Noções de História da Igreja - José Roberto de Oliveira

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SRJE CRESCER: PROGRAMA DE CAPACITAO BBUCA-TEOLGICA-PRTICA

Copyright 2009 Jos Roberto de Oliveira Chagas CHAGAS, Jos Roberto de Oliveira Noes de Histria da Igreja Crist - Anlise Histrica, Bblica e Teolgica da Eklesia - Primitiva e Pr-Medieval (Srie CRESCER: Programa de Capacitao Bblica-Teolgica-Prtica - Vol. 9)/Jos Roberto de Oliveira Chagas. Campo _ Grande (MS): Gnesis, 2009 ndices para catlogo sistemtico: 1. Cristianismo 2. Igreja. 3. Teologia - CDD 262

Responsvel pelo projeto editorial/grfico/capa: Egnaldo Martins dos Santos egna 78@hotmail. com Reviso de Arquivos: Mota Jnior motajunior7@gmail. com Editor: Mrcio Alves Figueiredo Ia impresso: Fevereiro de 2009 - Quantidade: 1.000 exemplares 21 impresso: Maio 2009 - Quantidade: 1.000 exemplares 3 impresso: Agosto 2009 - Quantidade: 1.000 exemplares

IDEALIZAO E REALIZAO DO PROJETO: EDITORAS MUNDIAL, KENOSIS E GNESIS Contato: Gnesis Editora -Rua: Albert Sabin, 721, Taveirpolis - Campo Grande/MS -FONE: 67 3331-8493/3027-2797 ivimv.genesiseditora. com.br

DEDICATRIA: A cada profissional/consultor de venda da Mundial Editora e Gnesis Editora, que faz seu trabalho com empenho, prazer e dedicao, que est ciente de que no apenas vende livro, mas, sim, espalha saber, fomenta a educao, ajuda o povo brasileiro a realizar sonhos:

"Oh! Bendito o que semeia Livros... livros a mo-cheia... E manda o povo pensar! O livro caindo nalma E grmen - que faz a palma, chuva que faz o mar" (Castro Alves)Contato com o IBAC: Fone: (67) 3028.1788/9982.3881: IBAC - Instituto Bblico-Teolgico Aliana Crist (A.B.K. Associao Beneficente Kenosis) Rua: Praa Cuiab, a- 111, Bairro: Amamba -Campo Grande - Mato Grosso do Sul CEP: 79.008-281 E-mail: [email protected]

SRJE CRESCER: PROGRAMA DE CAPACITAO BBUCA-TEOLGICA-PRTICA

PREFCIO A SRIE CRESCER

O IBAC-Instituto Bblico-Teolgico Aliana Crist, rgo vinculado a Associao Beneficente Kenosis - A.B.K. - est de parabns. A iniciativa de oferecer aos interessados em conhecer melhor a Teologia Crist atravs da Serie CRESCER - Programa de Capacitao Bblica e Teolgica - brilhante, fantstica, oportuna, louvvel, exemplar! Esta proposta relevante e inovadora trar entre outros benefcios a quem tiver a oportunidade de conhec-la: 1 . Direo - quem estuda a Bblia com motivao correta jamais perder o senso de direo e de propsito; a Bblia o mapa que mostra o caminho de Deus para conduzir o seu povo na rota certa. 2. Proteo - o embasamento bblico-teolgico capacita o cristo a identificar e a refutar com veemncia as "doutrinas" pseudo-crists propagadas por hereges, embusteiros, religiosos profissionais que tentam ludibriar as pessoas para lograr lucros pessoais. 3. Proviso - a Bblia proporciona a seus leitores e praticantes uma conscincia iluminada e crtica, como tambm supre a sua fome espiritual, alimenta sua alma, cristaliza saudavelmente sua f. Este programa foi elaborado com a finalidade de reciclar quem j teve a oportunidade de cursar Teologia como auxiliar quem procura desenvolver o esprito auto-investigativo, ampliar a capacidade de entender/expor/praticar a Bblia, desenvolver o esprito de servir a Deus e ao prximo, conhecer mais a cincia teolgica e, porm, no sabia como atingir tais objetivos - outras vezes, apesar de interesse em crescer no conhecimento, no dispunha de tempo e recursos.

SRIE CRESCER: PROGRAMA DE CAPACITAO BBUCA-TEOLGICA-PRTICA

A Srie CRESCER no pretende fazer apologia a uma Teologia meramente intelectual, academicista, tcnica, inacessvel, complexa. Sua proposta , sobretudo, uma Teologia popular. Esta iniciativa, alis, levou em considerao o fato de que a maioria das pessoas a ser contemplada pelo projeto seria, com todo respeito, provenientes de classes mais simples. Isso no significa, porm, que uma pessoa mais dotada de acuidade intelectual ou recursos econmicos est proibida de ter acesso srie. Pelo contrrio. Todos so bem-vindos. Quanto a Teologia erudita, no sentido positivo do termo, ficou para outros compndios teolgicos e autores mais capacitados e est a disposio dos interessados em editoras especializadas no segmento ou nas timas instituies de capacitao teolgica credenciadas pelo M.E.C. O autor procurou comentar cada disciplina deste programa com clareza, simplicidade, objetividade. Alguns termos teolgicos no podem ser simplificados facilmente, mas, em tais caos, o professor empenhou-se em esclarec-los em seguida. A ideia de simplificao considerou o fato: a Igreja Evanglica no Brasil carece de estudos bblicos-teolgicos contextuais, relevantes, coerentes, prticos, mas tambm diretos, concisos, objetivos. A Srie CRESCER no foi projetada para fornecer muitas informaes e detalhes. Logo, seus temas precisam de comentrios, discusso, reflexo, ampliao enfim. Desde que o M.E.C, reconheceu Teologia como curso de nvel superior as exigncias se intensificaram; o mesmo, para ser aceito, deve preencher vrios requisitos. Informe-se. O que o IBAC pode oferecer um curso livre com nfase em aperfeioamento; no h formativo, mas, sim, informativo. Esta observao deve evitar crticas injustas quanto validade deste curso. 0 IBAC no aprova a nociva ndole atual que preconiza a graa barata, o xito sem preo, a vitria sem batalha. No h expanso significativa em rea alguma da vida que se adquira imediata, rpida, fcil e instantaneamente! As leis do crescimento so radicais, exigentes, rduas, ngremes, speras! No h como mud-las! Para CRESCER na graa e no SABER deve-se pagar o preo do zelo, da dedicao, da exausto, da autodisciplina, afinal, no h vitria expressiva que valha a pena a preo de pechincha! Pr. Jos Roberto de Oliveira Chagas

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INFORMAES GERAIS:Diretrizes do IBAC - Instituto Bblico-Teolgico Aliana Crist -, entidade vinculada a Associao Beneficente Kenosis, concernente a Srie CRESCER - Programa de Capacitao Bblica-Teolgica-Prtica: Carter (Objetivo e Reconhecimento do Curso). Matriz Disciplinar (Durabilidade do Curso). Metodologia (Ensino Distncia). Avaliao (Critrios Tericos e Avaliativos). Concluso e Certificao (Regras Gerais).

1 . Carter (Objetivo e Reconhecimento do Curso). A Srie CRESCER - Programa de Capacitao BblicaTeolgica-Prtica -, oferecida em parceria com instituies srias que interessam pela construo e socializao da Teologia, de carter informativo, no formativo. Desde que a Teologia tornou-se curso superior o M.E.C, formulou regras para reconhec-lo. A entidade que oferece o curso Bacharel em Teologia deve ser credenciada pelo M.E.C., ter carga curricular e horria de acordo com a portaria definida, cumprir periodizao e crditos, exigir escolaridade mnima dos interessados (ensino mdio completo), corpo docente especializado, etc. Tambm no h mais Curso Bsico ou Mdio em Teologia. Nossa instituio, crist e idnea, no tem a inteno de ludibriar o povo de Deus. Ratificamos, assim, que o nosso programa no oferece vantagem acadmicas. Nosso alvo auxiliar a Igreja Brasileira a se aperfeioar para servir a Deus e ao prximo. To-somente.2. Matriz Disciplinar (Durabilidade do Curso).A matriz disciplinar da Srie CRESCER, que visa aprimorar a comunidade de f no mbito bblico-teolgico-prtico, composta de 10 (dez) opsculos, cada um com disciplina especfica. 0/a aluno/a dever estudar sistematicamente as disciplinas conforme a proposta pedaggica da Direo do IBAC - Instituto Bblico-Teolgico Aliana Crist. O corpo discente ter at 12 (doze) meses aps a aquisio do curso para finaliz-lo e, se quiser, solicitar seu certificado.

*Veja no final das diretrizes a matriz disciplinar.3. Metodologia (Ensino Distncia).A metodologia didtica empregada neste programa est fundamentada no modelo de ensino distncia, doravante, a Diretoria do IBAC - Instituto Bblico-Teolgico Aliana Crist - recomenda ao corpo discente que estude cada disciplina regular e sistematicamente, com zelo e dedicao, tendo em vista que a sua capacitao bblica-teolgica-prtica depender nica e exclusivamente do seu prprio esforo. Cabe, ento, a cada aluno/a comprometer-se rigorosamente com o prprio crescimento e esmerar-se nos estudos das disciplinas.

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4. Avaliao (Critrios Tericos e Avaliativos). O/a aluno/a dever estudar o livro, conforme o contedo programtico, responder as questes tericas e avaliativas impressas no final de cada opsculo (ou, se preferir, tirar xerox ou fazer download no site da Gnesis Editora), guard-las em local seguro e, no final, se desejar receber o certificado, envi-las ao IBAC -Instituto Bblico- Teolgico Aliana Crist -, para correo, atribuio de notas e, estando de acordo com as normas da entidade, autorizar sua confeco e postagem. A Gnesis Editora, parceira exclusiva neste projeto, far contato com os/as alunos/ as para averiguar o interesse pelo certificado e as normas para receb-lo. 5. Concluso e Certificao (Regras Gerais). O/a aluno/a que concluir as 10 disciplinas do mdulo e atingir pelo menos a nota mdia (6.0) poder, se desejar, receber seu certificado de concluso. O mesmo no obrigatrio. Mas, caso queira-o, mister efetuar o pagamento de R$ 50,00 (taxa nica); tal valor ser aplicado para sanar gastos com assessoria de contato, corpo docente (acompanhamento e reviso de provas), confeco e postagem do certificado e despesas afins. O prazo para solicit-lo de at 12 (doze) meses aps a compra do kit. A liberao em tempo menor ocorrer se o/a aluno/a tiver quitado o produto junto editora e enviado as provas ao IBAC. *Matriz Disciplinar do Programa de Capacitao Bblica-Teolgica-Prtica 1. Noes de Prolegmenos - Anlise Introdutria Relevncia, Natureza e Tarefa da Teologia. 2. Noes de Teologia - Anlise Bblica e Teolgica da Pessoa e Obra do Deus nico e Verdadeiro. 3. Noes de Cristologia - Anlise Bblica e Teolgica da Pessoa e Obra de Jesus Cristo. 4. Noes de Paracletologia - Anlise Bblica e Teolgica da Pessoa e Obra do Esprito Santo. 5. Noes de Hermenutica - Anlise Crtica, Histrica e Teolgica da Interpretao Bblica. 6. Noes de Liderana Crist - Anlise Bblica da Filosofia Ministerial de Liderana Crist. 7. Noes de Homiltica - Anlise Crtica, Histrica e Teolgica da Pregao Crist. 8. Noes de Gesto Ministerial - Como Fazer Projeto Eficiente e Eficaz Para Gerar Receita. 9. Noes de Histria da Igreja Crist - Anlise Histrica, Bblica e Teolgica da Eklesia (Primitiva e Medieval). 10. Noes de Teologia Econmica: Mordomia Crist - Anlise Bblica e Teolgica dos Princpios da Contribuio Crist (1). *A Diretoria do IBAC pode, se julgar necessrio, alterar a grade curricular em kits futuros.

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PRIMEIRA PARTE: PREFCIO A HISTRIA DA IGREJA CRIST

Pesquisar analtica e sistematicamente a trajetria da Igreja Crist pode se constituir uma tarefa laboriosa e enfadonha, ou pode ser uma viagem prazerosa e enriquecedora. Mas, independente do trabalho rduo e da possvel satisfao oriunda das descobertas durante a pesquisa, imprescindvel estudar, com esmero, a Histria da Igreja Crist. Neste opsculo, tendo em vista o limite de espao, vou concentrar-me apenas na fase Igreja Crist Primitiva e Pr-Medieval. Pretendo extrair de tais perodos informaes como a provvel origem da Igreja Primitiva, os principais fatores responsveis pelo seu crescimento integral, como viviam os primeiros sditos de Jesus Cristo, quais eram as caractersticas primordiais da liderana apostlica, como os primeiros cristos reagiram diante das perseguies, como o Evangelho foi levado ao mundo ainda nos primeiros sculos, etc. Aps analisar sucintamente o perodo de glria da Igreja Crist, mostrarei tambm como a mesma, apesar de ter conquistado tamanhas vitrias, vitrias to significativas, entrou em decadncia; a Igreja, ironicamente, enquanto esteve sob intensa perseguio revolucionou o mundo de sua poca, todavia, quando aliou-se ao Estado e passou a receber dele auxlio para manter e expandir sua causa, caiu em desgraa; e a Igreja hodierna no caminha na mesma direo; a mesma histria no se repetindo mais uma vez? Outrossim, o estudo do passado fornece parmetros para o entendimento do presente e conjecturas sobre o futuro1.

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DEFINIO E CONCEITUAO DE "HISTRIA"Histria a narrao metdica dos fatos polticos, sociais, econmicos e culturais notveis na vida dos povos e da humanidade em geral.2 E a cincia que estuda a vida humana atravs do tempo,3 define Gilberto Cotrim. Para Silveira Bueno a narrao crtica dos fatos da humanidade.4 J os historiadores Carlos G. Mota e Adriana Lopes sintetizam que a Histria a disciplina que nos informa sobre a vasta aventura da experincia humana.5 Henri Marrou disse que a histria o conhecimento do passado humano; para Gabriel Monod significa o conjunto das manifestaes da atividade e do pensamento humanos, considerando em sua sucesso, seu desenvolvimento e suas relaes de conexo ou dependncia.6 A Histria usualmente dividida em perodos para facilitar o trabalho do historiador/estudante, atendendo, assim, a uma necessidade didtica. A diviso clssica : Idade Antiga, Idade Mdia, Idade Moderna e Idade Contempornea. 1. Idade Antiga: iniciando-se aproximadamente em 4000 a.C, com o advento da escrita, e estendendo-se at a queda de Roma em 476 d.C. 2. Idade Mdia: iniciando-se em 476 e estendo-se at 1453, quando termina a Guerra dos Cem Anos e a cidade de Constantinopla cai em mos dos turcos otomanos. 3. Idade Moderna: iniciando-se em 1453 e estendendo-se at 1789, quando teve incio a Revoluo Francesa. 4. Idade Contempornea: iniciando-se em 1789 e estendendo-se at nossos dias. Afirma-se que a Histria Geral imprescindvel sociedade, pois para acelerar as mudanas essenciais em direo a um mundo melhor e mais justo preciso conhecer o passado, as razes do mundo atual, usando-o como farol esclarecedor do presente.7 Atinente a Histria da Igreja Crist ressalto que no h dvida quanto sua relevncia atualmente: ela pode ser estudada com outra diviso,8 no com menos interesse.

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DEFINIO DE TEOLOGIA HISTRICAPresume-se que praticamente impossvel entender corretamente as condies da cristandade hodierna a no ser luz da Histria. E evidente que erros bblicos/teolgicos preconizados em algumas denominaes evanglicas atualmente seriam dirimidos caso sua liderana conhecesse melhor a histria da Igreja Crist, seus xitos e fracassos, procurasse seguir seus exemplos positivos e benficos e se distanciasse das crenas e prticas que em determinados momentos afastaram-na da presena de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Assim sendo, embora exista quem diga que pesquisar a histria do Cristianismo coisa de crente que no tem coisa mais importante para fazer, o certo que cristos maduros deveriam apreciar grandemente a Histria!9 O que , ento, Teologia Histrica? Em sntese, uma diviso do estudo da Teologia que procura entender e delinear como a igreja interpretou as Escrituras e desenvolveu as suas doutrinas ao longo da histria, desde o tempo dos apstolos at o presente. Os telogos Stanley J. Grenz, David Guretzki e Cherith Fee Nordiling, ressaltam que a funo da Teologia Histrica dupla: 1. Mostra a origem e desenvolvimento das crenas sustentadas com afinco, no presente. 2. Ajuda os pensadores de hoje a identificar os erros teolgicos do passado e evit-los atualmente.10 Claudionor Corra de Andrade, professor de Teologia e Filosofia, explica que a palavra histria, de origem grega, vem de histor - aquele que sabe, que conhece, conhecedor da lei, juiz. Cientificamente pode ser definida como a narrao metdica dos principais fatos ocorridos na vida dos povos, em particular, e na vida da humanidade, em geral. Ainda esclarece que com a Histria, aprendemos a olhar o mundo de forma retrospectiva e perspectiva, destarte, os olhos estaro no futuro, o esprito no pretrito e o corao no presente.11

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ANLISE CONCEITUAL ECLESIOLGICA- O QUE IGREJA?Para alguns lderes cristos hodiernos igrejas so apenas meras empresas, balces de faturamento, locais de captao de dinheiro. Apenas isso. Mas a viso bblica-teolgica outra. J. Scott Horrel explica que o termo igreja proveniente do grego, ecclesia, literalmente, os chamados para fora. Tanto no uso clssico como na Septuaginta significa "reunio", "assembleia oficial", "congregao", ou "grupo de soldados, exilados, religiosos ou anjos". Das 115 ocorrncias da palavra referida nas pginas do Novo Testamento pelo menos 111 referem-se igreja crist, sendo usada 23 vezes em Atos, 62 vezes nas cartas de Paulo, 20 vezes no Apocalipse, etc. Horrel ainda aponta pelo menos quatro usos de ecclesia relacionado igreja crist nos escritos neotestamentrios: Reunio. De vez em quando, descreve um culto ou conjunto de cristos: (1 Co 11.18; 14.4, 19, 28, 34). A nfase no recai sobre um lugar ou prdio, mas a um agrupamento de pessoas com o propsito de cultuar e ter comunho, juntos; nesse sentido, quando a reunio termina a ecclesia no existe mais. Igreja local. Contrasta com a idia anterior; o foco est no povo e no na reunio; o uso mais numeroso desta palavra para uma congregao ou comunidade local de cristos (At 8.1; 11.22, 26; Rm 16.1), etc. Cristos de uma regio. Diz Horrel que ecclesia ocasionalmente envolve a totalidade de cristos numa rea geogrfica - ex. "a igreja da sia" (At 1 Co 16.19). Embora tal definio esteja prxima da seguinte, seu uso abrange todas as igrejas locais de uma regio; nessa acepo o termo igreja no pensa em distines doutrinrias ou organizacionais, mas em proximidade geogrfica. O Corpo de Cristo. Aqui est o significado mais profundo, a expresso mais marcante e extraordinria de ecclesia: a Igreja universal, o Corpo de Cristo, o organismo espiritual composto de todos os regenerados atravs da f em Jesus Cristo.12

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Jaziel G. Martins justifica que a palavra Igreja vem de ekklesia, originria do verbo kalein, que significa chamar. Entre os gregos ela se referia a uma assembleia do povo convocada regularmente para algum lugar pblico, com o objetivo de deliberar sobre algum assunto, sem sentido religioso. J no Antigo Testamento o termo usado no hebraico para as assembleias dos hebreus kahal (Dt 23.1-3; Ne 13.1; Lm 1.10), e possui nfase religiosa, pois Deus mesmo fazia a convocao. A Septuaginta, no raro, traduziu a palavra kahal por ekklesia, mostrando que o povo de Deus sempre se apresentava solenemente diante do Senhor. Martins tambm diferencia a Igreja universal da Igreja local; a primeira " o conjunto de todo o povo de Deus em todos os sculos, o total dos eleitos, incluindo os do Antigo Testamento" ou "todo o povo de Deus no mundo em determinada poca na histria"; j a segunda " uma comunidade de pessoas que pela f e obedincia esto unidas a Cristo, e, organizadas, promovem o Seu Reino".13 Algumas caractersticas interessantes de ekklesia: era a assemblia local, autnoma e soberana em relao s cidades, democrtica, com marcas peculiares ao alvo da convocao, etc.14 O Dr. Michael L. Dusing, diz que ekklesia originalmente denotava "um grupo de cidados chamados e reunidos, visando um propsito especfico"; era conhecida desde o sculo V a.C, haja vista que aparece algumas vezes nos escritos de Herdoto e Plato. Mas exorta que no importa se os termos usados so os hebraicos comuns qahal/'edah ou os gregos sunagg/ekklsia, o significado essencial o mesmo: a Igreja consiste naqueles que foram chamados para fora do mundo, do pecado e da vida alienada de Deus, os quais, mediante a obra de Cristo na sua redeno, foram reunidos como uma comunidade de f que compartilha das bnos e responsabilidades de servir ao Senhor.15 Est claro que a Igreja no uma organizao mercantilista, nem mero balco de faturamento; ela um organismo vivo do qual Jesus Cristo o cabea! Qualquer anlise bblica-teolgica sria caminhar nesta direo. Por mais que se estuda impossvel negar que a Igreja fundada por Jesus Cristo traz certas marcas indelveis.

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A ORIGEM DA IGREJA CRIST -QUANDO ELA REALMENTE NASCEU?A Igreja um fenmeno sobrenatural; seu surgimento e sua sustentao atravs da histria no se devem a fatores psicosociais, culturais, polticos ou econmicos.16 Todavia, a origem exata ou a organizao da Igreja Crist tema que ainda hoje divide a opinio de pesquisadores; as mesmas, no raro, se divergem.17 Para alguns, a Igreja sempre existiu na mente e no corao de Deus, assim seu estado preexistente irrefutvel; quem assim pensa preconiza a seguinte ordem: a Igreja foi projetada no corao de Deus, depois formada atravs do ministrio de Cristo e, finalmente, confirmada, no Pentecostes, com poder, pelo Esprito.18 Leonhard Goppelt, renomado telogo alemo, com vistas atividade histrica de Jesus, questiona se ele realmente queria uma igreja; parece que a rejeio do chamado ao arrependimento por parte de Israel que leva ao surgimento da Igreja, escreve; j em Mt 16.17-19 o nascimento da Igreja vaticinado por Jesus Cristo como um evento futuro, ou seja, ela no ser reunida j durante o tempo terreno de Jesus, e de acordo com a comisso (Mt 28.19), a Igreja surge quando o Ressurreto e Glorificado envia seus discpulos para fazerem discpulos de todas as naes.19 Robert H. Nichols explica que em certo sentido, a Igreja nasceu especificamente quando Jesus Cristo chamou seus primeiros discpulos, embora se diga que a sua histria iniciou no dia de Pentecostes, que seguiu-se ressurreio, quando teve comeo a vida ativa da Igreja.20 O Dr.Merril F. Unger concorda que o Pentecoste sinalizou o nascimento da Igreja.21 O Dr. Gerhard Hrster afirma que, entre outras coisas, a primeira parte do livro de Atos dos Apstolos reala como nasceu a Igreja e como ela vivia.22 No sentido cristo, a Igreja apareceu pela primeira vez em Jerusalm, aps a ascenso de Jesus,23 diz o Dr. J. D. Douglas. Apesar das opinies opostas, a maioria dos estudiosos cr que as evidncias bblicas so favorveis ao dia de Pentecostes, em At, para a inaugurao da Igreja.24

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CARACTERSTICAS ESSNCIAS E EXEMPLARES DA COMUNIDADE DE F PRIMITIVAO exato nascimento da Igreja tema de altercao calorosa entre os estudiosos. Alguns creem no seu estado preexistente, ou seja, ela j estava concebida na mente e no corao de Deus (Ef 1.4; 1 Pe 1.20); para outros, existe desde o incio da raa humana (Gn 3.15); outros defendem o incio veterotestamentrio, abrangendo os relacionamentos pactuais (perodo patriarcal e mosaico). Outros preconizam a origem neotestamentria, mas divergem em alguns pontos; alguns acreditam que a Igreja foi fundada quando Cristo comeou publicamente seu ministrio e chamou os 12 discpulos; para outros, no dia de Pentecostes, em Atos 2; outros no creem que ela tenha comeado de fato antes das abrangentes viagens missionrias do clebre apstolo Paulo. Fisher destaca trs fases na vida da Igreja: pr-natal - neste, tem a presena corporal de Cristo; infncia - est vivendo como que sob a tutela dEle, mas preparando-se para ter vida independente; maturidade - tem o seu corpo de doutrinas, possui oficiais e se mostra apta para dirigir-se. Strong afirma sua existncia em germes antes do Pentecostes.25 Independente das discusses atinentes origem exata da Igreja, no h dvida de que h consenso quanto as suas principais caractersticas no perodo primitivo. Nas primeiras dcadas aps a ascenso de Cristo era ainda pequena, bem diferente do movimento mundial que se tornou posteriormente. Estava circunscrita cidade de Jerusalm; era comumente um pequeno grupo de crentes vivendo numa grande comunidade pag.26 Entre as suas principais marcas estavam a adorao fervorosa a Deus; a propagao ousada do Evangelho seguida de uma conduta retilnea, expressivo zelo e pureza moral; a edificao das vidas transformadas por Jesus mediante a operao do Esprito Santo; compromisso com a ao social: cuidado dos rfos, das vivas, dos doentes, dos desemparados, abolio de distines: sociais, econmicas, culturais, etc.

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A COMUNIDADE DE F PRIMITIVA E SUA CONTAGIANTE PRTICA CLTICAEstudiosos deduzem, a partir de anlises das cartas de Paulo, especialmente as destinadas igreja de Corinto, que no primeiro sculo, havia pelo menos duas formas de culto: um pblico e outro restrito. No primeiro, a comunidade crist, segundo a direo do Esprito Santo, fazia oraes, ministrava ensinos, cantava Salmos (mais tarde surgiram os hinos cristos), lia e explicava as Escrituras do Antigo Testamento (e, posteriormente, incluram as cartas dos apstolos), citava atos e ensinos do Mestre, o entusiasmo tinha livre expresso (at resultava em certa desordem). Nessas reunies era admitido pessoas estranhas, isto , que ainda no haviam se tornado crists; elas, comumente, quanto tocadas pelo Esprito Santo, confessavam os pecados e entregavam a vida a Jesus Cristo. No segundo, acontecia uma refeio comum, repleta de jbilo e amor; era permitido a participao apenas dos sditos de Cristo. Cada um, segundo os recursos de que dispunha, trazia a sua parte da alimentao que era generosa e alegremente repartida entre todos igualmente; na mesma ocasio ainda celebrava-se a Ceia do Senhor. Outra prtica comum nos cultos primitivos era o levantamento de ofertas para o sustento da obra missionria e beneficncia (1 Co 16.2).27 Porm, tudo era feito com simplicidade, decncia, ordem! Q ue diferena do ofertrio ps-moderno! Nada parecia deter a Igreja. De um lado os apstolos faziam milagres e maravilhas, impactando a populao. Do outro, o grupo convertido a Cristo, logo era integrado comunidade crist, j repleta de multides de fiis; ela estava cheia de temor, coesa, unida; repartia suas posses, vendia propriedades e bens para dividir o dinheiro conforme a necessidade de cada um. Lucas diz que em certa poca nenhum carente havia na Igreja, pois os que possuam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos ps dos apstolos; ento, se distribua a quem tinha necessidade (At 4.34,35).

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O FANTSTICO CRESCIMENTO INTEGRAL DA IGREJA PRIMITIVA EM ATOS DOS APSTOLOSNo possvel falar da Igreja Primitiva e no mencionar seu crescimento. No refiro-me a cifras e nmeros apenas, conquanto os mesmos tenham, tambm, sido marcas notrias dos primeiros cristos. Na verdade, o crescimento numrico foi somente consequncia natural do desenvolvimento de outras reas. O Dr. Jorge H. Barro afirma que Orlando Costas, pensador singular, identifica, de At 1.12 a 8.3, o crescimento da Igreja Primitiva em quatro dimenses imprescindveis: Orgnica (desenvolvimento interno da comunidade de f: forma de governo, estrutura financeira, liderana, etc.) - At 1.25,26; 2.44, 46, 47; 6.1-7, etc. Diaconal ou encarnacional (intensidade do servio que a igreja presta ao mundo, como prova irrefutvel do amor redentor de Deus: grau de participao na vida, conflitos, temores e esperanas da sociedade, ajudando a aliviar a dor humana e a transformar as condies sociais, etc.) At 2.45; 3.6; 4.32-35, etc. Conceptual (est relacionado f e identidade da Igreja: grau de conscincia que a comunidade eclesial tem a respeito da sua existncia e razo de ser, sua compreenso da f crist, etc); a espiritualidade elemento imprescindvel para fomentar tal crescimento - At 1.14; 2.42, 47; 3.1; 4.24, etc. Numrica (relacionada com a incorporao de novos crentes comunidade como resultado da pregao e da ao da Igreja: reproduo que o povo de Deus experimenta ao proclamar o Evangelho, chamando homens e mulheres ao arrependimento de seus pecados e f em Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas e tambm incorporando numa comunidade local de crentes aqueles que respondem afirmativamente, inserindo-os na luta do reino de Deus contra o exrcito do mal) - At 2.41,47; 4.4; 5.14, etc.28 Estas marcas faziam da Igreja Primitiva e, de certa forma, influenciavam sua expanso. Todavia o progresso, quando no bem administrado, traz consigo grandes riscos.

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ESTAGNAO, PERSEGUIO E EXPANSO DA IGREJA CRIST PRIMITIVAApesar do crescimento integral, a Igreja Primitiva, em certo momento, tambm cometeu alguns equvocos. Talvez tenha esbarrado exatamente na prpria eficincia e eficcia, afinal, quando o sucesso no bem administrado converte-se em sutil armadilha. Foi assim com vrios lderes bblicos. A viso de Deus os conduziu grandeza, depois, por descuido, veio a derrota. John Maxwell escreveu sobre tal perigo. "Nunca se contente em ter atingido o seu alvo; no repouse em seus louros. A histria est repleta de pessoas que embora tenham conquistado grandes coisas, perderam sua viso. Quando Alexandre o Grande tinha uma viso conquistou pases, quando a perdeu, no pde conquistar sequer uma garrafa de licor. Enquanto Davi tinha uma viso, conquistou Golias; quando perdeu sua viso, no pde sobrepujar sua prpria luxria. Enquanto Sanso tinha uma viso, pde vencer muitas batalhas; quando perdeu sua viso, no pde vencer sua batalha com Dalila. Enquanto Salomo tinha uma viso, foi o homem mais sbio do mundo; quando perdeu o sonho que Deus lhe havia dado, no pde controlar suas prprias paixes por mulheres estrangeiras. Enquanto Saul teve uma viso, pde conquistar reis; quando perdeu sua viso, no pde conquistar seu prprio cime. Enquanto No teve uma viso, ele pde construir uma arca e ajudar a preservar a raa humana nos trilhos; quando perdeu sua viso ficou bbado. Enquanto Elias teve uma viso, pde orar para que fogo descesse do cu e cortou a cabea dos falsos profetas; quando perdeu seu sonho, fugiu de Jezabel. o sonho que nos mantm jovens; a viso que nos mantm caminhando".29

Pr. Jos Roberto de Oliveira Chagas

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Com a Igreja tambm foi assim. Cresceu orgnica, diaconal, conceituai e numericamente em Jerusalm, mas parece que se esqueceu, momentaneamente, dos outros campos (Jo 4.35). A Igreja enviada a pregar ao mundo inteiro se contm sublimada, perplexa, atrapalhada, embebedada com a graa de Deus, perde o caminho, no sabe mais onde o mundo est; em Jerusalm ela germina e se arraiga, mas tambm se comunitariza, se fecha, se apequena e fica como que curtindo as maravilhas de ser abenoada e se esquece do mundo pago perdido.30 Finalmente explode uma onda de perseguio, sem precedentes, forando a Igreja que "estava em Jerusalm" (At 8.1) a tomar uma posio. Diante de tal sitao poderia se desencavernar, sair da sua zona de conforto e levar o Evangelho Judia, Samaria e aos confins da terra, conforme ordenou Jesus (At 1.8), ou seria assolada por Saulo, o perseguidor, cuja animosidade e ostracismo ao Cristianismo eram evidentes: entrava de casa em casa, arrastava homens e mulheres e os jogava na cadeia. S. E. McNair cita as conseqncias da perseguio: Espalhou os crentes e resultou em propagao do Evangelho. Separou os genunos dos meramente interessados. Despertou os coraes dos verdadeiros crentes. Fortaleceu esses crentes no seu testemunho do Evangelho.31 Conta-se que o crescimento da Igreja foi de tamanho impacto nas dcadas iniciais que numa carta que Plnio, governador da Bitnia, escreveu a Trajano, declarou que os templos dos deuses estavam praticamente abandonados, lanados s moscas, enquanto os cristos em toda parte formavam enormes multides. O Dr. John Drane diz que o pequeno grupo de Jesus levou sua mensagem, em apenas alguns anos, a todo o mundo conhecido na poca, estabelecendo igrejas nos grandes centros da Grcia, sia Menor, Egito, e at na capital do Imprio Romano.32 Benjamin Scott assevera que o Cristianismo tinha-se estabelecido em Roma no reinado de Cludio - 25 depois da morte de Jesus; Paulo ao lhe escrever, manda saudaes a muitas pessoas e famlias, provando seu xito ali e que no era obra recente.33

NOTAS

Pr. Jos Roberto de Oliveira Chagas

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'VIGNA, Mayre B. C. e MASUKO, Marcos Hideishi (coord, e org.). META - Manual de Ensino e Tcnicas Avanadas. So Paulo: Didtica Paulista, 2006, p. 22. 2 RODRIGUES, Izabel Cristina de Melo (coord.). Minidicionrio Escolar da Lngua Portuguesa. So Paulo: Rideel, 2001, p.181. 'COTRIM, Gilberto. Histria ScReexo. So Paulo: Saraiva, 3" ed., 1996, p.10. 4 BUENO, Silveira. Dicionrio da Lngua Portuguesa. So Paulo: Didtica Paulista, 1999, p.481. 3 MOTA, Carlos Guilherme, e LOPEZ, Adriana. Histria Sc Civilizao. So Paulo: tica, 1995, p.2. 6 VIGNA e MASUKO, Op. Cit., p.22. 'VICENTINO, Cludio. Histria Geral. So Paulo: Scipione, 2 ed., 1992, p.8. "CAIRNS, E. E. O Cristianismo Atravs dos Sculos. So Paulo: Vida Nova, 1984, ps.20,21. 'GREER JR, Clyde P. "Refletindo Honestamente Sobre a Histria". In MACARTHUR, John (ed. geral). Pense Biblicamente. So Paulo: Hagnos, 2005, p. 400. '"GRENZ, Stanley J., GURETZKI, David e NORDILING, Cherith Fee. Dicionrio de Teologia. So Paulo: Vida, 2002, p.130. 'ANDRADE, Claudionor C Dicionrio Teolgico. Rio de Janeiro: CPAD, 11 ed., 2002, ps.175,176. 12 HORREL, J. Scott (org). "A Essncia da Igreja". Ultrapassando Barreiras. So Paulo: Vida Nova, 1994, ps.11,12. ''MARTINS, Jaziel G. Manual do Pastor e da Igreja. Curitiba: A.D. Santos Editora, 2002, ps.5,6. "FALCO SOBRINHO, Joo. A Tnica Inconstil. Rio de Janeiro: JUERP, 1998, p.15. 15 DUSING,MichaelL.'AIgrejanoNovoTestamento".InHORTON,StanleyM.(ed.). Teologia Sistemtica. Rio de Janeiro: CPAD, 3 ed., 1996, p.536, 537. "FALCO SOBRINHO, Op. Cit., p.22. "MARTINS, Op. Cit., p.15. '"FERRAZ, Jos. Histria da Igreja, p. 3. (www.adoracao.com). "GOPPELT, Leonhard. Teologia do Novo Testamento. So Paulo: Teolgica, 3a ed., 2002, ps.458, 459, 461. 20 NICHOLS, Robert H. Histria da Igreja Crist. So Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 6* ed., 1985, ps.18,19. 2 'UNGER, Merril F. Manual Bblico Unger. So Paulo: Vida Nova, 2006, p.458. "HRSTER, Gerhard. Introduo e Sntese do Novo Testamento. Curitiba: Ed. Evang. Esperana, p.66. DOUGLAS, J. D. (ed.) & (SHEDD, Russel P.). O Novo Dicionrio da Bblia. So Paulo: Vida Nova, 2006, 3a ed. rev., p.608. 24DUSING, Op. Cit., p.538. "FERREIRA, Ebenzer Soares. Manual da Igreja e do Obreiro. Rio de Janeiro: JUERP, 8a ed., 1995, pp.31,32. "NICHOLS, Op. Cit., p. 20. 27FALCO SOBRINHO, Op. Cit., p. 63. 28 BARRO, Jorge H. De Cidade em Cidade. Londrina: Descoberta, 2002, ps. 105-110. "MAXWELL, J. C. Seja Tudo O Que Voc Pode S e r / S i o Paulo: Sepal, 2002, ps. 76, 77. 3 D'RAJO FILHO, Caio Fbio. O Sopro do Esprito. Niteri: Vinde, p. 14. "MACNAIR, S. E. Bblia Explicada. Rio de Janeiro: CPAD, 1994, p. 393. 32DRANE, John. A Bblia: Fato ou Fantasiai'So Paulo: Bom Pastor, 1994, p. 123.