numero Os - Inicial — UFRGS · oolula ovo. que se multiplicara. pam dar origem ao ernbri.!lo iI....

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$. PRODUc;:Ao DE MUDAS DE LARANJEIRAS Pauto Vil or Dutra de Souza ; Gitmar Schaf er A muda citrica e 0 insumo mais Importanle na fOHTla<;ao de urn pomar e para que tenha qualidade deve-se considerar a garantia metodos de sistemas de proclu!(OO e leglsla<;ao vigente $.1 . Meto dos de de laranjelras As la ranjlHras pod em ser propaga das de for ma sexuada e assexllilda A forma sexuada baseia·se no uso de sementes, anquant o que a assexuooa baseia-se no lISO de estrutufas vegelalivas. t.JIS como. apomixia (sementes): estaquia, mergulhla. enxerlla e $. 1.1 . Pr opagar,:ao se xual A mprodur,:liO sexualesttl baseada no procosso de meiose. em que 0 n umero de crcmossomos d as ce lu las nos 6rg.!los reprodutivos femirullOS e masculinos e reduziclo a metade para formar os gamelas. Os garnelas. eotao. uoe-se ao processo da lecunda9fjo. dando ongem a uma ool u la ovo. que se multiplicara. pa m dar origem ao ernbri .!lo iI . &s sim, formar<l a 5enlente que. quando gemlinada. resultartl em uma nova planta. o processo de meiose e responstlvel pela segrega900 genelica. ongmanOO Indiviuos heterozigotos. sandO um<J das pnoclpais C3usas de entre estes indNid UOS A prOpa9900 sexual aprcsenta vantagens sabre iI assexual. pais permile a obtenr,:ao de !"Was vanedades, plantas com urn sistema radicular mal s vigoroso e profund o. garentindo iI perpet U(lr,:lIo oas especies, as sj rn . a produ<;Ao de don es livres des principais VIro ses Porem, na prahC3. e empregada no melhorarnento na obleno:;.1o de nmas variedades copa e de porta-enxertos. 1510 porque esta forma de pro pag(lr,:lio apresenl a alguns InCO!1 ve r11 cntes. ta ls como· presenr;:a de segregar,:ao pianlios heterogeneos. quanto ;'! prodU<;Ao. qualid ooe de frutoe produlividade; as plantas tem uma lase improdUllva multo exleosa ap."esentam espmhos. um porte mu ito elevaoo

Transcript of numero Os - Inicial — UFRGS · oolula ovo. que se multiplicara. pam dar origem ao ernbri.!lo iI....

$. PRODUc;:Ao DE MUDAS DE LARANJEIRAS

Pauto Vil or Dutra de Souza; Gitmar Schafer

A muda citrica e 0 insumo mais Importanle na fOHTla<;ao de urn pomar e para que tenha qualidade deve-se considerar a garantia ge~tica .

metodos de propaga~. sistemas de proclu!(OO e leglsla<;ao vigente

$.1 . Metodos de propaga~io de laranjelras

As la ranjlHras podem ser propagadas de forma sexuada e assexllilda A forma sexuada baseia·se no uso de sementes, anquanto que a assexuooa baseia-se no lISO de estrutufas vegelalivas. t.JIS como. apomixia (sementes): estaquia, mergulhla. enxerlla e mlCropropaga~o.

$.1.1 . Propagar,:ao sexual

A mprodur,:liO sexualesttl baseada no procosso de meiose. em que 0 numero de crcmossomos das ce lulas nos 6rg.!los reprodutivos femirullOS e masculinos e reduziclo a metade para formar os gamelas. Os garnelas. eotao. uoe-se ao processo da lecunda9fjo. dando ongem a uma oolula ovo. que se multiplicara . pam dar origem ao ernbri.!lo iI . &ssim, formar<l a 5enlente que. quando gemlinada. resultartl em uma nova planta.

o processo de meiose e responstlvel pela segrega900 genelica. ongmanOO Indiviuos heterozigotos. sandO um<J das pnoclpais C3usas de ~ari abilidade entre estes indNidUOS

A prOpa9900 sexual aprcsenta vantagens sabre iI assexual. pais permile a obtenr,:ao de !"Was vanedades, plantas com urn sistema radicular mals vigoroso e profundo. garentindo iI perpetU(lr,:lIo oas especies, pem1 i ~ndo. assj rn . a produ<;Ao de dones livres des principa is VIroses Porem, na prahC3. e empregada no melhorarnento ge~lico. na obleno:;.1o de nmas variedades copa e de porta-enxertos. 1510 porque esta forma de propag(lr,:lio apresenla alguns InCO!1ver11cntes. ta ls como· presenr;:a de segregar,:ao gene~ca, pianlios heterogeneos. quanto ;'! prodU<;Ao. qualidooe de frutoe produlividade; as plantas tem uma lase improdUllva multo exleosa ap."esentam espmhos. I~m um porte muito elevaoo

5.1.1.1. Exlr3~lio e armazenamenl0 das sementes

As semenles dos atros oovem ser coteladas exclus,vamente de frulos maduros, de vanedades genehcamenle reconhccldas. e jamais roetadasdo choo. poisos fl1Jtos podem estar contarnmOOos per patOgenos, quo a ~ ngem as sementes.A~poca de maturay<'lo ~ varillvel entre os porta' eroxertos , em geral indo de frnlr90 (I setembro, bem como 0 numero de semenles por fMo, Que pode varlar de 3 a 38, conforme a espkle Na Tabela 51 e apresentada a ~poca de matura~, numero de frulos por ca,xa e numero cIe semenles por frutos dos pnnCipa,s port(l·enxerlos.

TABELA 5 t Epoca de rn'lturao;ao. nio~ de frutos ixn Cil, xa e ""mero de semen!"" par truto de dive."",s pOf!a· .. ~eno8 de cil,o,; no Estado do R,() Grande do Sui.

POW,l·enxertos tpoc.1 de rnatu'''9ila NlJrne<o do Nurnmo de f,u!o slcal~II' S(HnentesJfru!o

umaei 'o ' ~ra\{o' Ma,o ""." "" " Umaeiro .... 01. ""'.,.,3"0· MAID - Julho t5l " Limo.,,,o'1\lgoso' MaiO i .... ho '" " Trt/oli3!a Milr~-mao 55t " Tooge"nelfa'su"k;- Jutho _ ag<>$Io ,,,,, , T8f1ger.>e,ra 'cle6pa!'8' Agosto - se!ernbro "" " C'trantJCno1royer' Ma' .... lu!ho '" " La18'lcira azeda Junho·agosw '" " Lo,unJcira doce Ju"h(}·ogo&o '" " Ta'lg<l leirn 'nrIGrl{!o' JUl1ho· agoslo 233 w

" , , . jut llO 245 " A 8~tra<;:w das semenles e fella alraves 00 um cone, com faea

ou eao,vete, "a regiM equatorial do fruto, de forma que someole haja 0 corte da easea e parte d3 polpa, nao alelando as sementes 0 ferimento da semente interfere negallvamente no sua germinayao. Dapois de felto 0 corte no flUto, giram-se as duas por<;Oes do mcsmo em senhdos opostos, visando separa-Ias. A partir daste momenlo, esprcrnem·se as porvaes do frUIO sabre U!l1<l peneira. para co letar as s-emel1tes. Irnediala,nenle ap6s.

, deve-se eliminar a mucitagern aderida a etas Hi! duas rnaneiras de remov~ la. Urm. consiste da manulen~ das seme"les em suco de laranja dace ou laogerioa por urn periodo de apro~imadamenle 7 d,as, em local com lemperatura em Iorno de 15 a 2O<C. visando a fermenla"ao do suco Conduida a fermenla~o. ehmlna-se 0 suco e lavarn-se as sementes com

1Igua corrente, procedendo-se sua secagem. Oulra maneira cons,sle em mlsturar cal ou areia fina as sementes e, atraves de fric<;:3o com as ~os. ret irar a muci lagem. lavando-as em seguida, Repete-se a oparaC3o por duas vtlzes.lavando-se. posteoormenle. com flguadesblada (KoUer. 1994)

As semenles devem ser submel,das a termolerap,a. ou seja. manutenoy:io das scmcnt(!S a 52"C por 10 tlllOutOS. visaodo a elimina<;:3o de p<Jtogenos. Em seguid<l, If! fund<Jrnent<li a cor reIa secagern das semcnles. que dcve ser le,la fI sombra, em local venti l<ldo, colocando-sc camadas de sementes de 1 a 3 em de espessura sobre papel absorvenle. por urn periodo de 2 <J 3 dlas As sementes devem ser revolvldas uma a dU<ls vezes ao dl8 para facilit<lr sua secagem Porem. as mesmas n~o devem secar em demasia. POlS 0 seu pOOcr germmativo fica redundo.

o ideal t'l qlJe a semead Ll ra seja fe ita logo apOs a sua ext ra~ao,

porem as semenles podem ser armazenadas par urn periodo aproximado de 6 meses. com boa vlabihdade. se tratadas com funglClda (Captan). manlidas em sacas plasticos (100 micr<ls). ou de boa espessura. hermeticamenle fechados e man lidos em temperatura de 4 a 6°C (Koll ()f. 1994)

5.2. Propagat<ilo assexual ou vegetat iva

A proP<lg<l<;:3o asseKu<l1 e 0 proceS50 de muttiplicar,;ao de plimtas. qLJe ocorre atraves de mecanismos do d ivisilo e dlfmenciac;:(\o ce lular, por me>o da regeoofaoy:io de parte da planta ~e Esto processo baseia-se roa lobpolencia, ou 5eja. a cetula contem loda a in'orma~o necess~na para rJarorigom a urn novo in(lividuo.

Os melodos de propagactio vegelallva s.:io ,mportanles por p1lrml~rem a mult,p l ica~ii.e em larga esc;, la de urn Indiv iduo. dande origem a muites outros geneticamento i(!(!nlicos. perrnitrodo. assirn, a perpetuactio de carncteres agr0n6micos. a reduylio da lase juvenil, a oblen(tllode plantas untformes. alem de permilir a comblna~ de clones na en~er\la Como des~antagens. cltam-se a transmissilO de doen9as, 0 menor vigor e 1000gevidade, 0 nscode rT1l1 layilo de gernas e orisco de danos gener<Jlizados em ta lh6es do masma variadade.

Denlre os metodos de propaga'fllO asse~ual. destacam-so, prinClpalmenle apomixla. estaqula. mergulhia. en~ertl<l e micro­PfOP<Iga,.ao

S.2.1.Apomixia

Uma das caracteristi c.as dos citros e 0 desenvolvimento de dois ou mais embri6es na mesma sernenle. Na msioria dos CdSOS. entretanto, alem do embriao zigotrco. os embri~es extras sao desenvolv tdos assexuadarnente por divtsaes mit6ti cas do nucelo. sem a in terve n~o d05 gametas. Ta is ernbri6es sao cham ados de nucelares ou apom iticos (Frost & Soost, 1968). ou seja . ha varied;:,des de citros que sao pol iembrionicas. ande, geralmente. apenas urn embriao e oriundo da uniao dos g<lrnetas masculinos e femininos. as dema is embrirJes da sernente sao oriundos a part ir cia mu l t i p l ic.a~o dtl urn CO rl jUrlto de celul;:' s do s~co embrionario ou (Ia nucela. qLJe apresentam <l mesma con stitui~o genetiea do progemtor feminino. dando origem a uma pianta identiCd a planl;Hrlile

o numero de embri 6es porsemenle v" ri a muito entre as espedes !I nern S!lmpre Eo constantu nas v~ ri edades poliembriomcas 0 tip<> de pol inizayao (aLJIOpolinizayi"iO ou po li ni za~!lo cruzada) pareee exercer infl ucneia sobre a embriogtmese e sobre 0 numero de sementes por fruto e nas proporyoes entre plantu las de origem zig61iCd e nucelares

A produyao de porla-enxPrlos de cilros. que sera tratada mais adial1tf) nos sistemas de prod u ~;j o de mudas. baseia-se na apornixia para obtenyjo de porta-enxer1os unifo rmes e id llnl iCOs a planta matri z.

5.2.2. Estaqu la

Denomina-se eslac.a qua lquer segrTl€rllo dOl planta-mae (ramo. raiz ou lolha). qu~ apresentc pelo menos uma gema vegetal iva capa! de origln<.lf uma nova planta. A estaquia conceitua·se como 0 processo de propaga~o. onde e induzido 0 enralzamenl0 advenl icio de segrncntos destacados da planta-mae, visando a dar ori gem a urna muda. A lraves da estaquia. e possive l regenerar uma planta a part" de um ramo. loryando seu enraizamenlo, ou de uma porCiio de ri'lizes. as quais Incrementam a errussiio dtl brat os.

As vantagtlns da estaquia ~m cilros sao as mesmas citadas na propag<lyjo assexua l. De nt re ;:,s desvantagens. a lem das c itadas anteriormente. deve-se ressa ltar a pouca pesquisa nesta torma de propagaytio para 05 cit ros .

Apesar de ser uma forma de propagayao. a l eg isla~ao nlio preve a sua I.lt ilizar,:M nlJ ITIil forma comPrcia l Al iado a isso, os resultados de pesquisa oblidos com a propaga~o por estaquia <l inda s<'lo incipientes

o Departamento de HortiClJ ltura e Sl l v l cv~ura da Faculdade de Agronornia da UFRGS tem reillizadoexperirnentos. que aVi'l li am 0 potencial

da eslaqul8 para a prod~ de mudas de laranjelfas Foj testado 0 uso de aCldo mdol butirico (AlB; 0 e 3g1l ) e a presen!,'<l de folhas (O, 2, 4 e 6 folhas por eslaca) em eslocas semi-lenhosas da laranjelra 'vall!!lnCla', visando ° seu enralZamerlla e a produ,.ao de mudas 0 eSludo 101 reahzada em dlm..9ra de neb uli zaG~o , com temperatura e umldade re lallVa conlfOladas, Concluiu-se ser lunda mental a presenya de folhas na estaca, sando obhdo 80% de enralzamento das eSlacas, quando as mesmas aprest!ntaram de 2 a 4 folhas (Souza et ai, 1995, Morales, 1990). A aphca9tla de AlB Mio alteroo os resullados.

A partir das mudas obtldas do experimenlO antoner. 101 InslolOOo oolro oxponmenlo, onde mvdas da laranJeira 'vall!ncia' roram levadas ao campo, VlsandO a acompanhar 0 seu desenvolwncnto e produlivldade comparados as mudas obtldas por enxertia na forma Iradlaonal. sobre os porta·enxertos citrarlgeiro 'troyer', citrumeleiro 'swlngIE!" Os principais resultados demonstraram qua na pro paga<;:~ de laranjairas 'valoncia' por estaquia, 0 scu desenvolvimento vege ta~vo foi tnCnor do que 0 de plantas enxertadas sobre citra l'l9oiro '!royer' e citrumeleiro 'swll1glo' nos primeiros anos do pornar, igualando-se a elas nas safras posteriores, dornonstrando que a propaga~o de laranJelras 'valenaa' por estaqula nllo alelo 0 desenvolvimcnto vegetalivo finat das planlas (Brugnara , 2(04)

Recomenda-se 0 usa de estacas semilenhosas com 25 • 30 CITl de comprimento. <levendo ser COI1adas em bisel na sua base, VlsandO expor 1-2 em de r.amtIlO. Etas <levem apresent,,. 3 a 4 rolhas, plXlendQser empregado A lB. obri9aloriamcnle mantidas em dlmara de f'Klbuliza<;:Jo intc rmi tente, com substrato inarte a que apresente alta drellagern e baixa sa llnidade (areia au casca de arroz carbonizada).

5.2.3. Mergu lhia aerea

A mergulhla aerea ou aiporQUl3 consiste am envolvet uma por~o de ramocorn solo ou OIJlrosubstralO umedeado, anvotvidoam urn plastico preto, visanclo a proporciOnar oondi!fOOs, para que ha)3 enraizamento da por,.oo envolVida Deve-se toro cUldado de manter o substrato umodccldo Poro acelc ra r 0 emalzamento pode-sc ffl;:er anelamento de ramos ou aplicay"o de au~inas na regi1\<> e sor envolvlda com 0 pl(\stl oo (Fachinello et aI., 1995) Tao logo haja 0 enrailarnenlO. destaca-se 0 ramo da planta­~, transplantando-o para urn recipiente

A alporquia nao e comumoote empregOOa na pr(XIu¥k> de mudas de cilros, par lralar-se de urn miltlXlo trabalhoso, porem tem polencial para a prodU900 vegetaliva de porta·en~er1os donalS

"

5.2.4. Enxenla

A erlxertla l! de finida pela uniao ou conexao de duas por"Oes de tecido ~egetal, de tal maneir .. que originem uma no~a planta com car.:cteristlcas supenoras. 0 emerto Ii a porcao do ramo Que contem uma gema (horbu lha) 0,1 mais de uma (garfo), as quais consist irAo na parteacrea da planta ap6s a en:cerha 0 porta-enxarto e a parte inferiorda planta. que dara origem ao sistema radiwlarda muda

A cmertia e 0 l1~todo de propagayao vcgeta tiva mais utl liUldo em laranjclras. Dantre as razOes da sua ulilizayao. pede-sc cilar a perpetu~o de dones. que Me enraizam faolmente porestaquia ou outros metodos vegetat lvos: ohtenoyao de benefiCios dos porta ·enxertos, como to!eranda as adversldades do solo. resiSI&nda a pragas a mollislias de solo. nantsmo induZido pelo pona-enxerto: Iroca de COpas em planbos eslabelecidos; acolera<1iO da maturidade de -seedlings- selccionados em programas de melhoramenlo: raparo de partes danilicadas de plan las; dlagn6stlco de woses e melhor aprovellamento do malenal de propagay1lo.

o sucesso da en~erti a ~ai dependar, prmcipalmente. de Um<! superposiyao completa dos lecidos na regi1l0 cambial; da cficiencJa do enxertador; da epoca correta para a execuo;;ao da eoxertia. reladonada as condi¢'es climatlcas (temperatura Ddequada , umidade a lumlrlOS,dade podp.m dellnir a dessecayao ou n:lo do enxerto)

As aflnidades Iisiol6gicas e anatOrrucas entre os tecid03 podem ser os malOres lalores do insucesso no pegamento da enxortia, relacionados a 1.1 111.1 incoil\p.;!tib ilidade entre anxerto a porta·enxerto. Ainda pode-sa cltar qua esta Incompahbihdade pede estar relaaonada ao porte e "''90'" d,[erenciados, dclo vegetatM:l. consist~ncia des tecidos c scnSlbllPdade a doeno;as caus;)das por virus (ex .. tristez;) dos cilros). Na T;)oola 5.2 cstao hSladas as prinCipais incompallbilidades cnconlradas entre porta-en~ertos e variodades copa de plantas citncas

Apesar da algumas incompajibi lldo.des serem h.1 muito tempo apresenladas e discuhdas peia bibliografia. au mesma limilantes em alguns localS. cabe alnda ressaltar que a pesqUIs.a nao e condus .... a quanto ao assunto. pois se s<lbe que no Estado de 5"0 Paulo os 6rgaos de pesquisa a extens!io n:io recomendam a uMi2at;ao de Iaranjeira 'p6ra' sobretrifollata·. por estar demonstrado que a mesma apresenta Slntomas de Incompallbilidade. Entrotanto. no Estado do Rio Grande do Sui , existem pomares com varios anos de cultivo. sem sinlomas aparenles de incompahbilidade Contudo. cleve·sc evilar a combinat;OO de porta-en~ertos a culhvares copa. que posSilm produz:ir i ncompCl~ bilidade.

'"

TABELA 5.2, Incompatibilid<ldes tn.-')is comllns entre cornb ina9('ies com ,

Laranje ira 'pera'

Seleta de itaoorai

ri Ii t Citrumelo swingle 4475 Limao rugoso da f lorida

,

Limao rugosa da f lorida Fonte: Adapwdo de SeMler e\ al. . 2001 c Carlos et al , 1997.

Existem vari as forrnas de enxerti a. mas, para a produy<'lo de rnudas de laranjeiras, 0 metodo recomendado e aceilo pela legislayao e a el1xertia porborbu lh ia Este sistema conslste na justaposiy;)o de uma unica gema sobre urn porta-enxerto enraizado. Denim da enxertia por borbulhia. podem ser ut ilizados varios metodos (T normal e invertido. jar1e la aberta e fechada, ehapinha, etc.) , Er1treta r1to, 0 mais utl lizado e difundido coT invert ido.

o processo consiste em rea li zar. com auxil io de eanivete. duas incjsOe$ na casca do Co-1u le fjO porta-enxerto. urna no sent ido longitudinal e outra na base e no sentido perpendicular. do mesmo de modo a fo rmar urn T i" vertido, A gerna au bo'bulha e reti rada da base do pecio lo fO liar. segura ndo-se 0 ramo em sua posiy.3o normal e removendo·j , de preferfmcia. sem uma poryao de lenho, lmediiitarrtente ap6s sua ~~o, procede-se a sua introduyao sob a casea do porta-enxerto, no corte em 'T' invert ido, cortando-se oexcessode tecjdoda borbulha. fazendo-se coinddir a casca da mesma com a casca do pOrta--€nxerto. A seguir, faz-se 0 amarrio do pOnto de el1xertia , empregcmdo-se fila pl<isti e<! aprop ri ada para este lim (F igura 5.1 J.

A prelerencia por esse tipo de enxeft ia deve-sc a urn menor ri sco de contami l1ac;::lo da regiilo enxertada e menor risco de penetrayao de agua no corte, A fita plast ica deve se r dlsposta de maneira a permitir UI'TU perle ita sOldadura do enxerto, bem como evitar a penetra<;M de agua no ponto de enxertia.

A rea lizac;:i'.io da enxert ia pode ser feila em qualquer epoca do ano, entretanto devem·se evitar epocas de frio ou calor intenso, pois dilicultam a real izayaa da prahca. il1dusive, prejudlcando consKJeravelmenle a sua pega. Em geml, recornenda-se fazer a enxertia em epocas de temperaturas amenas, quando ocorre a so ltura da caSe<! do porta-{lnxerto. que vila da primavera, passa l1do pelo ve r~o e ini cio do outono,

5.2.5. Micropropaga<;iio

Em laranjeiras. 0 metoda de micropropaga<;ao com umente empregado e 0 de microenxert ia. Este metodo nao e empregado para fi ns camerciais por ser Orleroso. sendo real izado basicamente em centro.'l de pesquisa, com 0 objetivo de li mpar doon9a~ , pnncipa lmente virus e outras d i ver~as variedades.

o metodo COrlsiste em produzi r os porta-enxertos (normalmente hibridos do Poncirus Irifo/ia /a) e brota<;&:ls das varlDdades copa. sob condi«ies ass.epucas "In v itro'. mediante seu cu ltivo em lubos de ensaio Os porta-enxertos sao prod uzidos ri a auseneia de luz e, quando atingem aproximadamente 5 em de altura , s~o decepados a a p ro x ilTl<l d~mente 3 em e micro·enxertados atraves da uil lizayao de uma poryao de rnensternil apical dos brotns da variedade copa . A po";;oo do meri stema nao devera ter ma i ~ do que 0,1 5 em A plant inha microenxertada e mcmtida "in vitro', ate 0 pegamento e desenvo lvimento do cnxcrto e. pos ter iormente e adunatizada. para adaptsr -se II condiyJo "ex vitro'. em casa de vegetayao.

Este metodo permite a limpeza pr incipalmente de viroses, pois os v irus somente es tao presentes em tecidos vasculari zados, 0 que n .. o acontece com os menstemas. Porem, Il a rr e( :e 5sidad~ ue fazer- s-e testes de indexa<;ao. para CQnfirmar- se a eficiencia da microenxertia

5.3. Nonnas e legislao;:a o na produo;:a o de mudas de laranjeir.!r s

As nonnas para a produ~ao de rnuda~ cit ricas sao estaOOI€cidas por portarias das S{)cretarias de agricullurll de cada esllldo brasileiro. Em geral. as normas hoje vigentes no pais levam em conla a produc;ao de mudas citricas em ambiente protegido. com substrato isento de solo.

No Estado de Sao Paulo , principal prooutor nacion<ll. atraves da Fundecitrus, recomendam"S!l as s€g ui ntes ca r<l(:teristicas a serem adoladas na produyi'l o de mudas'

1. a area a ser esco l ~) ida deve ler boa drenagem e estar distllnte de plantas c itricas (rnais de 200 metros),

2. a pmdu<;ao das rnuclas deve ser feita sob te las. que as protegem dos inselos (malha maxima de 1 mm'). sCrldo quo estas e os filmes plast icos que cobrem as estufas devem ser checados conSlantemente:

3. os vi ve iros devem ter antecamara corn pedi l(JVio e s istema de desinfestay50 de ITl<l teria,s ulilizados no m<lrlejo do viveiro ;

4. a ag\!8 de irrigayJo e 0 substr<lto devem ter qualidacte co ntr~ada . sendo isentos de nernatoides. fungos do genero Phyloph thora e outros pa togenos e pragas;

63 ,

j

5. as plantas matllZe5. bofbolhas e porta-eoxenos. ah~m de possuir boas caraclerishcas ge~tlcaS e origem conhecida. devem ler Sido oblidas sob tetados (lelas antiinselos)~

6. as mudas de~em ser produzidas sOOm bancadas de concreto, a 30 em do chao, ou em vasos sobre 0 solo. protegido com urna camade do, pa lo menos 5 em de pedre. Os recipientes pare 0 desenvolvimento das mudas devem ter, no minima, 10 em de largura por 30 em de altura:

7. os vi~eiros de~ern adolar medidas de pre~en~ao contra 0 CDIlCI"O citrico e ovtras doen(faS e pragas, corno gomooe. nemat6ides e cvc;

8. a dtrirultor deve tef ace550 aos resultados de anallses para detecvao de fungoo do g&nero Phytophthoro. nemalOides e CVC.

5.3.1. Normas para produ"ao de mudas de laranjeiras no ESlado do Rio Grande do Sui

No Estado do Rio Grnnde do Sui, a Portaria numcro 06512004 da Secreta ria da Agricultura e Abnstecimenlo estabelece Que a produ<;:oo de mudas cilricas deve atender as seguintes caracteristiC3S'

5.3.1.1. Oas exlg6ncias para instalac;~o do viveiro

o viveiro deve eSlar em ambrente protegido, distante de unidades benefroadoras, dep6sltos de 'ruters e indus trias. bern como doo residuos provenien tes des las. no mlnimo de 500 meSO m de oulros atl'Os e de estradas publicas, protogido por q uebra·ventos. Deva possuir telado com malha de 0.87 mm par 0,30 mm, soosso atraves do antec;)ffi(l ra de 1 x 1 In

(tamanho minima). Deve ter sistema n)(O de pedilUvo. instalado na entrada do ambiente

(Interior da antec.:'lmara), e de rodoluvio, Instalado na entrada da propriedade, para desinfasta~ de pat6genos

o vivelro deve ser o::mstru ldo de manelra a nao permltir a entrada de aguas invasoras. sendo Que as mudas deverao estar dlspostas em bancadas, ou outre anteparO, que evite seu contalO drreto com 0 solo do vivelro (~ado e corredores oom camada de pedra bnloda O\.l material sirrular. com um minimo de 5 em do espessurn, rnant()ndo a {lrea intema do vive1ro Ilvro de plantas dall inims.

o produtor deve restrlng ir 0 acesso de pessOiIs estranhas ao "'veiro. Os materialS e eQuipamentoo uhlizados devern ser de uso excluSI~o do Vlverro, procedendo a oesinrestar,;ao de pisos, paredes e bancadas a Gada CIdo de produ~

Oemais conslderac;:6es devem segurr a Leglsl~ Fitossanltaria vrgeote.

5.3.1.2. Da prodUl;;ao de muda

A sementeira devfJ ser fe ila denlro das instalaQOcs do vivciro, cm tubetes. bandejas ou embalagem definil ivil. ~erTlpre suspenS<1 a urlla altura minima de 30 cm do solo As semenies devem se! submetidas a tratamcnto termico (l 52"C durante 10 minutos .AmLJda deve ser proouzida em recipiente ind ividual . cam substrato au mlstura isent::J de plantas daninhas, nernat6ides. fungos do g€nlolro Pf)ytoplltom e QUIros pat6genos comprovadamente nodvos aos dtros. Aagua de iffigilyiiO deve ser tratada. qU<ll1do necessjrio. ficJ ndo Isenta de nemat6ides, fungO$ e oulros pot6genos oomprovadarnenle nOCivns .'lOS Cllros

5.3.1.3. Material de propagaorao

o matcnal de propag::Jr;:.'lo a ser uti lizado no produr,;ao da muda deve ler a origem das seguinles tontes pl ,mtil Il<iSiCIl, ~IOInta matnz. )ardim ciMai QU !lor!lullltl ira. previanlCnte inscri t<J s no 6rgtio fiswlizador A planta baslCa ou a planta matriz, que fornece sementes para os porta·enxertos pede ser manhda a campo, Ap lanw matri z. 0 jardim don",1 Oll iliXlrblJ lheira devem ser mantidas em telado, com mall,a de 0.87 mm pm O.3U mm. develldo Sflr inSI)ecionadas anuaillmnte p<J ra venficayjo de mut3QOes. s~l1id<Jde e co l et~ de materi <J1 para testes de Clorose Vatiegada das Ci(fOS (CVC) e C::JnCfo Cit ri co, A pianta matriz deve ser indexada para vir(}st!s, 11 0 minima, a Coda 10 (dez) af10~

5.3.1.4. Porta-enxertos e copas

O~ ~D1la-enxmtos e <Xlpas, inlc,almente eleitos para 0 programa de cer1lfic ~Qjo. sao as seglJintes: por1a-enxertos ' I im:)elr"J.) "(:favo", iirnoelfo 'volkamerial1o ', Ponciws tnfoliata.laran jeira 'cai,ma ', cltrum(lieiro 'swinglc' (4475), tanger inmras 'de6patra' e 'sunki' . tangeielro ·orlando·. e Cl tranges ·troyei".'C 13' , 'C41' 'C37'eC20',

Copas: as Gul tivares devemestar reg,stradas no Registro N<Jcional de Cultiv8res - RNC

As sement(!s para porta-enxertos e as borblJ lhas devem ser provelllcntes de planta matriz, jardim donal ou borbulheira

A comprov<Jyao da or igem do rn:lterial de propagayao (sernentes. porta-enxertos e borbulhas) deve ser feita atraves dOl NOla FisCi'l l, Guia do Produtor. fatura ou dO(umento equivalenle. contendo a caradenzat;<'!o do fornecfJdor, com numero de seu m9's\[0 n<J entld<Jde ccrtlficadora e liscal izadora, especi f,wndo a especle , cu ltlvar () quanlldade do aludido materia l No caso de uhliza9ao de materi al proprio, eSle dO(umento de comprovayao 4 :;ubstitlJido POT doclaraQao do respol1s.avel tecn ico

65

Para mooa cer1lflCada, a comprova9lio da origem genellca deve ser atraves de alestado de oogem genebca e garantla de material b;!isico. emltldo pelo detentor da cuilivar, quando originado de planta b;!isica, ou atestada de garantl<l. emltk:la pelo Responsavet Tecnico, quando originada do planta matriz au boroulhe,ra Os rorta-enxertos adquindos de tercei ros devem ser cml ifi ';ados

Para muda flaO certilicada , a comprovaC;:io da origem, para a ullhzaC:io de S(!meflles ou borbulhas sem origem genehca, poder:'l ser lelta por autori~o do 6rgao flscalizador. baseada em dectal<lstio do Responsavel Tecnico de que e~isle indispombilidade que alenda tis e~igt'lnti(ls acirna, assumlooo esla a responsabllidade pela ldenbdade. quahdade e sanidade do malenal ullhzado

5.3.1.5. Do padriio de qualldade da muda

A enxertla devo oSlar loca li zada entre 10 0 20 em. medidos a partir do colo da planta, 0 enxerlo e 0 porIa-enxerto devem const ituir um<l hasle unica, erela e var\ical ,loterando-se urn desv,o de ale 15 graus. As mudas de lal<llljeira davern apresenlar, a 5 em .lorna do ponto de enxert,a. urn dltlmelro minima de 0.7 em. e 0 corte do porta-emerto deve ser tratado com produlo reglslrado no Mmlslerlo da Agflcultura Pecu<'ma e AbaSlecimento - MAPA A comblnaGlio enxertolporta-en~erto deve ser toleranla a tristez3 0 sistema radicular deve ser bern desenvolVldo. sem ralzes cnovcladils, retoreidas OU Qutlbradas. com miz pnncipal reta e do comprimonlO minima de 20 em (vinto cenl imetros ]

5.3,1.6. Tipos de mudas

Mudil de varet.::!, paVIO au palila: com a haste prooopal podada. no minlmo a 40 cm para laranle'raS. medKlos a parllr cIo colo da planla, com idade maXJma de t8 meses, quando ulilQados porta-enxertos VlQOfOSOS. como hmoelros. limelras e laranJelfas. e 24 meses para mudas larmadas com os porta-enxertos PoriONS /n"fol/[J/a e seus hfbndos e tangennelfas

5.3. 1.7. Amostragom e analise de sanidado das mudas

A amoslragem para analise de silnldade de mudas certiflcadas sera realizada pelo fiscal do 61930 competento com acompanhamenlo do Responsavel T ecnico do viVClro As mudas cilncas devertio ser analisadas em laboratorio credentiado. para verirlC<lrr80 da presenc;a de Phytophlor8. eve, nemat6ldos, cancro cltrico e outras doeno;:as ou pragas, CU]O conlrole

seja considerado prioritano pelo Deparlamer'lto de Produ~ Vegelal dOl Secretana da Agricult\lra e Abastecimento A ~m<)st lagcm e mah,rial oolelado devem ser definidos pelos coletOfes, obcdecernjo A quantidade minima de 0.1 % (zero virgula urn por cento) das mudas

A delecyaO de pat6genos consldefados nocivos aos Cllros pela OIVi!>ao de Sementes e Mudas do DPV e mohvo de oondena~o do late amostrado, exceto no caso de pragas qUDrentenArws e de nao QuarentenOriDS regulam enlad as. cUJos procodimentos sorl'io os preconizados na legislay.'jo perhncnte

5.3.1.8. Armazenamento

As lTludas. se anmn:enadas , deyerno perm'Ir"ol<.;cr em ~rnbi e rl !e protegldo com as mesmas condl¢es prev,stas para a produ~o

5.3.1.9. Prazos para adequa",ao

Para os v'veiros de cllros ia re9,strados nu DPV/SM. as mudas do citros comerclal izadas a partir de 10 de janoiro de 2006 no RS deverilo ser onundas de Viveiros com ambientes protegidos. conforme es ta normatlVa Para novos reglstros. apos a pubhca"ao desla POfIaria, 0

eslabelecimenlo dove atender aos quesitos desta.

5.4. Sistemas de prodll1;lIo de mudas de laranjeiras ern amhiente protegido

o Slslema de prodl.l¢o de mudas de crtros em amblenle protegido 8p!'esenta importantes vantagens sabre a produ<;:<ID a ceu aberto. Par exemplo. pode evilar pat6genos com maior facihdade, a partlr do Isolarnenlo da sementelra €I do vive iro. pelo tratamerlto do substrato €I da ~gua dt! Inigac;aO; permlte reduzir signi(,ca~vamente 0 tempo de produ<;flO da muda. que passa de 36 lIleses para 18 .. 24 meses Convem ressallar que de nada vale redUZlr-se 0 tempo de produ~ das mudas. se n.)Q alentarmos para a origem gon6tica e sanitaria tlas plantas m;:ltnzes, que ongmarao as mcsmas. Atua lmente, e passlvel obter-sa matcri~1 sadl0 €I gen etican~"te

garanlLdo de citros em centros de pesqulsas de clVersos ESlados braSllelroS. No Rio Grande do SuI. pode-se citar 0 CPACTIEMBRAPA (Pelotas). CPFTIFEPAGRO (Taquari) €I ;:l Facuklade de Agronomla da UFRGS.

Na primelra elapa de oblenvAo das mudas, ou seJa. nas sementelraS, sao uhllZ800s. com grandes vanlagens. sementelras m6ve0s. como bandeJa5 de isopor ou recipienle5 do pUlslioo de forma c6nica (luoole5). cultivadas em eSlufas Este sistema permite reduzirem ate 75% o tempo de proclulyilo do porta·enxerto. ccmparado ao sistema tradidonal dO sementeira em C3ntairos no &010.

Numa segunda elapa, flO viveiro. que abrange desde a replcagem dos porta-en,erlos para os reclpientes maiores ate a mvda pronta para it at! campo, tambl!m a possivel reduzir consideravelmenle 0 peri<xlo d& desenvolvlmento da mude POfem varios fatares s1\o fundamentalS em ambas as elapas, envolvendo os reciplentes, substratos, lertitiza~, maneJo do amblante protegldo. os quais serOO delerminantes para a boa quahdade das mlJdas

A segulr sen:lo apresentad3s , com m3i01"eS detalhes. as etapas da prod u<,:t!o de m\ldas citr icas em amblante proteg ido. Mui tas das rocomenda~s aqui mancionOOas s:io resu ltados da experiencia adquirOja nos pnmeiros anos dOl condu>;:lio do viveiro de produ<,:Ao de borbulhas da Faculdade de Agronomia UFRGS.

5.4.1. Semenleira

A semente.ra conoertualmente trata-sa da Ilraa do vivelfo desbnada :) germinayao e desenvotvimento dos porta-allxertos. Em ambiente protegldo as sementelra5 5<'10 const iluidas por bancadas. q lle abri g'am as bande,as alveoladas de isopor, ou por mesas 11IOlll li cas, qUJndo os porta' enxeMos sao ctl ltlvados em luootes m6veis

5.4.2. Semcadura e t ransplante

Nesta prim81re lase de produ<,:ao da muda, deve-se usar recrpienles de aproxlmadamente 120 em', volume sufioente para urn born desen~oIvimento dos porta-enxel1os (Schafer, 2(04). 0 manejo do 5ubstrato antes da sua colocayao nos reeipientus pode influerrciDr 0 oonleooo de ar e 6gua na reg i!io radica l,

o primeiro aspeeto a ser eoosiderado e a maneira com que sa preenehem os rec ipientes Nesta opera<,:.'kl, deve-se delxar 0 substrato escorrer suavemerrte para denlro dos tubetes au bandeJas mulbcelulares. Este substral0 devera eliter levemente umedecldo. Em seguida, recomenda-se proceder 8 um<l pequena compacta~o do substrato alraves de uma 'batidinha'leve no reciplente. pois e oomum ficar espa<;os vaztOS, os quais prejudicam 0 desenVQIVlmento dos porla-enxertos.

A s.emeadum e realizada, abfindo-se um pequeno orifIoo em tOfno de 1.0 em da profundidade no substrato, onde slio colocadas duas sernentes por alvedo ou lubetl.!: em seguida, cobre-se as mesmas com substrato e eletua-se uma irrig~

A germtnao;:ao das semenles iniCla-se ap6s 20 a 30 dias da semeadura. Normalmente, emBrglra rnais do uma planLa por alveolo. devarldo-SB selecionar apenas Ulna, ~ rna is vigorosa, qualldo esher em lomo de 3 a 5 em de allura (Figura 5 .5)

Quando os porta-enKerlos abngirem 10 a 15 em de altum, com urn SIstema radicular bern desenvolvido. deveri'lo ser replcados aos reciplenles defimuvos, que deverAo ler aprOKimadamenle de 4 a Stilros.

POI ocaslao da repicagem, deve-sl.! ter Cl)idado para nliO causar a dcsest l1J tura~o do tOlr;30 que envolve as r"lles do por1a·enKerto, sendo recomendado 0 umedecimenlQ do substrato, pois facilita 0 processo.

5.4,3. lrriga .. ao

Na semenleir". deva-sa uti llzar irri ga<;llo pOI micro·aspersao, a fim de evilar uma comPi.lcLa~o au li xivia<;::io do substratQ. bern como nao descObrir as semenles. A qu"nlldade de agua a aplicar e de suma rnporUlnaa. senclo definlda de acordo com as necessodades da planta, que sao delerrninadas pele dispanibilidade de agua no substrato. pelas caracleri sti cas d .. cu ltura e pelas condi0P.s dl~t i cas que provocam a dernarlda evapatranspirativa AI6m de sat isfaler 35 exig6nClas hldricas da$ plantas, a prabca da irriga9i'lo dcve buscar a eoonomia de mao-<le­obra e a redu~ das perdas de agua e nutnentes. evllando a poIulcaodo ambienle

o que detormina a freqClI'mcia de irnga~f1o sao as Cilracler',slicas de cada cultura (fase de desenvoMmento. poIta.-enKtl lto , numero de folhas), o bpo de substrato e a demanda evaparativa da atmosfera Uma maneira fllcit de sa obter a quantidade de agua perdlda pela evapotransptra9<'lo e lrrlg.ar 0 vasa ale chegar a salura~. deiKando-se dren.af ate alca~r 0 estado de capacidadQ do reopiente, pesando-o em segurda. Passado um delerminado periodo, posa-se novanl(!nte 0 rec lpienle. A di ferefl\:a de peso sera 0 c:onsumo de agua no periodo, devendo este ser reposto

Na pratica, na semenfella. devem ser feltas Imgar;;6es frequentes e em pequenos volumes, au 5eJa. duas a Ires vezes par dra (1 (}-15 mlnutos) em periados QuenleS e uma vez por d13, em ep0c8s de manos calor

o Oep.:Irtamento de Horticultura e S,lvirulrura (OHS) da Facu1da~e de AgronGmla cia UFRGS esl;) \es lando uma 16cnir-a de IrrigacM de port~· eJl)'ertos por cap, laridade, vlsando evilar 0 umedecimento da parle a~rea (los porta-enxerlos. 0 sistema lem apresenlado grande polencial de \ISO. estando em lase de adapla~o Conslsle de urn sIStema de Irriga¥io. onc:le os tubeles sao manbdos em urn tanque plllSbCO. fazendo·se a imef1iMde 50 a 70% do volume dos rnesmos em agua, man~dos por uma hora. duas vezes 010 di" Um sistoma de bomooarnento encho e es~az i<:l 0 lanque, par mwo de um Clfcurto lechado. oque perrn,le ecooomkZaf 3gua e ad,cion..,. nUIr.entes via lerllrrigar,tto (Figura 5.6) Os resultados s~ promiSSOfe5. pois alt'!m da reduyao dos nscos de mo~sbas. como consequencia do nao molhamento da parle aerea, logra-se um maior desenvolvimenlO vegota ll ~o dos porta-emertos. Em um expcrimento rea liz<:ldo no OHS· UFRGS. comp<:Irando a irri ga9il:o t r"H~ i ci onol por micro-asperstiO com J de capilaridade. aumentou-se 0 desenvOlvimento em aUura. em aprmumadamente 24% para 0 limoelro ·CfaYO·: 64% para 0 cltrangeiro 'C3T e 22% para 0 tn[ohata quaodo se irrigou porcapil<lridade (Schaler. 20(4)

5.4.4. Desbaste II aproveitamento das mudas (replcagem)

Como comonlado anleflormenle. quando os porla-enxcrlos anngem 3 a 5 em de altura. deve-se fazer 0 desbastc. mantendo-se apenas uma plantlnha por reClplente As plantinhas em excesso p~em scr aprovelladas e repluldas pa ra rec iplontllS onde nfio tenha ocomdo germinal,tllo, ou para reC ipientes noves.

Nesta operar,:ao deve·se Ie.- 0 cUldado de lazer uma poda das radlCClas. que. em geral. sedei~a 113dasraizes originalS e. Imedialamente. abre-se urn onficio no substrata. imroduzlndo a r.IIZ pnnClpal de [onna creta. eVitando-se seu tuturo enovelamento. Deve-se observar a meSilla altura om que <:IS plantillhas se enccntravo m oflg inalmente. pois. do contrar io. podcr<'lo sofrer danos

Os porla-enxertos a ser utilkZados no desbasto deveroo ler SUilS raizes manbdas em agua ale a repicagem. para eVilar sua desldrata9ilo e morte. Sornente devem scr aproveilados os por1a-en~ertos com maIO!" desenvolvlmcnto. descartando·se os monores e os que apresentarom algurna falhrl no sistema radicu lar ou dn\(l ito na partn a(\ reu

Em experimenlo reallzado no OHS-UFRGS. 16slou-se a propagao;:!io InlCial de Ir~s porta·en~erlos porsemeadura e por repicagem. na OCilslAo do desbasto Os resultados demonstramm que 0 sistema de propagar,:ao nAo atetou 0 desenvolvllllenlo vegelatlVO IIllClal dos porta-

enxertos , se ndo que se pode ut ilizar as nlUdas dQ des baste . 8em quo; as mesmas d im inuam 0 seu desenvolvimento vAgetiltivo poste rio r (SChillo;r.2004),

5.4.5. Aduba"ao

A aduba<;:50 e fundamental para obter-se um born p r"(l ido desenvolvimento dos porta-€nxertos. Atualrnente, Ila substratos comercials Ja ilpropriados para a lase de sementeira, adicionados de nulr ientes Tamb&m h,'} no mercado adubos de libera(iio lenta (adubos em c.llpsulas), que sao misturados ao substralo snles de precnchcr os rccipientes e que dlspensam a aduba<;:~o durante 0 desenvolv imento das plantas, Os rnesmos s:'lo eficientes , porem, como ~o irnwtados. ainda apresent<lm urn custo elevado,

Aconse lha-se a ilp licilyEO de adubos dissolv idos em agua , at raves de fertlrrigCl00. NCI fase de sernenteira, 0 nulriente mais exigido pelos porta­enxertos e 0 nitrogenio, que pOOe ser fornec ido as plantas pela dissolu~<'! o

de ureia em allua, devendQ ser aplicado com regildor via fo liM e no substra to ,

A apliC8c;:<lO de aduoos nilrogenados deve ser monitor<ldCl para n~o ~avor cxcessos. pois 0 nitrogenio pode causar danos as plantas, princ ipalmente ao sistema radicular, que somente sera percept ivel quando o processo ja for irreversivet. levando as planlas a rnorlP. Aconsclha·se a apt l ca<;:~o de 0.1 9 de nitrogen io dlssolvidos em 5 ml de agua por piantintla a cada 15 dias,

Em gelat. os nive is nulricionais dOS substratos comerclais s!lo suficientes, ou mcsrno altos, para 0 cu lt ivo da sementeira, Experimentos demonstrClm que alg uns substratos comercia is podem ter ad i ~ i onarl os

nutrientes em excesso, com isso inibindo 0 desenvolvimento vegelalivo Tambem existe urna relac;:<lo direta com 0 porla-enxerto uli li zado, sabendo­se que os rna is vigorosos. como 0 timoeiro 'cravo·. nec()ssitam mais nitrog{mio e ~o mais to lBranles a salinidane, seguidos pelos intcrmedljrios. como os citranges e. depois. os menos vigorosos. como ° trifolia ta. os quais n()cessit<lm de uma menor adubCl<;:<'!o (Schafer. 20(0) A demanda par nutnenle ainda e reduzidCl em periodos de temperatura rna lS baixa

Como fonte de nutrienles n,lrogenados aplicadOS v,a agua de irrigaGao. alem da ureia , podern ':;\Jf util izndos os adubos de nltratos de 8m6nio, calcio e pottl%io. sulfa t() de a,rilniO, fosfato monoamonlco (MAP) e diamonico (DAP) , fcrt ic ~re NK, cj lcio nitrieo entre outros

5.5. Principais porta-en xertos recomendados para laranjeiras

Os parta-enxerlos Inlcoalnw nte eleito5 "a~ normas para a produl'ilo de mudas no Estaclo clo R,o Grande co Sui. sao ' Ilrnoeira ·c,ava . 1"'1000"0 'vo lkameriano'. PonCIf!!S Irilo/ialil, iar3njelra ·c3Ipira·. cit,urne leiro 'swingle' (4475). t,mgerineiras 'cleopatra' e ·sL1nk ... langeieHu ·urlando'. e c'trange~ ·troyer·. ·carrlzo ·. 'C 13'. 'C 41', 'C 37" eC 20' Estes ullimos sao porta-€nxerlos desenvolviclos e lan~ildos pelo Centro de Pesquisa e Frut icultUf3 dOl FEPAGRO cle TklqU3ri. RS. De tempos em tempos. ha 0 aparecinmnto de novas enlermidades. que atacam alguns p·orta-enxertos , CQmo loi 0 caso do virus da Tnste;;a na d'kada de 50. quando atacou a Jaranjeil"3 aleda; atualtwmte. "morte subita dos citros. que OSI!! atacanda as plantas el1xertOOfiS sobre 0 lim::>eiro 'cravo' em Sao Paulo. t~m provocaCQ crises na citricu ltura Isto e consequencia da nossa tracl i~iio . au seJa a cit ricultur8 esta baseada em urn uni(".o porta-enxerto Por exemplo. a citncu ltura paullsla esta enxert~cla basicamente sobre 0 limociro 'cravo' a a gaucha sabre P6ncirus tri/o/letta. Portanto. il recrwnendilvel a uiversi licayao aas IX)rta-enxertos, tanto 110 que tangf! il prowra par parte dos cOillpradc:n~s de mudas. quc dcvem drvers'fK:<lr seus pomJres, quando il alert" l>eios vNeinstas. qUf!. no Estado do RIO Grcll1dc do SUi basicamente produzem mudas sobre POllcirus Infollata. Isto tomara ~ rlO~sa citricultura l11eflOS Vulneravel

o porta-enxertn mdul. " l tera~Oes j variedade cora. tfJ is cOlno creS(imenlo, ["manho. precoCldJao de prodlly.'io produt ividade. ~poca de matura~ao e peso dos IrL1tos . co'orac;:ao cia c3sc~ e dos IIUI05. teO!" de a~uC<lres e dc addns . rennanenc'a cos lrutos n3 plan tJ. con se,vll~o ap6s J colhc ila. tmnspirac;<'io das lo lhas. lert ilicladc au p6len. compos igao quimica (lklS fQ lhas, C3pacidacle de absor~ao . slnlese e ut il rzayao de nutrientes, tolerancia a sa limdade. re~ i st~ncia j seca e ao friO . resist~l1Cia e tolerancia a molcs t,as e pragas e respost] a produtos de abscisjo (Schafcr et al. . 2002; Pompeu Jun iar. 1 991).

Na Tabtlla 5.3 e apresentada il mtluenclCI rie porta"enxertos sobre a wlt ivar copa em algumJs caracteristiG.'lS de produt ividade das l a ranJe l r~s. Observam"se diferenc;as s'9rl ili<;at ivas entre os diversos porta-erlxcrtn$ estudados

Na Ta bela 5.4 sjo aprcse" tad<ls a~ caracter i stius que os porta­enxertos imluzem a cult ivar copa

Cabe illl1da ressa ltar que. na produyao de muclas citricas. 0 viyor dos porta-erlxertos apresentado no camp:) nem sempre e comparave l com o vigor veqetat ivo inicia l desses porta -enxertos. Como CilSO l ipi(".O pede·se ressa ltar 0 triloliata, que tem urn 6t imo vigol inici3l. sobressamdo-se ~o 'cravo', que e mats vigornso no carnpo.

5.6. Viveiro

o vive iro fica na area destinada a produ~ao fina l da muda . onde 0 por1a·enxerto e repicado da semenleira para os recipienles de maior vo lume. posteriormenle enxertado com a variedade cop8. atil 0 rnornento (Je sua comerc ial i2:ayao.

5.6.1. Recipientes. repicagem e condul;ao das mudas

Como dcscrito ~nleriOrtne nte. quando os parta-enxert05 tiverem um sistema radicular bem fOffilado. tomando todo 0 espayo do tubete. em geral. com 10 a 15 em de altura. procede-se sua repicagem p8ra recip ienles maiores. Estes recipientes dever~o ter aproxitn<ldamente de 4 a 5 lilr05 de cap8cidade, com dimens~s aproxlmada5 de 30 em de altu ra e 15 em de diametro. Pode-se empreg<lr reciplentes de poIietileno rig ido, com ranhlJr<lS longiludi nais internilS (citropotes), que s~o mais C<lros, porem reutl lizaveis. OU sacos prctos maleaveis de pol iet ileno. que sao rlhl lS bara tos. porem podem caLJsarenovelamento das raizes por nao apresenlo3rem as ranhuras in telnas

ApDsar de permitido pela leglsla<;<Jo. e desaconselhavel ut il izar recipientes com menos de 15 em de diametro, pois estes podem acelerar oellovelamellto das ra izes, prejudicando ou impedindo" deRenvOlvimento normal das mudas no pomar

A \endencia e que, com () pass8f do tempo, haja compac\a~1io do suhstrat(), reduz lndo seu volume n() renpiente, 0 ~ue pode prejudicar a irrigayi'io e 0 born d,)senvolvimento das mudos

No enchimento dos recipientes , oeve"se ler 0 rn';'xirno cu idaJo no manuseio do substrato, a lim de evitar qualqlJer tip'o de c()rI1pacta~i'io Por isso, recomenda-se lazer 0 seu preendlirnento no local onde serao uti li zados , Oeve-se seguir os mesmos pwcedimentos df)scritos na fase de sementeira

o recipiente deve conter substroto ate sua borda. A telld6ncia e qoo. com 0 passar do tempo. ha)a compactoyJo do substrato. reduzindo seu vo lume no redplDnte, 0 que pode prejudicar a i rriga~ao e 0 born desenvolvl0lento das mudas.

Quando 0 p<Jrta-enxerto tiver 0 diametro de 0.8 em, a uma altura de 10 em acinKl da sLJp€rficie do substrato, podera ser ell xertado com a variedade desejada. Aenxertia recomendada Eo a borbull,ia de -, invert ido, devendo_se empregar materia l de reconhecida Idoneidade genetic" e sanitjri8.

Para 8 execuyao da repicagem, retira -~e a muda do tubete ou bandeja. devendo esta estar previa mente umedecida. pais facil ita a sua rellrada, lCndo-se 0 CLJidado pala nao desmancharo torrJo e. com 0 auxillo

de um pedll~ de taqu<lra. OOI1ild ll em b,sel n.a base, com 0 di~metro um pouCQ malor do que 0 vo lume do rccipienta do portll-enxerto, laz-se uma ptlquena cava 110 substrata, cuidandD-sa para f'k'lo compaclar 0 mesmo. e Introduz-se 'genbtmante' a muOa, chegando 0 substrata ao radar da mesma e fazendo-se uma boa imga~o em segUida QulJo culdado a SElr observacto na repicagem dlZ respe,to a prolundldadc de ptanbo dos porta--enxertos. osquals davern permanecer na mesma prolundidade que sa encontravam nos tubetcs OU aiveotos.

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• <!;!ereno;:as OO~f8 0$ volorns aliOS ell.lIxos <:V11fO de C3dl .... !b~/I"

Passados, aprox imadamentp, 25 (ji flS da enxertia, remove-se 0

ati lho piastico, que recobre 0 nnxnrto. Uma a duos semanas apos, faz-se J for~agem do e nxerto , vlsando sua brotCl9~o, segundo os metodos descritos flO cap itlJ lo 5,2.4. A partir do momenta em que 0 enxerto tiver ap rOXil1k1d"lInente 15 em de altu rCl deve-se tutora-Io, viSFmdo sua cOIlduyio riO sent ido vertica l, po is a leg isla~ao exige que niio tenha mais de 15 grClus em relayao ao porl<:l-enwrto .

Passados 18 a 24 meses da semead ura. a muda pslan) apta para 0 com6rcio, devendo servendlda Ikl forma de vareta ou pav io, podada a Ull\fl altura de 40 em a parti r do colo. Nesta ocasiao, ° sistema radicular deve ter tomado tooa Bmbalagem (FigurCl 5.8). 0 que VCl ; aux lliar Bm uma ra pid~ pBga da muda no campo e em umCl retomada rilp ida do seu crescimento

5.6.2. Substralos

PCl ra uma corretil e segura escolha na uli li zCl~jo do substrato. e imprescJnd ivel 0 con hecimento dos mater iais a sprom uSil du~ . Para tanto, o COnll (!cimento das SUclS caracter isticFlS quimic:as , fi sicas e bialagiCCls ~o consideradas essencJais (Kiimpf, 20(0),

Entre as CCl racter islicas qllimicas mais importantes, encontra-se ovalar de pH , a capacidade de troc8 de r.ations (CTC) e a ca lldutividadc eletrica (CE). a q ual pode ser 1118 is adequada·mente express8 pelo.teor totill d" sais so luveis (TTSS)

o termo pH refere-$(l a resyoo de s lca linidCl(je ou acid!;z do meio de cul tivo, sendo que alguns autores acham que corresponde 010 Criterio quimico de maior considflrayao no c resci menta das plantas. po is a ImportanciCl de cO rlhecer esta wracteri stica eSla re lacionada com sua Infiuen cla n<l dlsponibj lidildede nutrientes e no SCll efe ilo sobre os processos fis io log icos ,ta planta

Ppsquisas que Clva liam 0 pfeito do pH do substrato no cu ltivo de plantas citricas s.jo rClras 0<.1 inpxistentes Entretanto, um selor que tornpce muitas i nforma~oos. que podem ser adequadas para 0 cu llivo de mudas citricas. e a ru ltivo de plantilS ornamenta is. Neste e indicado, para substrdtos com predam i n~ncifl de materia org~n ica , a faixa de pH . que val de 5,0 a 5.8, ou, qU<lndo fo r a base de so lo minera l. vai en tre 6,0 e (;5, Em meios com pH aba iX<) de 5,0 pooem <lparecer sirltomas de deficienc:ia de N. K, Ca Mg fl 8 , enquanto os pr(Jb lemas com a disponi bihdClde de P e micronutrientes (Fe. Mn. Zn e ell) sao esperCldos com pH ac ima de 6,5 (K;jm~l , 2000).

Em c<i<1e

""'­Xiloporose Declim"

, , , , , , , " , ,

"

, , , , , , , A

, , , , ,

C~mc'~fi.tica avaliuda

, , hocorte , , , , , So,o"" , m , , ,

Xiloporu>e , , , , , Decl;,,", , , ,

Vigo, , , , , , Ta man!lO da co;>a , , , , , R",i" I~""'" 00 frio , , ,

L""ge.idade , , , ,

= Ra'G

n

Existe unl<! wrtcofdiincia de que os substratos (lewm ter elevaca e TC. especi31rnente nas prirneiras lases do cu ltivo, ate que se estabele<;a um equ ll ibrio entre as soluy6es e 0 complllxo <ie trow do substrata Segundo crite ri os adotJdos pela Uniilo ca~ erllid3desAIemas de Pesquisas Agriootas para substratos, va lores de eTC maiures do que 12 cmol , 1 sao usado5 como relerencia (Penr1 in g~fe l d , 1983)

A sa linidade ou teor lotal <ie sa is SQ tuveis (nSS) de urn substrata e a IrclY~o de conslilui fl te~ ;norgan icos saliNe is em agua. ESla determin<ly:lo e b8seada no lalo dos iotls dissolvidos na so l u~ao do substrato conduzirem corrente eletnca Ikl propor~ilo direta da <Xl fl Clolntr<J<;:i\o presente Desta forma, med"'do-se a condutividade elctr ic<1 de um substrato. tem-se uma i n d ica~;:\o dOl concentrac;ao lotal de ions ali dissolvidos.

A deterrninay30 dessa caracterist ica tem como objetivo conhecel a conr..mlrayiio sa lina do meio ondll vao crescer as raizes da pianta A s<!fls ibil 'dade j concentra<;:i'io de $" '5 varia confo rme a especie e a idade dOl planta (quanto mals Jovem a planta rna is sensivel). Especialmcnte, M ul ilizayao de matenais altern<ltivos, em misturas n30 industnat izadas, e Importante conhecer 0 nive l <i(! sa linidade do su~trato. a fim de fiv ilar perdas na produ9:lo (Kampf, 2(00)

As plantas apres<!ntam diferentes graus de sensibl lidade all nss do substrato. Novam\J'lte , valores de relerencia para substralos no cu ltivo de plantas ornamenta,s sao usados, com grande propriOO<lde, para plantas citrlc<Js. Os Vi) lores da Tabela 5.5 referem-sll allS niveis a serem atingldos ap6s a <Jduba~ao da base Portanto, e import<Jnte cOllheceru nss natural dos materiais a serem uS<Jdos nas m,sturas.

o ideal na se leyjo de matella,s para sub~ lrato. a l im de eV11af danos iLJluros as pl<Jntas, e obter sempre a sa limdade abaixo cia 1.0 (l.l'.

Os substratos lamMm sao classllicados de acordo COlil a prcsonr,;a de sais no meio, conlorme a Tabeta 5 .6

De tnaneira gerat. no cultivo de mudas citricas em rec lpienles e em casa de veget<J~iio , os niveis <ill sa linidade no substr<Jto s;:\o latoms decisivos, e es tes pOd..,m au devem ser os rnais bilixos possiveis. E mals f;i eil acI iCi(Jnal nulnentes ao cu lhvo, daque reSD lver problemas de sa linidade excessiva A fase dH ~ementeira requer substratos que nao ultrapassem va lores de 1,0 gL" de sais (p lantas senSiveis) e na lase de vlve iro. pode­se ter substra tos com niveis de 1,0 a 2,0 9 L ' de nss, consideracos norma is.

TABELA 5.5. Niveis de concenlra<;:1io salina no subslr9lo. adequados a sensibt~dade das planlaS.

Rear;ao da cullura

Grupo l' PLanlSS sansiveis Grupo 2 Plantas to lcmntes

Grupo 3: Plan" 'o~,~\,,!,;;; 7~':" 'Expresso como 9 ;:-

Nivei!; de saltOidade

Baixo II.1ed1o

0,5 al .0

"2

TABELA 5.6. Classdica~o d~ nivelS de sa~nidade aprcsentada nos substratos

S81inidade (g.L") <1.0

1,08 2,0 2,0 a 4,0 4,085,0 5.0 a 1,0

~7.0

Classlf,cacao Baixa sahrudadc Media au normal

Alto MUltu a lta

Extrcmamonto alta T6xica

'Exprcsso como 9 KCI ,L 'subslrnm Fonle- Kampf, 2000

As caraClerisbcas fis,cas ma,s ,mportanles na delerm'na~o de urn subs\ralo sao: a densidade, a pDfos,dade total , 0 esptl<;:o de aera~o e a reten<;:<'lo de agua a baixas \ensoos de umidade Ocnsidade, Ql,1 dens,dode de volume, expressa a rela<yAo entre a masso c 0 volu~ de uma amos!ro de subslrato De m<lneir<l gerol , consi de ra-se como mlerilnc ia pam 0 substrata ul ili zado nn sementeira va lores de densid<lde seca de 400 e 500 kg.m l

o subslralo que e 'rnhcado para reapientes de 30 em de altura rOO nece-ssanamenle apresen\.:l uma boa performance em reCIp,enles IOOllOfes Ass,m, quanto menoro reopienle, menor deve sar a dens,dade nele ullllZada A reoomenda<;:ao e de se ullllZ8r subslralos com densidade seca de 100 a 300 kg m ' para bandeJ<ls mulltcelulares, de 250 a 400 kg.m para vasos ate 15 cm de altura , de 300;] 500 kg.m ' para vasos de 20 a

30 em, de 500 a 800 kg,m J poro vasos lTI<\ iores de 30 em de altura. P<lrf} te r-se umo ideia de <1 ens idade seca, a are ia med i;l tern dcnsidadl:! de 1400 a 1500 kg m-> , a casca ite arroz queimada de 300 a 350 kg m ' . a casca do arfOZ C9rban,~ada dl:! 150 a 250 kg.m' e a turfa prela de 150 a 250 k9·m' (Kampf, 2000).

o valor da densidade e 'Rlportanle pala a inlerprela~ de outras car&C1erlsl,C9s, coma pDfoSidade, espa<;:o de aeratyao e dlspoT1lb,l,dade de lIgua aJem da sahn,dade e teorde nul"entes

o pequeno volume do vasa leva <I uma alIa co(\oonlro~o de raizes, exiglndo elevado supnmento de OXIQ~mo e raplda re~ dogfls carbOnico tormado 0 substrato deve seE sufiaenlemente paroso, a fim de permclir tracas gasosas eficlentes, evrtondo falta de ar p..1ra a respiro¥lo das ral~es e para a atividade de micrOfganismos do meio (K(lmpf, 2(00) E uma carocterls1ica que tende a sofrer modJflCa¢as ao longo do cutbYO peb acornod~ das partlcutas. Urn substralo Kleal e aquele que apresenla 85% (0,85 m'.rrr') de porosidade lolal, e 0 restanle, obviamente, e a parte solido do substwto (15%),

Os poros podem ser classilicados como macroporos e microporos. A dim\mlca desses e que vai delerTTllnar a dispclOlbllidade de <II e ~gu<l no substrato, Alguns autoras definem m<'Uoporos como poms responsAvers pela i nfi l tra~ao a drenagem da <l:gua a pela aeraytlo do mefC e micropDfO$ como espar;:os responsave,s pe~ relen,.ao de 6gua Em cond'~o de salura,.ao hidllca, os mac:roporos stio preenchldos com al. e o seu volume e caracterizado como cspa,.o de aeraGilo 0 Ideal e que to a 20% do volume do subSlrata seja espoya dtl aera~aa

Na s mesmas condi~<'Ies de sa1ura~~o descrila para os macroporos, os poros menores (rnicroporos) eslao preenctudos por lIgua, em volume que correspondc 11 capaCidade de reten<;<'lo hidrica do substrato Esta pode scr d ividida em duas partes, uma sendtl a agua disponive l e a outra a a<Jua remanes.cente A agua dlsponivel, po.- sua vez, esta dlvidKla em lIgua facilmente diSpOlllvel. que deve estar entre 20 a 30% do volurr.i do substrato e a agua tal"1""lpClO:Jnte. estllnanoo.se que valores ideals devem estar entre 4 a 10%, Aagua rarnanescente nAo ost~ dlspon ivel as plantas, mas e de grande impOrtlincifl. pais IIl11uencia algumos propriedades do substrato. como condu1i~idatle. capaCldade 1ermica e a condutlYidade hidn'luhca. SOus valores padroes vanam de 20 a 35%

As propnedades biol6gicas dos substrates tamt>em devem SCf co l1 sideradas , pois n~o devern conter rnicrorganismos pat6genos, como fungos do g~nero Phythophlora sp . nema16ides ou pragas Tambem devem estar isantos de plantas iodesejavcls A Pfesen~ destes pacte Slgnlhcar a interdi«<'lo do vlvelro

Uma forma p r~ti ca de e llmil1ar os micrerganismos m;]leticos e aplicar a lermoterapia, que consls1e em subme1er 0 subs1ralo por urn perlodo de 30 mtnutos a temperaturas de 60·C

Por oulro lado, h:.t rnlcrorgal1lsmos befiE!ficos, que se assoe,am as rolzes das pla nlas, ouxi lia ndo Ila absor~no de nUlfiellles e agua , protegendo 35 plantas do doen«<ls, acelerondo 0 desenvolvimento e melhorando sua reSlsl~ncia ao transplante no pomar. Dentre os m,crorganiSmos beneficos rnals Importanles <lOS citros estllo as lungos

80

mlGOfrizioos, A termoterapia, geralmente, nCio elimma os organismos benefioos. mas e passivel inocular os ma~mos as plantas. mislurando·os aosubstrato. A FacUldade deAgronOlll ia da UFRGS desenvolve pesquiS<ls , os quois tbm damonslrado a impoliancja destes lungos pdra obten~;;o de mudas de maiorqualidade Tambem vem isol~ndo e mult ipl icando esp,kies rna is eficjentes aos CltroS. dispondo de um banl.-'O de in6culos para , futuramente, fomecer aos v,veiristas.

5.6.3. Armazenamento dos substratos

Muitas vezes, mesma 0 produto sendo adquindo embalado nao se deve dar muita atenl;<'lo ao local e a fo rma de arrnazerlamenlO tio substrato. Este aspecto tern fund1lm"nta l importancja no que tange a quesUlo fitossanitar;a, pois doon<;as como a gomose podem estar no chao au em terra aderida aos implernentos agr icolas; algum respingo de agua rlesse 8ubslrato pode estar cont:Jminando-o e comprometendo-o. Tarnb€m sa deve ter preocupa~Jo com a perda de umidade desse material , <!ependendo de sua CQnst itu iyilo. POde ser um problema futuro .

o pr imeiro aspeclo a cons iderar e a forma de como esse produto vai ser recebido: a granel ou embalado em sacos plastico5

Se aste for recebido a granel. ou elaborado na prppriedade a partir ~a mislura de diferentes materiais, deve ser eolocado em um loc;)1 seco, tota lmante coberto e feehado, com PISO de concreto e , ainda, sa possivel. sobre lona pl3stica entre ° substrata e 0 piSQ. As paredes e 0 piso dev~m ser ester il izados corn am6nia qualernilria ou hipodonto de s6dio. Quando esse produto for estacado por um periado de tempo maior, e conveniente que sej '" colocado uma lona em eima do material para (lvitar perdas de umidade,

Se 0 substrata for adqu iri do em saws p last icos, seu Jrmazenarnenlo e nl 1l is facj litado. mas, mesmo assim. deve-se co locar em um 10Cd1 coberlo e fechado, ull lizando-se ostrados no CllOO, para evitar o conla to d ireto do substrato corn a pisu, Reoolne nda-se. lambem, desinfetar 0 local

5.6.4. lrrigil~;:;O e fertilizar;:~o

A irriga<;ao na fase de viveiro tambem deve tar 05 masmos cu idadl.lS que na fase anterior, pOI' ISSO 0 sistema de irriga~o recornendado e u de goteramento, Esse sistema, a lern de ser ind ividualizado, fornece ilgua as plantas com baixa pressao. nau interterindo nas caracterist iGas fis icas do substrato, Ele a inda pode ser usado em conjunto com a fert ili zayao (fertirrigar;:ao)

Por issa 0 que determina a quanhdade de agua a ap~car em cada inigaoyao sao as caraclel1stiros fisicas dOl substrato, par exemplo, tomanoo corno base as caracteristicas do mesfTlO. com plantas citricas culbvada, em citropoles. com volume de 4 litros. e que esse estela sem ~1,IlI

disponivel, uma irrigaclto necessitaria somenla prover 1.4lilros (relWerileS ao va lor (I", 35% do volume d",sl inado a agua dlsponlvel). Acima derose volume. a agua alingiria 0 espa<;:o de aeracflo (macroporos) ft.

conseqi)entemente. serie perdida par lixiviaylio Da mesma forma COIOO lei comenLada antenormente. urna maneira mUltOl laot de estabetet:el" a demanda de agua em urn sIStema. e irrigar-se 0 vasa ale a saturac;;ao e esperar-se ale que a agua em excesso se drene do recipienle (ap.-oxlmadamente 1 h), pesando--se 0 vaso em segulda. No d~ seguinte. pesa-se novamenle 0 vaso. e a diferenr;:a encontrada e a agua que devt sor repasta pela irrlga9ao am 24 homs.

Na pratica . deva-so prover irrigat;:6es fraqOantes e em pequeno! volumes. Porexemplo, em meses de temperaturas amanas. deve-se ilrigar duas 9 tr{;s vezes ao dla (aproximadamente as to horas. 15 e 19 heras), par 5 a 10 minutos cada imgaylkl. Em meses quentes. a irrigaoyao deve ser featizada nos mesmos horarios por malor tornpo (15 a 20 mlnutos). ~ conveniente ressaltar que os periodos e lreq~ndas de irrig.ao;:lio variam de acordo com a epoca do ano e a capaddade de reten«2io de agua no substrato

o ob,etivo da adubao;:ao il a d"l fornacer nutrientes II planla, fazendo-se com que estD obtanha urn mjximo cresc imento em urn OJrto perlodo de tempo. Este cresc imenlo v>goroso e obt ido pela aplica~ de doses sufidentes de nutnenles. No cuttivo em ree,piente. (lada a limi~o do votume. 0 fornecimento dos nutrientes l! LaraIa do viveinsLa_ 0 substrata sera 0 depositario da adubaoyao. relendo ou tiberanda saiS. confonne as suas caraeterishcas e as r"l6C6ssidades das ptanlas

Quanto <'l aduba(j:ao no vivelfO. os dados sao um pouco controversos Ex;stem experimentos que Indicam II necessfdade de aduba~>'io nilrogenada Entrelamo. em um teste efetuado na Esla~ Experimental Agror06mica da Umversidade Federal do Rio Grande do S"", coflstatou-se efeilos de saliflidade, quando uU ll zados os mesmos cntl!nos adotados nos experimentos A recomendao;:l'lo devo ser lelta em cima da analise qulmica desse substralo_ Caso sejarn deteclados sinlomas de deliciencia de nilrog!nio. eSle pode ser rapldamente suprido via fertlrrigao;:l"io. Experlmentos com a usa de adubos de tiberao;:lio lenta aprescnLaram bans resultados nessa lase do deseovolVlmento da ptanta

A aduba((lio no viveim e leita de duas formas: aduba((lio de base e aduba"lio complementar ou de coberlura. A adubayao de base normalmenle jll lelta em subslratos comerCla,s. deve levar em conta pnncipalmente os elemenlos P, Ca e a corre<;!io do pH Conlorme discutido anlenOOl1ente, econvemente que 0 subslrato apresentevalores baixo:> de $aIS (TTSS 1,0 g.L '), pois, asslm sendo naG causara nenhum dana a fase "'cial, depo,s do transplante. Subs!ratQS com uma aduba((lio de base fraca. !linda t~m um3 oulra vania gem, que e a de loro;ar urn malOr desenvolvlmento radicu lar, culminand o com uma mud a de melhor qua lidade

A ad uba~(jo complementar d:;SUme lundamental papel no cul~ vo

das pi.:m t3s cltricas em \10350, sendo aquela que e fornccida a planta, quando boa p;:Ille da aduba<;:ao de base esta esgolada. Esta pode ser leila de duas maneiras, da lorma solida (granulos) ou de forma liquida alra\les da lert,rnga((lio

De IOfma s6lida, sendo 0 P lotalmenle lorneodo na adub~o de base, eo restante aplica(lo em doses ;goalS semanalmente. Resullados com 0 culb\lo de plantas cilricas em vasa, no Estado de sao Paulo apresentaram bons resultados com a dosagem de 9.85 9 de N, 2,86 9 de p e 7,99 9 de K par planla. Como compJementat;.ao, ne5SC expenmento, ubtizou-se a apllca((lio de micronutrientes, fomeddos rnensaln'l8nte. via pulvenzat;:ao com 80m (0.2 Qll), Mangan~ (0,5 g~) II Zinco (0,6 ~) (Bernardi et 31 , 2000). .

Ainda podu-se apl icar sol u~s completas de NPK (tota lmente soluveis) atraves da lertirriga<;:ilo, Bans resultados 111m sido obt idos com fertirriga~!io cont inua de 500 ppm de uma solu~o oompleta de macro e micronulrientes (Schtlfer, 2(04). Esta solu~o le\la em conta a rela.yao enlre nutrienles, conforme e apresentado na Tabela 5.7.

5.6.5. Manejo do ambi(!nte protegldo

5.6.5.1. Manejo da temperatura no Interior da casa de vegeta~:io

Uma das grandes vantagens das casas de vegetay!lo e a possibilidade de manter temperatura mLllS alta em re lao;:ilO ao ambiente exiemo em perlo<los de outono, jnverno e prima\lcra. Porcm as plantas citricas, aillm de reduzlr &(lU cresc imento em i).1 ixas tcmperaluras, lambem t~m SOu cresclnlento prejudicado em alevadas temperaturas , 0 que e

comum no sui do Brasil, nos meses de verilo. Por(anto. a manutenl;iio de temperaturas mais elevac!as no i,wemo e 0 impedimento de temperaluras muito altas 00 verM. silo fundamentais para a produ~ao de rnucias de qualidade.

TABELA 5.1. Relay&> entre os macro e micro nutrientes a sere." adicionados r\a fertirriga<;:ilo, cons iderando 0 valor de N como scndo 1

Elemento mineral N P K

C, Mg S B F. Mo Z" Co M9

Propors-ao 1

0,00 0.57 2.08 0.21 0,11

0,0042 0,0055 0,0037 0.0029

O,()()052 0.(10008

Ha vflrias il1ar>eiras de controlar a temperatura no In!eriOf da:; casas de vege ta~o. as quais S<lo dependentes da tecnolog ia existent€ nas mesmas. Ha casas de vege tayilo automalizadas , com sistemas automaticos de rnanutenc;ao delemperatura e umldade, com aClonamento autom<itico das aberturas latera is ou superiores e da irriga<;:§o, segundo programa<;:ilo previa. Porem estas casas tern custo m uito elevado, encontrando·se no mercado casas de vegeta\Ao de menor valor e que permltem a prodll~o de mudas de excelente qualidade

As casas de vegeW~ao devem ter paredes laterais retratels, que permlWm I"vanla·las em per iodos quentes e baix;Has em periodos de frio. No verao, podem ser mantidas recolhidas. visando a perm itircircu la9~ o de ar para refrescar a casa de vegetaqilo. Mas em outras esla96es e interessante baix;(l·las 1llardinha (em dias de noi tes frias) e recolho'l· las no inleio da manM (em dias de temperalura elevadil durante 0 dial .

No Sui do Brasil, ~{)menle as aberturas laterais s;Oio insufirJentes para baixar a temperatura no Interior da casa de vegeta<;:ao, sendo necessari a a eolocaqi!o de sambrite sabre a teto da casa de vegelayao no periodo de verao. pois a temperatura nesta epoca faci lmente ultrapass.a os 40°C, preJudicando 0 desenvolvimento das mlldas.

Ha casos em que 0 sombnte eo colocado no inlenor da casa de vegeta(j:ao, pr6ximo ao teto da mesma Is\o aux,l,a na redu.;fjo da temperatura, p!lfem e insuflCiente, polS 05 1'<1105 solares jtJ entraram na casa e somente parte dele1; e flitrada pelo sombrile

o ideal e a conslrutyllo de casas de v egeta~lIo que lanham l~nlernll1S , ou seja, aberturas no leto ou em alguma parte superior das meSm<lS, que pennitam eSCl'mr 0 or quente, auxiliando cficientemente na redl.lYllo da tempera tura.

5,6.5.2. Manelo do sistema de irriga(j:ao

EO de fundamental importllncia a revis~ pefl6dica dos fittros de irri9~, bern como dos bieos de !rri93~O> pois ha impurel8S na agua, Que podem provocar 0 entupimentode camn; (;OJ dos bicos, podendo Impedir II i rrig ll~o e provocar a morte de mudas.

Tambem e fundamental a consta nte rev is;lo do s,s tema de rriga<fAo para controlar possiveis vazamentos, que podem provocar a parde de press<'kl em Sistemas automabladoS e preJudicar a irriga~. atem de srgnrficar parda de agua, que srgnlfrca danos ao amblente e a qualidade das mudas

5.6.5.3. Prote9iio com quebra-ventos

E impresclndivel a presen"" de Qllebra-ventos p..1ra prot<Joger ~s casas de vcgetac;ao No Sui do Bras il , hi! ventos fortes freqOentes, os quais danificam 0 plas~co e. inclusive. podem danificar loda a eslrutum das casas de vegetayao Os ventos tambern ~o meios Importanles de dlSSemJnil~O de doen9!ls Os quebra-ventos podern ser naturais ou art,ficia,s Pode-se tall9!lr mao do planbo de capim cameron, que serve como quebra-venlo pr0vis6rio. mas 0 ideal e 0 culhvo de plantas arb6reas de crescrmento r<\pido. As mesmaS devern eslar deselwolvidas j<\ no momento dil construc;ao das casas de vcgctao;:fto.

A efic iencia dos quebra-ventos pode ser medida por sua altura , onde ceda metro de altura do que bra-ve nto protege 10 melros hOtiZootalmente.

Como quebra·venlos arh~ciais pode·se citar a constru~o de oercas com lel<ls de sornbnte au danle, as quais sao efiClentes, apesar De rna,s caras que quebm-ventos natura,s.

"

5.6.5.4. Cuidados com desinfesta<;ao

~ De nada ad ia nta produzlr mudas em ambiente protegir1o. se nilo h~ limpcza do malerial. dos equipamentos e das pessoas que c;rOJ I ~m

nas casas de vegetao;;ao. Portanto. a higiene e necessaria . p.9ra se OOler bons resu ltados.

Inicia lmente. deve-se evitar ao maximo a entrada de pessoas flilS caS<lS de vegeta~o. sel1do restntas exdusivamente aus Irabalhadcxes. Oeve-se construir rodo luvio e pcdi lLIVIO nil entrada da area de viveiro. v is,:mdo a desinfc tarveicul()$ e peSSO<lS que entram 110 viveiro. Cada cnsa de vegeta~ ;).o dcve ter , obrigaloriarnente , antecamara com pedlluvio, tamoem com 0 objetivo de desinftlta r os sapa tos das pessO<ls quo entram nas mesmas

Como produtos utili zad os para desiniesta<;:i!o, c ililrn-se 0 r hipodoritode wcio (1 %), a Clrn:Jnia quaternaria 10.2%) e 0 alcoa! , 0 pri metro

6 foto instavel e inativado pela materia organiCfl. 0 que significa que deve ser reposto qUClse que diarillmente 0 segundo tambem 6 degrlldaoo rap idamente, devendo ser preparado a cadil48 hCXaB. Aamol1la qlJ<lternaria e recomendada para cotocayao nos ped iluvios e para pu lverizayao de fe rramentas e sapat()$, 0 alcoot e recomendado .para desinfostaryao das maos dos trab<llhadores, Deve-se ter 0 cu idado com 0 tl ipoclorito de sOdio, pois causa ox idayao de met(l is, nrio sendo indicado para apl icar em ferramentas (provoca fe rrugem),

Com relac;:~o as antecJmams. e lundarnenta t 0 manejo correto das aoort lJ ras e fechamentos das suas portas exlernas e internas, ou seja, jamais se deve abrir a porta interna , que da acesso direto ao interi or da CflS<l de vegetayao, sem que tenha sido feChada a porta externa. Caso sejam man~das as duas portas abertas concomitanteme ntc, a funr;:iio da antecamara deixa de existir, pa is os insctos entram para 0 interior da C<lsa de vegetay<'lo.

Outro <''-1J idado que deve ser tomado 5e refere a constante revi5~o e conscrto das paredes e teto s das casas de vegeta yao , pa is period icsmen te ha surgtmento de or ificios (r"'$gOS, furos) no pl:'lstico e na te la anti-afid lo, que e porta de entrada para pragas e doenc;:as

5.6.5.5. Contrale de plantas espontancas

Neste item, polle-se re lae ionar a questao do controle de plantas Hlvasoras ou esporltineas. Apesar de que 0 substrato deva ser livrp. de plantas invasoras, 0 que se verifica no viveiro e q ue mesmo ass irn. ex iste

presen<;:a de planta s csponla neas. Eslas devem ser retiradas manualmenle , com 0 cUldado de nilo compactar au reti rar a substrata do reclpienle Conslanlemente, deve ser fe ila a elimina<;:ao das plantas Il(lrtl,\ceas. que se desenvolvem no solo da casa de vegeta<;i'io, iltmv&s de catac;ao manua l au mediante aplicac;ao de prodlltos Qu imicos 1herblCidas).

5.6.5.6. Dislancia das mudas em reta<;:ao ao solo

Seguimlo a legis layao, as mudas devem ser cu ltivadas em bancadas distantes a. no minimo, trinta centimetros do solo. 0 piso da cas!> de vegetayao deve ser coberto com uma camada de britiJ de. no minimo, 5 cenlimetro s, que facilita 0 transito e re<Juz os riscos do doen~as

5.6.5.7. Preven<;ao de pragas e doenyas

A produr;:i'io de mudas em ambiente protegido realmente fa ve.-eee a produ<;;3o de mudas com moior garantia fi tossan itll ri a. Por(\rn , mesmo que sejam tornados lodos os cuidados. para evitar a enfrada de pragas e doen~as. evcntua lrnente alguns organlsmos conseguel11 el1trar nas casas de vegeta~M . rne recendo ClJidados proventlvos. Sendo assim, fiJz·se necessaria a apl icac;:ao de produtos fitoss<lnitariOs recome"dado~ pol<! Iegis layJ:o contra algumas pragas Podem ser citadas as seguin tes pri;lgas mais irnportantes em viveiros de citros: forml9iJS, minador das folhas, cochon ilhas , m::Jsca-branca e pulgOes.

Os sistemas de irriga<;:<'io por gotejarnel1to, >Xlr nao rnolharem as fcHhas das mudas. dao maior garantia do nao-aparecimento de <JO€nc;:as bactDfianas. como 0 cancro citrico. No ental1to. e recomend<'wel a ap licayao de produtos a base de cobre, que devem ser aplicados quinzenalmente em periodos de bro!a~tio, como forma de preven~o destas due"~a~ bacterianas. alorn do a!guma passive l doenc;:a funglca.