NÃO IMPOSTO SINDICAL - Sismuc

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Jornal 78 / Maio de 2012 Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar CEP 80.010-150 acesse www.sismuc.org.br página 9 página 8 Desrespeito a hora- permanência é comprovada páginas 7 Entrevista: para combater o assédio moral Balanço das negociações específicas Crise na saúde chega ao ICS A hora e a vez da edu ção ca Campanha Nacional por Liberdade e Autonomia Sindical Diga NÃO ao IMPOSTO SINDICAL Participe! Vote! Plebiscito Nacional até 15 de julho de 2012 Sismuc prepara seminários que visam organizar os educadores para a luta em favor da isonomia em relação aos professores. Confira mais na página 5. página 4

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Jornal 78 / Maio de 2012Rua Monsenhor Celso, 225, 9º andar

CEP 80.010-150

acesse www.sismuc.org.br

página 9página 8

Desrespeito a hora-permanência écomprovadapáginas 7

Entrevista: paracombater o assédiomoral

Balanço dasnegociaçõesespecíficas

Crise na saúdechega ao ICS

A h

ora

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a edu

çãoca

Campanha Nacional por Liberdadee Autonomia Sindical

Diga NÃO aoIMPOSTO SINDICAL

Participe! Vote!Plebiscito Nacionalaté 15 de julho de 2012

Sismuc prepara seminários quevisam organizar os educadores

para a luta em favor da isonomiaem relação aos professores.

Confira mais na página 5.

página 4

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2 Maio de 2012

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DIRETORIA SISMUCGestão Reconstruir pela Base

Presidente Marcela Alves Bomfim

Secretaria GeralAna Paula Cozzolino

Secretaria de FinançasRosimeire Ap Barbieri dos Santos

EXPEDIENTESecretaria de Adm. e Informática

Suely Terezinha de Souza Araújo

Secretaria de ComunicaçãoAlessandra Claudia de Oliveira,

Secretaria de Assuntos JurídicosIrene Rodrigues dos Santos,

Secretaria de Formação SindicalPatrick Leandro Baptista

Secretaria de Assuntos CulturaisNatel Cardoso Dos Santos

Secretaria de Organização de Base Cathia Regina Pinto de Almeida

Alessandro Alka CordeiroJuliano Rodrigo Marques Soares

Eduardo Neto

Suplência de Direção Ilma Alves Bomfim

Suely Aparecida do Prado Diogo Rodrigo Monteiro Nilton Cesar Machado Jose Afonso Muller

Renato Alves FerreiraKeli Cristina CorreaIvone BolkenhagenJosé Pucci Neto

Patrícia Lima

Conselho Fiscal Augusto Luis da Silva Odair Pinto de Andrade Paulo Canova Filho

Salvelina BorgesMaria Aparecida Sobral

Ronaldo Madeira Josoé Juliano de Oliveira

Leandro Servilha

Esta ediçãofoi fechada

às 18 horas,de 07/05/2012.

Sindicato dos ServidoresPúblicos Municipais de Curitiba.Endereço: Rua Monsenhor Celso,225 - 9º andar - Centro - 80.010-150Curitiba/PR.Fone/Fax: 3322-2475Email: [email protected]: www.sismuc.org.br

Jornalista Resp.: Guilherme Carvalho (MTb 4492)Jornalista: Manoel Ramires (DRT-PR 4673)Estagiário: Bruno ZermianiCharges e ilustração: Simon Taylor e Bruno SchierDiagramação: Guilherme CarvalhoRevisão: Alessandra C. de OliveiraImpressão: Folha de LondrinaTiragem: 15.000 exemplares

/// EDITORIAL/// COLUNA DO LEITOR

O primeiro passo foi dadoProfessora é esperta

Sempre faz a coisa certa

Dentista cuida da gente

Às vezes arranca nosso dente

Veterinária cuida bem dos animais

Voltam contentes para casa porque querem

sempre mais

Médico fica contente quando cuida bem da

gente

Mas fica triste quando perde um paciente

Enfermeira que cuida bem dos velhinhos

Fica muito triste quando os vê sozinhos

Desenhista que desenha muito bem o meu

retrato

Quero agora que desenhe o meu gato

O pedreiro que constrói muito bem a nossa

casa

Só não constrói a do João-de-barro porque não

tem asa

Cantora que compõe muito bem o seu sucesso

Eu não posso gravar a sua música porque não

tenho acesso

Policial que cuida da nossa cidade

Só sente-se bem quando descobre a verdade

Poesia escrita por Dheimelly Bonfim Fernandes,

juntamente com seu avô Paulo Roberto Bonfim

Escola Municipal Vereador João Stival

Professora Adriana Cristina Costa Culpi

As Profissões

Talvez tenhamos esquecido alguns pontos importantes em todo este processo que

foi encerrado com os aumentos conquistados por nós, servidores. Talvez este fosse

mais um ano com apenas a reposição da inflação, como foram todos os outros, mas

não. Nosso processo se iniciou em junho de 2011, com uma paralisação geral que

contou com a participação de aproximadamente 1.000 servidores, que reivindicavam a

incorporação do PPQ e IDQ.

Em um primeiro momento tivemos desconto nos nossos salários pela paralisação,

mas depois disto veio uma das maiores assembleias realizadas pela categoria, onde

se reuniram cerca de 800 servidores no teatro Bom Jesus. Nesta assembleia foram

definidos os pisos a que pretendemos chegar.

A administração, observando toda esta movimentação dos servidores, tratou de

organizar reuniões semanais com o sindicato para fazer as discussões dos pisos.

Mesmo assim, nenhuma novidade foi apresentada. Isso já era observado pela direção

do sindicato, pois a intenção era termos um “prefeito bonzinho” e não um “sindicato

combativo”. Depois de muitas pressões da categoria, no dia 29 de fevereiro veio a

resposta, com ganho de 10% acima da inflação.

Não é o que pretendemos, mas é um avanço conquistado, e o primeiro passo para

conquistarmos muito mais. Cito exemplos da mobilização dos guardas municipais, que

conseguiram 97% de aumento em dois anos de intensas mobilizações - o salário base

era de R$ 710 em março de 2010 e vai para R$ 1,4 mil em setembro de 2012. Cirurgi-

ões-dentistas conquistaram sua isonomia junto aos médicos, e as enfermeiras, as

auxiliares de enfermagem, técnicas em enfermagem, THD e ASB conquistaram as

famosas 30 horas, pauta recorrente do sindicato desde 2008 e luta histórica da saúde.

Diretoria do Sismuc

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3Maio de 2012

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/// EM DEBATE/// PRINCIPIOS NAO SE DISCUTE

A política de concessão de benefícios

fiscais para empresas têm causado sérios

prejuízos aos cofres públicos. O último pa-

cote anunciado pelo governo federal para a

indústria significará R$ 60 bilhões a menos

em recursos que poderiam ser investidos

em políticas sociais. A maior parte, R$ 45

bilhões, é repasse do tesouro ao BNDES para

créditos a juros mais baixos a montadoras

de veículos. O pacote também inclui isen-

ções fiscais e redução do IPI e PIS/Cofins, e

diminui em 20% os valores que deveriam

ser repassados para a previdência. Além das

vantagens, os industriais estrangeiros não

têm nenhuma contrapartida a ser cumpri-

da, como por exemplo, a garantia de gera-

ção de empregos.

O maior argumento do empresariado

para defender este tipo de política é a possi-

bilidade de tornar o país mais competitivo

no mercado internacional. Trata-se da redu-

ção do chamado “custo Brasil”, que, no final

das contas, transforma-se em uma opera-

ção de transferência de recursos públicos

para a iniciativa privada.

O dinheiro que deixa de ser arrecada-

do com os impostos, é o mesmo que falta

Isenção fiscal transfererecursos públicos para

empresariado

para investimentos em políticas públicas

como saúde, educação, moradia, entre

outros. Mas não é apenas a população que

depende do serviço público que sofre com

a situação. Com recursos cada vez mais

escassos, a União, estados e municípios,

destinam menos dinheiro para contratação

de pessoal, aumentos salariais e melhorias

nas condições de vida dos servidores pú-

blicos.

O diretor executivo da CUT Julio Turra,

um dos que assinam um manifesto contra

a isenção fiscal, aponta que “houve um acor-

do que se deu sobre a base de uma plata-

forma totalmente patronal em que os sin-

dicatos foram à reboque, servindo de mas-

sa de manobra para os empresários pedi-

rem isenções de imposto e desoneração da

folha”. Ele acusa centrais como a Força Sin-

dical, UGT, CTB e CGTB de estarem se alian-

do a interesses promovidos por entidades

como a Federação das Indústrias do Estado

de São Paulo (Fiesp).

O combate à desoneração fiscal deve

ser um dos pontos de pauta a serem deba-

tidos no 11º Congresso da CUT, que ocorre

de 9 a 13 de julho deste ano.

Por que combater a isenção fiscal?

1. Reduz recursos para investimento nos servidores públicos;

2. Significa menor capacidade de governos federal, estadual e municipal investirem em

políticas públicas;

3. Não tem garantia de geração de emprego e distribuição de renda;

4. Promove disputa entre governos para reduzir direitos a fim de atrair empresas.

A CUT e suas entidades sindi-

cais deram início ao Plebiscito Naci-

onal Sobre o Fim do Imposto Sindi-

cal. Através do plebiscito, que será

realizado até o dia 15 de junho, tra-

balhadores e trabalhadoras poderão

votar contra ou a favor do imposto

sindical. O Plebiscito faz parte da

Campanha Nacional por Liberdade

e Autonomia Sindical.

“Nossa intenção, com este ple-

biscito, é ampliar o debate sobre o

imposto sindical junto à população

e obter mais apoio à nossa bandei-

ra”, disse o presidente da CUT, Artur

Henrique.

A secretária nacional da Mulher

Trabalhadora, Rosane da Silva, infor-

mou também que, ao fim do plebis-

cito, a CUT pretende ganhar fôlego

para a defesa da ratificação da Con-

venção 87 da OIT, que implementará

liberdade e autonomia sindical no

Brasil.

“Os trabalhadores e

trabalhadoras devem ter

liberdade de escolher

seu sindicato e o direito

de aprovar em assem-

bleia como seus sindica-

tos serão financiados”,

explicou Rosane. A CUT

defende que o imposto

sindical seja substituído

pela contribuição sobre a

negociação coletiva, cuja

cobrança será submetida

Plebiscito da CUT visafim do imposto sindical

à aprovação em assembleia.

A Campanha também inclui

anúncios em jornais e revistas,

outdoors, spots de rádio, banners

para internet e vídeo para redes so-

ciais. Um encarte especial da revis-

ta Le Monde Diplomatique também

será distribuído.

No Paraná, a CUT estadual tam-

bém está envolvida na campanha.

Materiais e urnas serão enviadas

para as entidades no interior e na

capital. O Sismuc pretende recolher

votos nos locais de trabalho nos pró-

ximos dias com o objetivo de pro-

mover a campanha contra o impos-

to sindical no serviço público brasi-

leiro.

Como votar:

A votação também ocorre pela

internet. Para votar, acesse a página

do Sismuc, escolha a opção e inclua

seus dados pessoais.

Foi escolhida em assembleia, no último dia 27, a comissão eleitoral

responsável pelas eleições do Sismuc, marcada para os dias 1, 2 e 3 de

agosto. No dia 1° de junho a comissão publicará o edital de convocação

das eleições. Abaixo, os nomes dos cinco membros escolhidos.

Eirimar Fabiano Bertoti

Dione Conceição Garcia

Luís de Oliveira Rosa

Rosana Ventura

Luís Antônio Ribeiro de Souza

Definida comissão eleitoralpara as eleições do Sismuc

/// ELEIÇÕES A VISTA

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4 Maio de 2012

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/// NA LUTA

/// QUEM LUTA CONQUISTA

Durante a greve dos excluídos, o

atual prefeito de Curitiba Luciano Ducci

e seus secretários sempre afirmaram

à população e à mídia que negocia-

vam com os trabalhadores e com o sin-

dicato. Mas isso de fato nunca acon-

teceu. O prefeito em nenhum momen-

to abriu canal de inclusão dos traba-

lhadores da saúde na jornada de 30

horas. A comprovação disso ocorreu

no último dia 25, quando o secretário

de governo Luiz Fernando Jamur ne-

gou novamente o calendário de dis-

cussão para estudo da implantação da

redução da jornada.

O sindicato considera que há má

vontade do médico e prefeito Luciano

Ducci e que somente a pressão dos

trabalhadores pode reverter à inércia

Ducci não quer discutir 30 horas para excluídosTrabalhadores da saúde se encontraram nos coletivos e realizaram ato no dia 5

As mesas de negociação dos ser-

vidores municipais trouxeram algumas

novidades este ano. Os segmentos

mais avançados que se organizaram

por meio dos coletivos, conseguiram

elaborar pautas próprias de reivindi-

cação. É o caso dos servidores da edu-

cação, guardas, polivalentes, fiscais,

servidores da saúde, abastecimento e

FAS. Dois novos coletivos também mar-

caram presença nas negociações. São

os aposentados e os agentes adminis-

trativos, que aprovaram suas pautas

pela primeira vez.

Os melhores resultados obtidos

nas negociações são dos segmentos

que se mantiveram mobilizados nos

últimos meses. É o caso dos fiscais

que garantiram a identificação e o tra-

balho em duplas. Os guardas munici-

pais conseguiram alguns compromis-

sos da administração para melhorias

nas condições de trabalho. Os servido-

res da Fundação de Ação Social, que

também estão em processo mobiliza-

tório, conseguiram avançar na discus-

são sobre as atribuições de cargo.

Para a presidente do Sismuc,

Marcela Bomfim, este ano houve pou-

co avanço nas questões econômicas

dos segmentos como as gratificações.

Boa parte se deve ao reajuste salarial

linear de 10% que chegou a todos os

servidores. Os avanços, na opinião

dela, vieram nas questões relaciona-

das às condições de trabalho. “O im-

portante é continuar mobilizado, por-

que tudo que foi negociado este ano

pode mudar, tendo em vista que

estamos próximos de período eleito-

ral”, conclui.

A agenda de negociações das

pautas específicas com a Prefeitura

foram encerradas, com exceção da

educação, que contará, ao menos,

com mais uma reunião para terminar

o debate da pauta. Para o Sismuc, as

questões não resolvidas continuam

presentes no cotidiano do trabalho na

Prefeitura. Campanhas para envolver

os servidores nas reivindicações serão

debatidas nas reuniões dos coletivos

a partir de agora.

Segmentos organizados nos coletivosavançaram mais nas pautas específicas

Negociações são marcadas por intransigência dos gestores em relação a maior parte das reivindicações

do candidato à reeleição.

Durante a reunião, a Prefeitura rea-

firmou que não abre a discussão sobre

as 30 horas, apesar de todos os argu-

mentos técnicos ou do ponto de vista do

trabalhador e da sua valorização, defen-

didos pelo sindicato. “A prefeitura não

apresentou dados de seus recursos ou

impactos financeiros para negar a inclu-

são desses trabalhadores. Se negou a fa-

zer o debate, mesmo para o segmento

que possui apenas 11 profissionais e que

isso não prejudicaria o atendimento”,

relata Irene Rodrigues, que participou da

reunião.

O Sismuc segue afirmando que fa-

zer a inclusão de 12% dos trabalhadores

da saúde na jornada de trabalho reduzi-

da é tratar com isonomia e que continua-

rá organizando os trabalhadores até que a

igualdade seja atingida. “Se Ducci exclui

esses pouco mais de mil trabalhadores, ne-

gando qualquer inclusão progressiva, nós

vamos debater com candidatos à prefeito

que tenham entendimento diferente e ve-

jam a saúde tratada de forma unificada”,

observa Diogo Monteiro, diretor do Sismuc.

No dia 5 de maio os excluídos lem-

braram à população que Ducci trata com

descaso os servidores da saúde de Curitiba.

Um ato foi realizado no Boca Maldita, junta-

mente com um plebiscito. Os resultados

serão divulgados em breve.

Liminar descontos

Sobre a liminar que aborda o descon-

to dos dias parados, a Prefeitura alega que

só se manifesta depois do julgamento dos

embargos de declaração.

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lho

Reuniões de negociação ocorreram na edifício Delta durante os meses de abril e maio.

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5Maio de 2012

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/// CAMPANHA NA EDUCAÇÃO

Formado em dança pela Faculdade de

Artes do Paraná (FAP-UFPR), o educador

Dermeval Ferreira da Silva, defende a dan-

ça como instrumento de educação e de

desenvolvimento cultural. Coordenador do

grupo de dança afro Àsá Ìbìle (“herança cul-

tural”, em Iorubá, língua nativa da Nigéria),

ele explica que se trata de um tipo de dan-

ça que lembra o balé, com elementos da

cultura africana.

A falta de espaço para os ensaios do

grupo está entre os principais problemas.

Ele conta que requisitou um espaço no Te-

atro Guaíra, onde há um piso adequado

para as práticas, mas até o momento não

obteve respostas.

“O pior culpadopelo racismo

é a escola ea família”

Baiano de Salvador, Dermeval veio

para Curitiba em 1989 e conta que sentiu

um choque cultural, tendo sido vítima de

preconceito. “É preciso questionar isto para

que não ocorra. O pior culpado pelo racis-

mo é a escola e família”, diz. Ele também

diz que a cultura afro é pouco difundida no

Paraná. “São poucas iniciativas. Falta le-

var mais a sério”, completa.

Servidor concursado desde 2005,

Dermeval é educador do Cmei Moradias

Iguaçu e tem participado dos cursos de for-

mação do Sismuc e das atividades realiza-

das pelo sindicato. Em sua opinião, só a

luta dos trabalhadores pode mudar a reali-

dade.

/// PERFIL

Seminários visam isonomia entreeducadores e professores

A partir de junho o Sismuc promove

seminários mensais para os servidores da

área de educação. Temas como a aposen-

tadoria, jornada de trabalho e o Plano de

Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV )

serão abordados. O objetivo é preparar o

segmento para uma série de atividades que

visam avançar nas reivindicações dos tra-

balhadores da educação.

Uma das questões que se destacam é

a garantia de isonomia da carreira de edu-

cador com a de professor. Este é um debate

antigo que visa garantir o reconhecimento

destes trabalhadores.

Os eventos serão todos na sede no

Sismuc e a entrada será franca. Confira ao

lado o calendário completo das palestras

até dezembro.

CaCaCaCaCalendário doslendário doslendário doslendário doslendário dossemisemisemisemisemináriosnáriosnáriosnáriosnários

23 de julho – Financiamento

7 de julho – PCCV

25 de agosto – Aposentadoria

29 de setembro – Jornada

27 de outubro – Formação e

Capacitação

24 de novembro – Condições

de Trabalho

8 de dezembro – Gestão Demo-

crática

Foto: Guilherme Carvalho

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Maio de 2012

/// EM DEBATE/// NOVIDADE

/// CONHEÇA SEUS DIREITOS

Quem entra na Prefeitura de

Curitiba tem o período de três anos

para ser efetivado como servidor

público. Esse tempo é conhecido

como estágio probatório, em que

o profissional é avaliado semes-

tralmente. Os pontos avaliados são

conhecimento para o trabalho,

pontualidade, assiduidade, inicia-

tiva, flexibilidade, produtividade e

qualidade no trabalho, disciplina,

ética pública, cuidado com mate-

riais, equipamentos e ambientes

e relacionamento interpessoal.

Agora, como ocorre essa avaliação

e suas principais características fo-

Estágio probatório édiscutido pela OLT

Reunião de representantes focou principaisdúvidas para quem está em estágio

O Juizado Especial Federal Cível (JEF) da Subseção

de Curitiba reconheceu a ilegalidade da fixação dos valo-

res de anuidades dos conselhos profissionais por deci-

sões administrativas ou por qualquer outro meio que não

seja a lei.

A lei 6.994, de 1982, estabelece que o teto para as

anuidades de pessoa física é 2 MVR (Maior Valor de Re-

ferência). Esta unidade foi, mais tarde, substituída pela

UFIR, que veio a ser extinta. Apesar disso, a ausência de

nova lei específica sobre a matéria impõe a aplicação

deste parâmetro para a fixação dos valores das anuida-

des. Após as devidas atualizações, os valores que se en-

tenderam devidos para o teto das anuidades de pessoas

físicas pelo JEF foram os seguintes:

2007 – R$ 63,122008 – R$ 65,832009 – R$ 69,652010 – R$ 72,832011 – R$ 77,62

Portanto, todas as anuidades de conselhos profissi-

onais (CRO, COREN, Crefito, CRC, etc.) deveriam ter obe-

decido estes limites. E, de acordo com este entendimen-

to, todos os profissionais que pagaram anuidades acima

destes valores podem buscar o Poder Judiciário para sua

revisão, com o pagamento de todos os valores retroati-

vos relativos aos últimos cinco anos.

Atualmente já existe lei específica sobre a matéria.

A lei 12.514, de 28 de outubro de 2011, estabelece que

o novo teto para as anuidades de pessoas físicas é de R$

500 para os profissionais de nível superior e de R$ 250

para profissionais de nível técnico.

ram alvo de discussão dos repre-

sentantes por local de trabalho

(OLT).

O advogado Ludimar Rafanhim

esclareceu as principais dúvidas so-

bre o método de avaliação adotado

pela Prefeitura e executado pelas

chefias como contagem do tempo

para o estágio probatório, exonera-

ção e direitos e deveres para quem

está em estágio probatório. “É mui-

to importante encontros como esse,

pois proporcionam aos representan-

tes o esclarecimento de dúvidas e

troca de experiências para resolver

conflitos no ambiente de trabalho”,

contextualiza Eduardo Recker,

diretor de organização por local

de Trabalho (OLT).

O encontro dos represen-

tantes também informou as da-

tas dos próximos coletivos e os

eventos de formação sindical

que ocorrerão no Sismuc. A tro-

ca de experiências sobre os lo-

cais de trabalho também foi

focada nos dois períodos da reu-

nião. A próxima reunião da OLT

ocorre em 29 de maio e aborda

“Saúde: normativas da declara-

ção”.

Mais no site do Sismuc.

Justiça obriga arevisão dos valoresdas anuidades de

conselhosprofissionais

Com a redução da jornada de tra-balho para os enfermeiros, auxiliares deenfermagem, técnicos de enfermagem,auxiliares de saúde bucal e técnicos emsaúde bucal, aumentou significativa-mente o número de servidores que rea-lizam o RIT (Regime Integral de Traba-lho).

Por todos esses motivos é impor-tante que os servidores saibam em

Como funciona o RIT na licença-prêmioquais afastamentos/licenças continuamrecebendo para que possam, quandopossível, planejar o momento mais ade-quado para sair em licença-prêmio, porexemplo. Durante este período o servi-dor levará o pagamento desde que te-nha trabalhado no RIT durante dois anos,e desses, 75% do tempo deve estar nosúltimos dois anos que antecedem à saí-da para licença-prêmio (artigo 4, inciso

IV). Já na licença para tratamento de saú-de o servidor levará a média dos últimos12 meses e nunca será inferior a 50%do valor recebido mesmo que a médiaseja inferior (artigo 4, inciso V).

Recomenda-se aos servidores queprestem muito atenção para não seremsurpreendidos com a supressão do pa-gamento, pois, se não cumpridos os re-quisitos da lei, não haverá reversão ad-

ministrativa ou judicial.Todas as licenças que podem ser pro-

gramadas devem observar o tempo míni-mo para continuar recebendo durante oafastamento. Se não observada a regrada lei, o Município não estará obrigado apagar, portanto, o servidor que não qui-ser ter perdas deve ficar atento e, em al-gumas situações, retardar o afastamen-to para ter seu direito resguardado.

O advogado do Sismuc Ludimar Rafanhim fala sobre direitos e deveres.

Foto

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Maio de 2012

/// ESTAMOS DE OLHO /// SITUACAO DELICADA

O Sindicato dos Jornalistas do

Paraná (Sindijor-PR) e o Sindicato dos

Servidores Públicos Municipais de

Curitiba (Sismuc) entregaram hoje (27)

uma denúncia à Promotoria de Justiça

de Proteção ao Patrimônio Público con-

tra a Prefeitura de Curitiba. As entida-

des questionam a contratação de pro-

fissionais jornalistas na administração

municipal, que conta atualmente com

maioria de cargos comissionados ao in-

vés de servidores concursados. O docu-

mento foi entregue pelo presidente do

Sindijor Marcio Rodrigues e pelo jorna-

lista do Sismuc Guilherme Carvalho.

Do total de 71 funcionários na Se-

cretaria Municipal de Comunicação, 41

(57%) são nomeados. Além disso, tam-

bém é evidente a disparidade salarial.

Enquanto os comissionados ganham no

mínimo R$ 4.704,50, os jornalistas

concursados iniciam a carreira ganhan-

do R$ 1.289,34, bem abaixo do piso

salarial da categoria, que hoje está em

R$ 2.323,68.

De acordo com a denúncia, a Pre-

feitura estaria desrespeitando o artigo

Sindicatos entregam denúnciaao MP contra Prefeitura

37 da Constituição Federal. A lei diz que

os cargos em comissão devem ser desti-

nados apenas aos cargos de direção, che-

fia e assessoramento. Os sindicatos ago-

ra aguardam uma posição da procuradora

Adriana Camara, para quem foi enviada

a denúncia.

O assunto havia sido abordado em

janeiro deste ano, por meio de matérias

publicadas no site do Sismuc e do Sindijor.

Os problemas no Instituto Curitiba

de Saúde (ICS) não se restringem ao

pronto atendimento. Os servidores

também encontram dificuldades para

agendar atendimento em algumas es-

pecialidades. A demora chega há três

meses e os principais prejudicados são

os aposentados. O mesmo ocorre nos

Cmum’s, onde a falta de médicos é

constante. O último caso registrado foi

no Boqueirão. Dos 4 clínicos gerais que

deveriam atuar por período, no meio de

semana, apenas 1 estava disponível no

último dia 2 de abril. A informação é de

que os demais teriam se licenciado por

problemas de saúde. No ICS, a direção

tem indicado a procura por hospitais e

clínicas conveniadas na tentativa de di-

minuir o fluxo no local. Já no atendimen-

to à população, o motivo para a crise

está no fato de que o convênio com o

Hospital Cajuru, assinado pela Prefeitu-

ra, se encerrou no dia 30 abril. A partir

de então, os médicos que atuarão nos

cmum’s serão cedidos pela Fundação.

O problema é que os hospitais conve-

niados não estariam mais contratando

médicos que poderiam fazer a substi-

tuição de licenciados.

A demora do agendamento deixa

indignados os aposentados que pagam

pelo convênio no ICS, pois é o único

benefício que fica. Os demais, como

gratificações e o PPQ, são retirados na

aposentadoria. É o caso de Aracel

Mafalda Fantinado, 69 anos, que se

aposentou como auxiliar administrati-

va operacional. Ela conta que tentou

agendar três exames em março e que

Curitiba vive crise noatendimento de saúde

Servidores têm dificuldades deagendar consultas no ICS

a consulta só seria realizada em setem-

bro, seis meses depois. “Eu fiz exame

particular para cintilografia, teste de es-

forço e ecografia cardíaca, mas, no ICS,

só iam me atender em setembro”, re-

clama à aposentada. Aracel reclamou

na ouvidoria e conseguiu a antecipa-

ção da consulta para maio.

O diretor do Sismuc Juliano Soares,

que acompanha o problema da falta de

médicos nos cmum’s e no ICS, afirma

que o problema é resultado da

terceirização do serviço. “Se os médicos

fossem contratados pelo município, a

população não estaria tendo que pas-

sar por isso. A falta de médicos expõe

um problema no planejamento da ges-

tão, que encerrou os contratos com os

hospitais sem ter outros profissionais

para substituir os atuais”, aponta. A so-

lução definitiva, em sua opinião, passa

pela valorização de servidores e

contratação de médicos por meio de

concurso público.

Ouvidoria

A presidente do ICS Ana Luiza

Schneider Gondim disponibiliza seu e-

mail para que as reclamações, suges-

tões e elogios sejam feitos diretamente

a ela. O endereço é aschneider

@ics.curitiba.pr.gov.br. Já nas unidades

básicas e centros de emergência as re-

clamações podem ser registradas atra-

vés do telefone 156. O SUS também

conta com uma ouvidoria. O telefone é

0800-644-9000 e a ligação é gratuita.

O sindicato orienta para que as

denúncias sejam contra os gestores e

não contra os servidores.

Sob o argumento equivocado de

que a proposição havia sido encami-

nhada de maneira incorreta, a Câmara

Municipal de Curitiba se recusou a co-

locar em votação o requerimento de as-

suntos não regimentais, apresentado

por vereadores da oposição, que pedia

o afastamento, das respectivas funções,

do atual presidente da Casa, Jão do

Suco (PSDB), do corregedor, Roberto

Hinça (PSD), e do presidente do Conse-

lho de Ética, Francisco Garcaz (PSDB).

Os três foram citados em reporta-

gens em que são apresentados docu-

mentos que comprovam que, direta-

mente ou por meio de servidores

lotados em seus respectivos gabine-

tes, eles estariam envolvidos no escân-

dalo dos repasses de verbas de publi-

cidade da Câmara.

Na interpretação dos vereadores

Vereadores da situaçãoprotegem colegas

/// ESQUEMA IMORAL

da oposição, os atos praticados contra-

riam o disposto nos princípios basilares

da Administração Pública previstos na

Constituição Federal.

Não é a primeira vez que a crise

vivida pela Câmara Municipal de

Curitiba torna explícitas falhas e omis-

sões no atual Regimento Interno. Por

isso, a exemplo do que foi feito com a

Lei Orgânica Municipal, uma comissão

especial para estudo e reforma do Re-

gimento Interno pode ser constituída

nos próximos dias.

“Atualmente, as contas da Câma-

ra não são analisadas pelos vereado-

res; o que é algo contraditório, tendo

em vista que aprovamos o Orçamento

do Município, mas não temos acesso

às contas da Câmara”, questiona a

vereadora da oposição Professora

Josete (PT).

Foto

: S

ism

uc

Márcio Rodrigues, presidentedo Sindijor-PR.

Servidores aguardam atendimento no ICS.

Foto: Manoel Ramires

Page 8: NÃO IMPOSTO SINDICAL - Sismuc

8 Maio de 2012

acesse www.sismuc.org.br

/// SEM MEDO DE SER FELIZ

/// URPS E GATILHO

Mais de 30 cmei’s já apresentaram

documentos comprovando a impossibilida-

de de realização de hora-permanência. As

informações estão sendo coletadas para

uma ação coletiva que pede o pagamento

de horas extras equivalentes ao tempo não

realizado para preparação e avaliação de

atividades com os alunos. Segundo a lei

12.348/07, os educadores têm direito a

20% de hora permanência na jornada de

trabalho semanal.

Em visitas a alguns cmei’s, diretores

do Sismuc estão se deparando com uma

série de irregularidades por parte dos

gestores. No Cmei Santa Rita, por exem-

plo, os educadores teriam sido ameaçados

de sofrer sanções e punições pela diretora

Kelen Colarino caso entregassem o relató-

rio. Após a reunião com representantes do

sindicato, as 21 educadoras enviaram o re-

latório apontando a dificuldade de realiza-

ção da hora-permanência.

O documento traz o seguinte: “Do mês

de março a abril tivemos somente uma per-

manência de quatro horas e nem todas as

educadoras puderam estar saindo juntas.

Uma teve que permanecer em sala devido

às dificuldades apresentadas no quadro de

funcionários. Além dos afastamentos por

LTS, não foi enviado nenhum educador para

cobrir a licença-maternidade e saíram três

educadoras por remoção”.

A situação não é exclusiva do Cmei

Santa Rita. A maior parte dos estabeleci-

mentos de ensino infantil passam pelos

mesmos problemas, ou seja, a falta de ser-

vidores suficientes para garantir a realiza-

ção da hora-permanência. Sem equipes

Relatórios de educadores comprovamdesrespeito à hora-permanência

Diretores do Sismuc visitam cmei’s para orientar servidores.

Foto: Guilherme Carvalho

ADALGIZA DE CÁSSIA C. CHAVESADÃO FERREIRA DE JESUSADILAR HILÁRIO DE JESUSADILSON FERNANDES DA SILVAAIRTON FERREIRAALCEU GUAITA JUNIORALTAIR DOS SANTOS VIEIRAALTAMIR UBIRAJARA DA CONCEIÇÃOANA CÉLlA MADEIRAANA CRISTINA S. VASSAN LEITEANA KOVALCZYKOWSKI V. DA COSTAANADIR SAMPAIO RODRIGUESANDERSDON SIQUEIRA RAMOSANTONIO ALVES FERREIRAANTONIO DE QUADROS LOPESANTONIO DEAANTONIO GUALTER CAVALCANTEANTONIO HENRIQUE DA SILVAANTONIO MENDES DE MELOAPARECIDA DO RÓCIO L. PEREIRAARI MAlAARISTIDES MANOEL AMAROAURÉLlA CARMEM D CARMOBEATRIZ WELDT DO NASCIMENTOBEMAIR TEREZINHA ALVESBENEDITA A. DOS SANTOS MIZIDIOBENEDITA APARECIDA DOMINGUESBERNADETE OLlVETT P. BITENCOURTCARLOS ALBERTO DE OLIVEIRACARLOS EUFROZINO DE SOUZACARLOS RIBEIRO FILHOCARMEN CESINHA THOMAZ DA SILVACECILIA MARIOITO KILlKCELSO FERREIRA DA SILVACLAUDIOMAR MAFRACLAUSINEI ISRAEL DE JESUSCLEMÊNCIA MARIA DE JESUS SILVACLEUSA SOARES DE LIMA SUBACLEUZA DA SILVA QUEIRÓZCLOVIS PONTESCREUSA MARIA DE O. CABELLEROCUSTÓDIO RIBEIRO DA ROCHADARCI FERREIRA SOARESDÉCIO JOSÉ ROMANO E SILVADEJANIRA DO NASCIMENTO SILVADINA PAULA DALLEGRAVEDIOLETE RAMOS PIRESDIONISIA GONÇALVES DE ABREUDIONIZIO NIEVOLADIRCE RIBEIRODORALlCE NUNES MARCONDESEDGARD FERREIRAEDVINO PEREIRA DE ALMEIDAELCI DA COSTA OLIVEIRAELENE MARIA ALVES GROSSELISABETE ENGRAFELlANE DA APARECIDA SERAFIMELlANE SOPPERELOÍNA FERREIRA CHAVESELVIRA DENISE P. DESSENHAELZA DE SOUZA L. CUNHA DE SOUZAEMÍLlO PEREIRA DOS ANJOS NETOEMÍLlO WALESKOERLI TERESINHA COSTA DE GODOIEUNICE DA SILVEIRAEVA SCYMCZAKEZEQUIEL BIBIANOFÁTIMA APARECIDA R. PEREIRAGALDINO BATISTA DOS SANTOSGENI MARCIANO MALAQUIASGENTIL DANAS DE QUADROSGERALDO BORGES DA SILVAGERSON GUILHERME DOS SANTOSGILBERTO CLYSOSTOMOGILDA DISSENHAHELENA CUBAS DOS SANTOSHELENA MARQUES DE BRITOHÉLIO PEREIRA DOS SANTOSIOLANDA KOZETEINÊS DUARTE RAITZIRENE DE LOURDES MARQUESIRENE PINTO DA SILVAIRIA MARIA COLETTIIRMA DOS ANJOS RIBEIROIRMA SUMAR LOPES SILVEIRAISABEL CRISTINA DE OLIVEIRAIVAIR FERREIRA DA ROCHAIVAN CARVALHO DA CRUZIVANI DA SILVAJACIRA THIEBES DUARTEJADIR PARADELAJAIR SABINO FLACÃOJANETE APARECIDA G. DE CAMPOSJAQUELlNE RACHEL DE OLIVEIRAJOANA LUCIA BERGOSSIJOÃO ALVES DE AZEVEDOJOÃO CARLOS MIRANDA RAMOSJOÃO FERREIRA DA SILVAJOÃO ROSAJOAQUIM PINTO RIBEIROJOAQUIM SABINO DA SILVAJOCELEM BITTARJOEL DE SOUZAJOSÉ ALVES FERREIRAJOSÉ AUGUSTO SOUZA DE CARVALHOJOSÉ CARLOS BACILA SADEJOSÉ CARLOS SKRUCHJOSÉ CLAUDIOJOSÉ CRIPALDIJOSÉ CUPERTINO DA SILVAJOSÉ DE SOUZA PEREIRAJOSÉ EZEQUIEL DE OLIVEIRAJOSÉ IRANI DE SOUZAJOSÉ LUIZ DONIZETH MELOJOSÉ PEREIRA DA SILVA - ADM 25/05/88JOSIANE SALETE DE OLIVEIRAJUARES CARDOS MARINHOJUCELI DA CRUZJUCIMARA GANZERT PEREIRAJULIO SUTIL DE OLIVEIRAJULlA KONOPKAJUSCELINO PEREIRALARZIRA FRAGA DA SILVALEDI DA SILVA SANTOSLEODIL GONÇALVESLEONI BAPTISTA DA CRUZLEONILDA DE OLIVEIRA VAZLEONIR BOSCARDINI M. SPIZEWSKILlBERINA AUGUSTA DE O. DUTRALOURDES MIRANDA DE MORAISLUCIA DAS GRAÇAS DE DEUS

completas, a saída das salas de aula para

preparação das atividades fica prejudicada.

A orientação do Sismuc é que a hora per-

manência não pode ocorrer a qualquer cus-

to, de modo que prejudique equipes de tra-

balho. A atividade deve ocorrer respeitando

o dimensionamento adequado na relação

adulto por criança.

Animosidades

Conflitos de relacionamento entre ser-

vidores e a diretoria também chegaram ao

Sismuc. No Cmei Bracatinga foi necessária

uma reunião com diretores do sindicato para

intermediar animosidades causadas pelo nú-

mero reduzido de profissionais. Do quadro

de 20 educadores que deveriam estar no

Cmei, apenas 16 fazem parte do quadro, sen-

do 2 que foram remanejados, 3 que estão

de LTS e 1 de férias. Como não há equipe

completa de permanência, os educadores

acabam não realizando a atividade para evi-

tar deixar os colegas sozinhos nas salas.

O problema não é recente no Cmei

Bracatinga. A falta de profissionais foi moti-

vo de duas paralisações realizadas no ano

passado, que culminaram com a troca da

diretora, da pedagoga do Cmei e da

pedagoga do núcleo. Além disso, em uma

reunião em dezembro, a diretora do depar-

tamento de educação infantil Ida Regina

Mendonça teria assumido o compromisso

de garantir a hora-permanência no Cmei até

fevereiro deste ano, o que não ocorreu.

A gravidade pode ser constatada não

apenas pelos conflitos entre profissionais.

A diretora atual foi afastada por problemas

de saúde, em menos de quatro meses à

frente do Cmei.

As pessoas abaixo tem dinheiro a receber no Sismuc, devido uma ação

coletiva ganha. Caso conheça alguma delas, entre em contato pelo telefone

3322-2475. O número ao lado correponde à matrícula na PMC.

Dinheiro a receber

LUCIA MARA MARANGONILUCIANO FRANCISCOLUCILEA PINHEIRO DOS SANTOSLUIZ ALVES DE BRITOLUIZ CARLOS FRANCO LEALLUIZ CARLOS MARCONDES CARNEIROLUIZ CLAUDIO PACHECOLUIZ ROBERTO BOMPEIXE BUBALOMARCIA MARIA SILVA E. FREITASMARCIANO FIUZA DE BRITOMARCIO ZANONMARCOS AURÉLIO DE MELOMARCOS AURÉLIO NEHETZMARCOS DE PAULA MAJCZAKMARIA APARECIDA DA SILVA - ADM 01/03/83MARIA APARECIDA GOMESMARIA ARACY FLAUZINOMARIA BRASELlNA DOS SANTOSMARIA CÂNDIDA DA SILVAMARIA DA GLÓRIA MURAROMARIA DA SILVA NEVESMARIA DE LOURDES PAES VARGASMARIA DE LOURDES R. DE SOUZAMARIA ELlANE DO RÓCIO B. WOLFFMARIA ERONILDA CORREA DA SILVAMARIA ILlSETE LOPES DOS SANTOSMARIA INEZ BARBOSA DA SILVAMARIA IZABEL ROCHAMARIA LUIZA F. RODRIGUESMARIA LUIZA MACIEL DE ALMEIDAMARIA NATALIA GORBAMARIA RAIMUNDA DOS SANTOSMARIA REGINA FERREIRA DA LUZMARIANA DA LUZ CHARMESKIMARILSA RIBEIRO PEREIRAMARILU DO RÓCIO V. C. MONTEIROMARINA DE OLIVEIRAMARIVALDA ALZÃOMARIZA RODRIGUES DA C. MOREIRAMARLENE BARBOSA MAYERMARLENE DO RÓCIO F. FRANCOMARLENE DO RÓCIO VELOSOMARTA ALVES MARCONDESMATIAS TEODORO PETERSMAURICIO NUNES DE MORAISMAURO MARCONMIGUEL FREITASMILTON DA SILVA CARVALHOMILTON FERREIRA BARBOSAMILTON PEREIRA ALVESNADYR NOGUEIRA CORDEIRONAILDE TIEMI PUTRIQUENATIEL PEREIRA DA SILVANELCI N. T. SOARES SANTOSNELSON PAULO DE MATOSNEUSA ASSIS DA ROSANEUZA DE PAULA BORELLINEUZELI DE OLIVEIRA M. VIEIRANILO KUSMA PALHANONILSA LOUREIRO DIAS DA SILVANILZA FRANCISCA DA SILVANILZA PALMA DA SILVANIVAL FARINAZZO FILHONIVETE MAJISIWICZODETE DE PAULAOLEGARIO VIEIRA DE LIMAONDINA VENTURA SILVERIOONILSON FERREIRA ALVESONOFRE DA LUZOSMINDO VAZ DOS SANTOSOZIR ORLANDO SURUGIPAULA LAURITA RIBEIROPAULlNA HYTCZUKPAULO ROBERTO DA VEIGA CUNHAPAULO ROBERTO MARTINS LOYOLAPAULO ROBERTO PEREIRAPEDRO BREGENSKIRAQUEL ALVES PESSOARITA INOCÊNCIOROSALI RICHTER PEPPIROSALINA COLACOROSANE DO C. DE A. T. FRECCEIROROSÂNGELA MARIOT ARAUJOROSÂNGELA REZENDE FORMAGGIOROSÂNGELA T. SOUZA VAS ROBERTOROSE MERI TROJANROSELY DE ARAUJOROSILENE MARCIANORUI CHARELLORUTH SOARES DE MELOSANDRA MANCINOSANDRA REGINA F. M. BIZINELLISANDRA REGINA FERREIRASANTA PRESTES RODACOSWISKISEBASTIÃO DOS REIS DA SILVASEBASTIÃO EMYDIO FILHOSEBASTIÃO GRIGÓRIO PEREIRASEBASTIÃO JOSÉ BISPOSERGIO FERREIRA DO PRADOSHIRLEY CUNHASILVANITA RIBEIRO DEZIDERIOSIZINO FRANCISCO CARNEIROSOLANGE DE FÁTIMA SCARAMELLASOLANGE FERNANDESSOLANGE FLORINDA XAVIERSOMALI QUINSLERSONIA DE SOUZA SILVASONIA MARA CAMPOSTERESINHA DE J. DE S. B. SILVATERESINHA DE JESUS RODRIGUESTERESINHA NAVAKOSKITEREZINHA DO RÓCIO D. OLIVEIRATEREZINHA G. DE ABREU GALVÃOTEREZINHA LEMES CAETANOTEREZINHA MARIA DOS SANTOSVALDECIR PAULO DE FREITASVALDIR OLIVEIRA DE CARVALHOVALMIR JOSÉ TOBIASVALMIR SCHEFFERVANI ALICE NEVESVERA APARECIDA BARBOSAVERA LUCIA HONDAVERINALDA F. ALVES MAECHESINIVICENTE EVARISTOVILMAR FERREIRA RODRIGUESWALDIR DE OLIVEIRA (CRUZ)WALMYR DE OLIVEIRAZENIR DE JESUS SANTANAZILARIA FERREIRA SERRAZILDA DE LIMAZULMIRA GOMES NUNES

8 3 3 5 79 2 8 1 39 3 2 2 99 4 4 5 79 2 0 5 48 1 4 8 97 2 1 4 69 4 2 2 98 3 0 3 09 4 3 7 79 5 7 6 39 3 7 0 78 2 7 2 99 5 3 9 59 3 0 8 99 3 5 8 99 2 4 1 89 3 5 8 77 2 1 8 49 1 5 8 49 2 4 0 59 3 0 9 79 3 7 1 49 5 7 0 98 0 2 9 39 2 7 6 49 0 5 4 89 2 6 4 38 3 1 9 99 4 1 8 98 1 7 3 77 1 9 8 19 1 7 2 87 2 1 2 59 2 6 1 39 5 4 2 49 3 7 2 39 4 3 6 59 4 1 3 99 1 7 4 88 3 0 6 59 2 9 3 97 6 4 0 39 5 6 7 29 3 6 8 38 1 7 7 59 4 7 3 49 1 2 7 99 1 5 6 48 0 7 1 78 3 2 2 49 3 5 5 89 1 0 7 49 3 6 5 79 3 2 9 48 2 8 1 98 2 9 2 19 2 4 5 59 3 6 7 98 1 8 2 59 5 2 8 17 2 1 9 79 2 2 7 59 2 8 3 19 4 5 1 58 1 4 2 09 5 3 8 29 2 6 8 09 5 3 8 59 4 1 1 29 4 6 6 49 4 6 8 79 4 8 9 49 5 7 6 28 3 3 1 09 5 7 9 99 3 2 6 49 4 7 1 59 2 7 0 88 1 0 8 19 4 3 9 99 3 8 1 18 1 5 2 29 5 5 6 59 2 6 3 29 4 4 7 81 8 9 6 79 3 9 0 39 2 8 1 57 2 2 2 29 4 5 7 39 3 7 9 09 4 2 3 68 2 9 0 78 0 5 0 58 0 9 0 39 4 0 1 09 4 1 7 69 3 7 9 59 4 0 1 99 3 8 9 78 3 2 0 29 3 9 2 69 2 7 9 48 3 0 0 68 2 8 3 69 4 8 8 69 4 3 0 99 5 6 6 39 3 8 6 58 2 7 9 48 1 4 8 29 5 6 5 69 5 3 1 49 5 5 7 39 3 3 9 78 1 5 8 89 2 8 0 68 1 9 2 88 1 5 7 39 4 1 5 58 1 9 7 79 1 5 3 59 1 0 4 29 3 8 5 98 0 4 5 09 1 4 7 19 2 2 2 79 5 6 5 39 0 6 4 57 8 6 1

8 3 2 6 98 1 6 4 79 2 5 2 39 5 4 2 39 4 5 3 49 5 3 5 28 3 0 1 89 4 5 7 98 1 7 6 99 2 2 6 98 2 9 1 19 5 3 9 29 4 3 3 98 1 2 1 8N LOCALIZADO9 4 8 2 69 2 5 5 49 4 2 5 29 3 4 8 28 1 1 3 19 3 4 7 79 4 2 9 59 5 6 4 19 5 7 8 39 0 3 8 19 4 4 2 49 3 4 5 59 5 3 2 99 5 2 6 79 1 2 1 39 4 2 1 59 3 4 1 99 4 6 7 29 2 8 9 69 1 1 0 69 2 3 0 39 2 6 7 59 2 1 7 69 0 5 6 19 5 7 4 73 9 1 7 79 4 1 4 39 0 7 1 79 1 8 9 07 2 1 5 71 7 9 5 19 3 1 9 09 5 3 4 39 2 3 5 38 3 3 2 69 0 6 5 18 4 6 9 99 2 0 3 69 4 1 4 59 3 8 0 89 3 4 0 18 2 8 7 99 5 7 6 49 4 1 5 39 2 7 1 49 0 5 5 79 5 5 5 78 3 3 1 29 2 2 9 89 3 8 8 59 1 4 3 99 1 7 2 99 1 2 0 97 6 4 2 19 2 8 6 89 5 2 6 97 6 4 1 28 1 8 8 59 4 1 6 39 4 6 4 89 4 5 6 99 1 6 5 89 4 6 7 38 3 2 0 39 2 3 9 69 2 8 9 78 2 0 2 38 2 5 4 99 5 7 7 69 2 2 0 38 0 6 2 29 3 7 3 89 5 7 9 09 0 8 4 19 0 5 3 68 0 0 2 58 0 8 3 59 1 2 9 38 1 8 8 39 5 6 8 49 0 9 9 69 4 1 6 19 1 6 4 99 3 9 3 08 1 7 2 79 4 4 6 69 3 7 8 68 2 9 5 38 3 2 3 58 2 5 5 88 0 4 6 19 3 6 3 99 4 3 8 79 1 5 7 69 4 2 1 29 2 4 8 29 3 5 2 89 2 6 5 29 2 7 0 79 1 5 4 09 2 6 0 69 4 1 9 09 2 8 3 29 4 6 4 18 3 2 7 19 2 5 3 78 2 5 6 79 4 3 7 49 3 6 1 49 4 1 3 49 1 7 1 88 3 0 0 19 4 2 9 29 4 2 3 59 3 5 0 89 3 5 0 6

Page 9: NÃO IMPOSTO SINDICAL - Sismuc

9Maio de 2012

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/// SAÚDE DO TRABALHADOR

O que é assédio moral? É um cri-

tério apenas subjetivo?

O assédio é um cerco, uma armadilha

que se coloca com o objetivo de obter

domínio sobre alguém, como se fosse a

imagem de um castelo sitiado por um

exército. O objetivo é ir retirando as con-

dições de defesa da “vítima”, para que

ao final, ela esteja totalmente vul-

nerável. No ambiente de trabalho, o as-

sédio é uma conduta abusiva que se

manifesta por comportamentos e pala-

vras que podem causar danos à perso-

nalidade, à dignidade ou à integridade

física ou psíquica de uma pessoa, colo-

cando em risco o seu

emprego ou degradan-

do o clima de trabalho.

Pode parecer subjetiva,

porém, a conduta asse-

diante é construída

com base em compor-

tamentos bem concre-

tos, visando fazer a pes-

soa sentir-se instável

emocionalmente, sem

confiança em si própria

e, portanto, mais facil-

mente manipulável

para os objetivos parti-

culares do assediador.

Repreensão pública, ameaças,

humilhação são estratégias de

quem assedia as pessoas?

Estes comportamentos são a base de

construção do assédio, porém, o que irá

configurá-lo são a frequência e continui-

dade no tempo. Isto é, não é um acon-

tecimento em particular que caracteri-

Identifique ecombata oassédio moralAproveitando a campanha do Sismuc de combate ao assédio

moral na Prefeitura de Curitiba, o jornal do sindicato traz a

entrevista de Jô Pavezi. Psicóloga e especialista em desenvol-

vimento de pessoas, ela fala sobre como o assédio pode ser

identificado e o assediador combatido no local de trabalho.

Confira abaixo:

É fundamentalque o grupoperceba que

sempre haverá apróxima vítima.

O assediadorclássico está

sempre à procu-ra de pessoasque denotem

mais fragilidade.

za assédio, mas um conjunto de com-

portamentos que se repetem e/ou se

somam no tempo que vão pintando e

revelando um quadro de assédio. Por

isso é importante que as pessoas que

estejam se sentido nessa condição fa-

çam registros constantes dos eventos

(atitudes empreendidas pelo asse-

diador), com data, hora, local, pessoas

presentes, com o objetivo de montar um

cenário que configure o assédio. Uma

vez revelado o padrão assediador, to-

mar providências de denúncia para as

áreas que poderão ajudar no encami-

nhamento dentro da empresa (serviço

público).

Que sintomas podem

identificar que uma

pessoa foi ou está

sendo vítima de as-

sédio moral?

O assédio geralmente

acarreta sérios proble-

mas emocionais e de

saúde para a pessoa as-

sediada. Entre os princi-

pais sintomas estão de-

pressão, instabilidade

emocional (irritabilidade,

crises de choro), desânimo, dores, perda

de controle, insegurança na própria ca-

pacidade de realizar tarefas. Geralmen-

te quando a pessoa está com este qua-

dro de sintomas ela começa a cometer

mais erros nas tarefas e isto serve como

“alimento para o assediador”. Muitas

vezes a pessoa cai no erro de subesti-

mar esses sintomas ou de pensar que é

sinal de “fraqueza”. Isto é o resultado

esperado de um forte processo de tortu-

ra psicológica.

É difícil o assediado denunciar um

assediador, não?

É importante lembrar que o assédio é um

processo de ataque e destruição da

autoestima. Ocorre que quando a pes-

soa está sendo vítima desta situação, há

uma tendência natural a sentir-se fraca,

a envergonhar-se frente às humilhações

e à exposição feita pelo assediador.

Como a pessoa tende a perceber-se

como “problemática”, raramente ela pen-

sa em fazer uma denúncia, afinal, em

sua ótica “ela é que é a culpada”. Outro

aspecto que bloqueia a decisão de de-

núncia é que em geral, o grupo de cole-

gas de trabalho não apoia de forma con-

sistente a pessoa, defendendo-se de

possíveis retaliações – o que gera um

sentimento de solidão no assediado.

Como o grupo de colegas de tra-

balho e amigos pode ajudar uma

vítima de assédio?

É fundamental que o grupo perceba que

sempre haverá a próxima vítima. O

assediador clássico está sempre à pro-

cura de pessoas que denotem mais fra-

gilidade para poder exercer o seu po-

der de forma equivocada. Ao perceber

que algum colega está vivenciando a

situação é importante que o grupo crie

uma base de apoio, ouvindo seriamen-

te o desabafo da pessoa, orientando-a

e ajudando-a a posicionar-se de forma

mais segura frente ao assediador. Quan-

do o grupo se une em torno do desafio

de criar um bloqueio às ações do

assediador, está dando um recado de

que “aqui nós não permitimos isto”.

Campanhas contra o assédio, en-

durecimento de leis e punição dos

assediadores podem funcionar?

Não resta a menor dúvida sobre a im-

portância de campanhas e debates em

torno deste tema, porém, o que irá fa-

zer toda a diferença neste contexto é a

coerência da instituição.

O estímulo à competitividade pode

ser um pretexto para o assédio?

É importante analisar o seguinte: a base

de funcionamento de um assediador é

a mesma que a de um assediado: a

AUTOESTIMA. Falhas na construção da

autoestima dão origem a muitos enga-

nos quando se tenta, no futuro, “preen-

cher” de maneira errada os tijolinhos

faltantes na calçada da autoestima de

alguém. Por exemplo, quando se busca

exercer o poder de forma dominante e

coercitiva como forma de autoafirmação

(assediador). Ou quando se cai na ar-

madilha da humilhação alheia, perce-

bendo-se como o culpado por aquela si-

tuação estar acontecendo (assediado).

Foto: cedida

Page 10: NÃO IMPOSTO SINDICAL - Sismuc

10 Maio de 2012

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/// COLETIVO DOS FISCAIS/// COLETIVO DOS APOSENTADOS

/// COLETIVO DA EDUCAÇÃO

/// COLETIVO DA FAS

Aposentados discutemresultado dasreivindicaçõesReunidos na tarde do último dia 30, os aposentadosdiscutiram as pautas que foram negociadas nareunião com a Prefeitura Municipal de Curitiba no dia4 de abril. Ao todo são cinco tópicos consideradosprioritários pela categoria. Destes, três não foramacordados, enquanto os outros tiveram uma soluçãoparcial.A inclusão da artrose na lista de tratamentos pagospela Prefeitura será mantida na pauta, uma vez quenão se chegou a uma definição. A discussão sobre acorreção das aposentadorias também avançou eserá novamente discutida através de um grupo detrabalho do conselho de administração do IPMC.Entre as pautas não aceitas pela prefeitura, está adiminuição da idade de 65 para 60 anos nagratuidade da tarifa de ônibus em Curitiba e RegiãoMetropolitana. Além disso, o pagamento integral porparte do ICS de exames e demais procedimentosfeitos pelos aposentados no instituto, assim como aconcessão de auxílio alimentação ao aposentadoatravés do cartão qualidade, também não foramacordados.Apesar das negativas da administração, a diretora doconselho fiscal do Sismuc, Salvelina Borges, semostra otimista. “As reivindicações nos dão esperan-ça na solução dessas questões. Estamos trabalhan-do, mas dependemos da Prefeitura”, pondera.

Trabalhadores queremisonomia nas gratificaçõesOs trabalhadores da FAS vão realizar grande ato emdefesa da isonomia nas gratificações no dia 2 dejunho, na Boca Maldita. Eles reivindicam que a lei13.776/11 seja aplicada a todos. Atualmentesomente alguns trabalhadores têm esse direito. Noentanto, os servidores da FAS tem a prerrogativa detrabalhar em qualquer local de trabalho.Durante a mesa de negociação, a gratificação foinegada. A Prefeitura alega falta de recursos financei-ros. Por outro lado, a definição do plano de Carreiraavançou entre sindicato e gestão municipal. No dia15 de maio, na sede da Fundação, a primeira reuniãoserá realizada sobre o assunto.Quanto a organização das jornadas também ficouestabelecido que alterações coletivas serão debati-das entre Sismuc e administração da FAS. “Paragrandes mudanças em escalas, nós queremos odebate. Em situações pontuais cabe mesmo à gestãodefinir”, contextualiza Alessandra Oliveira, secretáriade comunicação do Sismuc.

Piso e segurança entre os temas negociadosA reunião de negociação da pauta específica da educação realizada no último dia 2

terminou com poucos pontos debatidos dos 17 reivindicados. Destaques para o aumento

do piso dos trabalhadores da educação e a segurança nas escolas e cmei’s. A reunião

ocorreu no edifício Delta, entre representantes da Prefeitura e dos servidores.

No que diz respeito ao piso, os trabalhadores cobraram a isonomia dos educadores ao

cargo de professores. Da mesma forma, defendeu-se que os demais trabalhadores da

educação sejam reconhecidos como tal, o que garantiria o direito de ganhar um salário de

no mínimo R$ 1.451, conforme prevê a Lei Nacional do Piso da Educação.

A readequação dos cargos e o aumento dos salários só deverão voltar a serem debatidos

em janeiro de 2013, de acordo com a administração. Os gestores afirmaram que qual-

quer medida neste sentido significa uma mudança na legislação, o que está impedido

pela lei eleitoral, que não permite mudanças salariais de servidores nos 6 meses antes

da eleição.

A falta de segurança, uma das principais preocupações dos servidores, deve continuar

sem resolução. De acordo com Odgar Cardoso, diretor da guarda, houve uma redução de

aproximadamente 100 guardas em Curitiba. Segundo ele, não é possível manter um

guarda em cada cmei. Apenas um trabalho de patrulhamento que é realizado com duas

motos e um carro por regional. Nas escolas, a Prefeitura tem mantido o serviço, porém,

ainda faltam 27 guardas que serão deslocados para estas unidades, em breve.

O Sismuc defende que este trabalho volte a ser realizado. A secretária de comunicação

do sindicato, Alessandra Oliveira, lembrou que a Secretaria de Educação destina verbas

para a Secretaria de Defesa Social para a segurança dos estabelecimentos municipais de

ensino.

As demais questões como redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais foram

negadas. Os diretores do Sismuc lamentaram a posição da administração municipal

tendo em vista que o trabalho na área tem gerado uma série de licenças médicas decor-

rentes do estresse da profissão.

Outros 13 pontos da pauta de reivindicações não foram debatidos por falta de tempo.

Uma próxima reunião será agendada a partir da terceira semana de maio.

Prefeitura não regulamenta gratificaçãoOs fiscais da Secretaria Municipal debateram, no Sismuc, as escalas de plantão, a lei queregulamenta a gratificação sobre a fiscalização do comércio ambulante e a mudança naatividade realizada pelos fiscais que trabalham na ‘pedra’ (fiscalização que ocorre em pontofixo). Os trabalhadores criticam a gestão por não valorizar seu serviço. A lei que instituiu a gratificação para os fiscais do comércio ambulante foi reformada em julhode 2011. No entanto, para os trabalhadores receberem essa gratificação a Prefeitura deveriaregulamentar a lei em 60 dias. Isso não ocorreu. “O descaso da prefeitura é um absurdo. Elafica postergando a criação do decreto porque não define objetivamente qual critério deve seradotado para quem deve receber ou não. Se fosse pra fazer descontos nos vencimentos doservidor o decreto já tinha saído”, critica Eduardo Recker, diretor do Sismuc.A demora no regulamento ocorre porque a gestão Ducci tenta atrelar a gratificação apenaspara aqueles que fazem a fiscalização do comércio ambulante durante seu plantão. Essatentativa é repudiada pelo sindicato e pelos trabalhadores. “A gratificação deve ser dada parao fiscal que atua na prevenção do comércio ambulante indiscriminadamente”, compara AnaPaula Cozzolino, secretária geral do sindicato. Outro ponto debatido na reunião foi a mudança de atividade dos fiscais da ‘pedra’. Essestrabalhadores tinham a atribuição de apenas coibir as irregularidades, mas agora terão quefazer a repreensão em setores do anel central. Mas a mudança não leva em consideração adificuldade de mobilidade de muitos desses servidores com “anos de casa” na prefeitura eque por esse motivo foram posicionados na ‘pedra’. “Antes da mudança deveria ser feitauma avaliação da saúde ocupacional indicando quanto tempo o fiscal deve se deslocar esuas pausas para descanso. Sabemos que muitos têm dificuldade de deslocamento e queisso devia ser avaliado caso a caso”, esclarece Recker.

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11Maio de 2012

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/// ESPECIAL NA ARGENTINA/// CURTAS

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Um dos principais cartões postaisda Argentina é a Casa Rosada, residên-cia oficial da presidência da República.Roteiro de muitos turistas, a paisagemestá modificada há quatro anos. É o tem-po em que pelo menos 400 ex-comba-tentes da Guerra das Malvinas (ocorridaentre abril e junho de 1982) aguardamreconhecimento por terem lutado naguerra provocada pela Ditadura Militar,à época presidida pelo general LeopoldoFortunato Galtieri Castelli. No 1º demaio, o Jornal do Sismuc esteve na Ar-gentina e conversou com esses traba-lhadores esquecidos pelo seu governoem meio ao processo de nacionalizaçãoda petrolífera YPF.

O “Campamento TOAS Plaza deMayo” existe há quatro anos. Ele foi cri-ado depois que ex-combatentes foramexcluídos de decreto de lei em 1994(governo Carlos Menen) que reconheciaos veteranos de guerra. Os soldados con-tam que as Forças Armadas Argentinasreconhecem o ataque inglês na Costade Caleta Olivia, provocando a morte de17 pessoas, mas que por questões polí-ticas a presidenta Cristina Kirchner senega a receber os 400 sobreviventes.

Eduardo Jose Ochoa, porta-voz dogrupo, lamenta que os governantes sepreocupem mais em exaltar a própriafigura e se esqueçam do seu povo. “Ospolíticos têm o poder e o usam comoentendem. O general Roca, por exem-plo, é considerado um patriota pela eli-te e virou importante avenida em BuenosAires. É uma mentira. Esse rapaz matouo povo nativo na Patagônia e tambémos aborígines. Ele vira herói nacional,mas aqueles que lutaram, que são a his-

Ex-combatentes aguardamreconhecimento dogoverno argentino

tória viva, estão sem nenhum reconhe-cimento”, compara o veterano.

A guerra das Malvinas encontra umponto em comum com a atual tentati-va do governo em nacionalizar a petro-lífera YPF: desviar o foco da recensãoeconômica que o país atravessa. Eduar-do denuncia a manipulação dos gover-nos ao ‘encontrar um inimigo comum’para ressaltar a unidade do povo, o na-cionalismo e assim se manter no po-der. Em 1982 os “inimigos” foram osingleses; 30 anos depois, a crise “éprovocada” pelo capitalismo espanholque controla a petrolífera, ironizaEduardo: “A YPF sempre foi uma em-presa argentina. Mas depois dos anos1990 muitas ações foram vendidas econtroladas pela Espanha. Agora, essegoverno, que tomava café com os es-panhóis e dava palminha nas costas,estatiza a empresa. Mesmo assim elanão está nacionalizada porque asações ainda pertencem a mãos estran-geiras. É papo furado”.

Jogo de cena ou não, os ex-comba-tentes alertam tanto aos argentinosquanto aos brasileiros sobre a tentativado capital especulatório internacional detentar se apropriar das riquezas dos po-vos. Para os argentinos, a importânciadas Ilhas Malvinas se trata de petróleo,posição geográfica e identidade nacio-nal. Por isso os argentinos a defendemtanto. Para o Brasil, o mesmo deve ocor-rer com a Amazônia, que sucessivamen-te tem sido comprada por “investidores”internacionais até o dia que poderá serdeclarada área autônoma.

A entrevista completa está dispo-nível em áudio no sítio do Sismuc.

Eleição em meio à crise fazEleição em meio à crise fazEleição em meio à crise fazEleição em meio à crise fazEleição em meio à crise fazFFFFFrança buscar mudançasrança buscar mudançasrança buscar mudançasrança buscar mudançasrança buscar mudançasPreocupados com as questões econômicas e sociais que afetam o país, os

franceses foram às urnas para decidir quem ocupará a presidência nos próxi-

mos cinco anos. Seguindo o que estava previsto pelas pesquisas eleitorais, o

socialista François Hollande foi eleito.

A vitória de Hollande, candidato de oposição, demonstrou a insatisfação com o

governo de Sarkozy, caracterizado como um governo conservador. Pesquisas de

2008 e 2010 apontam um crescente descontentamento com o governo,

atingindo 66% da população francesa.

Com um cenário de desemprego recorde – mais de 10% da população ativa, o

governo Sarkozy anunciou recentemente medidas como o aumento em impos-

tos sobre produtos e serviços e “flexibilização” na jornada de trabalho. Além

disso, umas das marcas do atual governo é a reforma da previdência, aprovada

em 2010, que aumentou de 60 para 62 anos a idade mínima para a aposenta-

doria.

Hollande propõe o aumento de impostos para grandes corporações e grandes

fortunas, além da contratação de novos professores e aumento no salário

mínimo.

Jornada de lutas do MSJornada de lutas do MSJornada de lutas do MSJornada de lutas do MSJornada de lutas do MSTTTTTcobra Rcobra Rcobra Rcobra Rcobra Refefefefeforma Aorma Aorma Aorma Aorma AgráriagráriagráriagráriagráriaHá 16 anos, abril tem sido um mês diferente para o Movimento dos Trabalhado-

res Sem Terra. No dia 17 de abril do ano de 1996, 21 trabalhadores foram

mortos pela polícia militar em Eldorado dos Carajás, município no sul do Pará.

Desde então, o massacre é lembrado como um símbolo da luta contra a

violência, o latifúndio e a injustiça no campo. O movimento critica o governo

Dilma, que recentemente cortou 70% dos recursos do Incra, praticamente

paralisando as atividades do órgão.

Entre as exigências do Movimento, estão um plano emergencial para o assenta-

mento de mais de 186 mil famílias; um programa de desenvolvimento dos

assentamentos; mudanças no crédito rural; e melhorias na educação, com a

construção de escolas e a criação de políticas para a formação de professores

no campo.

Em âmbito local, as reivindicações são pontuais. De acordo com Priscila Facina

Mosmerat, coordenadora da Escola de Agroecologia Latino Americana, localiza-

da no assentamento do Contestado, na Lapa-PR, uma das questões mais

importantes é o financiamento das escolas, essenciais para a educação das

famílias. Segundo a coordenação nacional do MST, as negociações com o

governo federal em 2012 garantiram a liberação de recursos do Programa

Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), fato que, se cumprido,

ajudaria a resolver o problema.

Ainda segundo a coordenação nacional, o saldo da jornada de lutas deste ano

foi positivo em relação à conquista de políticas públicas, mas não houve

avanço na hora de discutir a criação de novos assentamentos. O governo

federal solicitou o prazo de um mês para responder o conjunto da pauta e

apresentar medidas urgentes para a retomada da Reforma Agrária.

Eduardo Jose Ochoa: porta voz do movimento que já dura 4 anos.

Foto: Manoel Ramires

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12 Maio de 2012

acesse www.sismuc.org.br

Sinopse:Redescobrindo oBrasil na origem

Resenha:O que não se mostra

/// COLUNA CULTURAL /// CALENDARIO

10/05 - Coletivo da FAS

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

11/05 - Coletivo dos

Servidores da Câmara

Municipal

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

14/05 - Coletivo da Saúde

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

15/05 - Assembleia Geral pela

extensão dos 8,69% de

reajuste para todos

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

15/05 - Reunião Sismuc FAS

Horário: 9 hs

Local: Sede FAS

16/05 - Coletivo da Educação

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

17/05 - Coletivo dos Excluídos

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

18/05 - Coletivo do ICS

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

21/05 - Coletivo SMAB/

SMMA/SMOP

Horário: 18 hs

Local: Sismuc

23/05 - Coletivo Guarda

Municipal

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

24/05 - Assembleia das

Profissões Regulamentadas

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

24/05 - Coletivo Fiscais

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

28/05 - Assembleia dos

Dentistas

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

28/05 - Coletivo da FCC

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

28/05 - Coletivo dos

Aposentados

Horário: 14 hs

Local: Sismuc

29/05 - Coletivo de

Representantes

Horário: 9 e 14 hs

Local: Sismuc

01/06 - Coletivo da SMELJ

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

02/06 - Ato da Fas

Horário: 9 hs

Local: Boca Maldita

04/06 - Coletivo dos Agentes

Administrativos

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

06/06 - Coletivo dos

Trabalhadores de Escola

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

08/06 - Coletivo dos

Servidores da Câmara

Municipal

Horário: 19 hs

Local: Sismuc

“Latifundio Midiota – Crimes, Crises e Trapaças” é um choque de

realidade. O autor Leonardo Severo apresenta ao leitor um pedaço de

mundo escondido pela grande mídia brasileira. A obra é uma compilação de

textos que mostra o outro lado - menos interesseiro e mais humano - de

assuntos acobertados pelo interesse neoliberal de tevês e jornais, como as

guerras de petróleo promovidas pelos EUA e o confronto histórico entre

Israel e Palestina, no Oriente Médio.

Em âmbito nacional, Severo escreve sobre casos de exploração e

abuso de grandes empresas em relação a seus empregados. Um desses

casos é o de trabalhadores nordestinos do setor metalúrgico, trazidos para

trabalhar em Curitiba pela Gafisa, gigante do

setor imobiliário.

Ao todo, são 20 textos publicados em

veículos como o jornal Hora do Povo, o jornal

Brasil de Fato e o portal Mundo do Trabalho,

entre 2007 e 2011. São entrevistas e matérias

que denunciam e chocam. Leitura indispensável

para quem pretende enxergar o mundo como

ele é.

Ficha técnica:

SEVERO, Leonardo. Latifúndio Midiota:

Crimes, Crises e Trapaças. Editora Papiro, 2011.

Xingu conta a história de três irmãos que embarcam em uma expedição

rumo ao norte do Brasil, região não explorada e desconhecida na década de

1940. Lá os irmãos Villa-Boas, que

são antropólogos, descobrem grupos

indígenas que nunca tinham tido

contato com homens brancos e com

a civilização. O filme mostra a luta

dos irmãos em defesa dos indígenas

e a preservação de sua cultura.

Ficha Técnica:

Título: Xingu – Três irmãos, dois

mundos, uma missão

Diretor: Cao Hamburger

Produção: Fernando Meirelles, Andrea Barata Ribeiro e Bel Berlinck

Roteiro: Elena Soarez, CaoHamburger, Anna Muylaert

Fotografia: Adriano Goldman, ABC

Trilha Sonora: Beto Villares

Duração: 1h42

Ano: 2012

País: Brasil

Gênero: Drama

Distribuidora: Downtown Filmes, Sony Pictures e Rio Filme