ÍNDICE DE TRANSpARêNCIA MuNICIpAL 2015 Câmara de...

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SEMANáRIO | Lousada | Paços de Ferreira | Paredes | Penafiel | Valongo Sex 18 Dezembro 2015 Ano VIII, 444.ª Edição Director: FRANCISCO COELHO DA ROCHA www.verdadeiroolhar.pt | [email protected] EuR 0,01 (IVA incluído) PUB CÂMARA DE VALONGO ENTRE AS MAIS TRANSPARENTES DO PAÍS pág. 06 ÍNDICE DE TRANSpARêNCIA MuNICIpAL 2015 PUB “É INjuSTO pARA A REgIãO NãO TER uM REpRESENTANTE NA ASSEMbLEIA DA REpúbLICA” pág. 08 SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA CONFIRMA POSSIBILIDADE DE INSOLVêNCIA DA PFR INVEST pág. 11 pAçOS DE FERREIRA ASSALTO A CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA ARQUIVADO. MAS LESADOS NãO CONSEGUEM RECUPERAR BENS pág. 18 pENAFIEL ENTREvISTA A gLóRIA ARAújO, Ex-DEpuTADA DO pS

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semanário | Lousada | Paços de Ferreira | Paredes | Penafiel | Valongo

Sex 18 Dezembro 2015Ano VIII, 444.ª Edição

Director: FRANCISCO COELHO DA ROCHAwww.verdadeiroolhar.pt | [email protected]

EuR 0,01 (IVA incluído)

PUB

Câmara de Valongo entre as mais transparentes do país

pág. 06

ÍNDICE DE TRANSpARêNCIA MuNICIpAL 2015

PUB

“É INjuSTO pARA A REgIãO NãO TER uM REpRESENTANTE NA ASSEMbLEIA DA REpúbLICA”pág. 08

Supremo Tribunal de JuSTiça confirma poSSibilidade de insolvência da PFr invest

pág. 11

pAçOS DE FERREIRA

aSSalTo a caixa de crédiTo agrícola arquivado. mas lesados não conseguem recuPerar bens

pág. 18

pENAFIEL

ENTREvISTA A gLóRIA ARAújO, Ex-DEpuTADA DO pS

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SextA-feIrA, 11 dez De 201502

RANkINg DAS ESCOLAS 2015

COLÉgIO CASA MãE ENTRE AS 10 ESCOLAS COM MELHORES RESuLTADOS NO ENSINO SECuNDáRIO

As notícias são positivas. No último ano lectivo, mais de 80% das escolas conseguiram nota positiva nos exames nacionais do ensino secundário (mais de 9,5 valores numa escala de zero a 20). O que não mudou é o facto de continuarem a ser as escolas pri-vadas a liderar os rankings dos melhores resultados. A nível nacional, o Colégio de Nossa Senhora do Rosário, no Porto, manteve-se no primeiro lugar do ranking do ensino se-cundário. No pódio das escolas cujos alunos obtiveram melhores resultados nos exames nacionais estão o Colégio da Rainha Santa Isabel e o Colégio de São Teotónio, ambas em Coimbra. No top 10 do país surge uma escola da região. O Colégio Casa Mãe, de Paredes, é a nona escola com melhores re-sultados. Os primeiros 24 lugares da lista

MAIS UMA Vez rAnkIngS São lIDerADoS Pelo enSIno PrIVADo

MAIS uM ANO, NOvOS RANkINgS. MAIS uMA vez elAbORAdOS COM bASe NAS NOTAS que OS AluNOS de CAdA eSCOlA CONSegueM NOS exAMeS NACIONAIS. AS lISTAgeNS, SAlIeNTe-Se, MOSTRAM NãO AS PIOReS Ou AS MelhOReS eSCOlAS, MAS SIM AS que MelhOReS Ou PIOReS ReSulTAdOS ObTIve-RAM NO úlTIMO ANO leCTIvO. AS SuRPReSAS SãO POuCAS, queR A Nível NACIONAl queR NA RegIãO. CONTINuAM A SeR AS eSCOlAS PRIvAdAS A lIdeRAR OS RANkINgS TANTO NO eNSINO SeCuNdáRIO COMO NO eNSINO báSICO. deSTAque PARA O COlégIO CASA Mãe que fICOu, MAIS uMA vez, eNTRe AS 10 eSCOlAS COM MelhO-ReS ReSulTAdOS NO eNSINO SeCuNdáRIO, A Nível NACIONAl. O eSTAbeleCIMeNTO de eNSINO de PA-RedeS OCuPA TAMbéM lugAReS CIMeIROS NOS RANkINgS dO 9.º e 6.º ANO, NeSTe úlTIMO TeM MeSMO O OITAvO lugAR A Nível NACIONAl. eM RelAçãO AOS exAMeS dO 4.º ANO, A eSCOlA MelhOR COlOCA-dA dA RegIãO é O exTeRNATO SANTA JOANA, eM vAlONgO.

FERNANDA pINTO | [email protected]

são todos ocupados por institui-ções de ensino privadas. A pri-meira escola pública do ranking surge só na 25.ª posição. A análise do veRdAdeIRO OlhAR é realizada com base nos rankings elaborados pelo Público e pela universidade Católica Por-tuguesa através dos dados divul-gados pelo Ministério da educa-ção. este ranking é feito com base nos oito exames nacionais com mais provas realizadas e elenca apenas as escolas onde foram re-alizadas 50 ou mais provas.

RANkINg REgIONAL LIDERADO pOR TRêS pRIvADAS

Além de ocupar o 9.º lugar do ranking nacional, o Colégio Casa Mãe surge ainda como a tercei-ra escola com melhores resulta-dos no distrito do Porto, sendo

apenas superado pelo Colégio de Nossa Senhora do Rosário e pelo Colégio luso-francês. Com uma média de 14 valores, completam o pódio da região mais duas escolas privadas. O externa-to Senhora do Carmo, de lousa-da, com uma média de 11,5, foi a segunda instituição com melho-res resultados, apesar de ter des-cido várias posições no ranking nacional, ficando na 97.ª posição (estava no top 50 o ano passado). em tendência inversa, surge o Colégio de ermesinde. A escola de valongo subiu quase 200 posições no ranking, ocupando o 102.º lu-gar nacional. A escola pública com melhores resultados da região é a escola básica e Secundária Norte, com média apenas duas décimas in-ferior à do Colégio de ermesin-de. Subiu quase 280 posições em relação ao último ano lectivo. foi

a 106.ª melhor a nível nacional. destaque também para a posição ocupada pela escola Secundária de Penafiel. Os bons resultados dos alunos deste estabelecimen-to de ensino colocam-na como a quinta melhor da região. de real-çar que nesta escola foi realizado o maior número de exames na re-gião – 1086. Mas são também duas escolas de Penafiel que ocupam os últi-

Escola de paredes com a melhor média do país a geografia

O ranking mostra ainda os resultados de cada escola por disciplina em análise. Também neste aspecto o Colégio Casa Mãe se destaca. Os alunos desta escola de Paredes conseguiram o 9.º melhor resultado do país na disciplina de Português, com média de 14,04. A lista é surpre-endentemente liderada por uma escola pública, a escola básica e Secundária frei gonçalo de Azevedo, de Cascais, com média 15,25. A Matemática o colégio priva-do de Paredes consegue também um bom resultado. Com média de 15,85 ocupa o 11.º lugar do ranking nacional. Nesta disci-

plina destaque ainda para o re-sultado conseguido pela escola básica e Secundária de lousada Norte, que surge no 25.º lugar do país, e é a terceira melhor insti-tuição de ensino pública. Nos exames do 11.º ano, o Co-légio Casa Mãe destaca-se ain-da nos resultados conseguidos em geografia e física e quími-ca. Na disciplina de geografia, os alunos deste colégio de Pa-redes conseguiram a melhor média do país, 15,93. Já em física e química a escola surge na 24.ª posição. de realçar ain-da o Colégio de ermesinde, em valongo, que conseguiu o 30.º melhor resultado.

e A nonA Melhor A PortUgUêS

mos lugares do ranking regional. A escola básica e Secundária do Pinheiro e a escola Secundária Joaquim de Araújo, com médias inferiores a nove valores, foram as escolas onde foram registados piores resultados. Média nega-tiva, abaixo de 9,5 valores, têm ainda a escola Secundária daniel faria, de Paredes, e a escola bá-sica e Secundária de Campo, de valongo.

AS DEz ESCOLAS COM MELHORES RESuLTADOS DO SECuNDáRIO NO pAÍS

1.º Colégio Nossa Senhora do Rosário – Porto – 15,12

2.º Colégio da Rainha Santa Isabel – Coimbra – 14,76

3.º Colégio de São Teotónio – Coimbra – 14,67

4.º Colégio São joão de brito – lisboa – 14,24

5.º Colégio Luso-Francês – Porto- 14,11

6.º Colégio Terras de Santa Maria – Santa Maria da feira – 14,06

7.º Colégio do Sagrado Coração de Maria – lisboa – 14,05

8.º Colégio D. Diogo de Sousa – Braga – 14,03

9.º Colégio Casa Mãe – Paredes – 14,00

10.º Colégio Moderno – lisboa – 13,90

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 03

Escola Secundária de penafiel faz alunos progredir acima da média

Este ano o Ministério da educação divulgou novos indi-cadores. um deles é o Indica-dor de progressão dos resul-tados dos alunos que permite comparar os resultados que os alunos obtiveram nos exames nacionais de Português e Ma-temática do 12.º com os resul-tados que tinham obtido nos exames do 9.º ano das mesmas disciplinas, três anos antes. Isso deixa analisar as escolas que fazem os alunos evoluir mais do que a média e aquelas que deixam que os alunos se-jam ultrapassados. Por exemplo, se um aluno fi-cou abaixo da média nacional nos exames do 9.º ano, mas fica acima da média nos exames do 12.º ano teve uma progressão positiva, enquanto se acontece o oposto a progressão é consi-derada negativa. A escola Secundária daniel faria, em baltar, surge como uma que fica entre os 25% pio-

res níveis de progressão, tanto a Português como a Matemá-tica, entre os anos lectivos de 2011/2012 e 2014/2015. No úl-timo ano em análise, duas es-colas de valongo, a escola Se-cundária de valongo e a escola básica e Secundária de Campo também ficaram entre os 25% de escolas que mais progredi-ram abaixo da média, nas duas disciplinas. Pelo contrário, a escola Se-cundária de Penafiel está nas que mais “puxa os seus alunos para cima” e os faz progredir mais do que a média nacional, a Português e Matemática. O Colégio Casa Mãe e o Colégio Nova encosta têm progressão positiva a Matemática. Já o Colégio de ermesinde, a es-cola Secundária de Alfena, e a escola básica e Secundária do Pinheiro estão entre as que ajudam os alunos a progredir mais do que a média a Portu-guês.

A PortUgUêS e MAteMátICA

RANkINg DAS ESCOLAS 2015

COLÉgIO CASA MãE ENTRE AS 10 ESCOLAS COM MELHORES RESuLTADOS NO ENSINO SECuNDáRIO

* Inclui apenas as escolas com mais de 50 exames realizados** Incluiu todas as escolas, independentemente do número de exames realizados

*** Escolas com menos de 50 exames realizados não assumem posição no ranking.

RANkINg NACIONAL

2014 **

10.º46.º

298.º384.º320.º181.º 21.º

238.º159.º417.º410.º142.º

554.º387.º524.º491.º522.º610.º560.º596.º

----460.º

NOME

Colégio Casa Mãeexternato Senhora do CarmoColégio de ermesindeescola Básica e Secundária de lousada norteescola Secundária de Penafielescola Secundária de Paços de ferreiraColégio nova encostaescola Secundária de Paredesescola Básica e Secundária de lordeloescola Secundária de lousadaescola Secundária de Alfenaescola Básica e Secundária Dr. Manuel Pinto de Vasconcelosescola Básica e Secundária de Vilelaescola Básica e Secundária de ermesindeescola Secundária de Valongoescola Básica e Secundária de lousada oesteescola Secundária Daniel fariaescola Básica e Secundária de Campoescola Básica e Secundária do Pinheiroescola Secundária Joaquim Araújoescola Básica e Secundária de rebordosaescola Básica e Secundária Dr. Mário fonseca

CONCELHO

ParedeslousadaValongolousadaPenafiel

Paços de ferreiraPaços de ferreira

ParedesParedes lousadaValongo

Paços de ferreira

ParedesValongoValongolousadaParedesValongoPenafielPenafielParedeslousada

MÉDIA

14,0011,5111,4611,4410,9410,8310,8110,7210,4510,3910,3710,27

10,129,989,739,569,349,088,888,17

12,6310,86

RANkINg NACIONAL

2015 *

9.º97.º

102.º106.º188.º210.º218.º245.º305.º314.º323.º340.º

366.º395.º437.º481.º501.º527.º545.º569.º

******

NúMERO

DE ExAMES

1065279

131108664177

78153

753180348

3526065621282801561821813016

RANkINg REgIONAL DAS ESCOLAS DO SECuNDáRIO

Loja 1 e sede:Av. S. José, 551

4580-095 Vilela PrdTelefone: 255963363

Loja 2:Edificio Cruzeiro

Av. Dr. Bernardo Pereira Leite, Loja 54580-352 Cristelo PrdTelefone: 255781270

26 JUN 15

Em Julho, o concelho de Pare-des vai passar a contar com um Balcão de Atendimento Perma-nente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Esta valência ficará instalada na Aldeia Agrícola de Paredes e tem como objectivo proporcionar um serviço de proximidade. Recorde-se que, com a passa-gem de Paredes da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sou-sa para a Área Metropolitana do Porto, os habitantes do concelho deixaram de ter como referência o Centro de Emprego de Penafiel e os processos passaram a ser analisados pelos técnicos do Cen-tro de Emprego de Valongo.

A Câmara Municipal de Paredes e o Instituto do Emprego e Forma-ção Profissional assinaram, esta segunda-feira, um protocolo para a criação de um Balcão de Atendi-mento Permanente do IEFP na ci-dade. Esta valência, que vai fun-cionar nas instalações da Aldeia Agrícola de Paredes, será inaugu-rada em Julho. “No ano passado fomos o 7.º

concelho que mais diminuiu o de-semprego na região Norte. Este ano, tenho a convicção que vamos voltar a estar na linha da frente pelo trabalho que temos feito na captação de investimento. Mas é importante que os que se man-têm desempregados tenham pro-ximidade a um balcão de atendi-mento”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Paredes. “Somos o 27.º maior concelho do país. É difícil de entender como um concelho desta dimensão não tinha esta valência”, sustentou ainda Celso Ferreira. Presente na sessão, o delegado regional do IEFP, César Ferreira, elogiou o contributo de Paredes na resposta aos inscritos no cen-tro de emprego. “A taxa de desem-prego ainda é muito elevada mas estamos a combatê-la. O próximo passo será ajudar a encontrar melhor emprego”, afirmou. Já o presidente do IEFP, Jorge Gas-par, realçou a importância deste Instituto, que considerou ser “a mais importante instituição da administração pública portugue-sa”, por ter como destinatários toda a população e instituições portuguesas e ter uma presença “física e actuante em todo o país”. “O balcão não fará apenas atendi-mento administrativo. Vai traba-lhar com desempregados, empre-sas e jovens e recolher ofertas de emprego assim como apresentar ofertas formativas”, disse.

ALUNOS DE LORDELO COM BONS RESULTADOS NO SUPERTMATIK

Foram 20 os alunos do Agrupamento de Escolas de Lordelo que participaram nos campeonatos escolares su-perTmatik. A competição decorreu nas vertentes de cálculo mental, matemática, Ciências Natu-rais e Física e Química con-tando com a participação de milhares de alunos. No Quiz de Ciências Natu-rais (VI Campeonato) desta-que para as participações de Bárbara Pinho, do 7.º ano, que ficou em 7.º lugar; de João Pe-dro Dias, do 5.º ano, 9.º lugar e de Beatriz Rodrigues, do 8.º ano, 14.º lugar. Já no terceiro campeonato do Quis de Física e Química o aluno melhor colocado do agrupamento foi José Luís Rodrigues, do 9.º ano. Foi o sé-timo melhor da sua categoria.

MAIS DE 400 IDOSOS EM DESFILE

A Câmara Municipal de Paredes, através do Pro-grama Movimento Sénior e em parceria com o grupo Sinergias XXI (Centro Social e Paroquial de Baltar), orga-nizou, na semana passada, um desfile de marchas popu-lares de S. João nas instala-ções do quartel dos Bombei-ros Voluntários de Baltar. O projecto “Sinergias XXI” resulta de uma parceira en-tre diversas instituições so-ciais do concelho de Paredes com o objectivo de, em con-junto, planear e organizar actividades especificamente direcionadas para a comuni-dade sénior. O desfile de marchas de S. João com a participação de 420 idosos das 12 IPSS do concelho de Paredes. No final realizou-se uma sardi-nhada.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201504

* Inclui apenas as escolas com mais de 50 exames realizados** Incluiu todas as escolas, independentemente do número de exames realizados

*** Escolas com menos de 50 exames realizados não assumem posição no ranking.

RANkINg NACIONAL

2014 **

33.º122.º10º36.º

299.º170.º371.º658.º281.º965.º390.º359.º

---537.º 491.º824.º662.º862.º702.º518.º432.º445.º646.º832.º959.º909.º

1022.º765.º872.º611.º676.º689.º

969.º71.º

171.º

NOME

Colégio Casa Mãeexternato Santa JoanaColégio de ermesindeexternato Senhora do Carmoescola Básica de Paredesexternato Maria Drosteescola Básica de frazãoescola Básica e Secundária de Pinheiroescola Básica de Paços de ferreiraescola Básica e Secundária de Vilelaescola Básica Dr. Manuel Pinto Vasconcelosescola Básica D. António ferreira gomesescola Básica e Secundária de ermesindeescola Básica de Penafiel Sulescola Básica Vallis longusescola Básica e Secundária de lousada oeste escola Básica e Secundária de Campoescola Básica de Sobreiraescola Básica de Baltarescola Básica e Secundária Dr. Mário fonsecaescola Básica de lousada Centroescola Básica de Paço de Sousaescola Básica de lousada esteescola Básica D. António ferreira gomesescola Básica de Penafiel Sudesteescola Básica de eirizescola Básica de Cristeloescola Básica de São lourençoescola Básica e Secundária de lousada norteescola Básica e Secundária de rebordosaescola Básica e Secundária de lordeloescola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos deSão João de Sobradoescola Básica de AlfenaColégio nova encostaColégio Marca d’água

CONCELHO

ParedesValongoValongolousadaParedes Valongo

Paços de ferreiraPenafiel

Paços de ferreiraParedes

Paços de ferreiraPenafielValongoPenafielValongolousadaValongoParedes ParedeslousadalousadaPenafiellousadaValongoPenafiel

Paços de ferreiraParedesValongolousadaParedesParedesValongo

ValongoPaços de ferreiraPaços de ferreira

RANkINg REgIONAL DAS ESCOLAS DO 6.º ANO DE ESCOLARIDADE

Média

4,164,103,943,863,263,153,083,063,063,043,043,033,033,012,992,982,982,962,942,882,872,872,852,842,802,792,742,712,682,662,652,65

2,593,973,50

RANkINg NACIONAL

2015 *

8.º14.º33.º44.º

162.º222.º297.º315.º316.º341.º346.º359.º364.º386.º411.º421.º435.º456.º484.º552.º562.º568.º588.º611.º656.º669.º728.º765.º792.º812.º820.º827.º

871.º******

NúMERO

DE ExAMES

70807856

57952

212248534186325483108382560196252208331150322276170173227282202476164194227192

2743226

* Inclui apenas as escolas com mais de 50 exames realizados** Incluiu todas as escolas, independentemente do número de exames realizados

*** Escolas com menos de 50 exames realizados não assumem posição no ranking.

RANkINg NACIONAL

2014 **

14.º48.º46.º

558.º703.º599.º317.º381.º413.º390.º651.º686.º521.º960.º663.º863.º645.º

1180.º1021.º635.º670.º

1045.º900.º528.º836.º409.º

1038.º1032.º1042.º1028.º720.º903.º

1197.º997.º

1225.º----

240.º1208.º

NOME

Colégio Casa Mãeexternato Senhora do CarmoColégio de ermesindeescola Secundária de Paredesescola Secundária de Paços de ferreiraescola Secundária de lousadaescola Básica Vallis longusescola Básica de Penafiel Sulescola Secundária de Valongoescola Secundária de Penafielescola Básica de frazãoescola Básica de Sobreiraescola Básica de eirizescola Básica e Secundária de rebordosaescola Básica de Paços de ferreiraescola Básica e Secundária de Pinheiroescola Básica e Secundária de Vilelaescola Básica e Secundária de lousada oesteescola Básica de São lourençoescola Básica de Paço de Sousaescola Básica e Secundária de ermesindeescola Básica de Cristeloescola Secundária de Alfenaescola Básica de lousada esteescola Básica de Baltarescola Básica de São João de Sobradoescola Básica e Secundária de Campoescola Secundária de freamundeescola Básica e Secundária de lordeloescola Básica de Penafiel Sudesteescola Básica e Secundária de lousada norteescola Básica e Secundária Dr. Mário fonsecaescola Básica D. António ferreira gomesescola Básica de Paredesescola Secundária Joaquim de Araújoexternato de Santa JoanaColégio nova encostaescola Básica de lousada Centro

CONCELHO

ParedeslousadaValongoParedes

Paços de ferreiralousadaValongoPenafielValongoPenafiel

Paços de ferreiraParedes

Paços de ferreiraParedes

Paços de ferreiraPenafiel ParedeslousadaValongoPenafielValongoParedesValongolousadaParedesValongoValongo

Paços de ferreiraParedesPenafiellousadalousadaPenafiel Paredes PenafielValongo

Paços de ferreiralousada

RANkINg REgIONAL DAS ESCOLAS DO 9.º ANO DE ESCOLARIDADE

MÉDIA

4,023,983,543,053,053,002,982,952,922,882,862,842,832,822,812,792,772,762,752,752,742,712,712,692,602,592,592,582,562,552,542,422,282,282,254,362,502,14

N.º DE ExAMES

605061

49429537622816218336221715622220424624212018029226439819627315930215217427622222917112015860

108331436

RANkINg NACIONAL

2015*

16.º21.º68.º

252.º253.º293.º331.º371.º408.º449.º474.º504.º510.º527.º536.º583.º606.º623.º629.º635.º651.º674.º679.º707.º820.º823.º824.º836.º859.º865.º868.º953.º

1025.º1026.º1039.º

*********

RANkINg DAS ESCOLAS 2015

privadas também lideram ranking do 9.º ano

À semelhança do que acontece com o ranking do 12.º ano, também o do 9.º ano é liderado por escolas pri-vadas. Na frente surge, mais uma vez, o Colégio Casa Mãe, de Paredes, com uma média de exames superior a quatro. A escola ocupa o 16.º lugar a nível nacional. Mais abaixo, na 21.ª posição, está o externato Senhora do Carmo, de lousada, que subiu vários lugares em relação aos re-sultados de 2014. Pelo contrário, o Colégio de ermesinde desceu posi-ções a nível nacional mas é a tercei-ra escola com melhores resultados na região. em comum, estas três escolas têm o facto de terem reali-zado entre 50 a 60 exames no ano lectivo em análise. Já nas três melhores públicas da lista regional foram realizados entre 295 e 494 exames. A escola Secun-

externAto SAntA JoAnA entre oS MelhoreS nAS DISCIPlInAS De PortUgUêS e MAteMátICA

dária de Paredes, a escola Secundá-ria de Paços de ferreira e a escola Secundária de lousada obtiveram ainda assim médias a rondar os três valores. em relação a 2014 to-das subiram centenas de lugares no ranking nacional. Com médias abaixo dos 2,5 valo-res, fecham o ranking quatro escolas: escola básica e Secundária dr. Mário fonseca; escola básica d. António ferreira gomes; escola básica de Pa-redes e escola Secundária Joaquim de Araújo. Por disciplina, destaque para os re-sultados alcançados pelos alunos do externato Santa Joana, de valongo, que põem a escola privada no top 10 das melhores a Português, com mé-dia de 4,38. A mesma escola privada fica também no 9.º lugar nacional dos melhores resultados a Matemática, com média de 4,35 valores.

Casa Mãe tem a oitava melhor média do país no 6.º ano

Das 1028 escolas onde se reali-zaram, pelo menos, 50 exames de Português e Matemática no 6.º ano, 863 são públicas (84%) e 165 são pri-vadas (16%). Mais uma vez as priva-das surgem à frente no ranking. 87 das melhores 100 médias do país são destes estabelecimentos de ensino. A nível nacional, a primeira pública surge na posição n.º35. A nível regio-nal a primeira escola pública, a escola básica de Paredes, fica no 162.º lugar. Os primeiros quatro lugares do ranking da região são ocupa-dos por colégios privados. Mais uma vez destaque para o Colégio Casa Mãe, de Paredes, que ficou entre os 10 melhores resultados do país. Com uma média de 4,16 é a 8.ª escola do ranking nacional. Seguem-se o externato Santa Jo-ana e o Colégio de ermesinde. de realçar que quer o Colégio Casa Mãe quer o externato Santa Jo-ana subiram várias posições em relação à lista de 2014, e ficam

15 eSColAS DA regIão CoM notAS ABAIxo DA MéDIA nACIonAl

ambos acima dos quatro valores de média. Além da escola básica de Paredes, que fica à frente do externato Maria droste (privado), entre as melhores públicas da região ficam ainda a es-cola básica de frazão, Paços de fer-reira, e a escola básica e Secundária do Pinheiro, Penafiel. em 2015, a média nacional de exa-mes (Português e Matemática) ficou nos 2,95 valores. Na região há 15 es-colas que ficam abaixo dessa marca. As últimas da lista são ambas de va-longo, são a escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de São João de Sobrado e a escola básica de Alfena. A Português destaque para os re-sultados do Colégio Casa Mãe, o 8.º do ranking nacional, e para o exter-nato Santa Joana, que ocupa a 14.ª posição da lista. A Matemática foram mais uma vez os alunos do colégio de Paredes a conseguir bons resulta-dos, surgindo como os 12.ºs melhor do país, com média de 4,26.

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 05

* Inclui apenas as escolas com mais de 50 exames realizados** Incluiu todas as escolas, independentemente do número de exames realizados

RANkINg NACIONAL

2014 **

55.º704.º747.º157.º733.º379.º202.º

1020.º254.º

2165.º2238.º282.º599.º

3091.º1179.º2729.º2327.º3255.º1799.º2825.º

---3346.º2840.º2168.º752.º

1395.º2661.º

---3277.º194.º

NOME

externato Santa JoanaColégio de ermesindeescola Básica de Boavistaexternato Senhora do Carmoescola Básica nº 2 de ParedesJardim escola João de DeusColégio Casa Mãeescola Básica de Penafielescola Básica de Valadoescola Básica de gandraescola Básica de Belaexternato Maria Drosteescola Básica nova de Valongoescola Básica de Sanfins de ferreiraescola Básica de Susãoescola Básica de recareiescola Básica de Mourizescola Básica de Vilelaescola Básica de Campoescola Básica de Balselhasescola Básica de Bitarãesescola Básica n.º 1 de lordeloescola Básica de Arreigada escola Básica de lagaresescola Básica de ferreiraescola Básica n.º 2 de Paços de ferreiraescola Básica n.º 3 de feira escola Básica de Cete escola Básica de Duas Igrejasescola Básica de Pias

Concelho

ValongoValongolousadalousadaParedesPenafielParedes Penafiel ValongoValongo ValongoValongoValongo

Paços de ferreiraValongoParedesParedesParedeslousadaValongoParedesParedes

Paços de ferreiraPenafiel

Paços de ferreiraPaços de ferreira

ParedesParedesParedeslousada

MÉDIA

3,813,793,753,703,703,643,583,583,563,553,513,513,503,503,493,483,483,463,453,443,443,403,383,383,363,303,293,283,273,27

RANkINg NACIONAL

2015 *

84.º100.º118.º147.º152.º194.º241.º242.º264.º265.º308.º311.º320.º325.º336.º349.º353.º358.º 369.º394.º399.º437.º456.º464.º501.º601.º613.º625.º645.º654.º

NúMERO

DE ExAMES

70988854

1405064

2709074885378528896

1841126066

156112606676

14092887456

RANkINg REgIONAL DAS 30 MELHORES ESCOLAS DO 4º ANO DE ESCOLARIDADE

RANkINg DAS ESCOLAS 2015

O “direitO de visita” dOs avós

No seio das relações familiares existem muitas ve-zes conflitos entre pais e filhos, ou sogros e genros/noras, que têm repercussões no convívio entre os avós e netos, chegando, em alguns casos, ao limite de impedir o relacionamento pessoal entre os avós e os netos.

estas situações, para além de representarem um prejuízo para o normal desenvolvimento das crian-ças, que necessitam do convívio e da presença dos avós, nomeadamente pelo papel lúdico e afectivo que estes desempenham, constituem uma clara vio-lação da lei.

O art.º 1887.º - A do Código Civil, aditado pela lei n.º 84/95, de 31.08, consagra o direito do menor ao con-vívio com os avós e, ainda, o direito dos avós a convi-ver com os netos, ao estatuir o seguinte:

Os pais não podem injustificadamente privar os fi-lhos do convívio com os irmãos e os ascendentes.

este direito dos menores está igualmente previsto no art.º 26.º n.º 1 da Constituição da República Por-tuguesa – direito ao desenvolvimento da persona-lidade.

A este propósito destacamos o Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 03.03.1998: “…presumindo a lei que a ligação entre os avós e o menor é benéfica para este, incumbirá aos pais a prova de que, no caso concreto, esse relacionamento ser-lhe-á prejudicial. de todo o modo, no confronto do interesse do menor com o interesse dos avós, prevalecerá sempre o do primeiro. O que significa que o interesse do menor condiciona o “direito de visita” dos avós. em caso de conflito entre os pais e os avós do menor, o interesse deste último será, assim, o critério decisivo para que seja concedido ou denegado o “direito de visita”.

boletim jurídico Nº 185 / 2015

edIfíCIO CeNTRO lex - Advogados & SolicitadoresMorada: Rua da Saudade, n.º102 | 4560-531 PenafielTelefone: 255 713 162 | e-mail: [email protected]

RENATO vICENTE

Advogado

Renato vicente & Associados Sociedade de Advogados, R.L.Sociedade de Advogados de responsabilidade limitada

Escola de Lousada no top 3 dos resultados do 4.º ano

Foram 4.173 as escolas que, no úl-timo ano lectivo, realizaram exames do quarto ano. Só nos cinco conce-lhos da região – lousada, Paços de ferreira, Paredes, Penafiel e valon-go – há 145 escolas com este nível de ensino. Por isso, apresentamos uma lista com as 30 que obtiveram melho-res resultados. Segundo os dados do Ministério da educação o número de escolas e alunos a realizarem exames dimi-

eStABeleCIMentoS De enSIno têM VInDo A MelhorAr notAS

nuiu nos últimos três anos. Por outro lado, a maioria das escolas tem vindo a melhorar os resultados todos os anos. Como acontece com os outros ní-veis de ensino, o ranking dos resulta-dos do 4.º ano, que inclui 1.348 esco-las que realizaram mais de 50 provas, é liderado por estabelecimentos de ensino privados. em termos regionais voltam a destacar-se duas escolas privadas de

Critérios utilizados

O veRdAdeIRO OlhAR fez esta análise através do ranking elaborado pelo Jornal Público, com base em indicadores fornecidos pelo Ministério da educação. Para as médias do ranking do ensino secundário foram contabilizados as notas dos oito exames com mais alunos inscritos: três do 12.º ano - Português, Matemática A e história); e cinco do 11.º ano - biologia e geologia, física e química A, geografia A, filosofia e Matemática Aplicada às Ciências Sociais. foram apenas contabilizados os exames feitos na primeira fase por alunos que frequenta-ram a escola todo o ano. Já no ranking do ensino básico são analisadas as provas do 9.º ano de Português e Matemática.

valongo, o externato Santa Joana e o Colégio de ermesinde, ambas entre as cem escolas com melhores resul-tados no país. Mas na terceira posição surge uma escola pública. A escola básica da boavista, de lousada, fica no 118.º lugar do ranking nacional, e à frente de outras escolas privadas da região. Tanto esta escola pública como o Colégio de ermesinde subi-ram cerca de 600 posições no ranking em relação a 2014. de facto, a maioria das escolas desta lista conseguiu su-bir vários patamares na tabela. destaque para as escolas de valon-go que ocupam oito dos primeiros 15 lugares da lista regional. O Novo Colégio de valongo obteve a melhor nota do país nas provas de Português – cinco valores. de realçar que esta escola privada realizou ape-nas dois exames. Com média de 4,3 valores, o Colégio Nova encosta, de Paços de ferreira, tem a quarta me-lhor média do distrito do Porto nesta disciplina (4,30), com 40 provas reali-zadas. esta escola privada é também a sétima melhor do distrito a Mate-mática, com média de 4,2 valores.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201506

REgIãO

CâMARA DE vALONgO ENTRE AS MAIS TRANSpARENTES DO pAÍS

Ainda “há muito trabalho a fazer” mas os “municípios portu-gueses conseguiram ganhos assi-naláveis na disponibilização de in-formação de interesse público nos seus websites”. A conclusão é da Transparência e Integridade, Asso-ciação Cívica (TIAC) que divulgou, esta quinta-feira, a terceira edição do índice de Transparência Munici-pal (ITM). O ranking, que elenca os 308 municípios do país e mede a transparência dos municípios em função da informação sobre a sua composição, funcionamen-to e gestão, disponibilizada nos portais das câmaras municipais, é liderado, pelo segundo ano consecutivo, por Alfândega da fé. valongo é a câmara mais bem colocada da região, tendo subido 110 posições em relação a 2014. No 13.º lugar é um dos municípios mais transparentes do país e o mais transparente da área Me-tropolitana do Porto e do distrito do Porto. Já lousada, que no ano passado surgia entre os 10 mu-nicípios mais transparentes do país, caiu algumas posições no ranking. Ainda assim, a câmara surge bem colocada, na 27.ª po-sição. é a autarquia mais trans-parente do vale do Sousa. Paços de ferreira, Paredes e Penafiel também aumentaram o seu índi-ce de transparência, em relação a 2014.

é o MUnICíPIo Melhor ColoCADo DA áreA MetroPolItAnA Do Porto e Do DIStrIto no ínDICe De trAnSPArênCIA MUnICIPAl 2015. loUSADA CAIU AlgUMAS PoSIçõeS MAS ContInUA A ter A CâMArA MAIS trAnSPArente Do VAle Do SoUSA. PAçoS De ferreIrA, PAreDeS e PenAfIel eStão MAIS trAnSPArenteS.

FERNANDA pINTO

[email protected]

RANkINg DA TRANSpARêNCIA MuNICIpAL 2015

vALONgO

LOuSADA

pAçOS DE FERREIRA

pENAFIEL

pAREDES

ALFâNDEgA DA FÉ LIDERA O RANkINg

Pelo terceiro ano, a TIAC lançou o índice de Transparência Muni-cipal que mede o grau de trans-parência das câmaras municipais

EvOLuçãO DO ÍNDICE DE TRANSpARêNCIA MuNICIpAL ENTRE 2013 E 2015

MuNICÍpIO

VAlongo

loUSADA

PAçoS De ferreIrA

PenAfIel

PAreDeS

ITM 2013

36

27

40

30

33

ITM 2014

35

60

35

22

32

ITM 2015

80

70

63

56

42

RANkINg 2013

115

229

66

194

159

RANkINg 2014

123

8

121

259

161

RANkINg 2015

13

27

47

71

146

através de uma análise da infor-mação disponibilizada aos cida-dãos nos seus websites. este índi-ce é composto por 76 indicadores agrupados em sete dimensões: informação sobre a organização, composição social e funciona-mento do município; planos e re-latórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade; contratação pú-blica; transparência económico-financeira; e transparência na área do urbanismo. Segundo esta Associação Cívi-ca, este ano houve um aumento “significativo” da informação dis-ponibilizada pelas câmaras mu-nicipais, o que mostra o esforço das autarquias para serem mais transparentes. Prova disso é que o “score médio” dos 308 municí-pios subiu de 34, em 2014, para 44,3, este ano. Mas ainda há mui-

to trabalho a fazer, garantem os responsáveis da TIAC. Pelo segundo ano consecuti-vo é Alfândega da fé que lidera o ranking dos municípios mais transparentes do país, com um índice de 94,2 (de zero a 100). Se-guem-se na lista das dez melho-res Arcos de valdevez (89,9), Car-regal do Sal (88,9), vizela (87,5), vila Nova de Cerveira (86,3), Tor-res Novas (85,0), Marinha grande (84,9), vila Pouca de Aguiar (83,7), Pombal (83,4) e vila do bispo (81,3). entre as 15 câmaras mais transparentes do país surge, no 13.º lugar, valongo, com um índi-ce de 79,9. A autarquia é a melhor posicionada da área Metropolita-na do Porto e mesmo do distrito do Porto, tendo subido 110 lu-gares no ranking em relação ao ano de 2014. “esta subida de 110

lugares comprova que os nossos esforços para promover o rigor e a transparência das contas públi-cas estão a dar frutos. estamos a investir numa comunidade mais esclarecida e participativa, pois acreditamos que os cidadãos com mais poder são os melhores alia-dos de uma gestão de boas contas, atenta, rigorosa e transparente”, referiu o presidente da Câmara Municipal de valongo, José Ma-nuel Ribeiro. O autarca foi um dos convidados para o debate sobre “A Reforma do Poder local: Prio-ridades e desafios”, promovido pela TIAC durante a apresenta-ção dos resultados do ITM 2015.

LOuSADA CAIu pOSIçõES MAS MANTÉM-SE COMO A CâMARA DO vALE DO SOuSA MAIS TRANSpARENTE

O segundo município com melhor resultado é lousada. A câmara gerida por Pedro Machado ocu-pava, em 2014, a 8.ª posição do ranking nacional. em 2015 caiu 19 lugares, para a 27.ª posição, apesar de o seu índice ter aumen-tado em relação ao ano anterior, sobretudo pelas grandes melho-rias conseguidas por outras au-tarquias. Mantém-se ainda assim como o município mais transpa-rente do vale do Sousa. lousada e valongo são as duas únicas autarquias da região com um índice acima dos 64, que a TIAC considera “bom”. As outras três autarquias em análise – Pa-ços de ferreira, Paredes e Pena-fiel – têm um ITM superior a 36, designado como “aceitável”. es-tes três concelhos aumentaram o seu índice de transparência no

último ano. Paços de ferreira subiu 74 po-sições no ranking. Ocupa agora o 47.º lugar. Penafiel protagonizou a maior subida da região, em re-lação a 2014. Passou da posição 259 para a 71 (subiu 188 lugares) e superou o concelho de Paredes que, este ano, é o pior classifica-do. A autarquia paredense surge em 146 no ranking da TIAC, apre-sentando uma ligeira melhoria quando comparados os resulta-dos com os de 2014. é a menos transparente da região. de realçar que estas cinco câ-maras municipais apresentam índices que as colocam na primei-ra metade da tabela que elenca os 308 municípios do país. São Ro-que do Pico (0,8), Calheta (2,3) e Corvo (7,6) são as autarquias com pior índice de transparência.

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 07

REgIãO

paços de Ferreira e valongo 100% transparentes na divulgação de informação económico-financeira

Uma análise mais detalhada dos dados deste índice da TIAC mostra que as câmaras de Paços de ferreira e valongo atingem os 100% de transparência na dispo-nibilização de informação econó-mico-financeira nos seus websites. em valongo, a autarquia atinge também o valor máximo na divul-gação de taxas e regulamentos. estas duas autarquias mostram-se ainda transparentes na sua rela-ção com a sociedade (índice de 93). lousada destaca-se pela informa-ção prestada quanto ao urbanismo (índice de 93). Já Paredes não é nada transparente em matéria de contratação pública (tem zero nes-ta dimensão).

pAREDES NADA TRANSpARENTE NA CONTRATAçãO púbLICA. LOuSADA COM ALTA TRANSpARêNCIA EM MATÉRIAS DE uRbANISMO

em relação a 2013 houve aumentos de transparência em quase todas as dimensões destes cinco conce-lhos, mostra o relatório da TIAC. em lousada, as áreas mais trans-parentes são as do urbanismo (93), da informação económico-finan-ceira e da organização, composi-ção e funcionamento da autarquia (71) e da contratação pública (64). Neste concelho quatro das sete di-mensões analisadas pelo ITM não sofreram alterações no último ano. entre 2014 e 2015, destaque para

A AUtArqUIA VAlongUenSe tAMBéM AtInge o VAlor MáxIMo Do InDICADor no qUe toCA A tAxAS e regUlAMentoS

o aumento da transparência nas áreas do urbanismo (cujo índice passou de 64 para 93) e dos planos e relatórios que a autarquia dispo-nibiliza aos cidadãos (aumento de 7 para 50). em Paços de ferreira o melhor indicador é o da informação eco-nómico-financeira que a câmara divulga no seu site, que subiu de 71 para 100. grande melhoria re-gistada também na relação com a sociedade, dimensão cujo índice aumentou dos 43 para os 93. este município é menos transparente em áreas como planos e relatórios, taxas e regulamentos e urbanismo, com índices de 43, mas ainda assim subiu em todos os indicadores ana-lisados. Paredes é, segundo o relatório desta Associação Cívica, a autar-quia menos transparente desta região. Isso justifica-se com os índices nos 50 ou abaixo disso em cinco das sete dimensões anali-sadas. A câmara ainda atinge um nível razoável de transparência na divulgação da informação eco-nómico-financeira – 71 -, valor que mantém desde 2013, e chega a um índice de 64 na organização, composição e funcionamento da câmara, tendo registado uma su-bida considerável nesse índice em relação a 2014. Mas quase não divulga planos e relatórios (36) e tem mesmo um índice de zero quando o tema é contratação pú-blica. O valor já era zero em 2014 e em 2013 era de apenas 14.

pENAFIEL MELHOROu SIgNIFICATIvAMENTE NA DIvuLgAçãO DE INFORMAçãO FINANCEIRA E SObRE CONTRATAçãO púbLICA

As áreas em que Penafiel é mais transparente são a económico-financeira (71), a organização, composição e funcionamento da autarquia e a relativa à contrata-ção pública (64). de realçar que estas dimensões registaram ele-vadas subidas em relação ao ano passado, altura em que a informa-ção económico-financeira e a con-tratação pública apresentavam um índice zero. esta câmara falha ainda na apresentação de planos e relatórios e no urbanismo, com ín-dices de 43. Por fim, valongo registou au-mento de transparência em to-das as dimensões analisadas pela TIAC. de salientar os bons resul-tados desta câmara nos índices da informação económico-finan-ceira e de taxas e regulamentos, onde obteve o valor máximo (100), e cujos valores em 2014 eram de 36 e de 29, respectivamente. grande melhoria na transparência tam-bém em matéria de contratação pública, que subiu de zero para 71. Na relação com a sociedade esta autarquia também tem um índice de transparência elevado (71). O valor mais baixo registado por este município diz respeito aos planos e relatórios, ainda as-sim chega aos 64.

lações de peixes, quer de espé-cies migradoras quer de outras espécies que percorrem distân-cias mais curtas ao longo do rio e que já se encontram em risco, em grande medida, devido à exis-tência de obstáculos, como barra-gens e açudes, que interrompem a sua migração ou normal circu-lação.No local, não existe nenhum aviso de licenciamento da Agência Por-tuguesa do Ambiente para esta obra. Apenas uma placa do pro-motor PegOP – energia eléctrica, S.A., que assegura a exploração da Central Termoeléctrica do Pego, a carvão, referindo “Reabi-litação do Travessão do Rio Tejo”, com a Consignação da Obra a 8 de Setembro de 2015, com prazo de execução de 2 meses.Neste sentido, dada a gravidade da situação, a quercus solicitou a pronta intervenção do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da gNR para averiguar a legalidade da construção, e fez um pedido de esclarecimento à Agência Portuguesa do Ambiente acerca do licenciamento da obra em domínio público hídrico e da existência de uma correcta ava-liação dos impactos ambientais que lhe estão associados. feliz-mente a intervenção de ambas as entidades foi rápida e acordaram com o engenheiro responsável pela obra que seria feito de ime-diato, um canal, ao lado da rampa para peixes, com dimensões que permitem garantir a continuida-de do escoamento em superfície livre, assegurando igualmente a passagem de peixes e pequenas embarcações de pesca. A quercus irá manter-se a par dos desen-volvimentos da obra e garantir que não ocorram mais situações destas.

A quercus teve conhecimen-to na passada sexta-feira, 11 de dezembro, da construção de um aterro - travessão no rio Tejo, a jusante da Central Termoeléc-trica do Pego, no concelho de Abrantes, estando a acompanhar a situação.em visita ao local, apurou que existia uma antiga estrutura de dimensões muito inferiores, que serviria para auxiliar a captação de água por parte da central ter-moeléctrica, e que actualmen-te se encontrava submersa. Na obra agora em execução, pro-movida pela empresa PegOP, alegadamente tem como obje-tivo a requalificação do traves-são, verificando-se que o mesmo está a ser construído numa cota muito acima do nível da água constituindo um claro obstácu-lo à navegação e à passagem de peixes, para além de afetar nega-tivamente a paisagem deste tro-ço do rio Tejo. Também quando ocorrerem cheias, as pedras de grandes dimensões podem ser arrastadas pela corrente para jusante, obstruindo o leito do rio, com as consequências que daí podem advir.O rio Tejo, que ao longo dos úl-timos meses foi palco de vários problemas de poluição e cau-dais muito abaixo do desejável, vê agora construída mais uma barreira que só contribui para o

agravamento das condições do meio hídrico com impa-

tes significativos ao ní-vel da conetividade

fluvial, dificultan-do a circulação

das popu-

TRAvESSãO NO TEjO

OLHAR vERDE

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SextA-feIrA, 11 dez De 201508

ENTREvISTA

glórIA ArAúJo, ex-DePUtADA Do PS

depois de dez anos no Parlamento deixou de ser deputada. Porquê?há sempre um fio condutor na carreira política das pessoas, mas também há ciclos e eu passei por esse ciclo de ter sido deputada dez anos. foram três mandatos e acho honestamente que, do ponto de vista pessoal, cheguei ao fim de um ciclo, até porque a 4 de Janeiro farei 40 anos, que é sempre uma altura de balanço para qualquer pessoa. Também julgo que a minha vida pessoal se alterou. Tenho duas bebés de 20 meses em casa e não posso esconder que foi altamente conveniente poder prescindir de passar a semana em lisboa.

Ficar de fora da última lista de candidatos a deputado foi, então, uma opção pessoal?Nunca foi uma opção pessoal inte-grar ou deixar de integrar as listas. gosto de contar sempre isto: deci-di ser do PS com 13 anos após a lei-tura de um livro do Mário Soares. logo aos 16 anos, que era a idade mínima exigida, militei-me na JS

“É INjuSTO pARA A REgIãO NãO TER uM REpRESENTANTE NA ASSEMbLEIA DA REpúbLICA”

GLóRIA ARAújO FOI DEpuTADA à ASSEMbLEIA DA REpúbLICA DuRANTE TRêS MANDATOS.

FORAM DEz ANOS EM quE, gARANTE, DEFENDEu OS INTERESSES DO vALE DO SOuSA E CONTRI-

buIu pARA quE A REgIãO AuMENTASSE OS SEuS NÍvEIS DE DESENvOLvIMENTO. pOR ISSO, NuMA

ENTREvISTA AO vERDADEIRO OLHAR, RESpONSAbILIzA OS ACTuAIS DIRIgENTES pARTIDáRIOS

LOCAIS, DISTRITAIS E NACIONAIS pELA AuSêNCIA DE uM pARLAMENTAR ORIuNDO DO vALE DO

SOuSA.

TAMbÉM ASSEguRA quE MANTERá A ACTIvIDADE pOLÍTICA E NãO COLOCA DE pARTE A CANDI-

DATuRA à COMISSãO pOLÍTICA CONCELHIA DO pARTIDO SOCIALISTA (pS) DE pAçOS DE FERREIRA.

ATÉ pORquE NãO pOupA NAS CRÍTICAS AO ACTuAL pRESIDENTE pAuLO SÉRgIO bARbOSA, quE

ACuSA DE NãO TER SAbIDO CApITALIzAR A vITóRIA AuTáRquICA DE 2013.

AMIgA DE jOSÉ SóCRATES, gLóRIA ARAújO DEFENDE AINDA quE O Ex-pRIMEIRO-MINISTRO FOI “A

MELHOR COISA quE ACONTECEu AO vALE DO SOuSA”.

RObERTO bESSA MOREIRA | [email protected]

e, também mal pude, aos 18 anos, militei-me no PS. Portanto, já lá vão mais de 20 anos de militância no partido e a minha postura foi sempre de total disponibilidade para aquilo que me fosse solicita-do. eu nunca pedi para pertencer a nenhuma lista, nunca fiz nenhuma diligência nesse sentido, mas tam-bém nunca neguei quando me foi solicitado que o fizesse. é evidente que eu não contava que o vale do Sousa ficasse sem re-presentante na Assembleia da Re-pública e se me tivessem dito que se eu não integrasse a lista nin-guém me substituiria, isso criar-me-ia um problema de consciên-cia. Seria difícil para mim negar o convite sabendo que o vale do Sousa perderia um representante no Parlamento. Acho muito impor-tante que o tenha.

e porque não há nenhum deputa-do da região?é público que a federação do Porto não teve a capacidade de aprovar uma lista. foi a primei-ra vez na história do partido que

isso aconteceu. foi um mau mo-mento e percebo que não tendo a federação do Porto a capacidade de aprovar uma lista de nomes para serem candidatos a deputa-dos essa incumbência tenha sido exclusivamente do secretário ge-ral, que tinha e tem apoiantes no distrito do Porto que, com certe-za, lhe sugeriram nomes. foi uma falta muito grave por parte desses apoiantes não terem indicado ao secretário geral nenhum nome desta região. é injusto para a re-gião e é injusto para a própria fe-deração do Porto.

a ausência de deputados do vale do sousa é culpa dos dirigentes locais ou é incompetência do pre-sidente da Federação?A incompetência do presidente da federação resumiu-se a não ter conseguido aprovar uma lista que ele tinha proposto e que incluia bons nomes do vale do Sousa. des-de logo, o André ferreira e o actual presidente da Concelhia de Pena-fiel [fernando Malheiro], que são pessoas com dimensão política.

então de quem foi a culpa?eu julgo que temos de atribuir a culpa à direcção nacional do parti-do, que se esqueceu de uma região que representa uma larga percen-tagem de economia do distrito, que tem graves problemas sociais e continua a ser uma das subregi-ões mais pobres da europa. Se há região que precisa e merece ter representantes no Parlamento é o vale do Sousa.

O que perde o vale do sousa por não estar representado na as-sembleia da república?Acho que a região perde, sobretu-do, representatividade política. há várias questões que estão agora a ser tratadas relativamente a fun-dos comunitários e espera-se que o actual primeiro ministro faça alterações no sentido de favore-cer positivamente aquilo que foi a distribuição dos fundos comunitá-rios para esta região. esses fundos foram manifestamente escassos e este é o pior de todos os quadros comunitários para a nossa região e, portanto, era necessário que o

trabalho que foi feito por mim e por outros deputados de vários partidos, de acompanhar e de cha-mar atenção para os problemas desta região, de dar visibilidade política, de constantemente trazer a debate os problemas da região continuasse.

Conseguiu dar visibilidade políti-ca ao vale do sousa?A minha última iniciativa en-quanto deputada foi precisa-mente a de apresentar o projecto de resolução para que o vale do Sousa fosse descriminado posi-tivamente na distribuição dos fundos comunitários. O deputado Mário Magalhães, do PSd, apre-sentou outro projecto de reso-lução no mesmo sentido e julgo que a região só lucrou por uma das últimas temáticas a ser de-batida em plenário ter sido preci-samente o vale do Sousa, os seus problemas sociais, a emigração, a escolaridade, a formação, as próprias prestações sociais das quais muita gente é dependente e que foram diminuidas pelo an-

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 09

ENTREvISTA

“paulo Sérgio barbosa ainda vai a tempo de evitar surpreender-me pela negativa”

diz-se que defendeu outro can-didato à Câmara de Paços de Ferreira que não Humberto Bri-to. Hoje, está arrependida dessa posição? essa é uma acusação injusta e o próprio pode desmenti-lo a qual-quer momento. eu fui das pessoas que apoiou, contra a vontade de muitos camaradas do partido, a candidatura de humberto brito. e não foi há dois anos, foi há seis quando ele se candidatou pela primeira vez. Nunca lhe faltou apoio da minha parte e sempre estive disponível para resolver os problemas que havia para re-solver, para contribuir de todas as formas que foram necessárias para a candidatura dele ter suces-so. Aliás, um dos momentos altos da primeira candidatura do hum-berto brito foi um almoço com o próprio José Sócrates. estive pre-sente em todos os momentos, fui sempre defensora dessa solução. e hoje continua a acreditar que essa foi a melhor opção?O humberto brito conseguiu surpreender até mesmo os que acreditavam nele. Revelou ser um político de grande dimensão, é alguém que tem cumprido as pro-messas que fez em campanha e, sobretudo, tem conseguido criar na sua acção diária uma empatia muito grande com a população. humberto brito é um grande po-lítico, com um grande futuro que, com certeza, não se limitará a Pa-ços de ferreira.

Mas ainda será o candidato do Ps nas eleições autárquicas de 2017?Com certeza que sim e seria uma estratégia suicida pensar noutras opções. Agora, acho é que, para além daquilo que é acção autár-quica, o PS em Paços de ferreira

tem perdido ao longo dos últimos anos.

Não é contraditório que assim seja?é contraditório e é inexplicável. O PS tinha obrigação de através daquilo que é a acção política de humberto brito engrandecer-se e impor-se na sociedade pacense, granjeando cada vez mais apoios e identificação com a população. Mas o resultado das últi-mas legislativas demonstra que nada disso aconteceu. O PS não soube capi-talizar aquilo que foi a grande vitória de humberto brito e o sucesso diário que é a sua acção como presidente de Câmara. e, portanto, há muito a fazer na estrutura local do PS, que não se pode resumir à vida autárquica. O PS de Paços de ferreira sempre existiu noutros planos.

a culpa do Ps não ter capitalizado esta vitória autárquica é da actual estrutura e do seu presidente Paulo sérgio Barbosa? Sim, não pode ser de outra pessoa. O actual presidente da Concelhia não conseguiu pelo menos manter aquilo que sempre foi a projecção do PS local a nível distrital e a nível nacional. é certo que eu continuo a ser dirigente nacional do partido, mas isso é muito pouco para uma estrutura como a do PS de Paços de ferreira, que sempre teve vários representantes a nível distrital, na-cional e que sempre teve uma gran-de influência dentro do partido. Não conseguir capitalizar uma grande vitória como a de humberto brito e fechar-se em torno de si próprio é algo que não é aceitável.

e porque razão aconteceu isso?Isso só ele poderá responder. Aquilo que eu acho fundamental é, desde logo, que o partido reúna para deba-ter todas estas questões e mais algu-mas que os militantes queiram colo-

car. Tenho falado com várias pessoas e há uma vontade grande por parte dos militantes da Concelhia em que haja reuniões do partido.

Mas as reuniões não têm aconteci-do regularmente? Seria normal que acontecessem e é necessário que aconteçam rapida-mente.

então são os estatutos desse órgão que não estão a ser cumpridos? A minha intenção não é dramatizar a situação, até porque acho que ela pode facilmente ser resolvida. A mi-nha postura dentro do PS local foi sempre de ajudar e o actual presi-dente da Concelhia, ao longo de todo o seu percurso político, ao qual eu assisti desde o primeiro dia, nunca rejeitou a minha ajuda. bem pelo contrário. Portanto, não haveria jus-tificação nenhuma para que agora a rejeitasse. é preciso que o PS tenha a capa-cidade de capitalizar noutras áreas aquilo que foi a sua grande vitória autárquica, até porque também tem a obrigação de ter um relativo distanciamento em relação ao exe-cutivo municipal. O PSd de Paços de ferreira perdeu quando também perdeu essa capacidade de crítica em relação ao executivo municipal. quando foi necessário um PSd local que soubesse representar uma mas-sa crítica que indicasse os erros que estavam a ser cometidos pelo exe-cutivo municipal da época ele não existiu.

e um vereador que também é vice-presidente da Câmara tem condi-ções para ter esse sentido crítico? A crítica não tem necessariamente de ser negativa e, como digo, a activi-dade do PS de Paços de ferreira não se esgota na autarquia. O executivo municipal não é o Alfa e o Ómega do PS de Paços de ferreira e se o fosse

tornar-se-ia absolutamente inútil, seria uma delegação do executivo municipal e não é isso que o PS é. entendo é que o actual presidente da Concelhia, pelos resultados que apresenta, demonstra que tem ne-cessidade de ajuda para conseguir fazer mais e melhor. quanto a isso não tenho dúvida.

Noto que está desiludida com esta Concelhia e que se sente afastada deste órgão. Confirma esta leitura?Não é verdade. Nunca estive à espe-ra que me chamassem e tudo aquilo que fui na minha vida política con-segui-o com o meu trabalho e com o meu mérito. Não devo particulares compromissos de solidariedade a ninguém, a solidariedade que devo é a todos os militantes do PS numa medida igual.

Não tem padrinhos…Não tenho e não fico à espera de ser chamada para participar.

e de que forma essa participação será feita neste momento? Poderá candidatar-se à liderança da Co-missão Política de Paços de Ferrei-ra?essa questão não se colocará tão cedo, porque o que está previsto es-tatutariamente é que as próximas eleições para as comissões políticas concelhias só se realizam após as eleições autárquicas. esse não é um objectivo que oriente a minha acção política, mas evidentemente que não rejeito qualquer papel no partido se esse for o entendimento dos meus camaradas. Se entenderem que sou a militante mais indicada para me candidatar, pois obviamente não vejo motivo para que não o faça.

se o Ps não arrepiar caminho po-derá avançar com uma medida que evite que o partido perca a oportu-nidade?

A medida tomo-a todos os dias. Pre-tendo, nos próximos anos, intervir na sociedade pacense, onde quero criar as minhas filhas, e julgo que o PS precisa de mais militantes, mais massa crítica e a minha acção pas-sará por trabalhar para o engran-decimento do partido a nível local. Reúno-me com pessoas, discuto, sensibilizo-as para as questões polí-ticas e desafio-as para aderir ao PS.

Mas se a Comissão Política continu-ar no marasmo que diz estar será difícil atingir esses objectivos. Não seria melhor provocar eleições an-tecipadas?Onde há uma vontade, há um cami-nho e quando temos uma vontade, que eu tenho, o caminho torna-se evidente e mais fácil. Tenho rece-bido de muita gente o maior apoio e tenho tido bastante sucesso na sensibilização para a discussão da política local. Mas o actual presidente do PS de Paços de ferreira nunca rejeitou a minha ajuda, bem pelo contrário, e seria incompreensível para toda a gente que agora o fizesse. Não acre-dito que o faça.

Qual será então o seu futuro?O meu papel nos próximos anos será bastante activo e dificilmente deixa-rei de pertencer à estrutura do PS de Paços de ferreira. A forma como ela está organizada não me perturba, o que me perturba é o sucesso que ela tem no plano local, distrital e nacio-nal. Sempre achei que a condição necessária para participar era ser militante de base.

se Humberto Brito a surpreendeu pela positiva na presidência da Câ-mara Municipal, Paulo sérgio Bar-bosa surpreendeu-a pela negativa na liderança da Comissão Política?Ainda vai a tempo de evitar que isso aconteça.

terior governo. foi importante, e continuaria a ser importante, que esses assuntos fossem trazidos a debate no plenário da Assembleia da República, que é o sítio ideal para discutir isso.

em dez anos, o que mais ganhou a região em ter Glória araújo no Parlamento?Sempre que alguém se fecha em si próprio e imagina que é ele e não o colectivo a peça fundamental inicia o primeiro passo para o ca-minho da tragédia. e isso, infeliz-mente, tem acontecido em alguns momentos no PS e na política lo-cal. Por ter tido muitos e bons re-presentantes, a região conseguiu captar investimento como o IkeA, diversos equipamentos, as auto-estradas... a A42 era uma reivindi-

cação de a décadas. Outras coisas ficaram por fazer, como a reabilitação da estrada para entre-os-Rios, o IC35, mas foi feita a electrificação da linha do douro. Acompanhei muito de perto aquilo que foram os programas PAReS e muitas IPSS da região criaram cre-ches, lares de terceira idade, equi-pamentos que eram fundamentais e que eram muito escassos. Também ninguém tenha dúvidas que o programa Novas Oportuni-dades não foi uma nova oportuni-dade, mas foi a primeira oportu-nidade para muitas mulheres que nunca tinham estudado, pessoas de avançada idade que aprende-ram a ler e a escrever. O complemento solidário para idosos também fez toda a diferen-ça na região.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201510

ENTREvISTA

“josé Socrates foi a melhor coisa que aconteceu ao vale do Sousa”

a boa relação que mantém com o ex-primeiro-minstro beneficiou o vale do sousa?Não tenho a menor dúvida que o José Socrates foi a melhor coisa que aconteceu ao vale do Sousa. Aliás, se dúvidas houvesse da isen-ção desta análise, basta ver que os melhores elogios à sua governa-ção sempre vieram de autarcas do PSd e eu nunca me esquecerei que Paços de ferreira tem, por exemplo, uma Avenida Manuel Pi-nho. Sócrates é, até hoje, o melhor primeiro-ministro que conheci e o único que conquistou a maioria absoluta para o PS. Mas não tenha a menor dúvida que a política não se faz com amizades, faz-se tam-bém com muito trabalho e houve muito trabalho feito junto dos mi-nistérios e de várias instituições do estado.

O que está a acontecer a José so-crates tem contornos políticos ou é uma questão que se cinge, ex-clusivamente, à esfera judicial?Inevitavelmente, tem contornos políticos. e julgo que é preocupan-te, porque aquilo que lhe aconte-ceu pode acontecer a qualquer

cidadão. A justiça tem que ter um método de funcionamento mas, e principalmente no caso de pessoa públicas, tem que ser compreensí-vel o que se passa e porque se está a passar dessa maneira. Não me pa-rece que seja aceitável que se passe tanto tempo sem haver uma acusa-ção formada a um cidadão que, ain-da por cima, esteve preso durante quase um ano. Isso é algo inconce-bível e sem paralelo na justiça por-tuguesa. estamos todos ansiosos para perceber qual é a justificação para isso acontecer.

O que pensa que vai acontecer?que José Socrates ser completa-mente ilibado de qualquer suspeita, de qualquer comportamento menos próprio no desempenho das suas funções. Tenho tanto direito de ter fé disso, como quem o acusa de ter fé no contrário.

acompanhou de perto o período em que José sócrates esteve pre-so. Como é que ele enfrentou esse momento? eu não tenho a menor dúvida que deve ter sofrido imenso. é um ser humano. Mas não me compete a

mim fazer considerações de nature-za pessoal sobre a situação que ele passou. Agora, também não tenho a menor dúvida que José Sócrates é uma pessoa com uma extraordi-nária força interior e, em todos os momentos, sempre o vi com muita vontade, nunca teve a menor hesi-tação, nunca teve a menor falta de vontade em demonstrar a injustiça que lhe estava a ser feita e em lutar com todas as suas forças para que a verdade, não a sua verdade, mas a verdade fosse reconhecida. Creio que no final é isso que irá acontecer: não será a sua verdade, mas a verda-de, que será reconhecida por todos.

Já esteve com José sócrates de-pois de ele sair da cadeia? Já.

e como é que ele está? está bem, está bem.

acredita que José sócrates ainda pode ter futuro na política portu-guesa? Não há motivo nenhum para que assim não o seja, se tudo acontecer da forma que eu acredito que vai acontecer.

“Acordo com o pCp e o bloco de Esquerda não é a situação ideal”

Como é que viu o processo de sucessão de antónio José seguro? antónio Costa teve a atitude certa, no momento certo? eu fui apoiante de António Costa com toda a convicção. Achava que ele era o melhor candidato e que devia ser ele a disputar o cargo de primeiro-ministro com Passos Coelho. Mas se me perguntar se prefe-ria que ele se tivesse candida-tado um ano antes do momen-to que o fez, claro que preferia. eu e outros camaradas.

também é uma defensora de que a maioria parlamentar lhe deu legitimidade para for-mar Governo? do ponto de vista estritamente legal, não há dúvidas nenhu-mas sobre isso. Tanto é que foi essa a interpretação do Pre-sidente da República. Agora,

esta não é a situação ideal. eu preferia aquilo que muitos ca-maradas meus também preferi-riam, que o PS tivesse ganhado as eleições.

a oposição diz que este é um Governo ferido de morte e que está refém do Bloco de esquer-da e do PCP. também acredita nesta tese? Todas as teses são legítimas e a realidade é que o PS não depen-de de si próprio para que o go-verno tenha sucesso. Considero que esta não é a situação ideal e não vale a pena fingir que o melhor que nos poderia ter acontecido na vida era termos esta oportunidade histórica de fazer um acordo com o PCP e o bloco de esquerda. Não, não é o melhor que nos podia ter acon-tecido, o melhor que podia ter acontecido era ter ganhado as eleições.

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 11

pAçOS DE FERREIRA

ESpECIALISTAS ESCOLHERAM O MELHOR “CApãO à FREAMuNDE”

E o grande vencedor do concurso gastronómico “Capão à freamude” voltou a ser o Restaurante Aidé. O pré-mio foi atribuído no passado sábado, durante o tradicional jantar de gala, e consagrou o restaurante da cidade de Paços de ferreira que tem dominado as últimas edições do concurso. No dia seguinte, domingo, foi a vez de luís Pinto receber o título de me-lhor criador de capões. Residente na Ordem, freguesia de lousada, luís Pinto garante que, só este ano, já criou cerca de 200 capões e um deles, com 8,5 quilos, valeu-lhe o prémio.

FEIRA DE SANTA LuzIA ENCERROu x SEMANA DO CApãO à FREAMuNDE

Sete restaurantes lutaram pelo títu-lo de melhor “Capão à freamunde” durante o concurso gastronómico que decorreu em Paços de ferreira. Augusto brito, do restaurante “O gusto”, era um dos ambicionava ver a qualidade da ave que que confec-cionou reconhecida pelos especia-listas. “Participo desta a primeira edição. é um evento importante para promover o capão”, referiu o empre-sário que se dedica à restauração há cerca de 20 anos. Tal como os restantes concorren-tes – todos do concelho de Paços de

Sete reStAUrAnteS PArtICIPArAM eM ConCUrSo gAStronóMICo e AIDé VoltoU A gAnhAr

SupREMO TRIbuNAL DE juSTIçA CONFIRMA pOSSIbILIDADE DE INSOLvêNCIA DA pFR INvEST

O Supremo Tribunal de Justiça não admitiu o recuso apresentado pelo Novo banco relativamente a uma decisão do Tribunal da Rela-ção do Porto, que havia confirma-do a possibilidade de insolvência da empresa municipal de Paços de ferreira, PfR Invest. Com esta decisão, fica aberta a porta para que esta da empresa dedicada à compra e venda de ter-renos seja, definitivamente, encer-rada e que não sejam pagos cerca de 30 dos 47 milhões da sua dívida. O acórdão do Supremo Tribunal de Justiça tem a data de 11 de de-zembro, mas só na última segunda-feira é que o presidente da Câmara Municipal reagiu à decisão judicial. “Supremo Tribunal de Justiça con-firmou a insolvência da PfR Invest. A contra gosto do PSd local, a po-pulação de Paços de ferreira não vai ter de trabalhar anos a fio para pagar as negociatas desta empre-sa… para satisfação de meia dúzia à custa de todos”, afirmou hum-berto brito na sua página da rede social facebook. Já ao veRdAdeIRO OlhAR, o advogado da PfR Invest confirmou que com o acórdão agora conheci-do todas as empresas municipais do país podem ser consideradas insolventes. “O Supremo Tribunal

DeCISão não é PASSíVel De reCUrSo

de Justiça vem clarificar a deci-são do Tribunal da Relação e dizer que esta é definitiva. A questão de fundo, ou seja a possibilidade de as empresas municipais puderem ou não serem consideradas insolven-tes, fica resolvida”, explicou Nuno gomes.

EMpRESA MuNICIpAL DECLARADA INSOLvENTE EM MAIO

A PfR Invest foi declarada insol-vente a 2 de Maio deste ano pelo Tribunal de Amarante. Porém, Caixa geral de depósitos e Novo banco (ex-beS) recorreram da de-cisão para o Tribunal da Relação do Porto. O primeiro banco alegou que a PfR Invest era uma empresa mu-nicipal que, por isso mesmo, estava sujeita às leis do direito público. Ou seja, que todas as dívidas teriam de ser assumidas pela Câmara Muni-cipal de Paços de ferreira. Por outro lado, a Cgd sustentou que o parecer do administrador de insolvência sobre a incapacidade económica da empresa municipal era “vago e genérico”, não especi-ficando sequer o valor dos activos, passivo e dos créditos reclamados. Na mesma linha, também o Novo banco defendeu que a insolvência da empresa dedicada à captação de investimentos e construção de zonas industriais era uma “impos-sibilidade legal”.

Obrigados a analisar o caso de-vido ao recurso apresentado pela banca, os juízes do Tribunal da Rela-ção do Porto concluíram que as em-presas locais são pessoas colectivas de direito privado e não há nada que as impeça de serem declaradas in-solventes. “Não há dúvidas, portan-to, que no quadro legislativo actual, uma empresa do tipo da Apelada [PfR Invest] pode ser quer objecto de um processo de revitalização, quer de um processo de insolvência. Sujeita ao direito privado comum e detendo a autonomia patrimonial bastante para o efeito, é susceptível de incorrer nessa situação, desde logo por ser uma pessoa colectiva”, lê-se no acórdão consultado pelo veRdAdeIRO OlhAR. Os juízes sustentam, igualmente, que “em qualquer plano jurídico, a insolvência e/ou revitalização de empresas locais são susceptíveis de ser jurisdicionalmente decla-radas, sem que daí resulte qual-quer ofensa ao direito ordinário ou constitucional”. Mas, no mesmo acórdão, os ma-gistrados consideram nula a decla-ração de insolvência da PfR Invest. Sobretudo porque o administrador de insolvência não provou que a empresa deixou de ter condições económicas para fazer face aos compromissos assumidos. e é por isso que o processo voltou ao Tribu-nal de Amarante que terá de voltar pronunciar-se sobre o caso.

ferreira – Augusto brito assou o ca-pão na cozinha do seu restaurante e levou-o para uma quinta de frea-munde, onde um júri presidido pelo gastrónomo fernando Melo e que in-tegrou também o chef álvaro Costa, o jornalista António Moura, Iolanda Silva, da Associação de Restauração e Similares de Portugal, e Rosa Pa-tacho, do Ministério da Agricultura, começou por realizar uma prova vi-sual que analisou o aspecto da assa-dura e o acabamento de cada um dos sete exemplares em competição. em seguida, os capões foram trinchados e cada jurado provou uma parte da perna e outra do peito. “Nesta etapa avaliamos o aroma e o paladar”, ex-plicou fernando Melo. No final, os jurados atribuíram uma nota aos capões em concurso e o somatório das votações decidiu o vencedor. Mais uma vez, o capão do restaurante Aidé foi considerado o melhor. “é um concurso de restau-rantes, que pretende ser a festa do “Capão à freamunde”, explicou fer-nando Melo. O nome do restaurante premiado foi anunciado durante o jantar que juntou centenas de apreciadores e que antecipou a feira de Santa lu-zia, na qual o capão vivo de luís Pin-to foi, de igual modo, escolhido como o melhor entre os concorrentes do concurso que, tradicionalmente, se realiza nesta altura. A feira de Santa luzia encerrou a x Semana do Capão à freamunde.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201512

LOuSADA

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ANTERO CORREIA REELEITO COMANDANTE DOS bOMbEIROS vOLuNTáRIOS DE LOuSADA

A ntero Correia foi reeleito pre-sidente da Associação humanitária dos bombeiros voluntários de lou-sada. O acto eleitoral decorreu no passado sábado e levou 692 dos 2683 associados da instituição às urnas. Contados os votos, a lista liderada por Antero Correia venceu por 31 vo-tos de diferentes a lista encabeçada por Sandra Silva. Com a certeza que vai liderar os bombeiros de lousada nos próximos três anos, Antero Correia já está a es-tudar a forma de concretizar os prin-cipais projectos que tem para desen-volver a associação. entre estes está a formação do corpo activo e o me-lhoramento das instalações da asso-ciação humanitária. Melhoramento que poderá passar pela construção de um novo quartel.

pRESIDENTE REELEITO pRETENDE MELHORES INSTALAçõES

O último acto eleitoral nos bombei-ros voluntários de lousada estava a suscitar grande expectativa por-que, ao contrário do que costuma acontecer, duas listas disputavam a vitória. Por isso ninguém ficou admi-rado quando, na tarde de sábado, 692 associados se deslocaram ao quartel

VenCeU lIStA ADVerSárIA Por 31 VotoS De DIferençA

Feliznatale um próspero2016

lousadense para exercer o seu direi-to de voto. No final, a lista b, liderada por Antero Correia, foi declarada a vencedora com uma margem de 31 votos para a oposição encabeçada por Sandra Silva. Antero Correia obtinha, assim, le-gitimidade para continuar à frente da instituição que passou a liderar após um período conturbado. Recor-de-se que o conflito entre mais de 50 voluntários e o então comandante Miguel Pacheco levou à demissão da direcção. Antero Correia surgiu, nes-sa altura, como uma via alternativa e liderou a Associação humanitária até agora. foi, inclusive, responsável pela es-colha de Albano Teixeira para o car-go de comandante e foi já durante a tomada de posse deste que elencou aquilo que pretende para a institui-ção. Continuar a unir o corpo activo, assim como equipar e formar os vo-luntários foram objectivos realçados. “Mas esta instituição tem muitas ca-rências, sobretudo ao nível das ins-talações. Se não avançarmos para a construção de um novo quartel, te-rão de existir obras de remodelação profundas”, disse em declarações ao veRdAdeIRO OlhAR. Na mesma al-tura, Antero Correia confessou que “não há financiamento garantido” para este projecto, mas assegurou que há abertura da Câmara Munici-pal de lousada para ajudar a concre-tizar esta ambição.

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 13

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SextA-feIrA, 11 dez De 201514

LOuSADA

OpOSIçãO ACuSA ExECuTIvO DE “ESbANjAR DINHEIRO EM FESTAS”

Quem manda na Câmara Mu-nicipal de lousada não é o presi-dente eleito, Pedro Machado, mas o presidente do PS lousada, José Santalha. A crítica foi, mais uma vez, repetida pela coligação lousa-da viva, em conferência de impren-sa. Segundo os vereadores da opo-sição Pedro Machado é um “mero instrumento político”, sendo José Santalha quem “realmente manda, decide e impõe” o que fazer. entre outras acusações, os elei-tos do PSd/CdS-PP diz que o exe-cutivo socialista é “uma comissão de festas permanente” e que pre-fere “esbanjar dinheiro em festas e festinhas”. No ano que agora fin-da “a Câmara gastou mais de meio milhão de euros em festas e festi-nhas”, sustentam.

jOSÉ SANTALHA É quEM “REALMENTE MANDA” NA AuTARquIA LOuSADENSE

A oposição diz que não desistiu de lousada e recordou as muitas pro-postas, sugestões e recomendações feitas nestes dois anos que não foram, no entanto, aceites ou con-cretizadas pela maioria socialista. O executivo de Pedro Machado pre-fere “esbanjar dinheiro em festas e festinhas”, acusam os vereadores do PSd/CdS-PP. “este executivo socialista da Câmara de lousada

VereADoreS DA ColIgAção PSD/CDS-PP VoltAM A AfIrMAr qUe o PreSIDente Do PS loUSADA, JoSé SAntAlhA, é o efeCtIVo PreSIDente DA CâMArA MUnICIPAl De loUSADA e qUe PeDro MAChADo é UM Mero “InStrUMento PolítICo”

é, cada vez mais, uma comissão de festas permanente. A sua principal vocação é a de entreter o povo”, criticam leonel vieira, Agostinho gaspar e Cândida Novais. A coligação vai mais longe e rei-tera uma crítica que já não é nova e em que vem insistindo desde o início do mandato: “José Santa-lha, presidente do PS/lousada, é o efectivo presidente da Câmara Municipal de lousada”, enquanto Pedro Machado se limita a ser “o presidente da comissão de festas”. A oposição sustenta que, apesar de não ter sido eleito nem nomeado para nenhum cargo, José Santa-lha é quem “realmente manda” na autarquia lousadense, sendo ele que reúne com os munícipes e com os presidentes de junta, dá ordens aos funcionários, e contacta com empreiteiros e fornecedores, entre outros. “é ele que manda, decide, impõe e diz a Pedro Machado o que deve ou não fazer. Pedro Machado é um mero instrumento político”, ar-gumentam os eleitos da coligação.

Há “uMA DIFERENçA CLARA DE TRATAMENTO ENTRE juNTAS DE FREguESIA

Preocupada com o rumo do con-celho, a oposição critica a falta de captação de investimento, a poli-tização do combate à pobreza, o desinvestimento nas instalações da rede de água e saneamento, e a falta de planeamento na cons-trução dos centros escolares. “há

centros escolares que vão encerrar brevemente por falta de alunos”, afirma leonel vieira. um deles será o Centro escolar de barrosas San-to estevão, um investimento que quase dois milhões de euros com oito salas, sendo que só três estão a funcionar. “Andaram-se a construir centros escolares a mais para alu-nos a menos”, critica. Mais uma vez, a coligação voltou ainda a acusar o executivo do PS de manter uma política centralista e de não ouvir os presidentes de junta. Os vereadores do PSd/CdS-PP afirmam ainda que há “uma diferença clara de tratamento entre juntas de fre-guesia”, com os presidentes de junta eleitos pela Coligação lousada viva a serem “discriminados”. leonel vieira, Agostinho gaspar e Cândida Novais dizem-se também preocupados com a situação finan-ceira do município. Afirmam que há obras das juntas de freguesia, pro-tocoladas com a câmara, que foram obrigadas a para ou mesmo cance-ladas por falta de dinheiro para com-prar material. “há quase três meses que o executivo camarário aprovou o pagamento dos exames médicos e seguros aos atletas. Mas os campe-onatos iniciaram-se há três meses e as associações ainda não receberam qualquer valor”, dão como exemplo. Mas nem tudo é mau. da actual gestão camarária, a oposição con-sidera positivo o investimento no sistema led para a iluminação pú-blica e o programa interessante na área da Cultura.

pS diz que oposição não tem “rumo nem visão integrada”

A comissão política do PS/lousada emitiu um comunica-do criticando a atitude da coli-gação lousada viva. “lousada merecia uma oposição com es-pírito democrático, com alter-nativas válidas e construtivas, em lugar do constante ressa-biamento e picardia, com atitu-des de mau gosto e ataques pes-soais que atestam uma forma desrespeitosa de fazer política”, sustentam os socialistas. falando em demagogia, o PS acusa a oposição de usar uma “receita repetitiva” com um só objectivo: “instigar o conflito e a rivalidade entre o presiden-te da Câmara e o presidente da Comissão Política do Par-tido Socialista”. Mas “cada ar-remetida mais contribui para unir e reforçar a confiança e a solidariedade entre ambos”, garantem. “A oposição vem acusar o exe-cutivo municipal de ausência de políticas sociais, desperdício e má saúde financeira. Alguém acredita em tamanha incoerên-cia e insensatez?”, questiona o PS. Como exemplo, lembra que a o executivo socialista acaba de abdicar de 1,2 milhões de eu-ros de receita de IMI e de reduzir este imposto no próximo ano, além de garantir um desconto de 20% para as famílias com três ou mais filhos e manter a redução na participação no IRS. “Medidas apenas possíveis de-vido a uma gestão rigorosa das contas públicas”, que todas as autoridades nacionais reconhe-cem ao município, sustentam. “A desorientação é ainda mais flagrante quando acusam a Câmara de esbanjar em festas, mencionando verbas totalmen-te falsas e absurdas, enquanto ao mesmo tempo reconhecem a qualidade da programação cul-tural...”, referem ainda. O PS acusa ainda a oposição de não ter “rumo nem visão integrada”, sobretudo na ques-tão dos centros escolares. “é curioso verificar que a coliga-ção defende, agora, que o Cen-tro escolar de Santo estêvão (que custou 700 mil euros e não dois milhões) não devia ter sido construído, quando até aprovou a Carta educativa que previa a construção daquele centro es-colar”, argumentam.

200 atletas em camPeonato de boccia sénior

O boccia está enraizado no concelho de lousada mo-bilizando, essencialmente, utentes dos Movimentos Se-niores que têm arrecadado diversos prémios individuais e colectivos. O 3.º campeonato desta mo-dalidade, na vertente individu-al, vai realizar-se esta sexta-feira, dia 18, durante todo o dia, e na segunda-feira, dia 21, durante a manhã. As provas vão ter lugar no Pavilhão Municipal, envolven-do mais de 200 atletas. Os resultados obtidos nes-te torneio ditam os atletas que vão ter a oportunidade de participar no Campeonato de boccia Sénior do vale do Sousa e posteriormente nas competi-ções nacionais.

FERNANDA pINTO

[email protected]

oPPidum aPresentada esta sexta-Feira

Esta sexta-feira, dia 18, pelas 18h00, na biblioteca Municipal de lousada recebe a apresentação da Oppidum – Revista de história, Arqueolo-gia e Património, número 8. Sendo uma publicação mu-nicipal, não se limita ao espar-tilho do território concelhio, apesar de parte dos conte-údos o privilegiarem, como são exemplo, nesta edição, a apresentação dos primeiros resultados do catálogo epigrá-fico de lousada, as renovadas considerações acerca de uma epígrafe memorativa identifi-cada em lustosa e o inventá-rio das moagens tradicionais da freguesia de Santo estêvão de barrosas. Juntam-se ainda o roteiro metodológico para o estudo dos moinhos e aprovei-tamentos hidráulicos no con-celho de lousada e a análise acerca do ouro popular e sua vivência no concelho.

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 15

pAREDES

DÍvIDAS SupERIORES A uM MILHãO DE EuROS LEvAM AE pAREDES A pEDIR pLANO ESpECIAL DE REvITALIzAçãO

A Associação empresarial de Paredes (Ae Paredes) tem mais de um milhão de euros de dívi-das. entre os credores estão dois bancos, mas também 40 fornece-dores, entre os quais estão os CTT que têm uma factura no valor de dez euros a receber da associa-ção que representa os empresá-rios do concelho de Paredes. Neste momento, os credores estão a ser convidados para par-ticipar nas negociações que, pre-tendem os responsáveis da Ae Paredes, possam conduzir à ela-boração de um Plano especial de Revitalização.

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DIRIgENTES ACREDITAM quE RECupERAçãO É pOSSÍvEL

O pedido para que seja aprovado um PeR já deu entrada no Tribu-nal e foi efectuado pela própria Ae Paredes. No processo que o veRdA-deIRO OlhAR consultou no Tribu-nal de Amarante, os dirigentes as-sociativos admitem uma “elevada expressão do passivo financeiro” da instituição, que tem levado a “atrasos sistemáticos no cumpri-mento das obrigações financeiras correntes”. Os responsáveis da Ae Paredes de-fendem que “a situação económica difícil” concretizou-se porque “a cri-se económica e financeira vivida ac-tualmente tem provocado efeitos ne-fastos ao nível global e nacional, que se têm repercutido negativamente nas finanças da Ae Paredes”. Assim, acredita a associação em-presarial, a solução passa por, atra-vés de um PeR, negociar com os cre-dores a “consolidação do passivo e um plano de pagamento [com prazos alongados] das suas obrigações”. Para sustentar que a Ae Paredes é viável, os seus dirigentes salientam a “excelente carteira de clientes”, a “estrutura organizativa capaz de responder ao dinamismo comercial”,

“recursos técnicos altamente espe-cializados” e, por fim, “uma imagem de prestígio e de reconhecida compe-tência”. estes argumentos convence-ram o juiz do Tribunal de Amarante a aceitar o PeR e a nomear um adminis-trador judicial. e é João José barbo-sa Castelhano quem, neste momen-to, está a convocar todos os credores da Ae Paredes e a solicitar-lhes que se juntem ao processo e negociem a elaboração do plano de pagamentos alargado pedido pelos dirigentes da associação empresarial. entre estes estão os bancos Abanca Corporacion bancaria, que tem um crédito de 1845 euros, e a Caixa geral de depósitos, que tem a receber 245 mil euros. A lista de devedores incorpora também 40 fornecedores, entre os quais estão a Iluminações Teixeira do Couto, com um crédito de quase 42 mil euros, e José Teixeira Couto (30 mil euros). A AderSousa (1800 euros) e os CTT (10 euros) também integram uma lista na qual estão ainda a Autoridade Tri-butária e Aduaneira (2435 euros) e a Segurança Social (17237 euros). em declarações públicas, o pre-sidente da Ae Paredes, gualter Morgado, também já admitiu o não pagamento de quatro meses de salários aos cinco funcionários da instituição.

Mp investiga denúncias de empresário de Lordelo

O Ministério Público está a investigar a Ae Paredes. em causa está a denúncia de alega-das irregularidades na gestão da instituição, assim como uma eventual fraude com os fundos comunitários recebidos pela as-sociação. A investigação teve início com uma carta que um empresário de lordelo, Paredes, enviou à juiz do Tribunal de Amarante que está responsável pelo Plano especial de Revitalização soli-citado pela Ae Paredes. Nessa missiva, o denunciante garan-te que há várias anomalias na gestão de uma instituição na qual diz existirem relações pro-míscuas entre os dirigentes e alguns colaboradores. A carta frisa, ainda, que foram recebi-dos “milhões de subsídios e di-nheiro para formação e que não faziam nada”. Perante estas acusações, a juiz instaurou o “respectivo procedimento criminal” e reme-teu o processo para o Ministério Público.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201516

pAREDES

jOSÉ ORLANDO ROCHA ApRESENTOu O “à TONA DAS COISAS”

O auditório da escola Secundária de Paredes foi pequeno para a bas-tante concorrida apresentação do “À Tona das Coisas”, o novo livro de José Orlando Rocha, que decorreu na noi-te da passada quinta-feira. Susana Pita Soares, vice-Presi-dente da Câmara Municipal de San-tarém, foi a convidada de honra para a apresentação do livro. Rodeado de amigos e familiares, o professor de história mostrou o re-sultado da sua escrita diarista, “mas que não é um diário”. durante a sua intervenção, o autor falou do que o levou a escrever o livro, afirmando sempre que não é escritor. Por di-versas vezes teve dificuldade em ex-pressar o sentimento que sentia por se ver rodeado tantos amigos. Susana Pita Soares referiu-se a José Orlando Rocha como “um antigo mestre que muito admiro”, afirman-do que o autor a ajudou a despertar o gosto elo conhecimento das coisas, “das coisas da história, das coisas da arte, das coisas da comunicação na rádio e nos jornais, das coisas da po-lítica, das coisas dos livros, das coisas da vida”.

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Verdadeiro olhar (18 de Dezembro 2015)

CARTóRIO NOTARIAL(LIC. ANA LuISA DA COSTA RODRIguES

FERREIRA)(pRAçA DAS pOCINHAS, 51, R/C, LOuSADA)

juSTIFICAçãO

Certifico, narrativamente, para fins de pu-blicação que por escritura lavrada em nove de dezembro de dois mil e quinze, no livro de notas para escrituras diversas deste Car-tório notarial número trinta e oito - A, de folhas setenta e quatro a folhas setenta e cinco verso , CUStóDIo ferreIrA Coelho, nIf 115.722.149, (CC nº 02864984 emitido pela república Portuguesa com validade até 17/05/2017), natural da freguesia de lusto-sa, concelho de lousada e mulher AnA Mo-reIrA BArBoSA, nIf 115.722.157, (CC nº 07053664 emitido pela república Portugue-sa com validade até 24/05/2020), natural da freguesia de gondalães, concelho de Pare-des, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residentes na rua de rebolido, nº 2, freguesia de gondalães, concelho de Paredes (4580-402) , declararam que com exclusão de outrem são donos e legítimos possuidores do seguinte prédio:

RúSTICO – sito na rua da Cachadinha, na união de freguesias de lustosa e Barrosas (Santo estevão), concelho de lousada, composto de terreno a mato, com a área de mil seiscentos e quarenta e dois metros quadrados, a confrontar de norte com Ma-ria engrácia Mendes da Costa, nascente com Abílio leão dos Santos, a sul com rua da Cachadinha e a poente com José luís da Costa, inscrito na respetiva matriz sob o artigo 3094, com o valor patrimonial tribu-tário e atribuído de setecentos e setenta euros, não descrito na Conservatória do registo Predial de lousada.que o identificado prédio veio à sua pos-se, por compra meramente verbal, feita a

Albertina ferreira, viúva, residente que foi no lugar da Cachadinha, na freguesia de lustosa, concelho de lousada, ocorrida no mês de janeiro do ano de mil novecentos e oitenta e dois, nunca reduzida no compe-tente título formal.Mas que, a partir desse momento, sempre estiveram na posse e fruição do prédio ad-quirido e mantida sem qualquer oposição ou ocultação, ou seja, de modo a poderem ser conhecidas por quem tivesse interesse em contrariá-las.que tal posse, assim mantida e exercida o foi em nome e interesse próprio e tradu-ziu-se nos factos materiais conducentes ao integral aproveitamento de todas as utilidades e potencialidades do prédio, nomeadamente, roçando o mato e ervas, plantando, abatendo ou mandado abater árvores, cultivando a terra, pagando os respetivos impostos e contribuições, com vista ao integral aproveitamento de to-das as utilidades e potencialidades por ele proporcionadas, agindo sempre por forma correspondente ao exercício pleno do direi-to de propriedade, sem oposição, embargo, ou estorvo de quem quer que seja, à vista e com o conhecimento de toda a gente, com ânimo de quem exercita direito próprio de boa-fé, por ignorar lesar direito alheio, pa-cífica, contínua, pública e sem violência.que, atendendo às enunciadas caracterís-ticas de tal posse, facultou-lhes a aquisição por usucapião do identificado prédio, di-reito este que, pela sua própria natureza, é insusceptível de ser comprovado pelos meios normais.está conforme o original, declarando-se, que na parte omitida nada há que amplie, restrinja, modifique ou condicione a parte extractada. Cartório notarial da lic. Ana luísa da Costa rodrigues ferreira, sito à Praça das Pocinhas, 51, r/c, lousada, 09 de dezembro de 2015.

A notária (Ana luísa da Costa rodrigues ferreira)

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 17

pAREDES

ESCOLA SECuNDáRIA DE pAREDES ANgARIA MObILIáRIO pARA CASA quE vAI ACOLHER REFugIADOS

A escola Secundária de Pare-des está a participar num projecto de assistência humanitária que pretende ajudar uma família de refugiados sírios. A Associação de estudantes está a dinamizar a reco-lha de mobiliário, objectos de deco-ração e utensílios para apetrechar uma casa cedida pelo Centro Social de ermesinde. Na escola foi construída uma réplica da habitação, à escala real, que os alunos têm estado a preencher. em falta estão ainda móveis como roupeiros, sofás ou uma cómoda, e varões e cortinas, entre outros. A recolha termina esta sexta-feira.

AlUnoS ConStrUírAM no PAVIlhão DA eSColA UMA réPlICA DA CASA CeDIDA Pelo Centro SoCIAl De erMeSInDe, à eSCAlA reAl, qUe forAM enChenDo De MóVeIS e oBJeCtoS De DeCorAção

pRESIDENTE DOS bOMbEIROS DE pAçO DE SOuSA REELEITO

Felismino Madeira foi reeleito presidente da Associação humani-tária dos bombeiros voluntários de Paço de Sousa, com 88 votos. O diri-gente, único candidato às eleições, que decorreram no sábado, diz que os principais objectivos para o próxi-mo mandato passam por continuar a apostar na formação, adquirir novas viaturas e obter novos financiamen-tos para a corporação.

DIRIgENTE DIz TER “CASA ARRuMADA”

A lista agora eleita pouco diverge em relação à que liderou a instituição nos últimos três anos. Trata-se de uma equipa “de amigos” que pressu-põe a continuidade do trabalho que já estava a ser realizado, explica fe-lismino Madeira. José Júlio é o vice-presidente da direcção, José Reis

felISMIno MADeIrA qUer APoStAr nA forMAção, ADqUIrIr noVAS VIAtUrAS e oBter noVoS fInAnCIAMentoS PArA A CorPorAção

de Sousa presidente da Assembleia-geral e João filipe, presidente do conselho fiscal. “é muita responsa-bilidade, mas tenho uma boa equipa”, afirma. O dirigente diz já ter “a casa arru-mada” depois da polémica que levou à demissão do comando em diver-gência com a direcção. Recorde-se que o comando tinha indicado uma bombeira assalariada da corporação para integrar a equipa de comando, nome que foi rejeitado pela direcção. Os objectivos para este novo man-dato passam por continuar a apostar na formação, adquirir novas viaturas e obter novos financiamentos para a associação. “é muito difícil uma associação destas aguentar-se. vi-vemos do pouco que o estado dá e do dinheiro dos transportes, já que na nossa área há poucas empresas e as pessoas têm poucas posses. Não devemos nada a ninguém mas é mui-to difícil”, sustenta o presidente da instituição. Além de receberem um pequeno subsídio da câmara, reali-

zam um peditório anual, mas só em vencimentos são pagos mais de 10 mil euros mensais, salienta. felismino Madeira tem 76 anos e integra a associação humanitária há cerca de 12 anos. é reformado e já in-tegrou uma direcção como vice-pre-sidente e estave à frente dos destinos dos bombeiros de Paço de Sousa nos últimos três anos. diz-se “apaixona-do pela causa” e considera-se “um bombeiro sem farda”. A tomada de posse da nova direcção decorre no dia 26 de dezembro.

pENAFIEL

bOMbEIROS REALIzAM pARTO

Uma equipa dos bombeiros vo-luntários de Paço de Sousa, em Pe-nafiel, ajudou ao nascimento de um bebé. foi na tarde de sábado que a central do quartel recebeu uma chamada te-lefónica a pedir ajuda para uma mu-lher que estava a entrar em trabalho de parto. A ideia passava por trans-portar a parturiente ao hospital e, nesse sentido, rapidamente uma equipa deslocou-se a casa da mulher

Mãe e fIlho eStão De BoA SAúDe

de 27 anos.Mas, quando lá chegaram, os bombei-ros perceberam que já não podiam levar a futura mãe para o hospital a tempo da criança nascer. Por isso, a solução passou por realizar o parto na própria habitação. Para além dos bombeiros, também duas enfermeiras ajudaram a reali-zar o parto e contribuíram para que tudo corresse bem. Mãe e filho estão de boa saúde._rBM

ALuNOS EMpENHADOS NESTA CAuSA HuMANITáRIA

O projecto chama-se “uma casa contra a guerra” e mistura solida-riedade com cidadania. “Trata-se de um projecto que está a ser leva-do a sério pelos alunos desta esco-la. Construíram uma casa à escala real na escola e estão a apetrechá-la com móveis e todos os objectos de uso diário necessários à vida de uma família”, explica a professora Ilídia ferreira. O desafio foi feito pelo director da escola Secundária de Paredes à As-sociação de estudantes. “Adoramos a ideia. queremos mostrar que so-mos uma associação de estudantes pronta a ajudar e a mudar a cabeça dos alunos. estas são famílias iguais às nossas”, afirma Pedro Magalhães,

presidente da Associação de estu-dantes. Os alunos garantem que esta iniciativa os fez crescer e que estão a aprender muito, sobretudo ao nível da comunicação e gestão. Têm sido os elementos desta or-ganização estudantil a liderar o processo e a levar a mensagem aos 1800 alunos da escola. Professores e alunos construíram uma maqueta da casa, primeiro no papel e depois à escala real, na própria escola, e divul-garam uma lista de necessidades. há um empresário que vai ceder os móveis de cozinha e electrodo-mésticos e a escola secundária ficou responsável por angariar tudo o que é necessário para equipar a habita-ção. Na casa improvisada já há divi-sões com vários móveis. No quarto das crianças já há beliches, uma se-cretária e roupa de cama. Na sala há

FERNANDA pINTO

[email protected]

um sofá, uma mesa, televisão e livros. e também já foram recolhidos pra-tos, copos, talheres e panelas, entre outros. Mas faltam ainda alguns mó-veis, como roupeiros, sofá ou cómoda e cortinas e varões. A casa também já foi remodelada

e está pronta a receber a família. Na próxima semana, os alunos vão ajudar a montar tudo na habitação “verdadeira”. quem quiser contribuir ainda pode contactar a escola pelo 255782127 ou pelo email [email protected].

FERNANDA pINTO

[email protected]

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SextA-feIrA, 11 dez De 201518

pENAFIEL

INvESTIgAçãO AO ASSALTO à CAIxA DE CRÉDITO AgRÍCOLA FOI ARquIvADA Há MAIS DE uM ANO. MAS LESADOS CONTINuAM SEM pODER REAvER bENS RECupERADOS

Um dos maiores assaltos a bancos de Portugal vai ficar sem culpados. A Polícia Judiciária não conseguiu identificar os au-tores do furto feito, em Novem-bro de 2012, às instalações da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCA) de Penafiel e o Ministério Público (MP) decidiu arquivar o processo. logo de seguida, tam-bém ordenou que os bens aban-donados pelos ladrões durante a fuga fossem entregues aos respectivos donos. No entanto, nem o MP, nem a CCA, nem tão pouco a agência de Penafiel da Caixa geral de depósitos (Cgd), que guardou as caixas com os objectos recuperados, querem assumir a responsabilidade de devolver as medalhas, diferentes peças de ouro, moedas de cole-ção, relógios, talheres em prata, canetas de marca, guarda-jóias e até acções de empresas. Os lesa-dos temem que, perante este di-ferendo, os seus bens revertam, tal como ameaça um despacho do MP, a favor do estado.

bANCO DIz quE NãO TEM “SObRE TAIS ObjECTOS quALquER DIREITO Ou DEvER”

“Os meus clientes encontram-se admirados com a atitude da direcção da CCA, que continua a fazer tábua rasa dos direitos das pessoas que confiaram na segu-rança que os seus cofres indicia-vam”, refere Albano Teixeira. este advogado teme, inclusive, que os seus clientes “percam os valores para o estado”. “Se isso aconte-cer agiremos em conformidade”, avisa. O conflito aconteceu após o MP mandar arquivar o processo a 6 de Outubro de 2014 devido à falta de provas. 22 dias depois, o procurador de Penafiel avisou os lesados que podiam levantar os seus pertences no balcão da Cgd, mas o gerente desta entidade bancária informou que só o MP, a “entidade com jurisdição sobre os mesmos”, podia levantar os va-lores em causa.

ConflIto entre MInIStérIo PúBlICo e BAnCoS leVA ClIenteS A teMer PerDer oS oBJeCtoS A fAVor Do eStADo

pj não conseguiu identificar autores de assalto que rendeu 4,5 milhões de euros

O assalto à CCA de Penafiel aconteceu na madrugada de 18 de Novembro de 2012, depois dos ladrões terem arrombado as ins-talações da Cooperativa Agrícola de Penafiel, anexas ao banco. Se-gundo o relatório da PJ, o grupo fez vários buracos nas paredes e no chão para poder aceder, pri-meiro, ao interior do banco e, pos-teriormente, à caixa-forte. O alar-me ainda tocou, mas quando um funcionário da entidade bancária se deslocou ao local acompanha-do da gNR não levou a chave para entrar nas instalações. e como do exterior tudo parecia calmo re-gressou tranquilamente a casa. Já sem pressão, os assaltantes estroncaram 46 cofres individuais e furtaram tudo o que se encon-travam no seu interior. Na infor-mação dada à PJ, alguns clientes garantiram que lhes tinha sido

furtado, entre dinheiro e objectos de valor, quantias na ordem dos 200 mil, 300 mil e até de 570 mil eu-ros. Tudo somado, foram furtados mais de 4,5 milhões de euros. Na investigação que se seguiu, os inspectores conseguiram en-contrarar apenas a carrinha que o grupo furtou das instalações da Cooperativa Agrícola. A viatura foi entrada em Rebordosa, Paredes, mas estava regada com lixívia, o que impediu a recolha de vestí-gios. Como os assaltantes arranca-ram o sistema de videovigilância e ninguém assistiu ao furto, a PJ conseguiu apenas suspeitar que os autores do assalto fossem uns homens de nacionalidade estran-geira que operavam a partir de es-panha. Mas sem provas, a investi-gação foi concluída sem que fosse deduzida qualquer acusação.

CgD RECuSOu CEDER INSTALAçõES

O MP decidiu, então, que os re-lógios e peças de ouro fossem levantados por uma funcionária do Tribunal e entregues aos le-sados na agência da Cgd. Mas o gerente recusou ceder as insta-lações para que tal acontecesse. “face aos vários constrangimen-tos que têm vindo a ser colo-cados pela Cgd”, o MP ordenou que a funcionária levantasse as caixas com os bens recuperados e as restituísse à CCA de Pena-fiel. Porém, a 10 de Março deste ano, também os responsáveis do banco assaltado recusaram receber os bens. Num primeiro momento, a CCA justificou essa posição com o facto de não ter sido notificada, mas na troca de argumentos que se seguiu com o MP, o banco alegou que não tinha “sobre tais objectos qualquer di-

reito ou dever”. Acrescentou que nos contratos celebrados, a CCA “apenas tinha por obrigação dis-ponibilizar aos seus clientes a utilização do cofre” e que “nunca quem quer que fosse – e muito menos os respectivos proprie-tários – entregaram [ao banco] qualquer daqueles bens”. A CCA sustentou, igualmente, que o contrato de aluguer dos cofres já tinha cessado, o que faz com que o banco não tenha “qualquer obrigação com os alegados pro-prietários daqueles bens”. Nem mesmo quando o procurador ameaçou com o pagamento das despesas do depósito dos bens na Cgd e com a perda, em favor do estado, dos objectos ao final de um ano após a emissão do despacho a CCA cedeu. Por isso, mesmo com esse prazo ultrapas-sado, os clientes da CCA continu-am sem poder aceder aos objec-tos que guardavam no cofre.

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 19

vALONgO

ESC 1936 ENTREgOu CONTESTAçãO à ACçãO DE DESpEjO DO ESTáDIO DE SONHOS

Enquanto prossegue a análise, na direcção geral das Autarquias locais (dgAl), do processo de pedi-do de declaração de utilidade pública com carácter de urgência do estádio de Sonhos, com vista à sua expro-priação, continua também o proces-so judicial no Tribunal Cível do Porto de reivindicação de propriedade. O clube entregou a contestação na passada semana. foi no último dia do prazo que o advogado do ermesinde Sport Clube 1936 entregou no Tribunal Cível do Porto a contestação à acção inter-posta, em Setembro do ano passado, pela Imosá, proprietária do equipa-mento, reivindicando a propriedade do espaço que tem sido a casa do ermesinde Sport Clube 1936. O pra-zo da contestação só agora terminou uma vez que o clube pediu apoio jurí-dico e a nomeação de um advogado. O veRdAdeIRO OlhAR sabe que na base da contestação entregue o eSC 1936 argumenta que não deve ser

nA DgAl ProSSegUe A AnálISe Do De PeDIDo De DeClArAção De UtIlIDADe PúBlICA e ConSeqUente exProPrIAção

ISAbEL RODRIguES MONTEIRO

[email protected]

parte do processo, uma vez que será o antigo clube que mantém a posse do estádio, e que é a Câmara Munici-pal de valongo que faz a manutenção do relvado e a marcação do campo para os jogos oficiais que ali decor-rem. O nosso jornal sabe ainda que foram arrolados como testemunhas o anterior presidente da autarquia, João Paulo baltazar, e o actual pre-sidente da Câmara de valongo, José Manuel Ribeiro. entretanto, prossegue o processo de expropriação do estádio de Jogos de Sonhos, tendo a Câmara Munici-pal aprovado por unanimidade, na última reunião, um aditamento à re-solução de expropriação do estádio dos Sonhos, que resulta no acrescen-tar de informações solicitadas pela dgAl. de recordar que a Câmara Mu-nicipal de valongo aprovou em Julho passado avançar com o processo de expropriação do estádio de Sonhos, no sentido da municipalização do equipamento desportivo. A resolu-ção de expropriação surgiu, segundo a autarquia, depois de esgotadas as negociações com o proprietário dos terrenos do estádio de Sonhos.

CENTRO DE DISTRIbuIçãO LOgÍSTICO DO gRupO jERóNIMO MARTINS AbRE EM 2016

Depois de uma movimentação de 2,5 milhões de metros cúbitos de terra começou na sexta-feira, a cons-trução, em Alfena, do futuro Centro de distribuição logístico do grupo Jerónimo Martins. José Manuel Ri-beiro, presidente da Câmara Munici-pal de valongo, e luís Araújo, direc-tor-geral do Pingo doce, colocaram a primeira pedra do empreendimento, cujo investimento geral ronda os 50 milhões de euros. O novo Centro de distribuição lo-gístico deverá entrar em funciona-mento “no decorrer do próximo ano” e terá um grande armazém com 105 mil metros quadrados de extensão, com a possibilidade de expansão, posteriormente, em mais oito mil metros quadrados. Ao lado terá um armazém de paletes com quatro mil metros quadrados e um pavilhão de três pisos, onde serão instalados bal-neários e vestiários, bem como res-taurante e cafetaria e, finalmente, gabinetes.

CENTRO DE DISTRIbuIçãO TERá CRECHE pARA FILHOS DE FuNCIONáRIOS

eMPreenDIMento reSUltA De InVeStIMento De 50 MIlhõeS De eUroS eM AlfenA

ISAbEL RODRIguES MONTEIRO

[email protected]

Para além desta área de trabalho, o grupo Jerónimo Martins vai provi-denciar a construção de uma creche para os filhos dos funcionários, com capacidade para receber até 60 ou 70 crianças. haverá também um par-que de estacionamento, um posto de abastecimento e uma zona de lava-gem para os camiões de distribuição. No futuro, poderá haver a constru-ção de mais instalações no terreno remanescente, sendo que falta ainda a escritura de uma parcela de terre-no que está com o proprietário, neste caso um fundo imobiliário.

“MARCO FuNDAMENTAL DO MODELO FuTuRO DA OpERAçãO LOgÍSTICA”

luís Araújo, director-geral do Pingo doce, realçou a importância deste investimento que está agora a ser concretizado no concelho de valon-go, classificando-o como “um marco fundamental do modelo futuro da operação logística” do grupo Jeróni-mo Martins. O responsável destacou ainda os “ganhos de eficiência mui-to importantes” que serão possíveis atingir. “O investimento há-de dar um contributo importante à dina-mização da economia local”, disse, salientando a criação de emprego di-

recto e garantindo da parte do grupo Jerónimo Martins a “vontade de con-tinuar a acreditar no nosso país”.

INvESTIMENTO “MARCA MuITO O TERRITóRIO”

O presidente da Câmara Municipal, José Manuel Ribeiro, destacou o facto de se tratar do “maior investi-mento da história do concelho”, mas também o maior investimento que está a ser feito actualmente na zona Norte. “depois de tanto trabalho e empenhamento do município e da empresa para agarrar este investi-mento, temos de estar satisfeitos”, disse, salientando que “um investi-mento destes marca muito o terri-tório”, enaltecendo a criação de 300 postos de trabalho directos. “é o que se chama dar esperança às pessoas. é fazer política social, educativa”, acrescentou. O autarca aproveitou ainda para destacar o investimento que o grupo Jerónimo Martins fará na requalificação da estrada Muni-cipal 606, na ligação a Sobrado, mas também à cidade de Alfena. O inves-timento que está a ser realizado, con-cluiu, conjuga-se com a promoção do território que o município tem feito com a divulgação das suas marcas identitárias.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201520

vALONgO

TONELADAS DE TAMpINHAS TRANSFORMADAS EM MATERIAL ORTOpÉDICO

Foram 31 as entidades bene-ficiadas este ano na Operação Tampinhas, dinamizada pela li-por, Serviço Intermunicipalizado de gestão de Resíduos do grande Porto. A lipor entregou esta se-gunda-feira, os donativos, no va-lor total de 27 mil euros. entre os beneficiados estão os bombeiros voluntários de ermesinde. A empresa intermunicipal de gestão de Resíduos do grande Porto vai já na 10.ª edição da Ope-ração Tampinhas, tendo desde 2006 beneficiado 391 entidades com a entrega de 1145 equipa-mentos ortopédicos, num valor total de 444 mil euros. Nesta úl-tima fase, que decorreu entre Ja-neiro e dezembro de 2014, foi acu-mulado um total de cerca de 35 toneladas de tampinhas, que dá um total de cerca de 27 mil euros de receita. Com o produto da ven-da das tampinhas, que reverteu integralmente a favor da compra de 67 equipamentos ortopédicos e similar, foram contempladas 31 entidades, de 19 concelhos, in-cluindo 12 que não fazem parte do Serviço Intermunicipalizado

BoMBeIroS De erMeSInDe forAM UMA DAS 31 entIDADeS BenefICIADAS Por ProJeCto DA lIPor

ISAbEL RODRIguES MONTEIRO

[email protected]

de gestão de Resíduos do grande Porto.

bOMbEIROS DE ERMESINDE CONTEMpLADOS COM TRêS EquIpAMENTOS

Os bombeiros voluntários de er-mesinde foram a única entidade do concelho de valongo que foi contemplada nesta 10.ª fase da Operação Tampinhas. A receber o certificado esteve emanuel Santos, segundo comandante da corporação. graças à campanha da lipor, os bombeiros de er-mesinde terão mais um fixo kid, aparelho de retenção de crianças latentes para transporte em am-bulância, permitindo uma maior segurança do que seguir ao colo de um adulto ou deitado na maca apenas com os cintos. À corpo-ração será ainda entregue um dAe (desfibrilador Automático externo) de Treino, permitindo uma formação mais eficaz, e fi-nalmente um manequim Prestan família Completa. de referir que os bombeiros de ermesinde ti-nham já um manequim adulto e um pediátrico. estes dois últimos são equipamentos que permitirão aos bombeiros de ermesinde ter uma formação mais eficaz dos

seus soldados da paz.

pROjECTO RESuLTA DE COLAbORAçãO DA SOCIEDADE CIvIL

Aires Pereira, presidente do Conse-lho de Administração da lipor, des-tacou que a Operação Tampinhas é um projecto ao qual a empresa inter-municipal dá especial relevo por se tratar de uma iniciativa que resulta também da profunda colaboração e empenhamento da sociedade civil. Recordando que existem algumas campanhas de recolha de tampinhas que depois não se concretizam em benefício algum para quem delas necessita, Aires Pereira sublinhou que a Operação Tampinhas da lipor “tem princípio, meio e fim”. “Temos para onde encaminhar o material re-colhido e transformar assim na aqui-sição de equipamentos e dar estas alegrias”, disse. Com a Operação Tampinhas, a lipor e os seus municípios asso-ciados incentivaram a sociedade civil a separar tampas em plás-tico de embalagens, entregá-las separadamente na lipor, ou nas Instalações das câmaras muni-cipais associadas, bem como em instituições públicas e privadas da região.

Verdadeiro olhar (18 de Dezembro 2015)

ASSEMbLEIA DE DELEgAçãO LOCAL ExTRAORDINáRIA

CONvOCATóRIA

De acordo com o disposto no artº 39º dos estatutos da Cruz Vermelha Portuguesa, publicados em Decreto-lei nº 281/2007 de 7 de Agosto e no regulamento das Assembleias de Delegação aprovado pela Direcção nacional da Cruz Vermelha Portuguesa em 10/10/2007, convosco a Assembleia da Delegação para o próxi-mo dia 28 de Janeiro de 2016, pelas 20.30 horas, a ter lugar nas instalações da sede da mesma, sita na rampa da escola do Calvário, nº172, 4580-712 Vilela Paredes,

com a seguinte:

ORDEM DE TRAbALHOS

Ponto único – eleição dos dois Secretá-rios para composição da Mesa da Assem-bleia, nos termos do artº 3º do regula-mento das Assembleias de Delegação.Se à hora indicada para a realização da Assembleia não se encontrarem presen-tes ou representados 50% dos membros que a compõem, a mesma terá lugar, em segunda convocatória, 30 minutos de-pois, nos termos do artº 12º do regula-mento das Assembleias de Delegação.

Vilela, 10 de Dezembro de 2015.o Presidente da Delegação

Verdadeiro olhar (18 de Dezembro 2015)

ASSEMbLEIA ELEITORALCONvOCATóRIA

De acordo com o disposto o artº 39º dos estatutos da Cruz Vermelha Portuguesa, publicados em Decreto-lei nº 281/2007 de 7 de Agosto e no regulamento das Assembleias de Delegação aprovado pela Direcção nacional da Cruz Vermelha Por-tuguesa em 10/10/2007, convosco a As-sembleia eleitoral para o próximo dia 28

de Janeiro de 2016, para as 21.30 horas, a ter lugar nas instalações da sede da mes-ma, sita na rampa da escola do Calvário, nº172, 4580-712 Vilela Paredes.As urnas estarão abertas entre as 22 ho-ras e as 23.00 horas.

ponto único da ORDEM DE TRAbALHOS – eleição de três membros para o Conse-lho de Curadores da Delegação

o Presidente da DelegaçãoJoaquim da Silva Dias

Verdadeiro olhar (18 de Dezembro 2015)

ExTRACTO pARA pubLICAçãO

Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que, neste Cartório, em 09 de dezembro de 2015, de fls. 09 a fls. 11 do livro de notas para escrituras Diversas nº 109-A, foi lavrada uma escritura de Justifi-cação notarial, na qual foi justificante: José Carlos ribeiro Barbosa, casado, natu-ral da freguesia de Beire, concelho de Pa-redes, residente na travessa Damião de gois, nº 19, habitação 3.6, na freguesia de rio tinto, concelho de gondomar, titular do cartão de cidadão da república Portu-guesa com o número de identificação civil 12249248 0 zY7, válido até 09/06/2016, o qual outorga na qualidade de Presidente da Direção e em representação do: “grUPo DeSPortIVo reCreAtIVo e CUltUrAl De S. lUíS”, associação de di-reito privado com o nIPC 501 409 955, com sede no lugar de São luís, na freguesia de Beire, concelho de Paredes.Mais certifico que, nessa escritura, foi de-clarado o seguinte: que o grupo Desportivo recreativo e Cul-tural de S. luís, que representa, é dono, com exclusão de outrém, do seguinte bem imóvel:prédio urbano, composto por terreno destinado a campo de futebol com a área de sete mil, novecentos e sessenta e sete metros quadrados (sendo seis mil, cento e cinquenta metros quadrados a área cor-respondente ao campo de futebol e mil, oitocentos e dezassete metros quadrados a área do terreno envolvente), sito na rua do Cruzeiro (anterior lugar de S. luís) na freguesia de Beire, concelho de Paredes, a confrontar de norte, sul, nascente e po-ente com ramiro Meireles e Maria Amélia Magalhães, não descrito na Conservatória do registo Predial de Paredes, mas inscri-to na matriz predial urbana em nome do seu representado sob o artigo 1170, com o valor patrimonial de €14.420,00, ao qual atribuem igual valor

que o referido grupo Desportivo recrea-tivo e Cultural de S. luís não detém qual-quer título formal que legitime o seu domí-nio sobre o prédio.que o mesmo veio à posse do “grupo Des-portivo recreativo e Cultural de S. luís”, ainda com a natureza de prédio rústico (desconhecendo-se qual o artigo matricial correspondente dado o período de tempo decorrido), no ano de mil novecentos e oi-tenta e três, em dia e mês que não conse-guem precisar, por doação verbal de rami-ro Pinto Meireles, casado com ludovina da Conceição Carvalho Abreu sob o regime de comunhão geral de bens, residente que foi no lugar de Senhora da guia, na extinta fre-guesia de Castelões de Cepeda, concelho de Paredes e de Joaquim ferreira gomes, viúvo e Maria Amélia Magalhães, viúva, am-bos residentes que foram no lugar de em S. luís, na freguesia de Beire, concelho de Paredes, ato que nunca foi formalizado. que, não obstante isso e desde então, o grupo Desportivo recreativo e Cultural de S. luís tem usufruído do prédio, tratando da sua limpeza, demarcando-o, afetando o mesmo à prática desportiva de fute-bol e gozando todas as utilidades por ele proporcionadas, designadamente nele realizando jogos de futebol e outras ati-vidades desportivas, tudo isto com ânimo de quem exercita um direito próprio, sen-do reconhecido como seu dono por toda a gente, fazendo-o de boa fé por ignorar lesar direito alheio, pacificamente porque sem violência, contínua e publicamente, à vista e com o conhecimento de toda a gen-te e sem oposição de ninguém. que esta posse exercida de forma pacífi-ca, continua, pública e de boa-fé, desde há mais de vinte anos, conduziu à aquisição do prédio por usucapião, que expressa-mente invoca, justificando o direito de propriedade do grupo Desportivo recrea-tivo e Cultural de S. luís, para efeito do seu ingresso no registo predial, já que, dado o modo de aquisição, não detém qualquer documento formal extrajudicial que lhe permita fazer prova do seu direito de pro-priedade perfeita.

A notária (Marina Antónia Alves de Sousa Aranda ferreira)

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 21

OLHAR (IM)pARCIAL

A Assembleia de freguesia de Campo decidiu recentemente, a conclusão de um dos processos que mais importantes con-sequências negativas, poderiam ter (e não sei se tiveram) para a freguesia. desde o início deste processo, que para a Cdu, as dúvidas foram sempre maiores que as certezas. Certezas que afinal nun-ca chegaram a ser e dúvidas que continuam a prevalecer. quando a Junta de fregue-sia propôs a venda de terre-nos a uma imobiliária, a Cdu foi contra e porquê? Porque quando se ia dis-cutir essa proposta, apare-ceu alguém, identificando-se como representante de um possível proprietário, exi-bindo um documento em for-ma de escritura, a justificar como sendo seus, os terrenos que a Junta de freguesia de Campo se estava a preparar para vender. Por proposta da Cdu, essa reunião foi suspensa, para que fosse possível analisar tal documento, uma vez que cabia à Junta de freguesia, analisar o as-sunto através de serviços competentes para o efeito. veio posteriormente a Junta, voltar a propor a venda do terreno, com o pretexto da urgência de não inviabilizar um projec-to de construção de uma fábrica, que per-mitiria a criação de 400 postos de trabalho na nossa terra. (a treta do costume) e porque a Junta continuava a não apre-

sentar provas que convencessem, a Cdu votou contra a venda do terreno. Sendo acusada mais uma vez, de só saber votar contra. Mas o terreno acabou por ser vendido, sob o compromisso de não se tocar no di-nheiro, para a eventualidade de o ter de devolver.

Todos viemos a saber posteriormente, que afinal, o dinheiro foi se gastando por conta. Numa fase posterior e mais recente, na posse de algum dinheiro que ainda restou, veio a Junta de freguesia propor, que se comprasse o terreno para o alargamento da feira de Campo. A Cdu novamente com as devidas cau-telas, sugeriu que se comprasse o terreno

sim, mas sem se mexer no dinheiro que devia estar cativo. Para a eventualidade de poder ter de ser devolvido a quem recla-masse serem seus tais terrenos e o pudes-se provar em Tribunal. Mas como as sugestões da Cdu mais uma vez não foram aceites, o terreno para o alargamento da feira foi comprado com

o dinheiro que restava da venda de terre-nos, que não se sabia se eram da Junta. e porque não quiseram aceitar as nossas sugestões e compraram o terreno com di-nheiro que não sabiam se era da Junta, a Cdu votou contra. e foram novamente a os eleitos da Cdu, apontados como os que só sabem votar contra. veio agora em dezembro deste ano, a

Junta de freguesia propor à Assembleia, que se confirmasse o acordo assumido pela Junta em Tribunal e que se reconhe-cesse que os terrenos vendidos pela Junta, afinal, se calhar não eram da Junta, e sob o risco de a não ser aceite a pro-posta da Junta, correr-se o risco também, de ter de se devolver todo o dinheiro rece-

bido pela Junta de freguesia e também já todo gasto. e se já estava todo gasto, onde é que se iria buscar o dinheiro para se devolver? e porque entendemos que caso o proces-so não se ficasse por aqui e que continu-asse a avançar para julgamento; poderiam ser graves e muito graves as consequên-cias para a freguesia, a Cdu absteve-se para permitir o acordo.

O vOTO CONTRA DA CDu, pELA vENDA DuvIDOSA DE TERRENOS NãO CONFIRMADOS COMO bALDIOS.

E stamos em plena quadra natalícia, naquela que é para a generalidade dos cristãos a época mais bonita do ano e na qual palavras e conceitos como fraterni-dade e solidariedade ganham maior pro-tagonismo.

para que passem umas festas mais felizes e, acima de tudo, para a alegria das crian-ças.

O Município de Paredes tem essa preocu-pação solidária, apoiando os munícipes

que necessitam ainda mais nesta quadra natalícia. e porque o Natal é sempre tão especial, assinala-o, este ano, com uma Praça José guilherme «vestida» a preceito para a época, com um bonito fato de luz.

e as prendas são outro dos símbolos do Na-tal. Os brinquedos em embrulhos coloridos ou as roupas, o calçado, os livros... A Câma-ra Municipal de Paredes não pode infeliz-mente dar prendas a todos os paredenses. Tão pouco,

apesar de ser sua vontade, a todos os que necessitam.

Mas pode ajudar por outras vias e é isso mesmo que tem vindo a fazer, reagindo à

dura austeridade que tivemos de enfren-tar através da criação de condições para a atração de investimento para o concelho, criando postos de trabalho e dinamizando assim a economia.

Somos um Município competi-tivo nessa área e estamos por essa via a combater com efi-cácia o flagelo do desemprego que a crise fez disparar. Re-duzimo-lo em 23 por cento no último ano, criando cerca de dois mil postos de trabalho.

Mas o nosso trabalho conti-nua e dou agora a justifica-ção para o título deste artigo: as boas novas de Natal têm a ver a com a captação de mais três importantes investimen-tos, duas empresas a instalar na zona Industrial de baltar e outra em lordelo, que jun-tas vão criar quase 500 novos posto de trabalho, para um investimento total de cerca

de 20 milhões de euros.

São boas notícias para Paredes. um santo de feliz Natal para todos, e que 2016 seja melhor do que 2015.

bOAS NOvAS DE NATAL

dizer que devia ser assim o ano todo pode ser um enorme chavão, mas que devia ser, devia. No entanto, ainda bem que, pelo me-nos nesta época, muitos se lembram dos menos favorecidos, contribuindo assim

ADRIANO RIbEIRO

Vereador da Câmara Municipal de Valongo pela CDU

pEDRO MENDES

Vereador da Câmara Municipal de Paredes

pelo Partido Social Democrata

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SextA-feIrA, 11 dez De 201522

OpINIãO

«O povo que andava nas tre-vas viu uma grande luz» (Is 9, 1). esta afirmação do profeta Isaías abre a liturgia da Palavra da noite de Natal. é assim que se apresenta ao mundo o nascimento do Salva-dor: uma luz que ilumina as trevas e que enche de esperança aqueles que a contemplam. O Natal é luz. é uma irrupção da luz de deus neste nosso mundo cheio de trevas. Trevas exteriores: violên-cias, guerras, ódios, irmãos que não se perdoam, não se falam, não convi-vem, não se aceitam mutuamente.

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Verdadeiro olhar (18 de Dezembro 2015)

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6 – PenAfIel

ASSEMbLEIA gERAL ORDINáRIACONvOCATóRIA

nos termos estatutários, convoco os ex-mos. Associados, no pleno gozo dos seus direitos, para se reunirem em Assem-bleia geral ordinária, no Salão nobre da Associação, no dia 29 de DezeMBro de 2015 (terçA-feIrA), pelas 30:30 horas, com a seguinte:

ORDEM DE TRAbALHOSPonto único: Apreciação e votação do Plano de Atividades e orçamento para 2016, proposto pela Direção, bem como do respectivo Parecer do Conse-lho fiscal.

Se à hora designada não houver “quo-rum”, a Assembleia funcionará trinta mi-nutos mais tarde, independentemente do número de sócios presentes.

Penafiel, 10 de dezembro de 2015

o Presidente da Mesa de Assembleia geral,Dr. rodrigo dos Santos lopes

e trevas interiores: ressentimen-tos, mágoas, abandono da oração, da confissão, da missa dominical, da for-mação cristã, das obras de misericór-dia, da preocupação pelos que temos ao nosso lado. Neste Ano Santo da Misericórdia, somos chamados a olhar para o “si-nal” do Natal ― «um menino envolto em panos e deitado numa manjedou-ra» (lc 2, 12) ― como uma das mani-festações mais maravilhosas da mi-sericórdia de deus para connosco. Precisamos voltar a contemplar o mistério do nosso deus que Se faz

pE. RODRIgO LyNCE DE FARIA

uma criança para que nos aproxime-mos d’ele cheios de confiança. este mistério de misericórdia é, como diz o Papa francisco, fonte de alegria, de serenidade e de paz. Três dons que o nosso coração anseia! e que, no meio da correria do dia-a-dia, parecem cada vez mais difíceis de al-cançar. fomento desejos concretos de me aproximar de deus neste Natal? de abrir as portas do meu coração para que ele possa entrar? de estar mais atento àqueles que estão ao meu lado? que a luz deste Natal ilumine de verdade as nossas almas! que o Me-nino Jesus encontre em cada um de nós um coração bondoso e aberto! um coração que ele possa encher de misericórdia para com todos aqueles que nos rodeiam!

Verdadeiro olhar (18 de Dezembro 2015)

CONvOCATóRIA

Joaquim da Silva rodrigues, Presidente da Mesa da Assembleia geral, ao abrigo e para efeitos do artigo 47º nº 2 alínea b) dos estatutos e a pedido da exce-lentíssima Direção, convoco os sócios desta Associação humanitária de Bom-beiros Voluntários de entre-os-rios, para reunirem em Assembleia geral or-dinária no dia 26 de Dezembro de 2015 pelas 20:30 horas, nas instalações sede da Associação, à rotunda do Bombeiro - São Sebastião - entre-os-rios, com a seguinte:

ORDEM DE TRAbALHOS

ponto um - Apreciação, discussão e vo-tação dos orçamentos e Plano de Ativi-dades para o ano de 2016.ponto dois - trinta minutos - outros as-suntos de interesse para a Associação.Se no dia e hora designados para a reu-nião não houver número legalmente exigível de sócios, a Assembleia funcio-nará em segunda convocatória, 30 mi-nutos mais tarde, com qualquer núme-ro de presenças, desde que não inferior a três associadoa efetivos.

entre-os-rios, 14 de Dezembro de 2015o Presidente da Mesa da Assembleia geral(Joaquim da Silva rodrigues)

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SextA-feIrA, 11 dez De 2015 23

FRANCISCO COELHO DA ROCHA

[email protected]

http://twitter.com/fcrocha

FICHA TÉCNICA

444.ª EDIçãO

pROpRIEDADE

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jORNALISTAS

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LOgÍSTICA

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TIRAgEM: 10.000 ExEMpLARES

NúMERO DE REgISTO DE DEpóSITO LEgAL: 261694/07

NúMERO DE REgISTO: 125208

EDITORIAL

alinhamentosJogo de cintura. A pacense glória Araú-jo foi deputada do Partido Socialista du-rante dez anos e por diversas vezes foi notícia. Agora, depois de deixar o cargo, volta a ser notícia através de uma en-trevista que publicamos na edição desta semana. glória Araújo fala publicamente daquilo que há muito se vai falando nos bastidores da política pacense: a vitória de humberto brito nas autárquicas não corresponde à vitória do PS.

Nas últimas eleições legislativas, os re-sultados no concelho de Paços de fer-reira foram desastrosos para o PS. Nas primeiras eleições depois da vitória socialista nas autárquicas, foi naque-le concelho que o PS conseguiu o pior resultado do distrito, revelando que, ao contrário do que aconteceu na cam-panha de humberto brito, a estrutura local não conseguiu mobilizar nem reti-rar dividendos políticos do facto de ser poder. esta é também a conclusão da ex-deputada, que se mostra preocupada com o estado a que chegou o partido e não afasta uma eventual candidatura à Comissão Política Concelhia. Caso deci-da levar o seu mandato até ao fim, Paulo Sérgio terá uma oposição interna atenta e já declarada.

Se os fracos resultados eleitorais eram um dos assuntos-tabu até agora dentro do PS concelhio, há outro que cada vez se torna mais visível: o ambiente de crispa-ção crescente entre o presidente da au-tarquia, humberto brito, e o presidente da Comissão Política, Paulo Sérgio bar-bosa, que é também vice-presidente da autarquia.

é verdade que as relações entre os dois nunca foram as melhores – basta recor-darmo-nos do processo que levou à esco-lha de humberto brito como candidato pelo PS – mas, desde então, foram-se degradando. São conhecidos vários epi-sódios de desautorização de um ao outro na gestão municipal, assim como o desa-grado de humberto brito quando o vice-presidente contratou alguns militantes

a Casa seNHOrial eM POrtuGalAutores: helder Carita e António homem Cardoso editor: leyaPreço: €54,00

O desafio original apontava para a ela-boração de uma história da casa senho-rial em Portugal que, com base nos casos exemplares das casas dos associados da Associação Portuguesa das Casas Antigas, pudesse constituir uma clarificação e ac-tualização do estado dos conhe-cimentos neste campo da arquitectura portuguesa.

levado pelo entusiasmo que este tema suscita helder Carita propôs-se logo ini-ciar uma linha de investigação sobre a his-tória da casa senhorial, na sua longa evolu-ção. Animado com a ideia de realizar uma nova síntese da história da casa senhorial actualizada à luz das novas correntes de investigação da arquitectura portuguesa, a tarefa revelou-se senão megalómana, no mínimo de excessiva duração.

Assim, não pretendendo realizar uma história da casa senhorial, definiu-se identificar algumas linhas de evolução da arquitectura senhorial, analisando não só as suas origens medievais, como num segundo tempo articulá-las, sempre que possível, com os contributos da Provedoria de Obras Reais e das obras dos seus arqui-tectos. vivendo duma forte relação com os símbolos de prestígio e de hierarquia social presentes em cada época, a casa se-nhorial é ainda nas suas diferentes formas um testemunho das transformações que a sociedade e o gosto vão assumindo ao longo dos séculos. Na sua estética e busca do belo, ela é também afirmação de aspi-rações mais profundas que revelam o ho-mem face ao Mundo e a Natureza.

SugESTãO DE LEITuRA

socialistas para funções municipais.

glória Araújo é política com muita experi-ência e habituada a “jogos de cintura”. Por isso, ao elogiar humberto brito e o seu trabalho à frente da autarquia, a ex-depu-tada tenta pôr travão à eventual intenção de humberto brito não se recandidatar, pelo menos numa lista que inclua Paulo Sérgio barbosa.

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SextA-feIrA, 11 dez De 201524

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DESEJO QUE O ESPÍRITO DE ESPERANÇA E DE SOLIDARIEDADE

DA QUADRA NATALÍCIA SE CONCRETIZE NUM FUTURO

MELHOR PARA TODOS E TODAS.JOSÉ MANUEL RIBEIRO

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO