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Teoria Neo-clássica Nova teoria Comércio Internacional

Nova Geografia Econômica

Estrutura de mercado Concorrência perfeita Concorrência monopolística Concorrência monopolística

Determinantes da localização -Diferenças de tecnologia (Ricardo)-Dotação de fatores (H-O)-Recursos naturais

-Grau de rendimentos à escala ao nível da fábrica-Substitutabilidade de produtos diferenciados-Dimensão do mercado interno

-Externalidades tecnológicas-Externalidades pecuniárias (ligações input-output, pool de mão-de-obra, migração induzida pela procura)-Custos do comércio

Localização industrial -Distribuição da atividade económica determinada pelas dotações -Especialização inter-industrial-Equilíbrio único

-Distribuição da atividade económica em grande parte exógena-Especialização intra e inter-industrial-Equilíbrio único

-Distribuição da atividade econômica endógena-Forças de aglomeração centrípetas-Especialização intra e inter-industrial-Equilíbrio múltiplo-U de Krugman

Estrutura do comércio -Inter-industrial -Intra e inter-industrial -Intra e inter-industrial

Impacto da liberalização -Ganhos líquidos de bem-estar-Todos os países (regiões) ganham-Proprietários dos recursos escassos perdem

-Ganhos líquidos de bem-estar-Grandes países (regiões) ganham mais do que as pequenas-Possibilidade de todos os proprietários de recursos ganharem

-Ganhos líquidos de bem-estar-Periferia (centro) perde (ganha) com estádio intermédio de liberalização-Periferia (centro) ganha (perde) com estádio avançado de liberalização

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Arranjo Produtivo Locale

Desenvolvimento Endógeno

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Fim do Fundamentalismo

para o Capital Fisico para a centralização/concentração para a Teoria da Localização para as Políticas Voluntaristas

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Viva a Variedade

multiplicidade dos fatores: as inovações contam autonomia, descentralização e desconcentração diferenciação dos territórios políticas adaptadas às necessidades

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Novas Paisagens na Geografia Econômica

• Sistemas Produtivos Locais distritos Industriais na Itália clusters nos EUA ambientes Inovadores na Europa, EUA e Japão arranjos Produtivos Locais-apls no Brasil

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A Força dos Eventos e das Idéias (SPLs)

Novos eventos e idéias (SPLs) dominaram o debate na década de 1990 nos EUA e Europa: nova política de desenvolvimento regional

Chegada retardatária no Brasil: por força da ditadura da Macroeconomia (combate à inflação e crise fiscal do estado). Negligência com as estruturas.

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Por que a idéia chegou ao Brasil como APL ?

Tropicalização da idéia, SPL, pode ser uma explicação Mas a palavra Arranjo sugere especificidades de uma

região periférica e em desenvolvimento. Onde as aglomerações produtivas carecem de padrões, regularidades e estabilidade. Cujas especificidades predominantes são: (i) fortes traços de informalidade; (ii) flexibilidade pela sobrevivência e não pela qualificação; (iii) competitividade via preço no lugar de inovação.

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O que de fato faz a força desses fenômenos ?

seriam (i) a aglomeração geográfica; (ii) a aproximação física das empresas; (iii) as relações técnico-produtivas; (iv) as externalidades; (v) a cooperação; (vi) a coordenação ? Sem dúvida que sim.

mas a principal fonte de energia e de força desses fenômenos está na sua origem endógena, ou seja, no movimento de dentro para fora, de baixo para cima. Neste caso, o território, vivido e construido, faz a diferença, porque evoluem com base em fatores específicos.

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De onde emergiram esses fenômenos ?

Silicon Valley: dos laboratórios e garagens da Califórnia.

Distritos Industriais: da divisão de trabalho da agricultura familiar e das atividades artesanais.

Ambientes Inovadores: das empresas e projetos locais inovadores.

Arranjos Produtivos: das necessidades, atividades, vocações e culturas locais.

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APLs e Políticas de Desenvolvimento Endógeno

Os APLs podem permitir a reabertura da discussão sobre o modelo de desenvolvimento para o Nordeste: endógeno versus exógeno

A estratégia de APL se soma a duas outras estratégias de caráter endógeno: (i) desenvolvimento sustentável (Projeto Áridas) e (ii) Desenvolvimento Local Integrado (Delis)

Pode criar um contraponto em relação ao desenvolvimento exógeno com base nos incentivos fiscais (Sudene e Governos Estaduais)

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Políticas de Desenvolvimento Local Endógeno É saudável que se evite a ortodoxia do

desenvolvimento local endógeno

tanto em relação ao desenvolvimento exógeno, pois os capitais terão cada vez mais mobilidade e os poderes locais estarão sempre prontos para capturá-los

quanto em relação à política nacional de desenvolvimento regional, pois o local necessita estar integrado com o nacional e internacional.

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Um “tipo ideal” de Política Nacional sem Voluntarismo

Complexidade com dois níveis e quatro funções

(I) Nível Local/Estadual: • (i) autonomia e (ii) cooperação (II) Nível Federal:• (iii) coordenação/integração e (iv) equalização

estrutural

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Dois Tipos de Políticas de Desenvolvimento Local

Um tipo que procura liberar a mão-de-obra local para outras localidades (M.O. ---> K), podendo ter:

• (a) modelo do descaso: abandona a M.O.• (b) modelo da mobilidade: teoria do capital

humano Outro tipo que procura gerar emprego e renda

no local (M.O. <---K), podendo ser:• (a) modelo exógeno: base exportadora• (b) modelo endógeno: organização do território

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Aspectos negativos da Política de Liberação da Mão de Obra

Incerteza dos resultados oferecidos pelas grandes aglomerações e pela mobilidade

o individuo deixa para trás, ou perde, um patrimônio, o capital social. Ou seja, deixa para trás uma rede de solidariedade familiar e de amigos. Deixa o crédito de proximidade além do reconhecimento social.

Essas perdas são a base de defesa da Política de Desenvolvimento Local, que procura reter o individuo em seu território.

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Modelo de desenvolvimento local exógeno de base exportadora

Vantagens: rapidez nos resultados; queima de etapas; portador de poupança (externa); portador de tecnologia e organização avançadas; escala.

Desvantagens: não mobiliza a inteligência local; não estimula o sistema local de inovação; dificuldade na integração produtiva; pequeno impacto sobre a aprendizagem específica e coletiva; insuficiência do efeito multiplicador de renda; nem sempre se tem uma boa relação entre custo-benefício dos incentivos fiscais.

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Evento Estilizado de Desenvolvimento Exógeno

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Desenvolvimento Local Exógeno

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Modelo de desenvolvimento local endógeno da organização do território

Vantagens: mobiliza a inteligência local; fortalece o capital social; estimula o sistema local de inovação; mobiliza poupança local; estimula o empreendedorismo; cria massa crítica e estruturas empresariais; estimula a aprendizagem específica e coletiva; fortalece a auto-estima e o orgulho coletivo; fortalece a identidade cultural.

Desvantagens: resultados de longo prazo; o caminho é dificil e complexo; exige-se conhecer e compreender o território.

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Evento Estilizado de Desenvolvimento Endógeno

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Desafios para os poderes locais do Nordeste

Endogeneizar o modelo exógeno, por meio da integração produtiva

Exogeneizar o modelo endógeno, através da organização dos territórios e da promoção dos arranjos produtivos locais-apls