominal de 50 µm elargura nominal entre fios de 75 µm. A quantidade de póde talco a ser usada deve ser de 2 kg por metro cúbico devolume de câmara. O mesmo pó não deve ser usado emmais de 20 ensaios.

7.5.1.2 Os tipos de invólucros são necessariamente deuma das duas categorias a seguir:

a) categoria 1:

- invólucros em que o ciclo normal de operaçãodo equipamento causa reduções na pressãointerna em relação à pressão atmosférica am-biente, devidas por exemplo ao efeito de ciclostérmicos;

b) categoria 2:

- invólucros em que não se produzem reduçõesda pressão em relação à pressão atmosféricaambiente.

Nota: A categoria do invólucro de cada equipamento deve ser especificada na própria norma do equipamento.

7.5.1.3 No caso de invólucros da categoria 1, o equipa-mento sob ensaio deve ser colocado no interior da câ-mara de ensaio e a pressão no interior do invólucro deveser mantida abaixo da pressão atmosférica por meio deuma bomba a vácuo. Se o invólucro possuir um únicofuro de drenagem, a conexão de sucção deve ser feita aeste furo e não a algum outro especialmente previsto pa-ra este ensaio. Se houver mais de um furo de drenagem,estes devem ser tampados para o ensaio.

7.5.1.4 O objetivo do ensaio é fazer passar no invólucro,se possível, por meio de uma depressão conveniente,um mínimo de 80 vezes o volume de ar do mesmo,sem exceder uma taxa de extração de 60 volumes porhora. Em qualquer caso, a depressão não deve exceder200 mm de água no manômetro da Figura 2 do Ane-xo B.

7.5.1.5 Se for obtida uma taxa de extração de 40 a 60 vo-lumes por hora, deve-se parar o ensaio após 2 h.

7.5.1.6 Se com uma depressão máxima de 200 mm deágua, a taxa de extração for menor que 40 volumes porhora, o ensaio deve continuar até que o volume de ar as-pirado seja igual a 80 vezes o volume de ar do invólucro,ou até que sejam decorridas 8 h.

7.5.1.7 Para invólucros de categoria 2, o equipamentosob teste deve ser colocado, em sua posição normal deoperação, no interior da câmara de ensaio, mas não deveser conectado à bomba a vácuo. Todo orifício para dre-nagem normalmente aberto deve permanecer aberto du-rante o ensaio. O ensaio deve durar 8 h.

7.5.1.8 Se for impraticável ensaiar o invólucro completodentro da câmara, deve-se aplicar um dos seguintes pro-cedimentos:

a) ensaiar partes do equipamento providas de in-vólucro individual;

b) ensaiar partes respectivas do equipamento quepossuam elementos como portas, aberturas deventilação, juntas, vedações, etc., com as partesvulneráveis do equipamento, tais como terminais,anéis, coletores, etc., instalados por ocasião doensaio;

c) ensaiar equipamentos menores comportando osmesmos detalhes em escala verdadeira.

Nota: Nos dois últimos casos, o volume de ar a aspirar atravésdo objeto sob ensaio deve ser o especificado para omaterial completo em escala verdadeira.

7.5.1.9 A proteção estará satisfatória se, por inspeção, severificar que o pó de talco não se acumulou em quan-tidades tais ou em local tal que, com qualquer outro tipode poeira, a correta operação do equipamento não fiqueprejudicada.

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7.5.2 Ensaio com fio

Se o equipamento for dotado de um furo de drenagem,deve ser ensaiado nas mesmas condições que o primeironumeral característico 4, isto é, usando-se um fio de1,0 mm de diâmetro (ver 7.4).

7.6 Ensaio para o primeiro numeral

7.6.1 O ensaio deve ser feito nas mesmas condições queas dadas para o grau de proteção 5 (ver 7.5).

7.6.2 A proteção estará satisfatória se, no fim do ensaio,não se observar depósito de poeira no interior do invó-lucro.

8 Ensaios para o segundo numeral característico

Os ensaios devem ser feitos com água doce. Para o se-gundo numeral característico zero, nenhum ensaio é exi-gido.

8.1 Ensaio para o segundo numeral 1

8.1.1 O ensaio é efetuado com auxílio de um equipamentocujo princípio é mostrado na Figura 3 do Anexo B. A va-zão de água deve ser razoavelmente uniforme sobre asuperfície total do aparelho e deve produzir uma chuvade aproximadamente 3 mm a 5 mm de água por minuto.

8.1.2 O equipamento sob ensaio deve ser colocado emsua posição normal de funcionamento sob o simuladorde chuva, cuja base deve ser maior do que a do equipa-mento a ensaiar. O suporte do invólucro a ensaiar deveser menor que a base do mesmo, exceto nos casos deequipamentos destinados a instalação em paredes te-tos.

8.1.3 Equipamentos normalmente instalados em umaparede ou teto devem ser fixados em sua posição normalde utilização em um quadro de madeira de dimensõesiguais às da superfície do equipamento em contato coma parede ou teto, quando o equipamento está instaladoem posição normal de utilização.

8.1.4 A duração do ensaio deve ser de 10 min.

8.2 Ensaio para o segundo numeral 2

8.2.1 O simulador de chuvas é o mesmo especificadoem 8.1, com a mesma vazão de água.

8.2.2 O equipamento deve ser ensaiado durante 2,5 minem cada uma de quatro posições inclinadas. Estas po-sições devem ter um ângulo de 15o de um lado e outro davertical em dois planos ortogonais.

8.2.3 A duração total do ensaio deve ser de 10 min.

8.3 Ensaio para o segundo numeral 3

O ensaio deve ser feito usando-se o equipamento mos-trado na Figura 4 do Anexo B com a condição de que asdimensões e a forma do invólucro a ser ensaiado sejamtais que o raio do tubo oscilante não exceda 1 m. Se estacondição não puder ser satisfeita deve ser usado o dis-positivo portátil de aspersão mostrado na Figura 5 doAnexo B.

8.3.1 Condições de utilização do equipamento de ensaioda Figura 4 do Anexo B

8.3.1.1 Pressão d’água:

a) aproximadamente 80 kN/m 2;

b) a fonte de água deve ser capaz de fornecer pelo menos 10 L/min.

8.3.1.2 Método:

a) o tubo oscilante deve ser dotado de furos deaspersão ao longo de um arco de 60o de cadalado do ponto central e deve ser fixado em umaposição vertical; o invólucro sob ensaio deve sermontado em uma mesa giratória de eixo vertical,aproximadamente no ponto central do semicírculo.A mesa deve ser girada a uma velocidade tal quetodas as partes do invólucro sejam molhadasdurante o ensaio;

b) a duração mínima do ensaio deve ser de 10 min;

c) quando não for possível girar o invólucro em umamesa giratória, o invólucro deve ser colocado nocentro do semicírculo e o tubo deve ser osciladode 60o para cada lado da posição vertical, àvelocidade de aproximadamente 60o/s durante5 min. O invólucro deve ser então girado em 90o

no plano horizontal, devendo o ensaio ser pro-longado por mais 5 min.

8.3.2 Condições de utilização do equipamento de ensaioda Figura 5 do Anexo B

8.3.2.1 O escudo contrapeso deve estar colocado paraeste ensaio.

8.3.2.2 A pressão d’água deve ser ajustada para forneceruma vazão de 10 ± 0 5 L/min (pressão de aproximada-mente 80 - 100 kN/m 2) .

8.3.2.3 A duração do ensaio deve ser de 1 min para cadametro quadrado de superfície calculada do invólucro(excluída qualquer superfície em elevação), com umaduração mínima de 5 min.

Notas: a) Para os fins deste ensaio, a superfície do invólucrodeve ser calculada com uma precisão de ± 10%.

b) Devem ser tomadas precauções de segurançaadequadas no ensaio do equipamento energizado.

8.4 Ensaio para o segundo numeral 4

As condições para decidir entre a aparelhagem da Figu-ra 4 ou da Figura 5 do Anexo B devem ser as mesmasque as indicadas em 8.3.

8.4.1 Condições de utilização do equipamento de ensaioda Figura 4 do Anexo B

8.4.1.1 O tubo oscilante deve ter furos sobre a total super-fície de 180o do semicírculo. A duração do ensaio, a taxade oscilação e a pressão de água são as mesmas de8.3.1.

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8.4.1.2 O suporte para o equipamento sob ensaio deveser perfurado de modo que não sirva de anteparo para aágua, devendo o invólucro ser aspergido de todas asdireções, pelo tubo oscilante, até o limite de seu cursoem cada direção.

8.4.2 Condições de utilização do equipamento de ensaioda Figura 5 do Anexo B

8.4.2.1 O escudo contrapeso deve ser removido do bicode aspersão, sendo o equipamento aspergido de todasas direções possíveis.

8.4.2.2 A vazão de água e o tempo de aspersão por uni-dade de área são os mesmos de 8.3.2.

8.5 Ensaio para o segundo numeral 5

8.5.1 O ensaio é feito por aspersão do invólucro de todasas direções possíveis, com um jato de água provenientede um bico de ensaio padronizado, tal como indicado naFigura 6 do Anexo B. Devem ser observadas as seguintescondições:

a) diâmetro interno do bico: 6,3 mm;

b) pressão d’água no bico: aproximadamente30 kN/m2 ;

c) vazão de água: 12,5 L/min ± 5%.

Nota: A pressão deve ser ajustada para atingir a vazão espe-cificada. A 30 kN/m2 a água deve subir livremente a umaaltura de aproximadamente 2,5 m acima do bico.

8.5.2 Outras condições:

a) duração do ensaio por metro quadrado de super-fície do invólucro: 1 min;

b) duração mínima do ensaio: 3 min;

c) distância do bico a superfície do invólucro: aproxi-madamente 3 m.

Nota: A distância pode ser reduzida, se necessário, para garantirque o invólucro seja adequadamente molhado quando seaspergir para o alto.

8.6 Ensaio para o segundo numeral 6

8.6.1 O ensaio é feito por aspersão do invólucro, de todasas direções possíveis, com um jato de água provenientede um bico de ensaio padrão, tal como indicado na Figu-ra 6 do Anexo B. Devem ser observadas as seguintescondições:

a) diâmetro interno do bico: 12,5 mm;

b) vazão de água: 100 L/min ± 5%;

c) pressão de água no bico: aproximadamente 100 kN/m2 .

Nota: A pressão deve ser ajustada para atingir a vazão espe- cificada. A 100 kN/m2 a água deve subir livremente a uma altura de aproximadamente 8 m acima do bico.

8.6.2 Outras condições:

a) duração do ensaio por metro quadrado de super-fície do invólucro: 1 min;

b) duração mínima do ensaio: 3 min;

c) distância do bico à superfície do invólucro: aproxi-madamente 3 m.

8.7 Ensaio para o segundo numeral 7

O ensaio deve ser feito imergindo-se completamente oinvólucro em água, de modo que sejam satisfeitas asseguintes condições:

a) a superfície de água deve estar a pelo menos150 mm acima da parte mais alta do invólucro;

b) a parte mais baixa do invólucro deve estar a pelomenos 1 m abaixo da superfície da água;

c) a temperatura da água não deve diferir da doequipamento em mais de 5oC. Esta prescriçãopode, todavia, ser modificada pela norma do equi-pamento, se os ensaios tiverem que ser reali-zados com o equipamento energizado ou emrotação.

8.8 Ensaio para o segundo numeral 8

As condições de ensaio são sujeitas a acordo entre fa-bricante e usuário, não podendo, entretanto, ser menosseveras que as prescritas em 8.7.

8.9 Estado do equipamento após os ensaios

8.9.1 Após os ensaios realizados de acordo com as pres-crições de 8.1 a 8.8, os invólucros devem ser inspecio-nados para a verificação da penetração de água.

8.9.2 À norma do equipamento deve ser possível espe-cificar a quantidade de água aceitável no interior do invó-lucro.

8.9.3 Em geral, seja qual for a quantidade de água quetiver penetrado no interior do invólucro, esta não deve:

a) ser suficiente para interferir com o bom funciona-mento do equipamento;

b) atingir partes vivas ou enrolamentos não proje-tados para funcionar molhados;

c) acumular-se nas proximidades dos terminais doscabos ou penetrar nos cabos.

8.9.4 Se o invólucro for dotado de furos de drenagem,deve ser verificado, por inspeção, que a água que penetrenão se acumule em seu interior e que possa sair semefeitos prejudiciais ao equipamento.

Se o invólucro não for dotado de furos, deve ser levadaem consideração a possibilidade de acumulação deágua.

/ANEXO A

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Primeiro numeral Grau de proteção Condiçõescaracterístico de ensaio

(referência) Descrição sucinta Corpos que não devem penetrar

0 Não protegido Sem proteção especial Nenhum ensaio

1 Protegido contra Uma grande superfície do corpo humano, 7.1objetos sólidos como a mão (mas nenhuma proteçãomaiores que 50 mm contra uma penetração deliberada).

Objetos sólidos cuja menor dimensão émaior que 50 mm

2 Protegido contra Os dedos ou objetos similares, de 7.2objetos sólidos comprimento não superior a 80 mm.maiores que 12 mm Objetos sólidos cuja menor dimensão

maior que 12 mm

3 Protegido contra Ferramentas, fios, etc., de diâmetro 7.3objetos sólidos ou espessura superior a 2,5 mm.maiores que 2,5 mm Objetos sólidos cuja menor dimensão

é maior que 2,5 mm

4 Protegido contra Fios ou fitas de largura superior a 7.4objetos sólidos 1,0 mm. Objetos sólidos cujamaiores que 1,0 mm menor dimensão é maior que 1,0 mm

5 Protegido contra Não é totalmente vedado contra a 7.5poeira penetração de poeira, porém a poeira

não deve penetrar em quantidadesuficiente que prejudique a operação doequipamento

6 Totalmente protegido Nenhuma penetração de poeira 7.6contra poeira

Notas: a) A descrição sucinta da coluna 2 desta Tabela não deve ser usada para especificar a forma de proteção. Deve ser usada somente como abreviação.

b) Para os primeiros numerais característicos 3 e 4, a aplicação desta Tabela a equipamentos dotados de furo de drenagem ou aberturas de ventilação deve ser prescrita pela norma do equipamento.

c) Para o primeiro numeral característico 5, a aplicação desta Tabela a equipamentos dotados de furos de drenagem deve ser prescrita pela norma do equipamento.

ANEXO A - Tabelas

Tabela 1 - Graus de proteção indicados pelo primeiro numeral característico

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Tabela 2 - Graus de proteção indicados pelo segundo numeral característico

Segundo numeral Grau de proteção Condições característico de ensaio

Descrição sucinta Proteção dada (referência)

0 Não protegido Nenhuma proteção especial Nenhum ensaio

1 Protegido contra As gotas d’água (caindo na vertical) 8.1quedas verticais não devem ter efeitos prejudiciaisde gotas d’água

2 Protegido contra A queda de gotas d’água vertical 8.2queda de gotas não deve ter efeitos prejudiciais quandod’água para uma o invólucro estiver inclinado em 15o parainclinação máxima qualquer lado de sua posiçãode 15o normal

3 Protegido contra Água aspergida de um ângulo de 8.3água aspergida 60o da vertical não deve ter efeitos

prejudiciais

4 Protegido contra Água projetada de qualquer direção 8.4projeções d’água contra o invólucro não deve ter

efeitos prejudiciais

5 Protegido contra Água projetada de qualquer direção 8.5jatos d’água por um bico contra o invólucro não

deve ter efeitos prejudiciais

6 Protegido contra Água proveniente de ondas ou 8.6ondas do mar projetada em jatos potentes não

deve penetrar no invólucro emquantidades prejudiciais

7 Protegido contra Não deve ser possível a penetração 8.7imersão de água, em quantidades prejudiciais,

no interior do invólucro imerso em água,sob condições definidas de tempo epressão

8 Protegido contra O equipamento é adequado para 8.8submersão submersão contínua em água, nas

condições especificadas pelofabricante

Nota: Normalmente, isto significa que oequipamento é hermeticamente selado,mas para certos tipos de equipamento,pode significar que a água pode penetrarem quantidade que não provoqueefeitos prejudiciais

Nota: A descrição sucinta da coluna 2 desta Tabela não deve ser usada para especificar a forma de proteção. Deve ser usada

/ANEXO B

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ANEXO B - Figuras

Figura 1 - Dedo-de-prova

Unid.: mm

Notas: a) As duas articulações do dedo podem se inclinar em um ângulo de 90o, mas somente em uma e mesma direção.

b) Tolerâncias:

- em ângulos: ± 5';

- em dimensões inferiores a 25 mm:

- em dimensões superiores a 25 mm: ± 0,2 mm.

+ 0- 0,05;

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Figura 2 - Equipamento para verificação da proteção contra poeira

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Unid.: mm

Nota: O suporte deve ser menor que o equipamento sob ensaio.

Figura 3 - Equipamento para a verificação da proteção contra gotas d'água

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Unid.: mm

Figura 4 - Equipamento para verificação da proteção contra a aspersão e projeção d'água

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NBR 6146/1980 13

Furos de 0,5, sendo:

- um furo no centro- dois círculos interiores com 12 furos (um a cada 30o)- quatro círculos exteriores com 24 furos (um a cada 15o)

Figura 5 - Equipamento portátil para verificação da proteção contra aspersão e projeção d'água

φ

Unid.: mm

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D' = 6,3 mm para o ensaio de 8.5

D' = 12,5 mm para os ensaios de 8.6

Figura 6 - Bico-padrão para os ensaios de projeção d'água

Unid.: mm