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ANO XXXV RIO DE JANEIRO. 3! DE MAIO DF 1939 N/ 1756

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Era uma vez um rei muito 3c. do que gostavade comer até ficar com a barriga bem cheia.Porém, sempre que se punha a comer a barrigacrescia tanto, que arrebentava os botões do colete. O rei. ficava fu-rieso! Um dia msndou chamar o seu alfaiate c disse:

' Quero que faças um colete novo. Mas, ai de ti, se os botões

se descoserem! Irás para a forcai"

U pobre homem ficou triste e se pôs a pensar comoresolver aquela situação, até que teve uma idéia genial. Arranjou umtecido elástico e. com êle confecionou o colete de Sua Magestade. O rei,

então, poude comer è von-,. . .

tade, pois se a barriga crescia,o tecido cedia e os botões nao sede.cosiam. O alfaiate foi con-

decorado e ganhouum saco cheio demoedas de ouro.

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O TICO-TICO — 2 — 31 — Maio — 1939

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^Diretor-Gerente • A. de Souza e Silva

•jj^fj^QgQBQ BB <?©<?©MEUS NETINHOS:

A VISITA DOS SOBERANOS DA INGLATERRA A AMÉRICA NO NORTE,

QUE SERÁ REALISADA NA PRÓXIMA SEMANA, É FATO DE TAL SIGNIFICA-

ÇÃO QUE O VOVÔ NÃO PÔDE DEIXAR DE FALAR A VOCÊS SOBRE ELE.

NATURALMENTE NÃO VOU QUERER QUE OS MEUS NETINHOS SE ENFRO-NHEM ANTES DE TEMPO NAS COMPLICADAS COISAS DA POLÍTICA DOMUNDO, MAS É BOM QUE VOCÊS TODOS ESTEJAM AO PAR DO ELEVADO

SENTIDO DE CORDIALIDADE DE QUE UMA VISITA COMO ESSA POSSUE.

E COMO DOS MENORES FATOS SEMPRE PODEMOS COLHER ENSINA-

MENTOS, VOCÊS VÃO FICAR SABENDO, POR EXEMPLO, QUE É ESTA A

PRIMEIRA VEZ QUE UM REI INGLÊS, INVESTIDO DESSAS FUNÇÕES, PISA O

SOLO AMERICANO; QUE ASSIM QUE S. M. JORGE VI DESEMBARCOU NO

CANADÁ DEIXOU DE SER REI DA INGLATERRA PARA SER REI DO CANADA;

QUE AO DESEMBARCAR NOS ESTADOS UNIDOS, PARA A VISITA OFICIAL

SE TORNARÁ NOVAMENTE REI DA INGLATERRA...

VOCÊS DECERTO ACHARÃO ISSO INTERESSANTE E CURIOSO E O

VOVÔ DEVE EXPLICAR QUE SÃO COISAS QUE RESULTAM DA MANEIRA

COMO SÃO FEITAS AS CONSTITUIÇÕES DOS PAÍSES. O REI DA INGLATERRA,

POR FORÇA DA CONSTITUIÇÃO, QUE TEM O NOME DE "ESTATUTO DE

WESTMINSTER", PERTENCE AOS SEUS DOMÍNIOS, EM VEZ DESTES LHE PER-

TENCEREM. CADA DOMÍNIO CONSTITUE UM ESTADO AUTÔNOMO E O

REI ESTÁ, INDIVIDUALMENTE, Á FRENTE DE CADA UM DESSES ESTADOS.

A INGLATERRA, COMO VOCÊS SABEM, É MONARQUIA CONSTITUCIO-

NAL HEREDITÁRIA, E SE COMPÕE DAS ILHAS BRITÂNICAS E DE VÁRIOS

DOMÍNIOS, ESPALHADOS PELO MUNDO, ENTRE OS QUAIS ESTÁ O CANADÁ,

NA AMÉRICA DO NORTE. SEMPRE QUE O REI ViSITA UM DESSES DOMÍNIOS,

AO PISAR O SEU SOLO SE INVESTE AUTOMATICAMENTE DA QUALIDADEDE SEU REI: AGORA, ENQUANTO ESTIVER NO CANADÁ, SERÁ JORGE VI,

REI DO CANADÁ.

MAIS TARDE, QUANDO VOCÊS CRESCEREM. TERÃO QUE ESTUDAR ESSAS

COISAS MAIS PROFUNDAMENTE, E VERÃO COMO O CONHECIMENTO'

DELAS NOS DÁ PRAZER, PORQUE NOS PÕE EM CONTATO COM ASPÉTOS

NOVOS DA VIDA DOS HOMENS, ISOLADAMENTE E NA SUA RELAÇÃOUNS COM OS OUTROS.

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O TICO-TICO 3! — Maio — 1939

As aventuras do Camondongo Mickey- ¦':.-¦ de H iltct D.i-.e:: e ¦¦! B. l-.rcrks, exclusividade rara O TICO-TICO em todo Ot Brasil)

— Oral- Pois de todos cs cavalos da terra des sonhosfui apanhar logo o PesadêloU

— Papagaio! O cavalo está virando dragão-

— ^ám^lP^^*'

— E agora... é tubarâoU — Vou suotr por esta flnha de pescar .

— Que peixt gosado! Deve ser o tal pelxe-gatol— Ora essa! £u estava querendo comer peixe., e ve lu

Emquanto êle traz a lenha, eu dou sebo ás canc- ¦ -Que espiga de milho grande! E_ disso mesmo que pre»_._,.., ciso.... (Continua)

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26 O PAIS DOS GAROTOS (Folhetim d'Q Tico-Tico)

—• Uma ruina IVocê, maninba, vai se alistar na Cruz Vermelha, para socorrer os

frríiios, que não serão poucos, pois que eu sozinho, do meu aeroplano. lan-,.,. i tanta» bambas que os campos de batalha serão todos revolvidos.

Siia, maninho. Vou ser enfermeira e garanto que todos os mortos¦*So licar cucados. Você viu como curei aquela galinha que estava com gosma?-- Vi, sim, n_ panela, toda cercada de batatas.-""ara reforçar o seu exercito, o general

"Cascudo", lembrando sua an-tiga amizade com Samba Lelê, mandou-lhe um telegrama por um estafetaque Jogo partiu de patmete para a llusonia.

Mas, em resposta, recebeu este telegrama :"Samba Lelê está doente. Está com a cabeça quebrada."— Que lastima ! ¦— lamentou "Cascudo", cocando o narigão. Mas, eusozinho wu apanhar aquele diabo do Saci Pererê e quando me cair nasautos, maarroto-o bem e arranco-lhe a única perna,

UMA GRANDE BATALHA

Todas as armas que haviam sido postas de lado foram desenferrujadas,concertadas, substituindo as molas e elásticos estragados. Revólveres, pistolasn ciarruchas de latão e de páu foram carregados e distribuídos aos com-batentes.

Fez-se grande encomenda de atiradeiras e fundas, e para economia,is as balas de rolha das espingardas foram amarradas com barbante

I a não se perderem.O marechal Fedelho organizou grande deposito de petecas e principiou

ensaios. Em todos os cinemas du Chinelandia foram exibidos filmes pa-itiCOs cantados pelo grupo coral dos Sapos e Lagartos da freguezia da

l.agôa.Na maior azátama o almirante Sapinho não perdia seu tempo. Sua cs-

ira estava disposta em cia! (ti de combate na enseada do Tanque, prontaentrar em luta ao primeiro .sinal, que devia ser dado pelo capitão

di corveta Pato liravo, que estava de vigia rto posto avançado da fortalezac.io Regador.

Ouviu-se zunir no ar o ruido do motor que parecia ser de avião oude Zeppelin, mas Pato Bravo, esquadrinhados os horizontes, disse que setratava de um gafanhoto desgarrado.

Para maior segurança o almirante mandou que a esquadra rumasse parao Oceano que se formava com a vasante do Tanque.

Na Garôtolandia havia um ministro de que ninguém gostava, era Mar-manjo, ministro da Malcriação. Èle quasi nunca comparecia ao Ministérioe tratava a gente com tão pouca educação que nunca mais foi convidado."Radio",

que um dia, vendo-o, deu-lhe o "bom dia", recebeu estaresposta : —. .Vá saindo, "seu" cachorro.

O PAÍS DOS GAROTOS (Folhetim d'0 Tico-Tico) 27

O rei sentava-se no trono, maravilhosa obra prima do mestre Pennik,paramentava-se com o babadouro cercado pela corte das amas secas e che-

gada a hora da cerimonia, batia com acolher no "gongo" e então, descerrando-seas cortinas do salão imperial aparecia omordomo Tico-Tico, em grande uniforme,trazendo a bandeja com o vidro de óleo

de figado de bacalhau. Fechava o cortejouma dúzia dc médicos ilustres, todos d.'óculos e muito velhos, pois o mais anciãoatingia sete anos de idade.

Na ocasião de S. M. tomar a dose pres-crita pela Academia de Ciências Laxativas,"Cascudo"

pronunciou bem elaborado dis-curso sobre as grandes vantagens do açúcarnos remédios, enaltecendo os efeitos dospurgantes em bonbons e profligando o óleo

de ricirio e o máu habito de se apertar onariz para toma-lo.

Biribi foi convidada para ser a ma-drinha no batizado da boneca "Fosqui-

nha", e por isso preparou-se no paláciouma festa como nunca houve igual.

O "Radio", que fora exonerado do seu

cargo de comandante da Policia deFaro, quiz entretanto mostrar quenão era um viralata qualquer e re-

uniu todos cachorros da Garôtolandiae com eles formando lindo grupo coral,

ensaiou o hino da Independência: "Garota",com acompanhamento de latidos em dó suslenido.

S; M. estava tão satisfeito que mudou de calçn tresvezes durante a cerimonia e foi preciso forrar o trono com

folhas dc-. mataborrão.S. M. Gracinha, a graciosa rainha da Garôtolandia, estava encantadora

no seu vestido crêpe-marron-glacê, de fandanguassú-rapé brodé leite com cafée capilé. Quando sorria, tres covinhas apareciam nas faces e no queixo.fi' digno de se notar o gesto gracioso quando ela chupava o dedinho, noqual a dama de companhia punha pimenta contra o máo-olhado. De repente,ao entoar o hino nacional, ouviu-se o clangor das cometas da guarda imperial.

¦~. Que foi ? — perguntou, assustado, Mario.S. M. Manhoso tirou o dedo do nariz e endireitou a coroa para meio-dia,O ministro da Guerra, general Pirraça, então avançou com porte marcial

e anunciou _

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O PAIS DOS GAROTOS (Folhetim d*Q Tico-Tico)

A" Republica dos Papões acaba de nos declarar guerra,A noticia estourou como uma bomba "cabeça de negro"^Foi interrompida a cerimonia do batizado.

As armas e os barões assinalados ;— gritou o Rei.Abaixo a Paponia ! — gritaram todos.Guéla 1 Guéla! — gritou S. M. Manhoso III.

E foi logo mudar as calças.Sem perda de tempo o ministro da Guerra, general Pirraça, deu dis-

posições para que os exércitos se puzessem em pé de guerra, prontos aoataque, logo que o inimigo desse um ar de sua graça.

O inimigo era dos mais terríveis, verdadeiros monstros. Imagine-se quen rei da Paponia era o Saci Pererê, o qual, apesar de ter uma perna só.andava mais que os outros. Tinha êle muitos aliados, o Tutú-Marambá, aMula sem cabeça, o Lobishomem, uma porção de dragões, de bruxas, e hamuito andava fazendo fosquinhas ao grande império da Garôtolandia, que,por sua vez, não se descuidava e adquiria armas e munições, pronto parao que dér e vier. , ¦ -j

Estavam a3 coisas neste pé quando o Saci Pererê, vendo chegar o aero-plano

"Pernilongo", que trazia a seu bordo os destemidos aviadores, pensou

logo que a Garôtolandia estava contratando aviadores estrangeiros e re-solveu logo üeclarar guerra.

Em Vista do porte marcial do "Cascudo", S. Majestade nomeou-o ge-neral e deu-lhe o mais valente e fogoso cavalo de páu do reino, o mesmo

cavalo com que Carlos Magno, FredericoBarbaroxa, Napoleão e Garibaldi vence-

ram as grandes batalhas."Cascudo" foi logo vestir afarda cheia de medalhas de tam-

pas de garrafas de cerveja, eassumiu o comando geral do

exercito da Garôtolandia, no-meando Mario seu ajudante

de ordens e o "Radio"(ilicial rafeíro.

As espadas de pãu ede latão foram afiadase endireitadas as queestavam amassadas.

Breve, todo o exer-cito estava armado.

O general "Cas-

cudo" organnzou o1.° Regimento deCaçadores de atira-

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O PAIS DOS GAROTOS (Folhetim d'0 Tico-Tico)1, 75

deiras, com dois batalhões um de bolinhas de papel e outro de bodoques.Reconstituiu o 2.° Regimento de Atiradores de Pedras e pediu ao almiranteSapinho para que puzesse no tanque a esquadra naval que estava em seco.:

Foram adquiridos muitos cavalos de pano, de estopa e de páu, comou sem rodas, foi reforçada a artilharia com canhões, tanks e metralhadorasde traques e buscapés, algumas fortalezas de massa e, por fim, o comandantecoronel "Zurí" reorganizou um exercito especial, o 1.° Regimento de Ca-chorraria.

Pelo cuidado com que tudo foi organizado, a vitória da Garôtolandiasobre a Paponia podia-se contar como certa e as lavadeiras não teriam

mãos a medir."Cascudo" desênferrujou bem as juntas, passouverniz novo no seu nariz marcial e queria deixar

rrescer a barba, mas esta, mal colada, caía e gru-dou-£e no uniforme. Sua espada de bambu, bem

afiada, devia fazer estrago nas hordas inimigas eera tão afiada que cortava ao meio, de um só

golpe, qualquer fatia de goiabada.S. Majestade, cujos antepassados porta-

ram-se heroicamente na famosa batalha dosChinelos, marcharia á frente da reta-

guarda com seu caválo-balanço, todopintado de verde e forrado dc estopa,trazendo nos arreios o escudo com omonogxama real na nova ortografia.

Aberta a torneira do tanque da ma-rinha, os couraçados, cruzadores, tor-pedeiros e submarinos todos de celulóideforam postos de molho. Alguns coura-çados viraram logo submarinos, devidoás baratas que andaram abrindo passa-gem sem pedir licença.

Eu também quero ir para a guerra l —_ disse Biribi, que via a azáiamacom que todos se preparavam-'<— Você não pôde — recusou Mario. Você não imagina a carnificinaque vái haver, entre o troar dos canhões, as bombas e granadas que farãohorrorosos estragos nas fileifas, matando, estraçalhando. Os aeroplanoslançarão bombas de gazes asfixiantes peioces que as latas do lixo, os ca-nhões de grande alcance da nossa marinha, lançarão balas que darão avolta ao mundo e entrarão outra vez nas peças. Os ataques dos nossos va-lorosos e heróicos soldados de chumbo serão irresistíveis, eles tomarão deassalto as fortalezas inimigas do mais resistente papelão,

•— Mas eu quero ser também uma herói.Uma heroina é que se diz. x

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Continuação4

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WTA FNTRP CHAMASROMANCE DB AVENTURAS

Continua

Com o auxílio de Dan, Peggy subiu a pe-quena escada, saindo da agua do rio. Mal, porém,pisavam o cais, um automóvel se deteve juntodeles, saltando do interior deste um rapaz bemapresentado e simpático.

Dirigindo-se a Dan, o recemchegado lhe dis-se: — "Esta

jovem é minha irmã. Deixe-a aosmeus cuidados e obrigado pelo que fez por ela.Levá-la-ei á casa". Certo de que a datilógraphaestava em boas mãos, Dan consentiu.

Voltou, então, para os companheiros, afimde fazer frente ao fogo que estava terrivei! Osheróicos rapazes lutavam desesperadamente enumerosas mangueiras tinham sido instaladas nolocal para melhor se trabalhar na extinção do fogo.

Alguns dos bombeiros usavam mascaras parapoder trabalhar melhor. E pouco depois o incen-dio estava isolado, e as chamas perdiam, poucoo pouco, o seu poder destruidor. Tudo estavacm isolar o fogo.

Nesse instante apareceu o joven Talbot, ir-mão de Peggy, que procurou Dan para lhe dizer

que ,a moça lhe contara tudo, falando sobre aorigem criminosa do incêndio. — Aqui ha algoestranho! — exclamou éle, preocupado.

Penetraram ambos no edifício em ruinas e,com surpresa, viram um homem curvado em fren-te ao cofre-forte do escritório, querendo forçara fechadura. O homem misterioso trazia mascara,e estava absorvido no seu trabalho,

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O TICO-TICO f- 8 31 — Maio — 1939

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| tudo cor.tou alna»' momadc» no >e» peaueno burna» * -câ£> mdltad» Pelo anâ(*k.| 1

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— c, eny.iinio |ssó oo »noc_or.ho_ tmi'un,i. _i,i, .. ._i_-ia_.c_- ._-_a_.v_. rs _J»t- cix-cit. a* ori_r_o «ut tio lh« d.*.m>

(Co»«inii,i|

— Nào üemurou muíro • encontra, e ^ruta onde devi» oraiescondido o uionsirt. < tratou d» m eproii-uai rtaD cartel»

MALTRATAR OS ANIMAIS É INDICIO DE MÁU CARÁTER

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3i — Maio '—

1Í139 O TICO-TICO

© PIAÜIÍÃ BvHOSIfiilSOS©NAO CONS160 ENTENDER, S^A O QUÊ FÔR. ,01(1,1 T^ íTíE ¦REPENTE PENSOilfESTA MISSIVA. KltROGLlfoS CONVÉM RESPONDER. ""3Í ^INCOMPREENSÍVEIS-SERÁ1 MM QUALQUER. ÔINAL SETRATA55E DE UMUMA MENSAGEM. OU UMA i ; CONVITE.* AS MAOSPROIBIÇÃO ?f y-\ 1/ **-—- ^<^ *n. JUNTAS ÔKãNIft CARIAM

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íir"- v yy?\ y*^-" ^v UM PEDIDO OU ALGUM.

J|i<f.,«] <[\ *, Jm / ''-"' Sinal de amizade.

éf flà ^Êy ^&^^^y\ *t "**> AO VIRAR O DISCO.O DR_> «KN^Vífe5»»=i3l\v L—S -'XSi. J/ TUNDERS V»U REPRODUZIDO ÍK=L_>4\£j£—y. Jy . o"meteor-eo EsreAr-ÍHO /rFT~\

j_5 J| _\ P~ 1 | PLÒKETA.It/MVÕÜAS MÃ3S OUNTlS [ M" <\| j)

VOU COPIAR NO DISCO ALGUNS I ^^ ("DISPONDO OS MASNETOS EM NOVA t^"DESTES SINAIS . PODE -SE rAti f^T**-. GOMBIMACÂO .0 ÜR "TUNDER

DEU /'OCASOQUEiCERTErtór '^g -7*5 AO'" METEORO A DIREÇÃO DO |>r\

j^—xRESPOSta\ ^ffjJV^-f'' PLANETA,SEGUlNDC-LHE ATRA- '.'A %\ /-

f%.\[ 7/^^'

//^ JETORIA, COM UM AVANÇO EMVE- IWÉr¥''-#\X l-p-T^TTI Sí' y/l yK LOCIFA.DE DE 2MIL GuÍlOMETROT *&&'

ÉfDE RCPCMTE ASLÔGBIHAS LUHINO-SúS .ATT£AiDA5>pelo •naEca",FI2ERAM CAUCATRAMSroCMANIrQ0 APARELHO EMCOMETA

AINDA ESTaV 0 r*A,S Q^ PUDER.ISTEPHAN ..üo/emos IENTRAR DEVAGAR, f"NA ATMOSFERA |

15¦ASWOJ . IMILHÍMDO PLANETACONUÉM ÃTBAZAR. oA HACCHA

|

Atóv.i f^ a» / krl il MKbm

0"HETEClVP.ECU;iR.A CONSIDERAVELMENTE.SUA VELOCIDADE, PAR A EMITA13. O eALOR PR.OVCCADO-PE.LO ATRITO COM A ATMOSFERA. DO- .PLANETA .CUüA CONFORMAÇÃO TÍIJNAQA-f.tBASTANTE VI&l\/EL-VrAM-SE_ALTl3èlMAE?TOCR.ES METÁLICAS POH TODA T-iMíTE.. jçjagrrrj

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O TICO-TICO f- 10 31 — Maio — 1039

MINGFOONovela de

Brandon Walsh»

ContinuaçãoN. 1 OI

_l-i_^^**"l *" *J tas nos traíram Preparem-se, oamaradas 1 \-_JÇ,_

r\—_—w :___*r—¦ __-—— ,—Rendam-se ! Quem manda

sou eu, Chang Ho 1 1

"Cbpr. !M7. l_»g Fwium aj_-i__«. 'n_. Vofld risi* nvav«<t S1^ 1L^*"* 'Jjj_T__L ^ jí' ~"*"^^""\». ^-?

Desculpe a interrupção. Acabamos de captar umaimportante mensagem, pelo radio.

Dominando o trai-

çoeiro ataque de

Chang Ho e doi

seus piratas, quesa haviam escon-

dido nos porõesdo navio, nossos

amigos avisam o

porto vizinho pa-ra que as autori-

dades policiais va-

nham tomar conta

dos prisioneiros.

\7r^riM Mivr . ' --_k--m_-___-- \i <-

! Resolvida a morte de Ratclrff pelo CaVaSheÍNSlTlOtribunal que o julgou, levou o presidente Q© príncipe

deste a Pedro I a sentença de morte, lento, em que a vítima era tratada com

para que o imperador a assinasse. Era insolencia e despréso.

um documento longo, minucioso e vio- —¦ Não assino! — rughi o monarca.

VEJAM NA PROX1-

MA EDIÇÃO O DE-

SENROLAR DESTA

INTERESSANTE HIS-

TORIA. MING FOO

VENCERA CHANG-

HO 1 QUE SURPRE-

ZAS NOS ESTARÃO

RESERVADAS ?

E, devolvendo o papel, para ser mo-

dificado:

— Morra o homem, que 16 quantobasta. Mas não o insultem numa senten-

çal

OS MAUS HÁBITOS NOSTORNAM SEUS ESCRAVOS

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31 — Maio — 193f 11 — O TICO-TICO

0 VERDADEIROROBIHSON CRDSOÉ

Não ha quem não tenha lido o

maravilhoso livro de Daniel De-

foe : As aventuras de RobinsonCrusoé. ,

Pois saibam, os que o leram,

que esse livro não é totalmente

imaginário e que Daniel Defoe

creou o seu Robinson de um mo-

delo autentico.

Esse modelo se chamou Ale-xandre Selkirk, e é curioso com-

parar a sua vida com a do herói

que inspirou. A comparação é

agora pcssivel, poique a vida de

Selkirk, o marinheiro escossês,

acaba de ser escrita por um autor

conhecido, o Sr. André Renze.

A ilha do verdadeiro Robinson. se

chama na realidade Mas-a-Tierra,

e é a mais vasta das ilhas do ar-

quipelago Juan-Fcrnandez, situa-

da a 600 milhas ao largo da costa

do Chile. A terra é muito monta-nhosa, inhospita, e um só golfo,o de Cumberland, é bem protegidodos ventos.

Não foi em conseqüência de

um naufrágio, conforme narra

Daniel Defoe, que o marinheiro

se instalou na ilha, onde iria pas-sar cinco anos. O romancista in-

ventou esse episódio, como in-

ventou o "Sexta-feira".

Na fealidade, o marinheiro Sei-

kirk, achando-se em más relações

com o seu capitão a bordo do

navio corsário "Cinco-Portos",

julgou prudente ficar em terra na

ilha onde os companheiros foram

fazer provisão de água e de car->

ne fresca.

Não era raro aportarem navios

nessas paragens e o nosso mari-

nheiro esperava não dever passarmuito tempo só na ilha. Aconte-

ccu, porém, que o primeiro barco

que aí aportou pertencia á Espa-

nha, então em guerra com a Ingla-

terra, pelo que o marinheiro achou

prudente não se mostrar. Mas foi

pressentido e perseguido pelos es-

panhóis. Graças ao conhecimento

que tinha da ilha, conseguiu

escapar.

Esperou cinco anos, de Se-tembro de 1704 a Janeiro de 1709,

até que um novo navio inglês

aportasse na ilha. O capitão con-sentiu em repaíria-lo, com a con-dição de fazer êle parte da ex-

pedição que estava empreendida;a expedição excedeu á espectativaSelkirk voltou rico á sua vilanatal.

Varias conjeturas sobre a per-manencia solitária do marinheirona ilha apareceram nessa época,

até que por fim o grande Daniel

Defoe pensou romancea-la para

produzir a sua obra prima. Para isso

foi visitar Selkirk na taverna do

Leão Vermelho, em Largo, a suavila. E é esta a ultima coisa quese sabe a respeito do verdadeiro

Robinson. Não se sabe mesmo

quando nem onde morreu. Aliás,

isso pouco importa 1

Concurso de fériasd'0 TICO-TíCOEm nossa edição passada

publicámos o resultado com-pleto do sorteio do Concursode Férias d'0 TíCO-TÍCO,que foi- realisado no dia ehera estabelecidos e prévia-mente anunciados.

Os oremos conferidos es-tão' á disposição dos con-contemplados, em nosso es-critorio, á Travessa do Ou-vMor n.° 34.

QUE E A ORDEMDO BANHO?

A Ordem do Banho é uma ordemde cavalaria, que data do ano de1399 e foi creada por Henrique IV,da Inglaterra. Sofreu, depois disso,varias reorganizações, mas a suaultima transformação foi obra darainha Vitória.

As condecorações da Ordem sãoconferidas tanto aos civis como aosmilitares. A Ordem da Jarreteirafoi fundada por Eduardo IV. em1348. Sua origem é a seguinte: acondessa de Salisberry tinha dei-xado cair a liga azul (jarrete) dasua perna esquerda. O rei apa-nhou-a e devolveu-a á sua dona,mas a pressa com que o fez, pro-vocou sorrisos em vários lábios.O rei, então, voltando-se para os

presentes, exclamou a frase, queveiu a ficar celebre: "Honni soit

qui mál y pense", cuja tradução éa seguinte : "Maldito seja quempuzer mal nisto", e acrescentou queos que haviam rido ficariam muitocontentes de possuir aquela liga,.Foi então que êle fundou a Ordemda Jarreteira, colocada sob a égidede São Jorge. A Ordem comportasomente vinte e cinco cavaleirospertencentes á mais alta nobreza.

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O TICO-TICO — li ?,l — Maio — i!)39

Está occupsdo ? Pois Já é ilgumainterrompa a ligação, coisa !... Um. dos A menna não

ANTES QUE que eu vou dar uma dois homens era sabe, nunca viuinformação que está i ^^A\ Drood? Drood... Diz que

BABE ACABE sendo procurada 1 W" H/h. eram homens moçosRífÇ^^A - y> e rudes...

Muito

bem, senhora - Emquanto eles agem, não vou eu Vou á casa dosRaltestraw, vamos agir ficar sentado, de braços cruzados... Droods, e você vaiimediatamente! comigo-!

È'

I 0j$§\ J Çue vae a se- í^^m'\ —— I é-*^^ nhora fazer ¥^~j

Encontramos um menino no Com uma boné- E então, seu rato \ '»., íjf Aja **túnel, com uma boneca no» ca? Quer vêr es- de esgoto!... '¦^"A^Mbraços. se menino ¦ \-?n |°""

r QUANDO Xr^££?f

DROOD menino • as malai para o túnel,

A

E

U

NG

CONTINUA

HISTORIA

DE

AVENTU-

RAS

EMPOL-

GANTES

ContinuaçãoN. 98

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31 — Maio 1939 13 -_ 0 TICO-TICO

O guarda-chuva nasceu na Ingla-terra, em 1738 e, póde-se dizer, defôrma inteiramente acidental.

Johnas Hanway, viajante inglês quefoi dos primeiros europeus a se per-der no interior do Celeste Império,trouxera da China a titulo de lembran-çaé, alguns abrigos portáteis de queos filhos do Céo se serviam para pro-ger-se contra os ardores do sol. Essesguarda-«sois, Johnas Hanway talvêsnão os achasse bonitos, mas o engenhocom que eram feitos o arrebatou, eele os mostrou a amigos, talvez tam-bem a algumas elegantes da "gentry"

que — bem se imagina — trataramlogo de os transformar em sombri-nhas, para exibi-las nos "guarden-

partiès" da época.A moda foi lançada. A chuva fez

o resto.•

Quantas veses admiramos na bande-ja de um confeiteiro ovos de choco-late tão grandes que fariam impressãoaté a um avestruz. Ora esses ovos nospareceriam minúsculos, comparados

_ com aquele que um rico americanoofereceu à esiposa há poucos anos, nodia da Páscoa.

Mandou fabricar um ovo de mar-fim com ura metro de diâmetro. Nointerior mandou colocar um outro ovomenor, que era tuna caixa de musica.O presente lhe custou 20 mil dollares.

•Beranger dizia a Leconte de Lisle:-^¦¦Durante a noite tenho sonhos

maravilhosos, em que escrevo poemasiguais aos de Byron!...

— E por que não procura dormira vida inteira? — respondeu de Lisle.

•No tempo do calor, os sorvetes e

as fratas verdes, ou quentes do sol,são o maior inimigo dos meninos.

•Quem encara com valor a3 situa-

ções difíceis, vence-as sempre.•

Os preguiçosos costumam dizer quea noite se fez para a gente dormir eos dias para a gente descansar.

•Aprenda, de cór, os liinos patriotí-

cos e cante-os com entusiasmo, sem-pre.

•Escreva devagar, pontuando, os it,

colocando a pontuação com cuidado.;Não ha indicio pior de desatenção doque uma pagina mal pontuada e mal.escrita.

•Durma em aposento arejado. O sol

è o ar são benéficos e úteis ao orga-nismo.

Escudos e Bandeiras dosPaíses americanos

V |J^-g^-_-|xr<§\/ -, *

XI

DE D U

PAVILHÃO NACIONAL

Desde 21 de Outubro de 1820,quando o General San Martin bai-xou em Pisco um decreto fixandoa bandeira e escudo do país, ambossofreram modificações, especial-mente.a primeira., San Martin de-terminou que ela tivesse quatrocampos diagonais dois brancos edois vermelhos, com uma coroa delouros e dentro dela um sol elevan-do-se sobre o mar. Em 1822 o Mar-quês de Torre Tagle modificou-a,passando ela a têr tres faixas trans-versais, sendo vermelhas as dos ex-tremos e branca a do centro, comum sol sobre esta. Mais tarde ficouresolvido que as faixas fossem per-pendiculares porque as transversaisa tornavam similhante á ..espanhola,

que era perigoso nos campos de ba-talha. Finalmente, por Lei de 25 deFevereiro de 1825, ficaram deíiniti-vãmente fixados o escudo e a ban-deira. Esta consta hoje de três fai-xas perpendiculares,, branca a docentro e vermelhas as dos extremos,com o escudo no centro da faixa

.anca.

ESCUDO

Após várias transformações, foifixado, como dito acima, a 25 de Fe-vereiro de 1825. Está dividido emtrês campos: — um celeste, em queestá uma vicunha olhando para ocênico; um branco, á direita, no qualaparece a árvore da quina; e um ver-melho abaixo, com uma conrucópia

que derrama moedas de ouro e prata.Com estes três quartéis fica simbo-lizada a riqueza do país nos reinosanima!, vegetal e mineral. No topodo escudo ha uma coroa de louros ede cada lado uma bandeira.

HINO NACIONAL

Em 1821, por determinação doGeneral San Martin, abriu-se umconcurso musical e literário com opropósito de eleger musica e letrapara o hino nacional. Um leigo doconvento de São Domingo, chamadoJosé Bernardo Alcedo, obteve o prê-mio musical; e Don José de La Tor-re Urgate, o literário. Por lei de 31de Dezembro de 1912 o Congressoperuano declarou "oficiais e intan-gíveis" a letra e a música deste hino,que é um poema de onze quadras emversos de nove sílabas, do qual da-mos a seguir três estrofes na tradu-ção portuguesa: —

Coro:

livres sempre sejamos, patricios!e antes negue seus raios o solqu. faltarmos ao voto soleneque da Pátria ao Eterno se alçou!

Car.ij:

Muito tempo o Peru oprimidoa ominosa cadeia sofreu.Condenado a cruel servidão,muito tempo etn silêncio gemeu.

Mas apenas o grito sagrado"Liberdade" em seu peito ecoou,a idulência de escravo rompendo,a humilhada ceryií levantou.

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O TICO-TICO 14 — 31 — Maio — 1939.

*m*m^— » - ,.—¦¦- ...——¦—.- f" ¦ i- ¦ — ¦-.. ¦ . i -. — ¦! . ~ ' -• - ii-, ifiiiiiir i _i_m__m irrii •* ' ' -~m a^^—.ir- Mi -^ \^m

AS AVENTURAS Y r ~~\

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31 __ Maio — 1939 — 15 — O TICO-TICO

0 une foi o horror da grande guerra| A conflagração européa de 1914-1918, chamada "guerra mundial",tem merece este nome, pois nela to-jjúiram parte todos os povos da terra.

Com efeito, a lista de povos e paísesqüe lutaram nequéles terríveis quatroanos, é surpreendente ainda hoje, paramuita gente.

Assim, podem ser alinhados os se-guintes estados que tomaram parte naconflagração:

Áustria, Hungria, Turquia e Bulga-ria como aliados da Alemanha. De ou-tra parte, contra a Alemanha, encon-tram-se, como grandes potências, aInglaterra, Estados Unidos, França,rTalia e Japão. Como pequenas poten-cias, Bélgica, Bolívia, Brasil, China,Cnba, Equador, Grécia, Guatemala,Haiti, Hedjas, Honduras, Libéria, Ni-caragua, Panamá, Peru, Polônia, Por-

tugal, Rumania, Servia (o estado ser-vio-croata ou Iugoeslavia), Sião, Che-coeslovaquia e Uruguai.

Surgiram como países novos dasruinas da guerra, o Hedjas, a Polônia,Iugoeslavia e Cbecoeslovaquia. Doisestados desapareceram totalmente:Ucrânia e Montenegro.

Nas frentes de batalha lutaram qua-si todos os povos do mundo, a saber:alemães, austríacos, húngaros, bulga-ros, turcos, egípcios, japone2es, fran-ceses, russos, ingleses, canadenses,Nova-zelandeses, britânicos da Colo-nia do Cabo, australianos, italianos,americanos, portugueses, belgas, ru-menos, servios, montenegrinos, boerse cossacos.

Depois de iniciada a guerra, aindaentraram em-combate; de ambos oslados, em geral: poloneses, checos,

PARA COLORIR

sianistas, balticos, finlandeses, litu-anos, estonianos e georgianos.

Ajudaram na carnificina os seguin-tes povos não brancos: maori, mada-gascarenses, marroquinos, siameses,senegaleses, sudaneses, anamitas, ara-bes, indús, índios, mixtos sul-africa-nos, cafres, hotentotes, persas, tar-taros, bashkiros, kiighises e negrosda África Central.

Tomaram parte na guerra: seis im-perios, que eram Alemanha, Áustria-Hungria, Inglaterra-India, Turquia cJapão; oito monarquias, que eram Ita-lia, Bélgica, Grécia, Servia, Rumania,Montenegro, Sião è a nova Hedjas, e24 republicas, a saber, Estados Uni-dos, França, Bolívia, Brasil, China,Cuba, Equador, Guatemala, Haiti,Honduras, Libéria, Nicarágua, Pana-má, Peru, Portugal, Uruguai, Alba-nia e as novas da Polônia, Checoeslo-vaquia, Ucrânia, Finlândia, Letônia,Estônia e Lituânia. O estado livre daArmênia não chegou a ser organizado.

ypcês podem, leitores queridos, poreste quadro, calcular o que teria sidoo horror dessa conflagração. E de-vem meditar sobre a necessidade, ca-da vez maior, dos homens procuraremevitar as guerras entre as nações.

.FILATELÍAExiste, a respeito de Pio XI, um de-

talhe que só os filatelistas conhecem:o papa defunto foi o primeiro chefeda Igreja representado num selo.Após o Tratado de Latrão renasceu ocorreio pontificai, reaparecendo, paragrande gáudio dos colecionadores, osselos do Estado da Igreja, extintosdesde 1870.

Os selos antigos traziam todas asarmas da Santa Sé, ao passo que osde 1929 continham a efigie de Pio XIe o seu escudo pessoal. Esse escudo,encimado pela tiara e pelas chaves tra-dicionais, comporta á direita um cachode uvas — pois o vinho simboliza osangue de Cristo — e á esquerda umaespiga de trigo. Na mesma série, doisselos de valor diferente contêm umavista da Cidade do Vaticano.

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O TICO-TICO

Esta bela mariposa daINDIA -e»xala tão máocheiro que os pássarosnao ousam devora-la.!

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Em bai»xo vemosuma gigantescaborboleta asiáticaque emite um somtão estridente queparece um verda-leiro pássaro P

v!1 — Maio" h- 1939 O TICO-TICO

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Í&*UV ,? *»,

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A' direita (em baixo) vemosurri curioso MEMBRA-CIDA, inseto armadode grandes apêndices ceía-licos, que quasi o impedemde voar.

O curiosozouro de longoschifres que se

lado ape-le seu as-

..ve ao

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zarpeto guerreiroé o mais inoten-sivo dos cas*cudos. Vivena AíVIca.

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Aqui está em tama-nho natural um dosmaiores bezourosdo mundo.-E' asia-tico, de coloridolindíssimo e quan-do voa parece ummotor em miniatu-ra, tal o seu ruido.

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O TICO-TICO — i8 31 — Maio — 1939

HS PECHDHSde5J,THÍÍíMp=T_^| ¦ ||/1'JMEfe^l INES5A MOITE.O PRlSIOflElROl l-VOCE JK OÜVIÜ FA- \?\ocütW^ÍmF^á r§»^ cervalet falou a vidock larempierre LA yCzJLW^^m\\\xÍT^^b OE COISAS INTERESSANTES. MOKT?Nfo?EU «j^féf

NENHUM COMPANHEIRO OE r^I $IW£jjM '? ^ ^JÊ^^l^^^^mPRíSÃO SUSPEITAVA QUE /^»J/íJBA#? Í áS^s^^^^/lVIDOCK AGIA AGORA PA- ' }W%ÈWmC&^ ^%&fr%?kJkÊm?\RA A POUCIA. X. fc/ffJ^L ^^^L.^^^^^a\

'CHAHAH-MO O MORCEGO. E UM ENTE EX-TRAORDIN/felO-PALAVRA tfttONRA.ANDAPELOS ARES COMO UM PÁSSARO ETEMO PODER PE MATAR-SEttARMA ALGUMA*

-"NÃO ACREDITApOLHE... fOMOS NÕSQUE SAQUEAMOS A FAZENDA OU-CHÊME ... MATAMOS TODOS".. rtN

Todas as tardes as crianças do po-voado se reuniam no espaçoso adroda igreja local, afim de brincarem de" soldadinhos".

Entre eles estava o Biu, apelido quepuzeram no menor de todos, cujo no-me era Severino em homenagem aoSanto guerreiro e milagroso que éSão Severino.

Comandava o pequeno exercito desoldadinhos de mentira, com espadasde páu e chapéus de papelão o Acrisio,filho de um do? chefes políticos do lu-gar, menino dos seus doze ou trezeanos, de genio violento e autoritário,como o pai, amigo de "mandar" e deser logo obedecido.

No batalhão de crianças, como oEiu era o menor, mais fraco, era so-bre ele que o Acrisio exercia com maisviolência sua autoridade de "generaldtiquela tropa miúda, prendendo-o eespancando-o com sua espada de páupintada com tinta prateada, impondo-lhe castigos veücatorios pela menor f ai-ta cometida, ou, miesmo, sem motivoalgum, apenas pelo prazer de... sermáu.

Como era 'filho

de "papal alcalde"mais ou menos bem instalado na vida.

Soldadinhos dementira e... de

verdade

o Acrisio era vadio, não estudando epassando de ano na escola simples-mente porque o pai era chefe local e"estava de cima", isto é: com o go-verno.

Mudou, porém a política e o pai dorapazinho ficou no "ostracismo",tendo perdido quasi tudo que tinhaem dinheiro gasto nas eleições. Pas-saram-se anos.

O Acrisio já estava homem feitoe como nada sabia, nem tinha ne-nhuma profissão o pai o mandoupara a capital afim de assentar praçana Policia.

Assim fez ele. Foi admitido comorecruta e na primeira aula de lnstru-ção militar, desageitado dentro de umuniforme maior que seu coTpo o Acri»«do, nervoso preocupado com o fuzil,tom o cinturão a lhe cair pela cinturae com as bofas-reáhas muito aperta-

das, suava por todos os poros, e nãoacertava na execução das mais simplesordens de comando, como: perfilar,meia-volta, volver, etc, que o sargen-to-instrutor, pacientemente, dava.

E quem era esse sargento?Era o Biu, que dois anos antes ti-

nha vindo para a capital, verificarapraça tambem na Policia Militar epelo seu preparo, comportamento e ou-trás qualidades havia sido promovidoa cabo de esquadra e depois a sargen-to instrutor. Tendo reconhecido na-quelle recruta canhestro o seu generaldo batalhão infantil, Biu, depois doexercício, lhe disse:

— Esse mundo dá muitas voltas,seu Acrisio.... Quando nós éramospequenos brincávamos de soldadinhosde mentira e você era o "general"...comandante. Agora, depois de gran-de, continua o brinquedo na vida, po-rém de verdade e... o comandantebou eu. Mas fique descansado que on5o tíastigarel como era castigado porvocê.

O Biu mostrou assim a generosí-Üadei.é* nobreza de seu espirito.

MAURÍCIO MAIA

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•BpBpiBf-ua je}S3 BioajBd Ejaj b 'eiu-joj Bssaa " a^uauiBsopBpinD•opad ap soi-B?uid ap la^Ba; a''cuqs opunâas- o biuijop anb'IBuitub op oujo; ma OBqo ou so-pua^ua 's.nquiBqep SBiznp SBranSpj 'anbsoq ou 'ot^na 'pjjoo

iumu ap ouSip 'jBiduiaxa osouijoj um Bja :ba-buob as Bia apuo orçis ob pij a aioAjB Bp iosaa

•BpparaiopB a-juauiBpnnjo.id nopanb 'jBJBdaimas 'a as-no^pp 'osojuBdsa ouos uin nt^uas acuara-reparai 'oB^ua *a -BôrnSuTi b naraoo srtodaa

•SIB^JOIU SO)IBSSOPB0SU.TB S31% H3p 'BI}U3S 3nb BTJgSlE B J3JU0Dispod raas 'a aazBid ap opiãna um nap Bp 'assaa-g^uoob anb BAEJsdsa na oraoo iBnb iej 'BôinSun bJTjqpiAB ov 'Bja^uBd esouuoj Bran jaoaasdB ia'seaoq SBqmiu ap Ejatísa Bran ap siodap 'ibujjv

II OTílXIdVO

VOIHáV VN VQVÒVO VIMÍ1

•BStOD BUI-S3ui b napaons a a:pi«jap xun npA sjodacr iopBiAipe•pjjdsros na Baoqiua tcj e jt.i v sod es OBai o... •••íoiui:-áojojop tuaí BípiSurr Bssa •"lopBpjno -r

:a*oAiB Bp Brap ap pi-t.t3 'bosj mimui « cpurquBDoqB eab^ss çf opn«nÈ>oBai ran ioj oipui{j«j jBSmSmi b jaraoa uibu-anb uiBABSSBd bi jod anb o^ra. op soqoiq so sopò^

snb mauiSBraj. jpssBd anb soqiBqeij so raBpioiBoobu saooA a 'aaoAjB Bran bibü 'oç^ua 'iqns -ootSop-oz raipjBf o BJBd J3zbxj ejBd rBApv Bja^uBd BrahjBãad Bja Bpan& -bj?i Bumqtiaa jb^bui Bjjanb obu\!opb5*3 opuas Bjoquia 'na anb jb^ou raaAuoosi&iaj ap sBpBsid ap sreuis o^sta Bqu^ apuo «isaion

Bp ojbp runu bdsi b priSisi 3— jpmop zbj anb oiparuaano 'oonçojBU osojapod um sanb uiaqBS saooA anb — ojiú-jojojop ap asop atjoj Branraoo — SBja?uBd sbp opi-ipaad jBtuBiu o — 'B5in3un•G^iuoq Biim lajBdsad 'zubÚop B?IOA UI3 OpBJJBlUB OÕU31xun raoo a 'opBpmo raoo

íbpb5bo bj-siu-Ud B BJBd BPB5B0 B BJBd R-jBd 'jbpjoob ob '3iu;n3as,B;p ou a 3joajb Bran 3p biu-p raa a^xou BpnbB íuuoa•aiuuipB mi a oqjBqBiqnas o JBqBOB opad o pxiaa

r -sobrai-un sop o.nu3p rasrasjdsa ara sap 'jçns ap opaq»oo noqss opuBn^ -o}3id a aons nsra 'o^sad nos omooaBqussap ap sb^ui? ap BaijqBi Bran BiEd opuBqiBqBj?no)sa oqin.i3au o noon.dx3 — -ssidrais a sbh —•" •opuaipis obíi £ossi 3 anbBJBd —

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III OTÍIXIJVO

<«ptçfb;i 'ojino BJBd opBi um sp ' jrepuE b sod ss a

j0.U3UBf 3p OJJJ OU 'OD[30I002utjpiBf ou no;sa "" •Bumu.nou Bpunp Bq obm —

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UMA CAÇADA NA AFRICA

— Mas, rjie coisas gosadas me acontecem! —disse. Eu estava certa de que era uma pantera eagora vejo que sou cachorro...

Então, de longe, me pús a assobiar e elaacrescentou:

— Meu dono me chama. Com certeza vai paracasa, descançar...

E veiu correndo para junto de mim, sacudln-do a cauda.

Acariciei-a, amável. Depois, agarrei um peda-ço de pau e sacudi lor.p-?. A coitada, enganada,

pensando que eramesmo cachorro, íolcorrendo, buscar opedaço de pau...Trouxe-o, nos den-tes.

E foi assim quaviemos da Africaaté aqui. ^

Hoje, a panteraestá enjaulada noJardim Zoológico tvocês a podem ver,andando, na suaprisão, pra Ia e prmcá.

F(v/rS"^^___w

** ~ >-- « 1

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SI — Maio — líKi!)

0 maré o homemA prirrfeira _"rber_e;_o dc mundo fci, pro-

võvelmente, um cepo, escanchado por um hc-n-em da idade de ped'a. Vieram depois jan-codas feitas com troncos amarrados por cipós,cu tiras de couro. Quando Pizerro, conquista-tíor espanhol do Peru, navegou pela costa sulamericana, encontrou indios navegando emjangadas, em alto mar. Eram propelidas porvelas, e barracas, feitas a bordo, protegiamc: navegantes. Cavando um tronco, cem fogoou instrumentos primitivos, cs primitivos ha-bitantes lacustres da Suissa aperfeiçoaram ajangada. Foram encontrados nos pântanos daIrlanda restos de semelhantes embarcações.Os vinte pés de terra que os ceb-iom atesta-v6~i s.a idade remota.

Longas filas de remos, adaptadas acs ber-dos, uns sobre os outrosi impeliam as geleralguerreiras dos paizes mediterrâneos, desde os*empos dos primeiros faraós do Egito até os"curos do VII século. Os remos da extrerni-c'_de eram longos de cincoenta pés, cem se*eremadores, na maioria escravos ou prisionei-ros da guerra.

No Norte, os "vil. rgs", com seus botes.Coda um movido por cem rijos remadores,varreram os mares. Acredita-se que tenhamchegado eo ccní;nente norte-americano,' pas-sondo pela Islândia.

Quando es velas suplantaram cs remos.Colombo e Magalhães descobriram mundosr.cvos. O dessobridor da America atravessouc Atlântico num pequeno navio, terdo 128pds de comprimento. Um cordão de meiad__>e de "Santa Maria" poderia escor.der-seetrés de um transatlântico moderno.

Qt ,

A J 0 D E M

O TICO-TICO

I ' -<x -I.W¦ i «x i yy - >?iY\

Vamos ajudar esta menina a aciiar o caminhopara apanhar o seu carrinho 7

DA HISTORIA

O unice ferimento que 'ececeu Napc'e_onas inúmeras guerras que caraterizeram seure'nado fei e-i Rat;sbcnra en 28 de Ab-ilde 1609.

Beba muita agua, mas agua frescae' filtrada, e não qualquer agua queencontrar.

9 D '/

- v.-///

Heidi — vccéi te lembram dela 7 — está atrapalhada. Onde estão os cinco çarneirir.hcsejue ela pastoreava 7 Procurem, para ajude-la...

OS ÓCULOS EOS PEttlQUITOS*

Mister Jchn, naturalista, foi designado,por uma sociedade scientifica, para cias-sir!cer es nossas aves. Dirigiu-se para ointerior, int.ernou-se no sertão, levando todoo material necessário, espingardas de to-des os calibres e armadilhas diversas.

Mister John queria um auxiliar bra»!-teiro, um caipira, que conhecesse o maiornumero possivel de aves.

— "Pois aqui tem Nhô Affonso, que6 "quatro-peu"

p'ra conhece passarinho,puis desde criança, véve passarinhano..."

Mister John contratou Nhô Affonso epoz-se em ação.

Como cs dias eram c'arissimos, de »clofuscante, o inglez acavallou óculos ver-des no nariz e aplicou outros no nariz deNhô Affonso, dizendo-íhe :

"Este bem : non cansar o vista".Horas depois, num ingazeiro, o inglez

matou um beija-flor e perguntou ao cai-pira :

"̂Como chama este ?"Nhô Affonso olhou através de J6us

óculos verdes e respondeu :"E' piquititico, mais é piriquito 1"

Depois, foi uma mariquita.Nhô Affonso endireitou os ocu'os ver-

des e foi logo dizendo :"E' piriquitinho !"

O inglez tomava neta.Morto um tico-tico, falou o caipira :

"Póde escreve : é piriquito".¦ Logo adiante, o homem ma.ou um bem-te-vi.

—. "Piriquito tamém !"A teguí. foi uma roÜnha :

"E' rapeva,.mah é piriquito!"Depois foi uma jurifi.

"E dos maiózinho, mais é piriquitotamém. Tão assanhado cs piriquito hoje !"

O inglez já estava ficando impaciente.Entrarem na mata e Mister John mateu

um ;acú."Oh ! Bonita ! Como chama 7""E' dos grandéte, mais é piriquito

iamém !"O naturalista já estava "explode-nãc-

explode".Atravessando a mata, saíram no campo.

Iam seguinde, quando toparam uma serie-me, empoleireda num cupim, a esguelar-se no seu canto desafinado e irritante. Fo.tiro e queda.

Vibrante, c inglez ergueu a seriema eperguntou afo.fc :

"Oh ! BenXa ! Ccmo chama este 7""PYés cachorro !" — clamou o

caipira, firmando cs óculos verdes — Bar-baridade ! Que bXelão ! Desse tamanhoeu nunca vi !"

IvXsier John, satisfeito com a admira-ção do caipira, perguntou :

"Ccmo chema ?""_' despropositado de grande, mais

é piriquito- tamém !"Indignado, Mister John sacou do bolso

trazeiro uma comprida lâmpada elétrica eindagou :

' E esfe o que é 7""P'ra mim, se num é bóbrinha é pi-

çXc..." — 'escondeu Nhô Affonsc. •'

CORNÉLIO PIRES

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O TICO-TICO — 22 31 — Maio — 193S

•tfitoiif»W <q Vdlf«•:'» \ \ m ° 7 o \ // • /

¦^¦^^^^^^^¦"¦¦i^"" _______ik__í2 \ pJ*^-Xy lllJJvL -¦

Coníiiiii.

Dalton Jcrson Trevisan — (?) —

Quer mandar dizer a sua idade exata?Gastão Viana (Madurcira-Rio) —

Sua letra é de menino, mas o sonetoque mandou está parecendo coisa degente grande... Se foi você mesmoquem o fez, quero conhece-lo pessoal-mente, e convido-o a procurar-me pes-soalmente, á rua V. de Itaúna, 419-1." andar. Quer vir?

José Roberto S. Freire — (?) —Para jornal, não se escreve dos doislados do papel.

lho Santos — Os desenhos manda-dos agora serão aproveitados. Os ou-tros, não.

'Artur Lopes — Já temos muitas epor isso é impossível aceitar. Contudo,muito obrigado pela lembrança.

Fernando P. de Carvalho — (Baía)— Sinto muito desapontar o amigui-

CORRCSPOnDCnCIRReiniciada esta secção, fica

destinada a encaminhar aos lei-tores de O TICO-TICO asrespostas sobre colaboraçõesaniadas e outros assuntos deconsulta, referente ao expedien-te da revista. Não atenderemos,através dela, a consultas sobregrafologia ou howseopos, comoantigamente.

nho, mas a sua poesia não está publi-cave!.

Jacob Singcr — (Rio) — As treshistoriazinhas que mandou são muitofracas. Para a sua idade, principal-mente.

Paulo Lage Cruz — (Rio) — Leiaa resposta a José Rrberto S. Freire.

Idéa Santos de Oliveira — Seu tra-balho perdeu a oportunidade. Agora,só para 1940, não é? Alas até lá vocêjá escreverá melhor e mais bonito efará outro. Por isso vou inutiliza-lo.Concorda ?

Laura Ricardo — (?) — Que é

que você chama, em literatura "repro-

dução"? Que historia triste, a que nosmandou, Laurinha! Aos 10 anos, agente deve ser mais amiga de coisasalegres... Escreva.

Lucila Monteiro de Barros — Peçoque faça constar a sua idade exata,nas colaborações que mandar. E' con-dição para serem publicadas. Mesmoporque, Meu Jornal tem um limite deidade para seus colaboradores...

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O TICO-TICO ..1 — Maio — 1939

/ ^ÈNÉÉi^-i ;fô>^2^1 ^~^/^a^- ry%y fy^'

Agora era a Índia, com seus costumes estranhos, suagente misteriosa, seus templos majestosos...

— Pernambuco atingiu uma das cidadçs hindus e.em companhia de Eugenia, seguia â cata de aventuras.

m J Okkr- a\ ¦-yf /Cr •v

4/y ry f V 4 ii Mi v; ^_MÍ#T^A^/C^AyJm !/ ÀÊmf \

j . yr^J /y\ MWÈL/W— Ao cubo dc poucos dias. foi procurar um chefe de

tnbu, ao qual oíereceu seus serviços de civilisado e sol»dado mercenário.

— Deram-lhe. então, certa missão a Cumprir, e êlepartiu montando um camelo, para o deserto.

{Continua),

MODERAÇÃO É O SEGREDO DE MUITAS VITÓRIAS.

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31 .'Maio— 1939 23 -4 O TICO-TICO

o M.STEUO pos ojamantes amarelos Qs diamantes ÍCttais- PorAloYSK, m___5-___S____S_ Wíii/m -f'.::" ^w li 8© © \^_H\Wf!'iIiiàW JÊÊÊ- ' JOíP ^BB

___-*¦¦---==-"!___ IVvVÈm ^^ WmW ^#i__g^- ; mI

r_PEá^^MÍ^VV l|V^i_#Í_1I^ -_»*_ É&zHÃ~~x£yzz~z?\ __^___ _l^h n— """

'-v_ __P^ __^^^*^"-i\ T""r*"""_íf""^ ~Ti ly v,>_7_b____Í " • bu*e_-lo com _tít_cl_i de bons an-i-jo». C-T+l-ef i-o poude deixa' J» 'ir qj ando ouviu uma voi d»

^_3___B_F^_é I \' ti /^ * *_5_r_rl _¦____¦ ¦_ -Vic-te entre rlet-

Ouvindo voies que m aproximavam Ba*t!ev oc urrou-n- en^t o» (a'_o» quaAcabava da descobri-, Maj <u misterioioi homen* embuqodoi. rindo-*.* a> ga-galba-das, foram ....

— "Vocó me conhece, amigo Barttsy." Bartiey quasi ca»u do 'u-príij q»j»ii__ o 't-díviduo qut Bi*falou tirou o teu disfarce ... ,

(Continua).

Raimundo Corrêa era de um escru-

pulo doentio ao lavrar as suas sentenças

de juiz. Certa vez, foi ter-lhe ás mãos

um processo movido contra Medeiros

e Albuquerque por um fornecedor que

pretendia receber duas vezes uma con-

ta de novecentos mil réis. Chamado á

:asa do poeta-magistrado, Medeiros en-

controu-o abatido, desolado.

— Sabes? — communicou-lhe Rai-

EXEMPLOSDA VIDA DOSNOSSOS NOTÁVEIS

mundo, — ha nove noites não durmo

por causa deste processo. Vou jurar sus-

peição.

i — Mas, pelos autos, eu tenho ou

não tenho razão?

— A conclusão que eu tiro, — infor-

mou o autor do "Mal Secreto", — é

que a razão está comtigo. E ahi é que

está o meu escrúpulo.

?...

Ha nove noites eu pergunto a

mim mesmo: mas eu acho que o Me-

Jeiros tem razão, porque tem mesmo,

3u é porque o Medeiros é meu amigo?

E declarou-se, realmente suspeito, pa-ra não julgar o processo.

HISTORIA SEM PALAVRAS

f* •**^:\tl»^^_K>. , i—*___J-L— •"""" ^^____1 ' J r ¦

(Os irmãos Nariguêta castigaram o orgulhoso)

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ai — Maio — 1939 O TICO-TICO

m*mjÊÍ 'Km**m*mmam^Am^ ~*•**'—— ^dé~- """ Tf'"'""...MM1 ""*" ' l'"',**"?'*g^t_____j__S___!!IM'*-'

O GIGANTE DE- CARDIFF

ao lado) deu muito que fazer ..os

cientistas que hesitavam em afirmar

?i se tratava de um cadáver humano

gigantesco, pçtrifiçadp, ot; si de uma

estatua- A ultima hipótese õ a v_:«

:ra.

Era baixo — (11 — fijhtJfs delontra de uma criação americana <_'J3

fornece pelei caras ;¦>.... toai) O

mundo'.

(2) Curioso esboço d_ uma radio

^rafi3 em que se vé o çraneo de atat_c.oc_dis.ci, vitima de terrive! cles^»tre. ficando com 3 iriassanetà d_auto dentro do íraneo. Salvou-se-,mas perdeu um olho.

(3) Fmal trágico de urr.3 sessãode hipnorismo entre uma horrível sef*pente e um lindo e fi más-'dongo

branco '1

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O TICO-TICO 20 — 3J — Maio — 1939

As proezas dc Gafo Fclix(Dcírnho dc Pút Sullman — Exclusividade d O TICO-TICO fará o Brasil)

77/7 _«a—_ ;. • _Vr~_â

— Lâ se vai o detetive.. Que tipo gesado. he:m, tio0

TJTTJyfm

Peguei o ladrão! Peguei!! «

*~-iáP—'*«.

— Que azar! Meu tio ficou zangacoli ) '.

— Ouço a voz do Doiwld. lá dentro! Venha, titio!!

. — Tolice. DonaId! Este 4 o meu melhor freguez. ummilionário!

mm wwSp- 1!!__P5______IÍ-».

Se a genre achar o tadrao. íte fica outra vez camarada...

— Tem razão. Micksyll VocS ê intejigente_de verdade.'] — Vamos nos esconder na alfaiataria ç esperar a noite,..'(Continuai

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ANO V

MEU JORNALDiretor: — CHIQUINHO

Futebol — composição dc MiilonPenedo (12 anos)

A duvida de JulitaEmquanto os dedinhes trabalha-

vem, a fazer um lindo bordado, Ju-fita pensava.

txiste ou não Papai Noel 7A loura n,enininhe, ao vêr entrar

a sua vôvózinha, indagou-lhe a ver-étde.

A boa velha, com um sorriso noslebies, falou-lhe :

Julita, Papai Noel existe. Elevive no céu, e em certa época doer.o, vai para a sua fabrica de brin-quedes, que fica situada entre nu-vers brancas, ajudar os enõezinhosque têm ao seu serviço. Na vespe»ra do Natal, envergando uma rou-

pa vermelha, enfeitada com peda-çcs de alvos arminhos, coloca uruenorme saco, que contem os brin-

quedes que fabricou, num lindotrenó, puxado pelas renas, e sai peloespaço, a cantar uma melodiosacanção.

Que são renas 1 interrompeu

a menina, que ouvira tudo commuita atenção.

Renas são uma certa espéciede veados, que existo nos paizes,onde a neve branqueia tudo.

Agora continuemos a nossa his-teria : Papai Noel ao vér uma ca-linha, entra pela chaminé, colocan-do algum brinquedo no par de ta-

petinhos que este ao pé da cama.Feita a distribuição, volta de novo

para o céu reiniciando a fabrica-

ção de bonecas e livros.

Mas por que os pobrezinhosnão recebem nada de São Nicolau ?

O bom vehinho não entregadiretamente os presentes para os

pobres, filhinha. E' preciso queuma criança rica lhes dê um dosseus muitos brinquedos. Procedeassim, para tornar os ricos carido-sos e bons, e não ficarem egoístas.

Que bom, vovó ! Na certinhaque escreverei ao Pai Natal, voudizer-lhe que darei uma das minhasbonecas para a fiiha da cozinheira,

que é paupérrima.E Julita pulando foi escrever a

missiva para o caridoso velhinho,

pois já estave. chegando o Nata!.

IDA LAURA DE RICARDO

(10 anos)

—O—

MILAGREPor ALOISIO SAMPAIO

[12 anos)

Era um dia de verão.O sol matou todos os vegetaes.

A fonte secou. Nestes dias a ferra

parecia um deserto. Porém um de-serio sem oásis.

Homens e crianças choravam.

Manoel, despedia-se de sua MãeFiiira, consolando-a :

Querida Mãe : não chores,

que eu vou em busca do nosso pão.A mãe ao ouvir estas palavras, quizchorar, mas não teve lagrimas; fra-ca, olhou seu filho esquelético edesmaiou.

Manoel caiu ajoelhado, olhando

para a casa azul de Jesus e excla-mou :

Jesus, censervae esta ferracom vegetaes e água, para quenós nos salvemos.

A mãe acabava de recobrar os

sentidos. E Manoel disse :

Adeus. Vou procurar de co-

mer. E partiu. \Enquanto os outros choravam, ele

caminhava triste e pensativo naareia seca daquela zona.

Quando chegou á fonte, não viusomente a areia :

Estava cheia de água. Seria ummilagre ?

E quando voltou-se para traz nãoviu o esqueleto das arvores: Esta-vam todas frondosas.

Manoel agora estava alegre e re-

gressava para casa. Com certeza,lá todes ainda choravam. No cami-nho, só pensava na alegria que o

povo ia fer.Chegou então em casa exausto e

disse :Mãe, não temos mais fome

nem sede. A fonte encheu e os ve-

getaes brotaram.Mãe Filipa pulou de alegria. De-

pois Manoel disse :Vamos com toda gente matar

a nossa fome e saciar a nossa sede.

A mãe foi chamar iodo pessoal.Neste dia não houve mais triste-

za. Mulheres o crianças gritavamde alegria.

Deste dia em diante, aquele lu-

gar não mais sofreu da seca.

O navio dos escravosCalmaria !...

Um único navio enxerga-se nomar calmo, a balançar-se suavemen-te nas minúsculas vagas que aindaexistem e que, pouco a pouco, vãodiminuindo até ficar o oceano, lisocomo um espelho. Um sol abrasadorarde no céu. Nem uma fraca brisarefresca o ambiente. Sob o tomba-

dilho do veleiro "Abutre", vê-se ho-mens imundos e repugnantes, esti-rados pelo chão, com as mãos so-bre a cabeça, para proiegerem-seum pouco do sol estúpido. De vezem quando uma praga escapa dosseus lábios. Eles olham seguidamen-te para um barril, junto ao qual es-tá um guarda, com uma pistola nacinta, sem darem atenção a um mo-ço que, de feições abatidas e ex-

posto ao sol, acha-se amarrado nomastro principal.

Um dos homens da tripulação,com a loucura estampada no olhar,de rosto feroz, avança, arrastando-se sorrateiramente por traz doguarda. Numa das suas mãos estáuma faca ponteaguda. Súbito...um berro medonho e um pulo, se-

guido de um tiro, desperta a tri-

pulação semi-adormecida. Levantam-se os marujos vagarosamente e ros- j Q*nando, aproximam-se do camaradamorto, que está caído sob uma po-ça de sangue. O guarda senta-senovamente, como se nada tivesseacontecido.

Agora podemos divisar melhor oaspecto da tripulação do veleiro.São todos homens corpulentos esuas roupas constituídas por calçase camisas, estão sujas. Dè cabelose barbas compridas, com os olharesferozes, apresentam um as petoamedrontader. Vê-se ainda no tom-badilho as aberturas que dão parao porão, fechadas cuidadosamente-donde provém um odor acre. Ge-midos lancinantes ouvem-se, prove-nientes do porão, que vão aumen-tando, pouco a pouco, até torna-rem-se ensurdecedores. Súbito aporta do único camarote que ha nonavio é aberta violentamente eapareceu então um homenzarrão,que vestido como os demais, osten-ra um boné sujo na cabeça. Na cin-ta, vê-se duas pistolas, que impõemrespeito e mais do que elas, ame-dronta os marinheiros um longochicote que está apertado forle-mente na sua mão direita.

Era o feroz capitão do "Abutre",

sendo ainda mais repugnante quaseus subalternos e calhava-lhe per-feitamente o cognome de "Capi-

tão Verme", dado a ele por seu!marinheiros. Mas só era assim cha-mado, quando se achava longe.

Este navio, como já advinhararr,os leitores, é um navio negreiro !...

(Trecho de um conto, do livre"O Negrinho dos Ratos", que sairábrevemente).

DALTON JERSON TREVISAN

(13 anos)

yM

"Meu Jornal" é o órgão oficial da garotada que lê O TICO-TICO.

Todos os leitores podem publicar nesta pagina suas colaborações, devendoescrever nunca mais de 40 linhas, de uma só banda do papel, e indicandoa idade. Tambem podem enviar seus desenhos, feitos a tinta nankim, queserão publicados. $

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PIP*

Bonecos — for nossa colaborado-ra Elza Penedo. (8 anos).

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Bolero é dansa hospanho-Ia muito em voga sm algu-mas regiões da Hespanha,notadamente na Andaluzia.Tem um movimenjj mode-rado, a três tempos. DivI-de-se em trei partes, cha-mad-as "copiai". Ao fim dacada uma ia faz o "dei-

plante" ou "bien parado",

o que significa um dei-canço para oi bailarino!»Cada oopla tam 36 com-passos a comta de três es-tribilhos qua sa focam treivezes. O primeiro estribi-lho é chamado "paseo". Oiinstrumentos enpregadoiro Bolero são a guitarra, ascastanholai a o ternborim.Rave! deixou celebro essaforma com o leu magnifico"Bolero") mai ela ja eraconhecida na musica erujl-ta a noi salões. No seculeXVIII foi dansada, comgrande enthusiasmo, pelaidamas dai cortai da Car»los III. Carloi IV a Fernan-do VII.

Advertiram ao duque deLongiíeville da qua algumsenhorei do diitrito caça-vam lebrai durante o anointeiro em terras de luapropriedade, nio respeitais-do a lei qua determina •tempo da caça.

— Não tam importância— responda» o duque, —Frofiro ter maii algumamigos do qua algumailebres...

Eça de Queiroz, na tuaviagem ao Egito, perguntouao guia, certa ocasião em

que contemplava o rioNilo :

São muito ferozes oacrocodilos do alto Nilo ?

Oh, não — respon-dou o guia. oom simpUcI-dade. — Apenas não te>

pode chegar muito pert»porque comem a gente...

A Mazurka é uma damanacional poloneza o tomouo nome da cidade de orl-

_.m — Mazovia. Em polo-r.oz, .chama-»a

"Mozur". t'conhecida desde o séculoXVI. Difundtu-ia por to-da a Polônia e, mais tar-d 3, com maiores ou me-noras variantai a com airafuraei corrupções, portoda a Europa. Mão te da-ve confundir com a Polka-Mazurtt, poita em moda

aí por 1340, peios compo-iltores austriacos de musi>ca de dansa. A Mazurkatem movimento vivo, ritmovariável a compasso de %.Era dansada por um só parou em fileira. Oi oarnpone-ui acompanhavam-n'a comoi leui canioi. Choplacriou a forma da "Mazur-

ka da concerto". Inspirar»-do-ia noi themai nacionais,ora alegrei, ora melancoll-cot.

Uma franceza, Mlle.Chassegroí, possuidora dauma fortuna luperior atrês mllhõei de francos,integralmente a deixou 1sociedade protetora d o lanimais. E' a ala qua iedeve a presença de cava-loi da reforço, qua aju-dam, em certos pontoi daPari», oi paiadoi caml-nhõei a subirem ai ruaimaii ingramei.

Quando o marquei daItanhaen assumiu a tutoriado principe D. Pedro II

que exerceu por cerca deseii anoi a melo, eitabela-ceu um ragimen estrito a

que a vida do herdeirodo trono panou a obede-car religiosamente. A'i sa-ta horas, a maii tarda, aiseii, levantar, vestir a ou-vir mina na capela real)il oito, almoço na presen-ça do medico qua fiscall-zava todos oi alimentoudepois, descanso, ata nova.

Da nova ás onza a mala,lições. Nai duai horas sa»

guinfes, floava livra parabrincar ou passear noi jar-dins do palácio.

A uma • trinta, vestir-se para o |antar, que eraservido í» duai, com o ma-dico da novo presente, ocamareiro a Dona Marian-na. A converta durante o

jantar devia ser orientada

para assuntoi cientiflcoi ouda vida corrente, devendoter respondidas ai porgun-tas qua o menino fizesse.Depois, outro pariodo derepouso. At quatro a mala,ou cinco, conforma a aa-tação, si o tampo eitavabom o príncipe) ia passearno parque ou cavalgar, alaescurecer,

Mai todo cuidado ararecomendado para quar.ão o deljcaiiem faiigar-ia. Voltando a palácio, liacom voi alta durante ai-gum tampo ou alguam lia

para ele ouvir. As oito,fazia suas preces; ás nove,ceava; a ás nove e meiaou dez, ia para a cama.

Em Londres, ha poucoianos, uma lady legou to-dai ai posses á sua ca-chorrinha "Fidéle". No tes-temento se liam as linhas,seguintes i

"Entre todai ai criatu-rat qua ma ceroam, iouma achei que tenha pro-vedo real afeição,: á "Fi-

deie", a minha cadelinha.Lego-lhe tudo quanto pol-iuo, mai permito que di-vertei dadlvai sejam fei-tat a todai ai pessoas ái

quaii "Fidéle" conceder ai

suai carlclai, ou qua aladistinguir, movendo a cau-da".

Oi hardeiroí naturaii dalady protestaram. Houveum processo, da que Lon-dres se ocupou com inta»wresse : o

"Fidéle", defen-dida por hábil advogado,

ganhou a questão.

A imparetriz Eugenia, ai-

posa da Napoleão III, araduma ingenuidade tão fia-

granta qua muita gentejulgava-a desfituida de In-teligencla.

Certa ocasião em quamirava tranqüilamente omar, enquanto á sua ro-da oi cortesãoi procura-vam distrai-la, exclamou i

— Nio posso deixar daadmirar porque chove tan-to no mar como na ferra...

Fez-se um silencio cons-trongido, sS quebra Jo peloruido da chuva que calaindiferente.

Uma expedição cientifí-ca dirigida pelo eminenteHarringlon, acaba de des-cobrir no deserto de Mo-hapa que se ostende naNevada da Sul (Americado Noite], oi vestígio! da

uma cidade que tem maisde 10.000 onnos.

Essa cidade, que medede comprimento 9 kÜome-tros ao longo de uma rt-beira lodosa é a mais an-tiga da America. Corres»

ponde á época da civilisa-ção pre-indiana, época queaté aqui ficara muito mis-teriosa.

Segundo vestigios an-contrados em Nevada, es-sa civillsação estava jámuito adeantada. Entra aiminas, foram descobertas

ponta! de setas, objetosde barro colido, cestotpara flores e alguns ei-queletot.

Ao que parece, nestacivilisação pre - indianaeram- ai mulheres quaexerciam autoridade pu-blica.

Desde o filho de Ala-xandre Dumas até oi deEdmond Rostand, são nu-merosoi oi filhoi de as-criptoras que seguiram acarreira do pai. Poucasépocas, tem du.ida, iemostraram tão prodlgai,neste sentido, quanto anossa. Judith Cladei é fl-lha de Léon Cladei, aPaula Henry-Bordeaux, aprimogenite de HenryBordeaux. O mesmo aeon-tece com Annie de Pena,Pierre Detcaves, GeorgesLeconte (qua escrava tam-bem com o pseudonymode Clauda Margem). Et-critoret sio oi filho* d*Henry de Jouvenel, Ber-trand * Renaud, oi daFrançoii Mauriac a Ray-mond Eicholier. E paraterminar, assignalemoi aapparecimento de um no-vo valor, que resolveu ie-guir a profissão do pai.Trata-la Aa Jean - PierreGiraudoux, que acaba dapublicar uma magníficatraduçlo da "Electra".

A população do Spitz-

berg era, em 1914, da 220

habitanfai; am 19IS, da200; am 1916, da 285; em1919, de 1.000.

Ha ai carvão em quanti-dade : cerca de 9 bilhões

de foneladat. A hulha é ex»

piorada em cinco localfda-des por das companhias,lendo cinco norueguezat,duas tuecai, uma russa aduai inglesas.

A situação poiitica cioSpitzberg só se definiu de-pois de 1920. AU assadata ninguém reivindicaraa sua soberania. Tornou-se

protetoredo da Noruega

pelo tratado firmado emParis no dia 9 de Feve.-ai-ro de 1920.

O eminente tinologoPaulo Pelliot põe na Chinaos primordios da imprii-j-ria, mali ou menot no a:io594, época em que le im-

prlmiam xilografieamenle,isto é, com tipos de ma-deira, certos textoi popj-lares. Em 932 os chinesesimprimiram textos clássicos

pelo meimo procesto. Des-de o ano de 105 alai ti-nham inventado o papel;o fabrico do papal, porém,sem o qual não ia pode

'j

admitir a imprimaria, sóno meio do século VIII ique panou da China para

'

Samarkand, para ia propa-gar depoli do Orienta me-diterraneo ao Marrocoi eentre oi mouroí da Espa-nha a, finalmente, pelomeio-dia da França ondeapareceu em 1189.

O jornal allemão "Ubrai-

re Mondiaie", que se editaam Stultgart, publicou ostegulntei dados:

Na Allemanha ha 15.0"livrariai para 63 milhõosde habltantet; na America

do Norte, 6.000 pare 126

m 11 h õ e t; na Inglaterra,10.000 para 43 mi!hSe« e

na França, 60.000 para 42

milhões. -.

De accordo com ai ci-frai da referida publica-ção, na Franca ha uma li-vraria por cadê 700 habi-tantas, na Allemanha uma

para 4.200, na America doNorte uma para 2I.C00, a

na Inglaterra uma para4.300 habitantes;

No Japão é ettritemen-te proibida a freqüênciadot escolares ao cinema.

No outono abre-ie uma

«.- :>;5o e essa lei, propor-clonando aoi anos uma

tettio patriótica organiza-

da io» os auspícios da"Liga Pairlotlca FamJalna".

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SI — Maio 193 Ü - ,-9 — 0 TICO-TICO

€af egí-fte.e aPrincesa IsafceS

O Barão de Coteçipe, cujas previ-sõcs políticas lhe deram a fama póstumade profeta, foi, talvez, a inteligência

mais aguda do Segundo Império. Con-

trário à emancipação dos escravos peloabalo econômico que essa medida acar-

retaria, — opoz-se quanto poude à sua

execução, observando sempre à Prince-

sa Regente, quando ministro, os riscos

de uma providencia radical. Feita a

abolição em 1888, encontrou-se um dia

a Princesa com o velho titular, e in-

terpelou-o, feliz:

Então, sr. Cotegipe!.. .* A aboli-

ç.o se fez com flores e festas... Ga-

nhei ou não a partida?O Barão fitou-a, com «s seus olhos

miúdos e Inteligentes.E' verdade — confessou.

E com tristeza:

Vossa Alteza ganhou a partida,mas perdeu o trôr.o...

Um ano depois, proclamava-se a Re-

pública.

ÓLEO DE FIGADO DE BACALHÁOde LANMAN & KEMP

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Um século dc existência e de victoíias.

_3.pi

Qfíaíifos. reis existem na .EuropaQuantos reis e rainhas existem na Europa, mantidos no seu trono? As

rainhas, pela ordem de antigüidade, são as seguintes: Guilhermina, da Ho-

landa; Helena, da Itália; Alexandrina, da Dinamarca; Giovanna, da Bulgária;

Elizabeth, da Grã-Bretanha. Os reis são mais numerosos, pois devemos men-

cionar, entre eles, vários soberanos viúvos; Leopoldo III, da Bélgica; Gustavo I,

da Suécia; Haakon Vil, da Noruega. Dois divorciados: Carol, da Rumania

e Jorge, da Grécia, e um scrrèiro: o jovem rei Pedro II, da Iugoslávia.

Inaugurando um vestido da"calofane", Faustina foi darum paiseio.

Za Macaco achou aquilo

fcorrivel, mas... que fazer 7

Na rua todos estranha-vam. E ela julgava quo es-tava a...

fazer um enorme sucesso.Sentia um pouco de frio,mas...

.. jiló ligava.., À certa altura pas-icu um homem fumando «...

.. .jogou descuidadamenie o cl- Foi um horror I O fogogarro que caiu em cima dela. alastrou-se violentamente I

E a pobre Faustina foi paracasa neste mísero estado ! 1

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O TICO-TICO — 30 - :i — M;iii) —

NossosCONCURSO

MsConcursosN . 2 5* / / / / /J^^

Vocé-s gostam de circo de cavali-nhos? Apreciam as cenas de equilibrioeqüestre? Gostam, deveras? Pois se re-cortarem estes fragmentos e os reuni-rem, verão surgir um flagrante de circomuito interessante.

Colem, depois em folha de papelque só servirá para este concurso —,

colem o Vale n.° 25, assinem, indiquemrua, número, cidade e estado onde re-sidem, assim como a idade de cada

qual, e enviem até o dia 3 de julhopróximo a: "Nossos Concursos — Red.de O TICO-TICO, Trav. do Ouvidor

p.° 34 — Rio.

Daremos 5 prêmios por sorteio aosconcorrentes. E o resultado será pu-blicado no O TICO-TICO do dia 12de julho.

RESULTADO DO CONCURSO N." 19

i\.*''^>'^í0*,"""""""KH""ÍÉ>* \

Onf^SaB**""* JmmwVf^mwmW

*- - T"v Y \ À^rm\ x/l ^aw

w^n

Solarão exata do Concurso n. 19

Enviaram soluções cerías 187 solucio-nistas,

Foram premiados com um lindo livrode histórias infantis os seguintes concor-rentes:

ROBERTO EDUARDO GONÇALVES,

residente á rua Manoel da Nobrega n.°34 — na capital de S. Paulo.

MARIA AUGUSTA DA GRAÇA,

residente á rua Maria Amalia n.° 544c/7, Tijuca, nesta capital.

¦ •¦ i.T"-.:..jt* ii mm ji.i

VAI SER UMSUCESSO O

NUMERO ESPECIALde

llitíai Brasileiradedicada ao centenário de

MACHADO DE ASSISa aparecer no dia 15 deste

mês.Seja amigo do seu papai,que lhe compra O TICO-TICO, e lhe dê a grata no-ticia. Será uma edição com-pleta sobre o grande escritorpatrício, com uma porção deretratos, ilustrações, auto-grafos, anedotário, e lindaspaginas sobre o autor de"Dom Casmurro".

O preço será o das ediçõescomuns: 3S00O para todo o

Brasil.Não esqueça de lembrar ao

seu papai, no dia 15 docorrente:

ILLUSTRAÇÂOBRASILEIRA!

GILDA RIBEIRO

residente á rua Gustavo de Andradan.° 25 — S. Salvador, Bahia.

MARIA GALVÃO

residente á rua Ferreira Pontes n.° 160c/36, Vila Isabel, nesta capital.

MARIA DO CARMO F. M. DAGAMA,

residente em Além Parahiba, Estado deMinas Gerais.

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31 — Maio 1939 O TICO-TICO

O TICO-TICOPropriedade da S. A. O MALHO

EXPEDIENTEASSINATURAS

Brasil 1 ano 25$00O6 meses .... 13$000

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Qvettturaò áe (Qfiiquiníkova. a".. *- T"-" ~^~- —~ ~~7~~-—"

^ Vi •**•>*- -* f lk ^ l F"~~ I 1 i» ^xA .1—. '- -* *> , V 1 ,flMB ——-__—,___ ___.:Chiquinho leu com intcrepse nos Combinou corn Benfanurn pa» -.fenômeno celeste. Munidos dos pc-

forrais que o planeta Marte se estava subirem ambos a um rnor-ro bem —to « trecho*» necessários, foram ate o altoaproximando ria Terra. observar o., do Bico do Papagaio a 1-500 metros.

Uma vês ins/alado o telescópio earmado a tenda, esperaram a noi-te. o...

primeiro a olhar pelo óculo foi oChiquinho qn« ficou assombrado como que via

Logo após. Benjampm. aovai tambem. deu um grito deacreditando que.

cbser-pavor.

i . . ,o planeta se acercava vertiginosa-toente e com uma «pressão astrono-oiicíirr.ente medonha I

Não quizeram observai mais...

e, abandonando tudo. correramapavorados pata casa

O pretesser. então e.rjjhcou-Ihei-no dia.. _

.. seguuitt. que poi ale üi\*s n hoes átn:ilhares de anos a Terra não sotnrra operigo de encontro com _S*í pia-,neta.