19 de Janeiro de 2015

Explosão na RLAM: até quando iremos conviver com tragédias?

Unidos Somos Mais Fortes!Mais segurança e respeito a vida por favor!

O ano começou com mais uma tragédia no Sistema Petrobras, na Refinaria Lan-dulpho Alves (RLAM), na Bahia, neste último domingo, dia 18. O acidente foi muito grave: uma explosão no Vaso 3818 de hidrogênio da U-38, durante um servi-ço de manutenção da unidade, feriu gra-vemente três trabalhadores. Um deles, o caldeireiro José Adailton, está em estado grave com 70% do corpo e uma fratura exposta na perna esquerda.

Jonas Leal, também caldeireiro, teve queimaduras em 25% do corpo, enquanto a observadora da Potencial, Jucineide de Jesus, teve queimaduras em 10% do corpo, inclusive no rosto, e um corte na cabeça.

Na manhã desta segunda-feira (19), aproximadamente quatro mil trabalhadores paralisaram as atividades na RLAM, desde às 5h30 da manhã, para protestar contra o descaso da gestão da empresa com relação ao incêndio ocorrido na quarta-feira e à explosão do domingo. A direção do Siticcan, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil, Montagem e Manutenção, está indignada com mais este grave acidente na RLAM e ressalta que serão responsabilizados civil e criminalmente todos os que têm sido negligentes com as condições de trabalho dos operários.

É impressionante a insensibilidade dos gestores da empresa. A falta de segurança nas unidades do Sistema é assustadora, muitas vidas são perdidas todos os anos, deixan-do nossas famílias apreensivas.

Enquanto o Sindipetro - BA e Siticcan se mobilizam para que as vítimas destes aciden-tes recebam um melhor atendimento médico e suporte psicológico, nos pergunta-mos quando os “manda-chuvas” da Petrobras vão trabalhar com prevenção e mais treinamento para evitarmos mais mortes?

Não podemos nos contentar em remediar tragédias: vamos continuar cobrando dos gestores uma administração que defenda e preserve a vida.