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  • NORMA DE HIGIENE OCUPACIONAL

    MTODO DE ENSAIO

  • PRESIDENTE DA REPBLICA Fernando Henrique Cardoso

    MINISTRO DO TRABALHO E EMPREGO Francisco Dornelles

    FUNDACENTRO PRESIDENTE DA FUNDACENTRO

    Humberto Carlos Parro

    DIRETOR EXECUTIVO

    Jos Gaspar Ferraz de Campos

    DIRETOR TCNICO

    Joo Bosco Nunes Romeiro

    DIRETOR DE ADMINISTRAO E FINANAS

    Antonio Srgio Torquato

    ASSESSOR DE COMUNICAO SOCIAL

    Jos Carlos Crozera

    DIVISO DE PUBLICAES

    Elisabeth Rossi

  • Norma de Higiene Ocupacional

    Mtodo de Ensaio

    Mtodo de Coleta e Anlise de Fibras em Locais de Trabalho

    Anlise por Microscopia tica de Contraste de Fase

    Equipe de elaborao:

    Cristiane Queiroz Barbeiro Lima Norma Conceio do Amaral

    Este mtodo de avaliao est includo na srie de Normas de Higiene Ocupacional (NHOs),

    elaborado por tcnicos da Coordenao de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, por meio do Projeto Difuso de Informaes em Higiene do Trabalho 1998/1999.

    2001

  • APRESENTAO

    A Coordenao de Higiene do Trabalho da FUNDACENTRO, por meio do Projeto Difuso de Informaes em Higiene do Trabalho 1998/1999, vem elaborando a srie de normas tcnicas denominadas Normas de Higiene Ocupacional.

    A avaliao ambiental nos locais de trabalho uma medida preventiva importante, uma vez que pode indicar se determinadas condies de trabalho traro prejuzos ou no sade dos trabalhadores, especialmente quando as doenas causadas pelo trabalho manifestam-se somente aps longo tempo de latncia, como o caso das doenas originadas pela maioria das fibras.

    Com o objetivo maior de verificar a eficincia das medidas de controle nos locais de trabalho que manipulam fibras foi desenvolvido este mtodo, tendo como base as referncias internacionais existentes e a aplicao prtica.

    Este mtodo traz detalhes dos procedimentos necessrios para coleta e anlise de fibras e oferece ferramentas importantes para os trabalhos da Higiene Ocupacional.

    ROBSON SPINELLI GOMES Gerente da Coordenao de Higiene do Trabalho

  • SUMRIO

    1. Introduo 11 2. Objetivo 11 3. Campo de aplicao 11 4. Referncias normativas 12 5. Preciso analtica 12 6. Definies 12 7. Smbolos e abreviaturas 15 8. Princpio do mtodo 15 9. Interferncias 16

    10. Materiais utilizados para coleta 18 11. Aparelhagem para coleta 18 12. Materiais utilizados para anlise 18 13. Aparelhagem para anlise 19 14. Densidade de fibras sobre o filtro 19 15. Limpeza de materiais e equipamentos 21 16. Preparao dos filtros para coleta 22 17. Procedimento de coleta 24 18. Transporte de amostras 25 19. Preparao de amostras para anlise 26 20. Procedimento de anlise 31 21. Clculo da concentrao para cada amostra 36 22. Expresso dos resultados 37 23. Notas de procedimento 37 24. Referncias bibliogrficas 38 25. Representao esquemticas dos procedimentos 40

  • A N E X O S A. Procedimento para medio da rea til do filtro 41 B. Especificao e aferio do gratculo ocular de Walton-Beckett G-22 42 C. Especificao e ajuste do microscpio 45 D. Especificao e utilizao da lmina HSE/NPL 49 E. Estratgia de amostragem 51 F. Controle da qualidade das contagens 57 G. Modelo de formulrio para Coleta de Amostras Ambientais 58 H. Modelo de formulrio para Observaes sobre o Estado das Amostras 59 I. Modelo de formulrio para Contagem de Fibras 60 J. Modelo de formulrio para Clculo de Resultados Finais das Contagens 61 F I G U R A S 1 Modelos e montagem dos porta-filtros 23 2 Vedao do porta-filtro de alumnio 24 3 Fechamento do porta-filtro de alumnio 24 4 Transporte de amostras em pequenos frascos 26 5 Transporte de amostras em maleta de alumnio 26 6 Retirada do filtro amostrado do frasco 28 7 Retirada do filtro amostrado do porta-filtro 28 8 Colocao do filtro amostrado sobre a lmina 28 9 Sistema de vaporizao de acetona para transparentar o filtro amostrado 29 10 Colocao da lamnula sobre o filtro 30 11 Armazenamento das lminas 31 12 Orientao de sentido nas contagens 32 13 Fibra totalmente dentro da rea do retculo 33 14 Fibra dentro e fora da rea do retculo 33 15 Fibra que cruza mais de uma vez a rea do retculo 34 16 Fibra com extremidade dividida dentro da rea do retculo 34 17 Fibras agrupadas dentro da rea do retculo 35

    18 Fibras agregadas a material particulado dentro da rea do retculo 35

  • PREFCIO Este mtodo de ensaio vem sendo aplicado por tcnicos do Laboratrio

    de Microscopia, Gravimetria e Difratometria de Raios X da FUNDACENTRO desde 1987. Ele foi revisado para incorporar-se Srie de Normas de Higiene Ocupacional (NHOs), juntamente com a evoluo de novos conceitos e aplicao prtica.

    A tcnica de microscopia tica de contraste de fase para anlise de

    fibras no ar tem sido preferida em virtude de ser uma tcnica rpida e com custo relativamente baixo, em comparao com outros mtodos.

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    1. INTRODUO

    O extenso uso de fibras, sejam elas naturais, artificiais ou sintticas, nos diversos processos industriais, proporcionou vrios estudos epidemiolgicos sobre os efeitos sade dos trabalhadores que manipulam diretamente esses materiais, assim como da populao potencialmente exposta a eles. A exposio a poeiras contendo fibras pode implicar no surgimento de doenas do sistema respiratrio.

    Diante das vrias pesquisas em diversos pases, verificou-se a necessidade de padronizao da metodologia de avaliao ambiental, de modo a obter dados que pudessem ser comparados mais exata e precisamente. Neste sentido, o Laboratrio de Microscopia da FUNDACENTRO adaptou a metodologia de coleta e anlise de fibras por microscopia tica de contraste de fase, recomendada pela Organizao Mundial da Sade, em conjunto com as orientaes da Norma Regulamentadora n- 15, Anexo 12 Limites de Tolerncia para Poeiras Minerais Asbesto, de modo a tornar os resultados das avaliaes de fibras nos locais de trabalho mais representativos e comparveis entre si. 2. OBJETIVO

    Esta Norma prescreve um mtodo padronizado de coleta e anlise de fibras, incluindo todos os tipos de amianto/asbesto, fibras vtreas (MMVF Man Mineral Vitreous Fibers) e fibras cermicas. Tem a finalidade de estimar a concentrao de fibras respirveis em suspenso no ar. 3. CAMPO DE APLICAO

    Este mtodo se aplica verificao da presena e concentrao de fibras respirveis no ambiente de trabalho, fornecendo subsdios para a proposio de medidas de controle ou para a avaliao de sua eficcia.

    Nota: Este mtodo no se aplica a avaliao de fibras orgnicas

    (algodo, sisal, linho, rami e cnhamo).

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    4. REFERNCIAS NORMATIVAS

    As normas relacionadas a seguir estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda Norma est sujeita reviso, recomenda-se utilizar as edies mais recentes.

    Na aplicao deste mtodo de ensaio pode-se consultar:

    NHT 03 A/E/1984: Determinao de vazo de amostragem pelo mtodo da bolha de sabo (FUNDACENTRO).

    NBR 10562/1988: Calibrao de vazo, pelo mtodo da bolha de sabo, de bombas de baixa vazo utilizadas na avaliao de agentes qumicos no ar (ABNT).

    5. PRECISO ANALTICA

    5.1. A maioria dos mtodos que utilizam a tcnica de microscopia tica de contraste de fase apresenta grande variabilidade nos resultados intra e interlaboratoriais. Sob controle estatstico do processo analtico, o coeficiente de variao analtico em um laboratrio deve ser prximo de 20%, se 100 fibras forem contadas. Para concentraes muito altas ou muito baixas o coeficiente de variao maior.

    5.2. A microscopia tica por contraste de fase no diferencia fibras.

    Fibras maiores que 0,15 m de dimetro podem ser detectadas. 6. DEFINIES

    Para efeito deste mtodo, aplicam-se as seguintes definies: 6.1. rea til do filtro

    toda a rea do filtro exposta ao depsito de poeira. A rea til do filtro pode variar de acordo com o sistema de coleta utilizado

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    e, tambm, em virtude do desgaste do filtro. O procedimento para a medio da rea til do filtro est descrito no Anexo A.

    6.2. Campo de contagem

    a rea circular interna pertencente ao gratculo de Walton-Beckett. (Anexo B)

    6.3. Estratgia de amostragem

    A estratgia de amostragem consiste em um planejamento cuidadoso para atingir o objetivo da avaliao quantitativa. (Anexo E)

    6.4. Fibra

    um longo e fino filamento de determinado material.

    6.5. Fibra respirvel

    Entende-se por fibra respirvel aquela com dimetro inferior a 3 micrmetros, comprimento maior que 5 micrmetros, e relao entre comprimento e dimetro igual ou superior a 3:1.

    6.6. Filtro branco de lote

    Filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e dimetro que o filtro a ser utilizado para a coleta. um filtro usado exclusivamente em laboratrio, como controle de contaminao antes da preparao dos filtros para amostragem. Uma amostra representativa de 4% do lote (caixas de 50 ou 100 unidades) de filtros deve ser preparada e contada conforme o mtodo. Quando a mdia dos resultados se encontrar acima de 5 fibras em 100 campos, o lote todo dever ser rejeitado.

    6.7. Filtro branco de laboratrio

    um filtro de membrana do mesmo tipo, porosidade e dimetro que o filtro utilizado na coleta.

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    usado exclusivamente no laboratrio, como controle de contaminao durante a preparao dos filtros amostrados. Deve ser preparado ao mesmo tempo e da mesma forma que os filtros amostrados. Se a contagem do filtro branco de laboratrio exceder 10% da contagem da amostra que apresentou o menor nmero de fibras encontradas, todas as amostras que foram preparadas com este filtro branco devem ser desconsideradas, para efeito da avaliao da exposio ocupacional.

    Nota: A