Noções de Jornalismo
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SUMÁRIO
1. O que é notícia? ........................................................................ 5
1.1 Pautas para os Conselhos ........................................................ 7
Tipos de Fontes de notícias ........................................................... 9
1.2 Tipos de textos jornalístico .................................................... 14
1.3 Diferentes tipos de mídia: ..................................................... 16
2. Como redigir uma notícia? ........................................................... 18
2.1 O Lead .................................................................................... 18
2.2 A Pirâmide Invertida ..............................................................19
2.3 O Título ..................................................................................20
2.4 O Tamanho ............................................................................ 22
2.5 A regra dos seis C ...................................................................24
3. Jornalismo para internet .............................................................. 30
4. Dicas de formatação e redação .................................................... 33
5. Bibliografia ..............................................................................40
1. O QUE É NOTÍCIA?
Notícia é a matéria-prima do jornalismo. É todo acontecimento que
se destaca em função de seu interesse, atualidade e capacidade de
comunicar algo ao público. Basicamente, notícia é u ma forma de
contar um acontecimento, baseado em algumas regras c onstruídas
ao longo dos anos pelo jornalismo.
Uma brincadeira que costuma ser feita é: um cachorro que morde o
dono não é notícia, mas o dono morder é cachorro é. Os repórteres,
editores e todas as pessoas envolvidas nesse processo jornalístico
têm que escolher, entre os diversos acontecimentos do m undo,
aqueles que são de interesse do público e devem ganhar destaque.
Alguns critérios definem essa escolha, como o seu caráter d e
novidade, a proximidade do fato com o leitor (quanto mais próximo,
mais influenciará na sua vida) e sua relevância.
É importante entender que a notícia não é um esp elho do que
acontece no mundo, e sim, uma interpretação desse fato, que é
apresentada em linguagem e formato jornalístico. A mídia (termo que
simplifica “meios de comunicação”, ou seja, jornais, r evistas, blogs,
televisão, rádio, etc) e as notícias por ela veiculadas ao mesmo tempo
constroem e reproduzem, ao seu modo, a sociedade em que vivemos.
Elas são capazes de influenciar na escolha dos temas que iremos
discutir no nosso dia a dia.
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Essa noção de que as informações da mídia ajudam a construir o mundo
social é conhecida como Agenda Setting: as pess oas organizam seus
comentários sobre o que acontece no espaço público de acordo com
aquilo que as mídias lhes apresentam. Isso ocorre porque, muitas vezes,
transformar o acontecimento em notícia faz com que o público tome
conhecimento dele, e assim, este pode passar a ser um tema de
discussão em diversos espaços (no trabalho, na reunião de família ou até
mesmo numa mesa de bar). Muitas informações não se tornam de
conhecimento do público porque não são divulgadas.
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1.1 PAUTAS PARA OS CONSELHOS
A mídia estabelece alguns critérios para selecionar os acontecimentos
que serão transformados em notícias e depois publ icados. Esses
critérios, são escolhas editoriais definidas como critérios de
noticiabilidade. O conselho tem objetivo de divulgar seu trabalho e sua
causa, ou seja, o motivo social pelo qual existe (como por exemplo, a
defesa dos direitos humanos, do meio ambiente, da ética pública, da
energia etc). Assim, suas matérias podem ter um caráter mais
institucional, ou seja, voltado para o que é feito dentro da instituição.
AS PAUTAS PARA OS CONSELHOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUEM:
Cobertura de eventos: plenárias, posse de novos
conselheiros, seminários, cursos ou capacit ações que o
conselho promova;
As instituições que geram produtos e fat os: conselhos
municipais, secretaria à qual se vincula, entidades que
possuem assento, conselho nacional, etc;
· As políticas públicas para a área: leis, regulamentações sobre
as atividades do setor, decisões judiciais que afetem,
resoluções;
· Dia-a-dia do setor: informações internas importantes,
agenda das reuniões, mudança de pessoal, atas.
O conselho precisa sustentar suas publicações pela qualidade do bom
jornalismo, como a periodicidade respeitada, a apuraç ão rigorosa, o
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texto informativo. Por outro lado, precisa lembrar -se de suas
características institucionais:
Ao se falar de atualidade é preciso considerar a do conselho e não a
da sociedade. Para algumas notícias, como as de política, dois ou três
dias são capazes de transformá-las em peças de museu. Porém, em
uma instituição os acontecimentos se desenrolam de uma maneira
mais lenta do que na sociedade. Um fato ocorrido há um m ês ainda
pode ser considerado como novidade.
Dessa forma, a periodicidade nos veículos do conselho de vem levar
em conta esses fatores. Não adianta planejar uma publicação
semanal se o conselho não produz conteúdo suficiente para ser e
xplorado. Ao mesmo tempo é necessário que a publicação seja
editada em intervalos de tempos regulares e bem definidos.
E ainda, deve-se ter em mente o público-alvo do conselho, pois é esse
o universo de pessoas que se espera atingir. A publicação pode ter
um conteúdo de interesse para a sociedade em geral, m as, devido ao
caráter setorial dos conselhos, é necessário concentrar esforços. Ao
mesmo tempo, o conteúdo deve ser balanceado entre informações
institucionais e de interesse geral do seu público alvo, par a evitar
que a publicação se torne monótona e pouco lida.
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TIPOS DE FONTES DE NOTÍCIAS
Os conselhos possuem diversos espaços que geram in formações e,
conseqüentemente, notícias. Segue abaixo, exemplos de onde o
conselho pode buscar pautas.
FONTES INTERNAS:
O próprio conselho pode e deve redigir suas notícias, principalmente
no que diz respeito ao dia-a-dia do setor e cobertura de eventos.
Exemplos:
Ao invés de publicar somente a lista de novos
conselheiros, pode-se escrever uma pequena nota
informando sobre a entrada dessas novas pessoas e as
apresentando.
· As informações divulgadas pelos emails in ternos muitas
vezes rendem notícias importantes para os públicos de
interesse e podem ser estruturadas, editadas e divulgadas
nos veículos de informação do conselho (sí tio eletrônico,
boletim informativo, mural de recados, entr e outros).
· Outras notícias muitas vezes passam despe rcebidas pela
equipe, por já fazerem parte do cotidiano. Ficar atento
aos cartazes colados no prédio do cons elho, porque
muitas vezes são convites para eventos que precisam ser
divulgados.
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· As atas, além de serem divulgadas no site, podem ser
transformadas em notícias, uma vez que contém
informações importantes sobre o que foi d eliberado nas
reuniões.
· As conferências e outros eventos pro movidos pelo
conselho devem ser divulgados antes e depo is do evento.
FONTES MISTAS:
Fontes mistas são aquelas que estão próximas ao cons elho e podem
gerar matérias diretamente relacionadas a ele ou ao a p olítica
pública. Assim, o conselho não precisa redigir a notícia, mas sim
buscá-la em outros espaços próximos a ele. Exemplos:
Algumas assessorias de imprensa das Secretarias de Estado
fazem um clipping – reunião de matérias di vulgadas pela
mídia – com notícias sobre a temática do conselho ou sobre
a Secretaria. O conselho pode manter contato próximo à
assessoria de comunicação da Secretaria a qual ele se
vincula, a fim de que esta envie notícias que possam ser
publicadas. A equipe do conselho pode também acessar freq
üentemente o sítio eletrônico da Secretaria para checar s e
existe algo importante para publicar.
Os próprios conselheiros são fontes de info rmação. Eles devem sempre ser lembrados de que o co nselho possui
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veículos de mídia e que devem contribuir com o seu
conteúdo. A equipe deve estimulá-los a enviar sugestões de
pauta ou mesmo matérias prontas. O envio de um boletim
informativo facilita esse processo porque os lembra,
periodicamente, que o conselho possui um espaço para
divulgar informações de interesse.
· Muitas entidades ou organizações da sociedade civil que são
relacionadas à temática do conselho possuem sit es e
divulgam newsletters com informações que podem e devem
ser publicadas.
FONTES EXTERNAS:
A grande mídia e os portais de notícia do governo esta dual e federal
costumam publicar matérias que têm a ver com a temática do
conselho, mas não necessariamente diretamente relacionada a ele.
Chamamos essas fontes de externas por esse motivo: elas não têm
relação com a equipe do conselho, mas ainda assim po dem divulgar
conteúdos que o conselho também tem interesse em pub licar.
Periodicamente acessar o Portal Agência Minas
(www.agenciaminas.mg.gov.br), pois ali sã o divulgados
informações sobre as políticas publicas estadu ais, e o Portal
Agência Brasil (www.agenciabrasil.gov.br) pois este divulga
informações sobre as políticas publicas fede rais. Agência
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Senado (www.senado.gov.br/Agencia) e Agencia Câmara
(www.camara.gov.br/agencia) também são importantes
fontes de informação.
· Além disso, grandes veículos podem publicar ma térias sobre
a temática do conselho. Uma forma de fazer isso é através
de clipping. O Google oferece uma ferramenta grat uita
chamada Google Alertas. Diariamente são enviados por
email notícias relacionadas a algum tema de pesquisa
escolhido. É interessante cadastrar o conselho e verificar a s
notícias que são relevantes e atrativas para o sítio.
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1.2 TIPOS DE TEXTOS JORNALÍSTICO
Existem diferentes tipos de texto jornalístico, que podem ser
aproveitados de forma diferentes. Seguem alguns:
MATÉRIA - todo texto jornalístico que narra ou de screve fatos.
Dividem-se em matérias "quentes" (sobre um fato do dia ou recente)
e matérias "frias" (temas relevantes, mas não necessaria mente
novos). Existem subtipos de matérias:
matéria leve ou feature - texto com informaçõ es pitorescas
ou inusitadas. Muitas vezes este tipo de ma téria beira o
entretenimento. Como exemplo, no portal d e notícias G1
(www.g1.globo.com) existe uma seção intitu lada “Planeta
Bizarro”, na qual são veiculadas matérias curiosas e
engraçadas sobre fatos reais ocorridos em dive rsos países
no mundo.
suíte - é uma matéria que dá seqüência ou c ontinuidade a
uma notícia, seja por desdobramento do fat o, por conter
novos detalhes ou por acompanhar um personag em.
· perfil - texto descritivo de uma pessoa, entidade, ou grupo.
· entrevista - é o texto baseado essencialmente na fala de
uma pessoa.
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NOTÍCIA - texto com caráter objetivo, que preten de contar as
informações essenciais sobre um assunto em pouco espaço. A
atualidade é um fator fundamental.
REPORTAGEM - texto mais aprofundado que apresenta dados que
extrapolam o aspecto descritivo da notícia e traz info rmações mais
detalhadas. A atualidade não é um fator essencial.
EDITORIAL - reflete a opinião do veículo de imprensa, não deve ser
assinado por nenhum profissional individualmente. É comum grandes
jornais impressos, tais como o Folha de São Paulo, Estado de Minas e
O Globo, se posicionarem a favor ou contra um determina do assunto
de grande relevância social.
ARTIGO - Texto opinativo, geralmente sobre um tema específico,
deve ser assinado.
NOTA - Texto curto sobre algum fato que seja de relevâ ncia
noticiosa, com um ou dois parágrafos e somente as informações
essenciais sobre o assunto.
CHAMADA - texto muito curto (duas linhas no máximo ) na primeira
página ou capa que remete à íntegra da matéria nas págin as interiores.
TEXTO-LEGENDA - Texto curtíssimo que acompanha uma foto,
descrevendo-a e adicionando a ela alguma informação.
RELEASE – É um comunicado feito para a imprensa visando divulgar
um acontecimento.
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1.3 DIFERENTES TIPOS DE MÍDIA:
JORNAL - Os jornais são veículos impressos, que possuem um
conteúdo genérico, pois publicam notícias e opiniões que abrangem
os mais diversos interesses sociais. No entanto, há també m jornais
com conteúdo especializado. A periodicidade mais comum dos
jornais é a diária, mas existem também aqueles com periodicidade
semanal, quinzenal e mensal.
REVISTA - Revistas são veículos impressos que valori zam, além da
informação escrita, a questão visual. São feitas em pap el melhor do
que o jornal, possui mais imagens e uma diagramação mais bonita.
Podem ser de temática geral ou especializada. As re vistas contêm
reportagens mais aprofundadas e a periodicidade é, no mínimo,
semanal.
SITE - Meio mais comum na Internet, exige características de redação
diferente dos veículos impressos e permite mais possibilidades de
conteúdo, além do informativo. A atualização não tem periodicidade
definida, mas quanto maior o espaço de tempo, meno r a chance do
leitor se fidelizar.
BLOG - Também comum na internet. A principal cara cterística dos
blogs é a possibilidade de interação do visitante, respondendo ou
opinando em relação aos artigos postados. Os textos podem ser em
primeira pessoa.
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BOLETIM INFORMATIVO - Os boletins informati vos, também
conhecidos com Newsletter, são enviados por email ou outros meios
eletrônicos como mensagem de texto ou redes sociai s na Internet.
Além disso, também pode ser impresso. São usados para fornecer
novidades e informações de uma instituição. Podem conter notícias
novas ou reproduzir em notas notícias publicadas em out ro veículo.
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2. COMO REDIGIR UMA NOTÍCIA?
Ao redigir uma notícia é preciso levar em conta o públi co que irá ler.
Ao longo de sua história, o jornalismo consolidou algu mas regras de
redação que facilitam a compreensão de quem lê e padronizam a
forma de escrever. Seguem abaixo algumas dessas regras:
2.1 O LEAD
Essa é uma das primeiras técnicas de redação que se ensina a todo
aprendiz de jornalismo. Exige-se que todo texto informativo responda
a seis perguntas: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Porquê?
· "O QUÊ" - o fato ocorrido
· "QUEM" - o personagem envolvido
· "ONDE" - o local do fato
· "QUANDO" - o momento do fato
· "PORQUÊ" - a causa do fato
· "COMO" - o modo como o fato ocorreu
Esta norma facilita a busca de informação pois proporcio na um
simples questionário que, uma vez respondido, permite dar po r
cumprido o trabalho básico do repórter e todas as principais dúvidas
do leitor estarão respondidas.
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2.2 A PIRÂMIDE INVERTIDA
A pirâmide invertida é uma forma de se escrever o texto que organiza
o conteúdo em uma ordem de interesse decrescente. No inicio, o
texto deve responder às perguntas básicas do Lead (O quê? Quem?
Quando? Onde? Como? Por quê?). A partir daí, se adiciona det alhes
e dados secundários até que o espaço para o texto se esgote.
A idéia desse esquema é que uma pessoa que só q ueira saber o
essencial da informação e somente rastreia por alto em busca de
termos destacados como nomes, datas ou números, não perderá o
interesse pela leitura logo no início. Convêm, portant o situar esses
elementos informativos de máximo interesse no começo do
parágrafo para facilitar sua rápida localização por parte dos leitores.
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2.3 O TÍTULO
O título é elemento chave do texto jornalístico. É uma forma de
destacar e resumir os aspectos essenciais da notícia e atrair a atenção
do leitor.
Nos meios tradicionais (jornais, revistas, etc), os títulos costumam
cumprir três funções:
1. Função de identificação: servem como r ecurso para
individualizar e diferenciar um texto jornalístico de outros;
2. Função informativa: sintetizam o conteúd o do texto
jornalístico que encabeçam;
3. Função apelativa: servem para suscitar o inte resse e, junto
com os eventuais elementos gráficos que podem
acompanhar o texto, cumprem a função de primeira âncora
p ara o olho do leitor.
Na Internet, os títulos possuem uma quarta função:
4. Função hipertextual: servem como elemento chave para a
navegação na rede, porque nos títulos se situa de primeira o
link que permitirá exibir o texto da informação.
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Os títulos jornalísticos podem se dividir em duas categor ias
principais: aqueles que têm finalidade principal de sintetizar a infor
mação (títulos informativos), e aqueles que buscam uma evocação q
uase literária (títulos criativos). Mas um mesmo título pode se
encaixar nas duas categorias.
TÍTULO NA INTERNET
Na internet, o título informativo tem uma vantagem: não deixa
dúvidas ao leitor sobre que tipo de conteúdo aparecerá se clicar no
“link-título”. O leitor entenderá do que se trata esse conteúdo. Ao
contrário, a titulação criativa pode desorientar o leitor: os jogos de
palavras comuns a esses títulos podem fazer com que o leitor não
entenda que tipo de informação ele traz.
E ainda, responder no título de forma explícita o “quem” e/ou “o
quê” da informação é imprescindível para assegurar a visibilid ade
futura das notícias através de mecanismos de busca. Com título
criativo, uma busca no Google, por exemplo, não permite achar
facilme nte o assunto porque, em geral, os termos usados no título
não têm relação direta com o texto.
Na internet, titular bem é necessário por que:
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· as dimensões reduzidas da tela do computador – assim como
agendas eletrônicas ou celulares – exigem uma maior
concisão. Em conseqüência, ao contrário da imprensa
impressa, os títulos aparecem freqüentemente isolados, sem
nenhum parágrafo informativo que o explique, e por isso
devem ser especialmente claros e sintéticos aos olhos do
leitor.
· a página inicial de um site atua como um mapa i nformativo de
toda a publicação e, por tanto, tende a reuni r uma grande
quantidade de links para sessões e noticias interiores.
2.4 O TAMANHO
Os leitores desejam informação rápida, breve, sem demora. Mas
também a desejam completa, suficiente e detalhada. As exigências de
clareza, concisão e precisão, lema do estilo jornalístico tr adicional,
são aplicáveis a qualquer texto jornalístico, independente do tipo de
veículo de mídia utilizado. E devido às características da tela do
computador, ou do celular, a leitura de textos longos fica cansativa.
Na internet, então, é particularmente necessário escrever textos
concisos, com seções e parágrafos curtos.
No caso de veículos impressos a extensão da informação vem definida
pelo papel. Não é possível escrever mais do que o espa ço delimitado.
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Já na web, a informação é delimitada pelo tempo e pel o interesse do
leitor.
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2.5 A REGRA DOS SEIS C
CORREÇÃO, CLAREZA, CONCISÃO, CONSISTÊNCIA, CRE DIBILIDADE E
CORTESIA.
Em qualquer tipo de texto, o primeiro requisito é a correção. Por
mais profundo que seja seu conteúdo, se um texto tem erros
ortográficos e gramaticais, ele será um fracasso.
O leitor, qualquer que seja, deve ser capaz de entender sem
dificuldade o que lhe conta a notícia. As informações não podem ser
implícitas ou subentendidas. Para ser claro, além dos termos
empregados, importa dar ao leitor um contexto do acont ecimento.
A concisão não equivale exatamente à brevidade. O brev e é o curto, o
conciso, ao contrário, é o sintético. É possível ser co nciso sem ser breve.
A concisão significa dizer o máximo de informaçõ es necessárias com o
mínimo número de palavras, com independência de qual será sua
extensão. As sentenças devem ser breves, os parágraf os, curtos.
A consistência é a síntese de duas qualidades textuais: coerência e
coesão. O texto tem que seguir a mesma linha argumenta tiva – ou
seja, a mesma idéia - do início ao fim, e deve saber conectar
corretamente os argumentos e termos utilizados.
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A credibilidade é a confiabilidade que o leitor atribui a determinado
veiculo. A credibilidade tem que ser conquistada. Exi stem algumas
recomendações:
· rumor não é notícia;
· a informação deve ser contrastada, partindo de diferentes argumentos sobre o mesmo tema;
· a informação deve ser corretamente atribuída;
· em casos polêmicos, dar voz a todos envolvidos;
· sempre que possível convêm respaldar as informações com fontes pessoais ou documentais.
Um texto nunca deve conter termos ou expressões que sejam
ofensiva a alguém. A cortesia significa sempre usar do bom senso e
educação para tratar de qualquer tema.
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EXEMPLOS
RODOVIÁRIOS RETOMAM GREVE EM BELO HORIZONTEParalisação deve atingir pelo menos outros oito municípios mineiros. Segundo o sindicato, não há previsão para o fim da greve.
Rodoviários de Belo Horizonte e pelo menos outras oito c idades da Região Metropolitana iniciaram, nesta segunda-feira ( 15), uma nova paralisação. Ainda não há informações sobre o número de ônibus fora de circulação. De acordo com o Sind icato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte, não há previsão para o fim da greve.
A primeira paralisação por reajuste salarial aconteceu em fevereiro e durou três dias. Segundo o Sindicato, a retomada da gr eve atinge as cidades mineiras de Contagem, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, Rio Acima e Vespasiano.
Em assembléia realizada no domingo (14), os r odoviários rejeitaram a proposta de reajuste do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte e do Sind icato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano.
Os trabalhadores reivindicam aumento de 37%, re dução na jornada de trabalho para seis horas e fim da circulação de ônibus sem cobradores. O reajuste proposto pelas empresas é de 4,36%.
Fonte: www.g1.com
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TRAVESSIA FAZ NOVO REPASSE DE RECURSOSPrograma distribui verba para mais 65 cidades com baixos índices de IDH
A secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Ana Lúcia Almeida Gazzola, recebeu, ontem, 65 prefeitos mine iros para assinatura dos convênios e entrega dos planos municipai s de ações articuladas para execução do Programa Travessia em 2010. O convênio vai financiar as obras que devem contribuir na melhoria da qualidade de vida das populações mais carentes dos municípios beneficiados pelo programa. Cada cidade vai receber R$ 400 mil da Sedese, até o final do ano.
"O Governo de Minas compreende as diferenças do noss o Estado e cria novos instrumentos para combater essas distorç ões. E o Travessia é um destes instrumentos", destacou a secre tária Ana Lúcia.
Após a assinatura dos convênios, os prefeitos puderam participar de uma palestra sobre os planos municipais com a g erente do Travessia, Cláudia Bolognani. Também participaram do evento o gerente de Departamento de Micro e Pequenas Em presas do BDMG, Roberto Emílio de Senna; e a assessora de Pr omoção à Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde, Maria Lúcia Teix eira.
O Programa O Travessia é um dos programas estruturadores do Go verno de Minas, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese) e tem como objetivo melhorar a qualidad e de vida de comunidades de cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), priorizando seis áreas de atuação: san eamento, intervenções urbanas, saúde, gestão social, educação e re nda.
Criado em 2008, o programa realiza ações articuladas de combate à pobreza que envolvem as 18 secretarias de Estado e órgãos públicos, com investimento total que vai superar R$ 600 milhões. Juntos, órgãos e secretarias do Governo articulam ações que proporcionam melhorias concretas na qualidade de vida de uma
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população estimada em um milhão de habitantes, em 11 0 cidades com baixo IDH.
As obrasDos 35 municípios beneficiados em 2009, 138 obras foram pactuadas com recursos do Travessia e 47 delas já foram finalizadas. Nessas obras estão incluídos 17 projetos de reforma, construção e reconstrução de casas, totalizando 324 moradias. Dessas, 130 já foram concluídas ou estão em fase final de acabamento.
Fonte: www.iof.mg.gov.br
CIDADÃO NOTA DEZ CAPACITA ARTICULAD ORES E COORDENADORES DO PROGRAMA
Na próxima segunda-feira (15) o Cidadão Nota Dez promove capacitação de alfabetizadores e coordenadores mun icipais do programa. O evento acontecerá a partir das 8h no salão de convenções do SESC de Montes Claros. A capacitação será ministrada por profissionais da Universidade Federal de Minas Gerais, tem carga horária de 40 horas e seguirá até a q uinta-feira (18), no horário de 8h às 19h, com intervalo de uma hora.
O diretor do Idene no Norte de Minas, Edson Ferreira do Couto, está otimista. “Neste ano pretendemos alfabetizar 120 m il pessoas, dando a elas conhecimento e inserindo-as no conví vio com a sociedade e, para isso, estamos investindo cada ve z mais na capacitação dos nossos colaboradores” afirma.
O Cidadão Nota Dez começou suas atividades em 2003. O programa, criado pelo governo federal para diminuir os níveis de analfabetismo no Brasil, no Norte de Minas é coordenado pelo Sistema Sedvan/Idene, formado pela Secretaria d e Estado Extraordinária para o Desenvolvimento dos Vales do Jeq uitinhonha,
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Mucuri e do Norte de Minas Gerais e o Ins tituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas.
As ações do programa são desenvolvidas no sentido de fo rtalecer os agentes sociais, contribuindo para uma cidadania ativa. “Estamos trabalhando para tirar essas pessoas do anonimato. As in serindo na sociedade, através da alfabetização básica”, destaca Eds on Ferreira do Couto, diretor do Idene no Norte de Minas.
“O Cidadão tem o objetivo não só de alfabetizar, mas d e ensinar a ler e escrever, interpretar, além de realizar as quatro operações matemáticas básicas. É uma oportunidade para aqueles que não puderam estudar e que agora tem a chance de serem alfabetizados”, afirma João Luiz Paula da Costa, artic ulador do programa no Norte de Minas.
O SESC de Montes Claros fica à avenida Deputad o Esteves Rodrigues, nº 1124 no centro da cidade.
Fonte: www.agenciaminas.mg.gov.br
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3. JORNALISMO PARA INTERNET
O webjornalismo representa uma grande mudança no s modelos de
produção e distribuição das notícias, uma vez que reú ne e explora todas
as potencialidades dos demais meios – televisão, rádio e impresso. A
internet oferece ao seu público maior acesso a um grande número de
informações, de uma forma diferenciada e colaborativa.
HIPERTEXTO OU LINKS
O jornalismo para internet possui uma diferença primordial em relação
aos outros meios. Ele permite interconectar diferen tes tipos de
documentos num mesmo texto, garantindo que o leit or tenha uma
informação mais completa e detalhada – através dos links. Com isso, é
possível imprimir grande profundidade a cada u ma de suas informações,
sem a necessidade de sobrecarregar o texto de conteúdo. Assim, pode
satisfazer tanto o leitor pouco interessa do - que se contenta com uma
versão resumida da noticia - co mo ao muito interessado, que agradece o
fato de ter acesso a mais info rmação.
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Mas isso também pode gerar problemas: dispor a distânc ia de um
click documentos originais digitalizados pode dar pé a um efeito
perverso: o plágio. Por isso, é importante a obedecer certas regras:
Sempre que possível e, sobretudo quando se tratar de
documentos na íntegra, ao invés de copiar, reme ter o leitor
ao documento original através de um link;
Se por alguma razão é necessário inserir parte de algum
documento externo no texto, colocar sempre um link que
remete a fonte original.
ONDE E COMO USAR LINKS
· Não saturar o texto com links: com isso só se con segue desorientar o leitor.
· Colocar os links preferencialmente ao final da s orações ou
parágrafos: para garantir que o leitor tenha co mpreendido a
informação se escreveu. Se os links se situam n o princípio, o
31
autor corre o risco que o leitor clique neles antes de ter lido o
resto da informação, que pode ser essencial.
o Incorreto: Clique aqui se deseja que seu PC se
infecte com um vírus
o Correto: Se deseja que seu PC se infecte com um
vírus, clique aqui.
· Distinguir claramente os links do texto: na internet se
considera um erro sublinhar palavras que não sejam links,
uma vez que o leitor pode confundi-las. Assim , também se
deve evitar incluir links pouco contrastados em relação ao
texto original, porque podem passar inadvertidos aos olhos
do leitor
· Usar cada link somente uma vez por termo. Nesse caso, é
conveniente seguir um critério análogo ao que se segue na
redação jornalística impressa, em relação as siglas: só se
explicita na primeira vez que a menciona no texto. Da
mesma forma, em uma noticia hipertextual, só se deve i
ncluir um link por cada termo ou tema utilizado.
Muitas vezes um leitor clica em um link se m saber com
certeza o que encontrará. Ele não sabe se encontrará uma
outra página de website, um documento em PDF, um
gravação de som... ou um vírus. É importante informar o
conteúdo do link e só linkar arquivos e sites conf iáveis.
32
Evite as URLs muito longas e complicadas sal vo que sejam
essenciais para dirigir o leitor até um determinado
documentos.
Além do hipertexto, outro aspecto muito comum e não menos
importante é o uso de recursos multimídia: capacidade do suporte
digital de combinar em uma só mensagem pelo menos u m dos
quatro elementos, texto, imagem, vídeo e som. Com isso, aumenta-se
a qualidade informativa de um texto, pois ele permitirá outras e
novas formas de compreensão. Além disso, torna o conteúdo m ais
atrativo e interessante.
4. DICAS DE FORMATAÇÃO E REDAÇÃO
FORMATAÇÃO
Ao visitar um site, receber um boletim ou simplesmen te ir à banca
comprar um jornal, o leitor também leva a questão estét ica em
conta. A “cara” de um veículo de mídia é muito importante, pois é a
primeira impressão que qualquer pessoa vai ter do seu veículo o que
pode ser decisivo na sua escolha por ler ou não seu conteúdo.
Além da questão estética, a legibilidade é um a specto muito importante.
Não adianta ter um conteúdo excelente, se ele é difícil de ler. Assim, a
diagramação e formatação de qualquer veíc ulo de mídia é muito
importante. A título de exemplo, iremos usar o sítio eletrônico dos
conselhos para falar de aspectos que devem ser observados:
33
PADRONIZAÇÃO: Seguir um padrão de cor es, de tipo e
tamanho da letra e da disposição do texto em todo site. Isso
porque, se a cada página, ou pior, se no meio d o texto,
algum desses fatores mudar, o leitor ficará confuso e p
erderá o foco do conteúdo para pensar na forma.
LEGIBILIDADE: Não usar letras muito p equenas ou
rebuscadas, evitar cores claras no texto ou muitas cores em
uma mesma página. Com isso, garante-se que qualquer
público conseguirá ler e não ficará distraído por variações.
· SEMPRE REVISAR: Depois de publicar o conteúdo no site,
antes de enviar um boletim informativo, sempr e revisar e
ver se está tudo em ordem. No caso do site, mu itas vezes as
coisas não aparecem igual ao que colocamos no editor.
34
REDAÇÃO
Seguem algumas dicas importantes retiradas do Manual de Redação
e Estilo do Estadão. Essas dicas valem para qualquer tex to que vocês
forem escrever.
Seja claro, preciso, direto, objetivo e conciso. Use frases
curtas e evite intercalações excessivas ou ordens inversas
desnecessárias. Não é justo exigir que o leitor faça
complicados exercícios mentais para compreender o texto.
A simplicidade é condição essencial do text o jornalístico.
Lembre-se de que você escreve para todos os ti pos de leitor
e todos, sem exceção, têm o direito de enten der qualquer
texto, seja ele político, econômico, inte rnacional ou
urbanístico.
A simplicidade do texto não implica ne cessariamente repetição
de formas e frases desgastadas, uso exagerado de voz passiva
(será iniciado, será realizado), pobr eza vocabular, etc. Com
palavras conhecidas de todos, é possível escrever de maneira
original e criativa e produzir frases elegantes, variadas, fluentes
e bem alinhavadas. Nunca é demais insistir: fuja, isto sim, dos
rebuscamentos, dos pedantismos vocabulares, dos termos
técnicos evitáveis e da e rudição.
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Não comece períodos ou parágrafos seguidos c om a mesma
palavra, nem use repetidamente a mesma estrutura de frase.
O estilo jornalístico é um meio-termo entre a linguagem
literária e a falada. Por isso, evite tanto a retórica e o
hermetismo como a gíria, o jargão e o coloquialis mo.
· Em qualquer ocasião, prefira a palavra mais si mples: votar é
sempre melhor que sufragar; pretender é sempr e melhor que
objetivar, intentar ou tencionar; voltar é sempre melhor que
regressar ou retornar; tribunal é sempre melhor que corte;
passageiro é sempre melhor que usuário; elei ção é sempre
melhor que pleito; entrar é sempre melhor que i ngressar.
· Só recorra aos termos técnicos absolutamente indispensáveis e
nesse caso coloque o seu significado entre par ênteses.
· Procure banir do texto os modismos e os lug ares-comuns.
Você sempre pode encontrar uma forma elega nte e criativa
de dizer a mesm acoisa sem incorrer nas fórmula s
desgastadas pelo uso excessivo. Veja algumas: a nível de,
deixar a desejar,chegar a um denominador comum,
transparência, instigante, pano de fundo, estourar como
uma bomba,encerrar com chave de ouro, segredo guardado
a sete chaves, dar o último adeus.
· Dispense igualmente os preciosismos ou expressões que
pretendem substituir termos comuns, como: causídico,
Edilidade, soldado do fogo, elenco de medidas, data natalícia,
primeiro mandatário, chefe do Executivo, pre cioso líquido,
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aeronave, campo-santo, necrópole, casa de leis, petardo, fisicultor, Câmara Alta, etc.
Proceda da mesma forma com as palavr as e formas empoladas
ou rebuscadas, que tentam trans mitir ao leitor mera idéia
de erudição. O noticiário não tem lugar para termos como
tecnologizado, agudização, consubstanciação, execucional,
operacionalização, mentalização, transfusional, paragonado,
rentabilizar, paradigmático, programático, emblematizar,
congressual, instrucional, e mbasamento, ressociabilização,
dialogal, transacionar, parabenizar e outros do gênero.
Não perca de vista o universo vocabular do leit or. Adote esta regra
prática: nunca escreva o que você não diria. Assim, alguém
rejeita (e não declina de) um convite, p rotela ou adia
(e não procrastina) uma decisão, aproveita (e não usufrui) uma
situação. Da mesma forma, prefira demora ou adiamento a
delonga; antipatia a idiossincrasia; discórdia ou intriga a
cizânia; crítica violenta a diatribe; obscurecer a obnubilar, etc.
Dificilmente os textos noticiosos justificam a inclusão de
palavras ou expressões de valor absoluto ou muito enfático,
como certos adjetivos (magnífico, maravilhos o, sensacional
espetacular, admirável, esplêndido, genial), o s superlativos
(engraçadíssimo, deliciosíssimo, com petentíssimo,
celebérrimo) e verbos fortes como inferniz ar, enfurecer,
maravilhar, assombrar, deslumbrar, etc.
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Termos coloquiais ou de gíria deverão ser usados com
extrema parcimônia e apenas em casos muito especiais (nos
diálogos, por exemplo), para não darem ao lei tor a idéia de
vulgaridade e principalmente para que não se tornem novos
lugares-comuns. Como, por exemplo: a mil, barato, galera,
detonar, deitar e rolar, flagrar, com a corda (ou a bola) toda,
legal, grana, bacana, etc.
· Seja rigoroso na escolha das palavras do texto. Desconfie dos
sinônimos perfeitos ou de termos que sirvam para todas as
ocasiões. Em geral, há uma palavra para definir uma situação.
· Faça textos imparciais e objetivos. Não exponha opiniões,
mas fatos, para que o leitor tire deles as próprias conclusões.
· Como norma, coloque sempre em primeiro luga r a designação
do cargo ocupado pelas pessoas e não o s eu nome: O
presidente da República, Fernando Henrique C ardoso... / O
primeiro-ministro John Major... / O ministro do Exército, Zenildo
de Lucena... É em função do cargo ou atividade que, em geral,
elas se tornam notícia. A única exceção é para cargos com
nomes muito longos. Exemplo: O engenheiro João da Silva,
presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda,
Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais
de São Paulo (Secovi), garantiu ontem que...
· Você pode ter familiaridade com determinad os termos ou
situações, mas o leitor, não. Por isso, seja explícito nas
notícias e não deixe nada subentendido. Escr eva, então: O
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delegado titular do 47º Distrito Policial inform ou ontem..., e
não apenas: O delegado titular do 47º informou ontem.
· Proceda como se o seu texto seja o definitivo e vá sair tal
qual você o entregar. Assim, depois de pronto, re veja e
confira todo o texto, com cuidado.
· A correção tem uma variante, a prec isão: confira
habitualmente os nomes das pessoas, seus cargos, os
números incluídos numa notícia, somas, datas, horários,
enumerações. Com isso você estará garantindo outra
condição essencial do jornal, a confiabilidade.
· Preocupe-se em incluir no texto detalhes a dicionais que
ajudem o leitor a compreender melhor o fato e a situá-lo:
local, ambiente, antecedentes, situações semelhantes,
previsões que se confirmem, advertências anteriores, etc.
· Na primeira citação, coloque entre parênteses o nome do
partido e a sigla do Estado dos senadores e deputados
federais: o senador João dos Santos (PSDB-RS ), o deputado
Francisco de Almeida (PFL-RJ).
· Em caso de dúvida, não hesite em consultar dicionários,
enciclopédias, almanaques e outros livros de referência. Ou
recorrer aos especialistas e aos colegas mais experientes.
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5. BIBLIOGRAFIA
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CHARAUDEAU, Patrick. Discurso das mídias. São Paulo: Editora Contexto, 2006.
LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevi sta e pesquisa jornalística. 6. ed. Rio de Janeiro: Record, 2006.
MARTINS, Eduardo (Org.). Manual de redação e estilo . 3ª ed., São Paulo: O Estado de S. Paulo, 1997.
SALAVERRÍA, Ramón. Redacción periodística en intern et. Pamplona: Eunsa, 2005.
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Jornalismo> Acesso em 02 de março de 2010
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