NÚMERO DO DIA 500 vai ter duas competições de e-Sports ... · ma das maiores bandeiras...

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O U ma das maiores bandeiras levantadas pela Fifa para justificar o alto inves- timento feito pelo Brasil na construção da Copa do Mundo de 2014, o legado das arenas de futebol se mostra, cinco anos depois, ser mais viável de acontecer se os estádios mantiverem relativa distância do futebol para faturar. Na última quinta-feira (12), o piloto Rubens Barrichello, a agência NF Sports e um grupo de empresários liderados pela empresa especializada em negócios imobili- ários MCA Gribel apresentaram ao governador da Bahia, Rui Costa, uma proposta para reutilização do espaço no entorno da Arena Fonte Nova, que passaria a ter um complexo com kartódromo e um shopping com lojas, restaurante e academia. A ideia é complementar os atrativos que já existem no local, oferecendo ao pú- O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR ERICH BETING Arenas 'abandonam' futebol para faturar 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1331 - SEXTA-FEIRA, 13 / SETEMBRO / 2019 dólares a Intel dará em premiação no Intel World Open, que vai ter duas competições de e-Sports antes de Tóquio-2020 500 mil

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Uma das maiores bandeiras levantadas pela Fifa para justificar o alto inves-timento feito pelo Brasil na construção da Copa do Mundo de 2014, o legado das arenas de futebol se mostra, cinco anos depois, ser mais viável

de acontecer se os estádios mantiverem relativa distância do futebol para faturar.Na última quinta-feira (12), o piloto Rubens Barrichello, a agência NF Sports e um

grupo de empresários liderados pela empresa especializada em negócios imobili-ários MCA Gribel apresentaram ao governador da Bahia, Rui Costa, uma proposta para reutilização do espaço no entorno da Arena Fonte Nova, que passaria a ter um complexo com kartódromo e um shopping com lojas, restaurante e academia.

A ideia é complementar os atrativos que já existem no local, oferecendo ao pú-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

Arenas 'abandonam' futebol para faturar

1

N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1331 - SEXTA-FEIRA, 13 / SETEMBRO / 2019

dólares a Intel dará em premiação no Intel World Open, que vai ter duas competições de e-Sports antes de Tóquio-2020500mil

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blico a união num só espaço de dois esportes populares no país: futebol e automo-bilismo. A Fonte Nova já recebe partidas de futebol, shows, feiras e convenções. O incremento do projeto de Barrichello é uma forma de aumentar as receitas.

O projeto baiano não é exceção. Nos últimos tempos, os gestores das arenas têm buscado alternativas para geração de receita. Nesta semana, o Allianz Parque foi anunciado como futuro palco do Arena Hub, complexo de escritórios para rece-ber empreendedores do esporte. O projeto vitorioso da concessão do Pacaembu, em São Paulo, tem na construção de um prédio com escritórios e centro comercial o principal atrativo financeiro para um local que não tem time para mandar jogos.

Estádios criados para a Copa do Mundo, em que o uso é exclusivo para o futebol, também têm procurado diversificar a fonte de receita. A Arena Corinthians cedeu espaço em camarotes para a Som Livre começar a fazer shows pré ou pós-jogos. Já o Maracanã, agora sob gestão de Flamengo e Fluminense, abrirá espaço para o projeto "Nação Rubro Negra em Movimento", em que haverá uma corrida de rua e uma série de ativações para torcedores viverem um dia de experiência do clube.

Cinco anos depois de a Copa do Mundo terminar, os principais estádios enten-deram que é preciso diversificar a fonte de receita para que os espaços sejam lu-crativos no longo prazo dependendo cada vez menos da performance em campo.

Dentro dessa realidade, afastar o futebol do dia a dia das arenas tem sido a solução, mesmo que na maioria dos mercados mais maduros, o futebol é o maior atrativo para as arenas, que usam a força do esporte para atrair patrocínios, gerar fluxo de pessoas e, a partir disso, ampliar os ganhos com outros eventos menores.

F Ó R M U L A E T E M P R I M E I R O L U C R O D A S U A H I S T Ó R I A

B B PAT R O C I N A A U L A S D E E - S P O R T S N A E S P N

A Fórmula E começará a tempora-da 2019/2020 em novembro com um "gás" a mais. A categoria de carros elé-tricos fechou a última temporada em julho com lucro de € 1 milhão. Foi a primeira vez em cinco anos de existên-cia que houve lucro nas operações.

Na temporada passada (2017/2018), a F-E teve prejuízo de € 26,4 milhões, apesar de gerar uma receita recorde de € 133,4 milhões. À época, o fundador e CEO da categoria, Alejandro Agag, profetizou que o lucro viria até 2020.

Segundo o Financial Times, o resul-tado veio com os patrocínios de Bosch, Heineken, Saudi Arabian Airlines e Moët & Chandon, que subiram 25%.

O Banco do Brasil e a ESPN se uniram para dar aulas de League of Legends a assinantes da emissora. Ao todo, 36 aulas serão disponibilizadas na ESPN e na plataforma Playerlink, especializada em tutoriais de e-Spotts.

Os profissionais Felipe 'brTT' Gonçalves e Leonardo 'Robo' Souza, campeões de LOL pelo Flamengo, irão conduzir as videoaulas divididas por níveis de habilidade.

A parceria com o Banco do Brasil contempla ainda a cobertura da Brasil Game Show, que se encerra hoje.

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O P I N I Ã O

Arenas começam a ter vida própria

O futebol é o grande negócio de uma arena moderna. Nada gera mais dinheiro que os eventos esportivos. Somente com bilheteria, sem con-siderar vendas de cadeiras, camarotes e publicidade específica para as

partidas, o Maracanã já gerou mais de R$ 50 milhões neste ano. O que o mercado nacional começa a perceber, por outro lado, é que as modernas estruturas podem ir além, podem ter uma vida própria e gerar ainda mais renda aos administradores.

Nesta semana, foi a vez de a Itaipava Arena Fonte Nova mostrar as novas possi-bilidades. O recente projeto, que conta até com Rubens Barrichello de sócio, deverá montar um shopping no estádio, com direito a academia de ginástica e pista de kart.

Nesta mesma semana, o Allianz Parque apresentou outro projeto, formulado com a EY, a WeWork e o Governo do Estado de São Paulo, para transformar o estádio

em um centro de escritórios para startups do esporte. Também nos últimos dias, o “Uol” publicou que a Arena Corinthians deverá ter uma clínica médica, empreen-dimento que irá se juntar a outros projetos recém-construídos, como uma academia.

Essa transformação, no entanto, di-ficilmente mudará o centro de negócios das arenas, o futebol. Em comparação, a rede Iguatemi, que possui alguns dos sho-ppings mais luxuosos do Brasil, teve um lucro de R$ 260 milhões em 2018. Isso na

soma de mais de dez complexos, e a grande maioria com maior potencial de ganhos em relação a lojas instaladas em um estádio. É pouco frente ao que, por exemplo, o Palmeiras leva de lucro em relação a bilheteria e sócio-torcedor. Mas é um caminho natural para as modernas estruturas que, claro, precisam faturar mais.

É um caminho seguido com mais clareza em outros mercados. Em Boston, há um caso curioso. O complexo de entretenimento Patriot Place, um grande shopping montado ao lado do Gillette Stadium, do New England Patriots, custou US$ 350 milhões e foi mais caro que o próprio estádio. No local, há lojas, restaurantes, hotel e até casa noturna. O investimento deu mais vida à isolada arena multiuso.

O estádio americano está longe de ser exceção. Na verdade, ele é a regra para grandes arenas. A considerar que o mercado brasileiro não possuía estruturas do tipo até pouco tempo atrás, é natural que os avanços aconteçam aos poucos. Cinco anos após a realização da Copa do Mundo, parece que finalmente os novos estádios come-çam a ser plenamente explorados, com todas suas possibilidades comerciais.

Mercado brasileiro segue a tendência

de Europa e Estados Unidos e começa

a explorar melhor as novas arenas

POR DUDA LOPES

diretor de novos negócios da Máquina do Esporte

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Grand Slam em Brasília será o maior do país

Cerca de um mês após expandir o acordo com o Corinthians para a camisa de treino do time feminino, a Estrella Galicia deu mais um pas-so na parceria. A marca de cerveja espanhola anunciou que, pela pri-meira vez, estampará o logotipo na camisa de jogo do time feminino.

A exposição será do rótulo 0,0 (de cerveja sem álcool) e também seguirá até o final de 2021, quando se encerra o contrato da marca com o clube. A apresentação será neste domingo (15), antes da segunda partida contra o Flamengo, válida pela semifinal do Brasileirão da Sé-rie A, no Parque São Jorge.

C O R I N T H I A N S T E R Á E S T R E L L A N O F E M I N I N O AT É F I M D E 2 0 2 1

O Santos terá a partir do próximo sábado, no jogo contra o Flamengo,

que vale a liderança do Brasileirão, um novo patrocinador em seu uni-

forme. A Kicaldo, líder na venda de feijões, ficará nas mangas da camisa

até o final do torneio, em dezembro."Buscamos nessa parceria con-

solidar ainda mais a marca Kicaldo no cenário nacional. Estamos muito

felizes e temos certeza que será um sucesso”, disse Maurício Bortolanza,

diretor de novos negócios da Kicaldo.

SANTOS FECHA PATROCÍNIO

ATÉ O F INAL DO BRASILE IRÃO

COM A K ICALDO

POR REDAÇÃO

Depois de quase deixar de ser realizado no país, o Grand Slam de judô em Brasília foi oficialmente apresentado na úl-tima quinta-feira, em cerimônia na capital federal. Se há dois meses o evento quase não saiu do papel por conta do receio da Confederação Brasileira de Judô em viabilizar financeira-mente o projeto, agora a situação é totalmente oposta.

Com um orçamento de R$ 6 milhões e diversos patrocina-dores, o Grand Slam será o maior já realizado no país. Ao todo, 391 atletas e 57 países estarão representados no tor-neio entre 6 e 8 de outubro, no Centro Internacional de Con-venções do Brasil, que tem capacidade para 2.500 pessoas.

O Grand Slam terá transmissão para mais de 120 países. O evento, que é um dos últimos a contar pontos para a qualifi-cação dos Jogos Olímpicos de 2020, também reunirá alguns dos principais judocas da atualidade, como o multicampeão francês Teddy Riner, atual bicampeão olímpico no pesado.

O plano de execução do evento foi apresentado no Palácio do Buriti, em evento que contou com a presença do gover-nador do DF, Ibaneis Rocha, dos dirigentes da CBJ e judocas brasilienses, como Luciano Correa e Ketleyn Quadros.

"Acreditamos nas artes maciais como um fator transforma-dor de educação e disciplina de jovens e crianças”, disse o secretário de Esportes do Distrito Federal, Leandro Cruz.

Além do evento, o mascote oficial do Grand Slam foi apre-sentado. Após votação popular, o Lobo Guará, animal típico do cerrado brasileiro, foi escolhido como símbolo do evento.

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A Fiat decidiu reforçar o projeto da CBF de aumentar a média de público no Campeonato Brasileiro. A partir da próxima rodada da competição, neste final de semana, a montadora, que patrocina a entidade, vai doar

carros para os torcedores que forem assistir aos jogos dentro do estádio.Ao todo, 40 carros serão sorteados nas 20 rodadas restantes da competição.

CBF e Fiat já decidiram quais jogos terão o sorteio dos carros. No próximo sábado, Palmeiras x Cruzeiro e Athletico x Avaí são os jogos da promoção da Fiat.

"Estamos investindo em um novo momento para o Brasileirão, atribuindo a ele uma personalidade própria, com ações de estímulo à presença, relação com pro-dutos que acompanham a linguagem jovem, dinâmica, digital. Nosso objetivo é contribuir, direta e indiretamente, para o aumento da média de público nos está-dios", afirmou em comunicado Gilberto Ratto, diretor de marketing da CBF.

O projeto começou com a criação do "Galerômetro", game virtual que vale in-gresso para jogos do campeonato. Para turbinar o projeto de encher os estádios, os patrocinadores da entidade foram consultados para colaborar com a iniciativa. A Fiat foi a primeira a embarcar no projeto, que terá mais desdobramentos digitais.

Até o final do mês, o site oficial da competição será lançado. Nele, o torcedor participará de diversas ativações - virtuais e nos estádios. O objetivo é ter mais informações sobre os hábitos dos torcedores no consumo de seus times.

"Ao engajar novos torcedores, criamos uma base de dados valiosíssima aos clu-bes, que podem identificar e converter novos sócios-torcedores, fidelizando-os. Teremos mais novidades", disse o diretor de competições da CBF, Manoel Flores.

Com doação de carro à torcida, Fiat ativa CBF

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POR REDAÇÃO