Nova Era Maçônica novembro/dezembro 2006 · prol de uma Maçonaria cada vez maior e melhor....

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Nova Era Maçônica 1 novembro/dezembro 2006 Ano 4 número 35 – novembro/dezembro de 2006 Frontispício da edição comemorativa do primeiro centenário da Maçonaria no Brasil. Vide pág. 3 “O homem tem virtudes porque é feito à imagem de Deus... e tem defeitos porque é apenas a imagem de Deus.” Leia a versão eletrônica deste jornal, assim como todos os números anteriores: www.gosp.org.br

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Nova Era Maçônica 1novembro/dezembro2006

Ano 4 número 35 – novembro/dezembro de 2006

Frontispício da ediçãocomemorativa do primeirocentenário da Maçonariano Brasil. Vide pág. 3

“O homem tem virtudes porque é feito à imagem de Deus... e tem defeitos porque é apenas a imagem de Deus.”

Leiaa versão eletrônicadeste jornal, assim

como todos osnúmeros anteriores:

www.gosp.org.br

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Nova Era Maçônica2 novembro/dezembro2006

Grande Secretário de Cultura e Educação Maçônicas:Wagner Veneziani CostaPresidente do Departamento Editorial:Carlos Brasílio ConteDiretor de Arte: Celso Ferrarini JuniorJornalista Responsável:Alessandro Sani - MTB: 37401Assistente Editorial: Rogério Quintino CorrêaColaboradores: Alan C. de Carvalho e Osmar de CarvalhoRevisão: Arlete Genari e Daniela Piantola

Toda e qualquer matéria publicada no jornal é de responsabilidadetotal do autor, assim como figuras e fotos. Jornal produzido comrecursos próprios. Os Irmãos que quiserem colaborar com matériaspara o jornal devem entrar em contato com o Resp... Ir... Carlos Bra-sílio Conte, pelo e-mail: [email protected]: Fac-símile do frontispício da obra A Maçonaria no Estadode São Paulo, editada em 1922Apoio Cultural e patrocínio – Madras EditoraImpresso na Folhagráfica – Tiragem: 5 mil exemplaresDistribuição Gratuita

Expediente

Nas longas e agradáveis conversas que,invariavelmente, acontecem após assessões maçônicas, no copo d`água,um tema parece prevalecer sobre os de-mais: quem deve instruir os IrmãosAprendizes e Companheiros? A res-posta óbvia, que todos sabemos e coma qual concordamos, é que a instruçãoestá a cargo dos Irmãos Vigilantes; nis-so concordam também as citações doRegulamento Geral da Federação naspáginas 10 e 39, edição de 2002. Agrande dúvida, porém, é a respeito deQUAL deles instruirá os Irmãos Apren-dizes e QUAL instruirá os IrmãosCompanheiros, tendo em vista que oR.G.F. afirma genericamente: "OsAprendizes e Companheiros serão ins-truídos pelos Vigilantes de suas colu-nas". O que permanece confuso é: qualé a coluna de cada um deles? Os Rituaispoderiam nos fornecer algumas indica-ções? Sim, mas infelizmente elas sãocontraditórias. Querem exemplos? NoRitual do Primeiro Grau, página 7, edi-ção de 2001, afirma-se que o Irmão Pri-meiro Vigilante instrui os Companhei-ros; no Ritual do Segundo Grau, pá-gina 57, edição 2001, afirma-se que oIrmão Primeiro Vigilante instrui osAprendizes. No Ritual de Instalação doV∴ M∴ , página 4, edição de 1999, éo Irmão Segundo Vigilante quem con-vida os Irmãos Aprendizes a cobrirem oTemplo e é o Irmão Primeiro Vigilantequem convida os Irmãos Companhei-ros a cobrirem o Templo, embora istonão prove que tenham também o en-cargo de instruí-los nessa mesma or-dem. Alguns estudiosos afirmam quese deve obedecer à ordem hierárquica

e, assim, o Primeiro Vigilante instrui-ria os Companheiros e o Segundo Vi-gilante instruiria os Aprendizes; outrosestudiosos afirmam o contrário, alegan-do que mais importante do que a or-dem hierárquica é a posição geográfi-ca: o Irmão Primeiro Vigilante, quetem assento na Coluna do Norte, ins-trui os Aprendizes, que também látêm assento, e o Irmão Segundo Vi-gilante, que tem assento na Colunado Sul, instrui os Companheiros, quelá têm assento.Acrescente-se a esse "imbroglio"que muitos Irmãos evocam, nessesassuntos, a Tradição e os Usos e Costu-mes, dificultando ainda mais a questão.Tudo isso no R ∴ E ∴ A ∴ A∴ , aoqual eu pertenço; se formos analisartodos os Ritos, a confusão ficará aindamaior. É uma discussão antiga, comple-xa, polêmica, que envolve saber jurídi-co, ilações e interpretações, bom senso epreferências pessoais, além de uma fortedose de ACHISMOS.A solução, tal qual as equações de se-gundo grau, envolve sempre duas res-postas diferentes, dependendo da fon-te consultada. E ambas as respostas es-tão corretas. Pessoalmente, simpatizomais com a "tese hierárquica", segun-do a qual o Irmão Primeiro Vigilanteinstruirá os Companheiros e o IrmãoSegundo Vigilante instruirá os Apren-dizes, mas meu conselho é que cadaLoja adote o seu sistema, após uma vo-tação democrática e salutar.

Carlos Brasílio ConteAutor do livro A Doutrina Maçônica,Madras Editora.

Fórum LivreQuem Instrui Quem?

Conforme o disposto na Lei nº 083 de17-09-2005 E∴ V∴ e por determi-nação do Egrégio Tribunal de JustiçaEleitoral, no dia 10 de março de 2007da E∴ V∴ (sábado) será realizada aeleição para preencher os car-gos de Grão-Mestre eGrão-Mestre Adjuntodo Grande Oriente deSão Paulo.Parece-nos sábia ejusta a escolha detal data, porqueaos sábados agrande maioriadas Lojas nãoestá em ativida-de e a grandemaioria dos Ir-mãos está livrede seus afazeresprofissionais; é,portanto, um diaem que todos, ouquase todos, po-dem comparecersem prejuízo desuas atividades profa-nas e/ou maçônicas.Como cidadãos, no mundoprofano, recentemente dedica-mos dois domingos para o sagradoexercício do voto livre e democrático.Como maçons, certamente também sa-beremos dedicar o dia 10 de marçopróximo para escolher nossos futurosdirigentes estaduais.Conclamamos todos a se organizareme prepararem suas Lojas para que o

evento possa contar com a participaçãodo maior número possível de eleitores,o que garantirá aos eleitos uma maiorrepresentatividade e legitimidade, es-senciais para que um governo possa

ser democrático e justo.As Lojas que ocupam um

mesmo templo devemcontactar-se, por meio

de seus Veneráveis-Mestres, para esta-belecerem os dife-rentes horáriosem que atuarãosuas oficinaseleitorais.Não permitam,Ve n e r á v e i s -Mestres, quepequenos entra-ves burocráti-cos e adminis-trativos ofus-

quem o brilho dagrande festa de-

mocrática de nossaSublime Instituição.

Aproveito também esteensejo, para externar os

meus votos de boas festasaos nossos Irmãos, Cunhadas,

Sobrinhos e Sobrinhas. Que o Gran-de Arquiteto do Universo possa pro-porcionar a todos um 2007 pleno derealizações.

Cláudio Roque Buono FerreiraGrão-Mestre do Grande Orientede São Paulo

Este é o primeiro número impresso do jornal Nova Era Maçônica e surgegraças ao empenho e à dedicação do Poderoso Irmão Wagner VenezianiCosta, Grande Secretário de Cultura e Educação Maçônicas que, genero-samente, providenciou, sem custo algum para o Grande Oriente de SãoPaulo, a diagramação, editoração, impressão e distribuição deste veículoinformativo e cultural.Conforme foi anunciado no editorial do mês anterior, a partir desta ediçãoo jornal Nova Era Maçônica chegará até seus leitores em duas versões: aprimeira, tradicional, on-line, que manteremos no site www.gosp.org.br,onde também estarão disponíveis todos os números anteriores; a segunda,impressa, que será oferecida graciosamente aos maçons e às Lojas.É a Grande Secretaria de Cultura e Educação Maçônicas trabalhando emprol de uma Maçonaria cada vez maior e melhor.

Carlos Brasílio ConteEditor

EditorialPalavra do Grão-Mestre Estadual

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Nova Era Maçônica 3novembro/dezembro2006Matéria de Capa

Antonio Giusti, fundador e diretor da revista A Maço-naria no Estado de São Paulo, que, em 1922, publicouuma edição comemorativa do primeiro centenário daMaçonaria no Brasil, cuja capa ilustra a primeira pági-na deste jornal. Da obra original, rara e valiosa, repro-duziremos uma das primeiras páginas em fac-símile nar-rando a história dos primórdios de nossa Ordem no Bra-sil, com grafia de época, resgatando, assim, valoresque não devem ser esquecidos jamais.

A Tradição Está Viva

À dir. Antonio Giusti 33∴ Gr∴ Insp∴ Ger∴ da Ord∴ eMemb∴ Hon∴ do Sup∴ Cons∴ Fundador e diretor darevista “A Maçonaria no Estado de São Paulo”

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Nova Era Maçônica4 novembro/dezembro2006 Artigos

Algumas pessoas encontra-ram um livro sobre morangose, com o que conseguiram deinformação, criaram algumasreligiões defendendo o queleram dizendo: “Nós lemos nolivro do morango que os ver-dadeiros morangos são frutasque crescem no campo, no in-verno...”Outras pessoas que consegui-ram algumas fotografias dosmorangos criaram outras re-ligiões, cada uma delas di-zendo: “Nós temos as foto-grafias dos morangos e pode-mos provar que eles são ver-melhos, com folhas verdes,tamanhos variados...”Outras viram um campo demorangos de longe e com oque puderam observar cria-ram outras religiões dizendo:“Nós vimos os campos decultivo dos morangos e pu-demos constatar que eles sãoplantados do jeito tal, colhi-dos de tal jeito...”Ainda outras pessoas que pu-deram pegar nas mãos algunsmorangos, criaram outras re-ligiões dizendo: “Nós pude-mos tocar os morangos e po-demos afirmar que eles têmtamanhos variados, formatosparecidos...”

Poucas pessoas, no entanto,que conseguiram verdadeira-mente comer morangos, nãocriaram religião alguma.Simplesmente saborearam asfrutas, mas não explicaram oque haviam sentido.Eu posso experimentar ummorango e descrevê-lo comosendo doce, mas outra pessoapode provar do mesmo mo-rango e achar que ele é azedo.O importante é que nós tenha-mos o direito de ver, cheirar,tocar e degustar como quiser-mos ou pudermos, mas nuncaacreditar que a nossa maneiraé a única que existe.Que a "verdade" seja sempremaior do que a certeza e queo amor seja sempre maior doque a tolerância.

Ir∴ Alan Christian deCarvalho

Garret Porte, um menino de 9anos, estava com câncer. Não seesperava que sobrevivesse quan-do começou a ser tratado por umaterapeuta treinada em aplicar aimaginação à cura. Ela o incenti-vou a fazer desenhos que mos-trassem as células cancerosassendo atacadas e destruídas porcélulas saudáveis. Ele praticouisso com afinco durante algunsmeses. O tumor começou a dimi-nuir e, finalmente, desapareceu.Outros tratamentos por si só nãotiveram êxito, mas combinadoscom o poder do pensamento ocuraram. Ele então começou aensinar outras crianças com cân-cer a usar a visualização para cu-rar-se. Criou um serviço telefô-nico para atender crianças do-entes e contou sua história no li-vro I Choose Life (Escolho a

Vida), que escreveu com suaterapeuta Patricia Norris.Esse é apenas um exemplo, entrea massa crescente de provas, deque o pensamento é algo real epode gerar efeitos físicos. Longede ser apenas um acontecimentointerior, nossos pensamentos eemoções podem afetar nossoscorpos, nossa saúde, nosso humore também outras pessoas.

Efeitos do Pensamento sobre aSaúdeÉ um fato estabelecido que oestresse tem uma forte relaçãocom muitas doenças, como apressão sanguínea, ataques docoração e distúrbios digestivos.Estudos mostram que a taxa demortalidade de viúvas e viúvos écerca de 40% mais elevada que amédia estatística. Acontecimen-

tos como a morte da esposa e es-tados emocionais como a depres-são podem afetar o sistemaimunológico. Atitudes, pensa-mentos e emoções não saudáveispodem fazer-nos adoecer. Por ou-tro lado, a visualização, a afirma-ção e uma atitude positiva aliviamas enfermidades.

VisualizaçãoA visualização também pode me-lhorar nosso desempenho. Atle-tas são treinados para repetirmentalmente os feitos realizados.Está demonstrado que o desem-penho de uma tarefa é melhora-do se, antes de praticá-la, a repe-timos mentalmente. Como ensi-nam muitos grupos de "pensa-mento positivo", é possível atémesmo manifestar algo que que-remos, como um trabalho, umacasa, um carro, um relacionamen-to. Contudo, o ponto de vistateosófico enfatiza que muitas ve-zes conseqüências indesejáveisresultam do uso egoísta e pessoaldo poder do pensamento e sugereque o pensamento pode ser me-lhor usado quando dirigido paraa totalidade interior, a cura, a paz,o amor e a unidade.A telepatia ou transferência depensamentos de uma pessoa paraoutra tem sido estudada há déca-das e há provas experimentaisconvincentes de que é genuína.Em várias experiências, indiví-duos conseguiram desenhar símbo-los emitidos telepaticamente ouescolher um desenho entre váriosque achavam ser o que estava sen-do transmitido. E há muitos ca-sos de telepatia espontânea naqual alguém pensa em uma pes-soa e aquela pessoa aparece outelefona ou alguém fica sabendomediante um sonho ou intuiçãoque uma pessoa amada está emperigo, doente ou morreu. Osexemplos do poder do pensamen-to são muito numerosos para des-crever.

Campos Invisíveis ao Redorde NósA filosofia esotérica oferece umaexplicação para o poder do pen-samento. Essa visão, que sempreesteve disponível através da his-tória, de uma forma ou de outra,para aqueles que buscam, retratao mundo físico como o resultadode níveis energéticos superfísicosdo ser. O mundo consiste de cam-pos interpenetrantes, cada qualmais sutil e mais rarefeito do queo anterior. Um dos campos é omundo das emoções, no qual nos-sos pensamentos surgem comoenergias poderosas. Outro camposutil é o mundo do pensamento, noqual o pensamento exerce uma for-ça real. Há outros campos aindamais rarefeitos ligados às energiasintuicionais e espirituais.

Todos os seres vivos possuem umcampo localizado (às vezes cha-mado de aura) dentro desses cam-pos universais, assim como umdiminuto magneto possui umcampo magnético localizado den-tro do campo magnético univer-sal. Associada a cada campo uni-versal e local há uma espécie dematéria superfísica apropriada aomesmo. Os clarividentes, quepodem perceber esses níveis deexistência, descrevem o campoemocional (muitas vezes referi-do como plano astral) comocontendo um tipo de matéria lu-minosa e fluídica em constantemovimento, com cores vibrantesque se alteram com a mudançados sentimentos e das emoções.Eles descrevem o campo (ou pla-no) mental como caracterizadopor um tipo de matéria mais rare-feita que reage aos pensamentos.Todos os níveis se interpenetrame interagem continuamente.

Nossas Energias Mentais eEmocionaisEstamos sempre sentindo algumgrau de emoção e isso gera umavibração ou ritmo em nossa auraou campo característico daque-la emoção. Por exemplo, o rit-mo violento da cólera tem umefeito muito diferente do ritmoagradável do amor ou da ale-gria. Esses ritmos ou vibraçõesna aura nos afetam fisicamen-te, especialmente por meio dasglândulas e hormônios. Padrõesde emoções repetidas podem in-fluenciar profundamente nossasaúde. Ansiedade e medo, cóle-ra e ressentimento, e até mes-mo uma excitação muito gran-de habitual podem sobrecarre-gar as glândulas, como as supra-renais, e gerar enfermidades,enquanto que o relaxamento, afelicidade, o entusiasmo e aafeição podem ter um efeitoharmonizante, produtor dacura.As vibrações associadas com asdiferentes emoções são transmi-tidas ao campo circundante eimpingidas sobre as auras oucampos dos que estão próximos.Se uma rajada de emoções comoa cólera ou o amor é direcionadaa um indivíduo, ela tende a des-pertar o mesmo sentimento na-quela pessoa, mesmo se ele ouela não estiverem fisicamentepresentes. Assim, nossos pensa-mentos e sentimentos não sãomeramente interiores e privados,eles afetam os demais e afetamnossos campos e corpos.Os clarividentes concordam queas emoções afetam o campo e ospensamentos fortes criam "for-mas de pensamento" na matériado campo mental. Essas formasde pensamento podem ter vidacurta ou podem persistir longos

períodos, particularmente se opensamento é repetido comfreqüência. Se direcionadas aalguém, tais formas de pensa-mento podem descarregar suaenergia na aura da pessoa einfluenciá-la. Assim, os pen-samentos não apenas afetam aspessoas a nossa volta; podem al-cançar pessoas a distância. So-mos influenciados mais do queimaginamos pelos pensamentos esentimentos dos outros, assimcomo por aqueles acumuladosnos campos em torno de nós. Éfácil perceber o intenso campoemocional em um concerto derock ou em uma igreja antigaonde a devoção foi nutrida poranos. Mas podemos não perceberos efeitos em nós dos camposemocionais e mentais nos quaisvivemos todos os dias.Ao praticarmos diariamente o en-vio de pensamentos e sentimen-tos positivos, talvez como parteda meditação, estaremos erigindoenergias positivas em nós mes-mos. Isso ajuda a proteger-nos deinfluências negativas ou nocivasimpingidas em nós por outros ouabsorvidas do campo circun-dante. Estaremos também apren-dendo a tomar conta de nossospensamentos e emoções em vez deficarmos a sua mercê. E estaremosvertendo influências elevadoras,úteis, nos campos ao redor de nós,que podem servir de auxílio em vezde obstáculo a outros.

Uso Construtivo de NossasEnergiasUsamos nossas energias emoci-onais e mentais todo o tempo, ge-ralmente de forma espontânea,sem deliberação, e muitas vezessomos inconscientes de estarmosfazendo isso. Ainda assim, essasenergias influenciam a nós e aosdemais, mesmo que estivermosdesatentos a elas. Podemosaprender a usar esses poderes deforma construtiva em vez dedeixá-las surgir à vontade. Umuso do poder do pensamento évisualizar a nós mesmos ou ou-tros bem e saudáveis ou imagi-nar fluxos de energia da cura al-cançando um amigo doente. Po-demos treinar conscientementepara enviar paz, amor, afeiçãoou força para aqueles que sabe-mos estar necessitados de tal au-xílio ou enviar paz ao mundo.Ou podemos projetar uma for-ma-pensamento de proteção esegurança em alguém que sabe-mos estar em perigo. Podemosvisualizar a nós mesmos desem-penhando bem uma tarefa ouver a nós mesmos ou a outrosconfiantes e felizes. Essas sãoapenas algumas formas constru-tivas com que podemos come-çar a usar nossos poderes dopensamento e da emoção.

O PODER DO PENSAMENTO

SUPONHAMOS QUE A VERDADESEJA O MORANGO

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Nova Era Maçônica 5novembro/dezembro2006

A personalidade só é coerentee definida em quem consegueformular para si deveres infle-xíveis, que impliquem umpacto retilíneo com os precei-tos da dignidade. Sem ser leiescrita, o sentimento do deveré superior aos mandamentosrevelados e aos códigos legais:impõe o bem e execra o mal,ordena e proíbe. Reflete naconsciência moral do indiví-duo a consciência moral dasociedade; julga em seu nomeas ações, cominando-as ouvetando-as.O dever não é vã premissadogmática de velhas moraisteológicas ou racionais. Maise melhor do que isso, é toda amoral efetiva, toda amoralidade prática: um com-promisso entre o indivíduo ea sociedade. Nasce e varia emfunção da experiência social;com ela se exalta ou seabisma. À medida que a justi-ça vai consagrando os direi-tos humanos, surgem os deve-res que são o seu complemen-to natural, os quais lhecorrespondem como a sombraao corpo. Visto que os homensnão vivem isolados, é dever decada um concorrer com o me-lhor do seu esforço para oaperfeiçoamento de seu povo,desempenhando com eficáciaas funções apropriadas às suasaptidões. O homem que se es-

quiva aos deveres sociais é no-civo à sua gente, à sua raça, àhumanidade.Nos jovens que não desonrama sua mocidade, os deveressão o reflexo dos ideais sobrea conduta; quanto mais inten-sa for a fé num ideal, mais im-prescindível será o sentimen-to que compele a servi-lo.Se a moral é social, os deve-res são sociais. É quiméricatoda noção de um dever quenão se refira ao homem e à suaconduta efetiva; o devertranscendental, divino ou ca-tegórico, foi uma hipótese ile-gítima das antigas moraisespeculativas. Em todas as ra-ças e em todos os tempos exis-tiu o sentimento do dever, po-rém concretamente manifesta-do em deveres variáveis coma experiência social, distintosem cada época e em cada so-ciedade, perfectíveis como aprópria moralidade. Aumenta-ram simultaneamente os direi-tos reconhecidos pela jutitiçae os deveres impostos pela so-lidariedade. Reduzir o dever aum mandamento sobrenaturalou a um conceito da razãoimplica subtraí-lo à sançãoreal da sociedade e relegá-loa sanções hipotéticas eindeterminadas.Ignorando a origem social do de-ver, os estóicos não o puderamdefinir, embora concebendo

magnificamente a perfeiçãohumana; por desconhecer essaorigem, decidiram osdialéticos construir, com umgênio admirável, absurdasdoutrinas do dever absoluto.Absurdas como tudo o quecontradiz a natureza. Se a jus-tiça fosse perfeita na socieda-de, poderia ser concebido odever absoluto; mas essa hi-pótese não foi efetivamenterealizada em nenhuma socie-dade, nem é mesmo possívelcoisa alguma invariável numarealidade que eternamente va-ria. A injustiça existiu e exis-te, criando o privilégio, que éa violação do direito. Dissonão se conclui que não tenhaexistido o dever, nem tam-pouco que deva existir, respei-tando a injustiça.O sentimento do dever, quan-do absoluto na consciência doindivíduo, é relativo à justiçada sociedade. Onde o direitoé violado, torna-se menos im-perativo; quando todos os di-reitos são respeitados, cadahomem tende a cumprir osseus deveres. Nenhuma forçacoercitiva pode impor normasde conduta contrárias à pró-pria consciência moral. A obri-gação do dever só reconhecea sanção da justiça.O homem que dobra a suaconsciência sob a pressão devontades alheias ignora omaior de todos os prazeres,que é proceder de acordo comas suas tendências; priva-se dasatisfação do dever cumpridopelo simples prazer de o cum-prir. A obediência passiva édomesticidade sem crítica esem fiscalização, indício desubmissão ou de aviltamento;o cumprimento do dever impli-ca inteireza e vigor, melhorcumprindo-o quem se sente ca-paz de impor os seus direitos.Afirmar que o dever é socialnão significa que o Estado ou

Artigos

a Autoridade possam impor asua tirania ao indivíduo. Osentimento do dever é sempreindividual, e nele se reflete aconsciência moral da socieda-de; mas, quando o Estado oua Autoridade não representama lídima expressão da consci-ência social, pode consistir odever na obediência, emboracuste a própria vida. Assimnos ensinaram com elevadoexemplo os mártires da inde-pendência, da liberdade, dajustiça. Quando a consciênciamoral considera que a autori-dade é ilegítima, obedecer écovardia, e aquele que obede-ce atraiçoa os seus sentimen-tos de dever. Talvez seja essaa única falta de Sócrates nocárcere, desde que acredite-mos na letra do seu platônicodiálogo com Criton, no qual orespeito à lei impõe obediên-cia à injustiça.

O Dever

A sociedade e o indivíduo sãoreciprocamente dependentes:pelo respeito à justiça, avalia-mos a civilização da primei-ra; pela austeridade no dever,aquilatamos a moralidade dosegundo. A fórmula da justiçasocial é garantir ao homemtodos os seus direitos; a fór-mula da dignidade individualé cumprir todos os deverescorrespondentes. Os paísesnovos devem seguir esse equi-líbrio ideal. Aquele que sem-pre fala dos nossos direitossem nos recordar os nossosdeveres atraiçoa a justiça;mancha, porém, a nossa dig-nidade que predica deveresque não representem a conse-qüência natural dos direitosefetivamente exercitados.

J. Ingenieros, filósofo epensador argentino

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Nova Era Maçônica6 novembro/dezembro2006

Com a morte do visconde doRio Branco, foram realizadasnovas eleições para a adminis-tração do Grande Oriente doBrasil, a 27 de junho e a 4 dejulho de 1881, sendo eleitos oconselheiro João AlfredoCorrêa de Oliveira, comoGrão-Mestre e o almiranteArtur Silveira da Mota (futu-ro barão de Jaceguai),paulista, como Grão-MestreAdjunto, ficando FranciscoCardoso Júnior como Grão-Mestre Honorário.João Alfredo, devido às suasviagens, não assumiu, todavia,o cargo, sendo, a 29 de setem-bro, empossado apenas o al-mirante Artur Silveira daMota, como Adjunto e queacabaria dirigindo o GrandeOriente, como Grão-Mestre

em exercício (ou interino), até5 de maio de 1882, quandoJoão Alfredo declarou não po-der aceitar o cargo; nessa oca-sião, o almirante, declarandoa sua impossibilidade paracontinuar preenchendo ocargo, renunciou a ele, oque fez com que a assem-bléia geral, a 24 de maio,declarasse a vacância doscargos de Grão-Mestre eGrão-Mestre Adjunto e entre-gasse o cargo de Grão-Mestre,novamente, a Cardoso Júnior,o qual, embora interino, aca-bou assumindo todas as rédeas,com poderes totais, diante dasituação anômala, até 1885.Em 1881, mais duas Lojas se-riam fundadas na Província deS. Paulo: Loja "VINTE EOITO DE SETEMBRO", deSão José dos Campos, funda-da a 15 de fevereiro de 1881 –com título distintivo em ho-

A República e o Papel dos Maçons Paulistasmenagem à lei Visconde doRio Branco, ou "do Ventre Li-vre" – no Rito Escocês e najurisdição do Grande OrienteUnido; foi incorporada aoGrande Oriente do Brasil, em1883, e viria a abater colunascerca de dez anos depois.Loja "VIRTUDE E CARIDA-DE", de Santa Bárbara doOeste, fundada a 16 de dezem-bro de 1881, no Rito Escocêse na jurisdição do Grande Orien-te Unido; incorporada aoGrande Oriente do Brasil, em1883, abateria colunas cercade cinco anos depois.Em 1882, chegava ao fim acisão na Maçonaria brasileira,com a fusão das duas Obe-diências. Saldanha, já doentee cansado, sem poder co-mandar, convenientemente, o

seu Grande Oriente "Unido",pedira demissão de seu cargo,a 30 de março de 1882, incen-tivando, inclusive, a fusão,cujas negociações foram maisincrementadas a partir do mo-mento em que o SupremoConselho dos Estados Unidos,jurisdição Norte, reconhecia oGrande Oriente do Brasil, emjunho do mesmo ano, ocasiãoem que foram expedidas as pa-tentes de reconhecimento mú-tuo. Assim, a 18 de dezembrode 1882, era considerado ex-tinto o Grande Oriente Uni-do, antigo dos Beneditinos,oficializando-se a união trintadias depois, a 18 de janeiro de1883, permanecendo umaObediência única, sob o títulooriginal: GRANDE ORIEN-TE DO BRASIL.Durante o ano de 1882, quemarcaria a extinção do Gran-de Oriente Unido, a Maçonaria

paulista passava por um perí-odo de dinamismo, com a fun-dação de mais cinco Lojas:Loja "UNIÃO E LIBERDA-DE", de Faxinal (depois,Itapeva), fundada a 13 de ju-lho de 1882, no Rito Escocêse na jurisdição do GrandeOriente Unido; anexada aoG.O. do Brasil com a incorpo-ração do G.O. Unido a este, a18/01/1883, abateria colunascerca de doze anos depois.Loja "TRABALHO E HON-RA", de Casa Branca, funda-da a 31 de julho de 1882, noRito Escocês e na jurisdiçãodo Grande Oriente Unido; in-corporada ao Grande Orientedo Brasil em 1883, foi decla-rada extinta em 1904, quandofez fusão com a Loja "UNIÃOE CARIDADE II".Loja "SÃO JOÃO", deGuaratinguetá, fundada a 1o

de agosto de 1882, no RitoEscocês e na jurisdição doGrande Oriente do Brasil;acabou sendo dissolvida peloGrande Oriente, menos deum ano depois (a 19 de julhode 1883), pelas graves irregu-laridades que apresentava.Loja "SEGREDO 28", de Li-meira, fundada a 20 de de-zembro de 1882, no Rito Es-cocês e no Grande OrienteUnido – apesar deste ter sidodeclarado extinto dois diasantes – tendo sido incorpo-rada ao Grande Oriente doBrasil a 18/01/1883, abaten-do colunas cerca de três anosdepois.Loja "ESTRELA DO ORIEN-TE", de São Carlos, fundadaa 20 de dezembro de 1882, noRito Escocês e no GrandeOriente Unido (apesar daextinção deste a 18/12); seriaincorporada ao Grande Orien-te do Brasil cerca de um anodepois da incorporação doGrande Oriente Unido, vindoa abater colunas cerca de dezanos depois.A 20 de janeiro de 1885, erasancionada nova Constituiçãodo Grande Oriente do Brasile, no mesmo ano, era eleita anova administração, com LuizAntonio Vieira da Silva (depoisvisconde Vieira da Silva),como Grão-Mestre, e JoãoBapt is ta Gonçalves deCampos, visconde de Jary,como Adjunto.No plano político-social,prosseguia a luta abolicionista

e recrudescia a campanha re-publicana, com participaçãoativa de muitas Lojas.A campanha republicana, porseu lado, era incrementadapela Questão Militar, que, naverdade, consistiu numa sériede atritos, acontecidos entre1883 e 1889, entre os políticose os militares, causados pelobrio dos militares e pela inabi-lidade de políticos e ministros.Esses atritos iriam criar uma at-mosfera propícia para o levantemilitar final, em 1889, o qualresultaria na implantação doregime republicano, sob a li-derança de maçons comoBenjamin Constant Botelhode Magalhães e ManoelDeodoro da Fonseca.A Questão Militar, na realida-de, não se limitou aos quartéis,mas teve, também, escora po-lítica no Parlamento. Os par-tidos políticos, diante de suasrivalidades, procuravam apoioe proteção nas forças armadas,entregando-se ao amparo dosgrandes chefes militares. Issojá havia acontecido, com os li-berais fazendo do generalOsório, maçom dos mais des-tacados, o seu conselheiro mi-litar, enquanto que Caxias setornava, pelas circunstâncias,o líder militar dos conserva-dores. Com a morte de ambos,em 1879 (Osório) e 1880(Caxias), os partidos saíramatrás de substitutos, sendo queos liberais o encontraram napessoa do general Correia daCâmara, visconde de Pelotase senador pela província doRio Grande do Sul, enquantoos conservadores faziam omesmo com Deodoro. Sendo,todavia, Pelotas e Deodoro,totalmente dedicados ao Exér-cito, acima de qualquer riva-lidade partidária, toda a parti-cipação do segundo nas ques-tões militares com o impérioseria apoiada, decididamente,pelo primeiro, no Senado,pois, mais do que asquestiúnculas partidárias, in-teressava manter a coesão doExército, que havia sustenta-do a independência e comba-tido para assegurar a unidadenacional.As questões principais foramas punições, em 1885, do te-nente-coronel Cunha Matos edo major Sena Madureira peloministro da Guerra (civil), porcríticas a este. As punições

foram consideradas uma injú-ria, pois Cunha Matos, em umjornal diário, respondendo aum deputado que o haviaofendido, externara o concei-to de que a causa de toda a dis-cussão fora um erro do minis-tro. Em 1886, Deodoro – quefora iniciado na Loja "RO-CHA NEGRA", de S. Gabriel(RS), a 20/9/1873 – então nocomando da guarnição do RioGrande do Sul e já com um lar-go prestígio no Exército, apoiouo seu subordinado, SenaMadureira, sustentando a legi-timidade de sua posição. Aomesmo tempo, por inspira-ção de Benjamin Constant,reuniam-se no Rio de Janeiro,a 10 de outubro de 1886, osoficiais do Exército e da Ar-mada, presididos por ele epelo almirante Artur Silveirada Mota (que tinha exercido oGrão-Mestrado do GrandeOriente do Brasil), para hipo-tecar solidariedade aos seuscamaradas Sena Madureira eCunha Matos. Demitido deseu comando, por essa atitu-de, Deodoro recolheu-se à ca-pital do império, onde o mo-vimento aumentou, em 1877,sempre dirigido por ele e porBenjamin e com o apoio dePelotas, no Senado. Com essecrescimento, Deodoro assina,juntamente com Pelotas, omanifesto "Ao Parlamento e àNação", redigido por Rui Bar-bosa, em que eram definidosos pontos de vista da classemilitar; em junho de 1887, emconseqüência, era instituído oClube Militar, com Deodorona presidência. E, nesse mes-mo ano, quando os fazendei-ros procuravam obter do go-verno a colaboração militar nacaça aos escravos fugidos, aprincesa regente, D. Isabel, re-cebia, por meio do Clube, umaaltiva mensagem, onde se so-licitava que o Exército fossedispensado de tal missão ver-gonhosa de capitão-do-mato.Apesar da intensa movimen-tação, os velhos militares, compatente de major para cima, ti-nham grande respeito pelo im-perador, que, durante a guerrado Paraguai, tinha se mantidofirme ao lado dos alvos naci-onais da campanha sustentadapelas forças armadas. Os pos-tos inferiores, entretanto, esta-vam preenchidos por jovensalunos das escolas militares,

História

São Paulo – Fim do século XIX

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Nova Era Maçônica 7novembro/dezembro2006

os quais, além de não expe-rimentarem sentimentos se-melhantes aos dos oficiaismais antigos, estavam alta-mente doutrinados pelo pro-fessor de maior prestígio daEscola Militar, aquele que vi-ria, por sua atuação, a sercognominado "o pai da Repú-blica": o maçom e positivistatenente-coronel BenjaminConstant, que fazia abertaapologia do movimento repu-blicano e era um dos maiscategorizados críticos do go-verno imperial.A par das atividades militares,com a atuação de muitosmaçons, era grande aefervescência nas Lojas e nosclubes republicanos de inspi-ração maçônica, destacando-se, nesse período, muitosmaçons civis, que seriam cha-mados de "republicanos histó-ricos": Quintino Bocayuva(fundador do jornal "A Repú-blica" e futuro Grão-Mestre doGOB), Campos Salles (futuropresidente da República), Pru-dente de Moraes (primeiropresidente civil da República),Silva Jardim, Rangel Pestana.Francisco Glicério, Américo

de Campos, Pedro de Toledo,Américo Brasiliense, Ubal-dino do Amaral, AristidesLobo, Bernardino de Campose outros.Além disso, várias Lojas eobreiros aprovaram propostascontrárias ao advento de umterceiro reinado e pela implan-tação da república, enviandoseu parecer a todas as demaisLojas, embora não tenha areceptividade de algumassido boa.Da província de S. Paulo, par-tiria uma das primeiras inicia-tivas maçônicas nesse sentido,pelas Lojas "INDEPENDÊN-CIA" e "REGENERAÇÃOIII", da cidade de Campinas,as quais, a 20/6/1888, envia-vam prancha às demais Lojas,solicitando apoio para umaconspiração que impedisse oadvento do terceiro reinado. Odescaso com os documentosmaçônicos – semelhante aodescaso geral com os docu-mentos históricos da nação –impediu que respostas de mui-tas Lojas se é que houve res-posta da maioria – fossem pre-servadas. Algumas, porém,chegaram até nós: é o caso das

respostas das Lojas "ACÁCIARIOGRANDENSE", do RioGrande do Sul e "CARIDA-DE E SEGREDO", da Bahia,as quais não foram muito ani-madoras, mostrando que aopinião maçônica, dentro doespírito democrático que devereger a instituição, refletia aprópria heterogeneidade dasociedade brasileira.A partir de 1887, quando o im-perador, minado pela doença(era diabético), ficara privadode sua antiga energia, fazen-do prever um fim próximo,com a conseqüente ascensãoda princesa Isabel e de seu ma-rido, conde D' Eu, ao trono, es-tabeleceu-se uma rede secretade intrigas, persistente e sutil,mostrando uma figuradistorcida da princesa e doconde francês: dizia-se queIsabel era um mero instrumen-to da vontade do clero e queseu marido era um avarentoaproveitador, afastado dos in-teresses brasileiros, o que es-tava longe da realidade, pois eleera um soldado leal, altruísta ecapaz, mas que, devido a umasurdez e ao forte sotaque, eramantido isolado, nunca admi-tido na sociedade brasileira,para a qual foi, até ao fim, "ofrancês". Intrigas de bastido-res! Coisas de uma políticamuitas vezes desleal! Mas queajudariam a apressar o fim doImpério e o advento da Repú-blica, desejada por segmentosimportantes da vida social bra-sileira.Preparado em segredo, nosmeios militares e nas rodas re-publicanas, onde era expres-sivo o número de maçons, olevante deveria ocorrer no dia20 de novembro de 1889. Nosdias 13 e 14, todavia, temen-do-se hesitações e dificulda-des de última hora e com a cir-culação do boato, entre osmuitos da época, de que o go-verno mandara prenderDeodoro, resolveu-se anteci-par o golpe, começando amovimentação das tropas namadrugada do dia 15. Já nodia 10, havia sido decidida aqueda do Império, numa reu-nião na casa de BenjaminConstant, à qual estiverampresentes os maçons paulistasFrancisco Glicério e CamposSalles. O obstáculo, naquelemomento, era a afeição deDeodoro ao imperador; paratranspô-lo, foi necessário todoo poder de persuasão de Ben-jamin e de outros companhei-

ros de farda, pois, pelo seuprestígio no Exército, teria quecaber, a Deodoro, o papel de-cisivo, no comando da tropa.Convencido, por fim, de queisso teria que ser feito, ele as-sumiu o comando do movi-mento.Deposto todo o Conselho deMinistros, presidido pelo vis-conde de Ouro Preto,Deodoro, todavia, num rasgode sua antiga fidelidade a D.Pedro II, não se dispunha a to-mar providências para implan-tar a república, tendo declara-do, a Ouro Preto, que iria man-dar procurar o imperador, emPetrópolis, para propor-lhe umnovo gabinete. Foi aí que,mais uma vez, entrou em cenaBenjamin Constant, que fezver, a Deodoro, o perigo queeles correriam, daí em diante,por sua rebeldia, com a sobre-vivência do governo imperi-al. E, assim, se fez a repúblicano Brasil. Chegada a notíciada Proclamação da Repúblicaà Província de S. Paulo, umdos primeiros atos concretosfoi a reunião dos propagandis-tas, no Clube Republicano, às10 horas da noite, quando

Américo de Campos deu, aosdemais, ciência do que se pas-sava, propondo a aclamaçãode um governo provisório emSão Paulo. No dia seguinte, osecretário interino da ComissãoPermanente do Partido Repu-blicano, Campos Salles, ende-reçava oficio à Câmara Muni-cipal, comunicando terem sidoaclamados, como membros doGoverno Provisório da pro-víncia, os cidadãos tenente-coronel Joaquim de SouzaMursa, Prudente de MoraesBarros e Francisco RangelPestana, tendo Bernardino deCampos como chefe de polí-cia e o jornalista Júlio Mesqui-ta como secretário do gover-no. Três dias depois, a 19/11,Martinho Prado Júnior, conhe-cido como Martinico Prado(1842-1906), maçom, comoPrudente, Campos Salles,Rangel Pestana, Américo deCampos, Bernardino de Cam-pos e Júlio Mesquita, apresen-tava à Câmara Municipal deS. Paulo, em nome do povo,proposta de mudança de de-nominação de diversas ruas:rua do Imperador, para ruaMarechal Deodoro; rua da

História

Benjamin Constant

Marechal Deodoro da Fonseca

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Nova Era Maçônica8 novembro/dezembro2006

Imperatriz, para rua 15 de No-vembro; rua da Princesa, pararua Benjamin Constant; ruaConde D' Eu, para rua Glicério;rua do Príncipe, para ruaQuintino Bocaiuva; rua de S.José, para rua Libero Badaró; erua Comércio da Luz, para ave-nida Tiradentes. A essa propos-ta, o vereador João AugustoGarcia apresentou um adendo,propondo que a praça Sete deAbril passasse a ser praça 15de Novembro; a essa emenda,Domingos de Moraes ofere-ceu outra: que essa praça Setede Abril passasse a ser praçada República.Nessa época, São Paulo aindaera uma cidade acanhada, com7.000 casas e uma populaçãode cerca de 40.000 habitantes,com sua atividade maior numapequena área central, delimi-tada pelos riachos e córregosTamanduateí, Anhangabaú eBexiga. Tinha, todavia, liga-ção ferroviária por meio daslinhas das Companhias Ingle-sa, Paulista, Sorocabana,Mogiana, Ituana, Rio Claro eBragantina – com várias loca-lidades, além de ligação coma capital federal, pela Estradade Ferro do Norte e da nave-gação entre os portos de San-tos e do Rio de Janeiro, o quelhe prodigalizava intenso in-tercâmbio social, cultural epolítico. Além disso, tinha asua Faculdade de Direito –

uma das duas primeiras doBrasil, desde 1827 – o que atransformava num importan-te centro cultural, antes de setransformar, já no final do sé-culo XIX, no principal póloeconômico e político do país,graças à primazia de Santos,como porto exportador.No Grande Oriente, o Grão-Mestre Luis Antonio Vieira daSilva, que, como Ministro daMarinha do império, por oca-sião da assinatura da Lei Áu-rea, recebera, em janeiro de1889, o título de viscondeVieira da Silva, viria a falecera 3 de novembro daquele ano,tendo pouco antes, no come-ço de outubro, autorizado ainstalação de uma GrandeLoja Provisória em S.Paulo.Com a morte de Vieira da Sil-va, assumiria o cargo, interi-namente, o Adjunto, viscondede Jary. A este caberia, emnome do Grande Oriente doBrasil, se manifestar, aderin-do à mudança de governo,numa atitude coerente, alémde lógica.Implantada a República,Deodoro assumiria o poder,como chefe do Governo Pro-visório, com um ministério to-talmente constituído pormaçons: Quintino Bocayuva,na pasta dos Transportes;Aristides Lobo, na do Interior;Benjamin Constant, na daGuerra; Rui Barbosa, na da

Fazenda; Campos Salles, na daJustiça; Eduardo Wandenkolk,na da Marinha; e DemétrioRibeiro, na da Agricultura. Es-ses homens foram escolhidospelo fato de representarem –com exceção de Rui, que erachamado de "republicano dodia 16" – a nata dos "republi-canos históricos", que, por fe-liz coincidência, pertencia aoGrande Oriente do Brasil,numa época em que a Maço-naria abrigava os melhoreshomens do país e a elite inte-lectual da nação.A 19 de dezembro do mesmoano de 1889, pouco mais deum mês após a implantação darepública, Deodoro, sendochefe do Governo Provisório,era eleito Grão-Mestre doGrande Oriente do Brasil, ten-do, como Adjunto, JosinoNascimento da Silva. Ele sóiria tomar posse do cargo, to-davia, a 24 de março de 1890,enquanto o Adjunto só assu-miria a 18 de agosto do mes-mo ano. Deodoro, na realida-de, pouco podia se dedicar aoGrão-Mestrado, pois o novoregime necessitava de conso-lidação e não contava com oconsenso de seus artífices, jáque, nos primeiros momentos,havia duas correntes republi-canas com idéias totalmenteantagônicas: uma, queria umarepública democrática repre-sentativa, enquanto que a ou-tra desejava uma ditadurasociocrática de tipo comtista,ou seja, de acordo com a dou-trina de Comte, o Positivismo(e não se pode esquecer quegrandes expoentes do movi-mento, como Benjamin, Júliode Castilhos e Lauro Sodré,eram positivistas). Acabariavencendo a corrente democrá-tica, sustentada por Rui Bar-bosa, seu maior expoente e acuja diligência deve-se a ela-boração do projeto de Consti-tuição Provisória, em decor-rência do qual se instalou, a15 de novembro de 1890, oCongresso Constituinte. Antesdisso, todavia, o Governo Pro-visório já executara a reforma

“Existe somente uma idade para a gente ser feliz... fase dourada em que a gente pode criar e recriar a vida...tempo de entusiasmo e coragem... Essa idade tão fugaz na vida da gente chama-se presente e tem a duração do

instante que passa...” – Mário Quintana

Pensamento

Um resumo da importância denossa rede hídrica e particu-larmente desse rio, tão famo-so por fazer parte de nossahistória, é uma forma de o ho-menagearmos, buscando in-centivar todos os que buscampreservar os recursos hídricose o meio ambiente.No Brasil, a rede de rios pe-renes é uma das mais exten-sas do mundo, devido ao cli-ma e aos aspectos geológicosque propiciam tais aspectos.Concentra-se em 80% a pro-dução hídrica do país distri-buída em três unidadeshidrográficas: Paraná, Ama-zonas e São Francisco, asquais abrangem 72% de nos-so território. Só a Bacia Ama-zônica abrange 57% da super-fície brasileira. A hidrografiabrasileira é rica em rios, po-rém há poucos lagos. A ali-mentação dos mesmos é obti-da por meio das chuvas, ao

contrário dos rios europeus,em que as. cheias e vazantesvariam de acordo com o der-retimento de neve ou gelo. Orio Amazonas, porém, obede-ce a um regime misto, pois seunível de água também é influ-enciado pelo derretimento deneve na Cordilheira dos An-des. Mesmo com a profusãode recursos hídricos, sua dis-tribuição irregular e a qualida-de nem sempre confiável daságuas são fatores limitantes aodireito básico do ser humanorelacionado ao consumo deágua, tanto para a manutençãoda vida quanto para necessi-dades individuais. A água, tãoessencial quanto o ar, é a basede nossas vidas, e a manuten-ção dos recursos hídricos éobrigação de qualquer gover-no. Em virtude da importân-cia da preservação dos recur-sos hídricos surgiu a neces-sidade de programas de

A Importância do Rio Tietê

História

Na sessão de inauguração do Edifíco do GOSP, esti-veram presentes, além das Altas Dignidades dos trêsPoderes da Ordem, representações da Grande LojaDistrital inglesa, do Grande Oriente EstadualTiradentes, de Minas Gerais, do Grande Oriente Esta-dual de Santa Catarina, da Grande Loja do Estado deSão Paulo e de 67 Lojas, não só do Estado de SãoPaulo, mas, também, de Minas Gerais, da Bahia, dePernambuco e até dos Estados Unidos (a LojaHarmony, de Nova York).

Curiosidades

Meio Ambiente

institucional, inclusive com alei de 7 de janeiro de 1890,que separava a Igreja do Es-tado e com a qual se tornavaimpossível uma nova questãocomo a de 1872.No ano de 1890, na alvoradada República brasileira, SãoPaulo iria ver a fundação demais duas Lojas: Loja "OR-DEM E PROGRESSO", daCapital, fundada a 24 de fe-vereiro de 1890, no Rito Mo-derno, ou Francês, e na juris-dição do Grande Oriente doBrasil, onde recebeu o núme-ro 428, no Registro Geral dasLojas. Loja "HARMONIA ECARIDADE", da Capital,fundada a 12 de setembro de1890, no Rito Adoniramita ena jurisdição do G∴ O∴ doBrasil, onde recebeu o núme-ro 430, no Registro Geral. Emnovembro de 1890, em San-

tos, ocorreria um fato curio-so e que mostra certa preven-ção da população contra osmaçons: o Venerável da Loja"FRATERNIDADE", Fran-cisco Alves da Silva, fora no-meado Inspetor da Alfânde-ga; em manifestação de re-gozijo, a Loja fez uma ses-são extraordinária e os obrei-ros foram, incorporados etodos para-mentados – e como estandarte da Loja – emcortejo a pé até à casa dele.Só o Porta-Espada não foicom a espada, por recomen-dação da Loja, "para nãocausar espécie aos profa-nos", segundo a ata.

Extraído do livro História doGOSP, José Castellani, publi-cação do Grande Oriente deSão Paulo.

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Nova Era Maçônica 9novembro/dezembro2006

Clube Tietê – São Paulo em 1902

conservação e recuperaçãoambi-entais, nascendo na dé-cada de 70 o conceito de ba-cia hidro-gráfica como uni-dade de planejamento. Asbacias hidrográficas sãoáreas ocupadas por um rioprincipal e todos os seustributários (afluentes).A Bacia do Rio Tietê é unida-de hidrográfica da Bacia doRio Paraná, que se compõepor seis sub-bacias, sendo quea região metropolitana de SãoPaulo está inserida na do AltoTietê. Tal bacia corresponde àárea drenada pelo rio Tietê,desde sua nascente emSalesópolis até a Barragem deRasgão. Sua área é de 5.985km2, composta por 35 muni-cípios. A gestão ambiental dabacia que comporta o rio Tietêtorna-se complexa por diver-sos fatores, tais como: a inter-ferência de obras hidráulicas;ocupação desordenada prove-niente de um modelo urbanís-tico que não previu as conse-qüências que hoje se manifes-tam nos rios da bacia em ques-tão; a poluição; o adensamentoda região metropolitana deSão Paulo, uma das maioresno mundo, ocasionando pro-blemas quanto à disponibili-dade hídrica; a invasão emáreas de mananciais. "Umcórrego, um riacho, um rio,constantemente foram fontesde vida para as pessoas, nãosó a vida material, mas tam-bém inspiraram a literatura

mundial, em que poesias e len-das povoavam a imaginaçãoda humanidade com persona-gens que viviam em suaságuas, representando, muitasvezes, as aspirações do serhumano. Nosso rio Tietê sem-pre foi fonte de referência paraos mais diversos segmentosdesde geógrafos e técnicos atéhistoriadores, não fugindo damemória dos que viveram naépoca a lembrança das águaslimpas nas quais se podia na-dar, hoje em trechos poluídosque estão em áreas urbanas. Orio Tietê serviu como fator quepermitiu a interiorização deSão Paulo e do Brasil, quan-do das Bandeiras, trazendo aexpansão das cidades. É tal aimportância desse rio, que nin-guém mais se conforma comsua poluição, ninguém maisquer que ele morra e a consci-ência ambiental, que atual-mente vem crescendo, encon-tra ecos na população que estáaprendendo a ver, não só o rioTietê, mas todos os outros rios,como parte de um todo do qualfazemos parte e que deve serpreservado e mantido emconstante harmonia."

Maria Cristina GrecoInformações relacionadas aomeio ambiente -(11) 6283-4489 [email protected] de pesquisa:www.cetesb.sp.gov.br

Curiosidades

Sabe-se que 3/4 da superfície do nosso planeta é coberta por água, sendo 97%salgada e apenas 3% doce. Contudo, do percentual total da água doce existente,a maior parte se encontra sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras,parte é gasosa e parte é líquida – representada pelas fontes subterrâneas e super-ficiais. Já os rios e lagos, que são nossas principais formas de abastecimento,correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente.

MensagemConstrutores de Templos

Vós sois os construtores de templos do futuro. Com vossasmãos, devem ser erguidos os domos e pináculos de uma civili-zação futura. Sobre a fundação que ditarem, o amanhã cons-truirá um edifício muito mais nobre. Construtores dos templosdo caráter, enquanto isso, deveriam habitar um espírito ilumi-nado; garantes da rocha do relacionamento; moldadores da-queles vasos criados para conter o óleo da vida: para cima e

para a tarefa indicada! Nunca antes na história os homens tiveram a oportunidade quese vos oferece. O mundo espera-espera-espera pelos iluminados que virão dentre as colu-nas do pórtico. Humildade, lograda e atada, procura entrar para o templo da sabedoria.Abram o portão e permitam que os merecedores adentrem. Abram o portão e deixem a luzque é a vida dos homens brilhar. Apressem-se para acabar a habitação do Senhor, que oEspírito de Deus possa vir e habitar entre Seu povo, santificado e submisso à Sua lei.

Manly P. Hall

Irmãos

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Meio Ambiente

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Nova Era Maçônica10 novembro/dezembro2006

Mesmo não carecendo de fi-guras de destaque, com o pas-sar do cientificismo e do ce-ticismo iluministas, os estu-dos esotéricos sofreram, noséculo XVIII, uma abruptavoz de prisão.Personagens de relevo, comoo conde de Cagliostro que,sob o título iniciático deGrande Cofto, introduziu naEuropa amostras de Esote-rismo egípcio, morreupresumivelmente aprisionadoem São Léo, por Ordem daIgreja Católica; como ofantasmagórico conde deSaint-Germain, iniciadoonipresente nas cortes euro-péias que, segundo uma car-ta de Horace Walpole, de1745, teria mais de uma veznascido em Asti e que, segun-do outros, teria alcançado aimortalidade ou, ao contrário,talvez tivesse sido o lendárioHebreu Errante, condenado avagar até o final dos tempospor haver zombado de Cristodurante o caminho para oCalvário; como o grande al-quimista napolitano, príncipede São Severo, ou como opróprio Giacomo Casanova,

aventureiro e amante, mastambém grande bibliotecário.Foi apenas nos últimos anosdo século, quando a expediçãode Napoleão ao Egito revelouà Europa os mistérios dessaantiga civilização e, com eles,além das contribuições de umChampollion e de umRosellini, a imagem esotéricado Oriente refletida no apoiode Bonaparte às concessõesmaçônicas, foi que o interes-se pelo lado "oculto" da vidavoltou a despertar, ressurgin-do definitivamente nas primei-ras décadas do século XX,graças sobretudo ao trabalhode Alphonse Louis Constant,conhecido sob o pseudônimode Eliphas Levi.O século XVIII não foi, to-davia, isento de movimentosou doutrinas que proponhamprincípios esotéricos no con-texto de seus próprios rituaisou de sua simbologia. Foi exa-tamente nas primeiras décadasdesse século que se tornousua coadjuvante oficial umainstituição da qual se faloumuito nos séculos seguintes:a Maçonaria. Desde sua cri-ação oficial, a Franco-Maço-

naria, ou Livre Muradoria,nasceu como uma entidadeextremamente complexa edificilmente enquadrável emuma única corrente ideológi-ca ou política, menos aindapassível de ser limitada ape-nas ao âmbito iniciático,esotérico e espiritual. Exis-tiu, em suma, com a finali-dade de servir à interpreta-ção histórica, como duasMaçonarias, a primeira"explo-rável e analisável me-diante instrumentos bem tes-tados de pesquisa científica";a segunda, impenetrável a es-ses instrumentos e exigindo "ouso de outros e mais aptosmeios de pesquisa". Assimafirma Natale Mario di Lucaem seu A Maçonaria - Histó-ria, Mitos e Ritos, e prossegue:"O próprio Esoterismo é paratodos os efeitos o universosubmerso e pouco visível daMaçonaria, seu coração e suamedula, verdadeiro e único fiocondutor de onde provém".Em 24 de junho de 1717, diade São João Batista, quatroLojas de Londres reuniram-seà meia-noite, próximo à Cate-dral de São Paulo, em uma

taverna chamada O GansoGrelhado, fundando e oficia-lizando a primeira GrandeLoja da História, com o espe-cífico intento de unificar asdiversas filiações e os diver-sos regulamentos da Maçona-ria. A tradição defende que talLoja seria derivada diretamen-te das antigas guildas de cons-trutores medievais, ou seja, decorporações de mestres co-nhecidas desde a mais remotaAntiguidade. Dos primeiroscolégios sacerdotais (assimeram chamadas, antigamente,as guildas de construtores) che-gamos às corporações medie-vais, verdadeiros e autênticoscenáculos nos quais eram con-servados, além de aplicados, osconhecimentos secretos sobre aarte da construção. A IdadeMédia é talvez um dos perío-dos de maior flores-cimentode tais corporações, se obser-varmos que os construtoresdas catedrais se beneficia-ram, da parte das autoridadeseclesiásticas, de particularesprivilégios constituídos porfranquias, tribunais especiaise isenções de vários tipos,das quais deriva o termo in-

dependentes ou franco-pedrei-ro.Na Idade Média a arte da cons-trução recebia diferentes de-nominações, mas, acima dequalquer outra denominação,existia aquela da Arte Real, naqual os segredos de engenha-ria eram transmitidos apenasàqueles que se mostravam dig-nos. Tais modelos contribuí-ram para a criação do ideal deconstrução da Obra Suprema,da realização do que seria umaIgreja Ideal, de um TemploPerfeito que fosse imagem emanifestação do divino. A artede erguer edifícios constituiuassim uma ciência, uma filo-sofia, ou seja, uma verdadeirae genuína doutrina transmiti-da no mais absoluto segredo.A passagem da MaçonariaObrante para a Especulativamoderna ocorreu inteiramen-te na Inglaterra, presu-mivelmente graças à presen-ça de um número cada vezmais considerável de maçonsaceitos, ou seja, de indivídu-os que, mesmo pertencendo aoutros ofícios ou corporações,eram acolhidos no contextodessa corporação.Os antigos documentos maçô-nicos parecem, porém, insistirem colocar as origens de talOrdem em um passado aindamais remoto, possivelmente noantigo Egito. Em 1783, o Grão-Mestre do condado de Kent,George Smith, sustentou, emdiversas publicações, que aMaçonaria teria dado origemprovavelmente a muitos dospróprios mistérios da antiga ter-ra dos faraós. Ignazio von Born,conselheiro do rei austríacoGiuseppe II, era da mesma opi-nião, tendo publicado, por suavez, um artigo que recebeu osaplausos de seu confradeWolfgang Amadeus Mozart. Alenda conta que em razão detal fascínio, Mozart começoua compor sua Flauta Mágica,narrativa de uma antiga lendaegípcia. Os próprios rituais

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egípcios, aqueles que perma-neceram até nossos dias, evi-denciam bem que poderiaexistir um paralelismo entre osantigos rituais religiosos oucorporativos e os modernos ri-tuais maçônicos. Mas pode-mos supor que se trate de me-ras especulações, carentes deembasamento em provas his-tórico-arqueológicas, ou seja,privados da necessária base decientificidade e rigor. Existem,contudo, duas teorias bem dis-tintas, propostas nas últimasdécadas, que poderiam lançarmais luz sobre as míticas ori-gens da Maçonaria. Indubi-tavelmente, a cada boa histó-ria, antes de identificar nexoscausais diretos e conexõesirrefutáveis entre os antigosgrupos egípcios e a modernaFranco-Maçonaria, devemosser muito atentos e escrupulo-sos. Os dados que apresenta-remos nesse contexto são dealgum modo indicativos deuma forma de pensar e de uma"formação prática" e religio-sa que se perpetuou no tem-po, chegando talvez a inspirarou permear os primórdios daprópria Maçonaria.

Entre 1920 e 1952, oegiptólogo francês BernardBruyère realizou no Egito fan-tásticas descobertas arqueoló-gicas que poderiam respondera algumas de nossas indaga-ções. Bruyère encontrou, emDeir el-Medineh, ao sul da ne-crópole de Tebas, um comple-xo de sepulcros e estruturas

pertencentes a uma frater-nidade de arquitetos-pedreirosdos fins da XVII dinastia, ouseja, ao redor de 1315 a.C. Osmembros dessa fraternidadeeram habituados a se vestircom aventais cerimoniais quelhes permitiam distinguir-sedos profanos, mas que incor-poravam também um signifi-cado mais espiritual, represen-tando as vestes divinas que oconstrutor jamais deveriamacular com comportamentosou atitudes morais incorretas.A subdivisão hierárquica era,por sua vez, totalmente seme-lhante a dos modernos primei-ros três graus maçônicos:aprendiz, discípulo e mestrepedreiro. As atividades dessafrater-nidade de construtoresdesenvolveram-se em dois ní-veis; o primeiro, obrante, queexigia o máximo cuidado e co-nhecimentos durante a cons-trução; e o segundo, espe-culativo, no qual se procura-va conduzir o arquiteto a umamais elevada compreensão daobra cons-truída, ou seja, a umcrescimento espiritual. A pro-va de uma possível ligaçãocom a atual Maçonaria foi en-contrada em Deir el-Medineh,uma apaixonante história refe-rente ao assassinato de um mes-tre pedreiro, chamadoNeferhotep, pelas mãos de umoperário que pretendia roubarseus segredos. Essa históriarecorda muito a figura maçô-nica do mestre Hiram, mortopor três subordinados, nova-mente com o intuito de arran-car-lhe os segredos da arte deconstruir. Ao mesmo BernardBruyère impôs-se, durante ainvestigação, à freqüenteconstatação de que afraternidade de Deir el-Medineh antecipava em tudoe por tudo as características damoderna Maçonaria.Uma segunda e extremamen-te controversa hipótese sobreas possíveis origens egípciasda Maçonaria foi proposta em1996 por dois estudiosos in-gleses, Knight e Lomas, que

se debateram em um enigmahistórico sem precedentes e deforte apelo para a tradiçãomaçônica: identificaram emuma múmia descoberta em1881 pelo egiptólogo Brugscho possível corpo do arquitetoHiram. O cadáver pertencia aofaraó Seqnenrie Te'o, um dosfaraós que haviam sido confi-nados a Tebas, praticamenteao lado de Deir el-Medineh,durante a dominação doshicsos. Seu corpo apresentanumerosas fraturas expostasem nível craniano, indício deuma morte provocada pormeio de um instrumento se-melhante a um malhete ouuma colher de pedreiro. Ofaraó no Egito representavatanto a figura política quantoreligiosa mais importante,considerado a encarnaçãoterrena do deus Hórus. Nasmãos do faraó eram tambémmantidas as mais importantesfunções necessárias para segovernar o reino, entre asquais mesmo a direção da ArteReal, ou seja, da construção daqual muito provavelmente ofaraó em pessoa constituía ovértice, ocupando o papel deGrão-Mestre. Por meio de mi-nuciosa comparação com alenda maçônica e dos poucosdocumentos que permanece-ram até hoje sobre o faraó, osdois autores concluíram queexistem fortes possibilidadesde que realmente Seqnenrieseja o lendário arquitetoHiram da Maçonaria. A partirde tais hipóteses surgirammuitas polêmicas, como tam-bém profundas discussões quenão parecem ainda ter se apa-ziguado, mas, seja a hipóteseformulada pelos ingleses ver-dadeira ou falsa, essa comoque permitiu que legiões deestudiosos convergissem seusesforços para uma nova visãodo antigo passado da Maço-naria. A tradição maçônicatambém liga-se à construçãodo Templo de Salomão, em Je-rusalém, e tem na figura de seuconstrutor, Hiram, o símbolo

máximo do grau de MestreMaçom.No século XVIII, a instituiçãotransformou-se oficialmentede corporação de profissionaispara um grupo estritamenteespeculativo, conservando po-rém os símbolos, os rituais, alinguagem e os usos e assu-mindo a missão de cultivar o"amor fraterno" e a "pedramestra". A ritualidadeiniciática continuou a consti-tuir uma base imprescindívelpara o desenvolvimento dotrabalho maçônico e a esserespeito observamos que al-guns desses ritos teriam pro-vavelmente derivado das an-tigas iniciações obreiras e deconfraria, de alguns cultosmísticos da Antiguidade, derituais gnósticos, herméticos,alquímicos e mitraicos. Essainstituição adotou as expres-sões máximas dessas corren-tes culturais, introduzindo-lhes no âmbito de sua própriaritualidade.A iniciação, conforme vimos,desempenhou um papel fun-damental para o nascimentono indivíduo de um novo es-pírito, de um novo hábitomental, que permitia a passa-gem de uma condição inferi-or a uma superior, da pedrabruta à pedra lapidada. O lei-go é normalmente subordina-do a uma série de atos e pro-vas simbólicas e alegóricas, osrituais, que o conduzem a umamorte alegórica, para depoisrenascer nas vestes de umnovo homem. Cada grau pre-serva conhecimentos específi-cos e é identificado por sím-bolos e rituais particulares. Oiniciado Aprendiz deve respei-tar, além disso, o mais abso-luto segredo sobre tudo o queé realizado no interior da Loja,que é reservado unicamenteaos iniciados, indispensávelpara que se possa elevar aci-ma do mundo material exter-no, ou seja, atingir o aprimo-ramento interior por meio doauxílio de seus Irmãos. A re-gra do silêncio manifesta as

próprias origens doPitagorismo, uma correnteesotérica que influenciou emtodas as épocas cultos místi-cos e seitas esotéricas. A Ma-çonaria manteve os três grausiniciáticos, como ainda outroselementos próprios desse culto.Centro nevrálgico da novaMaçonaria do século XVIIIfoi a Loja, o Templo, que so-freu futuras variações combase nos ritos e nos graus pra-ticados. A Loja constitui aimagem e o símbolo do Cos-mos, local de união e cresci-mento dos iniciados, ou seja,uma porta para uma novacompreensão da Criação e doser humano. Do mesmo modo,o símbolo adquire uma novaforça, assumindo o valor demeio evocativo, ou seja, de in-vestigação da verdade. A prin-cipal função do Simbolismo édespertar no iniciado a intui-ção, meio pelo qual oEsoterismo pode atingir a es-sência da realidade e dos fe-nômenos. Extremamenteemblemática é a inda aconfluência para a Maçonariade numerosos adeptos dacorrente esotérica Rosa-Cruz.Trata-se dos primórdios dessa

instituição e, a tal respeito, nãoexistem fontes documentaisclaras no que tange às moti-vações desse notável afluxo,ainda que numerosos estudio-sos concordem com a afirma-ção de que provavelmente fo-ram a base da criação dos al-tos graus dessa instituição. Afundação londrina de 1717suscita também numerosas

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Nova Era Maçônica12 novembro/dezembro2006

indagações de solução nadafácil. É certa e documentada apresença, já no século XVII,de Lojas espalhadas por todaa Inglaterra, embora sensivel-mente mais numerosas na Es-cócia, que se movimentavame trabalhavam quase unanime-mente em pleno acordo comos modernos ditames moraisda Ordem.As afirmações de alguns au-tores, que vêem na Maçona-ria uma filiação direta dosTemplários, são porém de seconsiderar com muito cuida-do. A Ordem do Templo cons-tituiu, seguramente, um ele-mento importante na difusãode novos ideais, e talvez mes-mo de novas doutrinas, portodo o mundo medieval.Estruturou-se e funcionou pormeio de leis e códigos moraisidentificáveis também no âm-bito do ideal maçônico moder-no e tornou-se muito pro-vavelmente depositária deuma antiga cultura desco-berta sob a esplanada doTemplo de Jerusalém.Uma presença templária de-pois de 1314, data em que aOrdem foi definitivamente

desmantelada, é identificadaainda na Escócia do rei RobertBruce, que havia sido há pou-co tempo excomungado pelaIgreja Católica. Atualmente, aligação ou a possível conti-nuação da Ordem no seioda Maçonaria é, no mínimo,uma teoria fascinante, caren-te, porém, de confirmações oude indícios documentários ouhistoriográficos inexpugná-veis. Talvez fosse mais sim-ples supor que os Templáriostivessem exercido uma certainfluência sobre antigascorporações escocesas, demodo que fosse transmitida auma Maçonaria in fieri.O século XVIIII assinalou naInglaterra e na França um mo-mento fundamental para a di-fusão do pensamento maçôni-co. Se por um lado a Inglater-ra podia ser considerada depleno direito o nascedourodessa nova instituição, a Fran-ça havia constituído um sítioalternativo, gerado pelo exílioda família real dos Stuart e emseguida de nobres e militares,em grande parte maçons, ir-landeses e escoceses que ha-viam acompanhado os mem-

bros da casa real.A Maçonaria francesa ficouconhecida desde então comoextremamente rica de ritos ede figuras prestigiadas. O ter-mo Loja foi rapidamente subs-tituído por "Capítulo", en-quanto novas formas deEsoterismo pareceram estru-turar-se ou insinuar-se nos di-versos ritos. O mais importan-te Capítulo de que se tem no-tícia foi o de Clermont, doqual saiu o Barão von Hundt,que foi o criador da Maçona-ria tedesca. Também nessagrande ebulição francesa fo-ram criados os Cavaleiros doOriente (1763), como tambémos Eleitos de Cohen, pelas mãosde Martinez de Pasqually, e aOrdem Marti-nista, que se liga-va à figura de Claude de SaintMartin.Em quase um século, a Maço-naria difundiu-se consideravel-mente, ampliando sua atuaçãoe espalhando seus princípios deigualdade, fraternidade e liber-dade. Na Itália, em 1805, soba égide do regime napoleônico,foi fundado o Grande Orienteda Itália, instituído por umconselho do Rito Escocês An-tigo e Aceito, e preparado paradifundir novos ideais no país.É provável que a primeiraLoja italiana remonte, entre-tanto, à Florença de 1731,quando sabemos que a colô-nia inglesa toscana, por inter-médio de Lord Holland HenryFox, importou a recém-nasci-da cultura maçônica para o ter-ritório italiano. Sobre essa pri-meira Loja recaiu a dura per-seguição imposta pela bulapontif íc ia In Eminent i ,inaugurando uma longa sériede excomunhões e condena-ções que a Igreja Católica fa-ria imediatamente contra essaOrdem. Toscana, Lazio,Piemonte, Reino Lombardo,Veneto e Nápoles, no espaçodas poucas décadas da segun-da metade do século XVIII,começaram a se transformarem genuínas forjas do pensa-mento maçônico, espalhando e

ampliando cada vez mais os ide-ais desta antiga instituição. Em1814, a Maçonaria italiana so-freu, porém, um duro bloqueio,causado por um edito do reiVittorio Emanuele I, que reno-vava a "proibição das assem-bléias e reuniões secretas, qual-quer que seja sua denominação,principalmente aquelas dos de-nominados Livres Pedreiros, jáproibidas pelo Edito Régio de20 de maio de 1794". Entre1821 e 1854 ocorreram bempoucas iniciações sobre o terri-tório italiano; a maior parte ve-rificou-se no exterior, como nocaso de Giuseppe Garibaldi,embora secretamente continu-assem a existir numerosas Lo-jas e diversos ritos. Nesse pe-ríodo se assiste, ainda, à fun-dação de diversos GrandesOrientes, como o de Turim(1859), da Sicília (1860), deNápoles (1861), de diversasassembléias constituintes e àtransferência da sede de Flo-rença para Roma. Amadureci-am, entretanto, as condiçõesnecessárias para que pudesseocorrer uma unificação com avertente de Palermo, enquan-to em 1887 se verificaramaquelas necessárias à reuni-ficação com os SupremosConselhos de Turim e Roma.

A contraposição entre IgrejaCatólica e Maçonaria tensio-nava-se cada vez mais, chegan-do ao seu auge em 1884, quan-do o papa Leão XIII publicou aencíclica Humanum Genus, quemarcou o momento mais durodo conflito entre as duas insti-tuições. Em 1908 assistiu-seaos desdobramentos de pro-blemas causados pela unifi-cação dos rituais, fatos queconduzirão, em 21 de marçode 1910, à criação da Gran-de Loja.A evolução italiana da Fran-co-Maçonaria foi contínua eprolongou-se no tempo, abra-çando as mais apaixonadas eimportantes mentes da cultu-ra e favorecendo na Itália osurgimento de novos ideais ede uma nova moral. Seusmembros foram nomes da po-lítica e da cultura, deGioacchino Murat aGiuseppe Garibaldi, deAlfredo Baccarini aGiuseppe Mazzini, deGiosue Carducci a GabrieleD'Annunzio, e tantos outrospersonagens que demoraría-mos a citá-los todos.

Extraído do livro Itália Esotérica,de Enrico Baccarini e RobertoPinotti, Madras Editora.

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Nova Era Maçônica 13novembro/dezembro2006Filosofia Esotérica

A maior parte das religiõesocidentais reconhece e admi-te que o Homem é formado deduas partes distintas: corpo ealma. Esse conceito, emboracorreto, não é completo; ealém de tudo é confuso, poisouvimos falar de Alma e deEspírito sem que se estabele-ça a devida diferenciação.Alma e Espírito são coisascompletamente diferentes,como será visto adiante.As religiões orientais(Induísmo, Budismo,Teosofia, Yoga de Patânjali,etc.) que são mais antigas eesotéricas sabem que, na rea-lidade, o Homem possui Cor-po, Alma e Espírito; e sabemmais: o Corpo divide-se emCorpo Físico e Duplo-Etérico,a Alma divide-se em CorpoAstral e Mental Concreto, efinalmente o Espírito é cons-tituído por uma tríade: Men-tal Abstrato, Corpo Búdico eAtmã, conforme será descritoa seguir.

Corpo FísicoO corpo físico é, na verdade,a ferramenta com que traba-lha o nosso "Eu" Espiritual;por isso é também chamado de"veículo físico". Apesar de sera parte mais grosseira, a úni-ca visível e palpável, o corpofísico ainda assim apresentaduas divisões: corpo físicopropriamente dito e corpoenergético (também chamadoDuplo-Etérico).O corpo físico propriamentedito é objeto de estudo da Bio-logia, da Antropologia, da Me-dicina e de outras ciências ex-perimentais e sobre ele nadahá a acrescentar do ponto devista da Espiritualidade e daMagia.O Duplo-Etérico ou CorpoBioenergético é um poucomenos denso e só é visívelatravés das fotos Kirlian oudos sentidos de um clarividen-

Os Sete Corpos do Homemte. Eventualmente algumaspessoas podem vê-lo ao redorde um cadáver, pois ele per-manece ativo, por um certoperíodo de tempo, após amorte física; os fantasmas querondam os cemitérios sãoapenas esses corpos ainda nãodesintegrados.Em algumas seitas primitivas,mas ainda com seguidores,fazem-se rituais de evocaçãodesses "fantasmas" e eles en-tão podem chegar a manifes-tar-se, embora sem nada aoferecer senão a sua visão as-sustadora. O único objetivodessas cerimônias é a vaida-de e a ostentação de "poder"daqueles que os evocam.O duplo-etérico desempenhamúltiplas funções, sendo asmais importantes as seguin-tes:1. Conter os Chakras, quenada mais são que vórtices decaptação de energias diver-sas (prana, kundalini, fohate outras).2. Captar e fazer circular emnosso corpo físico denso es-sas energias espirituais.O Prana e os Chakras serão es-tudados nos próximos capí-tulos.

AlmaA Alma humana, ao contrá-rio do que muitos supõem,não é imortal. Imortal é o Es-pírito, como adiante veremos.A Alma é constituída de duaspartes distintas e independen-tes: a parte emocional (tam-bém chamada Corpo Astralou Emocional) e a parte men-tal (chamada Corpo MentalConcreto).O Corpo Astral é aquele quecontém os nossos sentimen-tos, emoções e desejos taiscomo: amor, ódio, tristeza,alegria, medo, etc. É a parteirracional do Homem e tam-bém existe nos animais.O Corpo Mental concreto é

aquele que nos diferencia dosanimais e nos dá aracionalidade: a inteligência eo raciocínio.Obs.: Há, nos seres humanos,um outro Corpo Mental cha-mado Mental Abstrato que,em nosso atual estágioevolutivo, não está completa-mente formado mas em viasde formação, relacionado àatividade espiritual e que seráestudado mais adiante. Porora, fiquemos com o seguinteesquema:Esses quatro Corpos ou Veí-culos Humanos (QuaternárioInferior) representam a partemortal de cada um de nós; são,portanto, diferentes em cadauma de nossas encarnações,constituindo a nossa "persona-lidade transitória".

EspíritoÉ o nosso "Eu" verdadeiro, anossa parte imortal, aquelaque permanece através de to-das as nossas encarnações; éaquela "Centelha Divina" queexiste em cada um de nós. OEspírito também se apresentacom um tríplice aspecto, oucom três corpos:• Corpo Mental AbstratoResponsável pelo nosso inte-lecto quando focado em te-mas, questões e problemas re-lacionados à Espiritualidade.Em nosso atual estágio de evo-lução, ainda não temos estecorpo totalmente desenvolvi-do, estando ele em formação;somente quando alcançarmosum grau maior em nossa linhaevolutiva esse corpo se mani-festará plenamente e, por meiodele, poderemos então enten-der certos conceitos que ain-da não conseguimos resolvercomo o Infinito, a Eternidade,o Bem e o Mal e o próprioconceito de Divindade.Obs.: Em nossa condição atualdiferenciamos o bom do mau,que são conceitos relativos e

bem diferentes, portanto, dosconceitos de Bem e Mal, quesão absolutos; e isso não éapenas um jogo de palavras,mas uma profunda realidadeesotérica.• Corpo BúdicoRelacionado com a Intuição,a Premonição e outros Donsdo Espírito, assim como oconhecimento acumulado emtodas as nossas vidas anteriores.Obs.: O nome búdico signifi-ca iluminado e nada tem a vercom a Religião Budista.• Corpo Átmico ou AtmãTambém chamado de CorpoCrístico, é verdadeiramente aDivindade que habita em nós.Esses três Corpos (Tríade Su-perior), que são a nossa ver-dadeira essência e parte espiri-tual, formam, esotericamente,um triângulo, assim representa-do no Ocultismo:Algum dia, em um futuro aindaremoto, nas asas da evolução,e, através de muitas reencarna-ções, teremos acesso a tudo isso(premonição, intuição verdadei-ra, compreensão do que é a Di-vindade, consciência plena do

que é o Bem e o Mal, etc.)Resumo:A Tríade Superior e oQuaternário Inferior são, noseu conjunto, aquilo que osOcultistas denominam de OSetenário, A ComposiçãoSetenária do HomemOs Sete Corpos Humanos

Os Sete Veículos do Homeme que são representados tantono Ocultismo como, simbolica-mente, no Avental do Aprendiz-Maçom, da seguinte forma:Obs.: O fio de Sutratma, tam-bém conhecido pelo nome dePonte de Anthakarana, é o eloque une o Espírito à Matéria ou,usando outras palavras, une aTríade Superior ao QuaternárioInferior. Por esse fio é que nos-sas vivências e experiências nosplanos inferiores fluem para aTríade Superior e lá são "arqui-vadas", permanecendo no es-quecimento até o momento emque estivermos evoluti-vamente preparados pararesgatá-las.

Extraído do livro MagiaCerimonial, de Carlos BrasílioConte, Madras Editora.

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Nova Era Maçônica14 novembro/dezembro2006

É comum ouvirmos que a Maçona-ria seja uma instituição que congre-ga homens de bons costumes, soli-dários e transformadores da socie-dade. Há quem diga que sua origem,apesar de não conseguirmos preci-sar com exatidão, remonte das pri-meiras civilizações do mundo(egípcios, persas, gregos...), e este-ja acumulando conhecimentos di-versos desde então. Sobre esses ali-cerces, a Ordem se desenvolveu esomou, à sua antiga sabedoria, no-vas formas de pensamento e sim-bolismos. Muito provável que nãotenha existido sob esse nome até oséc IX, quando artesãos associaram-se em guildas, criando a MaçonariaOperativa, mais conhecida como “Pe-dreiros Livres”. Porém, não podemosprecisar se isso é verdade ou ficção.

O que podemos afirmar, é que a Maçonaria, sem sombra de dúvida, semprefoi uma Escola Iniciática de Mistérios, alicerçada nos símbolos e na tradição.Ninguém ensina Maçonaria para ninguém, precisamos vivenciá-la, coisa co-mum em qualquer escola iniciática. Cabe ao recipiendário praticar e absorvercada palavra, cada símbolo e absorvê-los na sua existência. A Ordem nãooferece uma mudança imediata de sua personalidade. O que ela proporciona

Página Literária

Durante sua trajetória maçônica, quedurou mais de 50 anos, J. M. Ragonpercorreu diversas cidades e pôde ve-rificar que a erudição profana dos Ir-mãos era superior ao preparo maçô-nico; não havia sequer unicidade depensamento sobre a origem da Or-dem. Diante disso, o autor dedicou-se a um intenso trabalho de estudos epesquisas que pudesse oferecer ummaterial consistente aos maçons desua época.O resultado desse empreendimento seencontra nas páginas desta obra, cujosensinamentos não envelheceram como tempo e são de grande utilidade aosmaçons da atualidade.Os documentos aqui apresentadossobre Maçonaria jesuítica, escocismo,estrita observância, diretórios escoce-ses, cavaleiros beneficentes da cida-

de santa e, sobretudo, a respeito dos fundadores dos diversos sistemas na Alema-nha e na Suécia iniciam completamente o leitor que, se desconhece essas infor-mações, pouco conhece a respeito da Maçonaria.Ortodoxia Maçônica compreende uma espécie de biblioteca que contém umrepositório de documentos, códigos de instruções práticas e de qualidade intelec-

Ortodoxia Maçônica – J.M. Ragon

Maçonaria – Escola de Mistérios – Wagner Veneziani Costa

tual, na qual estão agrupados todos os fatos e tentativas do passado que pode-riam orientar os maçons no futuro, a fim de oferecer à nobre Instituição aperfeição de atitudes que ela espera de seus membros.J. M. Ragon foi iniciado ainda jovem em Bruges, em 1804. Foi recebido naLogia y Capitulo de los Verdaderos Amigos. É considerado um dos mais ilus-tres maçons e um dos mais notáveis escritores da Ordem, pois suas obras,mais de dez, exerceram grande influência entre os Irmãos de sua época.O autor foi membro do Grande Oriente do Rito de Misraim e da Ordem doTemplo de Fabre Palleprat. Fundou e presidiu a célebre Sociedade dosTrinósofos, promovendo a união do Capítulo e do Areópago. Além disso, foium dos integrantes do Supremo Conselho – Summum Supremum Sanctuarium– do Sagrado Círculo de Thelema (SCT).Ragon realizou algumas representações ritualísticas maçônicas em público,em 1817, cujos resultados influenciaram consideravelmente sua trajetóriainiciática. Depois desse episódio, o Grande Oriente proibiu que Ragon prati-casse o Rito de Misraim. Ele atendeu à ordem e, dias depois, passou a traba-lhar publicamente com o Capítulo dos Trinósofos.Alguns diziam que Ragon possuía diversos documentos com os quais o famo-so conde de Saint Germain lhe presenteara, e que, com ele, adquiriu notá-veis conhecimentos a respeito da Maçonaria antiga. Helena PetrovnaBlavatski considerava-o um dos maiores conhecedores do Ocultismo, ain-da que não tivesse sido iniciado nessa escola.De suas diversas publicações, poucas podem ser encontradas, isso porque sesupõe que algumas pessoas misteriosas tenham adquirido a edição completade seus livros depois de sua morte. Portanto, suas obras são, hoje em dia,raridades. 480 páginas.

é um caminho árduo e de autopercepção, que permite que o recipiendário encon-tre uma verdade e a sua liberdade, de acordo com a evolução de cada um.Os Antigos Mistérios não deixaram de existir quando o Cristianismo setornou a religião mais poderosa no mundo, e a Maçonaria é a prova da suasobrevivência. Os Mistérios pré-cristãos assumiram, simplesmente, o sim-bolismo da nova fé, perpetuando por meio dos seus símbolos e alegoriasas mesmas verdades possuídas pelos sábios desde o princípio do mundo.A estrutura simbólica da Maçonaria é muito rica e complexa, o que é umacaracterística própria da Ordem. O candidato maçom é apresentado a essaestrutura simbólica participando de episódios ritualísticos, chamados‘Graus’, por meio dos quais a Instituição comunica seus ensinamentos demoralidade velados por alegorias e ilustrados por símbolos, que têm ori-gem, em parte, das práticas das guildas dos pedreiros medievais.A interpretação dessa simbologia é responsabilidade individual do maçom;e é no processo dessa interpretação pessoal que se pode entender a sobre-vivência da Ordem Maçônica como um ‘Mistério’.Em Maçonaria – Escola de Mistérios – A Antiga Tradição e Seus Símbo-los, Wagner Veneziani Costa apresenta esse universo de Mistérios, pelacompilação de textos de autores consagrados, como J. D. Buck eOswald Wirth, além de fontes como Albert Pike, Saint-Ives d’Alveydre,Eliphas Levi, Fabre d’Olivet, Helena Blavatsky, A. Leterre, C.W.Leadbeater, entre outros.A descrição dos Mistérios correlatos à Maçonaria, os Mistérios da Índia, osMistérios Egípcios, os Mistérios de Elêusis, os Mistérios Gregos, os Mistérios doCristianismo, os Mistérios dos Judeus e dos Essênios, os Mistérios Egípcios,os Mistérios Cabírios, os Mistérios Sagrados de Zoroastro e de Mitra são temasque valem ser conferidos neste compêndio maçônico. 672 páginas.

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Nova Era Maçônica 15novembro/dezembro2006

• Eleito o Venerável, auto-maticamente, sua esposatorna-se Presidente daFraternidade e, na sua im-possibilidade, a substitutadeverá ser indicada pelomesmo.• A Presidente deverá, então,formar a sua Diretoria, dan-do preferência às esposasdos maçons que fazem par-te da Diretoria eleita da LojaMaçônica, ou, em caso dealguma impossibilidade,substituí-la por outra inte-grante.• Feito isso, a Presidenteconvocará uma reunião comsua Diretoria para oficiali-zar a sua composição, comLivro de Presença e lavran-do Ata pela secretária, coma relação das componen-tes, com seus respectivoscargos.• Fazer Ata em toda reuniãode Diretoria com o respec-tivo Livro de Presença. Asreuniões são informais e po-dem ser feitas em uma salada Loja Maçônica, na casa

Fraternidade Feminina Cruzeiro do SulOrientações e Sugestões Para Formação Da Fraternidade Em Sua Loja

deu ma das integrantes daDiretoria ou em algum lu-gar que for conveniente paratodas.Nessa primeira reunião,aprovar o Estatuto daFraternidade (modelo empágina da Internet). Fica acritério da Fraternidadeoptar em não registrar emCartório, havendo essa neces-sidade se a Fraternidade formovimentar conta bancá-ria ou ter empregadoscontratados.Mediante oficio, comuni-car ao Venerável a forma-ção de sua Diretoria.Então, caberá à secretáriada Fraternidade tirar cópiado Estatuto assinado, pre-encher as fichas de Cadas-tro da Fraternidade e deCadastro das Associadas(modelo em página daInternet), Carta de Apre-sentação do VenerávelMestre e encaminhar parao Grande Oriente do Bra-sil no endereço SGAS -Quadra 913 - Conjunto

"H" - Brasília/DF - CEP:70390-130, aos cuidados deFraternidade Feminina Cru-zeiro do Sul, ou pelo [email protected]• Essa correspondência che-gando à Secretaria do GOB,será expedido o Certificadode Registro, emitidas ascarteirinhas, que juntamen-te com os bótons deverãoser remetidos para aFraternidade. Quando hou-ver alteração de Diretoria oumudança no quadro das as-sociadas (inclusão ou exclu-são) deverá ser notificado oGrande Oriente do Brasil.• Caberá à Diretoria realizarreuniões mensais, bimes-trais ou trimestrais, confor-me achar necessário, paratratar de assuntos pertinen-tes à sua administração,sempre com a lavratura derespectivas Atas e Livro dePresença.• Quando houver iniciação,a Presidente se encarregaráde formar uma Comissão deduas integrantes para se di-

rigir à residência doiniciante e acompanhar suaesposa até as dependências daLoja para participar da con-fraternização (se houver).• Convidar a esposa ou es-posas dos iniciados paraparticiparem de uma oumais reuniões da Diretoriapara que haja um entro-samento maior com as cu-nhadas, nascendo daí umafamiliaridade tão necessáriaa esse relacionamento.• Motivar as viúvas dosmaçons a participarem dereuniões da Fraternidadebem como de festividadesda Loja, oferecendo condu-ção, se for necessário.Procurar ser um grupo deapoio às promoções da Lojae se houver disponibilidade,participar de alguma obrasocial. No início pode-sepor exemplo, pedir 1 kg de

alimento, ou leite, etc. ecom essa arrecadação aju-dar alguma instituição dacidade. Nos finais de ano,fazer campanhas como:cestas básicas, cestas denatal, presentes para algumorfanato, etc.• Promover pelo menos duasreuniões festivas para come-moração de aniversário dasintegrantes ou datas come-morativas (ex.: Dias dasMães, Dias dos Pais, Setede Setembro, Páscoa, Na-tal, etc.) • Na última reunião doano, apresentar relatório deprestação de contas (se ti-ver) e de informação sobreos serviços prestados ououtras atividades para to-das as integrantes daFraternidade, bem comolavrar Ata e assinar o Li-vro de Presença.

Sr. Carlos Brasílio Conte

Tomei conhecimento de vosso endereço digital através do

jornal Nova Era Maçônica e resolvi lhe escrever.

Meu nome é Jeferson Rodrigues e o que me motiva a es-

crever esse e-mail é a grande admiração que tenho pelo

senhor. Há algum tempo venho acompanhando vosso tra-

balho, em revistas e outros periódicos que me podem che-

gar às mãos sendo eu um profano. Foi com muito entusias-

mo que acompanhei suas palestras através da TV

Espiritualista, textos no Nova Era Maçônica entre outros.

Sou estudante Rosacruz AMORC e estou em processo de

admissão na Maçonaria, faltando bem pouco (caso não haja

impedimentos) para minha iniciação.

E será com orgulho redobrado que além de fazer parte des-

ta Augusta instituição poderei chamar pessoas como o se-

nhor, que enaltecem a Arte Real, de Irmão.

Um grande abraço e,

Pax Profundis!

Jeferson Rodrigues-Ibitinga/SP

Programa Anual da Grande Secretaria de Cultura eEducação Maçônicas do GOSP

Correspondência

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Sociedade

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Nova Era Maçônica16 novembro/dezembro2006

No princípio tudo era o Caos.Tudo existia, porém não ha-via ordem. A fonte de todas ascoisas pairava latente em suanatureza. Em um determina-do instante, uma ordem se ma-nifestou e surgiu então a pri-meira divindade concreta:Gaia, a Terra, a Grande Mãe.

O verbo grego corresponden-te a "mito" significa calar. Osilêncio sempre foi a marca daIniciação. O iniciado não des-vela o sigilo que lhe foi trans-ferido a não ser por meio deparábolas ou alegorias (alego-ria significa, literalmente, fa-lar de outro modo).Em uma definição bem sim-ples, mito é uma história deficção ou parcialmente verda-deira. É obvio que um mito émuito mais que isso... Ummito é uma história religiosa.Uma força ou entidade supe-rior sempre está envolvida natrama. Os deuses e deusas ououtros seres sobrenaturais sãosempre reverenciados pelahumanidade. Considerandocomo verdade, o mito é tidocomo sagrado para aqueles quefazem parte de sua cultura.Ele oferece uma explicaçãosobre algo desconhecido,como a criação do Universo eda Terra. Também tenta res-ponder àquelas questões am-plas e fundamentais que faze-mos, como o significado e oobjetivo da nossa existência.Um mito é parte de uma mito-logia maior, que incorporamuitos mitos. Todos eles in-terligados por uma semelhan-ça ou um tema comum. Ao seconstituir desse modo, a Mi-tologia torna-se uma verdadesocialmente aceita.Os mitos freqüentementeenfocam histórias sobre ainteração direta entre os ho-mens, os deuses e as deusas.Muitas vezes esses deuses edeusas são guiados pela emo-ção e não pela razão. Em vir-tude disso, a interação entre o

homem e a divindade nemsempre é harmoniosa, e simquase sempre dramática.Uma das principais funções domito é explicar o desconheci-do. Os mitos sempre contêmsímbolos que coordenam osanseios e temores humanoscom os grandes fenômenosnaturais.

Mitologia GregaA Mitologia Grega é uma dasmais geniais concepções quea humanidade produziu. Osgregos, com sua fantasia, po-voaram o céu e a terra, os ma-res e o mundo subterrâneo deDivindades Principais e Se-cundárias. Amantes da ordem,eles instauraram uma precisacategoria intermediária paraos semideuses e heróis. A Mi-tologia Grega apresenta-secomo uma transposição davida em zonas ideais. Supe-rando o tempo, ela ainda seconserva com toda a sua sere-

nidade, equilíbrio e alegria.O início da filosofia grega, noséculo VI a.C., trouxe uma re-flexão sobre as crenças e mi-tos do povo grego. Algunspensadores, como Heráclito,os Sofistas e Aristófanes, en-contraram na Mitologia moti-vo de ironia e zombaria. Ou-tros, como Platão eAristóteles, prescindiram dosdeuses do Olimpo para desen-volver uma idéia filosofica-mente depurada sobre a divin-dade. Enquanto isso, o cultopúblico, a religião oficial, al-cançava seu momento maisglorioso, em que teve comosímbolo o Partenon ateniense,mandado construir porPéricles. A religiosidade popu-lar evidenciava-se nos feste-jos tradicionais, em geral deorigem camponesa, ainda queremoçada com novos nomes.Os camponeses cultuavamPã, deus dos rebanhos, cujaflauta mágica os pastores

tentavam imitar; as ninfas,que protegiam suas casas; eas nereidas, divindades ma-rinhas.As conquistas de Alexandre,o Grande, facilitaram o inter-câmbio entre as respectivasmitologias, de vencedores evencidos, ainda que fosseminfluências de caráter mais cul-tural do que autenticamente re-ligioso. Assim é que foram in-corporados à religião helênicaa deusa frígia, Cibele, e os deu-ses egípcios Osíris, Ísis eSerápis. Pode-se dizer que osincretismo, ou fusão pacífi-ca das diversas religiões, foi acaracterística dominante doperíodo Helenístico.De acordo com os gregos, osdeuses habitavam o topo domonte Olimpo, principal mon-tanha da Grécia Antiga, mo-rada dos deuses e deusas, cen-tro de poder, por assim dizer.Desse local, comandavam otrabalho e as relações sociais

e políticas dos seres humanos.Os deuses gregos eram imor-tais, porém possuíam senti-mentos de seres humanos.Ciúme, inveja, traição e vio-lência também eram caracterís-ticas encontradas no Olimpo.Muitas vezes, apaixonavam-sepor mortais e acabavam ten-do filhos com estes. Dessaunião entre deuses e mortaissurgiam os heróis.Zeus, deus de todos os deuses,senhor do Céu; Afrodite, deu-sa do amor e da beleza, talvezvocê a conheça como Vênusque é o nome romano dessadeusa; Poseidon, irmão deZeus, deus dos mares, dos la-gos e das nascentes; Hades,deus dos mortos, dos cemité-rios e do subterrâneo; Hera,deusa dos casamentos e damaternidade; Apolo, irmãogêmeo de Ártemis, deus daarquearia, da música, da poe-sia, das artes em geral;Ártemis, deusa da caça e pro-tetora das crianças; Ares, deusda guerra, tinha prazer na des-truição; Atena, deusa da sabe-doria, da serenidade, da guer-ra, das artes e da técnica;Hermes, deus do comércio, daluta e da sorte, informalmenteera mais conhecido como omensageiro dos deuses;Hefestos, divindade do fogo edo trabalho.Os gregos enxergavam vidaem quase tudo que os cerca-va, e buscavam explicaçõespara tudo. A imaginação cria-tiva e fértil desse povo crioudiversos personagens e figu-ras mitológicas: os Heróis (se-res mortais, filhos de deusescom seres humanos, como porexemplo: Heracles ou Hérculese Aquiles); as Ninfas (seres fe-mininos que habitavam oscampos, levando alegria e fe-licidade); os Sátiros (figuracom corpo de homem, chifrese patas de bode); os Centauros(corpo formado por uma me-tade de homem e outra de ca-valo); as Encantadoras Sereias

O Rapto de Perséfone por Hades

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por Wagner Veneziani Costa

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Nova Era Maçônica 17novembro/dezembro2006

(mulheres com metade do cor-po de peixe que atraíam osmarinheiros com seus cantosatraentes e os hipnotizavamcom sua beleza); as Górgonas(mulheres, espécies de mons-tros, com cabelos de serpen-tes, exemplo: Medusa); asQuimeras, (uma mistura deleão e cabra que soltavamfogo pelas ventas).Todos esses seres habitavamo mundo material, tendo umaenorme influência em suasvidas. Bastava ler os sinais danatureza, para conseguir atin-gir seus objetivos. A Pitonisaera uma espécie de sacerdotisa,importante personagem nessecontexto. Os gregos consulta-vam-na em seus oráculos parasaber sobre as coisas que es-tavam acontecendo e tambémsobre o futuro. Quase sempre,a Pitonisa buscava explica-ções mitológicas para taisacontecimentos. Agradar umadivindade era condição funda-mental para atingir bons resul-tados na vida material. Umtrabalhador do comércio, porexemplo, deveria deixar odeus Hermes sempre satisfei-to, para conseguir bons resul-tados em seu trabalho.Opa, eu fui convidado para es-crever sobre Hades, o que es-tou fazendo?

Voltando a Hades...Hades ganhou o reino dosmortos quando os irmãos di-vinos dividiram os domíniosentre si. Você pode pensar queHades ficou com a parte pior,mas esse reino combinava per-feitamente com ele. Hades eraum deus solitário, sombrio esinistro, que adorava ficar so-zinho. Embora fosse sempredescrito pelos antigos comosendo frio, ele nunca foi asso-ciado ao demônio. Era sim-plesmente o Senhor da Mor-te. Desempenhava suas ativi-dades com um inegável sensode responsabilidade e as com-pletava com eficácia. Por isso,não dava espaço para pena ouqualquer outro sentimento que

pudesse atrapalhar seu trabalho.Hades era um dos seis olím-picos originais. Como ele nãofazia nenhuma questão de es-tar entre os outros, e por issomuito raramente visitava oMonte Olimpo, ficou pratica-mente banido da companhiade seus irmãos. E isso combi-nava perfeitamente comHades, pois não tinha a me-nor vontade de fazer parte do

conselho divino. Mas nem porisso os seus poderes eram me-nores, porque nenhum outrodeus se intrometia no MundoSubterrâneo. Ele tinha o con-trole absoluto de seu reino, emesmo Zeus evitava interfe-rir no seu comando.Embora Hades fosse um deuscompletamente solitário e queraramente deixava seu reinopara visitar a terra dos vivos,dizem que ele visitou a terrados vivos pelo menos umavez. Foi durante essa visita

que se deparou com a belezade Perséfone, filha de Demétere Zeus.Como diz a lenda, Perséfoneestava colhendo flores emuma planície na Sicília, acom-panhada pelas ninfas, quandoHades se deu conta dela, ficouimediatamente impressionadocom sua beleza e sequer per-deu tempo em cortejá-la. Emvez disso, simplesmente a

raptou e a levou para o Mun-do Subterrâneo.Lá, Perséfone ficou prisionei-ra. Como você pode imaginar,sua mãe ficou completamentedeprimida com o desapareci-mento repentino da filha e cor-reu o mundo em busca dePerséfone.É importante, nesse ponto, fa-larmos sobre a deusa da fertili-dade, da colheita e dos cereais,Deméter. Deusa da terra, elapreferia passar a maior partede seu tempo bem próxima ao

solo. Assim, acabava perma-necendo apenas o necessáriono Monte Olimpo. Mas issonão significa que Deméter nãose fazia notar entre os deuses.Ao contrário de Hades, ela eracompletamente envolvida comos acontecimentos na moradados deuses olímpicos e sempreparticipava de conselhos ou tri-bunais. Mas sua presença eramais bem sentida na terra. Era

por isso que ela, mais do quequalquer outro deus, podia rei-vindicar para si o controle daterra. Com seu domínio, a ter-ra era seu lar.Deméter era uma deusa muitopopular por toda a Grécia an-tiga. Alguns mitos atribuemessa popularidade ao fato deela sempre estar entre os ho-mens, viajando de um campoa outro. Outros dizem que suapopularidade advém da neces-sidade de sua bênção. Comoera a deusa da colheita e dos

cereais, os antigos dependiamdela para conseguir a comidanecessária para sobreviver.Era, portanto, natural que elagozasse de imenso prestígioentre eles.Por outro lado, sua populari-dade pode ser creditada aosimples fato de ela ser umadeusa boa e generosa (repre-senta o signo de Virgem – umavirgem regando a terra comramos de trigo em sua mão).Ao contrário de Poseidon, queera mais temido do que ama-do, Deméter era mais amadae respeitada do que temida.Mas, de qualquer modo, elacontinuava sendo uma deusae por isso precisava ser reve-renciada, pois detinha tanto opoder da destruição quanto oda criação.Apesar de Deméter ser umadeusa bondosa, não podemosesquecer de que as divindadessentiam as mesmas emoçõesque os humanos. Em um ins-tante, sua generosidade pode-ria transformar-se em cruelda-de, o que poderia deixá-la sim-plesmente assustadora. Quan-do Deméter perdeu sua filha,deixou que a emoção tomas-se controle, o que resultouem tempos terríveis para ahumanidade.Um outro exemplo da cruel-dade nada habitual deDeméter foi vivenciada porum ímpio jovem, Erísicton.Erísicton era filho do rei deDotion. Ele teve a idéia deconstruir um grande salão parabanquetes, mas precisava demadeira para conseguir erguê-lo. Como não tinha respeitopelos deuses, entrou em umbosque de carvalho sagrado,que pertencia a Deméter, e foicortando as árvores de queprecisava para construir seusalão.Quando começou a cortá-las,as árvores começaram a ver-ter sangue dos ferimentos. Umhomem que por ali passavachegou a alertá-lo para nãocometer tal sacrilégio, masErísicton desafiou e degolou

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Nova Era Maçônica18 novembro/dezembro2006

o pobre homem. E não parou,continuou sua tarefa; três es-píritos gritaram em desesperoe chamaram por Deméter.Ela se aproximou de Erísictondisfarçada de sacerdotisa. Emum primeiro momento, implo-rou para que ele parasse decortar as árvores, mas quandoele se negou a fazê-lo, ela or-denou que ele saísse do bos-que. Rindo da audácia da sacer-dotisa, Erísicton ameaçou-acom um machado. Deméterrecuou e disse a ele para con-tinuar porque ele iria mesmoprecisar de uma sala de jan-tar. Ela estava estarrecida comesse ultrajante ato de sacrilé-gio. Era algo que ela não po-

deria deixar por isso mesmo.Então, chamou Peina (aFome) para atormentarErísicton pelo resto de suavida. Peina ficou grata por aju-dar Deméter e imediatamentesaiu em busca do garotoinescrupuloso.E foi feito, fazendo-o ter umincontrolável desejo de comere nunca se sentir saciado. Elecomia tudo o que via, mas semconseguir alívio. Em poucosdias, ele gastou toda a sua for-tuna em comida, embora ain-da não se sentisse saciado.Finalmente, tornou-se um pe-dinte, sem ter nada mais queuma filha. Sua filha vendeu-secomo escrava para ajudá-lo a

conseguir alimento. Comonão dispunha de mais nada,Erísicton começou a comer aspróprias pernas. Mas isso nãodeu nenhum resultado e elecontinuou faminto. Erísictonenlouqueceu, devorou o restode sua própria carne e, assim,morreu.Dá para perceber que Deméterera uma deusa que não deviaser contrariada. Doce comouma flor, na maior parte dotempo, ela tinha um lado cruelque brilhava de tempos emtempos, quando a situação pe-dia por isso.Mas o mito mais popular es-trelado por Deméter é aqueleem que divide o papel princi-

pal com sua filha Perséfone.Lembra-se que Perséfone ha-via sido raptada por Hades edo desespero de Deméterquando soube disso? Deméternão queria saber de mais nada,e sim procurar a sua filha. To-das as suas tarefas e respon-sabilidades como deusa dacolheita e da fertilidade forampostas de lado por causa datragédia. Em sua busca frené-tica, Deméter chegou a percor-rer o mundo, vagou por toda aTerra, por nove dias e novenoites, com uma grande tochana mão. Durante esse tempoela não comeu, não dormiu,nem bebeu.No décimo dia, encontrouHécate, uma divindade menor,que sabia do rapto, mas nãosabia informar quem o tinha opraticado. Contudo, Hécate le-vou Deméter até Hélio, o deusSol, que, em virtude de suavisão onisciente do mundo, ti-nha testemunhado o rapto.Hélio contou a história quehavia presenciado paraDeméter e tentou convencer-lhe de que sua filha estavabem com Hades.Deméter ficou tomada pelafúria, pela dor e pela tristeza.Abandonou o Monte Olimpoe todas as suas responsabili-dades como deusa. Sua saídadeixou o mundo em um ver-dadeiro caos, completamentecastigado pela seca e pelafome. A terra agora era esté-ril, e tanto a vegetação nativaquanto as plantações morre-ram, enquanto as novas serecusavam a crescer.Nas viagens narradas porHomero, Deméter estava de-terminada a se esconder naTerra até que sua filharetornasse e, por isso, come-çou a vagar pelos campos. Al-gumas vezes ela era recebidacom acolhimento, outras ve-zes era ridicularizada. Quan-do foi recebida na casa deMisme, ofereceram-lhe umasbebidas, como um ato de bemreceber. Mas como ela sorveuo líquido muito rapidamente,

porque obviamente estavamorrendo de sede, o filho deMisme zombou dela. Furiosacom o desrespeito às regras dehospitalidade, Deméter atirousua bebida no garoto, transfor-mando-o num lagarto.Cheia de dor, transformou-seem uma velha senhora en-quanto estava em Elêusis. Lá,parou ao lado de um poço paradescansar. A filha do rei Céleoaproximou-se da velha senho-ra e a convidou para se refres-car em sua casa. Deméter,tocada com o gesto de bonda-de da moça, concordou, e foicom a garota até o palácio. Lá,foi tratada com imensa cordia-lidade não só pela filha do reicomo também pela rainha.Deméter ficou impressionadacom aquela casa e com umamulher em particular, Iambe,que era a filha de Pan e umacriada na casa de Céleo. Iambeera jovem e era a única pes-soa que fazia com queDeméter sorrisse.Deméter tornou-se criada dacasa dos Céleo, juntamentecom Iambe. Como logo ga-nhou a confiança da rainha,tornou-se a babá do príncipeDemofonte, em quem encon-trou o consolo que só umacriança poderia lhe oferecer.Ela decidiu conceder a imor-talidade ao menino. Para fa-zer isso, Deméter alimentou-o com ambrosia e o colocou nalareira para que o fogo queimas-se a sua mortalidade. Mas elafoi descoberta pela rainha,que interrompeu a ação comum berro. Deméter, furiosacom a interrupção, deixou acriança cair.De volta à sua forma natural,Deméter ordenou que a casareal construísse um templopara ela. Ensinou-os tambéma praticar de modo adequadoos ritos religiosos em sua ho-menagem. Essa prática maistarde se tornou conhecidacomo os Mistérios de Elêusis.Esses Mistérios eram os ritosreligiosos praticados em home-nagem a Deméter e Perséfone,

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Nova Era Maçônica 19novembro/dezembro2006

os mais importantes em toda aGrécia antiga. Lembre-se quefoi na cidade de Elêusis queDeméter permaneceu a maiorparte do tempo de luto por suafilha. Ali, o templo foiconstruído em sua honra e eraonde os Mistérios de Elêusiseram praticados. Dizem quefoi a própria Deméter queminstituiu o culto e ensinou opovo como lhe prestar home-nagens corretamente.Como era um culto secreto,era considerado uma religiãode mistério. Apenas aquelesformalmente iniciados podi-am participar, e nenhuma pa-lavra sobre o que aconteciadurante os rituais podia serdita. Quem quisesse ser inici-ado deveria antes preencheralguns requisitos. Por exem-plo, um devoto não poderia terderramado sangue em ne-nhum momento de sua vida.As mulheres e os escravos eramproibidos de participar.Os mistérios religiosos incluí-am os cultos Dionísicos, Órficose Cabiri, e, naturalmente, osMistérios de Elêusis.Vamos conhecer o cativeiro dePerséfone, o Mundo Subterrâ-neo. Zeus envia Hermes paraconversar com Hades paraconvencê-lo a libertar Persé-fone. Hades não poderia admi-tir desistir de Perséfone, mas amensagem enviada porHermes era para ser interpre-tada como uma ordem diretade Zeus. Hades não tinha ou-tra escolha a não ser deixar amenina partir. Contudo, eleutilizou um truque.Via de regra, todo mundo quecomesse algum alimento nasdependências do Mundo Sub-terrâneo não poderia retornarà terra dos vivos. Enquantofingia acatar as ordens de Zeuse libertar Perséfone, Hadestambém enganou a menina,dando-lhe algumas sementesde romã. Perséfone comeu-asenquanto ainda estava noMundo Subterrâneo, portan-to, ela passara a pertenceràquele Mundo.

Zeus não podia negar essa Lei.Contudo, como Deméter esta-va tão desolada e como Hades,em um certo sentido, havia de-sobedecido Zeus, este chegoua um meio termo. Perséfoneviveria com Hades no Mun-do Subterrâneo durante trêsmeses do ano e moraria comsua mãe na terra nos outrosoito meses.Perséfone tornou-se, assim, amulher de Hades e, depois,rainha do Mundo Subterrâ-neo. Ela desempenhou mui-to bem suas tarefas comomulher (esposa) e rainha.Dizem que ela correspondeu

ao amor de Hades.O Mundo Subterrâneo, a Ter-ra dos Mortos, Região deBaixo, a Morada de Hades,Inferno, esses eram algunsdos nomes que as pessoasusavam para se referir aoMundo Subterrâneo, quetambém tinha suas leis e pos-suía várias divisões. Imagi-nem uma prisão com diferen-tes blocos com celas. Umbloco de celas era para aspessoas comuns, outro paraos realmente excepcionais,

normalmente heróis, e umterceiro bloco, para os muitomaus, aqueles que precisavamde punição. Mas é óbvio queexistia muito mais do que "es-ses blocos de celas".Dizem que quando uma pes-soa morre, Hermes vem apa-nhar sua alma para guiá-la atéo Mundo Subterrâneo. Devetambém atravessar pelo me-nos um rio, pois são muitosos rios que cercam a Terrados Mortos: Aqueronte, oRio da Dor; Cocito, o Rio daLamentação; Lete, o Rio doEsquecimento; Pyriphle-gethon, o Rio do Fogo; e Styx,

o Rio do Ódio. Para fazer essatravessia, era preciso utilizaros serviços de Caronte (filhode Erebo e da Noite), o bar-queiro dos mortos. Ele exigiauma moeda como pagamento.Contudo, apenas conduzia obarco, e era a alma que teriatodo o trabalho de remar. Se,por acaso, a alma não tivessedinheiro para pagar os servi-ços, era obrigada a vagar de-pois da linha do oceano por cemanos, para depois ganhar direi-to de embarcar novamente.

Mitologia

Depois de sofrer a recepção deCaronte, o morto tinha quepassar por Cérbero, o cão deHades (cão com três cabeçase três gargantas, que guarda-va as portas dos Infernos e dopalácio de Plutão, (o deus ro-mano do Inferno ou doSubmundo). Cérbero nasceudo gigante Tífon e de Equidna.Ele agradava as almas infeli-zes que desciam aos infernos edevorava as que dali queriamsair. Quando Orfeu foi buscarEurídice, ele fez Cérberoadormecer ao som de sua lira;Héracles (Hércules) teve quedescer ao reino dos mortos

como um dos 12 trabalhos exi-gidos por Euristeu; Enéias foivisitado pelo fantasma de seupai na terra dos vivos e foivisitá-lo na terra dos mortos,antes de entrar pelos Portõesdo Mundo Subterrâneo.Cérbero adorava comer carnefresca e certamente não era omelhor amigo dos homens.Mas parecia se dar bem comas almas que ali entravam.Ele só atacava as que tentas-sem fugir.Viajando pela rua Divisória,

a alma encontrava uma bi-furcação, onde era recebidapelos Juízes. Estes decidiampara que parte do Mundo Sub-terrâneo a alma seria levadapara morar para sempre.Tornou-se um hábito entre osantigos colocar uma moedaembaixo da língua dos entesqueridos que morriam. Issopermitia que eles pudessempagar os serviços de Carontee cruzar o reino dos mortos.Aqueles que não eram enterra-dos adequadamente, ou sequerfossem enterrados, não conse-guiam obter permissão para en-trar no Mundo Subterrâneo eficavam vagando por cem anos.Mas vamos saber mais a res-peito daqueles "blocos decela". Elíseos, algumas vezesconhecido como CamposElíseos, era uma ilha para osabençoados. Era para onde osmuito bons, geralmente he-róis, eram enviados depois damorte. Elíseos era um paraísoem todos os sentidos, onde ho-mens e mulheres curtiam avida na morte. Jogava-se, to-cava-se música e todo mundose divertia. Os campos eramsempre verdes e o sol semprebrilhava.Alguns mitos, porém, não fa-zem distinção entre o esplen-dor de Elíseos e os Campos deAsfodel. Aqueles que erammandados para os Elíseos nãopodiam saber a diferença.Como todas as almas erammeramente almas, nenhumadelas poderia adivinhar o queestava acontecendo ao seu re-dor, e determinar o lugar ondeestavam. Mesmo assim, esseé considerado o melhor "blo-co" dos três.Os Campos Asfodel era umlugar de limbo. Não era nembom nem ruim; era um localpara o descanso final dos se-res mais comuns. Esse lugarera o que abrigava mais al-mas do que os Elíseos e oTártaro juntos.As almas, geralmente nosCampos de Asfodel, desempe-nhavam as mesmas atividadesrealizadas em vida. A memória

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Nova Era Maçônica20 novembro/dezembro2006 Mitologia

não era cultivada. Por isso,uma alma existia e agia, namaior parte do tempo, comouma máquina, sem nenhumaindividualidade. Um lugarneutro, sem nenhuma qua-lidade positiva nem negativa.Um lugar monótono, semnovidades.O Tártaro, ficava abaixo doMundo Subterrâneo. Acredita-va-se que a distância entre oMundo Subterrâneo e Tártaroera a mesma entre a Terra e océu. Um lugar escuro e tristee era onde os maus eram man-dados para punição eterna.Como o leitor percebeu, a me-nos que você fosse protegidopelos deuses e fosse enviadoaos Elíseos, a vida depois damorte não prometia muitacoisa. Os simples mortais,realmente, não tinham o queesperar da morte. Por causadesse desalento é que muitosritos e cultos religiosos surgi-ram, como, por exemplo, mui-tas das crenças novascentradas em uma divindadeindividual (como Deméter eDionísio). Supostamente, es-sas divindades ofereciamàqueles que tivessem fé os se-gredos do Mundo Subterrâ-neo, incluindo o mapa do lu-gar, com todos os seus rios enascentes, para se evitar beberdelas e, portanto, assegurar amorada nos Elíseos. Começauma nova esperança de umapós-morte mais digna, muitosse tornaram bastantes crentese devotos à sua religião e di-vindade.Depois que a Grécia foi ane-xada ao Império Romano, aMitologia Grega passou a fa-zer parte de Roma, e os deu-ses e deusas apenas mudam denome. (Vide tabela ao lado)Baseando-se no panteão dasdivindades gregas, uma novapsicologia foi apresentada porJean Shinoda Bolen (psiquia-tra e analista junguiana) emseu livro Os Deuses e o Ho-mem, que usou os conceitos deCarl Jung para estudar os oitosdeuses gregos que corres-pondem a oito tipos de perso-

nalidade masculina. Nas próxi-mas linhas, transcreveremosapenas os arquétipos de Hades:"Todo aquele que gosta deficar sozinho, curte a privaci-dade e não se importa muitocom o que se passa no mun-do, leva a existência de Hades.O Hades 'puro' é solitário evive em seu reino interior. Ohomem-Hades é introvertidoe geralmente alheio às regrasde etiqueta e frivolidades. Nãoestá 'nem aí' com o que as ou-tras pessoas pensam dele. Notrabalho se afina com tarefasrepetitivas que lhe permitamcerta exclusão. No amor,quando se apaixona, vive ex-periências profundas com suaparceira e é somente ela queconsegue arrancá-lo datoca.Todo homem-Hades tempredisposição para ser solitá-rio e sentir-se inadequado emum mundo muito competitivo,ele se recolherá para dentro desua concha interior e para umavida de esterilidade emocio-nal. No mundo de Zeus, eleenfrenta muitas dificuldades,pois se sente inferior, um es-tranho no ninho. Fora de seureino, verifica que só é recom-pensado todo aquele que atingeo topo, que adquire status, quese expõe e que corre riscos.Essa cultura extrovertida do-minante é estranha ao homemde Hades, porque lhe faltam aambição e a comunicação. Amenos que desenvolva outrosarquétipos, ficará à margem daestrada e só se encaixará emtrabalhos que não ofereçamdesafios, pois sua vida real é'interior'.Um Hades comete todas as'gafes' possíveis em reuniõessociais e diante de uma mu-lher. É natural, portanto, quemuitas vezes seja rejeitado. Aúnica experiência sexual dodeus Hades foi com Perséfoneque a raptou e a estuprou. Avida pode seguir o mito, maso homem-Hades que se cuide,porque diferentemente deZeus e Poseidon, ele tem me-nos credibilidade e poder e

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pode vir a ser denunciado erotulado.O casamento para este homemé crucial, pois sem ele serásolitário e excluído. É pormeio da esposa e dos filhosque irá relacionar-se com a so-ciedade. Como pai é sombrio,mal-humorado, sem emoção esó espera de seus filhos orga-nização e dever cumprido.Entretanto, pode compartilharcom as crianças o tesouro desua vida interior.O maior problema que um ho-mem-Hades cria para os ou-tros sendo como ele é, é quevive em um mundo 'a parte',sem se dar chance de envol-ver-se emocionalmente comoutras pessoas. O que se es-pera é que ele se comunique enos conte o que acontece láembaixo. Amar alguém comoHades é bem difícil, pois aqualquer momento pode tor-nar-se invisível e inabordável.O melhor modo de um Hadescrescer é combiná-lo com umHermes, pois era por intermé-dio deste último deus que asimagens e as sombras do mun-do inferior eram entendidas ecomunicadas aos outros."O assunto é vasto e fascinan-te, mergulhe nesse mundo fan-tástico que é a Mitologia eveja o quanto ainda temos paraaprender. Não tema, conheçamais a respeito do mundo deHades, em suas leituras. Napróxima edição, pretendo dis-correr a respeito de outro deusbastante interessante: Pan.

Bibliografia:BOLEN, Jean Shinoda. OsDeuses e o Homem. São Pau-lo: Paulus, 2002.BOLTON, Lesley. O LivroCompleto da Mitologia Clás-sica – Deuses, Deusas, Heróise Monstros Gregos e Romanos– de Ares a Zeus. São Paulo:Madras Editora, 2004;COSTA, Wagner Veneziani etal. O Livro Completo dos He-róis, Mitos e Lendas. São Pau-lo: Madras Editora 2004.

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Nova Era Maçônica 21novembro/dezembro2006

Educação e Cultura são aspec-tos fundamentais na vida dequalquer pessoa, pois é umdos parâmetros de avaliaçãode um indivíduo perante a so-ciedade. Um povo sem cultu-ra e educação é facilmente do-minado por seus algozes mo-dernos. Um país que não va-loriza a sua cultura e não sepreocupa em educar os seusfilhos tende a ser subjugadopelas nações poderosas.Diante disso, passamos a re-fletir no papel da nossa Subli-me Ordem, cuja história temcomprovado que há muitotempo a Maçonaria faz partedos destinos cívicos e patrió-ticos dos brasileiros. Ao mes-mo tempo, observamos que épreciso que os nossos Obrei-ros também recebam osensinamentos da Cultura e daEducação Maçônicas, paraque possam crescer na suasenda. E para isso, é necessá-rio que tenham acesso aosmeios para esse desenvolvi-mento.Quando iniciamos nossa tare-fa como Grande Secretário daGrande Secretaria de Culturae Educação Maçônicas doGOSP, em 2003, pensamos,então, o que poderíamos pro-mover na Maçonaria paulistaque comungasse com esseideal maçônico e patriótico.

Foi assim que encontramos nonosso Regimento Interno (De-creto 026) as nossas atribui-ções gerais:

-Promover a Educação maçô-nica em geral.-Promover a harmonia socialentre maçons.-Zelar pela tradição maçônicaEstadual.-Desenvolver pesquisas e ati-vidades culturais.- Promover e manter o acervoHistórico e Cultural.- Apoiar e incentivar os encon-tros entre maçons.Após a leitura do Regimento,era preciso partir para ação ecriar eventos pelos quais pu-déssemos, na prática, conquis-tar os nossos ideais de cresci-mento, não individual, mascoletivo.Imbuídos da vontade de cola-borar para o progresso de nos-sa Ordem e do nosso País,reunimo-nos logo no início denosso mandato com o os pre-sidentes dos departamentos,para planejar nossas ações etraçar nossas metas. Idéias fo-ram surgindo e logo partimospara a prática. Desde então, acada dois ou três meses, pro-movemos reuniões para forta-lecer os nossos elos, viabilizaros projetos e dar suporte aosmesmos, não permitindo quemorra a chama do nosso idealmaçônico.Tenho a grata satisfação deapresentar um resumo do re-sultado obtido durante nossagestão, no período de 2003 a2006, com a ajuda de váriosIrmãos conscientes de suasresponsabilidades.

Trabalhos DesenvolvidosForam criados os seguintesDepartamentos:1) Conselho Consultivo –Que é presidido pelo GradeSecretário de Cultura e Edu-cação Maçônicas do GOSP, oPoderoso Irmão WagnerVeneziani Costa. Sua finalida-de é dar sustentação eviabilização aos novos proje-tos e conselhos, pois acredita-mos que toda ação pode ter um

resultado muito mais favorá-vel quando é motivada oumesmo orientada por suas li-deranças. Os Irmãos conse-lheiros, com sua experiência,estão habilitados a avaliaros meios mais práticos e vi-áveis para desenvolvimen-to das idéias que surgemnas reuniões e que contri-buem para resul tadossatisfatórios dos projetos.2) Departamento Cultural –Presidido pelo IrmãoHumberto Álvares Junqueira.Apóia, incentiva e dá susten-tação aos cursos promovidospela GSCEM. É também oresponsável pela apresentaçãodo Coral Maçônico. Por meiodesse departamento, está sen-do possível desenvolvermosvárias ações em nossa Secre-taria, oferecendo diversos cur-sos gratuitos para os Irmãos,de modo que possam enrique-cer seus conhecimentos, aper-feiçoarem-se nas suas tarefasem Loja, ou mesmo tomarcontato com algum tema de in-teresse geral.Pensamos também nas Cunha-das, Sobrinhos e no públicoem geral, e decidimos ofere-cer-lhes atividades culturaisnas nossas instalações, demodo que pudéssemosinteragir ainda mais.Contatamos alguns Irmãos es-pecialistas em áreas diversas,como saúde, arte, advocacia,e os convidamos para proferirpalestras em nossos Templos.Pudemos, assim, atender a es-ses anseios, e tudo graciosa-mente, de nossos familiares eamigos.No dia 2 de agosto de 2006,realizamos uma reunião naqual foram feitas avaliações eanálises críticas dos cursosque promovemos até o mo-mento, para que possamosmelhorar os vindouros, bemcomo fomentar o envol-vimento de todos os Irmãosnessas atividades. Santos e

Ribeirão Preto são as próxi-mas cidades onde nossos ins-trutores estarão para ministrarcursos às Dignidades maçôni-cas dessas localidades.Foi anunciado na ocasião,um curso para Multipli-cadores Culturais, com dispo-nibilidade de 50 vagas.Também foi proposta a forma-ção de uma segunda equipe deInstrutores dos Departamentosde Cultura e Educação para ocurso de Oficiais, tendo em vistaa possibilidade de estarmos pre-sentes em diversas regiões aomesmo tempo, ou mesmo nãosobrecarregando os mesmos Ir-mãos freqüentemente.Já demos início à elaboração doCalendário 2007 de Cursos, Pa-lestras e outros eventos cultu-rais e educacionais, para o qualestamos aceitando sugestões.3) Departamento de AcervoHistórico e Cultural – presidi-do pelo Ir. Henrique Rajnowicz.Sua missão é preservar, cata-logar e organizar a BIBLIO-TECA (livros), a HEME-ROTECA (jornais e revistas),a PINACOTECA (coleção dequadros), a NUMISMÁTICA(moedas, cédulas e medalhas)– uma grande coleção de cé-dulas brasileiras será doadapelo Poderoso Irmão WagnerVeneziani Costa, a FILATE-LIA (coleção de selos) e aGLIPTOTECA (coleção dasesculturas). No momento, asinstalações estão em reforma,para que possamos ampliar oespaço, tendo em vista ogrande crescimento de nos-sos acervos.A Biblioteca foi totalmentereformada, com a alteração detodo o layout da planta anteri-or, tendo em vista que seuacervo foi ampliado paramais de 5 mil obras. Foi feitaa catalogação de todas essasobras, que estão disponíveisaos Irmãos para estudos epesquisas.Com tudo isso, acreditamos

que poderemos preservar anossa História, não permitin-do que jóias preciosas se per-cam no tempo, e que os nos-sos descendentes, que serão osAprendizes, Companheiros eMestres do futuro, possam terconhecimento do passado daOrdem e construírem umanova História para a nossa su-blime Instituição, sem se es-quecerem ou terem conheci-mento da essência de suaancestralidade e dos fatos eacontecimentos que estarãoregistrados nesses acervos cul-turais e educacionais.Conseguimos disponibilizar di-versas obras para download nosite do GOSP www.gsp.org.br,totalmente gratuito. Inserimoshá pouco uma obra muito inte-ressante sobre a Administraçãode Loja Maçônica, Manual deHiram – Um Guia para o Ve-nerável Mestre, de autoria deum ex-Grão-Mestre, o IrmãoWayne T. Adams, que gentil-mente nos deu permissão paraviabilizar o seu trabalho na nos-sa Home Page. O tradutor daobra é o Irmão AlbertoConehero, que também nos ce-deu os direitos de sua tradução.Existem mais dois títulos deconteúdo histórico à disposi-ção no site do GOSP: A Inicia-ção de Jesus, do Dr. R.Swinburne Cllymer e Secretset Mystéres de la Maçonnerie,de Devolier.4) Departamento de Incentivoe Apoio aos ERACOM’S àEducação e Cultura na Maço-naria – presidido pelo IrmãoPaulo Gonçalves Peres.Incentiva, facilita e apóia os

GSCEM

Wagner Veneziani Costa – Grande Secretário de Cultura e Educação Maçônicas do GOSPRelatório de Atividades 2003-2006

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Nova Era Maçônica22 novembro/dezembro2006

estudos e pesquisas, assimcomo a realização em todas asregiões e Lojas Juris-dicionadas ao GOSP.ODepartamento dispo-nibilizará os melhores traba-lhos apresentados pelos Ir-mãos, no site do GOSP. Porconta disso, já está com umplano piloto no ar.5) Departamento de Instruto-res Culturais e Educacionais– presidido pelo IrmãoWagner Veneziani Costa.Ministra palestras e cursos,sem custos para os Irmãos, nasmais diversas áreas do conhe-cimento humano. É o respon-sável pela formação deMultiplicadores Culturais nasregiões do interior do Estado.Vamos trabalhar para aumen-tar o número de Irmãos aptosa ministrar esses cursos e pa-lestras, de modo que possa-mos atender aos vários pedi-dos das Lojas para que essasatividades sejam desenvolvi-das em suas localidades.6) Departamento de PesquisasHistóricas e Filosóficas paratodos os Ritos – presidido peloIrmão Valter Sérgio de Abreu.Incentiva a pesquisa históricae filosófica dos Ritos regula-res do GOSP. Em breve, colo-cará à disposição dos Irmãosos melhores trabalhos, dividi-dos por Grau, no site doGOSP, www.gosp.org.brCriará junto aos Grandes Se-cretários Adjuntos da GrandeSecretaria Ritualística, umaprogramação de cunhoelucidativo, educativo, histó-rico e filosófico de cada umdos Ritos Regulares no Brasil.Com debates entre dignidadese os irmãos participantes.7) Departamento Editorial –presidido pelo Irmão CarlosBrasílio Conte.Produz o jornal eletrônicoNova Era Maçônica, disponí-vel no site do GOSP, que é elo-giado em diversos Orientes,no Brasil e no exterior, fatoeste comprovado pela grandequantidade de cartas que re-cebemos freqüentemente. A

publicação já está em sua 33ªedição. Aumentamos conside-ravelmente a paginação inicial,pois passamos a receber váriostextos relevantes, a título decolaboração, de autoria de di-versos Irmãos, que enrique-cem a cada mês o nosso jor-nal. Agora, também apresen-tamos a edição impressa des-te jornal. Conseguimos desen-volver esse trabalho sem cus-to para o GOSP, pois conta-mos com a colaboração dosjornalistas e da editoraçãoe da revisão, por meio daMadras Editora.Por ser também uma publica-ção virtual, as notícias podemser acessadas no mundo todo.Todas as edições estão dispo-níveis para acesso.8) Departamento Educacional– presidido pelo Irmão Ar-mando Ettore do Vallle.Elabora e ministra os cursosde Dignidades e Oficiais,Motivacionais e de Adminis-tração em Loja. Atua sempreem conjunto com o Departa-mento Cultural. Esses cursossão oferecidos com o intuitode que nossas Lideranças es-tejam mais bem preparadaspara as suas atribuições, den-tro dos princípios maçôni-cos.Todas as Palestras e os Cur-sos são inteiramente gratui-tos, com apostilas que permi-tem consultas posteriores, nodia-a-dia, de modo a sanartodas as dúvidas ou mesmopara orientação dos demaisIrmãos em suas Lojas. Ao fi-nal do curso, são entreguesos certificados de participa-ção, enriquecendo os currí-culos de cada um. Os cursossão ministrados sem ônuspara o participante. Cabe àGSCEM bancar os gastosgerais. Já foram entreguesmais de 5.250 certificadospara diferentes pessoas. Durante os eventos, sãosorteadas algumas obras lite-rárias entre a platéia, com ointuito de difundir a leitura eenriquecer os conhecimentos.

Cursos ministrados paramaçons:1) Cursos de Administraçãoem Loja;2) Cursos de Qualidade e Li-derança em Loja Maçônica;3) Cursos para DignidadesMaçônicas;4) Cursos para Formação deLíderes;5) Cursos para Mestre-de-Ce-rimônias;6) Cursos para Oficiais;7) Cursos para Orador;8) Cursos para VeneráveisMestres.Cursos ministrados para a Fa-mília Maçônica:1) Cursos de Cabala;2) Cursos de Motivação Pessoal;3) Jornada Cabalista.4) Cursos de Hermetismo;5) Cursos de Redação e línguaportuguesa;6) Qualidade de Vida.

Palestras realizadas:1) A Divina Proporção;2) A Obra de Leonardo DaVinci;3) Avataras;4) Igreja e a Maçonaria;5) Influência de Pitágoras naMaçonaria;6) Legado de Pitágoras;7) Padrão Setenário;8) Departamento Esportivo eRecreativo – presidido pelo Ir-mão Milton Nobre Branco.

Por considerar que esporte elazer são atividades vitais parauma vida saudável, criamoseste Departamento. Seu obje-tivo é promover confraterni-zações de futebol, vôlei, bas-quete, tênis, natação e outrasmodalidades esportivas entreas Lojas, podendo participarCunhadas, Sobrinhos e De-pendentes, com a finalidadede arrecadações de alimentosnão-perecíveis, roupas e cal-çados para doações.Fazer convênios com acade-mias e quadras poliesportivaspara a Família Maçônica.Trabalhar em conjunto com aPrefeitura e Governo do Es-tado em projetos para tirar

crianças das ruas (promovendocampeonatos entre escolas).Criar um banco de alimentosnão-perecíveis, roupas e cal-çados para doação aos maiscarentes.O intuito dessas ações é tra-zer nossos familiares para asnossas atividades beneficen-tes, com descontração e diver-são, conseguindo unir aindamais os IIr. e seus familiares,despertando a chama da Soli-dariedade e da Fraternidadeem seus corações.10) Departamento de Admi-nistração Interna (DAI) –presidido pelo Irmão CésarLuis Bueno.Coordena, planeja e adminis-tra os Coordenadores. Organi-za e secretaria as reuniões en-tre os Departamentos daGSCEM. É responsável pelacomunicação interna dos Ir-mãos dos Departamentos econta com três Divisões: Di-visão de Pessoal, Divisão deLogística e Apoio (viabiliza aestrutura de todos os cursos eeventos) e Divisão de Impren-sa e Divulgação (Divulga to-das as ações, cursos e pales-tras, de modo que todos os Ir-mãos possam tomar conheci-mento das atividades desen-volvidas e delas participar.Uma das ferramentas que pas-samos a utilizar para difundirnossas atividades foi aInternet. Procuramos cadas-trar os endereços eletrônicostodos os Irmãos do Estado deSão Paulo, para que recebes-sem as novidades da nossaSecretaria, bem como detodo o GOSP, o mais rápidopossível).

Publicações de obrasliteráriasPublicamos o livro ManualCompleto para Lojas Maçô-nicas, de autoria dos IrmãosAmado Espósito dos Santos,Carlos Brasílio Conte, Cláu-dio Roque Buono Ferreira eWagner Veneziani Costa.A primeira tiragem da obra (3mil exemplares) foi distribuí-

da, gratuitamente, com umexemplar para cada Loja epara algumas Dignidades doGOB e do GOSP e a todos osGrão-Mestres e seus Adjuntosem todo o País.Recebemos farta correspondên-cia dos Irmãos de todo o Brasil,discorrendo acerca da importân-cia dessa publicação para seustrabalhos em Loja, pois o livroé um guia para todas as ativida-des maçônicas na Loja. Estamospreparando um livro sobre oRito Escocês Antigo e Aceito.

ViagensEm janeiro de 2006, realiza-mos um cruzeiro marítimo,denominado “Qualidade devida em alto mar”, no navioIsland Scape, quando tivemosoportunidade de confraterni-zar com diversos Irmãos eseus familiares. Foram vendi-das 120 cabines para osmaçons. No próximo ano, fare-mos outra viagem semelhante,para a qual já estamos com a tur-ma fechada.No último mês de julho, promo-vemos outro tour com a Famí-lia Maçônica, o qual chama-mos de “Qualidade de vida emterra.” O local escolhido foium aconchegante hotel na ci-dade de Itatiaia. Desse modo,incentivamos a união entre osIrmãos.Estamos planejando uma via-gem no início do ano de 2007 abordo do navio MSC Armoniacom destino ao Rio de Janeiro.

ApresentaçãoApresentação de Coral Ma-çônico no Dia das Mães. Naoportunidade, fizemos umahomenagem a todas as nos-sas Cunhadas, mães de nossosfilhos, netos e sobrinhos, osustentáculo de nossos lares.No Dia dos Pais, promovemosum concerto musical: “A Flau-ta Mágica”, de Mozart, noTemplo Pirati-ninga, parahomenagear todos os pais.Desse modo, foi possívelproporcionar cultura, lazer ebem-estar entre as famílias.

GSCEM

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Nova Era Maçônica 23novembro/dezembro2006

Atualização de Cadastrodo GOSP - Virtual

Começaremos a enviar por e-mail informações úteis sobreas determinações do nossoGrão-Mestre, assim comoacerca das atividades aseducativas e culturais (cursos;palestras; eventos em geral).Para isso, estamos fazendo aatualização dos dadoscadastrais de todos os Irmãos,de modo virtual, pois issoagiliza todo o nosso processode comunicação.

Atividades a seremdesenvolvidas em 2007

-Promoveremos, apoiadospela Secretaria de Ritualísticae seus Secretários Adjuntos,Dinâmicas Ritualísticas –Vivências em todos os ritosregulares (com liberdade deinteração);- Palestras sobre os Ritos:Escocês, Brasileiro, York,Adoniramita, Schoreder eModerno;

GSCEM

-Promover encontro para de-bates e estudos maçônicos;-Promover dois concursospara a Família Maçônica:Concurso de Artes (pintura,escultura e artesanato) e Con-curso Literário (contos, prosase poesias).-Colocar mais alguns títulos àdisposição dos Irmãos no sitedo GOSP, para download. OIrmão José Castelani nos ce-deu a obra A História doGrande Oriente de São Pau-lo, e o Eminente Cláudio Ro-que Buono Ferreira nos cedeua obra Os Templários.-Temos em nosso Acervo maisou menos 15 obras a seremdigitalizadas e colocadas àdisposição dos Irmãos no sitedo GOSP. Reiteramos quetudo isso será gratuitamente.

Considerações finais

Lembramos que o nosso tra-balho na GSCEM só terminaem 10 de junho de 2007. Até lá,queremos fazer muito mais ati-vidades. Promoveremos todos

os cursos e palestras nova-mente, inclusive estamos comum projeto para fazer isso ele-tronicamente, a exemplo defilmagem dos cursos para asDignidades Maçônicas, poistemos recebido pedidos detodo o Brasil para realizarmosnossos cursos em diversas lo-calidades. Desse modo, pode-remos disponibilizar gratuita-mente esses cursos pelaInternet.Fica aberto também o conviteaos Irmãos palestrantes paraintegrarem nossos quadros decolaboradores. Mandem seuscurrículos para avaliação(meu endereço eletrônico é:[email protected]).Nesses três anos, responde-mos a aproximadamente 3 mile-mails, sanando, ou pelo me-nos tentando, às dúvidas deIrmãos a respeito da OrdemMaçônica e de nossos traba-lhos. Neste momento, senti-mos que cumprimos o nossopropósito, mas aindaestamos longe da Per-feição, o que poderá

ser conquistado quando osaproximadamente 19 milObreiros somarem fileirasnesse trabalho, interagindo econtribuindo para o progres-so de nossa sublime Instituição.Assim, então, sentiremo-nosplenamente realizados.Jamais diria que na GrandeSecretaria de Cultura e Edu-cação Maçônicas há um Gran-de Secretário. Sinto não orgu-lho, mas satisfação por todosprestarem seus apoios incon-dicionais à GSCEM. Tudo oque foi realizado foi um tra-balho de equipe, com espíri-to de União, porque acreditopiamente que ninguém faznada sozinho.Meu muito obrigado a todos osIrmãos que vestiram e suaramsuas camisas nessa jornada que,

repito, ainda não se findou.Sabemos que a Educação é tãoimportante, que Aristóteleschegou a dizer que “a sorte deum país está na Educação desua mocidade”. Por isso, acre-dito que não acumulamosmais uma função na Maçona-ria, mas que passamos adesempenhá-la, com toda anossa vontade de formar umabase consistente para a famí-lia maçônica e para a famíliabrasileira, com mais Cultura emais Educação!

Que o Grande Arquiteto doUniverso ilumine a todos comsua Verdadeira Luz!

Eu Sou,Wagner Veneziani CostaGrande Secretário deCultura e EducaçãoMaçônicas do GOSP-GOB

AMI – Ação Maçônica InternacionalGOSP – Grande Oriente de São PauloGSCEM – Grande Secretaria de Cultura e Educação Maçônicas

Apoio:

Page 24: Nova Era Maçônica novembro/dezembro 2006 · prol de uma Maçonaria cada vez maior e melhor. Carlos Brasílio Conte Editor Palavra do Grão-Mestre Estadual Editorial. ... A telepatia

Nova Era Maçônica24 novembro/dezembro2006

MENSAGEM DOSCANDIDATOS

• Sensíveis aos estímulos eapoios recebidos de lide-ranças e Lojas Maçônicasde todo o Estado de SãoPaulo, decidimos concor-rer às eleições ao Grão-Mestrado do GOSP emmarço de 2007, priori-zando a aplicação dosensinamentos iniciáticoscom ação e modernidade,a fim de obter resultadospráticos e duradouros noglobalizado mundo eletrô-nico em que vivemos.• Queremos promover areinserção política e socialda Maçonaria; valorizar orico potencial humanoexistente nas fileiras doGOSP; respeitar as maisdiversas vocações regio-nais por meio da necessá-ria descentralização ad-ministrativa do GOSP, pro-movendo um proselitismoresponsável e pró-ativona ocupação de espaçosna Sociedade.

CONTEÚDO DO PROGRAMA

1. Incentivar o conhe-cimento iniciático difun-dindo a cultura por meiode agentes capacitados efomentando a realizaçãode encontros regionaisculturais.2. Estimular a criaçãode projetos sociais pelasLojas, caracterizando aMaçonaria como uma ins-tituição de Vanguarda naEvolução Social, ampa-rando os projetos em umaFundação/Instituto doGOSP com o objetivo deconseguir verbas para odesenvolvimento dastecnologias sociais.3. Reinserção Política eSocial da Maçonaria nocenário político e social doEstado, solicitando a parti-cipação de todos, mobili-zando os excelentes qua-dros de Construtores Soci-ais da Maçonaria Paulista.

4. Formatar a regio-nalização Administrati-va do GOSP – MacroRegiões Maçônicas.5. Implantação de umPlano Diretor para oGOSP, com diretrizespara execução de projetose ações administrativas alongo prazo.6. Direcionar a realiza-ção de convênios, prefe-rencialmente aqueles des-tinados à Saúde, Educa-ção e à formação univer-sitária, objetivando aminimização de custospara a família maçônica.7. Priorizar o cresci-mento qualitativo de Lo-jas onde não temos a re-presentação do GOB in-centivando a formação deTriângulos.8. Nova formatação doBoletim Oficial – inclusãodos destaques regionais.9. Encontro Anual doColégio Estadual de Ve-neráveis Mestres, para de-bater e propor ações con-juntas das Lojas doGOSP, na efetivação dosobjetivos maçônicos.10. Geminação Interna-cional – Tratados de Ali-ança – estimular a reali-zação de tratados interna-cionais com as Lojas doGOSP objetivando inter-câmbio cultural, estudos,turismo e negócios emnome da Aliança Maçôni-ca Universal.11. Fomentar a efetiva par-ceria do GOSP nas ativida-des paramaçônicas (Frater-nidades Femininas, DeMolay, Lowtons, Filhas deJó, Garotas do Arco-Íris, Es-coteiros, Bandeirantes) jun-to às Lojas da Jurisdição.

Madras Editora Apóia

Tradição e Modernidade

Após o grande sucesso do verão passado, o luxuo-so navio italiano MSC Armonia retorna para umanova viagem, passando por Ilha Bela e pelo Rio deJaneiro, com partida no dia 24/02/07 e retornoem 27/02/07 no porto de Santos. Reserve logosua cabine e não perca essa grande confraternização.As vagas são limitadas.Fone: (11) 3021-5008 – email: [email protected]

Maçonaria e Qualidade deVida em Alto Mar

TRADIÇÃO E MODERNIDADE