Notaer - Edição de Setembro

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SGT Rezende / CECOMSAER www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 9 setembro, 2011 ISSN 1518-8558 SAGITÁRIO - Conheça o novo programa de controle de tráfego aéreo desenvolvido pelo Brasil FARDAMENTO Saiba qual a diferença entre o tecido original do uniforme camuflado e o perigo que ronda o mercado paralelo (Pág. 16) Um soſtware nacional capaz de processar dados de diversas fontes de captação como radares e satélites, e consolidá-los em uma única apre- sentação visual para o controlador de voo. Essa é a essência do Sistema Avançado de Gerenciamento de Infor- mações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional, o Sistema Sagitário, que será implantado, gra- davamente, em todos os Centros In- tegrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) do país. O novo programa é ulizado hoje na coordenação dos tráfegos aéreos que passam pelas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Veja o que isso representa- rá para o futuro. (Pág. 8 e 9). AVIÃO-ESPIÃO - Pela 1 a vez, uma aeronave remotamente tripulada é empregada em missão real da Força Aérea na Amazônia (Pág. 5) MISSÃO DE PAZ - Militares do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Recife retornaram de missão inédita no Haiti e reencontraram os familiares depois de seis meses. Na foto, o Soldado Ivan Santana Neto abraça o filho, que brinca com a boina azul, símbolo dos militares que participam de missão da Organização das Nações Unidas (Pág. 10 e 11) OPERAÇÃO ÁGATA Caças da Força Aérea atacam pistas clandestinas na região de fronteira Interdição de pistas clandesnas, uso de armamento real e ataque no- turno com bombas. Aeronaves A-29, F-5EM, E-99 e R-99, além de helicóp- teros H-60 BlackHawk e de aviões de transporte, parciparam de uma das maiores operações militares na região de fronteira com a Colômbia. (Pág. 4) CAMPANHA O Comando da Aeronáutica prepara o lançamento de uma campanha nacional de sustentabilidade (Pág. 3) INTELIGÊNCIA Veja quais são as dicas simples do cotidiano que podem ajudar na proteção do conhecimento pessoal (Pág. 15)

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SAGITARIO - Conheça o novo programa de controle de tráfego aéreo desenvolvido pelo Brasil

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www.fab.mil.br Ano XXXIV Nº 9 setembro, 2011 ISSN 1518-8558

SAGITÁRIO - Conheça o novo programa de controle de tráfego aéreo desenvolvido pelo Brasil

FARDAMENTOSaiba qual a diferença entre o tecido original do uniforme camuflado e o perigo que ronda o mercado paralelo (Pág. 16)

Um soft ware nacional capaz de processar dados de diversas fontes de captação como radares e satélites, e consolidá-los em uma única apre-sentação visual para o controlador de voo. Essa é a essência do Sistema Avançado de Gerenciamento de Infor-mações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional, o Sistema Sagitário, que será implantado, gra-dati vamente, em todos os Centros In-tegrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) do país. O novo programa é uti lizado hoje na coordenação dos tráfegos aéreos que passam pelas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Veja o que isso representa-rá para o futuro. (Pág. 8 e 9).

AVIÃO-ESPIÃO - Pela 1a vez, uma aeronave remotamente tripulada é empregada em missão real da Força Aérea na Amazônia (Pág. 5)

MISSÃO DE PAZ - Militares do Batalhão de Infantaria de Aeronáutica Especial de Recife retornaram de missão inédita no Haiti e reencontraram os familiares depois de seis meses. Na foto, o Soldado Ivan Santana Neto abraça o filho, que brinca com a boina azul, símbolo dos militares que participam de missão da Organização das Nações Unidas (Pág. 10 e 11)

OPERAÇÃO ÁGATACaças da Força Aérea atacam pistas clandestinas

na região de fronteira

Interdição de pistas clandesti nas, uso de armamento real e ataque no-turno com bombas. Aeronaves A-29, F-5EM, E-99 e R-99, além de helicóp-teros H-60 BlackHawk e de aviões de transporte, parti ciparam de uma das maiores operações militares na região de fronteira com a Colômbia. (Pág. 4)

CAMPANHAO Comando da Aeronáutica prepara o lançamento de uma campanha nacional de

sustentabilidade (Pág. 3)

INTELIGÊNCIAVeja quais são as dicas simples do cotidiano que podem ajudar na proteção do conhecimento

pessoal (Pág. 15)

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2 Setembro - 2011

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno

Chefe da Divisão de Apoio à Comunicação: Coronel João Tadeu Fiorenti ni

Chefe da Divisão de Comunicação Integra-da: Coronel Henry Wilson Munhoz Wender

Chefe da Subdivisão de Produção e Divul-gação: Tenente Coronel Alexandre Emílio Spengler

Chefe da Agência Força Aérea: Major Ale-xandre Daniel Pinheiro da Silva

Editores: Tenente Luiz Claudio Ferreira e Tenente Alessandro Silva

Repórteres: Tenente Luiz Claudio Ferreira, Tenente Alessandro Silva, Tenente Marcia Silva, Tenente Mônica Lopes Lima , Tenente Flávio Nishimori, Tenente Humberto Leite, Tenente Carla Dieppe e Tenente Juliana Mota

Colaboradores: CIAER, AFA, CABW, BARF, BABE e SISCOMSAE (textos enviados ao CECOMSAER, via Sistema Kataná, por di-versas unidades)

Tiragem: 30.000 exemplares

Jornalista Responsável: Tenente Luiz Clau-dio Ferreira (MTB 2857 - PE)

Diagramação e Infográfi cos: Tenente Ales-sandro Silva, Suboficial Cláudio Bonfim Ramos, Sargento Rafael da Costa Lopes e Cabo Lucas Maurício Alves Zigunow (Nesta edição, com colaboração ATECH)

Revisão: Subofi cial Cláudio Bonfi m Ramos

Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta sobre aviação militar devem ser enviados para: [email protected]

Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” - 7º andar CEP - 70045-900Brasília - DF

ExpedienteCARTA AO LEITOR

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Você possui credencial de inteligência ?

O poder das imagens

Brig Ar Marcelo Kanitz DamascenoChefe do CECOMSAER

Impressão e acabamento:Aquarius Gráfi ca e Editora

Na edição anterior, defi nimos o termo “necessidade de conhecer” como uma condição inerente ao exercício de cargo, função ou ati vi-dade, indispensável para que uma pessoa, possuidora de credencial de segurança adequada, tenha acesso a dados, informações, áreas ou instala-ções sigilosas. Mas você sabe o que é credencial de segurança?

O instrumento jurídico que dis-põe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado no âmbito da administração pública federal é o De-creto n° 4.553, de 27 de dezembro de 2002. Nesta legislação, credencial de segurança é defi nida como certi fi cado concedido por autoridade competen-te, que habilita determinada pessoa a ter acesso a dados ou informações em diferentes graus de sigilo: ultra-secre-to, secreto, confi dencial e reservado.

No Comando da Aeronáuti ca, o Centro de Inteligência da Aeronáuti ca

é o órgão responsável por conduzir o processo para a concessão da cre-dencial de segurança de pessoa fí sica. Durante este processo, cumprindo ao estabelecido no Decreto n° 4.553, é realizada a investi gação para o cre-denciamento, na qual é averiguada a existência dos requisitos indispen-sáveis para que a credencial possa ser emiti da.

A ICA 200-2 (Processo de Conces-são de Credencial de Segurança de Pessoa Física) estabelece, no âmbito do Comando da Aeronáuti ca, os pro-cedimentos a serem seguidos para a solicitação de credencial de seguran-ça de pessoa fí sica, nos diferentes graus de sigilo. Nesta Instrução, são defi nidas ainda as situações que, pela ocupação de posto, graduação ou categoria funcional, são considerados credenciados, a saber:

a) ULTRA-SECRETO - os ofi ciais-generais da ati va da Aeronáuti ca;

b) SECRETO - os ofi ciais superiores da ati va da Aeronáuti ca quando em

função de Comando, Chefi a ou Direção;c) CONFIDENCIAL - os demais

ofi ciais da ati va da Aeronáuti ca e os servidores públicos a eles asseme-lhados; e

d) RESERVADO - os aspirantes a ofi cial, os subofi ciais, os sargentos da ati va da Aeronáuti ca e os servidores públicos a eles assemelhados.

Contudo, mesmo sendo conside-rado credenciado, o militar ou ser-vidor civil deverá assinar um termo de compromisso de manutenção de sigilo, documento no qual é registra-do o seu compromisso em manter o sigilo dos assuntos classifi cados que, direta ou indiretamente, venha a ter acesso. Outro ponto importante é que, independentemente do grau hierárquico, a existência de credencial de segurança não faculta o acesso indiscriminado a qualquer assunto sigiloso, mas sim àqueles aos quais ti ver necessidade de conhecer.

(Centro de Inteligência da Aero-náuti ca)

Mais de 80 mil pessoas viram pela internet, no portal da Força Aérea no You Tube, as imagens dos ataques a pistas clandesti nas na Amazônia, durante a Operação Ágata (foto ao lado). Milhões de pessoas viram pela TV, nas principais emissoras do país, as imagens dos caças lançando bom-bas sobre os alvos. No exterior, agên-cias de notí cia e canais de TV, como a CNN, reproduziram o conteúdo. Uma parte considerável das imagens exibi-das foi coletada pela comunicação da FAB e distribuída para o mundo.

O resultado ilustra o poder da imagem no disputado cenário mun-dial de informação, porque o fato foi sufi cientemente importante para

chamar a atenção da imprensa que, automati camente, deixou de olhar outros temas de sua pauta de tra-balho para cobrir o assunto. O caso mostra ainda quanto é importante a integração entre as áreas operacio-nal e de comunicação. Esta deve ser sempre o apoio da primeira ati vidade, em um trabalho integrado e coorde-nado. Enfi m, todos os militares são, de alguma forma, comunicadores e representantes da Força Aérea no coti diano, onde quer que estejam.

Nesse contexto, saber o que é notí cia pode ser a chave no sucesso. O Manual de redação e de Assessoria de Imprensa da Força Aérea, disponível na internet, ajuda a compreender o

que pode ou não conquistar espaço no mundo da informação. Se você puder parti cipar desse processo de divulgação, ganharemos todos nós integrantes da FAB. Fale com o ofi cial de comunicação social de sua uni-dade, veja o que pode ser notí cia e identi fi que os pontos que a sociedade poderia conhecer para entender me-lhor o seu trabalho diário. Parti cipe desse processo.

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3Setembro - 2011

Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito Comandante da Aeronáuti ca

PALAVRAS DO COMANDANTE

Todos juntos pela sustentabilidade

Pequenas ações, juntas, podem produzir grandes resultados.

Com essa orientação, o Comando da Aeronáuti ca prepara o lançamento de uma campanha nacional de sustenta-bilidade, voltada para a economia e o melhor aproveitamento de recur-sos. Além de uma mobilização pela economia de gastos do coti diano do trabalho, será uma arti culação pela consciência e disciplina voluntária para o aprimoramento da insti tuição.

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a conti -nuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Mais do que isso, é uma pauta de trabalho internacio-nal, que propõe o consumo racional dos recursos naturais, de olho nas gerações futuras e em consonância com o compromisso de passar aos nossos fi lhos e netos, no mínimo, se não um mundo melhor, pelo menos

igual ao que recebemos dos nossos pais e avós.

Mas antes mesmo que a campa-nha seja lançada, todos os militares podem ajudar com pequenas con-tribuições, mas nem por isso menos importantes: qualquer economia com água, energia, telefone, com-bustí vel e material de expediente, por exemplo, pode significar uma melhor redistribuição de recursos e mais investi mentos.

Uma torneira pingando o dia todo representa um consumo esti -mado de 46 litros, o sufi ciente para um banho demorado. Um fi lete de água vazando de uma torneira, com cerca de 3 mm de espessura, equi-vale a cerca de 8 mil litros por dia, ou o necessário para abastecer uma escola inteira com 240 alunos. Para evitar esse desperdício, basta acio-nar de imediato o setor de serviços gerais competente. Na aquisição de

material de construção, torneiras au-tomáti cas e sensores podem signifi -car economia a longo e médio prazo.

Se usar o ar condicionado, man-tenha as portas e janelas fechadas para reduzir o consumo de energia. Prefi ra subir um andar pelas escadas a uti lizar o elevador. Ao se ausentar da sala, desligue o monitor e apague a luz. As mesmas recomendações podem servir em casa, para a eco-nomia domésti ca, para a gestão de gastos. Alem disso, as unidades po-dem ser consideradas a outra casa dos militares e civis da Aeronáuti ca. Monitorar, alertar e mobilizar o pú-blico interno são fundamentais para esse trabalho.

Impressão de papel frente e verso pode reduzir o consumo de material de escritório nas unida-des. Copos plásticos descartáveis podem ser substi tuídos por garrafas permanentes para o consumo de

água. Enfi m, a criati vidade deve ser a melhor aliada na hora de escolher as pequenas ações que podem fazer a diferença. Basta assumir o local de trabalho como um ambiente coleti vo de vida e de troca de experiências.

Juntos, com pequenas ações, podemos mobilizar mais de 70 mil pessoas da nossa instituição para um objeti vo comum: a racionalização e a economia de recursos, além da contribuição para um mundo melhor.

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4 Setembro - 2011

OPERAÇÃO ÁGATA

Dia e noite, Força Aérea ataca pistas clandestinas localizadas na região de fronteira com a Colômbia

Operação mobilizou as Forças Armadas brasileiras, Polícia Federal, Receita federal, Força Nacional de Segurança e IBAMA para ação na região de fronteira com a Colômbia, conhecida como “Cabeça do Cachorro”, na Amazônia

Interdição de pistas clandestinas de pouso, uso de armamento real,

ataque noturno e estreia operacional do RQ-450, a primeira Aeronave Re-motamente Pilotada (ARP) da Força Aérea Brasileira. A Operação Ágata, realizada no mês passado, demons-trou a capacidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de mobilizar seus meios para a defesa da fronteira do Brasil com a Colômbia.

A parti r de São Gabriel da Cacho-eira (AM), Tabati nga (AM) e Manaus, caças F-5EM e A-29, aviões E-99 e R-99, helicópteros H-60 BlackHawk e várias aeronaves de transporte parti -ciparam da operação desencadeada para coibir atos ilícitos na região co-nhecida como “Cabeça do Cachorro”.

O principal destaque foi a destruição de três pistas de pouso clandesti nas. Ao todo, os A-29 do Esquadrão Escor-pião (1°/3° GAV) lançaram 24 bombas de 230 kg, oito para cada alvo. O im-pacto de cada uma deixou crateras de até quatro metros de diâmetro e dois de profundidade, o sufi ciente para impedir o uso da pista por qualquer ti po de aeronave naquela região.

As duas primeiras missões acon-teceram durantes o dia, com o uso de computadores de bordo que mostram para o piloto, com preci-são, o local de impacto das bombas. Mas na madrugada de 18 de agosto, os caças da FAB fi zeram um ataque noturno, com o uso de tecnologias como óculos de visão noturna (NVG).

As três missões aconteceram com quatro aeronaves, cada uma armada com duas bombas.

Antes e depois de cada ataque, helicópteros BlackHawk do Esqua-drão Pantera (5°/8° GAV) e Harpia (7°/8° GAV) levavam equipes da Po-lícia Federal, do Insti tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Força Nacional, além de militares do Exército e da FAB. A tropa terrestre garanti a a segurança da operação.

Para o Tenente Coronel Fernando Mauro, Comandante do Esquadrão Pacau (1°/4° GAV), a destruição des-tas pistas de pouso clandesti nas são fundamentais para a defesa aérea na região. "Qualquer aeronave pode

estar pousando ali pra fazer abasteci-mento, deixar droga ou contrabando de armas. Se eliminar essas pistas, reti ra-se a logísti ca de apoio dessas ati vidades ilícitas", explicou.

Os caças A-29 dos Esquadrões Escorpião (1°/3° GAV) e Grifo (2°/3° GAV), além dos F-5EM do 1°/4° GAV, também realizaram, durante a Ope-ração Ágata, missões de defesa do espaço aéreo e permaneceram em alerta para interceptações.

VÍDEOS – Veja as imagens dos ataques a pistas clandestinas na página da FAB: www.youtube.com/user/portalfab

Caças A-29 Super Tucano acertam bombas sobre pista localizada na área conhecida como “Cabeça do Cachorro”, na região Amazônia

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5Setembro - 2011

AVIÃO-ESPIÃO - Pela primeira vez, aeronave remotamente pilotada é empregada em missão real

Um dos destaques da Operação Ágata foi a parti cipação inédita

de um Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) em uma missão real. O Her-mes 450, já designado na FAB como RQ-450 e bati zado como Aeronave Remotamente Pilotada (ARP), reali-zou operações de reconhecimento e acompanhamento de alvos. Entre eles, a pista clandesti na destruída no dia 13 de agosto em um ataque de caças A-29 Super Tucano.

Em apenas algumas horas de voo, o RQ-450 coletou todas as informa-ções para a missão de ataque. "Con-seguimos saber vários detalhes do alvo e, inclusive, observamos que não havia pessoas no local, garanti ndo a segurança durante o lançamento das bombas", explicou o Tenente Coronel Ricardo Laux, Comandante do Esqua-drão Hórus, primeira unidade militar do Brasil a uti lizar aeronaves do ti po.

Toda a missão de reconhecimento foi coordenada a parti r do centro de controle, onde um piloto e um opera-dor de sistemas acompanham o voo do RQ-450. O equipamento é quase todo automático, mas o aviador gerencia todas as etapas da missão. "Eu posso simplesmente colocar uma coordenada ou determinar uma rota, mas se eu quiser pilotar ele manual-mente, eu assumo o voo", afi rmou o Tenente Coronel Laux.

As telas são dominadas pelas in-formações enviadas pelos sensores, geralmente uma câmera colorida com zoom e um sistema de imagem

Quase 80 mil pessoas viram as imagens dos ataques realizados pela Força Aérea

na Amazônia. Na imagem, uma das bombas lançadas por caças A-29 atinge uma pista clandestina, em imagem de sensor da aeronave R-99.

FICHA TÉCNICA

Peso de decolagem: 450 quilos

Comprimento: 6 metros

Envergadura: 10 metros

Carga úti l: 150 quilos

Autonomia: até 16 horas

Teto operacional: 18.000 pés

Velocidade máxima: 170 km/h

por calor. "Para cada ati vidade existe um detector ideal", disse o Tenente Coronel Laux. Os equipamentos a bordo permitem até localizar pessoas sob copa de árvores e, dependendo da distância, saber se elas estão armadas. "Em certas situações, a aeronave é capaz de detectar ações que já aconteceram, percebendo, por exemplo, o calor que uma aeronave deixou em um local", completou.

Durante a Operação Ágata, o Esquadrão Hórus foi deslocado para uma pista escondida no meio da sel-va. A parti r dali, o RQ-450 operou em uma vasta área da região, com um raio de atuação superior a 200 km. Com autonomia de até 16 horas, o avião realizou missões de reconhecimento, vigilância, busca e inteligência. Todas as informações eram transmiti das em tempo real para centros de comando em Manaus e em Brasília.

FIQUE POR DENTRO

A aeronave RQ-450 foi empregada pela primeira vez em missão real

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6 Setembro - 2011

MINISTÉRIO DA DEFESA

ACORDO - Brasil e Colômbia assinam plano de segurança para ação conjunta na região de fronteira

Os governos do Brasil e da Colôm-bia assinaram em Tabati nga, no

início da Operação Ágata, o Plano Binacional de Segurança Fronteiriça, que prevê o combate aos ilícitos na faixa de fronteira entre os dois países, visando ampliar a cooperação em ma-téria de segurança e desenvolvimento sustentável da Amazônia, bem como o fortalecimento do nível políti co e estratégico e o atendimento às neces-sidades básicas da população local.

Participaram da cerimônia de assinatura os Vice-presidentes da República do Brasil e da Colômbia, Michel Temer e Angelino Garzón, Ministros da Defesa dos dois países, o Ministro da Justi ça, José Eduardo Cardozo, e o Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República do Brasil, Wellington Moreira Franco. Esti veram presentes, também, o Comandante Geral do Ar, Tenente Brigadeiro do Ar Gilberto An-tonio Saboya Burnier, representando o Comandante da Aeronáuti ca, bem como os Comandantes do Exército e da Marinha, o General de Exército Enzo Marti ns Peri e o Almirante de Esquadra Julio Soares de Moura Neto.

O Vice-presidente da República, Michel Temer, pontuou a necessidade do combate aos crimes transnacio-nais, relati vos ao narcotráfi co, agres-são ao meio ambiente e contrabando. "Os crimes já não são mais nacionais. Esta conjugação de esforços entre o Brasil e a Colômbia vai permitir precisamente que se combata, com muita eficácia, esta criminalidade. Evidentemente, isso vai revelar uma integração social extraordinária com os povos que vivem nas fronteiras, porque estarão mais tranquilos."

O Ministro da Justi ça, José Eduar-do Marti ns Cardozo, falou do desafi o de controle de mais de 16 mil km de

fronteiras terrestres. "Temos uma ne-cessidade de integração internacional a parti r de um plano estratégico. A Colômbia é um país irmão e que tem uma perspecti va de controle de fron-teiras. Vemos esse acordo não como um acordo isolado, mas pragmáti co e que servirá de exemplo na perspecti -va de somar esforços com países com os quais temos fronteiras.", afi rmou.

Durante visita da comitiva de autoridades na região de fronteira do Amazonas, o Governo Federal lançou a Operação Ágata 1, na região dos municípios de Tabati nga e São Gabriel da Cachoeira. A operação serviu para o combater o tráfi co de drogas, con-trabando e/ou descaminho de armas e munições, extração de minerais e

madeiras de forma ilegal, tráfi co de animais silvestres e biopirataria.

A Operação contou com mais de três mil homens das Forças Armadas Brasileiras, além da participação da Polícia Federal (PF), da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), do Insti tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), da Secretaria da Receita Federal (SRF), da Força Nacional de Segurança, entre outras insti tuições. (Leia mais nas pág.8 e 9)

O programa prevê o combate aos ilícitos na faixa de fronteira entre os dois países e pretende ampliar a cooperação em matéria de segurança e desenvolvimento sustentável da Amazônia

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III

7Setembro - 2011

TRÁFEGO AÉREO - GERENCIAMENTO

CINDACTA III (Recife ) implanta modelo de gestão pública

O Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Trá-

fego Aéreo (CINDACTA III) começa a colher os resultados do modelo de excelência da gestão pública (MEGP), colocado em práti ca em 2010. O de-sempenho das ações do programa já são mensuráveis e refletem em índices de aprovação tanto do públi-co externo, com 96% de sati sfação, quanto do efeti vo, com 80,50%.

O CINDACTA III concorre ao Prê-mio da Qualidade e Gestão de Per-nambuco (PQGP), Ciclo 2011, cujo vencedor deve ser conhecido em no-vembro. Em 2012, a organização mili-tar será candidata ao Prêmio Nacional da Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Os objetivos estratégicos do MEGP estão assentados em cinco pontos. O primeiro deles é garanti r a segurança das operações aéreas.

Valorizar o recurso humano, buscar o estado de arte nos sistemas tec-nológicos, desenvolver a cultura de responsabilidade socioambiental e buscar a excelência na gestão são os quatro outros pilares.

Para ati ngir essas metas, várias ações estão em curso. Os resultados das ações do Programa já começam a ser mensuráveis nos mais diversos setores da unidade. As víti mas de in-cidentes de salvamento efeti vamente localizadas pelo CINDACTA III aumen-taram. Passaram de 58, em 2009, para 77 no ano passado. O índice de atrasos nos aeroportos na área do CINDACTA III, superior a 60 minutos, também re-velaram queda. No ano de 2008, a taxa era de 7,5%, de um total de 1.103.928 pousos e decolagens. Em 2010, esse número caiu para 3,96% em relação aos 1.447.670 movimentos.

“A nossa preocupação foi a de

procurar a colaboração de espe-cialistas, tanto de órgãos públicos e privados quanto das principais universidades do país. Foram orga-nizadas inúmeras conferências com especialistas e formados gestores e auditores que passaram a trabalhar no programa. Foi implantado ainda um sistema de medição, que serve de base para a obtenção da melho-ria contí nua dos procedimentos, de forma a atender ao objetivo geral de modernizar e racionalizar a estru-tura organizacional e os processos administrati vos”, explica o Coronel Aviador João Bati sta Oliveira Xavier, Comandante do CINDACTA III.

A responsabilidade social tam-bém é uma meta a ser perseguida dentro deste plano estratégico. Uma das ações desenvolvidas nessa esfera é o Programa Segundo Tempo- Forças no Esporte, que atende 160 crianças

e adolescentes carentes na faixa etá-ria de 12 a 14 anos, moradoras do entorno da organização militar. Já na questão da valorização dos recursos humanos, uma das diretrizes é va-lorizar a atuação do profi ssional em sua área específi ca. Na medição feita com o efeti vo, o índice de sati sfação ati ngiu a marca de 80,5%.

Piloto – O programa piloto do Modelo de Gestão foi implantado primeiramente no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Recife no ano passado, servindo de base para a implantação do modelo no CINDACTA III. Na ocasião, o DTCEA candidatou-se ao Prêmio da Qualida-de e Gestão de Pernambuco, conquis-tando o troféu na categoria bronze. A implantação do MEGP se deu em quatro fases: planejamento, execu-ção, verifi cação e ações correti vas.

O CINDACTA III tem como atri-buições o controle do espaço aéreo, defesa aeroespacial, busca e salva-mento, meteorologia aeronáuti ca e informações aeronáuti cas. Possui um efeti vo de 1.750 pessoas, entre civis e militares. Desse total, 503 possuem nível superior e 74 especialização em nível de mestrado ou doutorado. No ano de 2010, o CINDACTA III registrou, monitorou e apoiou quase 1,5 milhão de movimentos de aeronaves sob sua jurisdição.

Entre os objetivos estratégicos do programa estão a garantia da segurança das operações aéreas, valorização dos recursos humanos e desenvolvimento de uma cultura de responsabilidade sócioambiental

8 Setembro - 2011

TRÁFEGO AÉREO

SAGITÁRIO - Novo sistema de controle de tráfego aéreo integra dados de satélites e radares

O programa desenvolvido no Brasil permitirá o aprimoramento do controle de tráfego aéreo no país, além de contri-buir para a elevação dos níveis de segurança operacional

Um soft ware nacional capaz de processar dados de diversas

fontes de captação como radares e satélites e consolidá-los em uma única apresentação visual para o controlador de voo. Assim funciona o Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatório de Interesse Operacional, o Sistema Sagitário, que será implan-tado em todos os quatro Centros In-tegrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), e deve substi tuir o atual sistema X-4000. O novo programa já apoia o controle de tráfego aéreo no Nordeste e Sul/Sudeste do país.

O Sagitário traz várias inovações em relação ao atual programa X-4000. O software permite, por exemplo, a sobreposição de imagens meteo-rológicas sobre a imagem do setor sob controle, para acompanhar, por exemplo, a evolução de mau tempo em determinada região do país. Os planos de voo também podem ser editados grafi camente sobre o mapa possibilitando a inserção, remoção e reposicionamento de pontos do plano e cancelamento de operações, o que permiti rá ao controlador acom-panhar melhor a evolução do que estava previamente planejado para o voo. Além disso, eti quetas inteligen-tes, por meio de cores diferentes de acordo com o nível de atenção para o cenário, indicam informações essen-ciais para o controle de tráfego aéreo.

“Esse novo sistema vai permiti r que o controlador de voo tenha muito mais ferramentas à sua disposição, de modo que possa, de forma mais objeti va, facilitar a vida do piloto e trazer mais segurança para o próprio operador ao tomar as decisões ou efetuar determinadas autorizações ao

comandante da aeronave. Em termos práti cos, para quem viaja de avião, as ações decorrentes do sistema po-derão reverter em menor tempo de voo, com consequente economia para a empresa aérea, menor emissão de gases e também acredito que possa refl eti r no aumento da pontualidade das empresas”, ressalta o presidente da Comissão de Implantação do Sis-tema de Controle do Especo Aéreo (CISCEA), Brigadeiro do Ar Carlos Vuyk de Aquino.

A concepção avançada privile-gia também a interação, ao reduzir os comandos de teclado, permitir maior concentração ao controlador e diminuir a fadiga do operador. “O Sagitário permite ao controlador exe-cutar todos os comandos necessários e todas as coordenações por meio do mouse. As cores da tela também foram estudadas para que não fossem agressivas nem cansati vas”, explica.

O Sagitário já está em funciona-mento nos CINDACTA II e III, sediados em Curiti ba e Recife. Cerca de R$ 9 milhões foram investi dos no desen-volvimento do soft ware. Outros cerca de R$ 15 milhões devem ser aplicados na implantação do sistema nas outras unidades de controle de tráfego, assim como para o treinamento dos operadores. Até o fi nal deste ano, o sistema deve ser implantado em Brasília, no CINDACTA I.

“Nós estamos no grupo que tem hoje a melhor fi losofi a de controle. Esse soft ware é muito semelhante aos implementados na Alemanha e na Holanda. O elemento número um de todos os planejadores do controle do espaço aéreo é a segurança. Este item é inegociável. Portanto, eu posso afi rmar que é seguro voar no Brasil”, afi rma o Brigadeiro Aquino.

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10 Setembro - 2011

MISSÃO DE PAZ - HAITI

Militares de Batalhão do Recife retornam de missão inéditaPelotão retornou ao Brasil no mês passado (15/8), depois de seis meses de permanência no Haiti; experiência será compartilhada agora pela Infantaria da Aeronáutica, que já enviou um segundo pelotão para participar da missão

As patrulhas em Cité Soleil, con-siderado ainda o bairro mais

perigoso da capital Porto Príncipe, no Haiti , foram a roti na mais marcante do coti diano do primeiro pelotão de Infantaria da Força Aérea Brasileira a parti cipar de uma missão de paz da Organização das Nações Uni-das (ONU). Becos escuros podiam representar ameaça aos militares, contornada com o uso de óculos de visão noturna (NVG, em inglês), trei-namento e confi ança no grupo.

Os vinte e sete militares do Ba-talhão de Infantaria de Aeronáuti ca Especial de Recife (BINFAE-RF) re-tornaram ao país no mês passado (15/8), depois de seis meses no Haiti , onde atuaram como pelotão de uma companhia de fuzileiros do Exército Brasileiro. Além da parti cipação em um acontecimento inédito na história da Infantaria da Força Aérea, trouxe-ram experiência e saudade.

As tropas brasileiras lideram a missão de paz da ONU no Haiti , num esforço que começou em 2004 para a estabilização daquele país. Há décadas, os haiti anos sofrem com a ação de gangues, com a violência e a pobreza. Desde o início, a FAB apoia a missão por meio de voos regulares, para o transporte de tropas, equipa-mentos e suprimentos.

“Um dos nossos primeiros de-safi os foram as eleições do país em março. Eram quase sete mil pessoas na área do aeroporto e fi camos responsá-veis pela proteção das vias de acesso. Foi uma situação tensa”, recorda o Tenente Marcos Vinicius de Oliveira Pereira, comandante do pelotão.

Depois de quatro dias para a realização de exames e avaliações psicológicas, os militares reencon-traram a família. “É uma sensação maravilhosa este retorno, ver o seu povo, as pessoas falando a sua língua. A ansiedade da volta foi diferente. A vibração dentro da aeronave era

outra, já que tí nhamos a sensação de dever cumprido. A missão foi tranquila porque estávamos lidando com bons profi ssionais e aplicamos o que aprendemos”, afi rma o Sargento Carlos José Ferreira Amigo.

Segundo o Comandante do BIN-

FAE-RF, Tenente Coronel Paulo Cezar Pontes, os militares tiveram uma oportunidade única de colocar em práti ca o que aprenderam no Brasil e, por isso, são considerados mul-ti plicadores de conhecimento para outras unidades. Antes de iniciarem

a missão, o pelotão passou por um intensivo cronograma de treinamento fí sico, militar e voltado especifi ca-mente para a missão.

No Haiti, os militares da FAB trabalharam na segurança da região próxima ao aeroporto de Porto Prínci-pe, onde fi ca um dos acampamentos para desabrigados pelo terremoto do ano passado. Também atuaram na segurança de representantes de ins-ti tuições que ajudam na reconstrução do país e na distribuição de alimentos e donati vos, entre outras missões.

“Treinamento duro, combate fácil. No treinamento a gente viu muito mais coisa do que encontra-mos na missão”, diz o soldado Paulo André Oliveira Santos. A forte roti na de treinamento nos meses que an-tecederam o embarque é apontada como fundamental para o êxito do trabalho. No Haiti , ti nham de carregar capacete, colete à prova de balas, equipamentos que pesava mais de 20 kg, além de armamento e outros equipamentos, em patrulhas que duravam cerca de quatro horas, sob temperaturas 40º C.

“Já vou começar a estudar para fazer a prova para a Especialista (Esco-la de Especialistas de Aeronáuti ca)”, afirma o soldado Vitor Hugo Nas-cimento, que esteve no Haiti e que pretende seguir carreira como militar.

Os militares afi rmaram que o que facilitou a missão de paz no Haiti é o reconhecimento do conti ngente brasileiro. Muitas situações foram resolvidas pela intermediação do pelotão junto à população local. “Os brasileiros são muito queridos, os haiti anos reconhecem a nossa far-da e, quando a gente passa, eles gritam “Força Aérea”, por causa da presença do Hospital de Campanha (HCAMP) durante o terremoto. É um povo muito alegre, mesmo com tantos problemas”, destaca o Cabo Waldomiro Farias.

O equipamento possibilita a visão nítida nas patrulhas, sendo um aliado dos militares que patrulham as ruas de Porto Príncipe, em missão de paz da ONU

Nas patrulhas no bairro de Cité Soleil, em Porto Príncipe, os militares da Força Aérea contavam com óculos de visão noturna (ao lado);

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11Setembro - 2011

EMOÇÃO - Militares que participaram de missão histórica reencontram família após seis meses no Haiti

“No dia dos pais, ela fi cou me perguntando quando o seu

pai (Cabo Felipe Queiroz) chegaria. E eu dizia que ele já estava chegando, mas ela virava pra mim e dizia ‘todo dia você fala que ele está chegando e ele não chega! É menti ra sua!’. Mas hoje, sim, ele chegará", disse a espo-sa, Cláudia Tabosa. O militar chegou para felicidade da pequena Letí cia, de 4 anos. Da mesma forma, Felipe, 12, vibrou com o retorno do pai, o Cabo Waldomiro Farias (foto acima).

Os reencontros foram movidos pela surpresa. Os pais foram até à escola deles e o abraço foi demorado. Ainda na sala de aula, Letí cia e os colegas cantaram uma música que

haviam aprendido em homenagem ao dia dos pais e, fi nalmente, o pai Queiroz ouviu a canção que há muito era ensaiada. Na escola do fi lho mais velho, outra surpresa e mais emoção.

Chamado à frente para conversar um pouco sobre o que o pai fazia no Haiti , Felipe pôde gravar uma men-sagem para ele. Ao olhar para trás, viu que aquela mensagem poderia ser dita pessoalmente. “Agora eu não soltarei ele nunca mais", disse o menino ao abraçar o pai.

Os militares foram liberados após a realização de exames médicos e de avaliação psicológica prevista. A expectativa é muito grande. Só se sabe como é, quem está passando por

ela”, afi rma Zélia Maria Veloso Araújo, mãe do Soldado Neyjair França. Para ela, o fato de o fi lho ter ajudado os haiti anos é moti vo de orgulho. “Era muita alegria porque ele foi em uma missão de paz e eles [haiti anos] es-tavam precisando dele mais do que eu”, afi rmou, antes de reencontrar o fi lho que integrou o primeiro pelotão da FAB no Haiti .

“Foi uma oportunidade única de entrar em contato com os haiti anos e ajudar a minimizar um pouco o sofri-mento de uma realidade tão difí cil”, disse o Sargento Gustavo Freitas, que embarcou logo depois de descobrir que seria pai (foto acima).

“Com a missão no Haiti , houve

um crescimento pessoal no contato com outras experiências de vida, em um país diferente, com pessoas muito necessitadas, e isto eles vão lembrar para o resto da vida. Na parte profi ssional, eles colocaram em prá-ti ca lições que aprenderam no Brasil. O pelotão sempre estava atento a como agir com a população”, disse o Tenente Coronel Paulo Cezar Pontes, comandante do Batalhão de Infanta-ria da Aeronáuti ca Especial de Recife.

No mês passado, outros 27 mili-tares, todos do Batalhão de Infantaria da Aeronáuti ca Especial de Manaus, embarcaram para um período de seis meses no Haiti . É a segunda missão desse ti po na história da Força Aérea.

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12 Setembro - 2011

LEGISLAÇÃO - SAIBA MAIS

A nova política de comunicação social da Aeronáutica

Projetar e preservar a boa imagem da Força Aérea Brasileira no âm-

bito da sociedade e da comunidade internacional. Adequar e integrar a ati vidade de comunicação social ao preparo e emprego da FAB. Garanti r a credibilidade e a transparência nos atos promovidos pela insti tui-ção, salvaguardados os assuntos de segurança nacional. Esses são os três objeti vos da nova diretriz que estabelece a políti ca de comunicação social da Aeronáutica (DCA 142-1/2011), publicada no Boleti m do Comando da Aeronáuti ca nº 129, de 8 de julho de 2011. Toda legislação relati va ao assunto passa por revisão.

Segundo o documento elabo-

rado pelo Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), quanto maior for o conhecimento sobre as ati vidades realizadas por um órgão público, sobre a abrangência e relevância de suas ações, mais ele gozará do reconhecimento e respeito da sociedade. “Para que uma insti -tuição possa atender aos próprios interesses e, ao mesmo tempo, sati s-fazer os anseios da sociedade, deve adotar uma políti ca de comunicação que esteja alicerçada em princípios éti cos e morais, ou seja, voltada para a responsabilidade social”, afi rma a DCA 142-1.

A nova políti ca tem como fun-damentos legais a Constituição, o

decreto nº 6.555/2008 (Ações de Comunicação do Poder Público Fe-deral), a DCA 14-5 (Políti ca Militar da Aeronáuti ca) e DCA 1-1 (Doutrina Básica da Força Aérea Brasileira).

“As ações de comunicação social da Aeronáuti ca devem ter o objeti vo primordial de sensibilizar a socieda-de brasileira acerca da importância da sua Força Aérea, como órgão res-ponsável pela garanti a dos interesses nacionais e da integridade territorial do Brasil”, conforme o capítulo que trata da “Concepção Geral da Polí-ti ca”.

NOVIDADE – No mesmo pacote, o Regulamento do Centro de Comu-nicação Social da Aeronáuti ca (ROCA

21-38/2011) foi atualizado, com a incorporação do conceito de comuni-cação integrada para as ações do CE-COMSAER. A unidade passa a contar com três divisões: Comunicação Inte-grada (coordena as ações, estratégias e produtos de comunicação social), Comunicação Corporati va (assessora no planejamento estratégico das ações de comunicação e coordena as ati vidades dos elos do Sistema de Comunicação Social da Aeronáuti ca) e Apoio à Comunicação (presta apoio logísti co e de serviços necessários ao funcionamento do CECOMSAER).

Saiba mais: www.cecomsaer.intraer (SISCOMSAE/MIDIATECA)

DICA DO MÊS

Centro de Convenções oferece estrutura moderna para o público

Localizado no bairro de Ondina, um dos mais tradicionais da orla

de Salvador (BA), o Centro Militar de Convenções e Hospedagem de Salvador (CEMCOHA) oferece uma infraestrutura completa para eventos, cursos de capacitação e hospedagem de militares da Força Aérea Brasileira. O projeto arquitetônico e executi vo da Diretoria de Engenharia (DIRENG) remete a um avião, com os prédios di-vididos nas duas Asas, a Norte e a Sul.

“O grande diferencial do CEMCO-HA é a mão de obra especializada, treinada e moti vada a oferecer ser-viços e atendimento de qualidade e excelência, conforme padrões univer-sais de Hotelaria e de Convenções”, explicou o administrador do local, Coronel Murilo Romualdo Viana Filho.

O Centro de Convenções conta com um auditório de 173 lugares, 70 apartamentos com frigobar, ar condicionado e restaurante.

Mais informações sobre a realiza-ção de eventos e hospedagens:

Centro Militar de Convenções e Hospedagem de Salvador

Endereço: Av. Oceânica s/n, Ondina, Salvador/BA, CEP 40.170-010.Telefones: (71) 3023 9700 (PABX) (71) 3023 9735 (Gerência) Reservas: [email protected]

Estudantes do ensino médio podem participar de

concurso de redação

O concurso de redação do Senado Federal chega à quarta edição

com o tema “O Brasil que a gente quer é a gente quem faz”. Podem parti cipar estudantes do ensino mé-dio de escolas públicas estaduais e do Distrito Federal. Os melhores textos serão selecionados pelas escolas e encaminhados para as respectivas Secretarias de Educação até o dia 30 de setembro. Até 21 de outubro, o Senado receberá a redação que representará cada Estado.

Uma comissão composta por servidores do Senado e por um in-tegrante do Conselho Nacional de Secretários de Educação vai eleger a melhor redação do país. “Origina-lidade, ineditismo, concordância e ortografi a serão os principais critérios avaliados”, diz a coordenadora de eventos da Secretaria de Relações Públicas do Senado, Márcia Yamaguti .

Os 27 fi nalistas vão ganhar note-books e farão parte do Programa Se-nado Jovem Brasileiro. O regulamen-to do concurso nacional de redação do Senado Federal está no site www.senado.gov.br/concursoredacao.

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13Setembro - 2011

ESPORTE

Base Aérea de Brasília inicia atendimento de crianças no Programa Segundo Tempo/Forças no Esporte

Crianças foram apresentadas ao efetivo da unidade no dia 10 de agosto e tiveram contato com a Presidenta da República, Dilma Roussef; participantes terão atividades esportivas dentro da unidade e supervisão de voluntários

Cerca de 100 crianças de rede pú-blica de ensino do Distrito Federal

terão acesso à práti ca esporti va na Base Aérea de Brasília (BABR). Elas integram o Programa Segundo Tem-po/ Forças no Esporte (Profesp) e irão parti cipar de aulas de natação, karatê, futebol de campo e vôlei.

Antes da solenidade militar, rea-lizada no dia do início do programa, as crianças conheceram a Presidenta da República, Dilma Roussef, que estava na BABR para viajar no avião presidencial. Antes de embarcar, ela conversou com as crianças.

“Estão todos muito entusiasma-dos e felizes por poder receber essas crianças aqui. A quanti dade de volun-tários dentro do nosso efeti vo, para parti cipar do programa, superou em muito o número de vagas”, afi rma o comandante da BABR, Coronel Avia-dor Geraldo Corrêa de Lyra Junior.

“Pretendemos levar cidadania a essas crianças e, da vida militar, va-mos passar valores como patrioti smo, força de vontade e coragem”, explica o comandante do Grupo de Serviços de Base da BABR, Major Aviador Mar-cello Lobão Schiavo.

“Vou aproveitar muito essa opor-tunidade”, explica Heloísa de Souza Falcão, de oito anos, que estava ansiosa para parti cipar das aulas de natação. Os primeiros contatos que ela teve como os militares da Força Aérea já despertaram na estudante futuros sonhos profi ssionais. “Quero parti cipar da Base Aérea quando cres-cer. Até brinco de ser militar quando estou em casa”, diz Heloísa, estudante da Escola Classe Ipê, localizada no Pa-rkway e que, desde o dia 8 de agosto, parti cipa das ati vidades do programa.

“Nossa escola funciona em horá-rio integral, mas não temos a opor-tunidade de oferecer esses esportes

para eles”, ressalta a vice-diretora do colégio, Benedita de Almeida da Fonseca. As aulas são realizadas no Clube dos Cabos, Soldados e Taifeiros de Aeronáuti ca. Segundo Benedita, o espaço fí sico e a disponibilidade de profi ssionais capacitados na área de esportes estão entre os pontos fortes do programa da unidade.

O grupo de instrutores, compos-to em sua maioria por militares do efeti vo da BABR, conta com o atual campeão mundial de karatê, o S2 Thalys Graciliano Gomes, que con-quistou o tí tulo na categoria absolu-to, para lutadores de 18 a 34 anos. “Fico emocionado de parti cipar de um projeto como esse. Quem sabe

se daqui sairá um campeão”, afi rma. Um dos alunos do S2 Graciliano, Guilherme Vieira Tavares da Silva, de oito anos, estava animado para a primeira aula. “Acho que vamos aprender muito com ele. Também, as aulas de karatê têm muitas brin-cadeiras e sei que vou gostar.”

O Programa Segundo Tempo/ Forças no Esporte é realizado por meio de uma parceria entre os Mi-nistérios da Defesa, do Esporte e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Busca proporcionar cidadania e inclusão social, através da práti ca de esportes, a crianças e adolescen-tes em situação de risco social. As ati vidades são promovidas depois

das aulas da escola. Na Base Aérea de Brasília, inte-

gram o programa crianças de oito a dez anos. Elas parti cipam de aulas de natação, karatê, futebol de campo e vôlei em três dias da semana. Além disso, também recebem o apoio de alimentação e transporte. Antes do início das atividades físicas, todos os parti cipantes passaram por uma avaliação de saúde realizada por médicos da BABR. “É um exame para a práti ca esporti va. Vemos se a crian-ça está apta ou não para ati vidade fí sica. Também preenchemos a fi cha de antecedentes de saúde”, afi rma a Aspirante Médica Mariana Dietz, voluntária do projeto.

Antes de embarcar em viagem ofi cial, a Presidenta Dilma Roussef cumprimentou as crianças do projeto

14 Setembro - 2011

ACONTECE NA FAB

SENADO - Parlamentares homenageiam DCTA, ITA e Ozires Silva, pioneiro da Embraer

Senado Federal homenageou o Departamento de Ciência e

Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Insti tuto Tecnológico de Aeronáuti ca (ITA), a Embraer, por seus 42 anos, e o ex-presidente da empresa Coronel Ozires Silva, militar reformado da For-ça Aérea Brasileira (FAB), que liderou a equipe que projetou e construiu o Bandeirante – o primeiro avião bra-sileiro – e parti cipou da fundação da Embraer.

Esti veram presentes na solenida-de o diretor-geral do DCTA, Tenente Brigadeiro do Ar Ailton dos Santos Pohlmann, o Reitor do ITA, Tenen-te Brigadeiro do Ar Reginaldo dos Santos, além de ofi ciais generais e militares da Força Aérea.

A sessão solene foi uma propo-sição dos senadores Luiz Henrique (PMDB-SC) e Cristovam Buarque (PDT-DF), que em seus discursos pres-taram homenagem a insti tuições da

Terceira Força Aérea (III FAE) – Responsável pelas Aviações de Caça e de Reconhecimento, comemorou 20 anos no dia 5 de agosto, em cerimônia realizada em Brasília e que contou com a presença do Co-mandante da Aeronáuti ca, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito.

Comissão Aeronáuti ca Brasileira em Washington (CABW) – Comemo-rou 66 anos no dia 19 de agosto. A unidade foi criada em 1945, e tem por missão “centralizar, dentro de sua área de atuação, as ati vidades logísti cas de apoio e de serviços, a administração de acordos, ajustes e contratos” sendo um importante elo do sistema logísti co da Força Aérea.

Base Aérea de Belém (BABE) – Celebrou o 67° aniversário no dia 19 de agosto, com a realização de

Cerca de 53 mil pessoas acompa-nharam o tradicional Domingo

Aéreo da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP). O even-to aconteceu no mês passado.

As aeronaves militares F-2000, A-1, AT-26, A-29, F-5, C-105 A, CH-34, R-99, P-95, T-25, T-27, aeronaves do Clube de Voo à Vela da AFA, entre outras, dos diversos esquadrões da Força Aérea parti ciparam de sobre-vôos e fi caram em exposição.

As aeronaves civis também mar-caram presença com shows aéreos da Esquadrilha BR Aviati on, aeronaves BEM-145, ATR, Bucker, Decathlon e Extra 200, além das apresentações de aeromodelos e de diversas outras em exposição estáti ca. Houve uma exibi-ção da Esquadrilha da Fumaça (EDA).

Aniversários de unidades

O evento contou com a parti ci-pação do Hospital de Aeronáuti ca de São Paulo (HASP), com um estande insti tucional e uma equipe de pro-fi ssionais atendendo o público em geral. Também garanti ram o entre-tenimento do público as seguintes atrações: espaço plasti modelismo, exposição de carro de combate do 13º Regimento de Cavalaria Me-canizado, estande da Fazenda da Aeronáuti ca de Pirassununga (FAYS), estande do Esquadrão de Demons-tração Aérea (EDA), apresentação do Pelotão de Cães de Guerra da AFA, Projeto Kerovoar, brinquedos infláveis, Federação Brasileira de Boomerang, apresentação da Banda de Música da AFA e ampla praça de alimentação.

Domingo Aéreo na Academia da Força Aérea reúne mais de 50 mil pessoas

Cerimônia no Senado homenageou o ITA e o DCTA em Brasília

Aeronáuti ca e a Ozires Silva."Essa foi uma homenagem bastante devida ao Coronel Ozires Silva e à Embraer, que nasceu no DCTA. Esta é uma prova de que a Aeronáuti ca tomou o caminho certo ainda na década de 40, data da sua criação, e hoje o Brasil reconhece esse feito”, afi rmou o diretor do DCTA.

“Vejo essa homenagem com grande emoção. Primeiro, por ter me formado no ITA; segundo, por estar ao lado do Coronel Ozires Silva, que hoje, aos 80 anos, ainda é uma fi gura maravilhosa. Este é um reco-nhecimento do enorme trabalho que se faz nesta escola que contribui de forma signifi cati va para a tecnologia nacional”, ressalta o Reitor do ITA, Tenente Brigadeiro do Ar Reginaldo dos Santos.

O últi mo a discursar foi o Coronel Ozires Silva, principal homenageado da tarde. Emocionado, ele agrade-ceu à FAB pelo investimento em

um ensino de qualidade. “Só vamos transformar esse país nos dedicando à educação. O conhecimento é o diferencial para o desenvolvimento

futuro de uma nação”. Ao fi nal do discurso, foi aplaudido de pé por todo o plenário.

cerimônia militar presidida pelo Comandante do Primeiro Comando Aéreo Regional, Major Brigadeiro do Ar Odil Martuchelli Ferreira.

Base Aérea de Recife (BARF) – Celebrou 70 anos no dia 28 de julho. A trajetória da unidade começa na década de quarenta, na Segunda Guerra Mundial.

Esquadrão Cardeal (4°/7° GAV) - Completou 13 anos no dia 4 de agosto, em cerimônia presidida pelo Comandante da Segunda Força Aérea, Brigadeiro do Ar José Alberto de Matt os, no Rio de Janeiro.

Esquadrão Pégaso (5º ETA) – No dia 15 de agosto, completou 42 anos. Sediada em Canoas, no Sul do país, a unidade transporta tropas e carga em operações militares.

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15Setembro - 2011

DICAS DE SEGURANÇA ORGÂNICA - Inteligência

Recomendações sobre credenciamento de segurança para a proteção do conhecimento no pessoal

Para a atividade de Inteligência, a proteção do conhecimento no pessoal compreende um conjunto de medidas desti-nadas a assegurar comportamentos do público interno, adequados à salvaguarda de conhecimentos e de dados si-gilosos. Conheça alguns procedimentos e cuidados sobre credenciamento de segurança que devem ser observados:

1) Tenha sempre em mente que a Credencial de Segurança só é válida para o trato de assuntos referentes à função na qual ela tenha sido solici-tada.

2) Identi fi que os setores onde são manuseados documentos sigilo-sos ou tratado assuntos sensíveis e mantenha o controle das Credencias de Segurança do pessoal que ali tra-balha.

3) Nunca forneça dados, infor-mações ou conhecimentos conside-rados sigilosos para pessoas que não tenham a necessidade de conhecê-los.

4) Sempre avalie a sensibilidade de cada função e solicite a Credencial de Segurança no Grau de Sigilo cor-respondente.

5) Nunca espere o vencimento da Credencial de Segurança para dar início ao processo de renovação. Lem-bre-se que o prazo para renovação da Credencial de Segurança deverá ser de, no mínimo, sessenta dias antes da data de validade da Credencial de Segurança.

6) Exija que o credenciado assine o Termo de Compromisso de Manutenção de Sigilo antes de ter acesso a áreas, documentos e assun-tos sigilosos.

7) Nunca permita que pessoas tenham acesso a áreas, documentos e assuntos sigilosos sem o devido Credenciamento de Segurança.

8) Lembre-se: nunca o acesso a assuntos sigilosos dependerá do posto, graduação ou cargo, mas sim da função exercida!

9) Deverá ser solicitada a suspensão da Credencial de Segurança sempre que:

- o credenciado for transferido de função ou da Organização Militar que solicitou o credenciamento original;

- o credenciado deixar de pertencer ao serviço militar ati vo; e- houver término de vínculo empregatí cio do credenciado com a empresa

10) Nunca deixe de informar ao CIAER, por meio de Mensagem Telegráfi ca Criptografada, a suspensão de Credencial de Segurança de seus subordinados.

Fonte: Centro de Inteligência da Aeronáuti ca

contratada pelo COMAER.

16 Setembro - 2011

FARDAMENTO - VOCÊ SABIA?

Indústria nacional fornece farda camuflada de alta tecnologiaTestes realizados com fardamento original mostram que tecido fica “invisível” devido a exclusivo padrão de camu-flagem, mesmo se observados com óculos de visão noturna; veja as imagens de

Os uniformes de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB)

possuem um exclusivo padrão de ca-mufl agem que difi culta a visualização do militar que se desloca dentro de uma mata ou fl oresta.

O que pouca gente sabe é que, além de ser muito difí cil de se ver a olho nu, o uniforme é quase invisível quando focalizado por sistemas de visão infravermelho, ou óculos de visão noturna. “Esses óculos são largamente uti lizados em confl itos modernos, e ter a capacidade de não ser visto por eles é uma vantagem operacional importante”, explica o Coronel Intendente Sidney Francisco de Paulo, que parti cipou do processo de implantação do uniforme.

Para chegar a esse resultado, o tecido, que é produzido no Brasil, passa por um processo químico que confunde os raios emiti dos pelos ócu-los de visão noturna. “Essa tecnologia anti -infravermelho coloca o uniforme da Força Aérea entre os mais avança-dos do mundo”, afi rma o Brigadeiro Intendente Eurico Jorge de Lima, Subdiretor de Abastecimento da FAB.

Anualmente, a Força Aérea for-nece cerca de 85 mil conjuntos de uniformes camufl ados para seu efeti -

vo. Cerca de 38 mil militares recebem o fardamento gratuitamente em quanti dades que variam em função da região do país.

Os militares com grau hierár-quico a parti r de terceiro sargento adquirem o uniforme exclusivamente nos postos regionais de venda de

fardamento da Aeronáuti ca. Todo o material é produzido e confeccionado por empresas brasileiras e adquirido por meio de licitações.

Os uniformes de campanha possuem exclusivo padrão de camufl agem que difi culta a visualização

Na primeira imagem, uma amostra de tecido e, do lado direito, o teste realizado com equipamento de visão noturna (NVG): o material aparece misturado à paisagem