NOV 11, 12 e 13

1
NOV 11, 12 e 13 11.11 quinta 20H 12.11 sexta 20H 13.11 sábado 16H30 ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESP MARIN ALSOP REGENTE GABRIELA MONTERO PIANO /ARTISTA EM RESIDÊNCIA NIKOLAI RIMSKY-KORSAKOV [1844-1908] Sheherazade, Op. 35 [1888] 1. THE SEA AND SINBAD'S SHIP [O MAR E O NAVIO DE SIMBAD] 2. THE LEGEND OF THE KALENDAR PRINCE [A HISTÓRIA DO PRÍNCIPE KALENDER] 3. THE YOUNG PRINCE AND THE YOUNG PRINCESS [O JOVEM PRÍNCIPE E A JOVEM PRINCESA] 4. FESTIVAL AT BAGHDAD [FESTA EM BAGDÁ] 42 MIN PYOTR ILYICH TCHAIKOVSKY [1840-1893] Concerto nº 1 para Piano em Si Bemol Menor, Op. 23 [1874-79] 1. ALLEGRO NON TROPPO E MOLTO MAESTOSO 2. ANDANTINO SEMPLICE 3. ALLEGRO CON FUOCO 32 MIN FUNDAÇÃO OSESP PRESIDENTE DE HONRA FERNANDO HENRIQUE CARDOSO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE PEDRO PULLEN PARENTE VICE-PRESIDENTE STEFANO BRIDELLI CONSELHEIROS ANA CARLA ABRÃO CÉLIA PARNES ENEIDA MONACO HELIO MATTAR JAYME GARFINKEL LUIZ LARA MARCELO KAYATH MARIO ENGLER MÔNICA WALDVOGEL PAULO CEZAR ARAGÃO SERGIO SUCHODOLSKI TATYANA VASCONCELOS ARAUJO DE FREITAS DIRETOR EXECUTIVO MARCELO LOPES DIRETOR ARTÍSTICO ARTHUR NESTROVSKI SUPERINTENDENTE FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO GOVERNADOR JOÃO DORIA VICE-GOVERNADOR RODRIGO GARCIA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETÁRIO SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA EXECUTIVA CLÁUDIA PEDROZO MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA, FUNDAÇÃO OSESP E J.P. MORGAN APRESENTAM osesp.art.br salasaopaulo.art.br fundacao-osesp.art.br /osesp /osesp_ /osesp /videososesp MARIN ALSOP regente Regente Titular da ORF Radio-Symphonieorchester Wien e Regente Titular e curadora do Ravinia Festival de Chicago, é Regente de Honra da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo - Osesp, Diretora Musical Laureada e fundadora do programa OrchKids da Orquestra Sinfônica de Baltimore, após 14 anos como sua Diretora Musical. Além do trabalho constante com as Orquestras Filarmônica de Londres e Sinfônica de Londres, ela dirige regularmente as Orquestras de Paris, Cleveland, Filadélfia, La Scala e da Leipzig Gewandhaus. Ávida intérprete de obras do nosso tempo, foi Diretora Musical do Festival Cabrillo de Música Contemporânea por 25 anos. Primeira e única regente a receber uma MacArthur Fellowship, Alsop também foi homenageada com o Crystal Award do Fórum Econômico Mundial e recebeu muitos outros reconhecimentos por sua trajetória. Já gravou para Decca, Naxos e Sony Classical. Para promover e incentivar a carreira de regentes mulheres, em 2002 ela fundou a Taki Alsop Conducing Fellowship. GABRIELA MONTERO piano Vencedora do prestigiado Prêmio Heidelberger Frühling de Música 2018, a pianista venezuelana Gabriela Montero já se apresentou com muitas das principais orquestras do mundo, incluindo as filarmônicas de Rotterdam, Dresden e Oslo; as sinfônicas de Atlanta, Baltimore e Barcelona; a Royal Liverpool Orchestra, a Sinfônica da Rádio de Viena, a Gewandhausorchester Leipzig, a NDR Sinfonieorchester Hamburg, a Academia de St. Martin in the Fields e a Australian Chamber Orchestra. Os destaques recentes e futuros de Montero incluem estreias com a New World Symphony (Michael Tilson Thomas), Yomiuri Nippon Symphony em Tóquio (Aziz Shokhakimov), Orquesta de Valencia (Pablo Heras-Casado) e a Bournemouth Symphony (Carlos Miguel Prieto), sendo nesta última como Artista Residente na Temporada 2019-2020. ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra, de 2012 a 2019. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China e Hong Kong. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. RIMSKY-KORSAKOV Sheherazade, Op. 35 A composição mais famosa do russo Nikolai Rimsky-Korsakov foi inspirada pela coleção As Mil e Uma Noites, que enfileira lendas e contos populares da Ásia e do Oriente Médio. Nesse livro famosíssimo, o sultão Shahryar, enlouquecido pela traição da primeira esposa, decide ter uma mulher a cada noite e matá-la na manhã seguinte. Ele só não contava com a esperteza de uma das noivas, Sheherazade. Antes de adormecerem, ela sugere ao soberano que escute uma história que irá embalar seus sonhos. Essa se completa apenas no dia seguinte, quando é emendada em outra, e depois mais outra. Ao cabo das mil e uma noites do título, Shahryar está completamente seduzido pela narrativa e pela esposa, e desiste de seu intento sinistro. A Suíte Sinfônica de Rimsky-Korsakov evidentemente não pretende retratar essa longa e complexa trajetória passo a passo, mas sim se inspirar livremente nos ambientes e ideias da obra literária. Foi de um amigo do compositor o conselho de dar títulos para cada movimento, sugestão que Rimsky-Korsakov de início acatou, mas da qual viria a se arrepender, por achar que direcionavam excessivamente a imaginação do ouvinte. Depois da morte de Rimsky-Korsakov, a música serviu de base para um dos balés mais importantes do século passado, coreografado por Fokine e estrelado por Nijinsky. Na Suíte Sinfônica, vários personagens, situações e elementos naturais se revelam musicalmente, como as ondas do mar, a dança dos dervixes, os metais que conclamam o povo para a guerra, as tempestades, a bonança, a fúria dos mares, as árvores e os pássaros. Os temas do Sultão — viril e brutal — e de Sheherazade — uma insinuante melodia de violino — são recorrentes, e no final da obra aparecem na mesma tonalidade e entrelaçados, uma maneira simples e efetiva de indicar o final feliz pelo qual todos torciam. [2018] LAURA RÓNAI É Doutora em Música, responsável pela cadeira de flauta transversal na UNIRIO e professora no programa de Pós-Graduação em Música. É também diretora da Orquestra Barroca da UNIRIO. TCHAIKOVSKY Concerto nº 1 para Piano em Si Bemol Menor, Op. 23 Fá, Ré Bemol, Dó e Si Bemol são as famosas quatro notas que abrem o Concerto para Piano de Tchaikovsky. Ao serem entoadas em fortíssimo pelas trompas, apresentam-se, ao mesmo tempo, como célula geradora de toda a peça, mas também como síntese reveladora de seu caráter, grandioso e imponente. “Poético” e “estrutural”, como sugeriu Taruskin1, Tchaikovsky conduz habilmente, ainda nessa introdução, um desvio harmônico luminoso, do esperado Si Bemol Menor para a tonalidade de Ré Bemol Maior. O piano entra em cena, ocupando todas as regiões da tessitura: acordes densos, graves e agudos, um ritmo ternário. A célebre melodia que se segue2 — e que deriva da célula inicial —, curiosamente, jamais será literalmente retomada. Tal procedimento, incomum à época, ainda hoje é objeto de controvérsias entre os analistas. O fato é que tanto os demais temas que ainda neste primeiro movimento são expostos, quanto o tema principal do “Andantino” (o segundo movimento), assim como o do “Allegro” final, podem ser entendidos como desdobramentos, variações ou recortes dessa primeira melodia. Composto entre o final de 1874 e os primeiros meses de 1875, o Concerto nº 1 de Tchaikovsky obteve grande sucesso em sua estreia em Boston, em 25 de outubro, com Hans von Bülow ao piano e Benjamin Johnson Lang na regência. [2017] SERGIO MOLINA É Compositor, Doutor em Música (USP), Coordenador da área de Música na FASM (SP) e autor de Música de Montagem (É Realizações, 2017). ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO DIRETOR MUSICAL E REGENTE TITULAR THIERRY FISCHER VIOLINOS EMMANUELE BALDINI SPALLA YURIY RAKEVICH LEV VEKSLER* EMÉRITO ADRIAN PETRUTIU IGOR SARUDIANSKY ALEXEY CHASHNIKOV AMANDA MARTINS ANDERSON FARINELLI CAMILA YASUDA CÉSAR A. MIRANDA CRISTIAN SANDU ELINA SURIS FLORIAN CRISTEA GHEORGHE VOICU INNA MELTSER IRINA KODIN KATIA SPÁSSOVA PAULO PASCHOAL SORAYA LANDIM SUNG-EUN CHO SVETLANA TERESHKOVA GABRIEL ALMEIDA** PALOMA PITAYA** RENAN OLIVEIRA** VIOLAS HORÁCIO SCHAEFER EMÉRITO PETER PAS ANDRÉS LEPAGE ÉDERSON FERNANDES GALINA RAKHIMOVA OLGA VASSILEVICH SARAH PIRES SIMEON GRINBERG VIOLONCELOS RODRIGO ANDRADE ADRIANA HOLTZ BRÁULIO MARQUES LIMA JIN JOO DOH MARIALBI TRISOLIO REGINA VASCONCELLOS CONTRABAIXOS ANA VALÉRIA POLES MAX EBERT FILHO ALEXANDRE ROSA CLÁUDIO TOREZAN JEFFERSON COLLACICO LUCAS AMORIM ESPOSITO HARPA LIUBA KLEVTSOVA FLAUTAS CLAUDIA NASCIMENTO FABÍOLA ALVES PICCOLO SÁVIO ARAÚJO OBOÉS ARCÁDIO MINCZUK NATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊS RICARDO BARBOSA CLARINETES OVANIR BUOSI DANIEL ROSAS FAGOTES ALEXANDRE SILVÉRIO FRANCISCO FORMIGA TROMPAS LUIZ GARCIA ANDRÉ GONÇALVES JOSÉ COSTA FILHO LUCIANO PEREIRA DO AMARAL GUILHERME MERIQUE** TROMPETES FERNANDO DISSENHA MARCELO MATOS TROMBONES DARCIO GIANELLI FERNANDO CHIPOLETTI TROMBONE BAIXO DARRIN COLEMAN MILLING TUBA FILIPE QUEIRÓS TÍMPANOS ELIZABETH DEL GRANDE EMÉRITO PERCUSSÃO RICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃO ALFREDO LIMA ARMANDO YAMADA EDUARDO GIANESELLA RUBÉN ZÚÑIGA (*) CARGO INTERINO (**) ACADEMISTA DA OSESP OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES. 1Ver ensaio de Richard Taruskin, sobre Tchaikovsky, na Revista Osesp 2017. 2Composta como uma “canção sem palavras”, essa melodia foi inúmeras vezes retomada e adaptada para o contexto do cinema e da música popular no século XX. Ver, como exemplos, Tonight We Love na interpretação de Tony Martin (disponível em youtube.com/watch?v=gK_ nhZV4xNg) e Alone at Last, com Jackie Wilson (youtube.com/watch?v=P_M9QOor7Uw). REALIZAÇÃO Secretaria de Cultura e Economia Criativa PATROCÍNIO APOIO

Transcript of NOV 11, 12 e 13

Page 1: NOV 11, 12 e 13

NO

V 11, 12 e 13

11.11 quinta 20H12.11 sexta 20H13.11 sábado 16H30

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO - OSESPMARIN ALSOP REGENTE GABRIELA MONTERO PIANO /ARTISTA EM RESIDÊNCIA

NIKOLAI RIMSKY-KORSAKOV [1844-1908] Sheherazade, Op. 35 [1888] 1. THE SEA AND SINBAD'S SHIP [O MAR E O NAVIO DE SIMBAD] 2. THE LEGEND OF THE KALENDAR PRINCE [A HISTÓRIA

DO PRÍNCIPE KALENDER] 3. THE YOUNG PRINCE AND THE YOUNG PRINCESS [O JOVEM

PRÍNCIPE E A JOVEM PRINCESA] 4. FESTIVAL AT BAGHDAD [FESTA EM BAGDÁ]42 MIN

PYOTR ILYICH TCHAIKOVSKY [1840-1893]Concerto nº 1 para Piano em Si Bemol Menor, Op. 23 [1874-79] 1. ALLEGRO NON TROPPO E MOLTO MAESTOSO 2. ANDANTINO SEMPLICE 3. ALLEGRO CON FUOCO 32 MIN

FUNDAÇÃO OSESP

PRESIDENTE DE HONRAFERNANDO HENRIQUE

CARDOSO

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

PRESIDENTEPEDRO PULLEN PARENTE

VICE-PRESIDENTESTEFANO BRIDELLI

CONSELHEIROSANA CARLA ABRÃOCÉLIA PARNESENEIDA MONACOHELIO MATTARJAYME GARFINKELLUIZ LARA MARCELO KAYATHMARIO ENGLERMÔNICA WALDVOGELPAULO CEZAR ARAGÃOSERGIO SUCHODOLSKITATYANA VASCONCELOS

ARAUJO DE FREITAS

DIRETOR EXECUTIVOMARCELO LOPES

DIRETOR ARTÍSTICOARTHUR NESTROVSKI

SUPERINTENDENTEFAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

GOVERNADORJOÃO DORIA

VICE-GOVERNADORRODRIGO GARCIA

SECRETARIA DE CULTURAE ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETÁRIO SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA EXECUTIVACLÁUDIA PEDROZO

MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA, FUNDAÇÃO OSESP E J.P. MORGAN APRESENTAM

osesp.art.brsalasaopaulo.art.brfundacao-osesp.art.br

/osesp

/osesp_/osesp

/videososesp

MARIN ALSOP regente

Regente Titular da ORF Radio-Symphonieorchester Wien e Regente Titular e

curadora do Ravinia Festival de Chicago, é Regente de Honra da Orquestra

Sinfônica do Estado de São Paulo - Osesp, Diretora Musical Laureada e

fundadora do programa OrchKids da Orquestra Sinfônica de Baltimore,

após 14 anos como sua Diretora Musical. Além do trabalho constante com

as Orquestras Filarmônica de Londres e Sinfônica de Londres, ela dirige

regularmente as Orquestras de Paris, Cleveland, Filadélfia, La Scala e da Leipzig

Gewandhaus. Ávida intérprete de obras do nosso tempo, foi Diretora Musical

do Festival Cabrillo de Música Contemporânea por 25 anos. Primeira e única

regente a receber uma MacArthur Fellowship, Alsop também foi homenageada

com o Crystal Award do Fórum Econômico Mundial e recebeu muitos outros

reconhecimentos por sua trajetória. Já gravou para Decca, Naxos e Sony

Classical. Para promover e incentivar a carreira de regentes mulheres, em 2002

ela fundou a Taki Alsop Conducing Fellowship.

GABRIELA MONTERO piano

Vencedora do prestigiado Prêmio Heidelberger Frühling de Música 2018, a

pianista venezuelana Gabriela Montero já se apresentou com muitas das

principais orquestras do mundo, incluindo as filarmônicas de Rotterdam,

Dresden e Oslo; as sinfônicas de Atlanta, Baltimore e Barcelona; a Royal

Liverpool Orchestra, a Sinfônica da Rádio de Viena, a Gewandhausorchester

Leipzig, a NDR Sinfonieorchester Hamburg, a Academia de St. Martin in the

Fields e a Australian Chamber Orchestra. Os destaques recentes e futuros de

Montero incluem estreias com a New World Symphony (Michael Tilson Thomas),

Yomiuri Nippon Symphony em Tóquio (Aziz Shokhakimov), Orquesta de Valencia

(Pablo Heras-Casado) e a Bournemouth Symphony (Carlos Miguel Prieto),

sendo nesta última como Artista Residente na Temporada 2019-2020.

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry

Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido

por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra, de 2012 a 2019. Em 2016, a

Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela

China e Hong Kong. No mesmo ano, estreou projeto em parceria com o Carnegie

Hall, com a Nona Sinfonia de Beethoven cantada ineditamente em português. Em

2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky,

recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.

RIMSKY-KORSAKOVSheherazade, Op. 35

A composição mais famosa do russo Nikolai Rimsky-Korsakov foi inspirada pela coleção As Mil e Uma Noites, que enfileira lendas e contos populares da Ásia e do Oriente Médio. Nesse livro famosíssimo, o sultão Shahryar, enlouquecido pela traição da primeira esposa, decide ter uma mulher a cada noite e matá-la na manhã seguinte. Ele só não contava com a esperteza de uma das noivas, Sheherazade. Antes de adormecerem, ela sugere ao soberano que escute uma história que irá embalar seus sonhos. Essa se completa apenas no dia seguinte, quando é emendada em outra, e depois mais outra. Ao cabo das mil e uma noites do título, Shahryar está completamente seduzido pela narrativa e pela esposa, e desiste de seu intento sinistro.

A Suíte Sinfônica de Rimsky-Korsakov evidentemente não pretende retratar essa longa e complexa trajetória passo a passo, mas sim se inspirar livremente nos ambientes e ideias da obra literária. Foi de um amigo do compositor o conselho de dar títulos para cada movimento, sugestão que Rimsky-Korsakov de início acatou, mas da qual viria a se arrepender, por achar que direcionavam excessivamente a imaginação do ouvinte. Depois da morte de Rimsky-Korsakov, a música serviu de base para um dos balés mais importantes do século passado, coreografado por Fokine e estrelado por Nijinsky.

Na Suíte Sinfônica, vários personagens, situações e elementos naturais se revelam musicalmente, como as ondas do mar, a dança dos dervixes, os metais que conclamam o povo para a guerra, as tempestades, a bonança, a fúria dos mares, as árvores e os pássaros. Os temas do Sultão — viril e brutal — e de Sheherazade — uma insinuante melodia de violino — são recorrentes, e no final da obra aparecem na mesma tonalidade e entrelaçados, uma maneira simples e efetiva de indicar o final feliz pelo qual todos torciam.

[2018]

LAURA RÓNAIÉ Doutora em Música, responsável pela cadeira de flauta transversal na UNIRIO e professora no programa de Pós-Graduação em Música. É também diretora da Orquestra Barroca da UNIRIO.

TCHAIKOVSKYConcerto nº 1 para Piano em Si Bemol Menor, Op. 23

Fá, Ré Bemol, Dó e Si Bemol são as famosas quatro notas que abrem o Concerto para Piano de Tchaikovsky. Ao serem entoadas em fortíssimo pelas trompas, apresentam-se, ao mesmo tempo, como célula geradora de toda a peça, mas também como síntese reveladora de seu caráter, grandioso e imponente.

“Poético” e “estrutural”, como sugeriu Taruskin1, Tchaikovsky conduz habilmente, ainda nessa introdução, um desvio harmônico luminoso, do esperado Si Bemol Menor para a tonalidade de Ré Bemol Maior. O piano entra em cena, ocupando todas as regiões da tessitura: acordes densos, graves e agudos, um ritmo ternário. A célebre melodia que se segue2 — e que deriva da célula inicial —, curiosamente, jamais será literalmente retomada. Tal procedimento, incomum à época, ainda hoje é objeto de controvérsias entre os analistas. O fato é que tanto os demais temas que ainda neste primeiro movimento são expostos, quanto o tema principal do “Andantino” (o segundo movimento), assim como o do “Allegro” final, podem ser entendidos como desdobramentos, variações ou recortes dessa primeira melodia.

Composto entre o final de 1874 e os primeiros meses de 1875, o Concerto nº 1 de Tchaikovsky obteve grande sucesso em sua estreia em Boston, em 25 de outubro, com Hans von Bülow ao piano e Benjamin Johnson Lang na regência.

[2017]

SERGIO MOLINAÉ Compositor, Doutor em Música (USP), Coordenador da área de Música na FASM (SP) e autor de Música de Montagem (É Realizações, 2017).

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DIRETOR MUSICAL E REGENTE TITULARTHIERRY FISCHER VIOLINOSEMMANUELE BALDINI SPALLAYURIY RAKEVICHLEV VEKSLER* EMÉRITOADRIAN PETRUTIUIGOR SARUDIANSKYALEXEY CHASHNIKOVAMANDA MARTINSANDERSON FARINELLI CAMILA YASUDACÉSAR A. MIRANDACRISTIAN SANDUELINA SURISFLORIAN CRISTEAGHEORGHE VOICUINNA MELTSERIRINA KODINKATIA SPÁSSOVAPAULO PASCHOALSORAYA LANDIMSUNG-EUN CHOSVETLANA TERESHKOVAGABRIEL ALMEIDA**PALOMA PITAYA**RENAN OLIVEIRA**

VIOLASHORÁCIO SCHAEFER EMÉRITOPETER PAS ANDRÉS LEPAGEÉDERSON FERNANDESGALINA RAKHIMOVAOLGA VASSILEVICHSARAH PIRESSIMEON GRINBERG

VIOLONCELOSRODRIGO ANDRADEADRIANA HOLTZBRÁULIO MARQUES LIMAJIN JOO DOHMARIALBI TRISOLIOREGINA VASCONCELLOS

CONTRABAIXOSANA VALÉRIA POLESMAX EBERT FILHOALEXANDRE ROSACLÁUDIO TOREZANJEFFERSON COLLACICOLUCAS AMORIM ESPOSITO

HARPALIUBA KLEVTSOVA

FLAUTASCLAUDIA NASCIMENTOFABÍOLA ALVES PICCOLOSÁVIO ARAÚJO

OBOÉSARCÁDIO MINCZUKNATAN ALBUQUERQUE JR. CORNE INGLÊSRICARDO BARBOSA

CLARINETESOVANIR BUOSI DANIEL ROSAS

FAGOTESALEXANDRE SILVÉRIO FRANCISCO FORMIGA

TROMPASLUIZ GARCIAANDRÉ GONÇALVESJOSÉ COSTA FILHOLUCIANO PEREIRA DO AMARALGUILHERME MERIQUE**

TROMPETESFERNANDO DISSENHAMARCELO MATOS

TROMBONESDARCIO GIANELLI FERNANDO CHIPOLETTI

TROMBONE BAIXODARRIN COLEMAN MILLING

TUBAFILIPE QUEIRÓS

TÍMPANOSELIZABETH DEL GRANDE EMÉRITO

PERCUSSÃORICARDO RIGHINI 1ª PERCUSSÃOALFREDO LIMAARMANDO YAMADAEDUARDO GIANESELLARUBÉN ZÚÑIGA

(*) CARGO INTERINO(**) ACADEMISTA DA OSESP

OS NOMES ESTÃO RELACIONADOS EM ORDEM ALFABÉTICA, POR CATEGORIA. INFORMAÇÕES SUJEITAS A ALTERAÇÕES.

1Ver ensaio de Richard Taruskin, sobre Tchaikovsky,na Revista Osesp 2017.

2Composta como uma “canção sem palavras”, essa melodia foi inúmeras vezes retomada e adaptada para o contexto do cinema e da música popular no século XX. Ver, como exemplos, Tonight We Love na interpretação de Tony Martin (disponível em youtube.com/watch?v=gK_nhZV4xNg) e Alone at Last, com Jackie Wilson(youtube.com/watch?v=P_M9QOor7Uw).

REALIZAÇÃO

Secretaria deCultura e Economia Criativa

PATROCÍNIO APOIO