NOTAER - Outubro de 2015

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www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 10 Outubro, 2015 ISSN 1518-8558 Quem faz a FAB voar? Uma reportagem especial mostra exemplos daqueles que trabalham em prol da atividade fim da Força Aérea Brasileira (Págs. 8 e 9) Escolhas que diferen- ciam devedor de inves- tidor (Pág. 13) A história inspiradora de um professor da AFA (Pág. 10) Impressões de uma Engenheira de Aero- náutica (Pág. 11) SEU DINHEIRO EDUCAÇÃO CARREIRA

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Quem faz a FAB voar?

Transcript of NOTAER - Outubro de 2015

www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 10 Outubro, 2015 ISSN 1518-8558

Quem faz a FAB voar?Uma reportagem especial mostra exemplos daqueles que trabalham em prol da atividade fim da Força Aérea Brasileira (Págs. 8 e 9)

Escolhas que diferen-ciam devedor de inves-tidor (Pág. 13)

A história inspiradora de um professor da AFA (Pág. 10)

Impressões de uma Engenheira de Aero-náutica (Pág. 11)

SEU DINHEIRO EDUCAÇÃOCARREIRA

A história inspiradora de um professor da AFA

2 Outubro - 2015

O uso das redes sociais di-gitais tornou-se um fenômeno marcante na sociedade atual. Pessoas e insti tuições passa-ram a se benefi ciar das facili-dades oferecidas por contatos mais rápidos e frequentes.

Entretanto, essa transfor-mação vem acompanhada de novos desafios a serem enfrentados, um dos quais a sensação de anonimato. A falta de maturidade ou de co-nhecimento no uso das ferra-mentas digitais pode passar a impressão de que o usuário de uma rede social estará anôni-

mo e essa falsa sensação pode acabar induzindo ao vazamen-to de dados classifi cados ou a publicações ofensivas.

O fato é que existem for-mas de identificar os usuá-rios que publicam conteúdo na internet. A recente Lei nº 12.965/2014, conhecida como “Marco Civil da Internet”, exi-ge que os provedores mante-nham dados das atividades dos seus usuários. As empre-sas responsáveis por adminis-trar redes sociais deverão for-necer dados que identi fi quem os responsáveis por postagens

que contrariem o ordenamen-to jurídico nacional.

Militares e servidores Para os servidores civis

ou militares da Força Aérea Brasileira, deve ser comum o entendimento de que pu-blicar conteúdos em mídias sociais com informações, fo-tos de instalações ou de ma-teriais classifi cados nas re-des sociais consti tui infração ao art. 32, inciso V da Lei nº 12.527/11. Também é inade-quado postar comentários, fotos ou vídeos impróprios à conduta militar ou que deni-

gram a dignidade e a honra de outros companheiros de farda. Todas essas ações po-dem prejudicar a imagem e operacionalidade da insti tui-ção, sem mencionar as pos-síveis indenizações nos casos de danos morais.

Assim, é prudente que o militar comporte-se no ambiente virtual tal qual se comportaria na vida real, como se estivesse frente a frente com todos os seus possíveis interlocutores.

(Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)

CARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIAImpressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

ExpedienteO jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltada ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Editora interina: Tenente Jornalista Emília Maria (MTB 14234RS)

Repórteres: Ten JOR Cynthia Fernandes, Ten JOR Evellyn Abelha, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten JOR Gabrielli Dala Vechia, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Iris Vas-concellos, Ten JOR Jussara Peccini, Ten JOR Raquel Sigaud e Ten JOR Danielle Gruppi.

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Revisão: Gabrielli Dala Vechia, Flávio Nishimori, Jussara Peccini, Evellyn Abelha.

Diagramação e Arte: SO Cláudio Ramos, SGTs Emerson Linares, Santi ago Mora-es, Lucemberg Nascimento, Subdivisão de Publicidade e Propaganda.

Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte. Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Tem um comentário, sugestão de reportagem

ou crítica?

Fale com a gente!

Outubro é o nosso mês. É o mês em que celebramos o Dia da Força Aérea Bra-sileira e o Dia do Aviador. Por isso, nesta edição do Notaer queremos destacar o trabalho imprescindível de diversas áreas de nossa instituição, que influenciam diretamente a atividade do piloto militar.

Assim, aqueles que voam e aqueles que fazem voar estão representados nessas páginas que preten-dem contemplar todo o nos-so efetivo.

Apresentamos conte-údos que mostram o rela-cionamento da FAB com a comunidade, a exemplo da realização dos Portões Aber-tos em todo o País e da cam-panha de doação de sangue do Hospital dos Afonsos. Ain-da na área da saúde e con-siderando que este também é o mês da prevenção do câncer de mama, trazemos

a história de superação de uma de nossas militares.

A operacionalidade de nossas organizações está representada nas matérias sobre o treinamento dos controladores para as mu-danças no tráfego aéreo e sobre os exercícios como a operação que reuniu Peru e Brasil (PERBRA).

Esta edição traz ainda orientações e informações importantes sobre mídias sociais, sob os aspectos dos cuidados em relação ao va-zamento de informações e ao comportamento de mi-litares e servidores civis no ambiente virtual.

Nossas páginas centrais estão repletas de exemplos que traduzem o espírito da Força Aérea: o trabalho conjunto das mais variadas especialidades é o que per-mite que cumpramos nossas missões sempre da melhor maneira. Lá estão alguns

exemplos da importância de intendentes, infantes, espe-cialistas e todo o pessoal que apoia nossa ati vidade fi m.

E como são necessários à formação de todos os profi s-sionais, além de comemora-rem seu dia em 15 de outubro, também trazemos exemplos de professores que fazem a di-ferença dentro da FAB.

Embora não seja possí-vel mostrar a função especí-fica de todos os nossos pro-fissionais nessas 16 páginas, esperamos que cada um se sinta prestigiado neste mês tão especial para todos nós que fazemos parte da Força Aérea Brasileira.

Boa leitura e não deixe de parti cipar do Notaer envian-do suas opiniões e sugestões!

Brig Ar Pedro Luís FarcicChefe do CECOMSAER

Dia de todos nós

Aguardamos seu email [email protected]

Publicações e vazamentos de dados classificados em redes sociaisFO

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Capa:

A capa desta edição é uma arte gráfi ca que refl ete alguns de nos-sos profi ssionais em um capacete de piloto, representando o trabalho conjunto em prol da aviação.

3Outubro - 2015

PALAVRAS DO COMANDANTEPALAVRAS DO COMANDANTE

Não é um acaso o Dia do Aviador, 23 de Outubro,

ser também o Dia da Força Aérea Brasileira. A data ce-lebra a atividade daqueles capazes de utilizar asas para cumprir missões, e homena-geia, também, aqueles res-ponsáveis por fazerem essas asas alçarem voo.

Se talvez pareça haver uma atenção maior com aqueles ligados à atividade aérea, o fato é que essa é a nossa ati vidade-fi m. Nós, mi-litares do Comando da Ae-ronáuti ca, estejamos ou não dentro de uma aeronave, de-vemos ter como foco da nos-sa vida a ati vidade aérea.

Somos componentes de uma insti tuição que não ape-nas inclui o voo como parte de si. Somos uma Força criada única e exclusivamente para voar e fazer voar.

O Dia do Aviador, aliás, é mais anti go que a própria For-ça Aérea: data 1936, quando se comemoraram as três dé-cadas do voo pioneiro de Al-berto Santos Dumont. O fato de a data ser mais anti ga que a própria criação do então Ministério da Aeronáutica justi fi ca termos o 23 de outu-bro como mais festi vo que o aniversário de criação, em 20

de janeiro. O voo, enfi m, veio antes de nossa existência. E é a nossa razão de existi r.

Exatamente por isso, mais que lembrar do passado, o Dia 23 de Outubro deve ser focado também no futuro da Força Aérea Brasileira. E te-mos a oportunidade de viver momento singular na história dessa Insti tuição!

A modernização da FAB signifi ca uma mudança em nossas ati vidades. A chegada de novas aeronaves, como o Gripen NG e o KC-390, deve representar uma melhoria no papel desempenhado por cada um. A modernização de equipamentos deve, obri-gatoriamente, ser acompa-nhada da modernização de mentalidades.

Em cabines modernas, aviadores terão uma nova re-alidade no comando de aero-naves do século XXI. No solo, o controle do espaço aéreo tam-bém se moderniza. O mesmo vale para a manutenção, o apoio, a saúde e a segurança. Novos conceitos fazem a cada dia decolar mudanças signifi -cati vas para as quais precisa-mos estar preparados.

Contato, companheiros! É hora de comemorar os passos dados e pensar nos vindouros.

“Estejamos ou não dentro de uma aero-nave, devemos ter como foco da nossa vida a atividade aérea.”

O Dia da FAB

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Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz RossatoComandante da Aeronaútica

4 Outubro - 2015

Banco de sangue faz campanha para aumentar doadores

A campanha iti nerante conti nua até o fi m do ano no Rio de Janeiro. Veja quando ela vai chegar à sua unidade:

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Único na Força Aérea Bra-sileira (FAB), o banco de

sangue do Hospital de Aero-náuti ca dos Afonsos (HAAF) tem um desafi o diário: man-ter um estoque suficiente de bolsas de sangue para atender aos pacientes dos hospitais da Aeronáuti ca lo-calizados no Rio de Janeiro. Para suprir essa necessida-de, o número ideal é de 350 bolsas por mês. Ou seja, 18 doadores por dia.

Mas a meta ainda está longe de ser ati ngida. A média diária é de quatro doadores, o que é um problema devido ao prazo de validade de alguns componentes presentes no

sangue. Por exemplo, enquan-to as hemácias têm duração de um mês e meio, as plaquetas duram apenas cinco dias.

“Esses hemocomponentes são uti lizados no atendimento aos pacientes internados, nas emergências e nas interven-ções cirúrgicas”, explica a Te-nente Enfermeira Alessandra Carla, integrante da equipe do banco de sangue dos Afonsos.

Banco vai até doadoresPara ampliar o número de

doadores, uma das soluções foi levar o banco de sangue até as unidades da Guarnição de Aeronáuti ca do Rio de Janeiro. Uma campanha iti nerante que já passou por mais de dez lo-cais em menos de um ano.

A Sargento Aline Vascon-celos, do Comando-Geral de Apoio (COMGAP), foi uma das que aproveitou a opor-tunidade. Ela doou sangue pela segunda vez após mui-to tempo. De acordo com a militar, é um sentimento bom poder ajudar quem precisa. “A proximidade do local da campanha é um in-centivo a mais. Nós ficamos sem desculpa para não aju-dar”, afirmou.

Já a Tenente Silvia Ribei-ro Pereira Maia, do Terceiro

Comando Aéreo Regional (III COMAR), é doadora fre-quente. Ela acredita que o ato é muito significativo. “Para mim, doar sangue sig-nifi ca ter a sensação de dever cumprido. Sinto-me úti l, um gesto tão simples capaz de salvar muitas vidas”, revelou.

As doações salvam vi-das como a do avô da jovem

Bruna Jacobsen Lampert. Ele está internado no CTI do Hospital de Força Aérea do Galeão, onde recebeu, em três momentos, os hemo-componentes produzidos pelo Banco de Sangue do HAAF. Desde então, os fami-liares já doaram e estão em campanha para aumentar o número de doadores.

Outubro01/10 - Casa Gerontológica de Aeronáuti ca Brigadeiro Eduardo Gomes07/10 – Terceiro Comando Aéreo Regional 15/10 – Universidade da Força Aérea 21/10 – Base Aérea dos Afonsos27/10 – Hospital Central da Aeronáuti ca30/10 – Batalhão de Infantaria dos Afonsos Novembro04/11 – Terceiro Comando Aéreo Regional 11/11 – Escola Municipal Miguel Calmon18/11 – Hospital da Força Aérea do Galeão24/11 – Hospital Central da Aeronáuti ca27/11 – Batalhão de Infantaria dos Afonsos Dezembro2/12 – Terceiro Comando Aéreo Regional 4/12 – Depósito de Controle Interno 9/12 – Hospital da Força Aérea do Galeão11/12 – Batalhão de Infantaria dos Afonsos15/12 – Hospital Central da Aeronáuti ca17/12 – Base Aérea dos Afonsos

Ajude a aumentar os estoques dos bancos de sangue!

Você não precisa estar no Rio de Janeiro para doar sangue. Informe-se nos demais Hospitais de Aeronáutica,

Serviços Regionais de Saúde (SERSA), Esquadrilhas de Saúde ou bancos de sangue de sua cidade.

ato é muito significativo.

cumprido. Sinto-me úti l, um

Ajude a aumentar os estoques dos bancos de sangue!

Você não precisa estar no Rio de Janeiro para doar

Ajude a aumentar os estoques dos bancos de sangue!

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5Outubro - 2015

Ao lado da família, a Sargento Fernanda busca motivação para continuar o tratamento

Durante a gestação do seu segundo fi lho, a Sargento

Fernanda Morgado descon-fiou de um caroço no seio. Impossibilitada de realizar alguns exames devido à gra-videz, a militar só teve o diag-nósti co fi nal nove meses de-pois: um ti po raro de tumor maligno na mama.

“Os médicos acreditavam que pudesse ser um nódulo de gordura ou leite, pois é um câncer bastante incomum, com um aspecto diferente”, diz ela.

Em pouco tempo, a Sar-gento Fernanda – que é da especialidade de en-fermagem e servia no Hospital Central de Aeronáutica (HCA) – passou da posição de cuidadora à de pa-ciente. Após a mas-tectomia, iniciou--se o processo de quimiotera-pia, que aconte-ce semanalmente e deve terminar neste mês. Devido à grande chance de

OUTUBRO ROSA

Diagnóstico precoce significa 98% de chance de cura

recidiva, ou seja, retorno do câncer, ela optou por retirar também a outra mama pre-ventivamente.

A militar conta que a ro-tina mudou completamente e que o apoio dos filhos e do marido, que também é enfermeiro, é essencial na luta pela cura. “A Julia, mi-nha filha mais velha, de 4 anos, sempre me diz ‘ma-mãe, você está linda ca-reca’. O que me faz seguir em frente no tratamento é o desejo de prolongar meu tempo de vida para passar

mais tempo com minha família”, afirma.

A mastologista Capi-tão Adriana Caldas, que trabalha no Núcleo do

Hospital de Força Aérea de São Paulo (NuHFASP),

esclarece que só o au-toexame não é sufi -ciente na prevenção do câncer de mama, embora seja de ex-

trema importância. “Identi fi -car o tumor precoce, ou seja,

de até 1cm, signifi ca 98% de chance de cura. Porém, nesse estágio, os nódulos ainda não são palpáveis”, diz a médica. Por isso, após os 40 anos, é recomendado que as mu-lheres realizem mamografi as anualmente.

Além de mastologistas e oncologistas, uma equipe multi disciplinar deve acom-panhar a paciente. No Hospi-tal de Força Aérea do Galeão (HFAG), por exemplo, onde a Sargento Fernanda realiza

especialidade de en-fermagem e servia no Hospital Central de Aeronáutica (HCA) – passou da posição de cuidadora à de pa-ciente. Após a mas-tectomia, iniciou-

mais tempo com minha família”, afirma.

tão Adriana Caldas, que trabalha no Núcleo do

Hospital de Força Aérea de São Paulo (NuHFASP),

esclarece que só o au-

seu tratamento, são faculta-dos acompanhamentos de profi ssionais das especialida-des de nutrição, psicologia, serviço social, terapia ocu-pacional e cirurgia plásti ca.

“Vai ter dia que a pessoa não vai querer falar com nin-guém, outros em que não terá ânimo para levantar da cama. Por outro lado, tem tanta coisa mais bonita na nossa vida, que precisamos lutar por ela. A do-ença é terrível, mas é temporá-ria”, conta a Sargento.

Atenção, homens!Embora raro, o cân-

cer de mama também acomete homens. Eles representam 1% dos ca-sos, mas como se acre-dita que seja algo exclu-sivamente feminino, o diagnóstico é tardio. Isso diminui as chances de cura e aumenta o risco de metástase.

O câncer de mama nos homens tem grande chance de ati ngir o siste-ma linfáti co, o que facilita a “propagação” do tumor, ati ngindo outros órgãos.

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Duas forças aéreas e um desafi o em comum: com-

bater voos ilícitos na região de fronteira amazônica. Foi esse o cenário da 5a edição do exercí-cio PERBRA, realizado por Peru e Brasil em agosto.

A partir de Cruzeiro do Sul, no Acre, e de Pucallpa, no Peru, aviões da Força Aérea Brasileira e da Fuerza Aerea del Perú (FAP) fizeram voos para simular o tráfego ilícito na região. Cabia aos caças dos dois países realizar medidas de policiamento do espaço aéreo até o pouso obrigatório.

O desafi o maior, contu-do, era garantir a atuação conjunta dos órgãos de con-trole e defesa do espaço aé-

reo. O Centro de Operações Militares (COPM) do Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) traba-lhou em sintonia com o Co-mando de Control Aeroespa-cial (COMCA) da FAP.

“É admirável o profi ssio-nalismo do efeti vo, o equipa-mento moderno e o avanço tecnológico”, disse o Major Javier Cano Pérez, da FAP.

“Observamos como há semelhanças de procedimen-tos. Ensinamos muito, mas aprendemos também”, com-pletou o Tenente Otávio Luiz Barbosa dos Santos, do CIN-DACTA IV.

Pilotos de A-29 Super Tucano do Esquadrão Grifo (3o/3o GAV) voaram a bordo de caças A-37 Dragonfl y do Grupo Aéreo nº 7 da FAP. Um Beechcraft TC-690B Turbo Commander fez o papel de avião-alvo, assim como aero-naves C-98 Caravan do Esqua-

drão Cobra (7º ETA).A missão contou ainda

com o apoio de aeronaves C-130 e C-97, além do 1º Gru-po de Comunicações e Con-trole e da Unidade Celular de Intendência da Base Aérea de Manaus. O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Cruzeiro do Sul também apoiou a PERBRA.

“Esse exercício combina-do é importante, sobretudo na parte operacional, para que os pilotos troquem expe-riências e estejam preparados para combater ilícitos”, afi r-mou o Coronel Américo Gon-zales, da Força Aérea do Peru.

“Se um avião ultrapassa a fronteira sem um plano de voo, já é um voo ilícito”, com-pletou o diretor do exercício no Brasil, Coronel Marcelo Alvim.

A PERBRA é resultado de um Acordo de Cooperação Mútua assinado entre os Go-vernos do Brasil e do Peru. A Operação Aérea Combinada

visa estabelecer procedimen-tos específi cos de coordena-ção voltados para a defesa aérea na região.

O Comando de Defe-sa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) é responsável pelo planejamento, coorde-nação e supervisão dessas operações.

Para o comandante do COMDABRA, Major-Brigadeiro do Ar Antônio Carlos Egito do Amaral, o exercício também serviu para mostrar o trabalho da Força Aérea Brasileira na re-gião. “É importante para mar-car a presença da FAB nesse rincão do País”, afi rmou.

avião-alvo, assim como aero-avião-alvo, assim como aero-naves C-98 Caravan do Esqua-

Mútua assinado entre os Go-Mútua assinado entre os Go-vernos do Brasil e do Peru. A vernos do Brasil e do Peru. A Operação Aérea Combinada

da Força Aérea Brasileira na re-da Força Aérea Brasileira na re-gião. “É importante para mar-gião. “É importante para mar-car a presença da FAB nesse rincão do País”, afi rmou.

“A missão de salvar vidas sempre me chamou atenção e foi decisiva na escolha que fi z pela Avia-ção de Asas Rotati vas. O treinamento de içamento inglês, o Kapoff , me trouxe a sati sfação de, fi nalmen-te, ter contato com uma das ações mais nobres que a Força Aérea Brasilei-ra desenvolve. Aprende-mos e treinamos técnicas que serão usadas roti neira e efeti vamente para fazer a diferença na vida de pessoas”. O depoimento do Tenente Airton de Me-deiros Júnior sobre sua primeira missão de resga-te na água, mesmo sendo um exercício, expressa o senti mento dos 21 pilotos que realizam a especializa-ção operacional no Esqua-drão Gavião (1º/11º GAV), em Natal (RN).

O Kapoff consiste em resgatar pessoas na água, onde não é possível pou-sar, por isso a necessidade de emprego de helicópte-ros. A técnica é de origem inglesa e foi inserida na FAB na década de 80.

De acordo com o Co-mandante do Esquadrão Gavião, Tenente-Coronel Jair Novais Almeida, a grande difi culdade da mis-são na água é manter o helicóptero pairado, por-que o piloto fi ca sem refe-rência espacial. “É preciso gerenciar esse risco, além do vento forte”, explica.

O Major Adherbal Treid-ler de Oliveira, 45 anos,

realizou a travessia do Canal da Mancha no dia 5 de se-tembro. O início do desafi o foi na praia próxima à cidade de Folkestone, onde fazia 8

graus. A temperatura da água estava em 16,5 graus e o per-curso foi de 34 quilômetros. “A travessia foi muito dura. O mar estava bastante agitado, com um tráfego intenso de navios mercantes, águas vivas

Resgate na águaOPERACIONAL

Brasil e Peru treinam para combater crimes na fronteira

Quebra de recordes em travessia

enormes e uma correnteza absurda”, descreveu o militar.

Mesmo assim, o Major quebrou os recordes sul--americano e brasileiro, além de tornar-se o primei-ro militar e o 23º brasileiro

a realizar a travessia, com o tempo de 8h 49min.

Saiba mais sobre a prepa-ração do Major na edição de setembro do Notaer e leia a matéria completa da travessia em www.fab.mil.br.

Assista ao vídeo do treinamento conjunto do Brasil com Peru.

Assista o vídeo com a preparação do Major Treidler para a travessia do Canal da Mancha.

DESAFIO

6 Outubro - 2015

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XXXXXXXXXXXXXX Assista ao vídeo dos controladores de tráfego aéreo em treinamento nos simuladores.

7Outubro - 2015

TRÁFEGO AÉREO

É grande o movimento de controladores de tráfego

aéreo em São José dos Cam-pos, no interior de São Paulo. Das oito da manhã até as duas da madrugada são realizados treinamentos nos simulado-res do Insti tuto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA). Equi-pes de Brasília (DF) e de Belo Horizonte (MG) se preparam para as novidades a serem implantadas nos aeroportos dessas cidades, enquanto mi-litares vindos do Rio de Janei-ro, São Paulo e Curiti ba já es-

tão concentrados no desafi o dos Jogos Olímpicos de 2016.

Diante da projeção em 360° que simula a torre de controle do Aeroporto de Confins, a Sargento Raquel Vargas elogia a possibilida-de de aperfeiçoamento. "As pessoas têm que aprovei-tar esse treinamento como algo profícuo", disse. Depois de se preparar em um cur-so teórico, ela passou uma semana no ICEA, onde trei-nou para a modificação das trajetórias de pousos e de

decolagens. Os novos pro-cedimentos devem ocorrer a partir de novembro.

O nível de realismo im-pressiona. O Capitão Wesley Osthushenrick Júnior conta que após um longo treina-mento em condições climáti -cas adversas, um controlador lamentou não ter levado um guarda-chuvas para não fi car molhado no caminho até o hotel. Ele havia esquecido que, na realidade, fazia sol naquele momento. "O envol-vimento é muito grande", diz o Capitão Wesley.

E não é apenas chuva e nevoeiro que entram nas simulações. Acidentes, pou-sos de emergência, invasões de pista e até ameaças de sequestro são criados nos cenários virtuais. "Esse si-mulador possibilita ao con-trolador vivenciar uma situ-ação que difi cilmente ele vai ter na realidade. Mas se por acaso ele ti ver, vai conseguir resolver", explica o Capitão Wesley. Como instrutor, o mi-litar permanece com o grupo durante os treinamentos e

observa os procedimentos adotados de acordo com a programação planejada com a equipe de simulação.

Aumento da capacidade No simulador ao lado,

controladores da torre de Brasília treinavam as pro-vidências para os pousos e decolagens simultâneos nas duas pistas do aeroporto da capital, um procedimento inédito no Brasil a ser inicia-do no dia 12 de novembro com a expecti va de aumentar em 30% a capacidade do ae-ródromo. Para que isso seja possível, os controladores devem estar preparados para que um avião se aproximan-do de uma pista não invada a área prevista para o tráfego da pista paralela, localizada a 1.800 metros de distância.

"O nosso cenário aqui é quase a realidade de Brasília. Aqui a gente consegue trei-nar qualquer tipo de situa-ção", afi rma o Tenente Carlos Kullman. A equipe de 60 con-troladores passou por cursos teóricos e cada profissional passa cinco dias no ICEA,

onde enfrenta uma roti na de até cinco horas de simulador.

No primeiro dia no ICEA, o treinamento começa com 45 aeronaves por hora, depois aumenta até atingir a nova capacidade máxima: 80 pou-sos e decolagens a cada 60 minutos. "A gente está trei-nando o aumento dessa de-manda que está por vir", diz a Sargento Priscila Tito. Apesar do trabalho intenso, ela disse estar feliz com a oportunidade de treinar. "A gente vê que o tráfego aéreo está crescendo e nós temos os equipamentos para poder exercer bem a nos-sa função", fi naliza.

Criado em 2004, o ICEA está localizado na área do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A intensa movi-mentação de controladores em treinamento é o princi-pal objetivo da unidade. "A ideia é treinar todos os con-troladores do sistema", afir-ma o Comandante, Coronel Dittz. Só em 2014, mais de 4 mil alunos passaram pelos laboratórios do instituto.

Controladores se preparam para mudanças no tráfegoProfissionais passam por treinamentos nos simuladores do Instituto de Controle do Espaço Aéreo

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Simuladores apresentam situações próximas da realidade

8 Outubro - 20158 Outubro - 2015

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São eles!

EngenhariaA execução das atividades aéreas com segurança e

efi cácia depende da Engenharia. Os engenheiros estão presentes desde os requisitos para desenvolver novas ae-ronaves e sistemas, passando pela certi fi cação, ensaios, implantação, manutenção, e até nos sistemas de controle do espaço aéreo. “É uma sati sfação saber que o trabalho da engenharia faz com que a FAB seja colocada em posição de destaque e seus sistemas de defesa e aeronaves referências para outros países”, destaca o Engenheiro de Provas, Capi-tão Alan Uehara, do Insti tuto de Pesquisa e Ensaios em Voo.

COMEMORAÇÃO

IntendênciaA Intendência tem como missão o apoio ao homem.

É por meio desses profi ssionais que as ati vidades como licitações, pagamento, moradia, fardamento, alimentação, entre outros, acontecem. Eles também acompanham os contratos dos equipamentos da FAB. No Grupo de Acom-panhamento e Controle (GAC), na Suécia, por exemplo, há um representante da especialidade para tratar do contrato do Gripen. “Nós damos tranquilidade para o combatente sair para missão e saber que terá todo o suporte quando esti ver em terra e também voando”, afi rma o Chefe da Subdivisão de Análise de Custos da COPAC, Major André Rodrigues.

Em torno de nossos aviadores - responsáveis pela atividade fim -

muitos profissionais contribuem para que nossas aeronaves alcem voo,

cumpram seus objetivos e pousem com segurança.

No mês em que celebramos nossa data mais importante, a homenagem a

algumas das atividades essenciais para o cumprimento de nossa missão.

9Outubro - 2015 9Outubro - 2015

Infantaria“Com a Infantaria e Defesa Anti aérea os pilotos têm

a tranquilidade de saber que os aviões e toda a estrutura que lhe dá o suporte para um voo seguro estão bem pro-tegidos”, afi rma o Subcomandante do BINFA da Base Aérea de Anápolis, Capitão Leonardo Fausti no. A Infantaria traba-lha dia e noite pela segurança e proteção das instalações, equipamentos e pessoal da FAB. Além disso, faz a defesa aeroespacial de ataques inimigos por meio da arti lharia an-ti aérea. “É muito grati fi cante saber que o nosso trabalho tem grande importância para a nação brasileira”, fi naliza.

Especialistas“Para que o piloto possa girar os motores com seguran-

ça, vários Especialistas contribuem para este momento, a exemplo do sargento da área de administração que cuida e organiza os documentos necessários para que o piloto man-tenha sua atenção voltada à missão”, explica o Subofi cial Heliomar de Lima, encarregado da especialidade de Contro-le de Tráfego Aéreo na Escola de Especialistas de Aeronáuti -ca. A unidade forma militares em 28 especialidades diferen-tes dentre elas Cartografi a, Meteorologia, Material Bélico, Fotointeligência, Comunicações e Guarda e Segurança.

COPACResponsável pelos projetos de aquisição e de desenvol-

vimento da FAB, o trabalho da Comissão Coordenadora do Programa de Aeronaves de Combate está presente em vá-rios esquadrões. Na Aviação de Caça, 100% dos aviões são projetos oriundos da COPAC, como os F-5M modernizados, o A-1 e o A-29, além do F-39 Gripen. Contribui também com outros sistemas operacionais a exemplo dos mísseis A--DARTER. “A COPAC é designada à consecução dos objeti vos da FAB, para que a insti tuição cumpra sua missão”, explica o Vice-Presidente da COPAC, Coronel Márcio Bonott o.

FOTOS:Intendencia: SGT JOHNSON / CECOMSAERInfantaria: SGT JOHNSON / CECOMSAERCOPAC: SGT BATISTA / CECOMSAEREspecialistas: ARQUIVO PESSOALSaúde: CB FEITOSA / CECOMSAEREngenharia: SGT BATISTA / CECOMSAERAviação: SGT JOHNSON / CECOMSAEREsquadrilha da Fumaça: SGT JOHNSON / CECOMSAERARTE:Infográfi co: SO RAMOS / CECOMSAER

10 Outubro - 2015

ESPORTE

De hobby à ciência. Assim nasceu o projeto do pro-

fessor da Academia da Força Aérea (AFA), doutor Guilher-me Augusto Gualazzi que desenvolve um veículo aéreo não tripulado (VANT) para uti lização em sala de aula.

Gualazzi pesquisou du-rante um ano antes de co-meçar a construção do VANT modelo Asa de Combate Za-gui, com envergadura de 1,20 metros. Esse desenvolvimen-to durou quatro meses e foi fi nalizado com o primeiro voo experimental em 3 de agosto deste ano. O próximo passo será a programação do siste-ma autônomo de navegação. “Pretendo ainda embarcar al-guns sensores, como altí me-tro, velocímetro e câmara”, planeja o professor.

Ele conta que, primeiro, está aprendendo a desenvol-

ver o VANT para depois ensi-nar aos alunos. “É um projeto multi disciplinar, envolve co-nhecimentos de aerodinâmi-ca, eletrônica e programação de computadores. A proposta é que os cadetes assimilem conhecimento por meio da práti ca, para quando chega-rem ao oficialato poderem trabalhar em unidades como o Esquadrão Hórus.”

Segundo ele, a aplica-ção do VANT no ambiente acadêmico da AFA pode ser diversifi cada. “A parti r dessa plataforma, os cadetes pode-rão seguir várias linhas, por exemplo, para rastreamento de grupos em ati vidades de campanha, sensoriamento remoto, dentre outras”.

Parti cipação de cadetesO professor não está sozi-

nho nessa empreitada. Parti -

Das 15.640 escolas de todo o País que tiveram alunos realizando o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), três instituições do

Destaques no ENEM

Uma delegação da For-ça Aérea Brasileira (FAB), composta por 78 integrantes, i n c l u i n d o atletas e co-missão téc-nica, está en-tre os dias 2 e 11 de outubro na República da Coreia, parti cipando dos 6º Jogos Mundiais Militares (JMM). O evento reúne mais de sete mil competi dores de 110 países.

Uma equipe de reporta-gem do Centro de Comuni-cação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER) seguiu para

a Coreia no dia 27 de setembro para acompa-nhar o desem-penho dos bra-

sileiros durante a competição.

Acompanhe a cobertura no site do evento: www.jogos-militares.defesa.gov.br.

A seleção brasileira nos JMM conta com 285 atletas, sendo 175 homens e 110 mulheres, das três Forças Armadas.

O Brasil participa dos Jogos Mundiais Militares desde a primeira edição, rea-lizada em 1995, na Itália. Or-ganizado a cada quatro anos, os JMM antecedem em um ano os Jogos Olímpicos.

Atletas da FAB disputam Jogos

Mundiais na Coreia do Sul

Comando da Aeronáutica conseguiram boas classifi-cações no ranking divulga-do em agosto pelo Instituto Nacional de Estudos e Pes-

quisas Educacionais Aní-sio Teixeira (Inep): a Escola Preparatória de Cadetes do AR (EPCAR) de Barbacena (MG), a escola Tenente Rêgo Barros de Belém (PA) e o colégio Brigadeiro Newton Braga do Rio de janeiro (RJ).

Para o vice-diretor do De-partamento de Ensino da Ae-ronáutica (DEPENS), Major--Brigadeiro do Ar Waldeísio Ferreira Campos, a boa colo-cação refl ete o comprometi -mento de professores e alu-nos. “Os resultados obtidos

a Coreia no dia

ça Aérea Brasileira (FAB), composta por 78

nica, está en-tre os dias 2 e

no Exame Nacional do Ensino Médio traduzem a dedicação multi disciplinar do corpo do-cente e discente das Escolas da Aeronáuti ca”, afi rmou.

Leia a matéria completa na página da FAB (www.fab.mil.br) buscando por “Enem”.

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EDUCAÇÃO

10 Outubro - 2015

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EDUCAÇÃO

Além da sala de aulacipam do projeto os cadetes do terceiro ano Lucas Silva Lima, que elabora um algorit-mo para estabilizar o eixo lon-gitudinal da aeronave, e José Henrique Sitt a Krawulski, que tem auxiliado no desenvolvi-mento do aeromodelo.

O cadete Krawulski co-meçou no aeromodelis-mo em 2006 e a partir daí passou a pesquisar sobre a prática de aeromodelismo e a relação direta com voos radiocontrolados. “A minha contribuição não é só pilo-tar o VANT, mas utilizar da experiência e dos conheci-mentos aeronáuticos para aumentar a estabilidade e o desempenho da Zagui antes de embarcar a eletrônica es-pecífica para o voo autôno-mo”, explica.

Já o cadete Lima propõe a criação de um semi-piloto

automático de um dos eixos de voo de uma aeronave em sua monografia de final de curso. “O estudo dei-xará substrato para traba-lhos para construção de um VANT pelos próprios cadetes da AFA. Além de nos apro-ximar de detalhes técnicos pertinentes à atividade-fim que exerceremos ao longo da carreira, é um incentivo a possíveis especializações na área”, destaca.

Orgulho de ensinarFilho de ex-professor da

AFA, Gualazzi segue os pas-sos do pai. “Ministro aulas com grande satisfação e or-gulho em formar os futuros líderes da FAB. Amo o que faço e procuro fazê-lo bem, por meio de minhas aulas, orientações e pesquisa”, diz entusiasmado.

Assista ao FAB em ação sobre a rotina do cadetes da Academia da Força aérea Brasileira.

11Outubro - 2015

XXXXXXXXXCARREIRA

“Eu sabia que a Enge-nharia era a carreira

que eu deveria seguir e a Aeronáuti ca veio sanar mais uma curiosidade minha”. A declaração é da instrutora do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Tenente Thaís Campos de Almeida, formada na mesma insti tui-ção em 2014.

Ela começou o curso em 2010 já imaginando o desa-fi o que teria pela frente. “Eu sabia que fazer Engenharia Aeronáuti ca no ITA não seria fácil, já que é considerado um dos melhores cursos do País. Em um dos meus primeiros dias no H8 (alojamento dos alunos do ITA), uma veterana do 5° ano me disse que era um curso muito bonito, mas muito exigente”, conta.

Quando começou a estu-dar as disciplinas específi cas de Engenharia Aeronáuti ca após dois anos de ensino básico, Thaís pôde entender do que a veterana falava: “ti ve contato com aerodinâ-mica, propulsão, materiais, estruturas, e mais uma in-finidade de conceitos que

regem a aeronave. Ao longo dos anos, pude amadurecer meus conhecimentos e pes-quisar mais a fundo as áreas que me interessavam”.

Curiosidade científicaA Tenente Thaís conta

que a decisão por ser en-genheira surgiu ainda na in-fância e a facilidade com as matérias de Ciências Exatas foram determinantes. “Des-de cedo sempre fui muito curiosa, é claro que eu tinha bonecas, mas meus brinque-dos favoritos eram os que me faziam pensar, montar prédios e máquinas ou fazer misturas e criar substâncias mal-cheirosas e coloridas. Além disso, eu tinha muita facilidade com química, físi-ca e matemática”.

Atualmente, a militar trabalha com a criação de um novo conceito de asa e está concluindo o mestrado.

AtuaçãoO profissional formado

em Engenharia Aeronáuti-ca pode atuar em diversas indústrias do setor Aero-espacial e de Defesa, prin-cipalmente as fábricas de

aviões e helicópteros. Ou-tras oportunidades estão nos institutos de pesquisa aeroespacial, empresas de transporte aéreo, empresas de manutenção de aerona-ves, fabricantes de peças aeronáuticas, empresas de consultoria, além da Força Aérea Brasileira (FAB).

Outras áreasNa FAB, as ati vidades de

engenharia são uti lizadas em diversos segmentos e, para isso, abrangem especialida-des como Civil, Agrimensu-ra, Cartografi a, Computação, Elétrica, Eletrônica, Infraes-trutura, Mecânica e Teleco-municações, entre outras.

Engenheira Aeronáutica: de aluna a instrutora

Além das Engenharias di-retamente ligadas à aviação, os profissionais dessa área destacam-se nos exercícios de campanha, em que são responsáveis por organizar e preparar o terreno, fornecer e instalar água e energia elétri-ca, saneamento básico e ma-nutenção de equipamentos.

Tenente Thaís formou-se no Instituto Tecnológico da Aeronáutica em 2014 e hoje é instrutora

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GESTÃO

12 Outubro - 2015

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

Mais de 600 ocorrências com laser em 2015O que para alguns é uma

brincadeira – apontar raios laser para a cabine de ae-ronaves – é um risco para a aviação. A luz intensa pode ofuscar a visão dos pilotos e contribuir para que ocorram acidentes. Em 2015, até o dia 4 de setembro, 625 casos já foram registrados.

A incidência é mais co-mum na aproximação final para pouso. A consequência do laser é predominantemen-te a distração, o ofuscamento da visão ou a cegueira mo-mentânea do piloto, justa-

mente quando o tripulante precisa dedicar total atenção à operação da aeronave: no pouso e na decolagem.

O vice-chefe do CENIPA, Coronel Marcelo Marques de Azevedo, alerta: “Temos, na frota nacional, aerona-ves que voam com apenas um piloto. Quando ati ngido diretamente nos olhos, o co-mandante do avião pode ter dificuldade de interpretar os instrumentos. A cegueira momentânea e a formação de imagens falsas podem se tornar críti cas”.

Na lista dos aeroportos com maior número de ocor-rências estão os de São Pau-lo (116 casos), Vitória (75) e Campinas (20). No entanto, os casos ocorrem em todas as regiões do País. Atualmente, o mais preocupante é a facili-dade de aquisição da pontei-ra ou caneta que fez aumen-tar o número de ocorrências.

Esses reportes não são re-centes e, tampouco, exclusivi-dade dos céus brasileiros. Há registros de casos no Canadá, Reino Unido, Espanha e Esta-dos Unidos. O primeiro caso re-

latado ocorreu em Los Angeles, no ano de 1993. O comandante de um Boeing 737 foi ati ngido e obrigado a passar o contro-le dos comandos da aeronave para o copiloto. Ele fi cou qua-tro minutos sem conseguir in-terpretar os instrumentos.

CRIME - Além de perigo-so, apontar laser para aviões e helicópteros também se consti tui crime. O arti go 261 do Código Penal Brasileiro prevê sanções para quem ex-por a perigo ou prati car qual-quer ato que possa impedir ou dificultar a navegação aérea. Já existe, também, um projeto de lei (PL 3151/12)

para punir quem usar de for-ma indevida as canetas de raio laser. (Centro de Inves-ti gação e Prevenção de Aci-dentes Aeronáuti cos)

FAB concentra serviços administrativos em unidades de apoio

Número de unidades gestoras executoras será reduzido de 54 para 36 em 2016

Otimização no emprego de recursos materiais e

humanos, eficiência na ad-ministração e padronização de processos estão entre os principais objeti vos da con-centração de serviços admi-nistrativos no Comando da Aeronáuti ca. O primeiro pas-so para a mudança foi dado em agosto com a criação de quatro núcleos de grupamen-tos de apoio.

As novas unidades em Pi-rassununga (SP), Brasília (DF), Anápolis (GO) e Afonsos (RJ)

vão apoiar as demais nas res-pectivas localidades. “Esses grupamentos ‘piloto’ servem de base para a implantação nas demais organizações”, explica o Brigadeiro do Ar Mauro Martins Machado, coordenador do grupo de trabalho de concentração de ati vidades administrati vas.

A expansão da iniciativa para todo o Brasil, a parti r de março de 2016, visa reduzir de 54 para 36 as unidades gesto-ras executoras, responsáveis pela execução do orçamento.

Até dezembro deste ano, durante a primeira fase de im-plantação, os núcleos concen-trarão ati vidades de transpor-te, fardamento, pagamento, subsistência e boleti m. A parti r de janeiro de 2016, as novas unidades atuarão também com licitações, contratos e fi nanças.

A ideia é que o modelo de gestão evite a redundân-cia de ati vidades na mesma localidade e disponibilize pro-fi ssionais para atender às ati -vidades fi m de cada unidade.

De acordo com Coronel Sérgio Almeida de Paula e Silva, Comandante do Núcleo do Grupamento de Apoio dos Afonsos, como conse-quência deste processo de concentração, espera-se eco-nomia de escala e realocação de efetivo para atender às demandas de cada unidade.

“Vamos especializar o grupa-mento”, complementa.

Quatro modelos - O pro-cesso de estudo, iniciado há mais de um ano pela Secre-taria de Economia e Finanças da Aeronáuti ca (SEFA), com apoio de uma consultoria externa, e atende a uma di-retriz da Estratégia Nacional de Defesa de 2009, sobre a racionalização da estrutura organizacional.

A partir de abril deste ano, um grupo de trabalho chefi ado pelo Estado-Maior da Aeronáuti ca (EMAER) es-tabeleceu as metas para ti rar o projeto do papel. Cada uma das unidades abrange carac-terísti cas específi cas.

O Grupamento de Apoio Pirassununga (GAP-YS), vai abrigar serviços de quatro uni-dades e será modelo a ser im-

plantando em unidades esco-la. Já o Grupamento de Apoio Afonsos (GAP-AF) apoiará 16 unidades de diferentes órgãos setoriais sediados na Guarni-ção de Aeronáuti ca dos Afon-sos, ou seja, cujas naturezas e fi nalidades não têm uniformi-dade. O Grupamento de Apoio do Distrito Federal (GAP-DF) vai agluti nar os serviços de 17 uni-dades e servir de modelo para os Comandos Aéreos Regio-nais (COMAR). O Grupamento de Apoio de Anápolis (GAP--AN) abrange suporte para três unidades e será pioneiro para atender unidades isoladas.

Anápolis (GO) e Afonsos (RJ) pela execução do orçamento.

Grupamento de Apoio

Pirassununga Escola04

Distrito Federal COMAR17

Afonsos Diferentes Órgãos16

Anápolis Unidade isolada03

Unidades concentradas

Modelopara:

FAB concentra serviços administrativos

“Vamos especializar o grupa-mento”, complementa.

Quatro modelos - O pro-cesso de estudo, iniciado há mais de um ano pela Secre-taria de Economia e Finanças da Aeronáuti ca (SEFA), com

GAP - DFGAP - AN

GAP - YS GAP - AF

Localização dos Núcleos dos Grupamentos de Apoio

13Outubro - 2015

Seguindo a linha de modernização da gestão, a SEFA passou a utilizar, desde se-tembro, uma nova fer-ramenta digital deno-minada “A5-web”para atender as solicitações de descentralização, remanejamento e al-terações de crédito.

Na próxima edição do Notaer, você vai sa-ber mais sobre essa fer-ramenta e sobre os re-sultados já alcançados.

Descentralização de crédito

GESTÃO

SEFA entrega prêmio em gestão contábil O diretor do ICEA, Co-

ronel Ivan Dittz, recebeu o prêmio do Secretário de Eco-nomia e Finanças da Aero-náuti ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Franciscan-gelis Neto. A conquista foi moti vo de comemoração. “É uma tarefa meti culosa, silen-ciosa, oculta. Muitas vezes a própria unidade não percebe isso. Com esse prêmio cria-do pela SEFA, os profi ssionais que trabalham no controle contábil aparecem”, afi rmou o Coronel Ditt z.

Entre julho de 2014 e ju-nho de 2015, o ICEA alcançou

99,76% de média no grau de performance contábil. A me-dição é realizada por meio das conformidades de proce-dimentos realizados no Siste-ma Integrado de Administra-ção Financeira do Governo Federal, o SIAFI.

O trabalho envolve as seções de licitação, de material, de pagamento, de recursos humanos e de controle interno.

O prêmio “Destaque Execução Contábil do Co-mando da Aeronáutica” avalia mais de 50 Unidades Gestoras Executoras.

O Insti tuto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA), loca-

lizado em São José dos Campos (SP), levou o segundo Prêmio “Destaque Execução Contábil do Comando da Aeronáuti ca”

promovido pela Secretaria de Economia e Finanças da Ae-ronáuti ca (SEFA). A entrega da premiação aconteceu no dia 20 de agosto na sede do ICEA, em São José dos Campos (SP).

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SEU DINHEIRO

Q uando o assunto é di-nheiro, há duas op-

ções: comprar agora e pagar depois, assumindo dívidas e juros, ou comprar depois, pagando à vista e receben-do juros. Tudo depende da decisão. Não existe uma re-ceita pronta sobre o certo ou o errado. O importante é pensar bem e considerar se a antecipação do consu-mo ou a espera será mais ou menos vantajosa.

Suponha que você quei-ra comprar um produto de informática no valor de R$ 1 mil e possua R$ 600,00. Você analisa sua renda e ve-rifica que consegue poupar R$ 100,00 por mês. Seguindo esse planejamento, você le-varia quatro meses para ad-quirir o produto.

Mas há uma forma de “manipular” o tempo para

obter o produto imediata-mente: tomar um emprésti-mo no valor de R$ 400,00. Simples, certo? Errado. A antecipação de consumo traz um custo chamado “pa-gamento de juros”. Nesse caso, você terá de pagar prestações de valor maior do que R$ 100,00 por mês ou pagar um número maior de prestações de R$ 100,00.

Imagine outra hipóte-se: você deseja comprar o produto que custa R$ 1 mil e verifica que possui a quantia na conta corrente. Você pode comprar o pro-duto hoje, gastando todo o dinheiro, ou deixar para fazê-lo daqui a quatro me-ses. Ao deixar para comprar depois, você pode investir o dinheiro e receber juros. Nesse caso, a espera trará o benefício dos rendimentos.

Você pensa antes de comprar?Veja exemplos de escolhas que diferenciam o devedor do investidor Necessidade é tudo aqui-

lo de que precisamos, indis-pensável para a sobrevivên-cia. Desejo pode ser defi nido como tudo aquilo que que-remos usufruir. Por exemplo, todo ser humano tem neces-sidade de se alimentar. Se for em restaurante de luxo, torna-se um desejo.

Os desejos não são ruins. O problema surge quando são tratados como necessidades. Ao lidar com as fi nanças, procure ter em mente que o dinheiro é um mero instrumento para atender a necessidades e desejos e realizar sonhos. Por isso, é preciso saber administrá-lo bem.

Ponha em práti ca• Eduque-se fi nanceira-

mente. Não é porque lidamos com o dinheiro desde criança que não precisamos dedicar tempo e estudo a isso.

• Sonhe. Mas tão im-portante quanto sonhar é realizar. Transforme so-nhos em projetos: saiba aonde quer chegar, inter-nalize a visão de futuro, dimensione metas claras e objeti vas, estabeleça eta-pas intermediárias.

• Faça escolhas equi-libradas: nem tanta emo-ção, para não ser vítima de decisões impulsivas; nem tanta razão, a ponto de exterminar o prazer de consumir.

• Avalie o que é mais vantajoso: poupar para pa-gar à vista, de forma plane-jada, ou consumir agora e pagar mais caro depois.

• Necessidade é dife-rente de desejo. Ambos são importantes, mas con-fundir os dois conceitos pode trazer sérios proble-mas fi nanceiros.

Você pensa antes de comprar?Necessidade é diferente de desejo

Eu preciso?Tenho dinheiro agora?

Posso esperar?

O celular é o seu gran-de aliado do dia a dia? Tudo bem. Ele ajuda, e muito, a se manter atualizado com as notí cias do mundo, auxiliar nas tarefas do trabalho e, também, a se conectar com a família. Mas, de acordo com o Regulamento de Uni-forme para Militares da Ae-ronáuti ca (RUMAER), o apa-relho deve estar numa capa preta. Isso mesmo. Nada de enfeites com desenhos animados ou chaveiros pen-durados. É orientado que o celular esteja fi xado ao cinto da calça, saia ou bermuda. Também seja discreto com os toques do seu aparelho.

NO PADRÃO

CURIOSIDADE

Apoio de temporários

• Mais de 4 mil ofi ciais e quase 1500 sargentos da FAB são dos quadros de convocados – QOCON e QSCON.

• As diversas especialidades desses militares – como Administração, Direito, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Relações Públicas, Serviço So-cial, entre outras – também são essenciais para o cum-primento das missões da FAB.

• 690 ofi ciais são do Quadro Complementar de Ofi ciais da Aeronáuti ca (QCOA), cuja últi ma turma formou-se em 2013.

14 Outubro - 2015

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Clique em cima dos ícones e acesse as redes socias da Força Aérea Brasileira.

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15Outubro - 2015

ENTRETENIMENTO

Caça palavrasJogo dos seis erros

Em 23 de outubro de 1906, no campo de BAGATELLE na cidade de PARIS, o 14 Bis foi PILOTADO pelo brasileiro Alberto Santos DUMONT, que decolou usando seus PRÓPRIOS meios e sem auxílio de DISPOSITIVOS de lançamento. O PRO-JETO percorreu 60 metros em sete SE-GUNDOS, a uma ALTURA de aproxima-damente dois METROS, perante mais de mil espectadores. A data hoje é COME-MORADA como o Dia do AVIADOR e Dia da Força AÉREA Brasileira.

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Assista ao vídeo da campanha institucional “construindo o futuro”.