Novo Testamento
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Sumrio
Mateus ................................................................................................................. Pg. 8
O nascimento de Jesus ........................................................................................ Pg. 10
Marcos ................................................................................................................. Pg. 26
Lucas.................................................................................................................... Pg. 35
Joo ..................................................................................................................... Pg. 48
Atos dos Apstolos .............................................................................................. Pg. 65
Carta aos Romanos ............................................................................................. Pg. 82
1 Corntios .......................................................................................................... Pg. 94
2 Carta aos Corntios .......................................................................................... Pg. 104
Carta aos Glatas ................................................................................................ Pg. 111
Carta aos Efsios ................................................................................................. Pg. 116
Carta aos Filipenses ............................................................................................ Pg. 121
Carta aos Colossenses ........................................................................................ Pg. 125
1 Carta aos Tessalonicenses .............................................................................. Pg. 129
2 Carta aos Tessalonicenses .............................................................................. Pg. 133
1 Carta a Timteo ............................................................................................... Pg. 135
2 Carta a Timteo ............................................................................................... Pg. 140
Carta a Tito .......................................................................................................... Pg. 143
Carta a Filemom ................................................................................................... Pg. 146
Carta aos Hebreus ............................................................................................... Pg. 147
Tiago .................................................................................................................... Pg. 159
1 Pedro ............................................................................................................... Pg. 164
2 Pedro ............................................................................................................... Pg. 168
1 Carta de Joo .................................................................................................. Pg. 171
2 Carta de Joo .................................................................................................. Pg. 176
3 Carta de Joo .................................................................................................. Pg. 177
Judas.................................................................................................................... Pg. 177
Apocalipse ............................................................................................................ Pg. 179
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Institucional O iPED, Instituto Politcnico de Ensino a Distncia, um centro de educao on-line que oferece informao, conhecimento e treinamento para profissionais, educadores e qualquer um que queira evoluir profissionalmente e culturalmente. Nosso objetivo torn-lo uma base forte de conhecimento e expandir cada vez mais o seu nvel intelectual e cultural. Oferecemos uma quantidade enorme de informao, alm de diversos cursos on-line, onde voc se mantm atualizado em qualquer lugar e a qualquer hora. Educao Distncia Aulas online ou a prtica de aprendizagem distncia, atravs de ambientes virtuais e redes de computadores interligadas para fins educacionais e culturais, nada mais do que o meio mais prtico e inteligente de proliferao de conhecimento. Atravs de ambientes virtuais e sistemas inteligentes, possvel adquirir conhecimento de forma total ou gradativa. Esse nosso conceito de educao, em tempo real, total ou gradativo, quando quiser e onde quiser e acima de tudo, da forma que quiser!
Nossa Misso
O Grupo iPED foi lanado com o intuito de aprimorar e disseminar o conceito de ensino a distncia. Com a implantao do ensino a distncia, pesquisas recentes registram que as pessoas alavancam os resultados dos mdulos de treinamento em at 70%, eliminando as distncias geogrficas e proporcionando a melhoria da gesto do conhecimento e dos recursos humanos por competncias.
Pensando nisso o iPED presta esse servio a todos, para que a excluso digital seja cada vez menor e com o passar do tempo ela desaparea completamente.
Esse nosso objetivo, essa nossa misso, e esteja certo que vamos conseguir!
Fabio Neves de Sousa Diretor Geral - Grupo iPED
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Certificao O conceito de reconhecimento virtual concedido atravs de avaliao feita pelo sistema inteligente, que do inicio at o fim do curso est avaliando cada aluno em suas atitudes individuais e em comparao as atitudes do coletivo. Ao termino do contedo avaliado o aluno submetido a uma avaliao final que nada mais serve do que comprovar a avaliao do desempenho dele ao longo de toda a trajetria do curso.
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Voc est prestes a mergulhar no mais fascinante contedo histrico disponvel que o
ser humano pode obter. Est prestes a conhecer as maneiras como Deus se revela a
seu povo, atravs de sua palavra escrita, a Bblia.
Este estudo pretende dar uma viso panormica de todos os livros da Bblia, alm de
despertar o interesse pelo conhecimento aprofundado que, com certeza, ela lhe
estimular. uma experincia que, com certeza, trar inmeros benefcios a voc e
aos da sua casa.
Lmpada para os meus ps a tua palavra e, luz para os meus caminhos.
Salmos 119.105
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Mateus
Este o primeiro livro do novo testamento. A tradio tem como certo que foi
Mateus, um publicano quem escreveu o livro. Tambm chamado de Levi, este
coletor de impostos foi comissionado1 pelo prprio Jesus e uniu-se ao grupo dos
Apstolos. O foco principal deste livro mostrar que Jesus era o Cristo esperado
pelos Judeus, e no precisariam esperar outro. Jesus cumprira todas as profecias que
haviam escrito os antigos profetas e sempre encontraremos nesta obra, a expresso
Para que se cumprisse o que fora dito ou Para que se cumprissem as escrituras.
Jesus apresentado como Mestre de Mestre.
A maneira como foi escrito este livro, parece querer destacar quatro blocos
importantes, a saber:
Mt 1 a 4 - Introduo
Mt 5 a 13 Cristo Apstolo
Mt 14 a 20 O ministrio de Jesus
Mt 21 a 28 As ltimas palavras
Este evangelho2 comea com a genealogia de Jesus, iniciando-se por Abrao
(Mt 1.2) para provar a descendncia de Jesus, que Ele tambm era filho de Davi, da
linhagem real de Israel. A seqncia : Abrao - Isaque -- Jac -- Jos -- Jesus.
J nos acostumamos com muitos destes nomes, como o de Jac e de seus
filhos (1.2); com o de Raabe, a prostituta que escondeu os guerreiros de Josu
quando estes espionavam a cidade de Jeric para invadir (Js 2); Boaz, o remidor de
Rute; Davi gerando Salomo da que fora mulher de Urias, sem nem citar o nome
da pecadora, no caso Bate-Seba (1.6); todos os reis de Jud, muitos deles que fizeram
o que era mau perante o Senhor; Jeconias, o rei que viu seu povo ser deportado
para Babilnia (1.12); e finalmente, no versculo dezesseis, onde aparecem os nomes
de Jos, como marido de Maria e; da qual nasceu Jesus, o que se chama Cristo.
Aqui neste tpico, precisa-se comentar a respeito de Maria, a me de Jesus.
Os evanglicos, talvez por culpa deles, ainda no se fizeram entender, qual seja sua
posio relativa a Maria e a maioria dos praticantes e admiradores do Catolicismo
1 Recebeu uma comisso, foi chamado
2 Do grego euaggelion- Boa notcia
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Romano ficam imaginando tratar-se de desrespeito com a f que professam em
Maria.
No se trata de desrespeito com Maria, a mulher Maria, a me Maria. Se trata
de honrar somente ao nico Deus. Maria foi me de Jesus, e Bem-aventurada;
E exclamou em alta voz: Bendita s tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu
ventre! Lc 1.42
Com certeza, Maria era detentora dos atributos necessarios para gerar aquela
criana, tanto que o Esprito Santo a elegeu para a misso. Mas s isso. Faz-la
Me de Deus, j algo contrario aquilo que est escrito nas escrituras. Coloc-la
como virgem eterna tambm no aumenta em nada sua santidade, pois lemos em Mt
1.25, que Jos no a conheceu3 enquanto ela no deu luz um filho, mas no fala
que no a conheceu para sempre, ou que no a conheceu depois dela ter dado luz
um filho.
Episdios lamentveis, como chutar uma imagem ao vivo na televiso no
totalmente deplorveis e merecem o repdio de todo Cristo, pois sabe-se que o
amor, tudo suporta (1Co 13.7) e suportarmo-nos, vivermos em comum-unio
(comunho) o que Cristo ensinou.
Diferenas entre dgmas, pr-supostos doutrinrios, entre os seres humanos,
sempre existiram, e a diferena daquele que segue as pegadas de Cristo (=Cristo); e
as tribos, foi a foi a abolio, ensinada por Jesus, do arco e flecha. Do tacape e
machado. Das lutas e mortes patrocinadas em nome da F.
Em Mt 1.7, ocorre uma incrvel combinao do numero sete, numa srie de
tres combinaes de quatorze geraes a saber:
Geraes de Abrao at Davi 14 geraes
Desde Dav at o Exlio na Babilnia 14 geraes
Desde o Exlio at Cristo 14 geraes
3 No coabitou com ela.
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O nascimento de Jesus
J vimos nascimentos miraculosos no AT, pessoas nascidas das maneiras
mais inusitadas, como Isaque que nasceu de um pai e me de cem anos; como
Moiss, que nasceu e foi colocado em um cesto no rio Nilo; Samuel, filho de Ana,
que era estril, e outros. Nenhum destes recebeu tanta referencia, tanto foco como o
nascimento de Jesus. Mateus reserva sete versculos, Lucas ento, comenta o antes e
o depois do nascimento, totalizando mais de setenta versculos. o nascimento do
Messias, o Ungido de Deus, Sacerdote e Rei.
O autor, usado pelo Esprito Santo, fala no versculo dezoito, assuntos
difceis, como: Estar Maria desposada de Jos (Noiva); nunca t-la possudo por
mulher (Virgem); grvida de outro (Esprito). a Bblia mostrando nossa pequeneza
ante o poder de Deus, ante o incompreensvel pela nossa mente finita das coisas
feitas por um Deus infinito.
Note-se o amor de Jos. Voc sabia que no registrada nenhuma palavra
proferida por Jos na Bblia? S dito que ele era Justo. Considere o significado de
Justo: aquele que no lana a culpa ao rosto de ningum4, porque sabe como ele
pecador tambm. aquele que no difama que sofre sim, porque ningum tem
sangue gelado correndo nas veias, mas aquele que recebe uma direo Divina,
direta e especial como a que Jos recebeu. (v20)
O anjo lhe orienta a colocar o nome de Jesus5 criana que iria nascer, visto
ser Ele uma pessoa que j tinha uma misso: Salvar o seu povo dos pecados deles
(v21b).
4 Vide Dt 22.23-24 O castigo para a castidade
5 Jesus a forma grega, que corresponde a Yeshua, o que significa: O Senhor salva.
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Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por
intermdio do profeta:Eis que a virgem conceber e dar luz um filho, e ele ser
chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco) Mt 1.22-23
Aqui aparece a primeira referencia a cumprimento de profecia. Mateus cita Is
7.14-17 e, todo aquele que lesse este escrito naquele tempo, conseguiria entender do
que se tratava. direcionado a um Judeu, para este ver que todas profecias foram ou
esto sendo cumpridas em Cristo, Jesus.
O menino recebe a visita dos magos do Oriente, povos acostumados a
entender os Astros e neles enxergarem alguns sinais do curso da Histria. A Bblia
no referenda este tipo de sabedoria e, em alguns casos, condena at. A mensagem
que mesmo outros Reis da terra, mesmo culturas radicalmente diferentes reconhecem
a autoridade do Rei Jesus, e querem conhec-lo, e o seu povo o rejeitou.
O nascimento de Jesus em Belm da Judia cumprimento de outra profecia.
Herodes pergunta aos sacerdotes e escribas e estes falam:
Ento, convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava
deles onde o Cristo deveria nascer.Em Belm da Judia, responderam eles, porque
assim est escrito por intermdio do profeta6:E tu, Belm, terra de Jud, no s de
modo algum a menor entre as principais de Jud; porque de ti sair o Guia que h
de apascentar a meu povo, Israel.Mt 2.4-6
6 Mq 5.2
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Os magos seguem uma estrela que os precedia, a qual parou sobre onde o
menino estava e alegraram-se, prostraram-se perante Ele, adoraram-no e lhe
entregaram presentes.
Ento um anjo do Senhor aparece em sonhos a Jos ordenando que este tome
o menino e a me e rumasse para o Egito porque Herodes iria perseguir o menino.
Jos toma-os e vai e fica no Egito at a morte de Herodes, para que se cumprisse a
palavra dita pelo Senhor, por intermdio do Profeta: Do Egito chamei meu filho
(Os 11.1)
A ordenana para matar todos os meninos de Belm dada, e o choro e a
tristeza tambm foram preditos, atravs de Jeremias: Assim diz o SENHOR: Ouviu-
se um clamor em Ram, pranto e grande lamento; era Raquel chorando por seus
filhos e inconsolvel por causa deles, porque j no existem.(Jr 31.15).
O anjo do Senhor reaparece a Jos em sonhos e informa sobre a morte dos
perseguidores do menino. Regressa Jos do Egito com Maria e Jesus, mas no volta
para Judia pois temia Arquelau, filho de Herodes governador daquela regio. Fixa
sua residencia ao norte, na regio da Galilia, em Nazar, por divina revelao,
cumprindo a profecia7: Ele ser chamado Nazareno
Joo Batista
considerado por muitos como o ltimo profeta, aquele que viria abrir os
caminhos do Cristo. O primo de Cristo assunto nos quatro evangelhos, e os quatro
coincidem ao apresentar o incio da atividade proftica dele, com o incio do
ministrio de Jesus. Pregava o arrependimento, a volta do pecador a Deus, mudando
radicalmente a maneira de pensar. Cita a profecia de Isaas em 40.3.
Porque este o referido por intermdio do profeta Isaas: Voz do que clama no
deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.Mt 3.3
Joo Batista tinha uma vida humilde e sua voz levou muitos a batizarem-se,
confessando seus pecados. No se deixava enganar pelos poderosos, se estes o
7 Jz 13.5-7
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buscassem s exteriormente, profetizando uma dura mensagem: Eis que o machado
j est posto na raiz da rvore. Aquela que no produz bom fruto cortada e lanada
no fogo. Falava tambm de um que viria depois dele, mais poderoso, que no s
batizaria com as guas do Jordo, mas o faria com o Esprito Santo e com fogo.
Jesus vem da Galilia para ser batizado por Joo, que lhe declara: - Eu que
deveria ser batizado por ti, e Jesus lhe responde que o fizesse, pois da vontade de
Deus que se manifeste toda justia. Todo simbolismo da Santssima Trindade8
aparece registrada nesta passagem do Batismo de Jesus. Em Mt 3.16-17, Jesus saiu
da gua, logo, viu-se o Esprito de Deus como pomba descendo sobre Ele e uma voz
do cu declarou:
- Este o meu filho amado, em quem me comprazo.
A vida ministerial de Jesus inicia-se verdadeiramente em Mateus, quando da
tentao de Cristo (Mt 4. 1-11). Nos dilogos entre Jesus e o diabo, aparecem a fora
dos textos lidos nas sinagogas dos judeus. Jesus tentado na sua fome, como o povo
tentou o Senhor no deserto no caminho de Cana quando saram do Egito, mas Jesus
no cede. tentado com honras, glrias, mas no cede e com autoridade repreende:
Ento, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satans, porque est escrito: Ao Senhor, teu
Deus, adorars, e s a ele dars culto.Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram
anjos e o serviram. Mt 4.10-11
8 Este termo no aparece nas escrituras, mas referencia ao Deus uno e trino, Deus Pai, Deus Filho e
Deus Esprito Santo
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Quando Jesus soube que Joo Batista fora preso, voltou para a Galilia, indo
morar em Cafarnaum, nas terras de Zebulom e Naftali, cumprindo o que fora dito por
intermdio do profeta (Is 9.1-2), que falou das bnos que estes territrios ainda
receberiam. Neste incio de caminhada, Jesus convoca discpulos a seguirem-no,
como os irmos pescadores Simo, chamado Pedro, e Andr. Mais a frente convoca
os irmos Tiago e Joo, que deixando o barco e seu pai, o seguiram.
E Jesus percorria toda a Galilia ensinando nas sinagogoas, pregando o
evangelho do reino e curando toda sorte de enfermidades. Sua fama correu e vieram
povos de todos lugares e numerosas multides o seguiam. Esta a sntese dos
primeiros passos de Jesus, numa introduo ao ministrio de Cristo.
Os captulos cinco a treze formam um bloco onde encontramos o apostolado
de Jesus, firmando sua igreja, dando orientaoes atravs de ensinamentos nunca antes
vistos. Dentre estes ensinamntos, destaca-se um, intitulado O sermo do monte ou
as Bem-aventuranas, indo do captulo cinco ao sete.
As regras de ouro contidas nestes dois captulos so a essencia do que o
cristo deveria ser, do que a igreja seria se cumprissem os ensinamentos ali contidos.
A sociedade contaria com uma resposta eficaz contra os males que a corroem que,
em suma, resumem-se a herdeiros insatisfeitos com o herdado. Cada nova gerao
recebe um fardo pior do que o anterior recebeu. So declinantes a moral, a tica, as
aspiraes, mas, nos ensinos do monte, abrem-se novas perspectivas aos praticantes,
mesmo parecendo impossvel e execuo do que ali ensinado.
O ensino d-se num monte, no sabemos ao certo sua localizao, e monte
sempre o lugar preferido quando aquele povo queria falar com Deus, pois o
pensamento lgico fazia crer que quanto mais alto fosse o lugar, mais estaria
proximo de Deus. Num lugar mais elevado, poderia ficar mais prximo Dele. Jeus v
as multides, sobe no monte e assenta-se.
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a posio do Rabi9, pronto a ensinar, e seus discpulos se achegam, e
comeam a aprender:
Bem-aventurados os humildes de esprito, porque deles o reino dos cus Mt
5.3
Jesus comea falando de felicidade, de Bem-aventurado10
, ou seja, est
ensinando a razo de ser, o motivo principal da busca da humanidade, a felicidade.
Quantas coisas so feitas procurando-a. Casa-se para ser feliz, e descasa-se para
encontr-la. O novo emprego no por melhorias materias, antes a busca pelo
reconhecimento. Novo pas, novo isso, aquilo. Da necessidade da busca e nem sobra
tempo para buscar dentro de si a felicidade e Jesus comea a ensinar isso, sem o
charlatanismo de muitos livros de auto ajuda. Voce ser feliz, mas a lgica ser
outra. O como, difere do senso comum.
Afirmao: - Bem aventurado os que choram! (Mt 5.4)
Cristo contrasta a atual engrenagem social que prega o contrrio, onde feliz
quem ri, o rico ri toa. Quem chora o perdedor, o derrotado, o infeliz. Jesus fala de
felicidade e o sentido das suas palavras, difere dos momentos felizes encontrados,
efmeros e cada vez mais raros. Este no algo duradouro, pleno e possvel de se
passar aos outros porque to rpido que nem d pra pessoa apreciar muito tempo.
a armadilha da conquista, onde o prazer, a felicidade j a conquista. Uma vez
conseguido o objetivo, corre-se para outro, e outro, numa gincana atrs de cosias da
felicidade, mas sem chorar. A afirmao dirigida aquele que chora pela inocncia
perdida. Chora pelas inmeras maldades conscientes engendradas. Chora at, pela
9 Rabi = mestre
10 Feliz
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felicidade conseguida, a um preo to elevado. E existem felicidades to infelizes
que elas obrigam a fazer mais, oprimir e subjugar cada vez mais. Jesus ensina, vem
aos meus ps e chora, clama a mim que responderei. Conta tudo a mim, eu conheo o
gnero humano, sei sua essncia e, o mais importante, te aceito assim mesmo, do
jeito que voc .
Felizes os que choram pela constante omisso. A somatria delas a
sociedade glida, individual, indiferente at com o filho na sala, ou com o pai que
est no asilo. Chora pela maldade do mundo, esfarelando-se.
As bem-aventuranas esto em Mateus, do verso trs ao onze, e o verso doze
coroa todas elas;
Regozijai-vos e exultai, porque grande o vosso galardo nos cus; pois assim
perseguiram aos profetas que viveram antes de vs.Mt 5.12
Mt 6 Texto bblico Aplicao
9 Portanto, vs orareis assim: Pai
nosso, que ests nos cus,
santificado seja o teu nome;
Incio da orao, com louvor a Deus
por tudo que ele , seus atributos,
10 venha o teu reino; faa-se a tua
vontade, assim na terra como no
cu;
Sua majestade e todos atos que Ele
pode fazer
11 o po nosso de cada dia d-nos
hoje
Incio do pede-pede. Nesta forma de
orao, Jesus fala de sete coisas que
precisamos:
12 e perdoa-nos as nossas dvidas,
assim como ns temos perdoado
aos nossos devedores
1- Santificado seu nome
2- venha o reino
3- faa-se a tua vontade
4- d-nos po, hoje
13a e no nos deixes cair em tentao;
mas livra-nos do mal
5- dividas no sentido das ofensas
praticadas contra os outros e contra
Deus
6- no cair em tentao
7- livrar-nos do mal
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17
O louvor final, numa frmula que no aparece nos escritos originais e est
marcado entre parnteses, diz que Teu o reino, o poder e a Gloria eternamente,
Amm.
Esta orao, conhecida como o pai nosso , portanto uma matriz, que pode ser
mudada e includa as peties especiais de cada pessoa, podendo ser considerada
como uma orao particular, direta entre o que cr e Deus, que do alto da sua graa
tudo ouve e tudo sabe, desde as mais nfimas das nossas necessidades.
Algum poderia perguntar: - mas se Ele sabe pra que precisa ouvir da minha
boca? Na realidade, no Ele quem precisa ouvir, mas nos que precisamos falar
externar nossas impossibilidades direcionando ao Todo Poderoso nossas
necessidades e fortalecer-nos na firme convico que se far o que pedimos. F a
certeza das coisas que se esperam, a materializao da esperana e esta orao
ensinada por Jesus a orao que coloca o que precisamos nas mos Dele, mas
podemos pedir ainda, emprego, sade, paz com um visinho por exemplo. A parte de
pede-pede nossa, uma abertura que a frmula concede para falarmos, para
contarmos a Ele toda nossa dor. Ou alegria.
Os ensinos do sermo continuam pelo captulo seis, ensinando sobre o jejum;
de que no devemos ou no deveramos ajuntar tesouros onde a traa e a ferrugem
corroem ou que os ladres roubam, ou que pelo menos lembrssemos que a BMW
zero quilometro de hoje, o fusca de ontem e que como aquele passou e levou
consigo a sua glria, este tambm efmero. No que no seja buscado, claro, mas
que no seja a razo principal da vida, a busca por coisas. Das demais....
A ansiedade, mal maior nos dias atuais, tambm contemplada pelo sermo,
e o captulo sete remete aos julgamentos precipitados; quando comenta para no
julgarmos para no sermos julgados; para buscarmos um espao na nossa agenda
para orao; para acautelar-se dos falsos profetas ou das falsas profecias, no
somente aquelas relacionadas com coisas de igreja, mas daqueles, por exemplo, que
ensinam hoje que devssemos viver intensamente cada momento como se fosse o
ltimo, ou daqueles que ainda sugerem o fracasso dos casamentos. Os falsos profetas
podem ser identificados hoje em muitos setores.
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18
Edificar uma casa na rocha ou na areia11
, a princpio, parece ensinamento
simples, iguais aqueles dados pelos pais as criancinhas, para no colocar o dedo na
tomada, d choque! Mas a qual crescimento nos referimos? Seramos to completos
a ponto de no precisarmos ouvir, que se voc construir sua casa, moradia, lugar de
repouso sem um alicerce firme, forte, como uma rocha; ela desabaria? Jesus ensinou.
E tambm falou que o Meu povo sofre, porque lhe falta entendimento.
Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multides
maravilhadas da sua doutrinaporque ele as ensinava como quem tem autoridade e
no como os escribas Mt 7.28-29
No oitavo captulo, Mateus fala de cura, muitas outras curas realizadas pelo
Messias. Leprosos eram curados e limpos. O Centurio12
pede um milagre pelo seu
criado e reconhece a autoridade de Cristo, pedindo que fosse enviada apenas uma
palavra, para que seu servo fosse curado o que de fato aconteceu.
A sogra de Pedro estava com febre e curada (Mt 8.14-15); os que seguiam a
Cristo maravilharam-se ao ver uma tempestade sendo acalmada(Mt 8.23-27); na terra
dos Gadarenos, um homem que vivia nos sepulcros liberto; na cidade de
Cafarnaum, um paraltico recebe cura milagrosa.
H um comentrio de Jesus em Mt 9.10-13 muito revelador da misso a que o
Pai o incumbiu. Parou numa casa e comeou a comer com os Publicanos13
e
pecadores, sendo repreendido pelos fariseus, e a estes responde: Eu no vim para os
sos, vim para os doentes que precisam de mdico No vim chamar justos, e sim
pecadores.
O caso da mulher que sofria de fluxo hemorrgico por dezoito anos e tocou
nas vestes de Jesus descrito em Mt 9.19-22. Ela recebe sua cura, aps ouvir: Tem
bom nimo, filha, a tua f te salvou. O episdio dos dois curados de cegueira
aumenta ainda mais a fama de Jesus por toda aquela regio, apesar de serem avisados
para no contar a ningum o que lhes ocorrera.
11
Mt 7.24-27 12
Chefe de cem. Oficial encarregado do quartel das tropas romanas estacionadas em Israel. 13
Eram os judeus contratados por Roma como coletores de impostos. Eram odiados pelos Judeus,
alijados na sinagoga e do convvio com os da f.
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19
Mateus cita o nome dos doze apstolos que caminharam com Jesus, a saber:
Simo Pedro, Andr o irmo de Pedro, Tiago filho de Zebedeu e seu irmo Joo,
Filipe, Bartolomeu, Tom, Mateus o publicano, Tiago filho de Alfeu, Tadeu, Simo o
Zelote e Judas Iscariotes que foi quem o traiu. Estes foram os que receberam
autoridade sobe espritos imundos, para expelir e curar toda sorte de doenas e
enfermidades. Foram instrudos para no tomarem rumo aos gentios, nem entrar em
cidade de samaritanos; mas, de preferncia, procur as ovelhas perdidas da casa de
Israel; e, medida que seguisse, preguassem que est prximo o reino dos cus.
-Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demnios; de graa
recebestes, de graa dai, foram as palavras textuais ditas por Jesus.
Para que no levassem ouro ou prata nos cintos, nem alforje para o caminho
porque iriam receber a paga pelo trabalho dedicado. E, quando entrassem numa casa,
saudassem os moradores com a Paz de Cristo, mas se ninguem os ouvisse pelas
cidades: -sacudam o p das vossas sandlias porque no dia do juizo, tudo estar
patente.
Falou ainda a estes homens que iriam como ovelhas no meio de lobos, e para
tomar cuidado com o homem, e que na hora em que fosse preciso falar alguma coisa,
para no se preocupar porque o Esprito Santo falaria naquela hora, e que
Sereis odiados de todos por causa do meu nome; aquele, porm, que
perseverar at ao fim, esse ser salvo. Mt 10.22
Jesus parte para para ensinar nas diversas cidades que compunham a Nao e
as maravilhas que fazia ia em muito aumentando sua fama, a ponto de Joo Batista,
do crcere, enviar-lhe mensageiros para interrog-lo se Ele seria o Messias ou se
deveriam esperar outro. Jesus responde para eles mesmos tirarem suas concluses,
mas que vissem os cegos enchergando, os coxos andam e doenas so curadas.
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Ento, Jesus que cita agora as profecias, falando que elas j diziam a respeito de
Joo Batista (Ml 3.1). Neste mesmo captulo, Jesus critica as cidades que apesar de
terem visto os milagres que Ele havia realizado, mesmo assim estas cidades e suas
populaes no se arrependeream e deixaram seus maus desgnios. Suspira Ai de
ti! para cidades como Corazim, Betsaida, Cafarnaum, comparando-as com Sodoma,
se bem que, se em Sodoma houvesse realizado os milagres que ele fez, esta cidade
ainda permaneceria.
O Mestre convida a todos os cansados, os sobrecarregados a tomarem sobre si
o seu jugo, que suave e o seu fardo leve. Ministra os ensinamentos a respeito do
sbado, que Ele o Senhor do sbado. Devolve os moviementos mo ressequida de
um homem, mas o corao duro deles comea a arquitetatar um plano para tirar-lhe a
vida.
Isaas havia dito, Is 42.1-4 que Ele no esmagaria a cana quebrada, nem
apagaria o tio que fumegava, numa clara referencia aos fracos e desamparados
que Jesus no se esqueceu, para cumpri o que fora profetizado. Os farizeus
blasfemam contra as obras de Cristo, dizendo que Ele expelia demonios pelo poder
do rei dos demonios, Belzeb. Na sua defesa, Jesus cita que reino dividido no
persiste e que este era o nico pecado sem culpa, o pecado contra o Esprito Santo.
Pedem-lhe sinais de sua filiao Divina, mas Ele s lhes oferece o sinal de
Jonas,
Porque assim como esteve Jonas trs dias e trs noites no ventre do grande
peixe, assim o Filho do Homem estar trs dias e trs noites no corao da terra Mt
12.40
O Mestre condena a incredulidade deles, pois em Nnive, muitos creram em
Jonas e se arrependeram e Ele era maior do que Jonas e no creram na sua pregao.
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At mesmo sua prpria famlia, que fora procurar-lhe certa vez, foi comparada como
sendo grande o bastante para abrigar todos os que fizessem a vontade do Pai Celeste.
As parbolas de Jesus contem um ensinamneto grandioso, e a parbola do
semeador merece inclusive uma explicao a parte do Senhor, de to profunda e
relevante (Mt 13.1-22); contou tambm a parbola do Joio e do Trigo que so muito
semelhantes quando novas e se for arrancado o Joio, se arranca o Trigo tambm;
falou da f do tamanho de um gro de mostarda14
; dos tesouros escondidos; ensinou a
parbola da prola; da rede.
Joo Batista, que estava preso por ter ido corte avisar Herodes que no era
lcito possuir a mulher de seu irmo, morto pelos caprichos de uma jovem, que
danou ao rei e este agradando-se, concedeu-lhe o desejo manifestadoa ela por sua
me, de que fosse trazido a cabea de Joo numa bandeija. Os discpulos vieram e
levaram seu corpo e o sepultaram. Ao saber destes fatos, Jesus retira-se dali, num
barco, mas ao descer, encontra as multides famintas esperando-o e acontece a
primeira multiplicao dos pes.
Voltam para o mar seus discipulos e Ele fica ali, despedindo a multido e
quando o barco ia longe, aoitado pelos ventos de tempestade, despedida a multido,
Jesus foi ter com eles, andando por sobre o mar, e foi tomado como um fantasma
pelos integrantes do barco. Pedro vem ter com Ele e tambm experimenta andar por
sobre o mar, mas ia afundando quando Jesus o salvou,e a tempestade acalmou-se
quando entrou no barco. Do outro lado, em Genesar, uma multido tocava-o e eram
curados.
Sempre haviam pessoas perguntando ao Rabi coisas diversas, a respeito das
tradies, dos desrespeitos que seu apstolos fazim, ao que o Senhor responde com
uma profecia de Isaas
Hipcritas! Bem profetizou Isaas a vosso respeito, dizendo
Este povo honra-me com os lbios, mas o seu corao est longe de mim Mt
15.7-8
Eles falavam tanto em tradio, mas honrar pai e me, por exemplo, era um
mandamento pouco praticado entre os religiosos, sendo poucos os que praticavam.
Jesus ataca a religiosidade exterior, a que no era de corao sincero mas somente
uma religio vasia, para ser vista por todos. Uma mulher Canania procura Jesus pela
14
a menor semente do mundo
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enfermidade espiritual da filha, e recebe a cura, aps um dilogo com o Messias. Na
volta ao mar da Galilia, multides se aproximavam trazendo enfemos dos mais
diferentes males, e Ele os curou e eles, maravilhados, Glorificavam o Deus de Israel.
E teve compaixo de toda essa gente, porque estavam com Ele j h trs dias, e no
queria despedi-los com fome, para no desfalecerem pelo caminho. Jesus os
alimenta, com sete pes e alguns peixinhos, e tanto foi a fartura que sobraram sete
cestos cheios.
Indo Jesus para os lados de Cesaria de Filipe, perguntou a seus discpulos:
- Que dizem as pessoas sobre o Filho do Homem?
E lhe responderam, uns dizem que Elias, outros Joo Batista ou algum outro
profeta. Mas lhes perguntou e voces, quem voces acham que Eu sou? Respondeu-lhe
Simo Pedro:
-T s o Cristo, o Filho do Deus vivo, ao que Jesus se agradou pela revelao
dada e Pedro pelo prprio Deus.
O ministrio de Jesus continua, mas Ele j inicia os preparativos para seu
final, com profecias predizendo sua morte e ressurreio, que deveria passar em
Jerusalm por aquilo pelo qual tinha vindo, e Simo Pedro, chamando-o em separado
procurava convenc-lo de que estas coisas no iriam suceder, ao que veementemente
respondeu:
Arreda, Satans! Tu s para mim pedra de tropeo, porque no cogitas das
coisas de Deus, e sim das dos homens. Mt 16.23
Seis dias depois, Jesusu transfigurou-se perante Pedro, Tiago e Joo num alto
monte. Seu rosto resplandecia como o Sol e as suas vestes se tornaram brancas como
a luz. E apareceram Moiss e Elias falando com eles. Uma nuvem luminosa os
envolveu e ouviu-se uma voz que dizia: - Este o meu Filho amado, com quem me
comprazo; a ele ouvi. E voltando do monte, os proibiu de revelar aquela viso at o
Filho do Homem ressuscitar.
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Continuam as curas, agora de um jovem que encontrava-se possuido por um
esprito demoniaco a qual os apstolos no puderam expulsar. Jesus repreende o
esprito e este deixa-o. Arguido pelos apstolos porque no haviam conseguido
expulsar do menino o esprito, Jesus repreendeu a sua falta de f e disse que algumas
castas de demonio s saem com jejum e orao.
Muitas dvidas haviam no corao dos seguidores de Jesus, e sobre quem era
o maior no reino dos cus, era uma dela. Jesus responde que aquele que se humilhar,
como uma criana, este maior no reino dos cus, mas que melhor do que saber
quem era o primeiro, era melhor converter-se arrependendo dos seus pecados para
entrar no cu. Falou dos escndalos que iriam acontecer; e dos Ais que iriam padecer
quem fizesse fazer sofrer a um pequenino sequer, destes que eram Dle. Ensinou
como devemos perdoar um irmo (Mt 18.15-20) e quantas vezes tambm
Ento, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, at quantas vezes meu irmo
pecar contra mim, que eu lhe perdoe? At sete vezes?
Respondeu-lhe Jesus: No te digo que at sete vezes, mas at setenta vezes sete.Mt
18.21-22
No captulo dezenove, Jesus fala sobre o divrcio, autorizando a separao
somente em casos de relaes sexuais ilcitas. A dvida era que Moiss tinha dado
carta de divrcio e a prtica estava sendo realizada por qualquer motivo. Ainda um
jovem rico procura Jesus e vai-se atras delas novamente, o que d ensejo do
ensinamento contido em Mt 19.23-30.
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Usando da mais perfeita pedagogia, Jesus comparava o reino dos cus a um
dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para sua vinha.
Ajustou o dia por um denrio, e eles foram. O dono saiu ao meio dia, contratou
outros trabalhadores por um denrio, e eles foram. O dono saiu as dezesseis horas,
contratou outros trabalhadores por um denrio, e estes tambm se foram ao trabalho.
Ao final do dia, mandou seu administrador fazer os pagamentos, comeando pelos
ltimos, que receberam e se foram. Os primeiros muito se alegraram imaginando que
iriam receber mais, porque estavam l desded a madrugada, mas murmuravam contra
o dono da casa aps terem recebido um denrio, como os outros. O dono da vinha,
respondendo lhes disse: - Amigos, no sou injusto. No combinei contigo o dinheiro?
Toma a tua parte e vai-te. Acaso no lcito fazer o que quero com o que meu?
Assim, os ltimos sero primeiros, e os primeiros sero ltimos {porque muitos so
chamados, mas poucos escolhidos}.Mt 20.16
Ento, veio a me de Tiago e Joo, pedido que Jesus ordenasse l no seu
reino, que seus filhos se assentassem, um a direita e outro esquerda Dele nos cus.
Jesus lhes fala que no sabiam o que estavam pedindo. O fato gerou um confronto
entre os dez, ao que Jesus logo corrigiu, dizendo que se alguem quizesse ser grande
entre eles, que fosse o que mais servisse, e se alguem quisesse ser o primeiro, que
fosse servo, tal como o filho do Homem que no veio para ser servido, mas para
servir e dar a sua vida em resgate de muitos.
A partir do captulo vinte e um, temos as ltimas palavras de Jesus. A sua
entrada em Jerusalm, foi triunfal, como havioa predito o profeta Zacarias (Alegra-te
muito, filha de Sio; exulta, filha de Jerusalm: eis a te vem o teu Rei, justo e
salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.) Zc 9.9;
No vinha montado em um cavalo, como vinham os reis poderosos da terra, vinha
montado no animal mais simples que pudesse haver, um jumentinho. O povo
colocava suas vestes pelo caminho onde estava passando e alguns do povo cortavam
ramos de rvores, espalhando-os pelo caminho, e clamavam:
- Hosana ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas
maiores alturas!
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E Jesus entrando no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam;
derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas, e dizia:
- Est escrito15
- A minha casa ser chamada casa de orao; vs, porm, a
transformais em covil de salteadores.
Naquele mesmo templo, fez Jesus curas, de coxos, cegos e os meninos
louvavam o seu nome, para que se cumprisse o que estava escrito nos Salomos (Sl
8.2). Jesus sai dale e vai para Betnia, de de manha teve fome, e avistando uma
figueira, foi ver se tinha frutos, mas so tinham folhasm e disse-lhe; Nunca mais
nasa fruto de ti! E a figueira secou-se completamente. Os discpulos muito se
admiraram de que a figueira secasse, mas Ele lhes disse:Jesus, porm, lhes
respondeu: Em verdade vos digo que, se tiverdes f e no uvidardes, no somente
fareis o que foi feito figueira, mas at mesmo, se a este monte disserdes: Ergue-te e
lana-te no mar, tal suceder;e tudo quanto pedirdes em orao, crendo, recebereis
Mt 21.21-22
Jesus compara o reino dos cus ainda, a um casamento de um filho do rei;
ensinou a respeito dos tributos; ressurreio; o grande mandamento, Amar a Deus
sobre todas as coisas e o seu prximo como a ti mesmo; os farizeus e escribas
recebem uma repreensa Dle. O captulo vinte e quatro comea com um grandioso
semo proftico, onde predito a destruio do templo:
Ele, porm, lhes disse: No vedes tudo isto? Em verdade vos digo que no ficar
aqui pedra sobre pedra que no seja derribada.Mt 24.2
15
Confira Jr 7.11
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26
E continua com o anuncio das dores, o principio delas, da grande tribulao,
sobre a vinda do filho do Homem. Fala da parbola das dez virgens, cinco nscias e
cinco prudentes (Mt 25.1-13); A parbola dos talentos, dados a tres homens, que
trouxeram resultados inusitados ao seu patro (Mt 25.14-30); o grande julgamento
que se abater sobre todo mundo;
Aps estas coisas e parando de ensinar, profetiza: Saibam que daqui a dois
dias, quando celebrarmos a pcoa, o Filho do Homem ser entregue para se
crucificado, e o sumo sacerdote Caifs deliberavam em prend-lo, a traio e mat-
lo.
Os acontecimentos posteriores, merecero estudo detalhado em Lucas.
Marcos
Marcos o segundo Evangelho, da coleo de quatro livros que contam sobre
a vida e mensagem de Jesus, o Cristo. Os outros trs so Mateus, Lucas e Joo.
Mateus, Marcos e Lucas so chamados de Sinticos em razo de
apresentarem grande semelhana de forma e contedo quando colocados lado a lado,
em trs colunas paralelas. Apesar de sua posio posterior na seqncia dos escritos,
sabe-se que Marcos anterior a Mateus e que pode ter sido uma das principais fontes
de inspirao aos outros dois. A redao destes escritos deu-se entre os anos setenta e
oitenta.
O motivo principal que levou Marcos escrever este livro, ele mesmo o
declarou;
Pois o prprio Filho do Homem no veio para ser servido, mas para servir e
dar a sua vida em resgate por muitos. Mc 10.45
Pretendendo mostrar os atos de Jesus, de uma forma pratica, rpida e sem apegar-se
aos muitos detalhes. Aceita-se o argumento geral de que os leitores a quem se
destinam este evangelho sejam os romanos, caracterizados por um senso prtico
avesso a genealogias, citaes profticas ou dogmas judaicos. Marcos o mais curto
dos Sinticos, com dezesseis captulos e s registra quatro parbolas de Jesus. E com
a mesma rapidez com que Marcos imaginou este livro, comecemos:
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Jesus definido como Filho de Deus no primeiro versculo e esta eficiencia
em informar, ser a tonica da obra. De Joo Batista, conta-nos que suas vestes eram
feitas de pelos de camelo, que trazia um cinto de couro e se alimentava de mel
silvestre e gafanhotos. Fala-nos da sua pregao, e do batismo que realizava no rio
Jordo, onde compareceu Jesus para ser por ele batizado. Da cena do batismo, retira
as imagens da Santssima trindade, como todos Evangelhos o fazem e importante
pensar sobre isso. Se uma pessoa te diz que ouviu uma voz vinda do cu, talvez
devessemos tomar mais cuidado com quem andamos. Se vier uma testemunha junto,
bom, talvez algo no lhes fez bem. Mais uma, podemos ficar interessados. Mas
quatro pessoas falando isso, e todas presenciaram, vamos ver isso:
Naqueles dias, veio Jesus de Nazar da Galilia e por Joo foi batizado no rio
Jordo.Logo ao sair da gua, viu os cus rasgarem-se e o Esprito descendo como
pomba sobre ele.Ento, foi ouvida uma voz dos cus: Tu s o meu Filho amado, em ti
me comprazoMc 1.9-11
Jesus impelido ao deserto pelo Esprito, para ser tentato e o foi quarenta
dias;
Volta para a Galilia aps a priso de Joo Batista; Convoca quatro discpulos que
eram pescadores junto ao mar, Simo, Andr, Tiago e Joo; Sua fama comea a
correr toda aquela regio, aps a cura realizada na sinagoga do homem com espirito
imundo; Toma pela mo a sogra de Pedro e a febre a deixou e passou a servi-los; E
ele curou muitos doentes de toda sorte de enfermidades; tambm expeliu muitos
demnios, no lhes permitindo que falassem, porque sabiam quem ele era.
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Retira-se o Senhor para orar, e quando o encontram, concordam em ir por
todos os lugares, s povoaes visinhas, a fim de ensin-las, pois para isso tinha
vindo. Aproximou-se um leproso e Jesus compadecido daquela situao, o tocou, e
no mesmo instante lhe desapareceu a lepra e ficou curado, e lhe falou para no contar
nada a ninguem mas, tendo ele sado, entrou a propalar muitas coisas e a divulgar a
notcia, a ponto de no mais poder Jesus entrar publicamente em qualquer cidade,
mas permanecia fora, em lugares ermos; e de toda parte vinham ter com ele.
Quando o povo soube que entrara em Cafarnaum, logo foram correndo ate a
casa em que estava, e eram tantos que nem havia lugar nem na porta da casa, e Ele
ensinava-os. Quatro homens levavam um paraltico numa cama para que fosse
curado por Jesus. Como no pudessem adentrar na casa, fizeram um buraco no
telhado e desceram a cama at aos ps Dele, que vendo todo este esforo, diz:
Vendo-lhes a f, Jesus disse ao paraltico: Filho, os teus pecados esto
perdoados..Mt 2.5
Alguns escribas que estavam ali assentados, pensavam no seu corao: Que
Blasfmia, como pode este perdoar os pecados? O nico que pode perdoar os
pecados Deus! E Jesus conhecendo o que ia nos seus coraes, pergunta;_ O que
mais fcil, dizer ao paraltico esto perdoados os teus pecados ou dizer pega tua cama
e anda? Para saberem que o Filho do Homem tem poder para perdoar pecados, disse
ao paraltico:
- Levanta-te, toma o teu leito e vai para sua casa. Ento se levantou imediatamente, e
todos deram Glrias a Deus porque diziam: Nunca vimos coisa semelhate!
Vendo Levi, filho de Alfeu, sentado na coletoria, disse: Segue-me e este
seguiu.
Em Marcos captulo tres, versculos sete a doze, encontramos a primeira das
quatro passagens que s consta deste livro. o momento em que Jesus vai para os
lados do mar, tendo sempre uma grande multido a acompanh-lo. Ele pede aos
discpulos que sempre deixem um barquinho pronto, junto a praia, para que a
multido no o comprimisse, pois muitos que sofriam de enfermidades se arrojavam
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a Ele para o tocar. Tambm espritos imundos, quando o viam, se prostravam diante
dele exclamando: - T s o Filho de Deus! Mas Ele os repreendia severamente para
que no o expusessem publicidade.
Tambm encontra-se os nomes dos doze neste livro (Mc 3.13-19). A multido
era tanta que o Mestre nem conseguia comer e at seus parentes vieram para o
prender, porque diziam Est fora de Si. Dele, os escribas diziam estar possuido, e
Jesus lhes ensina sobre o nico pecado que no tem perdo, a Blasfmia contra o
Esprito Santo.
Marcos conta-nos apenas quatro parbolas16
de Jesus, e elas esto no captulo
quatro: A parbola do semeador; da candeia; da semente; e do gro de mostarda.
interessante o fato de Jesus falar em parbolas e explica-las somente aos discpulos,
numa demontrao flagrante de que no queria que seu ministrio fosse revelado a
ninguem antes que chegasse a hora;
E com muitas parbolas semelhantes lhes expunha a palavra, conforme o permitia a
capacidade dos ouvintes.E sem parbolas no lhes falava; tudo, porm, explicava
em particular aos seus prprios discpulos.Mc 4.33-34
Jesus vai terra dos Gadarenos, e quando desembarca surge um homem que
vivia nos sepulcros da cidade, e nem mesmo com cadeias se podia segur-lo, pois era
acometido de espritos imundos que o atormentavam. Andava sempre, de dia e de
noite, e se feria com pedras. Este se pos aos ps de Jesus e o adorou, mas os espritos
diziam: - Que temos ns com ti, Jesus Filho do Deus Altssimo! Deize-nos em paz,
ao que Jesus respondeu:
-Esprito imundo, sai deste homem!
E porque eram legies, mandou que fossem embora e entraram numa manada
de porcos que por ali pastavam, e os porcos , aproximadamente dois mil,
precipitaram-se despenhadeiro abaixo, para dentro do mar onde se aforaram. Os
porqueiros foram a cidade e contaram tudo o que ocorrera e vieram todos, e viram o
que andava pelos sepulcros assentado, vestido e em perfeito juizo e temeram.
16
Gnero literrio, muito usado pelo judasmo, que uma narrao alegrica, cujas imagens, tiradas
do cotidiano, permite ressaltar aspecto da doutrina
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Quando souberam o que acontecera aos porcos, comearam a rogar que Ele os
deixasse, pois haviam outras manadas e o negcio era bom. Quando Jesus entra no
barco, o que tivera as legies muito implorou para que fosse junto, mas o negou,
mandando ir a sua casa anunciar o que lhe sucedera aos seus; Ento, ele foi e
comeou a proclamar em Decpolis17
tudo o que Jesus lhe fizera; e todos se
admiravam.
Jairo, um dos principais da sinagoga, interpela Jesus do outro lado da margem
j apinhada de gente, rogando-lhe que Minha filhinha est a morte e Jesus foi com
ele. No caminho, uns vem ao encontro trazendo a notcia da morte da menina, e que,
portanto, ele no mais importunasse o Mestre, ao que Jesus exclama: - No temas,
cre somente. E chegando a casa, grande era o pranto e o choro e Lhes diz: - porque
choram? A criana no est morta, mas dorme! E riram-se Dele. Manda sair a todos,
pega o pai e a me e os que vieram com ele18
, adentram a casa, segura na mo da
menina e diz:
-Talit cumi!19
Imediatamente, a menina se levantou e ps-se a andar; pois tinha doze anos. Ento,
ficaram todos sobremaneira admirados.
Muitas passagens do texto de Marcos esto presentes nos dois outros
sinticos, mas em Mc 7. 32-37, encontramos a segunda exclusiva destas. Jesus
novamente est caminhando pelos territrios, agora perto de Decpolis, no mar da
Galilia e lhe trouxeram um, surdo e gago, para que lhe impusesse as mos. Pondo-
lhe a parte da multido, ps-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou a lngua com
saliva; e depois erguendo os olhos ao cu, suspirou e disse:
- Efat!, que quer dizer Abre-te!
Seus ouvidos sararam e parou de gaguejar, falando desembaraadamente, mas
ordenou-lhe que no contasse nada a ningum, contudo, quanto mais pedia mais eles
contavam;
17
Regio de Gedara, fora dos Judeus, portanto gentios. 18
Pedro, Tiago e Joo 19
Que quer dizer: Menina, eu te mando, levanta-te!
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Maravilhavam-se sobremaneira, dizendo: Tudo ele tem feito esplendidamente bem;
no somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos. Mc 7.37
A terceira exclusiva est em oito, do vinte e dois ao vinte e seis. Quando entram em
Betsaida, lhe trouxeram um cego rogando-lhe que o tocasse. Jesus, tomando o cego
pela mo, levou-o para fora da aldeia e, aplicando-lhe saliva aos olhos e impondo-lhe
as mos, perguntou-lhe: Vs alguma coisa? Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo
os homens, porque como rvores os vejo, andando. Ento, novamente lhe ps as
mos nos olhos, e ele, passando a ver claramente, ficou restabelecido; e tudo
distinguia de modo perfeito. Jesus o manda embora para sua casa recomendando-lhe
que no entrasse na aldeia.
Sete dias depois, subindo ao monte, transfigurou-se na presena de Pedro,
Tiago e Joo e insistiu com eles para que o no contassem a ninguem at ao dia em
que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos, e eles, mesmo sem entender,
no o contaram. Quando eles se aproximavam dos discpulos, viram numerosa
multido e que os escribas discutiam com eles. Ao verem Jesus, correram ao seu
econtro e o saudavam, e um jovem possesso ali presente, recebe sua cura.
Muitos outros relatos de cura percorem os captulos posteriores, e em Mc
14.51-52, encontramos a ltima parte exclusiva deste livro.
Seguia-o um jovem, coberto unicamente com um lenol, e lanaram-lhe a mo.
Mas ele, largando o lenol, fugiu desnudo. Mc 14.51-52
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A partir do captulo quatorze, a sucesso de fatos rpida, comentando-se os
acontecimentos ocorridos com Jesus na ltima semana da sua vida e, a tabela abaixo,
d detalhadamente todas as passagens contidas no livro. Como caracterstica
comentada no incio, a sucesso rpida de fatos marca registrada no livro de
mateus.
Referencia Acontecimento Versculo chave
14. 1-2 Arquitetado plano para tirar a vida de
Jesus
e os principais sacerdotes
e os escribas procuravam
como o prenderiam,
traio, e o matariam.
14.3-9 Uma mulher derrama perfume precioso
em Jesus
veio uma mulher trazendo
um vaso de alabastro com
preciosssimo perfume de
nardo puro; e, quebrando
o alabastro, derramou o
blsamo sobre a cabea
de Jesus.
14.10-11 Procuram entregar Jesus E Judas Iscariotes, um dos
doze, foi ter com os
principais sacerdotes,
para lhes entregar Jesus.
14.12-16 Os Preparativos para a pscoa E ele vos mostrar um
espaoso cenculo
mobilado e pronto; ali
fazei os preparativos.
14.17-21 O traidor indicado Pois o Filho do Homem
vai, como est escrito a
seu respeito; mas ai
daquele por intermdio de
quem o Filho do Homem
est sendo trado! Melhor
lhe fora no haver
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33
nascido!
14.22-26 A ceia do Senhor E, enquanto comiam,
tomou Jesus um po e,
abenoando-o, o partiu e
lhes deu, dizendo: Tomai,
isto o meu corpo
.
14.27-31 predito a Pedro que negaria a Cristo Respondeu-lhe Jesus: Em
verdade te digo que hoje,
nesta noite, antes que
duas vezes cante o galo, tu
me negars trs vezes.
14.32-42 Os acontecimentos no Getsmani20
E dizia: Aba, {Aba; no
original, Pai} Pai, tudo te
possvel; passa de mim
este clice; contudo, no
seja o que eu quero, e sim
o que tu queres.
14.43-50 A priso de Jesus Todos os dias eu estava
convosco no templo,
ensinando, e no me
prendestes; contudo,
para que se cumpram as
Escrituras.
14.53.65 Jesus levado perante o sumo sacerdote Levantando-se o sumo
sacerdote, no meio,
perguntou a Jesus: Nada
respondes ao que estes
depem contra ti?
14.66.72 E cumpre-se a profecia contra Pedro 11 E logo cantou o galo pela
segunda vez. Ento, Pedro
20
Um jardim situado ao p do monte das oliveiras
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se lembrou da palavra que
Jesus lhe dissera: Antes
que duas vezes cante o
galo, tu me negars trs
vezes. E, caindo em si,
desatou a chorar.
15.1-15 O dilogo com Pilatos Mas Pilatos lhes disse:
Que mal fez ele? E eles
gritavam cada vez mais:
Crucifica-o!
15.16-20 Os soldados ironizam-no Davam-lhe na cabea com
um canio, cuspiam nele
e, pondo-se de joelhos, o
adoravam.
15.21 A cruz carregada E obrigaram a Simo
Cireneu, que passava,
vindo do campo, pai de
Alexandre e de Rufo, a
carregar-lhe a cruz.
15.22-32 A crucificao Ento, o crucificaram e
repartiram entre si as
vestes dele, lanando-lhes
sorte, para ver o que
levaria cada um.
15.33-41 Sua morte Mas Jesus, dando um
grande brado, expirou
15.42-47 Seu sepultamento Este, baixando o corpo da
cruz, envolveu-o em um
lenol que comprara e o
depositou em um tmulo
que tinha sido aberto
numa rocha; e rolou uma
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pedra para a entrada do
tmulo.
16.1-8 A ressurreio de Jesus Ele, porm, lhes disse:
No vos atemorizeis;
buscais a Jesus, o
Nazareno, que foi
crucificado;ele
ressuscitou, no est mais
aqui; vede o lugar onde o
tinham posto
16.9-11 Maria Madalena v Jesus Estes, ouvindo que ele
vivia e que fora visto por
ela, no acreditaram.
16.12-13 Mais dois vem Jesus E, indo, eles o
anunciaram aos demais,
mas tambm a estes dois
eles no deram crdito.
16.14-18 A comisso para levar a mensagem ao
mundo
E disse-lhes: Ide por todo
o mundo e pregai o
evangelho a toda criatura
16.19-20 A ascenso do Cristo De fato, o Senhor Jesus,
depois de lhes ter falado,
foi recebido no cu e
assentou-se destra de
Deus.
Lucas
Lucas o terceiro evangelho sintico e foi escrito pelo mdico Lucas, que
talvez no fosse judeu, talvez um cristo-gentio. Tambm o autor do Livro dos
Atos dos apstolos e est escrevendo para gregos, um povo mais culto, apresentando
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Jesus como homem, s que perfeito. Toda humanidade de Cristo revelada nas
pginas deste Evangelho, retratando que ele veio, assumiu nossa condio humana e
venceu. Sofreu as mesmas tentaes que todos sofremos, mas no pecou, manteve
sua santidade, e Lucas quer mostrar que assim como o homem Jesus conseguiu,
agora todos podem.
Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes
respondeu: No vem o reino de Deus com visvel aparncia.Nem diro: Ei-lo aqui!
Ou: L est! Porque o reino de Deus est dentro de vs.Lc 17.20-21
O reino de Deus, em Lucas j chegou, e Jesus convida a todos para participar
do reino que j est dentro de ns.
Este evangelho comea com uma declarao do autor, de que ele mesmo no
viu os fatos que vai contar, mas fez isso aps uma acurada investigao de todos os
fatos que ocorreram, investigao esta realizada junto s testemunhas oculares que
estavam presentes aos acontecimentos. Dedica sua obra a Tefilo, que poderia ser um
grego financiador de pesquisas, ou alguem interessado nos fatos, mas Tofilo pode
ser tambm To+filos ou filho de Deus, a igreja em geral. Fato que o motivo era
para que tivssemos certeza das verdades em que fomos instridos Lc 1.4
Lucas busca da origem do nascimento de Joo Batista, informando que seu
pai era sacerdote e que se chamava Zacarias, casado com uma das filhas de Aro e
chamava-se Isabel. Viviam uma vida irrepreensvel na presena do Senhor mas
Isabel era estril e ambos j eram avanados em dias. Num dia em que era seu turno
de entrar no Santurio do Senhor para queimar insenso, eis que lhe apareceu um anjo
do Senhor em p, a direita do altar. Vendo-o ficou com medo, mas o anjo lhe disse: -
No temas porque sua orao foi ouvida e sua mulher Isabel lhe dar um filho a
quem pors o nome de Joo, e ele ser grande e converter o corao de muios aos
Senhor.
Zacarias objeta que j era velho, e como isso aconteceria? O anjo responde
que era Gabriel e que viera direto do trono de Deus trazer a nova mas, como no
acreditou, ficaria mudo at o dia em que acontecesse isso. Zacarias sai do templo
mudo e s expressava-se por sinais, e o povo ento soube que tivera uma viso do
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anjo. Passados seus dias de servir no templo, voltou para casa. E sua esposa Isabel
achou-se grvida e se escondeu por cinco meses, dizendo:
Assim me fez o Senhor, contemplando-me, para anular o meu oprbrio perante os
homens.Lc 1.23
E no sexto mes de gestao de Isabel, o anjo Gabriel foi enviado pelo Senhor
a uma cidade da Galilia chamada Belem, a uma virgem, noiva de certo varo
chamado Jos cujo nome era Maria. Ao entrar o anjo a saudou; -Alegra-te muito,
favorecida! O Senhor contigo.
Estas palavras deixaram a jovem perturbada e pensava no significado destas
palavras, ao que o Anjo a acalma: No temas, achastes graa diante de Deus,
concebers e dars a luz a um filho e lhe pors o nome de Jesus. Ela contrape
argumentando que no conhece homem, como se daria isso? Respondeu-lhe o anjo:
Descer sobre ti o Esprito Santo, e o poder do Altssimo te envolver com a sua
sombra; por isso, tambm o ente santo que h de nascer ser chamado Filho de Deus.
O anjo tambm comenta que Isabel, que era sua parente, estava j no sexto mes de
gestao.
Maria foi a casa de Isabel e quando a saudou, o bebe lhe estremeceu no
ventre, e ela, possuida pelo Esprito Santo exclamou ema alta voz: Bendita s tu
entre as mulheres e bendito o fruto do teu ventre. Maria muito se alegra, e diz
palavras maravilhosas, que formam um cntico, o Magnificat (Lc 1.46-56).
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E completados os dias em que Isabel daria a luz, lhe nasceu um menino e
todos vieram a sua casa alegrar-se com eles, e no oitavo dia, o menino foi
circuncidado, e lhe queriam colocar o nome do pai, Zacarias, ao que Isabel se opos,
falando que o nome era Joo. Este nome no correspondia ao nome de nenhum dos
parentes deles, por isso contendiam pelo nome e foram perguntar ao pai, que
escreveu o nome numa tabuinha, Joo. Imediatamente abriu-se-lhe a boca e louvava
ao Senhor. Todos seus vizinhos ficaram atemorizados comentando-se o fato por toda
regio montanhosa da Judia. O menino contava com a mo do Senhor sobre si.
Seu pai Zacarias, cheio do Esprito Santo, profetizou e estes foram
trandormados num cantico, o Benedictus. (Lc 1.68-79). E o menino crescia e se
fortalecia em esprito, e viveu nos desertos at ao dia em que havia de se manifestar a
Israel.
O nascimento de Jesus, talvez a histria mais contado do mundo, aconteceu
assim: Foi decretado por Csar Augusto, que toda populao do imperio deveria
recensear-se, e que cada um fosse a sua cidade para faz-lo. Jos, que era da casa de
Davi, foi para Belm a fim de alistar-se com Maria que se achava grvida, s que em
l chegando, ela deu a luz ao seu primognito, numa manjedoura, porque no
existiam acomodaes para eles na hospedaria.
Naquela regio haviam pastores que cuidavam dos seus rebanhos, e aparece-
lhes um Anjo, trazendo as Boas novas:
que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que Cristo, o Senhor.Lc
2.11
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Estes foram apressadamente para Belm, onde encontraram o menino como
lhes havia falado o anjo, numa manjedoura e, contaram tudo o que viram, e como
tudo sucedeu como ouviram. Voltaram para suas casas, louvando e glorificando a
Deus pelas maravilhas acontecidas.
Aos oito dias, o menino foi circuncidado e lhe deram o nome de Jesus, como
o Anjo falara. E Jesus apresentado no templo segundo a lei de Moiss.
curioso notar como Lucas apresenta detalhes neste Evangelho que de
maneira alguma encontramos em Mateus e Marcos. Tanto que s em Lucas
sabemos da circunciso de Jesus. No relato de seus pais terem se equivocado e
esquecerem-se do menino aos doze anos quando voltavam de Jeruslm; esto
presentes toda preocupao em mostrar o humano. E o que pode ser mais humano do
que uma criana travessa?
Pensando, porm, estar ele entre os companheiros de viagem, foram caminho de um
dia e, ento, passaram a procur-lo entre os parentes e os conhecidos;Lc 2.44
E voltando,aps tres dias, encontram a criana sentada, no templo dialogando
com os doutores, ouvindo-os de perguntando. Todo pai lembra da poca do que
isso? O que aquilo? O que se faz com aquilo outro? Nada mais humando. Sua me
lhe interroga e ele comenta: - Me cumpria estar na casa de meu pai!. E foi com eles
para Nazar e era submisso. E crescia o menino em sabedoria, estatura e graa,
dainte de Deus e dos homens. Um menino com um nascimento miraculoso, filho de
Deus, mas comum.
Outro tema interessante que Lucas falou da mulher nos captulos analisados
at agora, o um e o dois. Numa cultura em que a mulher vale menos que um camelo
em muitas localidades, Lucas retrata dois nascimentos, de Joo e Jesus, numa
demonstrao da importancia que ele d a mulher como participante da vida do Filho
do Homem. Fala ainda dos pastores que receberam a visita do Anjo, que veio dar-
lhes as Boas Novas. Mostra que o Anjo no apareceu s autoridades maiores em
Belm, ou em Israel, mas revelou-se aos pobres, aos excluidos e este Evangelho
voltado e eles, os alejados da sociedade, como as mulheres, os pobres, velhos e
crianas.
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Lucas d a data exata quando comeou o ministrio de Joo Batista (Lc 3.1),
e a idade certa quando comeou o de Jesus, trinta anos (Lc 3.23), donde notamos um
espao de dezoito anos, desde a ltima comunicao sobre Jesus perdido dos pais no
templo com doze anos e a data atual. So dezoito anos em que no lemos nada a
respeito de Jesus, o que interessante, porque um escritor to meticuloso como
Lucas tem sido at agora, no deixaria um lapso to grande de tempo sem
informao alguma.
justamente nesse lapso de tempo, que as mais diversas teorias tem se
formado, desde sua ida a uma comunidade dos Essenios, onde teria recebido todo
conhecimento esotrico que o habilitou a realizao de milagres, quanto ao seu
envolvimento com Maria Madalena, que lhe gerou um filho, e por ai vai. Esses
dezoito anos que fermentam as mentes de muitos autores, fermentando tambm
suas contas bancrias. O que no se escreveu de Jesus manipulado e transformado
no mais importante at do que se escreveu.
Encontramos na narrao de Lucas, um detalhe pequeno mas significativo,
quando do batismo de Jesus por Joo: E aconteceu que, ao ser todo o povo batizado,
tambm o foi Jesus.(Lc 3.21). Todo povo e Jesus com todo povo! A humanidade de
Jesus novamente afirmada, mostrando um homem comum, em meio a multido. Essa
mesma multido que esmaga a muitos, no era motivo de opresso para Jesus. O
anonimato no era impedimento, talvez fosse sua fora.
Sob uma perspectiva diferente, a genealogia de Jesus em Lucas guarda
algumas diferenas com a de Mateus(Lc 3.23-38). O versculo vinte e tres contm
duas ilaes que precisam ser esclarecidas. Na primeira, comenta sobre a paternidade
de Jos Era, como se cuidava, filho de Jos ou seja, parece que nem todos
julgavam que Jos fosse o pai de Jesus e a frase, demonstra uma acomodao da
situao. Portanto, Jesus como todos diziam era filho de Jos. A segunda pequena
diferena reside na paternidade do prprio Jos. Em Lucas, Jos aparece como filho
de Eli Lc 3.23b; Em Mt 1.16, soubemos que Jos era filho de Jac e a aparente
desavena pode estar no fato de Jos ser filho de Eli pelo casamento com Maria ou
seja, comeou a fazer parte dos filhos de Eli depois que se casou.
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Esta genealogia tem um particular interessante, porque no foi elaborada dos
pais para os filhos, mas dos filhos para os pais e, no versculo trinta e dois, o filho de
Davi com Bate-Seba, Salomo, no o mencionado, como ocorre em Mateus, mas
Nat que est no seu lugar. A relao segue, passa por Abrao, porque Lucas no
queria provar que Jesus era Judeu ou de linhagem real. Quer mostrar que suas
origens remonta a Ado, o pai da humanidade. Termina em Ada, filho de Deus.
A partir do captulo quatro, encontramos registros dos milagres, atos,
profecias de Jesus numa sequencia paralela de Marcos. Abaixo encontra-se
relacionados estes fatos:
Registros de Lucas: Galilia
Mensagem em Nazar, a sua cidade 40.16-30
Curas em Cafarnaum 4.31-44
A pesca maravilhosa 5.1-11
O chamado de Levi 5.27-28
Os fariseus tambm veem 6.1-11
A convocao dos doze 6.12-16
Instruoes para o campo 6.17-49
Maravilhas 7.1-17
Oratria do Senhor 7.18-50
Parbolas 8.4-18
A famlia de Jesus 8.19-21
A tempestade acalmada 8.22-25
A cura do gadareno 8.26-39
A cura de uma mulher enferma 8.43-48
Ressurreio da filha de Jairo 8.49-56
A misso dada aos seguidores 9.1-6
A primeira multiplicao 9.10-17
Pedro confessando 9.18-22
A transformao 9.28-36
Cura do jovem 9.37-43
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Registros de Lucas: Judia
A ida e o regresso dos setenta 10.1-24
O bom Samaritano 10.25-37
A melhor parte 10.38-42
A orao do Pai nosso 11.1-4
Em busca de sinais 11.29-32
O fermento dos fariseus 12.1-12
Jesus reprova a avareza e a ansiedade 12.13-59
O ensino sobre a figueira 13.6-9
O reino de Deus 13.18-30
Curas, posies e parbola 14.1-24
A abnegao no servio de Cristo 14.25-33
Os perdidos 15.1-32
O administrador infiel 16.1-13
A caminho 16-17
Registros de Lucas : Jerusalm
A grande entrada em Jerusalm 19.28-40
A Autoridade de Jesus e o batismo 20.1-7
Escatologia 20.27-40
A Pscoa de Jesus 22.14-38
A traio 22.47-53
Colocado perante o sumo sacerdote 22.66-71
Pilatos 23.1-7
Crucificao 23.33-38
Sepultamento 23.50-56
Ressurreio 24.1-12
Ascenso 24.50-53
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Do material nico a Lucas, a instruo do bom Samaritano, agrega muito
contedo. Perguntado pelos intrpretes da lei sobre o que fazer para herdar a vida
eterna, e com o intuito de coloc-lo a prova. Jesus responde que isso j estava
escrito na lei, que deve-se Amar o seu prximo, ao que aquele replica: - Quem o
meu proximo? Jesus passou a contar, ento, que havia certo homem que vinha numa
estrada, quando foi assaltado por um bando, que alm de lhe levarem tudo que
possuia, ainda o espancaram deixando-o semimorto. Casualmente, passou um
sacerdote por al e vendo-o, passou ao largo. Um levita que passava por ali, fez o
mesmo. Certo samaritano21
, passando por ali, condoeu-se do homem Certo
samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se
dele.E, chegando-se, curou seus ferimentos, aplicando-lhes leo e vinho e,
colocando-o sobre o seu prprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou
dele.No dia seguinte, tirou dois denrios e os entregou ao hospedeiro, dizendo: -
Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando
voltar.Jesus ento pergunta qual destes trs parecia ter sido o prximo do homem que
caiu nas mos dos salteadores?
Respondeu-lhe o intrprete da Lei: O que usou de misericrdia para com ele. Ento,
lhe disse: Vai e procede tu de igual modo Lc 10.37
A percope22
em Lucas 15.11-32 tambm merece destaque, no s pelo
material o material indito, como tambm pelo ensino contido. a parbola do pai
que tinha dois filhos, e o filho mais novo pede ao pai que lhe d sua parte na herana,
que gostaria de sair a outras terras, conhecer e viajar o mundo. O pai reparte sua
21
Os judeus no consideravam os samaritanos como seu povo. Antes como pagos 22
Texto que constitui uma unidade literria
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herana entre eles e o filho, depois de alguns dias, parte para uma terra distante e l
dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Ento, houve uma grande fome
naquela terra e ele comeou a passar necessidades, conseguindo emprego de
apascentar porcos23
. L desejava comer as bolotas que davam aos porcos, mas nem
isso lhe davam. Ento, caindo em si, lembrou-se do pai, de que os trabalhadores do
seu pai tinham mais dignidade do que ele, e resove vir ao pai, pelo menos para ser
empregado. O pai, o avistou ainda quando ele vinha ao longe, e compadecido dele,
correu ao seu encontro e o abraou, e o beijou. O Pai manda que seus servos se
apressem, e trouxeram-lhe a melhor roupa, um anel que colocou no dedo e um par de
sandlias. Mataram um novilho novo e festejaram, porque;
Porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E
comearam a regozijar-se.Lc 15.24
Tambm nico o texto em 18.9-14, na parbola do fariseu e o publicano,
para alguns que confiavam em si mesmos por se considerarem justos e desprezarem
os demais. Conta que dois homens subiram ao templo com o propsito de orar: um,
fariseu, e o outro, publicano.O fariseu, posto em p, orava de si para si mesmo, desta
forma: Deus, graas te dou porque no sou como os demais homens, roubadores,
injustos e adlteros, nem ainda como este publicano;jejuo duas vezes por semana e
dou o dzimo de tudo quanto ganho.O publicano, estando em p, longe, no ousava
nem ainda levantar os olhos ao cu, mas batia no peito, dizendo: Deus, s propcio
a mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e no aquele; porque todo o que
se exalta ser humilhado; mas o que se humilha ser exaltadoLc 18.14
Zaqueu, o publicano material exclusivo tambm em Lucas. Fala a respeito
de Zaqueu, um cobrador de impostos e rico, que procurava ver quem era Jesus, mas
no podia por causa da multido e porque ele era de pequena estatura. Quando soube
que Jesus entrara em Jeric, e sabendo por onde Ele iria passar, apressou-se e,
correndo, subiu numa figueira brava e ficou esperando passar a Jesus de Nazar.
Este, quando chegou quele local, olhando para cima o viu no alto da rvore, disse: -
23
Apascentar porcos era o emprego mais desprezvel que um judeu poderia aspirar
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Zaqueu, desce depressa, pois me convm ficar em tua casa hoje. Ele desce a toda
pressa e o recebeu com alegria.
Os murmuradores de planto comentam que Jesus no deveria se hospedar nem
comer na casa de um pecador, ao que Zaqueu se levanta e diz: Senhor, resolvo dar
aos pobres a metade dos meus bens e se roubei alguem, restituo quatro vezes mais,
ao que em muito se alegra Jesus, a ponto de dizer:
Ento, Jesus lhe disse: Hoje, houve salvao nesta casa, pois que tambm este
filho de Abrao.Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido Lc 19.9-
10
Nos instantes finais de Jesus, Lucas revela algo novo sobre os dois
malfeitores que foram crucificados ao lado de Jesus, um direita, outro a esquerda,
quando chegaram ao lugar chamado Calvrio24
. Um dos crucificados blasfemava
contra ele, dizendo: No t o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a ns tambm. O
outro o repreendeu, alegando que eles mereciam estar ali, mas Jesus, o que ele tinha
feito? No merecia estar al. E dirigindo-se a Jesus, suplica: Jesus, lembra-te de mim
quando vieres no teu reino;
Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estars comigo no parasoLc
23.43
A ressurreio de Jesus, tem em Lucas a maior quantidade de material em se
comparando com Mateus, Marcos ou Joo. Se desde o princpio, Lucas est
24
Calvrio no original, Caveira
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mostrando a humanidade de Jesus, agora procura fundamentar com a maior
quantidade de material o fato. Comeando pelo capitulo vinte e quatro, vamos
analisar todas as pessoas que esto descritas neste episdio. As primeiras pessoas que
souberam do fato foram Maria Madalena, Joana e Maria me de Tiago. Elas foram
alta madrugada, no primeiro dia da semana, e encontraram a pedra removida e
qaundo entraram, no acharam o corpo do Senhor Jesus e estando ainda perplexas,
apareceu-lhes dois vares com veste resplandescentes, falou-lhes:
Por que buscais entre os mortos ao que vive?Ele no est aqui, mas ressuscitou.
Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galilia,quando disse: Importa
que o Filho do Homem seja entregue nas mos de pecadores, e seja crucificado, e
ressuscite no terceiro dia Lc 24.5c-7
Elas foram aos onze e lhes anunciaram esta coisas mas eles a tiveram por
delirantes, e no creram. Porm, Pedro foi e viu o sepulcro vazio e ficou
maravilhado.
Dois discpulos estavam de caminho para uma aldeia chamada Emas, e
vinham pelo caminho comentando as coisas que tinham acontecido e Jesus comeou
a caminhar e conversar com eles, mas no lhe podiam reconhecer porque seus olhos
estavam como que impedido. E caminhando Jesus lhes perguntou sobre o que
falavam e eles lhe perguntaram se no soubera das coisas que ocorreram em
Jerusalm, sobre Jesus, que havia morrido e tudo mais. Jesus lhes repreende,
perguntado se no criam nas coisas que os profetas disseram! E discorreu desde
Moiss, e falando-lhes todas as profecias a respeito de que Ele ressuscitaria e assim
foram caminhando. Em chegando a porta de suas casas, Jesus ia seguir adiante, mas
ele o constrangeram dizendo: Fica conosco, porque tarde, e o dia j declina. E
entrou para ficar com eles. E aconteceu que, quando estavam mesa, tomando ele o
po, abenoou-o e, tendo-o partido, lhes deu;
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Ento, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da
presena delesLc 24.31
E foram na mesma hora de volta para Jerusalm contar as novas.
E Falavam ainda sobre estas e outras coisas, quando Jesus apareceu no meio
deles e lhes disse: Paz seja convosco! Eles, porm, surpresos e atemorizados,
acreditavam estarem vendo um esprito.Mas ele lhes disse: Por que estais
perturbados? E por que sobem dvidas ao vosso corao?Vede as minhas mos e os
meus ps, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um esprito no tem
carne nem oss