Nordeste
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Área total: 1.561.177 km²População (2000):
47.693.253 habitantesDensidade demográfica (2000): 30,54 hab/km²
Considerada a região problema do país, o Nordeste enfrenta graves conflitos sociais e econômicos: área de repulsão de população,
analfabetismo, mortalidade infantil, concentração de renda e de terras,
seca, falta de oportunidade de emprego.
Relevo
Formada pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio
Grande do Norte e Sergipe, a maior parte desta região está
em um extenso planalto, antigo e aplainado pela erosão. Em função das
diferentes características físicas que apresenta, a
região encontra-se dividida em sub-regiões: meio-norte,
zona da mata, agreste e sertão.
O meio-norte compreende da faixa de transição entre
o sertão semi-árido do Nordeste e a região
amazônica. Apresenta clima úmido e vegetação
exuberante, à medida que avança para o oeste.
Meio Norte
Zona da Mata
A zona da mata estende-se do estado do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 km de largura. O clima é tropical
úmido, com chuvas mais frequentes no outono e
inverno. O solo é fertil e a vegetação natural é a mata atlântica, já praticamente extinta e substituída por
lavouras de cana-de-açúcar desde o início da
colonização.
Agreste
O agreste é a área de transição entre a zona da mata, região úmida e cheia de brejos, e o
sertão semi-árido. Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupados por minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a pecuária
leiteira.
Sertão
O sertão, uma extensa área de clima semi-arido, chega até o litoral, nos
estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. As atividades agrícolas
sofrem grande limitação, pois os solos são rasos e pedregosos e as chuvas,
escassas e mal distribuídas. A vegetação típica é a caatinga. O rio São Francisco é a única fonte de água perene.
O grande número de cidades litorâneas com belas praias, contribui
para o desenvolvimento do
turismo. Muitos estados investem na
construção de parques aquáticos, complexos hoteleiros e pólos de
ecoturismo. Esse crescimento, no
entanto, favorece a especulação
imobiliária, que em muitos casos ameaçam a
preservação de importantes
ecossistemas.
A cultura nordestina, é um atrativo à parte para o turista. Em cada
estado, há danças e hábitos seculares preservados. As rendas
de bilros e a cerâmica, são as formas mais tradicionais de
artesanato da região. As festas juninas em Caruarú (PE) e
Campina Grande (PB), são as mais populares do país. O
nordeste é a região brasileira que abriga o maior número de Patrimônios Culturais da
Humanidade, título concedido pela UNESCO. Alguns exemplos são a cidade de Olinda (PE), São Luís (MA) e o centro histório do Pelourinho, em Salvador (BA).
Há ainda o Parque Nacional da Serra da Capivara, no
Piauí, um dos mais importantes sítios
arqueológicos do país. O carnaval continua sendo o
evento que mais atrai turistas, especialmente para
Salvador, Olinda e Recife. Cada uma dessas cidades
chega a receber 1 milhão de turistas nessa época.
Outro grande destaque a nível nacional e mundial é
Fernando de Noronha, com suas maravilhosas
paisagens naturais e mar cristalino, local que abriga
os golfinhos saltadores, conhecidos em todo o
mundo.
O Nordeste é rico em recursos minerais. Os destaques são o
petróleo e o gás natural, produzidos na Bahia, em
Sergipe e no Rio Grande do Norte. Na Bahia, o petróleo é
explorado no litoral e na plataforma continental e
processado na Pólo Petroquìmico de Camaçari. O
Rio Grande do Norte, responsável por 11% da
produção nacional em 1997, é o segundo maior produtor de
petróleo do país, atrás do Rio de Janeiro. Produz também 95%
do sal marinho consumido no Brasil. Outro destaque é a
produção de gesso em Pernambuco, que responde por
95% do total brasileiro. O Nordeste possui ainda jazidas de granito, pedras preciosas e
semipreciosas.
Essa região é a mais pobre do país. 50,12% da população
nordestina tem renda familiar de meio salário mínimo. De acordo com levantamento do UNICEF
divulgado em 1999, as 150 cidades com maior taxa de desnutrição do país estão
no nordeste. Nelas, 33,66% das crianças menores de 5 anos, são desnutridas (mais
de um terço).
Sua densidade demográfica é de 29,95 hab./km2 e a
maior parte da população de concentra na zona
urbana (60,6%).
Nos últimos cinco anos, a economia nordestina mostra-se mais
dinâmica que a média do país. Uma das razões é o impulso da indústria e do
setor de serviços. A agricultura e a pecuária,
contudo, enfrentam situação inversa nos anos 90. Os longos períodos de estiagem fazem com que o Produto Interno Bruto
(PIB) do setor apresente quedas sucessivas. A agricultura centraliza-se no cultivo de cana-de-açúcar, com Alagoas
respondendo por metade da produção do Nordeste. Há alguns anos, teve início o
desenvolvimento de lavouras de fruticultura para exportação na área do
vale do São Francisco - onde há inclusive cultivo de uvas viníferas - e no Vale do Açú, a 200km de Natal (RN). É no Rio
Grande do Norte que são produzidos os melhores melões do país. A pecuária
ainda sofre os efeitos da estiagem, mas o setor avícola desponta.
As maiores cidades nordestinas são Salvador, Fortaleza, Recife, Natal,
João Pessoa, Maceió, São Luís, Aracajú, Ilhéus,
Itabuna, Teresina, Campina Grande, Feira de
Santana e Olinda. As rodovias em geral são
precárias. Há entretanto algumas boas e
surpreendentes exceções. As principais vias de
escoamento e transporte de carga rodoviária são efetuadas pela BR-116 e BR-101. Os aeroportos de
Recife, Salvador e Fortaleza são os principais
destaques.
Aline Bueno
Ananda Vital
Carla Guimarães
Larissa Vargas
Valéria Martins
Disciplina: Geografia
Profª. Regente: Luciane Palhares
Assunto: Nordeste
05 de Novembro de 2010