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Norma Portuguesa NP 1385 2010 Betões Determinação da composição do betão fresco Bétons Détermination de la composition des bétons frais Concrete Determination of the fresh concrete mix ICS 91.100.30 DESCRITORES Betões; betão fresco; composição; agregados; ensaios; determinação do teor de água CORRESPONDÊNCIA HOMOLOGAÇÃO Termo de Homologação n.º 105/2010, de 2010-06-29 A presente Norma resulta da revisão da NP 1385:1976 (Ed. 1) ELABORAÇÃO CT 104 (ATIC) 2ª EDIÇÃO Junho de 2010 CÓDIGO DE PREÇO X002 IPQ reprodução proibida Instituto Português da ualidade Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Norma Portuguesa

NP 1385 2010

Betões Determinação da composição do betão fresco Bétons Détermination de la composition des bétons frais

Concrete Determination of the fresh concrete mix

ICS 91.100.30 DESCRITORES Betões; betão fresco; composição; agregados; ensaios; determinação do teor de água CORRESPONDÊNCIA

HOMOLOGAÇÃO Termo de Homologação n.º 105/2010, de 2010-06-29 A presente Norma resulta da revisão da NP 1385:1976 (Ed. 1) ELABORAÇÃO CT 104 (ATIC) 2ª EDIÇÃO Junho de 2010 CÓDIGO DE PREÇO X002

IPQ reprodução proibida

Instituto Português da ualidade Rua António Gião, 2 2829-513 CAPARICA PORTUGAL

Tel. + 351-212 948 100 Fax + 351-212 948 101 E-mail: [email protected] Internet: www.ipq.pt

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Sumário Página

1 Objectivo e campo de aplicação ........................................................................................................... 4

2 Referências normativas ......................................................................................................................... 4

3 Resumo do processo .............................................................................................................................. 4

4 Aparelhos e utensílios ............................................................................................................................ 4

5 Provetes .................................................................................................................................................. 5

5.1 Agregados ............................................................................................................................................. 5

5.2 Betão ..................................................................................................................................................... 5

6 Procedimentos ........................................................................................................................................ 5

6.1 Generalidades ....................................................................................................................................... 5

6.2 Determinação dos factores de correcção devidos aos agregados ......................................................... 6

6.3 Determinação do teor de água do betão ............................................................................................... 6

6.4 Determinação da massa volúmica do betão .......................................................................................... 7

6.5 Separação granulométrica do agregado do betão ................................................................................. 7

7 Composição do betão ensaiado ............................................................................................................. 8

8 Relatório de ensaio ................................................................................................................................ 8

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1 Objectivo e campo de aplicação A presente Norma estabelece o método de ensaio para quantificar os constituintes do betão fresco fabricado segundo a NP EN 206-1, sem fibras e com agregados cuja máxima dimensão do agregado mais grosso (ver NP EN 12620) não seja superior a 50,0 mm1).

2 Referências normativas Os documentos a seguir referenciados são indispensáveis para a aplicação da presente Norma. Para as referências datadas aplica-se a edição citada. Para as referências não datadas aplica-se a última edição do documento referenciado (incluindo as emendas).

NP EN 206-1 Betão – Parte 1: Especificação, desempenho, produção e conformidade

NP EN 12620 Agregados para betão

3 Resumo do processo Determinação do teor de água do betão, por secagem; determinação da massa volúmica do betão, por impulsão; separação, por lavagem e peneiração, das fracções de agregado grosso e de agregado fino, constituintes do betão, e correcção dos valores obtidos em face dos resultados de um ensaio granulométrico dos agregados utilizados; cálculo da dosagem da água, dos agregados grosso e fino e do ligante a partir dos valores determinados.

4 Aparelhos e utensílios

4.1 Balança com capacidade não inferior a 20 kg, com a resolução de 1 g, provida de um dispositivo que permita a suspensão do balde referido em 4.2 e a realização das pesagens nas condições especificadas em 6.4.

4.2 Balde de metal resistente à corrosão, com cerca de 30 cm de diâmetro e 30 cm de profundidade, com fundo convexo, sem aro ou qualquer saliência que provoque retenção de ar quando da sua imersão. A suspensão do balde deve possuir gravada uma marca para ajustamento do nível de imersão.

4.3 Tina com dimensões suficientes para imersão do balde referido em 4.2 sem que toque nas paredes ou no fundo. Deve possuir, próximo do fundo, uma ligação com torneira a um pequeno reservatório, através de um tubo flexível, para permitir variar o nível da água dentro da tina.

4.4 Peneiros de rede de malha quadrada com as aberturas nominais de 4,0 mm (peneiro da série base da NP EN 12620) e 150 µm, com diâmetro de cerca de 40 cm e as profundidades de cerca de 15 cm e 30 cm, respectivamente. O primeiro peneiro deve poder encaixar-se no segundo, de modo a ficarem com as bocas ao mesmo nível; o peneiro de 150 µm deve ter a rede suportada inferiormente por uma rede de malha mais larga e resistente. Em vez do peneiro de 150 µm de abertura pode utilizar-se o de 125 µm.

1) Para ser aplicável a betões com agregados de máxima dimensão superior à indicada, o processo descrito na presente Norma carece de adaptações, em especial porque é necessário aumentar as massas dos provetes e, consequentemente, alterar as características do equipamento para o ensaio.

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4.5 Mangueira com agulheta e dispersor, para lavagem dos agregados com água.

4.6 Varão de compactação, de aço, com (16 ± 1) mm de diâmetro e (60 ± 5) cm de comprimento, com as pontas arredondadas.

4.7 Tabuleiro metálico para secagem do provete de betão nas condições especificadas na secção 6.3.

4.8 Fogareiro a gás para aquecimento do tabuleiro referido na secção 4.7.

4.9 Estufa para secagem a 105 oC/110 oC.

5 Provetes Para o ensaio são necessários provetes do betão fresco e provetes dos agregados utilizados no fabrico deste betão.

5.1 Agregados

Tomar, das diferentes categorias de agregados utilizadas no fabrico do betão, quantidades proporcionais às utilizadas na sua composição, devendo a soma das massas de todas as tomas ser cerca de 4 kg.

Com as tomas efectuadas constituir, separadamente, dois provetes: um de agregado grosso e outro de agregado fino.

Constituir, nas mesmas condições, mais dois provetes de agregado grosso e mais dois de agregado fino.

5.2 Betão

Retirar da mesma amostra de betão dois provetes, um com cerca de 5 kg para determinar o teor de água e outro com cerca de 12 kg para determinar a massa volúmica e fazer a separação granulométrica do agregado nele contido.

6 Procedimentos

6.1 Generalidades

A realização do ensaio comporta:

− a determinação dos factores de correcção devidos aos agregados, para ter em conta, no cálculo dos resultados do ensaio, a presença, no agregado grosso, de partículas que passem no peneiro de 4,0 mm e, no agregado fino, de partículas que fiquem retidas neste peneiro ou que passem no peneiro de 150 µm;

− a determinação do teor de água do betão;

− a determinação da massa volúmica do betão;

− a separação granulométrica do agregado contido no betão.

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6.2 Determinação dos factores de correcção devidos aos agregados

6.2.1 Procedimento de ensaio

Efectuar a determinação dos factores em triplicado, utilizando, de cada vez, um provete de agregado fino e um provete de agregado grosso.

Assim, de cada vez:

Secar o provete de agregado grosso e o provete de agregado fino na estufa a 105 oC/110 oC (4.9), até massa constante2), pesar cada um deles com a balança (4.1) e registar os valores, m1, em kg, das massas de cada provete.

Reunir os dois provetes, adaptar o peneiro (4.4) de 4,0 mm de abertura sobre o peneiro (4.4) de 150 µm de abertura, peneirar e lavar com água o material sobre este conjunto de peneiros com o chuveiro (4.5), durante pelo menos 2 min.

Durante esta operação, se necessário, mudar à mão a posição das partículas sobre o peneiro superior a fim de tornar a lavagem tão efectiva quanto possível. Retirar o peneiro de 4,0 mm com a fracção granulométrica nele retida e prosseguir a lavagem do restante material sobre o peneiro de 150 µm, durante, pelo menos, 10 min até que a água saia limpa.

Deixar escorrer as fracções granulométricas retidas em cada um dos peneiros, secá-las na estufa a 105 oC/110 oC até massa constante. Pesar e registar os valores, m2, em kg, das massas das fracções grossas retidas e das fracções finas retidas.

6.2.2 Cálculo do factor de correcção

Calcular o factor de correcção f de cada provete de agregado fino e de cada provete de agregado grosso, pela expressão:

2

1

m

mf =

Os factores de correcção para o agregado grosso, f1, e para o agregado fino, f2, são dados pela média dos valores de f, arredondados às milésimas, determinados para os três provetes de agregado grosso e para os três provetes de agregado fino, respectivamente.

6.3 Determinação do teor de água do betão

6.3.1 Procedimento de ensaio

Limpar e secar o tabuleiro destinado à secagem do provete, pesá-lo e registar a sua massa, m3, em kg.

Tomar o provete de betão fresco, espalhá-lo no tabuleiro (4.7), pesar o conjunto rapidamente (para reduzir a perda de água por evaporação), e registar a sua massa, m4, em kg.

Secar tão rápida quanto possível o provete, aquecendo com o fogareiro (4.8) o tabuleiro e o provete. Durante esta operação, remexer o material com o varão (4.6), de modo a impedir a formação de grumos e a obter uniformidade do aquecimento. Prolongar a secagem até que todo o material apresente aspecto de seco. Após arrefecimento, pesar o tabuleiro juntamente com o material e registar a sua massa, m5, em kg. 2) Considera-se atingida a massa constante quando a diferença entre as massas obtidas em duas pesagens consecutivas, intervaladas de, pelo menos, 4 h, for inferior a 1 g.

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6.3.2 Cálculo do teor de água

Calcular o teor de água a do betão, em percentagem, pela expressão:

10034

54 ×−−

=mm

mma

6.4 Determinação da massa volúmica do betão

6.4.1 Procedimento

Pesar o balde depois de limpo e seco, e depois de imerso em água até à marca de referência gravada na suspensão. Registar as respectivas massas m6 e m7, em kg.

Colocar o provete de betão fresco no balde (4.2), previamente limpo e seco, pesar o conjunto e registar a sua massa, m8, em kg.

Adicionar água ao conteúdo do balde, enchendo-o até cerca de 2,5 cm do bordo, agitar o material com o varão de aço durante cerca de 5 min a fim de eliminar o ar nele contido, e deixar em repouso durante cerca de 15 min.

Colocar o balde dentro da tina com água (4.3) de modo que o nível desta não atinja o bordo do balde e suspendê-lo do braço da balança. Completar o enchimento do balde com água, com cuidado para não provocar agitação, e deixar em repouso durante cerca de 5 min.

Introduzir água na tina, elevando lentamente o nível da água até atingir a marca existente na suspensão do balde, pesar o conjunto nestas condições e registar a sua massa, m9, em kg.

Executar estas operações com os cuidados necessários para que a água da tina não fique turva devido à dispersão de pequenas partículas do provete, evitando agitar o balde e impor-lhe deslocamentos verticais superiores a cerca de 5 mm.

6.4.2 Cálculo da massa volúmica

Calcular a massa volúmica ρ do betão, em kg/m3, pela expressão:

1000)()( 7698

68 ×−−−

−=

mmmm

mmρ

e o volume do provete, em m3, pela expressão:

1000

)()( 7698 mmmmV

−−−=

Arredondar os valores da massa volúmica p do betão para a dezena de unidades e do volume V do provete às centésimas milésimas.

6.5 Separação granulométrica do agregado do betão

6.5.1 Procedimento

Após a determinação anterior, retirar o balde da tina e vazar o seu conteúdo sobre o conjunto dos peneiros de 4,0 mm e de 150 µm de abertura, lavando o balde com água de modo a arrastar todas as partículas.

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Lavar o material retido nos peneiros com um chuveiro de água, durante, pelo menos, 5 min; se necessário, mudar à mão a posição das partículas retidas no peneiro superior a fim de tornar a lavagem tão efectiva quanto possível.

Retirar o peneiro de 4,0 mm, com a fracção granulométrica nele retida, e lavar o material retido no peneiro de 150 µm, durante, pelo menos, 10 min e até que a água saia limpa.

Deixar escorrer as duas fracções granulométricas grossa e fina assim separadas, secá-las na estufa a 105 oC/110 oC, até massa constante. Pesar e registar os valores obtidos, em kg, para a massa da fracção grossa, m10, e para a da fracção fina, m11.

7 Composição do betão ensaiado

Calcular as dosagens dos constituintes do betão ensaiado, expressas em kg/m3 de betão, pelas expressões seguintes:

a) água:

100

ρaW =

b) agregado grosso, seco:

V

fmAg 110=

c) agregado fino, seco:

V

fmAf 211=

d) ligante:

V

fmfmp

aL 211110

1001

+−−=

e apresentar os resultados arredondados às dezenas de unidades, excepto a dosagem de água, arredondada às unidades.

8 Relatório de ensaio O relatório de ensaio deve incluir, pelo menos:

a) identificação da amostra de betão;

b) data da execução do ensaio;

c) composição do betão ensaiado;

d) desvio ao método utilizado, se tal se tiver verificado;

e) declaração, pelo técnico responsável pelo ensaio, de que este foi efectuado de acordo com a presente Norma, com excepção do referido em d).