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JORNAL INFORMATIVO DO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS ‘‘DR. JOÃO AMORIM’’ JAM Nº 13 – Ano II – Dez/2011 INFOR Que o CEJAM mantém ampla transparência de todos os atos institucionais por meio dos sites: www.cejam.org.br e www.oscejam.org.br. Clique no link: Transparência e tenha acesso aos contratos de gestão, convênios, resultados do SAU- Serviço de Atenção ao Usuário e outras informações. Você sabia? Nesta edição ACONTECE NA UBS: UM DIA DEDICADO À SAÚDE DO HOMEM PÁG 2 NISA: A ATENÇÃO BÁSICA DA SAÚDE AUDITIVA PÁG 3 HOSPITAL DO M´BOI MIRIM VESTIDO DE ROSA EM NOME DA PREVENÇÃO PÁG 3 MOGI DAS CRUZES: A SAÚDE BUCAL CHEGA AO COCUERA PÁG 8

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Jornal InformatIvo do Centro de estudos e PesquIsas ‘‘dr. João amorIm’’

jamNº 13 – ano II – Dez/2011

INfoR

Que o CEJAM mantém ampla transparência de todos os atos institucionais por meio dos sites: www.cejam.org.br e www.oscejam.org.br. Clique no link: Transparência e tenha acesso aos contratos de gestão, convênios, resultados do SAU- Serviço de Atenção ao Usuário e outras informações.

Você sabia?

Nesta edição

Acontece nA UBS: Um diA dedicAdo à SAúde do homem Pág 2

niSA: A Atenção BáSicA dA SAúde AUditivA Pág 3

hoSPitAl do m´Boi mirim veStido de roSA em nome dA Prevenção Pág 3

mogi dAS crUzeS: A SAúde BUcAl chegA Ao cocUerA Pág 8

INfoRjam - Ano II - nº 13 - Dez/20112

Acontece na UBS

Editorial

CONTRIBUIÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS NO APRIMORAMENTO DO SUS

Desde 2001, quando lançamos o site “saudeprev”, hoje portal: www.cejam.org.br, o CEJAM desenvolveu diversos canais de comunicação e de informação sobre suas atividades.

No início, a preocupação foi divulgar seus programas e seus re-sultados com páginas voltadas para assistência, promoção de saúde, prevenção de doenças e ações da Responsabilidade Social. Mas a par-tir de 2007, com o início dos contratos de gestão, o CEJAM passou a divulgá-los, assim como, seus relatórios anuais e suas prestações de contas com livre acesso a qualquer interessado, numa inédita trans-parência de compromisso com o poder público.

Por trabalharmos com recursos públicos,  repassados pelas Pre-feituras com as quais mantemos convênios ou contratos de gestão, incrementamos esses canais de controle e queremos torná-los cada vez mais completos.

Paralelamente, estimulamos a formação de conselheiros de saú-de e promovemos a instalação de conselhos gestores paritários (50% de usuários eleitos pela comunidade) em todas as nossas Unidades de Saúde, no Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M´Boi Mi-rim e na OS-CEJAM. Por outro lado colocamos na composição do nosso Conselho de Administração do CEJAM e Comitê Gestor do Hospital, dois representantes da comunidade, eleitos pelos segmen-

tos de usuários dos Conselhos Gestores, num controle social de alto significado.

Paralelamente, passamos a participar de conselhos gestores da Su-pervisão de Saúde do M´Boi Mirim onde, anualmente, apresentamos uma prestação de contas de nossas atividades na região.

Outro importante instrumento de controle, colocado à disposi-ção dos conselhos gestores e das administrações superiores, é o SAU--Serviço de Apoio ao Usuário, que recebe críticas, sugestões e elogios dos usuários das Unidades de Saúde. Estes formulários são analisados e colocados à disposição dos órgãos de controle.

Sinceramente, não conhecemos nenhuma outra Organização So-cial no Brasil, com tal transparência e controle de suas atividades co-mo o CEJAM. Mas ainda não nos damos por satisfeitos...

Somados aos controles a que, obrigatoriamente, estamos subme-tidos pelas Secretarias de Saúde, Coordenações Regionais, Supervi-sões, Tribunais de Contas e Ministério Público queremos, em 2012, continuar com a credibilidade e transparência de sempre, orgulhosos pelo dever cumprido com a máxima idoneidade desses 20 anos de existência.

Dr. Fernando Proença de GouvêaSuperintendente do CEJAM

Em outubro, as Unidades Básicas de Saúde sob gestão do CEJAM OS – M´Boi Mirim abriram suas por-

tas em pleno sábado para uma ação inédi-ta voltada para a Atenção à Saúde do Ho-mem. A iniciativa contemplou a Política Nacional de Saúde do Homem, promovi-da pelo Ministério da Saúde.

“Esta ação foi solicitada pela Secreta-ria Municipal de Saúde e envolveu as 17 Unidades de Saúde sob gestão direta do CEJAM OS M’Boi Mirim com o intui-to de chamar a atenção dos homens aos cuidados de saúde. O número de pessoas que compareceu às Unidades foi acima das nossas expectativas”, conta Glauber dos Prazeres, Gerente de Integração UBS.

Cada Unidade disponibilizou aos usuários todos os serviços oferecidos, den-tro de suas peculiaridades, como: avaliação cardiovascular, solicitação de exames, vaci-nação, avaliação em saúde bucal, palestras

Unidades Básicas de Saúde: um sábado voltado à Saúde do Homemeducativas, orientações em saúde, etc.

“Percebemos que grande parte dos usuá rios que estiveram por aqui não costu-mam procurar os serviços de saúde como forma de prevenção. Isso foi interessante pois era justamente este o público que gos-taríamos de atingir neste dia”, analisa o en-fermeiro Genivaldo Medeiros, gerente da UBS Jardim Capela.

As Unidades de Saúde sob gestão direta do CEJAM OS- M´Boi Mirim fizeram cerca de 1700 atendimentos

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Acontece na AMA

Trabalho intenso de Combate à Tuberculose

Ampliando o trabalho de busca ativa dos sintomáticos respirató-rios, ou seja, pessoas que correm

risco de desenvolver a tuberculose, pro-fissionais da AMA Parque Novo Santo Amaro e Ambulatório de Especialidades (AE) Jardim Ibirapuera, participarão do Treinamento em Aplicação e Leitura que acontecerá em 2012.

O exame de PPD (Derivativo de Prote-ína Purificada) é uma maneira efetiva e um importante método de diagnóstico precoce. Quando injetado na pele, o PPD provoca uma reação no local, demonstrando se o or-ganismo reconhece aquele líquido injetado como se fosse o próprio bacilo agressor. A reação forte ao PPD mostra que o paciente já teve contato com a tuberculose.

Este teste já era realizado nos Serviços AMA Parque Novo Santo Amaro e AMA Parque Figueira Grande. A partir deste treinamento haverá aumento da oferta de realização do PPD a partir da inclusão do AE Jardim Ibirapuera, com consequente ampliação do acesso à população sobre sua condição quanto ao contato com a tuberculose.

Chegamos ao final de 2011 e não poderíamos deixar de fazer uma retrospecti-

va do que aconteceu na nossa Mi-crorregião M’Boi Mirim. Os nú-meros mostram o cumprimento das metas estabelecidas e a satisfação do usuário com os serviços oferecidos na parceria entre o CEJAM e a Se-cretaria Municipal de Saúde. Dian-te disso, parabenizamos a todos que fizeram parte direta e indiretamente deste sucesso que muito nos orgulha e demonstra que estamos no cami-nho certo.

2011: Os números falam por si só

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Opinião

Infecções sexualmente transmissíveis em homens: O Vírus do papiloma humano (HPV)

Nos últimos anos, a incidência de infecções sexual-mente transmissíveis (DSTs) entre os homens tem se elevado. Um dos vírus de maior frequência é o

HPV, ocorrendo em cerca de 10% dos adultos. Como não é uma doença de notificação, esse número é estimado. Na maio-ria das vezes no homem, é uma infecção assintomática, ou seja, sem sinais aparentes. Esse estágio pode ocorrer à transmissão pela via sexual nas relações desprotegidas.

O HPV possui mais de 200 tipos descritos, sendo alguns deles causadores de câncer cervical. A transmissão do HPV po-de prevenida pelo uso de preservativos nas relações sexuais, e mais recentemente pelo uso da vacina contra os tipos mais co-muns (6, 11, 16 e 18).

Atualmente, a vacinação é recomendável pelo Ministério da Saúde do Brasil é para mulheres a partir dos nove aos 26 anos de idade. A justificativa é que cerca de 16% das mulheres en-

tram em contato com HPV após o início da atividade sexual, sendo na maioria das vezes uma infecção subclínica. Não existe recomendação para a vacinação nos homens, mas estudos estão em andamento para avaliar essa possibilidade. Entretanto, vale ressaltar que apesar da elevada eficácia da vacinação, a proteção é tipo específica, ou seja, somente os mais frequentes estão conti-dos na vacina. Deste modo, somente o uso de preservativos pode prevenir a disseminação do HPV na população exposta.

Assim, os profissionais de saúde devem ser peças funda-mentais para a disseminação de informação, incentivar medi-das de proteção e conscientizar a comunidade para os riscos de transmissão do HPV, principalmente pelo uso correto dos preservativos em todas as relações sexuais.

Dr. Jorge Casseb

Professor do Instituto de Medicina

Tropical de São Paulo – USP

As ações de conscientização de preven-ção ao câncer de mama do Outubro Rosa movimentaram os corredores

do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M`Boi Mirim durante todo o mês de outu-bro graças a uma parceria entre o Hospital Israelita Albert Einstein, a Susan G. Komen for the Cure e o Instituto Oncoguia.

Durante todo o mês de outubro, o Hos-pital contou com uma iluminação especial cor de rosa em nome da campanha. Nos dias 24 e 25, um quiosque foi montado na entra-da do HMMB para a distribuição de folhetos com informações sobre as formas de prevenir o câncer de mama e promotores atuaram na divulgação dos exames de mamografia junto às usuárias que passaram pelo Hospital.

Luciana Ciucci é Assessora de Comunicação e

Imprensa do Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M´Boi Mirim

Hospital Municipal Dr. Moysés Deutsch M`Boi Mirim: Colorido em nome da prevenção

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O I Simpósio Científico CEJAM fez parte das comemorações pelos 20 anos do Centro de Estudos e Pes-

quisas Dr. João Amorim e reuniu especialis-tas internacionais para apresentações e mesas de discussão nas áreas de gestão em saúde e Atenção Básica.

Ao todo, foram três dias em que convi-dados, colaboradores e palestrantes refleti-ram sobre questões como: “Os Contratos de Gestão e Seus Benefícios ao Sistema Munici-pal de Saúde”, “ Os mecanismos de Controle das Organizações Sociais”, “ Dispositivos da Qualidade na Gestão de Serviços de Saúde”.

Na abertura do even-to, Dr. José Maria da Costa Orlando, Secretário Adjun-to de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde defen-deu as parcerias com as Or-ganizações Sociais na Saúde e falou sobre o interesses de outros Estados neste modelo tão bem sucedido.

“Este é um modelo que traz para junto do Poder Público a expertise do setor privado. Esta iniciativa vem se

espalhando pelo Brasil e São Paulo vem sendo usado como espelho. O Modelo de Organizações Sociais está se firmando”.

Dr. Eduardo Pannun-zio, bacharel em Direito e Doutor na área de Direito do Estado destacou como o Modelo de Organiza-ções Sociais contribuiu, em pouco tempo, para termos um sistema de saúde mais robusto e com melhores resultados.

  “A oposição coloca o modelo de Organização Social como um retrocesso na

questão do controle e isso não é verdade. Além do controle interno, do Tribunal de Contas e da sociedade, existe a Comissão

de Avaliação, o Órgão Contratante, o Conselho de Administração, o Conselho

Fiscal e uma Auditoria Independente. A responsabilidade das Organizações

Sociais com as metas são públicas”.

Representantes das Or-ganizações Sociais atuantes em São Paulo e Institui-ções Parceiras se reuniram para discutir as “ Inova-ções enquanto Gestores de Saúde”.

“Saúde é uma questão de corresponsabilidade”.

Dra. Maria Aparecida Orsini, Coordenadora da Rede de Proteção à Mãe Paulistana, falou sobre o sucesso do Programa e a importância das parcerias.

“ As parcerias nos permitem ousar”.

O Lançamento da Guia Clínica de Insu-ficiência Cardíaca Conges-tiva apresentada pela Dra. Elizabeth Oliveira Braga, Dra. Sueli Doreto e Dra. Tânia Carvalho foi um dos momentos mais aguardados.

“Foi um processo demorado, mas entregamos aqui um produto muito

bem feito. Temos a certeza de que este trabalho não termina por aqui”.

A enfermeira Dra. Ma-ria José Branquinho falou sobre a bem sucedida ex-periência com a Telemedi-cina realizada na região do Alentejo, em Portugal.

“Através da Telemedicina diminuímos a distância entre

a população e a saúde na nossa região, superamos a falta de especialistas e os

aproximamos dos médicos de família”.

Os melhores momentos do I Simpósio Científico CEJAMDr. Joan Castillero,

presidente da Gesaworld Brasil, trouxe para os con-vidados uma reflexão sobre inovações e dispositivos de informação voltados para a qualidade na Gestão de Serviços de Saúde.

“Existe uma grande oferta de Programas de Informática, mas eles só são eficientes

se usados corretamente. O grande desafio, introduzir as tecnologias na prática

diária dos profissionais de saúde”.

Dr. Luiz Gonçalves, condutor do Projeto de rastreio de câncer de colo de útero na região do Alen-tejo, em Portugal, destacou os pontos mais importantes para trabalhar a prevenção e o diagnóstico precoce.

“Trabalhar a informação é fundamental para a prevenção”.

Os dois melhores pôsteres prepara-dos pelos colaboradores/pesquisadores do CEJAM, e apresentados durante o Simpó-sio Científico foram premiados. A equipe da AMA Figueira Grande foi a vencedora.

“O prêmio é mais um incentivo para buscar idéias para novos trabalhos. O

que nós fazemos é investir na promoção e prevenção de saúde. Gostaria de

agradecer o CEJAM pela oportunidade”, declarou a enfermeira Raquel Awada,

uma das responsáveis pela pesquisa.

O “Fórum de Gerentes de Serviços de Saúde” encerrou as mesas de discussão que aconteceram durante todo o I Simpósio Científico CEJAM.

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Entrevista

Doutor Pedro Daniel Katz é médico, especialista em psiquiatria e diretor

técnico do Serviço de Atenção In-tegral ao Dependente – SAID. O médico do Hospital Samaritano falou ao INFORJAM sobre este Serviço que conta com a parceira do CEJAM

Como surgiu o Serviço de Atenção Integral ao Dependente (SAID)?

O Serviço de Atenção In-tegral ao Dependente (SAID) surgiu através de um convênio entre a Autarquia Hospitalar Municipal e o Samaritano e veio a partir do Projeto da “Ação In-tegrada Centro Legal”, que en-volve diversas Secretarias como Saúde, Desenvolvimento Social, Habitação, etc, em um trabalho em conjunto pelo Centro de São Paulo. Dentro deste tra-balho, existe uma preocupação especial com a questão da dependência química. Quando esta ação surgiu, o Hospital Sa-maritano passou a fazer parte desta par-ceria, pois já possuíamos expertise neste assunto.

Qual a idéia deste serviço? Qual a estrutura do SAID?

A idéia foi construir um serviço in-termediário, de internação voluntária e involuntária para tratamento de comor-bidades, ou seja, doenças que aparecem em decorrência da dependência. Através da internação, reduzimos fatores de risco e intensificamos o tratamento. O SAID mantém vagas através de uma regulação metropolitana e funciona como quatro Unidades autônomas: adolescente mas-culino, adolescente feminino, adulto masculino e adulto feminino. Apesar da dependência química ser um ponto em comum, a população é diferente.

O serviço possui algum diferencial? O que pode ser destacado de inovador no SAID?

A grande característica do Serviço é o

trabalho em conjunto com outras Uni-dades, além de uma metodologia base-ada em evidências científicas. O SAID atua como uma ação total diagnóstica, ou seja, toda a situação do indivíduo (fa-mília, habitacional, etc). A forma como o SAID foi concebido trabalha a indivi-dualidade e proporciona algumas ativi-dades atrativas como por exemplo, a co-zinha experimental, que também existe nos CAPS. Desenvolver diversas ações é fundamental já que as dificuldades do tratamento são muitas e as alternativas.

Quero destacar também o pioneiris-mo em relação aos treinamentos e ca-pacitações realizados pelos profissionais do SAID, que aprendem a importância de se detectar uma situação antes dela acontecer.

Como a população, em especial o profissional de saúde deve encarar a dependência química?

A dependência química é uma doen-ça crônica, segundo a classificação inter-nacional de doenças. É uma questão de saúde e deve ser tratada com um olhar de prevenção e promoção em saúde. A dependência química é multifatorial e acontece em todas as classes sociais. To-dos os profissionais de saúde devem en-

tender isso. Ela mexe com áreas do cérebro relacionadas com o prazer e a recompensa. A de-pendência química é um quadro recorrente e existem sintomas relacionados à dependência e à abstinência.

Clinicamente, existe algum ponto em comum entre os dependentes químicos?

Sim, existem os fatores indi-viduais, mas existem alguns pon-tos em comum, como “agir por impulso”. Os especialistas con-seguem identificar o chamado “tripé” de fatores comuns à de-pendência química, que são: ‘a dificuldade de comunicação’, ‘a dificuldade de resolução de pro-

blemas’ e o ‘manejo da raiva’.

Diariamente, chegam ao Hospital Municipal do M`Boi Mirim diversos casos que envolvem o consumo de álcool e drogas. Como a Atenção Básica pode trabalhar para evitar isso?

Hoje, vejo a Atenção Básica traba-lhando cada vez melhor e aí até gosta-ria de destacar como as parcerias, com as Organizações Sociais, por exemplo, tem colaborado para isso. Toda a Rede está ganhando uma estrutura melhor. A de-pendência química é um assunto muito complexo e para se tratar com ela é pre-ciso ampliar cada vez mais este trabalho. Para o profissional que atua na Atenção Básica, eu diria que é importante ele co-nhecer bem a Rede e saber para onde deve encaminhar este paciente. O ideal é ter a sensibilidade de perceber ‘Qual trabalho é melhor para quem?’, porque nós temos vários que funcionam: os gru-pos, os Ambulatórios de Especialidades, os CAPS, os Alcoólicos Anônimos. Te-mos uma série de possibilidades. Mas reconhecer qual é a melhor e mais rápi-da forma de tratar cada paciente é fun-damental. Destaco também a forma de abordagem. Motivar a pessoa para o tra-tamento é essencial.

A dependência química é uma doença crônica e o profissional de saúde precisa saber disso

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CEJAM online

Referência em Saúde Auditiva para a Rede Integrada de Serviços de Saúde, o NISA- Núcleo Integra-

do de Saúde Auditiva presta à população assistência especializada em avaliação das queixas auditivas, diagnóstico, tratamento audiológico e reabilitação auditiva.

Dentro de seu papel como Atenção Básica em Saúde Auditiva, o NISA está em funcionamento desde setembro de 2011, em parceria e no mesmo prédio do NIR M’Boi Mirim-Centro de Rea-bilitação. O Núcleo recebe usuários de todas as idades, realiza exames de audio-metria tonal e vocal e ttrabalha com a reabilitação vocal de pacientes.

“O fato do NISA estar fisicamente junto com o NIR traz um olhar único, já que os usuários são atendidos por uma equipe multiprofissional, o que é funda-

NISA: a Atenção Básica da Saúde Auditiva

mental, principalmente no atendimen-to às crianças”, destaca a fonoaudióloga Clissa Néri Daniel.

Realizando seus atendimentos to-das as segundas e sextas-feiras, o médico

otorrinolaringologista Roberto Gaia re-vela alguns fatores de riscopara a perda auditiva “A hipertensão e o diabetes po-dem ocasionar a perda auditiva. Porém, boa parte dos casos que recebemos está relacionado à falta de uso de equipamen-tos de proteção no trabalho”, esclarece o especialista.

“Quando o NISA passou a funcionar aqui no NIR-Centro de Reabilitação, o serviço passou a fazer parte do fluxo da Rede Integrada de Serviços de Saúde. Com isso, a criança que antes passaria por várias etapas de atendimento antes de chegar a um especialista, agora pode ser encaminhada diretamente para nós. A avaliação acontece de maneira mui-to rápida”, explica Antônia Atsalakis, gerente do NIR/NISA-M´Boi Mirim- Centro de Reabilitação.

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A fonoaudióloga do NISA Clissa Néri Daniel realiza exame de audiometria

O médico Roberto Gaia destaca a importância do uso de equipamentos de proteção no trabalho

INfoRjam - Ano II - nº 13 - Dez/20118

INFORjam - Jornal InformatIvo do Centro de estudos e PesquIsas ‘‘dr. João amorIm’’Conselho Editorial: Dr. Fernando Proença de Gouvêa, Ademir Medina Osório, João Francisco Romano e Marcelo Neves

• Jornalista Responsável: Luciana Zambuzi (Mtb 51.210/SP) • Fotos: Luciana Zambuzi • Arte: Marcelo Sassine • Colaboração: Creusa Jaremciuc • Email: [email protected] • Tiragem: 20.000 exemplares

Distante 9 km do centro de Mogi das Cru-zes, a UBS Cocuera atende uma extensa área rural e tem, na maioria de seus usuá-

rios, moradores de sítios e chácaras da região. São pe-quenas comunidades, agrupadas em pequenas vilas,

que dificilmente se deslocam até o centro da cidade em busca de atendimento. Mas, se antes, o caminho era

longo para conseguir um tratamento odontológico, hoje ele chegou, e está bem próximo.

A cirurgiã dentista Silvia de Oliveira é a responsável pelos atendimentos. São 16 pacientes por dia, fora as emergências que ela procura solucionar ali mesmo na Unidade. “Muitas pessoas aqui nunca haviam feito um tratamento odontológi-co. Eles dizem que era muito difícil ir ‘pra cidade’ em busca de um dentista”.

A rotina dos agentes comunitários de saúde da UBS tam-bém é bem diferente das demais Unidades Básicas de Saúde. Para percorrer as longas distancias e realizar as visitas domi-ciliares, os ACS dependem do transporte público e os grupos voltados para gestantes, idosos, adolescentes e etc, são reali-zados em lugares estratégicos, mais próximos da população.

“Esta Unidade foi um benefício para o bairro e agora nós temos dentista. A maioria das pessoas daqui são nascidos e criados na roça e era muito difícil ir até o centro procurar um dentista. Agora temos tudo aqui perto”, comemora o usuário Élson Gomes.

Saúde Bucal mais perto dos moradores do Cocuera em Mogi das Cruzes

A equipe, realiza ao todo, cerca de 500 atendimentos por mês.

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