Novas Políticas com Novos Protagonistas - Isilda Gomes

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Isilda Gomes determinada: “Há oito anos que não tenho responsabilidades executivas na Câmara Municipal. O meu objetivo é precisamente traçar novos rumos para Portimão e para os Portimonenses. O tra- balho que desenvolvi nos vários cargos que desempenhei fala por si. Quem me conhece e quem tem acompanhado o meu trabalho sabe que sou uma mulher determinada, trabalha- dora e dedicada. Uma mulher de palavra. Candidato-me porque considero imprescindível que a Câmara Municipal desenvolva novas políticas levadas a cabo por novos protagonistas.” “Novas políticas com novos protagonistas” Isilda Gomes, candidata à Câmara Municipal de Portimão nas próximas eleições autárquicas de 29 de Setembro, pelo Partido Socialista, explica os novos rumos que quer traçar para Portimão. Professora de Matemática do ensino básico, em Portimão, Isilda Gomes fala do que a levou a candidatar-se e do seu percurso profissional e político Setembro 2013

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Isilda Gomes, candidata à Câmara Municipal de Portimão nas próximas eleições autárquicas de 29 de Setembro, pelo Partido Socialista, explica os novos rumos que quer traçar para Portimão. Professora de Matemática do ensino básico, em Portimão, Isilda Gomes fala do que a levou a candidatar-se e do seu percurso profissional e político

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Isilda Gomes determinada:

“Há oito anos que não tenho responsabilidades executivas na Câmara Municipal. O meu objetivo é precisamente traçar novos rumos para Portimão e para os Portimonenses. O tra-balho que desenvolvi nos vários cargos que desempenhei fala por si. Quem me conhece e quem tem acompanhado o meu trabalho sabe que sou uma mulher determinada, trabalha-dora e dedicada. Uma mulher de palavra.

Candidato-me porque considero imprescindível que a Câmara Municipal desenvolva novas políticas levadas a cabo por novos protagonistas.”

“Novas políticas com novos protagonistas”

Isilda Gomes, candidata à Câmara Municipal de Portimão nas próximas eleições autárquicas de 29 de Setembro, pelo Partido Socialista, explica os novos rumos que quer traçar para Portimão. Professora de Matemática do ensino básico, em Portimão, Isilda Gomes fala do que a levou a candidatar-se e do seu percurso profissional e político

Setembro 2013

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NR – A escolha do slogan ‘Novos Ru-mos’ pressupõe que procura marcar um distanciamento com a atual gestão camarária. Acha que já tendo desem-penhado cargos nomeadamente em outros executivos socialistas, conse-gue dar essa imagem e passar a men-sagem de que pretende para o municí-pio outras ideias e projetos?

O meu objetivo é precisamente traçar novos rumos para Portimão e para os Portimonenses e há oito anos que não tenho responsabilidades executivas na Câmara. O trabalho que desenvolvi nos vários cargos que desempenhei fala por si. Quem me conhece e quem tem acom-panhado o meu trabalho sabe que sou uma mulher determinada, trabalhadora e dedicada. Uma mulher de palavra.

Candidato-me porque considero im-prescindível que a Câmara Municipal de-senvolva novas políticas levadas a cabo por novos protagonistas.

A Câmara de Portimão tem hoje um problema financeiro muito sério, fruto de uma opção estratégica de antecipar in-vestimentos e de criar uma marca apelati-va em termos turísticos que atraísse mais turistas, mas também mais investidores. Acontece que o atual executivo não pre-viu e não reagiu a tempo à crise nacional e internacional. E não nos podemos es-quecer de que está é a mais grave crise desde a 2ª Guerra Mundial. A Câmara de Portimão devia ter travado mais cedo e mudado o rumo.

“Candidato-me porque considero imprescindível que a Câmara Municipal desenvolva novas políticas levadas a cabo por novos protagonistas.”

“Não é verdade que só tenha ocorrido nessa altura, tornou-se visível há cerca de um ano por causa das eleições para a Concelhia do PS, onde como todos sa-bem apoiei ativamente um projeto alternativo ao do Luis Carito, liderado então pelo Castelão Rodrigues.”

“O meu empenho para trazer Novos Rumos para Portimão não surgiu só agora.”

ENTREVISTA A ISILDA GOMES

NR – O caso que abalou Portimão re-centemente, em que esteve envolvido Luís Carito, não poderá afetar, mesmo que indiretamente, a sua campanha? Ou o facto de ter rompido com Carito muito antes de o caso ter vindo a públi-co, favorece as suas pretensões?

Não me vou pronunciar sobre o caso concreto, até porque está sob segredo de justiça e nem sequer foi ainda deduzida acusação. Apenas desejo o mesmo que todos os portimonenses: que a justiça seja célere para que tudo se esclareça rapidamente.

Quanto à minha campanha, seguirá o seu caminho. Tenho ouvido centenas e centenas de Portimonenses. Foi com base nos seus contributos que defini o meu programa eleitoral e as prioridades que tenho para o concelho. Porque, para mim, fazer política é isto: estar próxima das pessoas, saber ouvi-las, conhecer as suas reais necessidades e preocupações. Só assim podemos encontrar respostas eficazes. Esta é a minha forma de estar na vida e na política e é assim que estarei também à frente da Câmara, que quero de portas abertas para os cidadãos.

NR – Mas o distanciamento com o atual executivo socialista e nomeada-mente com o seu ex-vice-presidente Luís Carito, só ocorreu há cerca de um ano. Porquê só nessa altura se já não concordava, como garante, com o rumo que a autarquia levava?

Não é verdade que só tenha ocorrido nessa altura, tornou-se visível há cerca de um ano por causa das eleições para a Concelhia do PS, onde como todos sa-bem apoiei ativamente um projeto alter-nativo ao do Luís Carito, liderado então

pelo Castelão Rodrigues. Mas o que é facto é que durante muito tempo foi pre-ciso fazer um trabalho que não era visí-vel. Um trabalho de mudar mentalidades e conquistar os militantes do Partido So-cialista para um novo projeto. Um pro-jeto de mudança. Todo esse processo foi

muito duro, os partidos são por natureza estruturas muito conservadoras, foi pre-ciso falar com todos, alguns mais do que uma vez, e fazer uma análise muito re-alista da situação em que nos encontrá-vamos. Felizmente o Partido Socialista soube estar à altura das suas respons-abilidades e incorporou a necessidade dos Novos Rumos para Portimão. O PS tem uma tradição de defesa da de-mocracia e de defesa da pluralidade de ideias, o facto de estarmos no mesmo partido não quer dizer que concordemos em tudo, neste processo em particular, as discordâncias a determinada altura já eram de tal forma evidentes que senti a responsabilidade de dar a cara por um projeto alternativo. O meu empenho para trazer Novos Rumos para Portimão não surgiu só agora.

NR – A oposição acusa-a de não poder ‘limpar’ uma certa má imagem deixada pelo atual executivo socialista. Con-frange-a essa acusação?

Mas eu não me candidato para “lim-par” a imagem de ninguém. Era o que mais me faltava. Candidato-me porque acredito que posso ser útil ao meu con-celho. Os Portimonenses conhecem-me bem e sabem que não sou uma mulher de fazer fretes a ninguém. Ao longo da minha vida, já demostrei em mais do que uma ocasião que não tenho qualquer problema em dar um murro na mesa.

O meu compromisso é com Portimão e com os Portimonenses. Não tenho mais pretensões nem aspirações. Estou aqui pela minha terra e farei tudo o que estiver ao meu alcance para que os Porti-monenses voltem a ter orgulho na sua Câmara Municipal.

NR – A candidatura do CDS, Servir Portimão, através do grupo Portimão Sempre, no Facebook, publicou fotos em que aparece ao lado de Manuel da Luz e Luís Carito, aquando da sua apresentação de candidatura. Preocu-pam-na essas tentativas de a colarem aos dois autarcas?

Não me preocupam minimamente, estamos a falar daquele que na altura era Presidente da Comissão Política do PS e do atual Presidente da Câmara. Aliás, fui aconselhada a retirar do Facebook da minha candidatura essas fotografias e não o fiz. Não tenho nada a esconder. Quem me conhece sabe que sou assim. Vivo muito bem com a minha consciên-cia.

NR – Voltemos à Câmara. Sabe-se que tem dívidas avultadas. Isso não a ame-dronta, uma vez que será uma situação inibidora de concretização de projetos que tenha em mente?

A situação financeira da Câmara é, de facto, muito difícil. O meu compromisso é trabalhar para, com rigor e transparência, conseguir fazer mais com menos. Aliás, o meu programa eleitoral é claro. Não é tempo de grandes obras ou construções. É tempo de canalizar os recursos exis-tentes para aquilo que é prioritário: as pessoas. Isto, para mim, é muito claro. Não vou prometer nada que não possa cumprir. Não o fiz agora, na campanha, e não o vou fazer depois. Sou uma mulher de palavra.

“O meu objetivo é precisa-mente traçar novos rumos para Portimão”

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“Não me vou pronunciar sobre o caso concreto, até porque está sob segredo de justiça e nem sequer foi ainda deduzida acusação. Apenas desejo o mesmo que todos os portimonenses: que a justiça seja célere para que tudo se esclareça rapidamente.”

“Tenho ouvido centenas e centenas de Portimonenses. Foi com base nos seus contributos que defini o meu programa eleitoral e as prioridades que tenho para o concelho. Porque, para mim, fazer política é isto: estar próxima das pessoas, saber ouvi-las, conhecer as suas reais necessidades e preocupações.”

NR – A oposição fala em 450 milhões de euros de dívidas …

Uma das primeiras coisas que farei, ao ser eleita, é uma auditoria financeira externa que revele de forma definitiva, e sem que restem quaisquer dúvidas, qual é o valor real da dívida da Câmara. As contas da CMP são auditadas pela DGAL, pelo revisor oficial de contas e têm a chancela dos técnicos da Câmara. Mesmo assim a oposição insiste em números estratosféricos. É fundamental acabar com a guerrilha política em torno da questão da dívida. Só depois da audi-toria cujo resultado deverá ser aceite por todos, poderemos discutir com a oposição as respostas para este grave problema. Um problema para o qual todos os autar-cas eleitos deverão ser chamados a dar o seu contributo na busca das melhores soluções.

NR – O que pretende fazer, caso seja eleita, para resolver essa situação de precaridade financeira da autarquia?

Além da auditoria financeira externa, espero ter a aprovação do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL), que será um instrumento fundamental na gestão da dívida e que, neste momento, está a ser analisado pelo Tribunal de Contas.

O PAEL vai transformar a dívida de curto prazo, impossível de pagar nas a-tuais circunstâncias, em dívida de longo prazo. Mas temos de estar conscientes de que o PAEL também nos vai criar con-strangimentos orçamentais. Desde logo, porque cerca de 14 milhões de euros, ano, servirão para pagar este empréstimo e os respetivos juros. Isto significa que temos de ser muito rigorosos quanto às despesas e mais imaginativos nas res-postas a encontrar, envolvendo todos nas melhores soluções.

NR – Consta que irá dispensar cerca de 30 por cento dos trabalhadores ca-marários. Aliás, correu um abaixo-as-sinado de trabalhadores da autarquia insurgindo-se contra esse alegado despedimento. O que nos diz sobre a questão?

Sempre gostava de saber onde foram buscar essa ideia. A Câmara Municipal de Portimão não tem um problema de excesso de recursos humanos. Aliás, se compararmos com outros municípios, até é das que menos funcionários tem. No entanto, o PAEL exige a redução de gastos com salários. Mas isso pode ser feito sem despedimentos: apenas tendo em conta os cerca de 40 funcionários que se reformam por ano. Dessa forma, atin-giremos os objetivos da redução sem que tenhamos de despedir pessoas.

Agora, existe um grande desiquilíbrio na distribuição dos funcionários da autar-quia pelos diversos serviços. Este desi-quilíbrio torna a gestão dos recursos hu-manos da autarquia um desafio enorme e uma prioridade.

NR – E a Urbis? Qual o seu futuro e quais as decisões que pretende tomar sobre a mesma?

Precisamos, em primeiro lugar, de fazer uma análise muito rigorosa das competências da Portimão Urbis e da sua sustentabilidade financeira. Só de-pois estaremos em condições de tomar decisões. Mas uma coisa é certa: a re-estruturação que está a ser levada a cabo é para continuar.

NR -Concorda com a antecipação da data da semana sénior de Novembro para Setembro? Que comentário lhe merece a polémica criada à volta deste tema?

Essa questão é pertinente, e devo dizer-lhe que por princípio concordo que a semana sénior se realize em Setembro. Esta altura do ano permite atividades ao ar livre ao contrario do que acontece em Novembro. Mas se me pergunta se a al-teração da data devia ter ocorrido este ano, ano em que se realizam eleições, posso assegurar-lhe que se fosse eu a decidir não o faria. As más interpretações podiam e deviam ter sido evitadas.

NR – Como vê toda a polémica instala-da em torno do Hospital de Portimão?

Aquilo que o Governo do PSD e do CDS-PP está a fazer é inqualificável. Não se admite que queiram terminar com es-pecialidades na Urgência do nosso hos-pital, obrigando os cidadãos do Barlaven-to Algarvio a deslocaram-se a Faro para terem acesso a cuidados de saúde. A saúde é um bem essencial, um direito de todos. Tudo farei para impedir o desman-telamento do Hospital de Portimão. Não concebo que, em pleno século XXI, ainda haja cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. Já interpus uma providência cautelar e os portimonenses podem estar certos que vou até ao fim nesta luta.

“Uma das primeiras coisas que farei, ao ser eleita, é uma auditoria financeira externa que revele de forma definitiva, e sem que restem quaisquer dúvidas, qual é o valor real da dívida da Câmara.”

NR – Constata-se que pessoas próxi-mas do PS ou até mesmo militantes se passaram para a oposição, integrando as listas do PSD e do CDS? Algo con-tra si ou será que queriam integrar a sua lista?

Nestas alturas, estes movimentos são naturais. Não faço juízos de valor sobre ninguém.

NR – Nessa mesma lista há membros que recentemente estiveram no PSD. Porquê a sua integração?

A integração de pessoas de difer-entes origens e sensibilidades políticas,

quer tenham vindo de outros partidos quer sejam independentes, demonstra muito claramente que os Novos Rumos é um projeto plural e abrangente. Procurei os melhores em cada área. Somos uma equipa coesa, de pessoas com ideias próprias, com experiência e capacidade para dar as melhores respostas aos prin-cipais problemas do concelho. Uma eq-uipa disponível para dar o melhor de si a Portimão.

NR – Quais são as grandes linhas mestras da sua candidatura?

A minha prioridade são as pessoas. É para elas e por elas que me candidato. Darei sempre especial atenção à área social, ao apoio aos mais carenciados. Existem, neste momento, no nosso con-celho, casos de verdadeira emergência social. Não podemos dormir descansa-dos enquanto houver uma criança ou um idoso que passe dificuldades.

Outros eixos da minha candidatura são a transparência, o rigor e a eficácia na gestão dos dinheiros públicos, não esquecendo o emprego, o incentivo ao empreendedorismo e a captação de in-vestimento.

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“Aquilo que o Governo do PSD e do CDS-PP estão a fazer é inqualificável. Não se admite que queiram ter-minar com especialidades na Urgência do nosso hos-pital, obrigando os cidadãos do Barlavento Algarvio a deslocaram-se a Faro para terem acesso a cuidados de saúde.”

“A minha prioridade são as pessoas. É para elas e por elas que me candidato. Darei sempre especial atenção à área social, ao apoio aos mais carenciados.”

Isilda Gomes, como governadora civil, teve um papel, preponderante na área da Protecção Civil. Como responsável política, colaborouna implamentação de várias medidas que consolidaram o sector.

O tempo das grandes infraestruturas está esgotado. Vamos ter de reorganizar serviços, pensar a cidade numa escala mais pequena, resolver os pequenos problemas que tanto afetam a vida das pessoas. Ou seja, podemos não ter di-nheiro para grandes obras, mas teremos de o ter para tapar os buracos nas es-tradas e arranjar os espaços verdes. Se pensar no que foram os últimos anos, isto representa uma pequena revolução e passa também por mudar mentalidades.

NR – Esta campanha decorreu sob um clima de grande animosidade, qual é a sua opinião sobre esta matéria?

O Partido Socialista e os Novos Rumos fizeram a sua campanha sem responder a provocações e respeitando os seus ad-versários, tentámos fazer passar a nossa mensagem debatendo as nossas ideias com todos. Infelizmente este comporta-mento não foi seguido pela oposição, ao ponto de eu ter sentido a necessidade de

agir judicialmente contra um responsável da campanha do PSD e de um candi-dato da coligação liderada pelo CDS. Na política a critica tem sempre lugar, mas há limites que não se podem nunca ul-trapassar, sou completamente intolerante para com comportamentos difamatórios e caluniosos. Não permitirei nunca que a honorabilidade do meu nome e dos que me acompanham nesta campanha seja posta em causa por gente que tendo re-sponsabilidades políticas não tem cultura democrática.

Os portimonenses não mereciam que a campanha tivesse atingido este grau de crispação.

NR – Que mensagem quer deixar aos eleitores portimonenses?

Apesar das dificuldades por que esta-mos a passar, existe esperança e futuro para Portimão. Juntos, traçaremos novos rumos para o nosso concelho.

NR – Foi governadora civil alguns anos. De que mais gostou ter feito en-quanto desempenhou esse cargo?

Do contacto que tive com as pessoas. Foi uma experiência muito gratificante porque ficamos com uma visão trans-versal da realidade e percebemos como funcionam os mecanismos de tomada de decisão por parte do Governo. Agora, quero colocar a minha experiência e os conhecimentos adquiridos ao serviço da minha terra.

NR – É professora há muitos anos. Sente-se realizada nessa condição?

Sem dúvida. Continuo a gostar muito de ensinar. É uma profissão muito grati-ficante.

NR- Tem duas netas e um neto. É uma avó babada?

Sim, reconheço que sou. Adoro os meus netos.

NR – Gostava que um dia as suas netas e neto optassem pela vida política?

Apoiarei sempre os meus netos nas decisões que tomarem, tal como fiz com os meus filhos. O que eu quero é que se-jam felizes.

NR – O que é ser esposa de um juiz (hoje juiz conselheiro jubilado)?

É ter uma vida pautada pelo rigor, pela exigência e pela transparência. Tenho de admitir que, no início, quando casámos, nem sempre foi fácil porque nos mudá-vamos para onde ele era destacado. Até que isso aconteceu em Portimão. E não podia ter sido melhor. É uma terra en-cantadora, que sempre me acolheu bem. Agora, chegou a hora de retribuir esse acolhimento aos Portimonenses.

NR – Sabe-se que os juízes estão su-jeitos a arranjarem ‘inimigos’ por força de sentenças que profiram e que não do agrado dos visados. Alguma vez sentiu medo pelo seu marido, filhos?

Nunca. Sempre confiei a 100% no meu marido. O seu sentido de justiça e de retidão nunca me fizeram temer nada.

NR – Quando pensa retirar-se da políti-ca?

Estarei na política enquanto sentir que sou uma mais-valia para as pessoas.

Isilda Gomes:“Estarei na política enquanto sentir que sou uma mais-valia para as pessoas.”