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VIDAS nr S. J O S É pac putativo do Menino Jesus k nr s. JOSÉ de LEONISSA edição preparada pela federação DAS CONGREGAÇÕES M ARIANAS DE SÃO PAULO, PARA SERVIR DE LEITURA ESPIRITUAL AOS SEUS CONGREGADOS Padidoa ooa aditeraa a propriatarloa da Collacçfio Raligiosa. Ballaa OUraira & Cia. Ltda. (Typoqraphia Siquaira) - Rua Libaro Badard 357, aaq. da A t. 8 lodo - C. Poatal 178 ou d Thaaouraria da F. C. M. (Rua Laaapda N. 347) --------------------------------- SAO P A U L O ---------------------------------

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VIDAS

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S. JO S Épac p u ta tiv o do M enino Je su s

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s. JOSÉ de LEONISSA

e d i ç ã o p r e p a r a d a p e l a f e d e r a ç ã o

DAS CONG REGA ÇÕ ES M A R IA NAS DE SÃO PAULO, P A R A SER V IR DE LE IT U RA E SP IR IT U A L AOS SEUS CO NG R E G AD O S

Padidoa ooa aditeraa a propriatarloa da Collacçfio Raligiosa. Ballaa OUraira & Cia. Ltda. (Typoqraph ia S iquaira) - Rua L ibaro Badard 357, aaq. da A t . 8 lodo - C. Poatal 178 ou d

Thaaouraria da F. C. M. (R u a Laaapda N. 347) --------------------------------- SAO P A U L O ---------------------------------

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FEDERAÇÃO DAS. CONGREGAÇÕES MARIANAS DE S. PAULO

TH ESOUROS E SPIR ITU AES

Vam<#» comparar o inez de Setembro deste armo eom n moz ilo Setembro de d armns atraz. 1933. Em Setembro de 1933 tívemo.- 173.245 netos de piedade praticados jmíIos congregados. Em Setembro divtr umio tivemos 3.411.462 actos de piedade. Tivemos, pois, 13 vezes mais aetos de piedade em 1936 «pie em 1033. Hoje em dia quasi todas a> Congregações nos mandam mensal mento a somnia dos t besouro*.

CONCENTRAÇÕES M A R IA N A S

Com a ultima de Itapotimnga já tivemos 2S concentrações, nas quacs tomanvm parti- um total de 35.000 congregados.

RETIROS E SPIR ITU AES

Já foram realizados 30 retiros fechado**. O prin­cipal retiro é o do Carnaval. Km 1030 fizeram o re­tiro de Carnaval — 22 rnngregadirs; em 1931 fize­ram mee retiro— 130 congregados; em 1032 — 187; tm 1933 — 254; em 1031 - 344; em 1035 — 758 congregadas; e em 1030 fizeram esse retiro naila mo­nos de 1.428 congregado*.

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VIDASDF

S. JO S Épae p u tativo do M enino Je su s

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s. JOSÉ de LEONISSA

EDIÇÃO P R E PA R A D A PELA FEDE RAÇ ÃO DAS CO NG REGAÇ ÕES M A R IA N A S DE SÃO PAULO. P AR A SER V IR DE L E IT U R A E SP IR IT U AL AOS SEUS CO NG R E G AD O S

Prd ld o i á Throourarlu «Ia I-'. C. M . (Rua Larapia N. 517 - S. Paulo) ou A T>|» Siqueira (Rua L ik . Badarú N. 5S7)

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Patriarcha S. JoséS. José, Esposo Felicíssimo da Santíssima Virgem,

e Pae Putativo do Salvador do mundo, nasceu na Judéa pouco menrs de nncocnta anno.s antes do Nas­cimento de Jesus Chrbtn. Não consta do certo qual foi o lugar do seu nascimento ; é provável que fosse Nazarcth, cidade pequena da baixa Cialilén, onde vemos que tinha este Santo u sua ordinaria residência.

File era da tribu de Judá, c da fumdia real, que havia reinado desde David até o captiveiro de Baby- lonia. O explendor desta augusta rasa estava extincto, porém a nobrezu perseverHva nos seus descendentes. Ellcs eram todos de sangue regio, posto que não ti­vessem bens, nem dignidades, que os distinguissem. Era uma nobreza escurecida, ou digamos como que sepultada na humilhação e nu pobreza.

Dou9 Evangelistas, ‘ que tecem a genealogia de S. José, ambos mostram com evidencia (posto que por differentes ramos) que clle era filho de David. Tanto era necessária esta circumstancia para fazer conhecer o Messias na Peasôa do Salvador. Mas a Providencia Divina, que havia destinado a S. José para Esposo de Maria, e Pae Putativo do Salvador, se bem permittiu que foBse de sangue real, quiz também que fosse pobre, pofque havendo resolvido nascer em um presepio, e passar a vida na pobreza, não devia eleger por Pae a um homem rico, que vivesse com faustosa «bundancia.

Prevenido desde o berço, este Varão Snutissimo, com as maiores e mnis doces bençams do Céu, não sen­tiu os impedimentos da infancia, antes crescia mais na virtude que na idade ; e como Deus proporciona as suas Graças á qualidade dos empregos, havendo des-

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tlnado a S. José para ser na terra o deposito dos seus maiores Begredos, o Agente, e Secretario do Altíssimo no MyBterio da Incamação, o Esposo de Marin e Protector da Bua Virgindade, o Tutor de Jesus Christo, e neste sentido seu Pae. Discorrei (diz S. Hcrnardo) qual seria o rcsplendor das suas virtudes,quanto a multidão, e qual a excellencia dos dons sohrenaturacs ?

Chegou S. José áquelle cumulo de perfeição, que o Evangelho exprime por uma só palavra, denomi­nando-os absolutamente Ju«to, que foi o mesmo que appelida-lo Homem possuidor de todas as virtudes em gráu eminente ; o que fez o beuemerito, de que Deus o elegesse para Esposo legitimo daquella mesma Virgem, que Elle destinava para Mãe verdadeira do Divino Verbo íncarnado.

E’ certo que S. José, prevenido de uma Graça espe­cial, qíiasi incógnita naquelles tempos, estava resoluto a guardar uma virgindade perpetua ; e é provável, que pois não havia lei, que fizesse casar as donzellns, a San­tíssima Virgem não consentiría j»or seu Esjioso a José se não estivesse bem informada da sua grande virtude, e do desejo que tambein tinha de ser Virgem, como ella ; nem o mesmo Salvador (diz Sunto Tliomaz) que só recommendou a sua Mãe a um Discípulo Virgem, per- mittiria que houvesse de ser seu Esposo qualquer, que não possuísse aquella preciosa qualidade.

Enindo-se, pois, (segundo a frase de Gersão) nu celebração deste desposorio uma virgindade com outra, não houve matrimônio mais feliz, porque jámais o houve tão santo ; e se Maria reeebeu um Protector da Bua Virgindade, e da sua Honra, José como Esposo de Maria, recebeu a mais augusta dignidade, que se pódc imaginar 9obre a terra. O Angélico Doutor Santo Tbomaz, é de parecer que S. José, e a Virgem Santis- siftia logo depois do seu desposorio ratificáram de mutuo consentimento o seu voto de virgindnde perpetua, por­que duas pessôas tão santas não deveríam dispensar de um acto de Religião tão perfeito.

Poucos diaB depois, estando ainda na sua própria caaa a Santíssima Virgem, annunciou-lhe o Anjo S.

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Gabriel o ineffavel Mysterio da Incarnaçfio, em que ella, por obra do Espirito Santo, ficou Mãe do Divino Verbo feito Homem ; e náo querendo Deus que S. Joeé soubesse por ent&o o que se passava, (talvez para que a sua duvida fosse uma sensivel provu da milagrosa Conceição do Salvador, e da puríssima Virgindade de Mãe) guardou a prudentíssima Senhora um profundo silencio a este respeito, não descobrindo a seu amado Esposo nada do que houvera succedido sobre aquelle adoravel Mysterio.

Até que já passados pouco menos de tres mezes, percebendo o Santo Varão os mais evidentes indícios da gravidez de sua Esposa, attonito com aquella novi­dade, ficou eummamentc perplexo, sem saber o que resolvesse. A sublime idéu, que elle formavu da santi­dade de sua Esposa, não lhe dava logar á menor sus­peita, que a fizesse reputar por adultera ; antes (como quer S. Bernardo) presumindo talvez que ellu seria aquella Virgem venturosn, de que fnllava 1 saias, que devia dar á luz ao Salvador, este sentimento de humilda­de, e de respeito (semelhante ao que fez dizer S. Pedro: Senhor, apartai-vos de mim, porque sou um homem peceador) lhe fez tomar a resolução de querer separar-se da Santissima Virgem ; e accrescenta o Santo Doutor, (jue esta sentença não é sua, mas dos Santos Padres.

O certo é que este Varão eustissimo, náo querendo, como justo, diffumur u sua Esposa, tomou por melhor conselho seguir partido da ausência; e estando nesta re­solução, appareceu-lhe cm sonhos o celestial Paranyn- pho, socegando-lhe os temores, ao dizer-lhe em subs­tancia desta maneira : “ lembra-te José, que és da cana de David, donde o Messias ha de nascer ; e náo julgues que por acaso só te dou Maria para Esposa, porque ella, em virtude do Espirito Santo, concebeu inilagrosamentc o Salvador do mundo, o filho único do Padre Eterno, o Grande Messias promettido, e Deus tem-te destinado para que sejas seu Tutor, e neste sentido seu Pae.

Não temos, pois, ficar com Maria, tua Consorte, sendo o feliz Custodio da sua Honru e Vngindado, poií

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Be ella não tivesse Esposo, não pudiii mostrar-se Mãe aoe olhos do mundo, sem jactura do proprio credito. Tu darás ao Filho o Sacrosanto Nome de Jesus, para faxer conhecer aos homens que KUe os ha de remir, e salvar, vindo u offereccr-se em Samficio pela expiuvão dos peccados de todo o Gencro Huinann.”

Instruído assim S. José sobre o maior de todos os Mysterios, e contemplando desde logo a Santu Virgem como adoravel Mãe do Redemptor, uugmentou pura cila a sua veneração e ternura; o que lhe foi causa de ser maior o seu pczar, quando se viu obrigado u ir com ella a Belém, afim dc alistar alli o seu nome como des­cendente de David, na deseripçfio geral, que o Impe­rador Augusto mandou fazer por todas as terras do eeu dominio ; c ainda mais, quando alli mesmo cm Belém náo pôde o seu cuidado descobrir outro hospicio senão um vil presepio na concavidade de uma gruta. Comtudo adorou a Divina Providenciu, sujeitando-se humildemente á disposição das suas Ordens.

Alli a horas de meia noite viu nascido ao Salvador do Mundo ; e que favores extraordinários, o que sua­víssimas doçuras náo derramou este Divino infante na alma de S. José, amando-o, e respeitaudo-o desde logo, como a quem fazia a figura dc seu Pae na terra? O prazer, a alegria do nosso Santo, foi também por extremo grande, quando viu chegar aquella tropa feliz de pastores devotos, que, inspirados e avisados do Ceu, vinham adorar o Salvador.

A chegada dos Magos, poucos dias depois, nfio foi para ella menor motivo de admiração, vendo que os Reis do Oriente, vinham render os seus obséquios áquelle mesmo, que desconhecido no proprio Paiz era regeitado dos seus, até sc ver constrangido a nascer cm um presepio. Teve também a felicidade, e a doce conso­lação de levar o Menino Jesus a Jerusalém, quarenta dias depois do seu Nascimento, onde presenciou com justo assombro todas as grandes maravilhas que alli aconteceram.

Mas, apenas voltou para Belém, fui advertido por um Anjo, que partisse com huu Esjrosn para o Kgypto,

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salvando sem demora o Divino Infante, a quem o cruel Herodes intentava tirar a vida. A sua perfeita submia- sflo ás Ordens da Providencia náo lhe pcnnittiu a mais leve demora. Partiu logo cheio daquellu Fé Divina, que é superior a todos os váos raciocínios, e retirou-so com aquellc precioso Deposito para o Keino do Kgypto, ondo assistiu sete annos, até que o Anjo, avisando-o da morte de Herodes, lhe ordenou que tornusse com a Máe, e com o Filho para a Palestina.

Bem quizera S. José estabelecer-se cm Jerusalem, ou em Belém, como locares mais proprios para educação do Messias ; porém sabendo que aqucllc Paiz era domi­nado por Arqueláu, filho de Herodes, e temendo que o novo Rei houvesse herdado a mesma desconfiança, c crueldade de seu Pae, retirou-se, secundo a Ordem do Ceu, para Nazareth, sua habitação ordinann, onde, nfio havendo noticia dos prodígios, que aconteceram cm o Nascimento do Salvador, e elle mesmo, sendo alli mais conhecido, poderia viver com maior socego. E nesta venturosa Cidade residia aquella Santa Família, a mais respeitável do mundo ; nutrindo S. José com os limitados produrtos do seu trabalho A sua amada Esposa, e ao Menino Jesus ; e obedecendo-lhe este Salvador, como se Elle na realidade fôra seu proprio filho.

Religioso observador da lei o nosso Santo ia anmud- mente u Jerusalem com a Santa Virgem celebrar a grande festa da Paschoa ; e levando comsigo a Jesus, quando Elle tinha doze annos, ao voltarem, o perde­ram de vista, ficando na maior dôr e afflicçáo, até que o acharam no templo, passados tres dias, onde o Sal­vador com a sua resposta lhes fez suspender as lagrimas, e comprehender o Mysterio.

Depois disto nada mais nos diz o Evangelho, senio que S. José voltando para Nazareth, Jesus Christo lhe estava sujeito como um filho obediente a seu pae legi­timo. Porém que mais se póde dizer, nem que couaa se póde affirmar, que nos dé uma idéa mais alta do mere­cimento extraordinário, o da santidade eminente deste grande Patriarchn, do que dizer que o Filho de Deus

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lhe vivia subordinado, honrando-o, e obedecendo-lhe como a Beu Pae verdadeiro ?

Ainda S. José viveu alguns annos na obscuridade, e na Bolidão com a Santíssima Virgem, c com o Divino Salvador, porém não se sabe precisnmente qual foi o anno da sua morte. Presume-se que o Salvador, que­rendo livrar a S. José da pena, que os seus tormentos c dolorosa Morte lhe causariam, o tiraria deste mundo cm algum dos annos da sua Prégaçáo ; porque é certo e sem duvida, que o mesmo Senhor, estando na Cruz, não rccommendaria a sua Mãe a S. João, se ainda fosse vivo S. José.

Qual fosse a morte deste grande Santo facilmente se eomprehende, que a náo houve mais doce, nem mais preciosa, nem mais santa no mundo; sendo assistido, e servido nclla por Jesus, e Maria, até render os últimos suspiros entre os seus affcctuosos abraços, e acompa­nhada depois de uma grande multidão de Kspiritos Celestes a sua ditosa Alma ao Limbo.

K ’ certo que muitos Santos reassumiram os seus corpos no alegre dia da Ressurreição de Christo ; e é provável que S. José náo fosse excluido deste glorioso numero. Nem o Omnipotente Deus, que tem obrado muitos prodígios para expor ao culto dos Fiéis as relí­quias de vários Santos, quercria privar desta honra as de S. José, se o seu sagrado Corpo houvesse ficado na terra.

K'supposto que a Santa Igreja teve sempre uma singular veneração para com este grande Pntriarcha, eomtudo, náo quiz que fo9se universal o seu culto na- quelles calamitosos séculos, em que sé o nome dc Pae de Christo faria uma forte impressão no espirito dos gen­tios, nada conveniente ao Christianismo, e scrviria também de valente pretexto aos hereges, que negavam a sua divindade. Só depois que a Igreja ficou em paz, a devoçáo de S. José Be fez familiar aos Fiéis. I*) cllu todavia não é tão moderna, que se náo ache o seu nome nos Martyrologius latinos ha mais de oitocentos annos, e ainda antes na Igreja grega.

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Não ha Ordem Religiosa que não tenha uma sin­gular veneração, c devoção particular u S. José. Ne­nhum verdadeiro Fiel, que não funde neste grande Patnarcha uma grande confiança. K os muitos, e espeeiacs favores, que recebem n cada l>asso todos os que invocam o seu patrocínio, fazem ver que o Salva­dor nada recusa aos rogos, e intercessão daquelle, a quem respeitou, e teve na terra por seu Pae. Porém ouçamos o que diz Santa Thereza a este proposito, porque dá grande realce ao seu credito.

“ Eu (diz a Santa Doutora no capitulo sexto da própria vida tomei por Patrono, e i*or meu intercessor ao glorioso S. José. Eu me recoimnendei muito a elle ; e reconhecí neste grande Santo em varias occasifies, cm que era interessada a minha honra e salvação, uma maior e mais prompta assistência, do que eu me atrevem a pedir-lhe. Eu não me lembro de lhe haver até agora pedido musa alguma, que não conseguisse ; ■em posso pensar sem assombro nas muitas Graças, qu^QDeua me tem feito por sua intercessão e nos muitos perigos, de que me tem livrado, tanto para a alma, como para o corpo.

“ Parece-me que Deus concede -aos outros Santos a Graça de nos soceorrer em certas necessidades, e a S. José em tudo Varias pessAas, a quem persuadi, que se rccommcndassem a elle tem, como eu, experi­mentado A e\|HTÍencia, pois, que eu tenha das Gra­ças, que Deus concede |a»r intercessão deste grande Santo, me excita o desejo do persuadir a todo o mundo que tenha uma grande devoção para com elle. . .

“ Itogo, portanto, em nome de Deus, aos que náo derem credito ao que tenho dito, que fuçam prova da sua parte, e conhecerão por experiencia quanto lhes é proveitoso recorrer a este grande Patriarcha com uma devoção verdadeira. As pessAas de oração devem, uo que me parece, ser-lhe aífeiçoadas E as que não têm direetor, que bem as possa instruir, tomem este admi­rável Santo por sua guiu para não errar." Até aqui são palavrus de Santa Thereza.

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REFLEXÕES DOUTRINAES

Das poucas acções, que acima ficam referidas do Patriarchà S. José, se podem, e devem deduzir muitas, e muito importantes instrucções. I’<>is onde se póde melhor aprender a mansidão, a caridade, c a prudência, que em ver como elle se portou com a Santíssima Vir­gem, sua Esposa, quando notou nella indícios de fe­cunda, sem sal er a rnzão do Mysterio ?

Que melhor documento para a submissão devida á vontade de Deus, e obediência fiel nos seus preceitos, que o que elle nos deu na execução pmmpta de partir para o Egypto, segundo as ordens, que teve do Ceu, apesar dosincommodos da longa jornada por um deserto arenoso, e ainda contra os uppostos raciocínios, que podiam suggerir-lhe o seu discurso?

Onde acharemos uma fé mais firme do que aquella, com que o nosso Santo prestou inteiro credito ao maior e mais incomprehensivcl de todos os Mvsterios, (qual era sem duvida a Incnrnaçáo do Verbo) apesar de quan­to os proprios sentidos lhe puderam persuadir cm con­trario?

E a summa humildade com que viveu, e se alimen­tou á custa das suas fadigas como um pobre official, tendo em sua casa o Rei da Gloria todo obediente aos seus preceitos, e tendo por Esposa a Mãe de Deus, n Rainha dos Anjos, a quem não causa maior assombro ?

Em uma palavra, tudo é grande neste Santo, e é grande também a gloria que tem no Ceu, como 6 grande a efficacia do seu poder (assim na vida como na morte) para os que se querem valer do bcu patrocínio, e procuram imitar as suas virtudes.

F I M

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S. José dc Leonissa, Confessor

Nasceu o glorioso S. José em Leonissa, da Provín­cia de Abruzo, no Reino de Nápoles,co rrendo o anno de 1556, dc honrados e pios progenitores João Desi- derio, e Franrisca Paulini ; os quacs, fallecendo em bre­ves dias, sendo ainda José de poucos annos, um seu tio, que habitava na Cidade de Viterbo, toinando-o na sua tutella, o enviou á Universidade do Espoleto, para applicar-se ao estudo das letras humanas.

Collocado alli, o manrebo José praticou sempre uma vida pura, e applicada, não sómente aos estudos lite­rários, senão muito mais á frequência da oração e dos Sacramentos, entre outros espirituaes exercícios ; c para conservar o thesouro da castidade, que está exposto a contínuos perigos, fugia sempre das más com­panhias, e de assistir ás comédias dos bailes e conver­sações com pessoas de differente sexo.

Entretanto sobreveio a José uma longa, e perigosa moléstia a qual lhe deu maior conhecimento de quanto enganosas são as cousas deste mundo, e de quão frágil e de pouca duração é a vida humana, e portanto se resolveu a cuidar sómeute na aequisiçáo dos solidos bens celestes aspirando sempre áquella vida, que só merece este nome, por ser eterna ; para cujo fim pro­curou ser acceito na Ordem do6 Padres Capuchinhos sem dar parte a seu tio, do qual tinha noticias que lhe procurava um decoroso matrimônio.Tendo, pois, José dezesetc annos de idade, recebeu o religioso habito no convento de Assis, que se chama dos Cárceres, (aonde mudou o nome de Eufanio, que rece­bera no baptismo, trocando-o pelo de José) e empre-

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hendeu com tanto fervor a carreira da penitencia, que, não satisfeito com a austeridade daquella Ordem com serem muitas e graves, accrescentou outras de tal peso, e numero, que pareceríam incríveis, se não fossem attestadas por pessoas dignas de toda a fé no processo para a sua canonização, e se não se soubesse nté aonde póde chegar o vigor do espirito humano, alentado com os auxílios da Divina Graça.

Informado, pois. o tio de haver José entrado na religião, foi táo grande a sua dôr, que esteve quosi por enlouquecer; e querendo applicar todo o possível esforço para reconduzir o sobrinho ao século enviou a Assis um seu primo, por nome Lelio Ercolani, com outras pessoas igualraente poderosas, para que por lisonjas, ou por violência, se portassem de modo, que lhe alcançassem o consenso, e reconducção do Bobrinho.

Porém tudo sahiu frustrado, porque estando José estreitamèntc unido com a Cruz de Jesus Christo, alli se conservou constante, desprezando igualmente as lisonjas, e ameaças de Ercolani, e seus socios, os quaes por fim vendo-o immovcl na bub santa resolução, o deixaram em paz ; e elle foi proseguindo o caminho da perfeição com tal fervor que em breve tempo se fez um exemplo completo de obediência, de mortificação, de pobreza, e desapego de todas as cousas creadas; e em summa, de pureza, de humildade, e de todas as vir­tudes, com geral maravilha dos seus Religiosos irmãos.

Mas, sobretudo, o que mais resplandecia em José era o seu ardente amor para com Deus, e para com o proximo; por cujo motivo fez repetidas instâncias ao seu Padre Geral, para que o introduzisse na miaaão dos Religiosos que enviava a Constantinopla, querendo por este meio auxiliar quanto pudesse os miseráveis Christáos, que gemiam tyrannizados pelos barbaros mahometanos, e ainda procurar a conversão dos mes­mos infiéis, se tivesse alguma opportuna occasião ; esperando sempre ganhar muitas almas para Deus, e talvez dar a própria vida pela Fé do mesmo Senhor.

Conseguido, pois, o desejado intento no anno de 1587, partiu José cheio de júbilo para Veneza ; e depois

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de uma tempestuosa navegação (em que, por especial protecção de Deus, foi livre muitas vezes de perder a vida) chegou, são e salvo, á rorte de Constantiuopla, aonde, assim que pôz o pé em terra, foi apresentar-se humilde ao Padre Prefeito da missão dos Religiosos Capuchinhos nnquella Cidade, o qual o destinou para assistir aos pobres captivos, encerrados no cárcere de­nominado Banho.

E logo que entrou José naquella horrenda mas­morra, ficou penetrado de intima dôr, ao ver aquelles miseráveis Christãos carregados dc cadeias, submergi­dos em immundicios, c muitos dcllcs cobertos de chagas, sem refrigerio e sem allivio como privados de todo o soccorro, e com evidente perigo de renunciarem a Fé, para livrar-se daquelles tormentos. Apphcou-se, pois, com todo o affecto a consola-los, e anima-los a soffrer com paciência os seus males, pela esperança da recom­pensa, que Deus lhes preparava, offerecendo-se prompto a empregar toda a sua diligencia para lhes subministrar quanto Die fosse possivel, todos os espirituaes, e tem- poraee soccorros.

Para cujo fim alli encaminhava, e se entretinha desde a manhã até a tarde (c algumas vezes também estava semanas inteiras, sem dalli se ausentar) adminis­trando-lhes os santos Sacramentos, e nutrindo-os com a Palavra de Deus, a qual se lhes fazia tanto mais effi- caz, e mais fruetuosa, quanto elle com o maior affecto se interessava em todos as suas indigencias, curando- lhes as chagas, servindo-os nas enfermidades, e procu­rando-lhes todos os soccorros, que lhe eram possiveis, por onde em breve tempo se extermináram daquelle cárcere as palavras obscenas, os per juros, as blasfêmias, os jogos os odioB e desesperações, formando alli mesmo, do que antes era um reciuto de iniquidade, um como mosteiro de Religiosos.

Mas o ardente zelo do Santo pela salvação das almas não se restringia sémente aos Christãos, diri- gia-sc também para os infiéis, que pereciam na seita mahometana; e, com effeito, pelas suas doces pala­vras, e persuações suavíssimas, chegou a converter al-

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gunfl á Fé de Jeeue Christo, e também a conduzir paar o seio da Igreja outros que haviam renunciado o Chris- tianismo, entre os quaes foi um Bispo grego, que tinha apostatado, para fazerem Baxá, ou Governador dc Provincia, ao qual conduziu comsigo a Roma, quando voltou depois para a Italia.

Animado então o servo de Deus por estes felizes successoe do Beu zelo, entrou no pensamento de apre­sentar-se ao Imperador dos turcos, e fazer todo o esforço para o induzir a professar a Religião Christã, com o que depois seria facil o propagar a Fé por todo o Império ; e supposto que era quasi insuperável o ter accesso ao Príncipe (e algumas vezes que o intentou, foi rebatido, e maltratado) todavia, n&o perdeu o animo, até que um dia de manhã cedo pédc entrar, e chegar sem ser sentido até A terceira antccamara do palacio do Grão- Senhor.

Mas, encontrando com os guardas, que alli se achavam, foi logo preso, e reconhecido por Christiio, de quem por aquelle modo temiam, que quizosse atten­tar contra a vida do Príncipe, e o condemnaram por traidor ao cruel supplicio da Polé Turquesca, o qual consiste em uma grossa viga plantada na terra, c no alto delia uma travessa forte, do que pendem duas ca­deias de ferro, com seus ganchos agudos nas extremi­dades em que o paciente é suspendido por uma mão, e por um pé, ficando o resto do corpo no ar.

Assim se praticou com o nosso Santo, o qual ao mesmo tempo, mostrando o maior júbilo de poder con­sumar por aquelle modo o seu martyrio, não deixava, entre as suas acerbas dores, de prégar a Fé de Jesus Christo, a todas as gentes que concorreram, em grande numero, para ver o barbaro espectáculo ; e supposto que o Servo de Deus naturalmente devia morrer na- quelle supplicio, o mesmo Senhor, que ainda o destinava para outras emprezas da sua gloria, enviou na Beguinte noite um Anjo que extrahindo-o sem demora, e curan­do-lhe perfeitamente as feridas, lhe ordenou que tor­nasse para a Italia.

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Chegando, pois, o Santo (depois dos desoito mexes que estivera em Constantinopla) rom prospera viagem á sua patria, continuou no ministério apostolico de pró- gar a divina Pnlavra com incançavel zelo, e com um generoso valor sobre todo o respeito humano ; e assim por seu meio converteu o Senhor innumeraveis pecca- dores á penitencia, cxtinguiu odios, e inimizades antigas, arrancou abusos, e superstições criminaes, pu­rificou o campo evangélico dc todos os escândalos e zombarias que o faziam esteril, e infruetuoso em toda a Umbria e terras do Abruzo.

E sobretudo, aonde mais sc distinguiu o seu zelo, foi na diligencia, que fez para exterminar as comédias, os bailes, as assem bicas, os jogos, e outros profanos di­vertimentos, especialmcnte no tempo do carnaval, aonde o demonio por este meio faz copiosa colheita de innumeraveis delictos ; mas o Santo prégava com tanta efficacia a este respeito, que felizmente de modo ordinário impedia as abomináveis dissoluções, que antes se praticavam naquellc tempo.

E supposto que alguns censuravam, e reputavam estas empresas do Servo de Deus por uns transportes de zelo imprudente, e indiscreto, elle zombava da sua falsa prudência, o a nada mais attendia do que a salvar n honra dc Deus ; e para obter do mesmo Senhor, que fecundasse o seu zelo com um feliz successo, antecipava da sun parte muitas orações, jejuns e disciplinas ; podendo-se dizer com razão, que o Santo annualmente padecia no carnaval um martyrio, pelas muitas auste- ridades, c maceraçôes com que atormentava o seu corpo, para applacar a ira do Ceu, provocada pelas gravissi- mos culpas, que se commettem naquelles dias.

Passados, pois, vinte annos, depois que o nosso Santo, vindo de Constantinopla, se empregava no miniB- terio apostolico de instruir os povos das Províncias da Umbria e do Abruzo na Lei de Deus, não só com a efficacia das palavras, senão muito mais com os illustres cxeçiplos da sua santa vida austera, mortificada, e por extremos penitente, chegou o tempo, muito por

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elle desejado, de soltar-se dos ligames do rorpo, e unir- se com Jesus Christo.

Achava-sc elle (correndo o anuo dc 1611) morador no convento denominado da Am&triz, da sua Ordem doa Capuchinhos, quando no principio do mez dc outu­bro se sentiu accommettido dc uma ardente febre, acompanhada de uma vchemcntc dôr dc cabeça e de um total faatio, que lhe durou por espaço dc tres. mezes, aupportando elle tudo isto com heróica paciência.

Ajuntou-se a estos males uma horrível gangrena nas partes mais sensíveis do corpo, para cujo remedio foi preciso usarein os cirurgiões do ferro, e fogo ; mas, em logar de receber algum allivio, lhe accresceram os immcnsas dures, entre ns quaes o pacientíssimo Santo se portou dc maneira, como se fôra insensível, ou se fizessem aquellas dolorosas operações, não sobre o seu, mas em outro corpo.

Purificado, pois, por este modo, o illustre Servo de Deus c assim provada a sua heróica virtude, recebeu por ultimo, com singular devoção, os Santos Sacramen­tos da Igreja, e rendeu placidamente a ditosa alma nus mãos do seu Creador no dia 4 de fevereiro de 1012, tendo de idade 57 annos ; e o mesmo Senhor, que se dignou de o iIlustrar em vida com muitos milagres, o honrou também depois da morte, com vários prodígios prin- cipalmente em Leonissa, patria sua, para onde foi transferido no anno de 1639.

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REFLEXÕES DOUTRINAES

A grande aversão, e ardente zelo que teve o nosso Santo contra os profanos divertimentos do carnaval, foi sempre commum aos bons pastores da Igreja, que detestaram em todo o tempo aquellos desordens, romo inteiramente oppostos á virtuosa profissão do Christianismo ; e sc bem é verdade, que não prohibi- ram com preceito expresso aquelies toes divertimentos, também 6 certo, que náo os approvaram em tempo Algum ; e só simplesmente, e de má vontade os tolera­ram para evitarem damnos maiores ; porque, emfim, nunca a Igreja foi negligente em obstar, quanto póde, aquellos publicas desordens, antes sempre recorreu ás orações, e obras de piedade, rogando a Deus, que sus­pendesse os flagellos contra os peccadores, e que sub- ministrasse remédio efficaz, e opportuno para remover um tfio grande mal.

F 1 M

).Baüf£*#de Dezembro de 1936 Monsi EAnesto de Paula

\ ViQ. Geral.

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