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Sindicato dos Bancários do Centro 1

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Revista deInformação

SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO CENTRO

NÚMERODEZASSETEABR/JUN2011

AUSTERIDADE

STOP

Distribuiçãogratuita aosassociados

2 | Revista de Informação »

COIMBRAAv. Fernão de Magalhães, 476 – Apartado 4043001-958 COIMBRATel.: 239854880 • Fax: 239854889

DEPARTAMENTO DE TEMPOS LIVRES

Dep. e Gab. de Apoio aos Tempos LivresAv. Fernão de Magalhães, 476 – Apartado 4043001-958 COIMBRATel.: 239854880 • Fax: 239854886E-mail. [email protected]

CALDAS DA RAINHARua da Caridade, 17 - 1° Dt° 2500-141 CALDAS DA RAINHA

FIGUEIRA DA FOZRua da Guiné, 57 3080-034 FIGUEIRA DA FOZ

GUARDALg. de S. Francisco, 6° Piso - 1° B 6300-754 GUARDA

SECRETARIADO REGIONAL DA GUARDATel.: 271222016

LEIRIARua Dr. José Henrique Vareda, 27 - 1° 2410-122 LEIRIA

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VISEURua Nossa Senhora de Fátima, 11 3510-094 VISEU

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Gab. do Desporto / Clube do BancárioRua Lourenço Almeida Azevedo, 173000-250 COIMBRATel.: 239852340; Fax: [email protected]

SECRETARIADO REGIONAL DE COIMBRA Tel./Fax: 239821935COMISSÃO DE REFORMADOSRua Lourenço Almeida Azevedo, 173000-250 [email protected].: 918167510 | 239852340

POSTO CLÍNICO:Tel.: 262840020 • Fax: 262840029

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_______________________________Secções Regionais• ConvíviodePescaemFolhadosa;• ConvíviodePescaemQuadrazais._______________________________Cultura• ViagemaMadrideSan LourenzodeElEscorial;• HinoàLuz;• Vouzela-AntigaeNobilíssima CapitaldeLafões;• RegisteosseusTemposLivres;• Numária-CincoEscudos.

_______________________________Editorial _______________________________

Mensagem do Presidente_______________________________Sindical

• Tomadadeposse;• Entrevista;• NovoSecretário-GeraldaFEBASE;• ConselhoGeraldadaFEBASE;• 1ªReuniãodoSecretariadodaSecçãoSindicaldeReformados;

• CongressoExtraordináriodaUGT-Leiria;

• SBC/UGTcomemoramo1ºdeMaio• SemináriosobreGerontologiaSocialUGT-Coimbra._______________________________

Internacional• 12ºCongressodaCES-Atenas;• ManifestaçãodosTrabalhadoresEuropeusnoLuxemburgo.

_______________________________Formação • OSBCnasendadaformação._______________________________Sams • EntrevistaaoPresidentedoConselhodeGerênciadosSAMS.

FICHA TÉCNICA

PropriedadeSindicatodosBancáriosdoCentroAv.FernãodeMagalhães,4763001-958Coimbrawww.sibace.pt

Tel.239854880Fax:239854889informaçã[email protected]

Director e EditorAntónioSequeiraMendes

Sub-DirectorJoãoAntunes

Conselho EditorialAníbalRibeiroCarlosSilvaFranciscoCarapinhaFreitasSimões

FotografiaSBCJoãoAntunes

ColaboradoresAnibalRibeiro,A.CasteloBanco,CarlosSilva,IsabelRocha,JoãoAntunes,LuísTudella,PaulinoMotaTavares,AgostinhoTorresdeAlmeida,SequeiraMendes

Composição GráficaCentroGráficodoSBCAv.FernãodeMagalhães,4763001-958Coimbrawww.sibace.pt

Telef.:239854880

Depósito Legal260437/07Tiragem Bimestral6500exemplares

Distribuição gratuita aos associados

DESTAQUES

ÍNDICE

Na capa:Austeridade - Stop

pág. 6 a 9

pág. 10 a 13

pág. 14

pág. 20

pág. 23 a 24

pág. 25

pág. 26 a 31

pág. 26

Tomada de posse dos Corpos Gerentes

Entrevista ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Geral

Carlos Marques - Secretário Geral da FEBASE

Trabalhadores EuropeusManifestam-se no Luxemburgo

Entrevista ao Presidente do Conselho deGerência dos SAMS - Aníbal Ribeiro

Viagem a Madrid e a San Lorenzo de El Escorial

Hino à Luz - Paulino Mota Tavares pág. 27

pág. 4

pág. 5

pág. 6 a 17

pág. 18 a 20

pág. 21 a 22

pág. 23 a 24


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A Crise não é para todos

Sequeira Mendes

Editorial

Já não restam dúvidas. A crise instalou-sedefinitivamente,asinjustiçassociaisvãoagravar-seeéincontornávelqueoacordoentreaTroyka

eostrêspartidosqueosubscreveram,osdenominadospartidos do arco de poder que governaram estepaís desde o 25 de Abril, não contém soluções pararesolver os nossos problemas estruturais, como nãoresolvem o problema do emprego, nem promovemo desenvolvimento e o crescimento económico. Ogoverno, comobomalunodoFMIqueé,estámesmoapostadoem irmais alémdoqueoque foi acordado,nomeadamentenasprivatizaçõese,peloqueconsta,aCGDestánosseusplanosenaganânciaeapetênciadosgrandesgruposeconómicosquevêmnaprivatizaçãodaCGDumaentradadeleãonocapitalfinanceiro.Ossindicatostêmnesteparticularumaresponsabilidadeenorme, não podendo consentir que os direitos e oslegítimos interesses dos seus trabalhadores sejampostosemcausa,mantendo-seatentosaestamaisqueprovávelofensiva. Também devemos estarmuito atentos para o que sevai passar no BPN, pois por imperativo do “Acordo”temquehaverumasoluçãodefinitivaaté30deJulhoeatéestemomentodesconhecem-seasreaisintençõesdeste governo. Porém uma coisa é certa, nenhumasolução deverá ter o apoio dos sindicatos que aponteparaosdespedimentos,istoé,quenãosalvaguardeosseuspostosdetrabalho.Devemossindicatosverticaislutar por isso, como já o fizeram aquando da suanacionalização e da defesa intransigente que fizeramdos trabalhadores contratados a termo certo e queforamobjectodedespedimentosilegais.Também a contratação colectiva deve merecer umaprofunda reflexão por parte dos dirigentes sindicaisnãodevendoabdicardelevarpordianteasnegociaçõesdeactualizaçãosalarialreferentesa2011.Nãodevemostervergonhanemhesitaçõesemreclamaro“impossível”poisestaondaneo-liberalestáfortementeempenhadaemconstruirumasociedadeinjustaparaquemtrabalha.

Osbancostambémcomeçamadarfortesindíciosquequeremsocializarosseusprejuízos,queresultaram,emparte, das piores práticas financeiras de economia decasinoquepraticaramnaúltimadécada.OimpostoespecialquesetraduznocortedosubsídiodeNatal(tambémelenãofaziapartedo“Acordo”)vaiagravaraindamaisajádesidegradasituaçãoeconómicados trabalhadores portugueses e em particular dostrabalhadores bancários, devendo merecer por partedetodosnósumatotalrejeiçãoeossindicatosdeviammesmo ir mais longe e questionar a sua legalidade.Não nos esqueçamos que este novo imposto aparecenomomentoemqueanegociaçãocolectivanosectorbancário está bloqueada pela APB, pelo que elerepresentaumforteeacrescidoconstrangimentoparaasituaçãoeconómicadostrabalhadoresbancários.Anossadívida soberanaealgunsdosmaioresbancosforam considerados “lixo” por uma Agência denotação financeira americana. Estamos já a viver asconsequênciasdessairresponsabilidadeeperguntamos,ondeparavaaMoody’sparaquememvésperasdacrisede 2008 tudo estava bem, que interesses representa,quemsãoosseusclientes,quembranqueouascontaspúblicasdaGréciaduranteanoseanos?Seráqueestáaprepararoterrenoparaasprivatizações,baixandoopreçodosseusactivos?Finalmente,quemsupervisionaestasempresas?Ostrabalhadoresbancáriosdevemdaroseucontributoparapodermosultrapassaracrisedosectorfinanceiroportuguês,masparaque issoaconteça,osbanqueirosnãopodem,nemdevemdesperdiçaroseucapitalmaisvalioso - os seus trabalhadores - nem estes o devemconsentir.

“[...] A crise instalou-se definitivamente, as injustiças sociais vão agravar-se e é incontornável que o acordado entre a Troyka e os três partidos que o subscreveram, os denominados partidos do arco de poder que governaram este país desde o 25 de Abril, não contém soluções para resolver os nossos problemas estruturais, como não resolvem o problema do emprego, nem promovem o desenvolvimento e o crescimento económico. [...]”


»Mensagem do Presidente

MENSAGEMDOPRESIDENTEDADIRECÇÃODOSINDICATODOSBANCÁ[email protected]

Tempo de “Vacas Magras”

Carlos Silva

Nos últimos anos, a Bancasempre foi afirmando queo tempo não estava para

grandes aumentos salariais paraos seus trabalhadores, fruto deum conjunto de circunstâncias eargumentos recorrentes invocadospara justificar o injustificável – osbancários mereciam mais consi-deraçãoerespeitopelasuaactividadezelosaedebrioprofissional.MasquemlucrouforamasInstituiçõesdeCréditoeosseusaccionistas.Paraosbancáriosfoi sempre o mínimo indispensável apromover a estabilidadeno sector e agarantir o enriquecimento de alguns(poucos)milhares.Agora, tal comona fábulade “Pedroe o Lobo”, tanto falaram da crise,que ela aí está instalada, ao nívelglobal.Eseduranteotempoemqueos lucros fabulosos não justificarammelhores aumentos salariais paraos bancários, então agora estamosmesmomergulhadosnumtempoquedeixamdeforaquaisquerentusiasmose expectativas de obter um merecidoaumento salarial, que corresponda, nomínimo,aoaumentodocustodevida.Perante a grave situação que oPaís atravessa, os banqueiros têmrespondido aos apelos dos sindi-catos da FEBASE com a garantiaque manterão o nível de empregono sector. Afinal, observamos oencerramento de dezenas de agên-cias, um pouco por todo o país, oque implica a mobilidade dos tra-balhadores aí colocados para outroslocais de trabalho, semo recurso aodespedimento. Pelo menos, valha-nos essa garantia, dada até agora

porNunoAmadoeFernandoUlrich,Presidentes do Santander/Totta eBPI,respectivamente.Masanãorenovaçãodoscontratosaprazoa centenasde jovense, simul-taneamente, a não admissão denovostrabalhadores,criaumcenáriopreocupanteparaossindicatos,pelasimplicaçõesaoníveldasindicalizaçãoe das contribuições para os SAMS,como factor de sustentabilidadefuturadosistemasolidárioqueuneostrês sindicatos verticais, fundadoresdaFEBASE.Também o dossier BPN tem sidoacompanhado de perto pelos sin-dicatos da FEBASE, sem recursoà praça pública e envolvendo noprocesso as mais importantes figu-ras do movimento sindical da UGT,cujo Secretário-Geral solicitou re-união urgente ao novo Ministrodas Finanças, no sentido de apurara sensibilidade do Governo quantoaoprocessodevendadoBancoe,aomesmotempo,fazerouviravozdossindicatos sobre a imperiosa defesados direitos dos trabalhadores doBPN. Até final do corrente mês,o processo de venda deverá estarconsumado. E mesmo em períodode férias, as Direcções sindicais daFEBASEestarãopresentesnadefesadostrabalhadoresdoBPN.Lamentável é o despudor de algunsque, sob a capa de um qualquermovimento pseudo-independente,não conseguem perceber que ademocracia,quetantorelevamaseufavor, éumsistemaassentenovotodos cidadãos e que todos temos derespeitar. Haja humildade na acçãosindical.PorquequandoumConselhoGeral,comoodaFEBASE,comoseuuniverso de 96 membros, setenta esete dos quais presentes na sessão,aprova deliberações com 71 votosa favor e 6 contra, isto quer dizer“TUDO”. E o respeito democráticoexige, de todos, o cumprimento dasregras. Contrariamente ao que épropalado por um número reduzidode membros, que só existem paracombater a Unidade e Solidariedade

que se verifica entre os cinco sin-dicatosfundadoresdaFEBASE.Importa que todos nós consigamosfazer o supremo esforço de nosunirmos em torno do essencial –a defesa das nossas InstituiçõesdemocráticasededefinirmosorumodasnossasvidasedonossoPaís.E é neste momento que os tra-balhadores mais devem prezar aexistência dos seus Sindicatos,para muitos, o mais importantemovimento social das sociedadescontemporâneas.Ostemposqueseavizinhamnãoserãofáceis, já que todos os indicadoreseconómicos indiciam um enormeagravamento das condições de vidados trabalhadores portugueses,consequência nefasta da aplicaçãodas medidas de austeridade peloGoverno, como resultado do Acordocom a Troika. E por isso devemosestar unidos, no combate contraa injustiça de que somos alvo pela(des)governação do país e contraaqueles que se querem aproveitardas circunstâncias e carregaremainda mais no acelerador contraos trabalhadores, porque são estesque vão suportar a maior fatia dossacrifíciosexigidosaPortugal.Tempode“vacasmagras”nãosignificaexploração,nemroubo.Nãoassistiremosimpávidoseserenosà forma como o contributo dostrabalhadores irá ser definido peloGoverno. Exige-se Justiça Social eequidade na partilha dos sacrifícios(ao contrário do que fazem com oslucros,quesãosóparaosmaisricos).É nestes períodos de conflitualidadesocial, como na Grécia e um poucoportodaaEuropa,queseredefinemas estratégias de resistência dostrabalhadores contra o livre arbítriodos governantes e empresários – osdetentores do Poder político e docapital.Confiandoe apoiandoosSindicatos,saberemosresistir.


Num sindicato de “memórias e afetos”,como o SBC, é natural que aqueles quededicaram muito do tempo e esforço

deumavidaparadefendero sindicato eos seustrabalhadoressejamrecordadosehomenageados.Foi o que aconteceuna cerimónia de tomada depossedosnovoscorpossociaisdoSBC,queficoumarcadapelahomenagemaoatéentãopresidentedaMesadaAssembleiaGeraledoConselhoGeral,MárioFigueira.“Umsindicalistadavelhaguarda”,comodescreveuJoãoProença,secretário-geraldaUGT,queabandonouassuas funçõesdebaixodeumaovaçãodepédeumaemocionadaplateiaqueencheuasaladoHotelD.Inês.Na hora da despedida, Mário Figueira recordoualgumas das principais conquistas em 40 anosde sindicalismo: a criação do SAMS – “um dosmelhores subsistemas de saúde do país” – e oacordo tripartido para integrar os bancários naSegurança Social – “uma conquista há muitodesejada”.Deixandoaosnovosdirigentesodesejode“ummandatorepletodevitóriassindicais”,oex-presidentedaMesadaAssembleiaGeralterminoucomumagarantia:“estareisempreaqui”.AsreferênciasaMárioFigueiraestiveramemtodososdiscursosdatarde,comdestaqueparaore-eleito

presidente da direção. Visivelmente emocionado,CarlosSilvarecordoua“teimosiaeforçadevontade”doex-presidentedoConselhoGeralemlutarcontraa doençaqueo impediude estarna cerimóniadeencerramento das comemorações dos 75 anosdo sindicato. “Mashoje está connosco e conferiu-me posse para este segundo mandato à frentedos destinos do SBC. Para oMário Figueira, como sentido de dever cumprido, exprimo, de formainequívoca,umenormebem-haja”,declarou.Na sua intervenção, Carlos Silva prestou tambémhomenagem a Delmiro Carreira, hoje já ex-presidente do SBSI, e aos falecidos membros doSBCFranciscoGouveiaeCarlosConde.“Deixaram-noscedo,ambosnacasados50anos(…)Aosmeusamigos Francisco Gouveia e Carlos Conde enviodaqui um abraço fraterno e de saudade, pleno desimbolismo,lamentandoosseusdesaparecimentosfísicos”,declarou.

“Rumo à criação de um sindicato único”

Numplanomais político, foi o apelo à criação deum sindicato único nacional que se destacou nasintervenções.OpróprioMárioFigueiradeuomote.“Rumoà criaçãodeum sindicatoúnico” foramas

Sindical

Novos Corpos Gerentes tomaram posse

A nova equipa que compõe os órgãos sociais do SBC já tomou posse. Sindicato único foi um dos temas que marcou a cerimónia

Foto: Quim Santos

TEXTO: Vasco Garcia


»Sindical

últimaspalavrasdoseudiscurso.CarlosMarques,emrepresentaçãodaFEBSAE,afirmouqueosindicatoúnico“éalgoquedeveestarnanossamente”.Já Carlos Silva frisou que “há que aprofundar orelacionamento”entreossindicatosdosbancários,“numperíododegrandeconcorrênciasindical”.Masalertou: “não podemos deixar vencer na opiniãopúblicabancáriaademagogiaeopopulismodotãopropalado‘sindicatoúnico’,comoseesseobjetivofosseconseguidocomumestalardededos”.Aindaassim,ficouagarantia:“seofuturopróximopassar por uma maior articulação entre os trêssindicatos, que implique uma eventual fusão e acriação de um grande sindicato nacional, creiamquenãoserápeloSBCnempeloseupresidentequesurgiráqualquerbloqueio”.

Sobreoresultadodaseleiçõesdedia14deabril,opresidentedoSBCdestacouque,apesardeapenasumalistaseterapresentadoasufrágio,“cercade35porcentodosassociadosdisserampresenteaoato eleitoral, conferindo reforçada legitimidade”aoseleitosparaoquadriénio2011-2015. “Eaquiestamosnumacerimóniadiscreta,emboraformal,marcandosimbolicamenteumato,destavezsim,formal e solene, contrariando a posse judicialconferidaem15demarçode2007,depoisdeumatribuladoprocessoeleitoraldemámemóriaparaanossavidaassociativa”,concluiu.AcerimóniadetomadadepossedosnovoscorpossociaisdoSBCcontouaindacomaparticipaçãodopresidente e do secretário-geral da UGT. A criseeoacordoalcançadoentreogovernoea“troika”

Foto: Quim Santos

Foto: Quim SantosFoto: Quim Santos


ComaUGTApresençadopresidenteedosecretário-geraldaUGTnacerimóniadatomadadepossedosórgãossociais do SBC é a prova da proximidade entre as duas instituições. Uma relação que Carlos Silvapretendevalorizar.“Mantém-seanossaclaraeiniludívelpretensãoemreforçaravisibilidadedaUGTemtodaasuaação”,afirmouopresidentedadireçãodoSBC.“OnossoapoioàsuniõesdistritaisdaUGTéumfactocomprovado.AminhapresidênciadaUGT-CoimbraeaassunçãoderesponsabilidadesnasuniõesdaGuarda,ViseueLeiriacontinuarãoamerecerdoSBCamaioratençãoecuidadonasuaatuação”,acrescentou.

estiveramnocentrodasatenções.“Opaísentrounumarotadeloucura”eo“setorbancárioestánoolhodofuracão”,alertouJoãodeDeusPires.JoãoProençalembrouque“háalgumasameaçaspelafrente”,masdeixouumamensagemdeesperança:“temosdeestartodosjuntosparasermosmaisfortesetermosumfuturomelhor”,concluiu.

Sindical

Foto: Quim Santos

Foto: Quim Santos


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Conselho Disciplinar

Presidente:JoãoMarques1.ºsecretário:JoãoMelo2.ºsecretário:JoãoVelhoSuplente:NatáliaRosa

Conselho Fiscalizador de Contas

Presidente:ManuelFerreiraRamos1.ºsecretário:SilvinoVieira2.ºsecretário:MariaJoséCorreia

Sindical

Os novos órgãos sociais:

Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Geral

Presidente:FreitasSimõesVice-presidente:SequeiraMendes1.ºsecretário:AmílcarPires2.ºsecretário:LuísFragosoSuplente:SandraCosta

Direção

Presidente:CarlosSilvaVice-presidente:AníbalRibeiroSecretário:CarlosBichoTesoureira:HelenaCarvalheiroSecretáriosubstituto:FranciscoCarapinhaTesoureirosubstituto:AntónioPimentelVogal:GentilLouroVogal:JoãoAntunesVogal:JoséManuelVogal:ManuelAntónioVogal:RuiOliveiraVogal:EduardoMaximiano

Foto: Quim Santos Foto: Quim Santos

Foto: Quim SantosFoto: Quim Santos

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Sindical

Entrevista

OnovopresidentedaMesadaAssembleiaGeraledoConselhoGeraldizque,nospróximosanos,a defesa do emprego deverá ser a prioridade

dossindicatos, reforçandoopapeldanegociaçãoedaconcertação,semnuncaabdicarde lutarpeladefesaemelhoria das condições de vida dos seus associados,activosereformados.

Que expectativas tem para este mandato à frente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) e do Conselho Geral (CG)?EstounoSBChádezanos,sempreacoordenaraáreafinanceira,masentendiseresteomomentoparafecharesseciclo.OcargodePresidentedaMAG/CG,emboradiferente,é,igualmente,demuitaresponsabilidade.Defacto, presidir aosdois órgãosmáximosdoSindicato,Assembleia Geral e Conselho Geral, bem como sero principal garante do cumprimento dos nossosEstatutoséumafunçãoimportanteeaomesmotempoprestigiante.Écomorgulhoqueireidaromeumelhorem defesa dos interesses do Sindicato e dos seusassociados.

Suceder a uma pessoa como Mário Figueira é uma grande responsabilidade?O Mário Figueira desempenhou durante vários anosfunções na Direcção e no Conselho de Gerência dosSAMS.Oseuúltimomandato,comoPresidentedaMAG/CG,foiiniciadonomeiodealgumaconflitualidadeenãotenhodúvidanenhumaemafirmarqueeleoexerceudeumaformabrilhante.Tercapacidadepara,pelomenos,igualar o seu desempenho é o desafio queme esperae que tenho esperança de que, com a colaboração detodos,alcançarei.

Freitas Simões, presidente da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Geral

“Sindicatos têm de modernizar-se”

Os sindicatos devem alargar a sua área de acção à sociedade, aos desempregados, aos jovens, à Universidade.

Foi um período difícil, o que se viveu no mandato anterior?Iniciámos o mandato em 2007, quando o devíamoster feito em 2005, através de uma decisão judicial,sendoopróprioTribunaladar-nosposse.Foramdoisanosmuitodifíceis,quedeixarammuitasmarcas,quedesprestigiaram um Sindicato que pelo seu historialnãoomereciaequeoriginouoabandonodeumnúmerosignificativodeassociados.Omandatoquefindou,foicoroado de êxito, não só pela pacificação entretantoconseguida, mas principalmente pela recuperação demaisdetrezentosassociados.

Ultrapassado este período, quais são agora as tarefas que têm pela frente?Estemandatovaicoincidircomadifícilsituaçãoqueopaísatravessaequevaiafectartodosostrabalhadores,incluindoosdosectorfinanceiro.Atravésdoprogramado governo, que para além do acordado através domemorando de entendimento assinado com a UniãoEuropeia, BancoCentral Europeu e FundoMonetárioInternacional, contém mais medidas que vão nosentido de agravar as condições dos trabalhadores, acontinuaçãodarecessãoeoaumentododesemprego.Oprogramasaiuontemejáhojeforamanunciadasmaismedidasadicionais,ondese incluiocortede50%dosubsídiodeNatal,quemuitafaltavaifazeràsfamíliasqueoutilizamparaequilibrarassuascontas.Continuaassimaespiraldosúltimosanos,comsacrifíciosemaissacrifícios exigidos aos trabalhadores, que passadopouco tempo nos vêm dizer que ainda não chegam.Este contexto exigirá que os Sindicatos estejammais

ENTREVISTA: Vasco Garcia


»Sindical

pertodostrabalhadores,nadefesadosseus legítimosinteresses, a começar pela manutenção dos seuspostosdetrabalho.Mastambém,semporemcausaasustentabilidadedoSindicatoedosseusSAMS,estudarformas que proporcionem maiores apoios para osassociadosnesteperíododifícilqueseavizinha.Temdehaverumaatençãoredobradaparaosreformadosque,nosúltimosanos,têmassistidoàdegradaçãodassuaspensões.

O mandato anterior foi quase histórico, com a celebração dos 75 anos do SBC e a assinatura do acordo tripartido. Este será menos vistoso mas mais trabalhoso?No mandato anterior deram-se passos muitoimportantes, como foi a integração dos bancários naSegurançaSocial,quejáeradefendidapelosbancáriosdoCentrodesde1982equesóagorafoiconcretizada.Estaintegraçãodaráaosbancáriosumamaiorsegurançarelativamenteaoseufuturoenalgunscasosumapensão

de reforma superior. Também a criação da Febase-Federação do Sector Financeiro, objectivo perseguidohámuitosanoseasuaprogressivaconsolidaçãofoiumpassomuitoimportante.Oanode2010foi,igualmente,marcadopelascomemoraçõesdos75anosdestagrandeinstituiçãoqueéoSindicatodosBancáriosdoCentro.Foram celebrados de uma forma digna, porque aomesmotempoquefoirecordadooseujálongohistorial,com todas as dificuldades passadas e a janela que seabriucomo25deAbril,tevetambémumacomponentefestiva,ondeforamhomenageadososassociadosmaisantigos.Umdiapararecordar.

No mandato anterior esteve como tesoureiro. Que balanço faz desse trabalho?Acabei nomandato anterior uma série de 10 anos àfrente da tesouraria do sindicato. Posso afirmar queoSindicato, frutodeum trabalho colectivo, estáhojemais forte em termos económico-financeiros do quequandocá cheguei.MesmoemtermosdepatrimónioimobiliáriooSindicatoestámaisrico,comaaquisiçãode um armazém em Eiras e de um andar anexo aoPostoClínicodasCaldasdaRainha.Porvezesexistemassociadosqueaindanãoseaperceberamdadimensãodestacasaedequantoasuagestãotemquesercadavezmaisprofissionalerigorosa.Oorçamentoconsolidadoem 2010 ascendeu a 18 milhões de euros sendo amaior parte afecta à área dos Serviços deAssistênciaMédico Sociais, onde o sindicato tem uma granderesponsabilidade,queéproporcionarcuidadosdesaúdeacercade15milbeneficiários.EstemeucicloterminoumastenhoacertezadequeoSindicatovaicontinuarasergeridodeumaformacriteriosa.

Qual vai ser o papel do sindicato nesta crise que se vive?Asmedidas que estão a ser impostas não estão a serequilibradas emaisumavezvão seros trabalhadoresporcontadeoutremosmaissacrificados.A tentativadeliberalizarosdespedimentos,aomesmotempoquesediminuemasindemnizaçõeseotempodebenefíciodo subsídiodedesempregoéumbomexemplodisso.Simultaneamentepreparam-seaumentosdeimpostos,diminuiçãodededuçõesfiscaisaníveldeIRS,aumentosde taxas moderadoras na saúde e de outros serviçospúblicos.Tudoistovaireduzirdeumaformasubstancialorendimentodisponíveldostrabalhadores.Ostemposque se avizinham não são famosos. Na banca temos,para já,o casoprementedoBPN,aqueosSindicatosestãoatentoseactuantesparapreservarospostosdetrabalhodetodosostrabalhadores.Osegundoflagelotemsidoanãorenovaçãodoscontratosatermoporpartedequasetodososbancos,oquenapráticasignificaquehá trabalhadores a ser despedidos.No SBC tínhamoshá pouco tempo cercade 150 associados atermo certo, nestemomento temos cercade noventa, não tendoa esmagadora maioriados contratos sidorenovados.Anegociação

“[...] Acabei no mandato anterior uma série de 10 anos à frente da tesouraria do sindicato. Posso afirmar que o Sindicato, fruto de um trabalho colectivo, está hoje mais forte em termos económico-financeiros do que quando cá cheguei. . [...]”


Sindical

denovastabelassalariais,nestemomento,nãoexiste.Asentidadespatronais,acobertodacrise,nãoqueremaumentarasprestaçõesactuaisesendoassimnãovaihaver negociação. Os sindicatos, sem perder de vistaa negociação e o compromisso naquilo que foremmatérias fundamentaisparaostrabalhadores,comoéocasodamanutençãodospostosdetrabalho,têmdeobrigarasinstituiçõesdecréditoanegociar.Afinal,foinelasondecomeçouacrisefinanceira, foramelasquejáforammuitoapoiadas,quesepreparamparareceber12milmilhõesdos78milmilhõesdeeurosda“ajuda”internacional e que continuam a apresentar lucros àcustado trabalhodos seus colaboradores.Negociaré,por exemplo, a troco denãohaver reposição total dopoder de compra dos trabalhadores, não “despedir”estestrabalhadoresatermo.

Entende que têm vindo a aumentar os ataques aos direitos dos trabalhadores?Os ataques aos direitos dos trabalhadores têm-severificado com as sucessivas alterações ao Código doTrabalho.Comoagudizardacrise,arecessãoeconómicaeoaumentododesemprego,atentaçãoparaprecarizarmaisotrabalhovaiserenorme.Penalizarosrendimentosdo trabalho é sempre mais fácil e com efeitos maisrápidos. As outras medidas que se anunciam, sãosempreaestudareamaiorpartedelasficanagaveta.Quando se tenta desvalorizar a negociação, quandose exige que sejam sempre os trabalhadores a sofrerasconsequênciasdepolíticaserradas,sãoosprópriossindicatosqueestãoaseratacados.

Tem havido uma desvalorização da contratação?Umadasprincipaistarefasdossindicatoséobrigarasentidadespatronaisanegociar.Nãosechamanegociaçãoaoquesepassanosectorestataleseestáatentarfazernosectorprivado,nomeadamentenosectorbancário.Os representantes pa-tronais chegam e di-zem: este ano não háaumentos.Nãopodemosadmitir esta postura.

Até porque os sindicatos têm que ser interlocutorespreocupados com a competitividade das empresase ao mesmo tempo pugnar pelo bem-estar dostrabalhadores.Eseasempresasnãocompreenderemaimportânciadestepapel,estarãoacontribuirparaumclimadeinstabilidadeeconflitualidadenefastoparaoseufuncionamento.

A legislação tem vindo a precarizar cada vez mais as relações de trabalho?Asalterações à legislaçãoque já se conhecem,vãonosentido de pedirmuito aos trabalhadores e pouco àsentidadespatronais.Osectorfinanceiro,queestevenaorigemdacrisequeatodosnosafectou,tevegrandesajudas do Estado e hoje continua a ser o grandebeneficiárioeamanterlucrosfabulosos.Datranchequeestáparachegardoacordocomatróica,12milmilhõessão para a banca, para os ajudar a cumprir os ráciosexigidospara2011e2012.Ossindicatosdesejamquehajaestabilidadenosector,nãodesejamqueosbancostenham prejuízos, mas exigem que os trabalhadoressejam compensados pelo esforço desenvolvido naobtençãodoslucrosquecontinuamaexistir.

Corremos o risco de a intervenção dos sindicatos ficar reduzida a um mero pró-forma?Nãocreioqueissováacontecerporqueelessãocadavezmaisimportantesnavidadostrabalhadores,masterãodefazerumesforçosérionosentidodasuarenovaçãoedasuamodernização.Umsindicatosemsóciosnãotempoderparanegociar.Isto tem que ser explicado, principalmente aostrabalhadoresmaisjovens,queporvezesnãopercebemo quanto a força dos sindicatos é importante no seudia-a-dia.Aforçadossindicatosé-lhesdadapelosseusassociados,daíqueaDirecçãodoSindicatocontinueaelegercomotarefaprioritáriaasindicalização.


»Sindical

O embaratecimento do custo de trabalho torna a sociedade mais desigual e injusta?O congelamento de salários e pensões associado aum generalizado aumento de impostos, vai fazerincidir sobreaclassemédiaemédiabaixaosmaioressacrifícios, originando que Portugal continue a serumdospaíses commaioresdesigualdades sociais.Osprogramasqueestãoaserimplementadosnãovãocriarcrescimentoeconómicoevãooriginarmaisrecessãoedesemprego,maispobrezaemaisdesigualdades.Está-seaolharessencialmenteparaodéficeenãoapensarem termos de crescimento económico e de emprego.Sãoreceitasquenoutrospaíses,comoocasodaGrécia,nãofuncionaramequenãovãoresolveroproblemadePortugal.Seodéficeorçamentaléinsustentáveletemdeserreduzido,tambémoéaestagnaçãoeconómicaeagraveinjustiçasocialexistente.

No futuro os sindicatos são também agentes da mudança e da inovação social?Sem dúvida nenhuma.Omovimento sindical tem deprocurarultrapassarassuasdivisõeseunir-senaquiloque for fundamentalparaadefesados interessesdostrabalhadores. Para isso entendo ser essencial queos sindicatos desempenhem um papel importantena economia e na sociedade. Proporcionar outrosbenefícios que não sejam só aqueles que resultamdarelação sindicato/entidade patronal. Os sindicatosdevem alargar a sua área de acção à sociedade, aosdesempregados, aos jovens, à Universidade. EmJunho,aUGT/Coimbra,emcolaboraçãocomaEscolaSuperiordaEducaçãoecomaFaculdadedePsicologiae Ciências da Educação da Universidade de Coimbra,organizou um Congresso de Gerontologia. Fiqueideveras surpreendido com uma sala cheia, compostamaioritariamente por jovens estudantes que naquelediatambémouviramfalardaimportânciadopapeldossindicatos.Éumbomexemploaseguir.

A criação de um sindicato dos bancários único permitiria o fortalecimento dos sindicatos?

A criaçãodaFEBASE foi bastante importanteporquepode ser um passo intermédio para a criação dosindicato único. O Sindicato único tem que estar naordemdodia.Oquesetemverificadoéque,enquantoospatrõesseunem,ostrabalhadoresdividem-secomacriaçãodenovossindicatos,algunsmaisnãosãodoqueseguradorasnaáreadasaúdeequemaisnãofazemdoquedividireenfraqueceromovimentosindical.

Será possível essa constituição nos próximos anos?QuandoentreiparadirigentedoSindicatojásefalavanaconstituiçãodaFEBASE.Aideialevoumuitosanosa fermentar,masocertoéqueaconteceu.Nãoécomum clique que, a partir dos 3 Sindicatos Verticais, seconstituí um Sindicato único. Tem que haver umavontade determinada, todos têm de abdicar de partedo seu actual poder, para construir um poder únicoemais forte que defendamelhor os seus associados.Estou convencido que se esta questão for colocadaaos trabalhadores eles responderão afirmativamente,assimcomoestouconvencidodequeissovaiacontecer.É uma questão que passa por outras que podem serprimeiramente resolvidasnaFEBASE, comoa criaçãode umSAMSúnico, que já começa a ser discutido.Ofacto de nas tomadas de posse dos órgãos sociais doSBC,atravésdoseuPresidentedaDirecção,edoSBSI,já se abordar este assunto éumbomsintomadequesepossatornarumarealidade,parabemdosindicatoedosseusassociados.

Neste cenário, quais as vantagens que os trabalhadores têm ao serem sindicalizados?Ostrabalhadorestêmaprotecçãoqueossindicatoslhesdãonaáreajurídica,nanegociaçãocolectiva,naáreadaformaçãoquenossurpreendepelacrescenteadesão,naáreadacultura,dodesporto,dasviagens,dostemposlivres.Arepresentaçãodossindicatosnascomissõesdeacompanhamentodosfundosdepensõeséfundamentalparaanalisareexigirqueestessejambemgeridosenãohajanenhumaroturaparaostrabalhadoresquejáestãonasituaçãodereformaetambém–agoramenos,porforçadaintegraçãodosbancáriosnaSegurançaSocial– daqueles que, descontando hámuitos anos para osfundosdepensões,queremchegaràidadedareformacomasuapensãogarantida.

O que espera do novo governo?As expectativas são baixas. Estamos numa situaçãocomplicada, para que não contribuímos, e com aapresentaçãodoprogramadogovernoverificamosqueémaisdomesmo.Aumentodeimpostos,serviçospúblicosmaiscaros,nãoactualizaçãodesaláriosepensões,perdade benefícios fiscais em sede de IRS, não repartiçãojusta dos sacrifícios, sobrecarregando ainda mais aclassemédiae tornandomuitodifícilavidadosmaisdesprotegidos. Temos de lutar para que os sacrifíciosnãoatinjamsempreosmesmos.Seissonãoacontecer,asdesigualdades sociais vãoagravar-se.Os sindicatosdevem estarmuito preocupados nestemomento comaquiloqueseavizinha.Nãoabdicandodanegociação,devempreparar-separalutarcontraalgumasmedidasquevãoserdurasparaostrabalhadores.


Sindical

Teve lugar nas instalaçõesdo SBSI, no Palacete da rua

MarquêsdeFronteira,emLisboa,nodia30deMaio,umConselhoGeralda Febase que foi dominado pela

Foto: Quim Santos

Rejeita a ofensiva contra os direitos dos trabalhadores do sector financeiro

OConselhoGeral daFEBASE, reunidonodia6de Julho, no Porto, nas instalações do SBN,aprovouumamoção,oriundadoSecretariado

da FEBSAE, reunido na véspera, na qual se mostrafirme na rejeição da ofensiva contra os direitos dostrabalhadoresbancáriosemandataogruponegociadorparaqueinsistadarevisãosalarial,propondo,aomesmotempo, que sejam contratualizadas algumasmatériasqueseprendemcomaspensõesdesobrevivêncianasuniõesdefactoetambémdostrabalhadoresbancáriosqueabandonaramabanca.Relativamente à venda do BPN, a FEBASE anuncioua sua firme disposição de lutar pela manutenção esalvaguarda dos postos de trabalho, recorrendo, senecessário, às medidas julgadas necessárias para àprossecuçãodesseintento.Quanto ao Grupo CGD e na sequência das notíciasvindas a lume sobre a privatização das empresas dosectorseguradordestegrupo,ossindicatosqueintegramaFEBASEdeclararamasuadisposiçãoparagarantiremanter os postos de trabalho naquela instituição decrédito.

RelativamenteaocortenosubsídiodeNatalaFEBASEpronunciou-se pela sua rejeição, levantando mesmodúvidasquantoàsualegalidade,recordandoquequerosectorbancário,querosectorseguradorencontramosseusaumentossalariaiscongelados,nomeadamenteoBPNeossegurosdesde2010.Alteração estatutária – Secretariado com 24 elementosPor proposta do Secretariado da Federação os seusestatutos foram alterados. Dada a necessidade deaumentararepresentatividadedeumsegundoelementodossegurosparaaVice-Presidência,oSecretariadoviuo seu número de secretários aumentar para 24 e osConselhosSectoriais,forameliminados.ApropostadoSecretariadorelativamenteaoaumentodonúmerodesecretáriosfoimuitoponderadaedeentreasváriaspropostasdiscutidasfoiaqueseapresentoumais equilibrada, não só entre os diversos sindicatosque integram a Federação, como entre as váriastendênciasexistentesnoseuseio.Éinternamente,noseiodopróprio Secretariadoque se irão encontrar osmecanismosparaumbomfuncionamentodesteórgão.

eleição do novo Secretário-Geral,Carlos Marques do STAS, funçõesque desempenhará neste ano quese segue, dado que esta função éexercidaemregimederotatividade.Foi também eleita a Mesa doConselho Geral da Federação, aComissãoFiscalizadoradeContaseaComissãoDisciplinarResultantedestaeleiçãohouveumarecomposição do Secretariado queconta com Carlos Silva e AníbalRibeirodoSBC.Houvelugar,ainda,aumasaudaçãoespecial a Mário Figueira que porvontade própria e por questões

de saúde se demitiu da Mesa daAssembleiaGeral.Dereferirodebatesobreapropostade alteração estatutária que serávotada no próximo ConselhoGeral que se realizaránoPortonodia 06 de Julho, alteração julgadanecessáriaparapreencheralgumaslacunas organizativas que se en-contraramnoexercíciodosdoisan-terioresmandatos.Finalmente, foi apresentado, dis-cutido e votado favorávelmente oRelatório de Actividades e ContasdaFebasedoanode2010.

Novo Secretário-Geral

Carlos Marques


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Depois da tomada de possea 5 de Maio, reuniu pelaprimeiravezoSecretariado

daSecçãoSindicaldosReformadosnopassadodia18deMaio,emVilarFormoso.Esta reunião serviu para o Secre-tariado tomar conhecimento dasituação herdada da respectivaComissão Instaladora e tambémparadefinir,conformeprevêonº5doart.63ªdosEstatutosdoSBC,osrespectivoscargosestatutários,queficaramassimordenados:Secretário Coordenador: SilvinoMadaleno.Secretário:ManuelQuintas

Tesoureiro:RogérioRicardo.A “apadrinhar” o primeiro actoformaldestanovelcriadaComissãoSindical, esteve a Direcção doSindicato, representada pelo vice-

Sindical

Reunião do Secretariado da Secção Sindical dos Reformados

presidente Aníbal Ribeiro e pelosdirectores António Pimentel e RuiOliveira. O contacto telefónico doSecretariadoéoseguinte:918167510.

Decorreu no passado dia 07de Junho um CongressoExtraordinário da UGT

– Leiria, no Hotel Euro-Sol, nasequência da deliberação doConselho Geral da UGT – Leiriade 28 de Abril, cujo objectivofundamental foiaeleiçãode todososseusórgãosestatutários.Nasequênciadopedidodedemissãodo seu primeiro Presidente efundador, José Pedro Adrião,possibilitando, deste modo, arecomposição,pelaviaeleitoral,detodos os Órgãos da UGT – Leiria,o Congresso aprovou por largamaioria a destituição da Mesa doCongresso e do Conselho Geral,doSecretariadoedoConselhoFis-

Congresso Extraordinário

UGT - LEIRIA

calizadordeContas.FoieleitoPresidentedaUGT–Leiria,José Amílcar Carvalho Coelho,do Sindicato dos Professores daZonaCentroePresidentedaMesado Congresso e Conselho Geral,FranciscoJacintoCarapinhaBarrenhodoSindicatodosBancáriosdoCentro.Fazempartedosórgãosociais,oraeleitos,maisdois representantes doSBC, Eduardo ManuelGaspar Maximiano ePedroCarmoHenriquesVeiga,respectivamente,SecretárioesuplentedoConselho Fiscalizador

deContas.O Congresso Extraordinário apro-vou ainda um voto de louvor aodirigente sindical do Sindec, JoséPedro Adrião,” pela sua carreirasindical, cívica e profissional,constitui um exemplo para ostrabalhadores e, em especial paratodosossindicalistasdaUGT”.


nãomenosfortedelegaçãodaFEBASEnacomemoraçãodo38ºDiadoTrabalhadordaeramoderna,comemoradoemLiberdade,queteveoseuinícionaPraçadoMarquêsdePombalesedesenvolveupelaAvenidadaLiberdadeabaixo até ao Rossio. Nem a chuva que apareceu ameio da marcha desmobilizou os largos milhares demanifestantesqueouviramoSecretário-GeraldaUGT,João Proença, reclamar que “ não podemos aceitarquaisquer condições, nem quaisquer sacrifícios paraostrabalhadores”.Considerou,ainda,“nãoaceitarqueseja posto em causa o 13º e 14ºmeses de salário” egarantiu“nãoaceitarareduçãodosaláriomínimonema quebra dos direitos adquiridos”, exigindo respeitopela negociação colectiva, pela regulação do sectorfinanceiro,pelocombateàeconomiaparalela,pelofimda precariedade, pelo combate ao desemprego e pelodesenvolvimentodaeconomia.

Sindical

Odiadotrabalhocomotambéméconhecidoestedia,temasuaorigemnaslutasdostrabalhadoresetrabalhadorasamericanasnasruadeChicago,

queculminaramcomumamanifestaçãoquetinhaporfinalidadereivindicarareduçãodajornadadetrabalhoparaas8horasdiárias,reivindicaçãoqueculminoucomumaGreveGeralnosEUA,nosidosde1886.Adatafoidefinitivamenteescolhidaquandoem1889aInternacionalSocialistaeporpropostadeRaymondLavigne, ficou decidido que o 1º de Maio seria, defuturo,odiado trabalhador,emhomenagemàs lutastravadasnasruasdeChicago.EmPortugalsóapartirdo1ºdeMaiode1974équese voltou a comemorar livremente o 1º de Maio,passandoestediadocalendárioaserferiadonacional.Durante a Ditadura do Estado Novo, neste dia, eratotalmente proibido qualquer tipo de manifestação,qualquertentativaecomomuitasvezesaconteceu,erabrutalmentereprimidapelapolícia.Uma forte delegação do Sindicato dos Bancários doCentroestevepresentedealmaecoraçãointegrandoa

A UGT comemorou o 1º de Maio

PELA DEFESA DO EMPREGO E DA COESÃO SOCIAL


»Sindical

Seminário sobre Gerontologia Social

Decorreuno passadodia 8 de Junho, noHotelDona Inês, em Coimbra, mais uma iniciativadaUGT-Coimbra,organismosindicalpresidido

pelo Presidente do SBC, desta vez dedicada aosmaisvelhos, no que concerne à passagem da vida activapara a reforma/aposentação e aos constrangimentos

Transição para a Reforma/AposentaçãoContributos para a Adapatção

vivenciados por váriosespecialistas nestamatéria, no que res-peita às dificuldades deadaptação após umacarreira de trabalho aolongodeumavida.Estiveram presentes oGovernadorCivildeCoimbra,oPresidentedoInstitutoPolitécnico de Coimbra, a Vice-Presidente da EscolaSuperiordeEducaçãodeCoimbra,aDirectoradoCursodeGerontologiaSocialdaESECeumDirectordoIPCDVSda Universidade de Coimbra, para além de ilustresoradores convidados de várias IPSS, designadamenteda Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, e umaprofessora/autoradeumaUniversidadedoBrasil.De referir a presença de mais de uma centena dejovens estudantes das disciplinas de Licenciatura deGerontologia Social da ESEC e de várias dezenas dedirigenteseactivistassindicaisdossindicatosdaUGTdodistritodeCoimbra.Esta iniciativa foi organizada pela UGT-Coimbra,reforçando aqui e mais uma vez o seu papel deinterlocutorcomváriosagentesdomundoacadémico,na partilha de experiências e conhecimentos na áreaabordada,econtribuindoparaumamaiorvisibilidadeda nossa Central Sindical, quer junto da opiniãopública em geral, quer dos vários quadrantes sociaisqueintervêmnasproblemáticasqueatingemosváriossectores da sociedade e que importa debater, comoforma de consciencializar a condição de cidadania decadaumdenós.

UGT - COIMBRA


Teve lugar de 16 a 19 deMaio o 12ºCongressoda CES que decorreu em Atenas no momentoem que os destinos da Grécia, de Portugal, da

Irlanda,daEspanhaedeoutrospaíseseuropeusqueseencontramemdificuldades económicas estavama serdecididospelosrepresentantesdaComissãoEuropeiaeConselhoEuropeu.Os sindicalistas europeus, mais meio milhar,provenientesde36países,aprovaramumdocumentoestratégico que coloca a defesa da Europa Social e osdireitossociaisnasuaagendapolíticaparaospróximosquatro anos, considerando a CES, que estes são oselementos fundamentais para que os sindicatos e osseustrabalhadoresapoiemaUniãoEuropeia.Sobolema“Mobilizar-sepelaEuropaSocial”oslíderesdas organizações sindicais que representam maisde sessenta milhões de trabalhadores, aprovaramum documento estratégico cujas coordenadas maisimportantessãoa lutapela justiçasocialea lutapeloemprego.A CES exige que a desigualdade salarial, em francocrescimento na Europa, deve ser revertida e a lutacontraodumpingsalarial intensificado,queospaísesem dificuldade devem usufruir de taxas de juro nãosuperiores às aplicadas pelo Banco Central EuropeuaosbancosequeospaísesdaUniãoEuropeiapossamreduzir os seus défices para 3% emmais tempo (até2017).

Internacional

CES - A Europa Social, a rejeição das medidas de austeridade e a cessação dos ataques aos direitos dos trabalhadores, são as prioridades da CES aprovadas no seu 12º Congresso, em Atenas

Defesa da contratação Colectiva e dos SaláriosA defesa dos salários e a “autonomia dos parceirossociais na negociação colectiva deve ser respeitada”,iniciativas conjuntas com o patronato no sentido dacriação de empregos verdes devem ser tomadas, aregulamentaçãodosmercadosfinanceiroseagênciasderating e o direito à greve emquestões transnacionaisforamoutrosdos temasdiscutidos e aprovadosnesteForum. Tal como afirmou a recém-eleita SecretáriaGeraldaCES“ossaláriosnãosãoinimigosdaeconomia,massimoseumotor.OscongressistasnãoesconderamasuapreocupaçãofaceàofensivabrutalquesedesenhanaEuropa,deataqueaos direitos dos trabalhadores e às suas condições detrabalho.Apressãoparaadiminuiçãodaspensões,areduçãoecortesnossaláriosmínimosassimcomoossaláriosdosectorpúblicoforamobjectodereprovaçãoassimcomoo“PactoEuro-Plus”queconsignaestaofensiva.

Política Europeia de ajuda aos países em dificuldades O Congresso da CES analisou profundamente asmedidas de austeridade que estão a ser impostas aospaíses europeus que solicitaram ajuda, denunciandoo gravame que está a ser imposto aos trabalhadores,alertando que os resgates até à data levados a efeitonaUniãoEuropeia,têmvindoafracassar,debilitando,ainda mais, as economias desses países, acarretandolongos períodos de recessão e agravando o peso dadívidaeaumentandoodesemprego.Neste sentido houve quem alertasse para que o BCEdeveriaemitiredisponibilizaraosestadosmembrosemdificuldadeobrigaçõesprópriasàmesmataxadejurosqueotemfeitoparaosectorbancário.


»Internacional

Os sindicalistas europeuselegeramBernardetteSégolparao lugarde Secretária-

Geral da Confederação, queabandonaassimocargodeSecretáriaRegionaldaUNI-Europa,comcercade93%dosvotos,emsubstituiçãodo britânico John Monks, tendo

Bernardette Ségol – a primeira mulher a liderar a CES

sidoeleitoPresidenteoSecretário-Geral da Confederação Geral deTrabalhadores Espanhóis, IgnacioFernandezToxo,emsubstituiçãodasuecaWanjaLundby-Wedin.Carlos Silva esteve presentena qualidade de Presidente doSindicatodosBancáriosdoCentro,integrando a delegação da UGT,chefiada pelo seu Secretário-GeralJoãoProença.Foram eleitos todos os novosmembros do Secretariado: JózefNiemiec e Patrick Itschert –secretários-gerais adjuntos –Claudia Menne, Luca Visentini,Judith Kirton-Darling e VeronicaAnna-Maria Nilsson – secretáriosconfederais.A CES integra mais de 83 organi-zações da Europa, tem 12 Fede-

Neste conclave, João Proença foieleito Vice-Presidente da CES– Confederação Europeia de

Sindicatosparaoperíodo2011-2014.Os planos de intervenção aos países emdificuldade foram a pedra de toque daintervenção de João Proença, afirmandoque os sacrifícios que se estão a impor aestes países podem conduzir à recessãoeconómica,acrescentandoqueossacrifíciosdevem ser distribuídos demaneira que osquemaispodemsejammaisoneradosparanão chegarmos a umamaior desigualdadesocial,exclusãoepobreza.Corroborouealertoupara“respostasfirmes,emdefesadoempregoedaEuropaSocialecontraummercadosemregraseespeculaçãofinanceira”. Frisou que o desenvolvimentoda Europa passa “pela defesa dos nossosdireitosedoemprego”.Manifestou o apoio da UGT à “Resoluçãode Emergência” aprovada e afirmou quea Central não poderá hesitar perante “o quero, posso e mando de governos eempregadores”.

rações Sindicais, entre as quaisa Uni-Europa, 4 organizaçõescom o estatuto de observadore 1 organização associada, aEurocadres.

João Proença, eleito Vice-Presidente da CES - Confederação Europeia de Sindicatos pela UGT, alerta para os planos de ajuda aos países em dificuldade


Internacional

Trabalhadores Europeus denunciam política de austeridade

Na sequência de umaresolução aprovada emMaiopassadonoCongresso

daConfederaçãoEuropeiadosSin-dicatos(CES),realizadoemAtenas,cerca de 20.000 pessoas vindasde todos os cantos da Europamanifestaram-se e protestaram,no passado dia 21 de Junho, noLuxemburgo, sempre ao som demelodias de John Lennon, BobMarley e Bob Dylan, contra aausteridade, fazendo sentir que agovernação económica europeiaprecisadeumamudançade rumo,pois com a estratégia definida,imposta pela União Europeia, vol-tamaseros trabalhadoresapagara facturadeuma situaçãoquenãoprovocaram.Esta grande jornada de luta ede afirmação dos trabalhadoreseuropeus, salvo um ou outro inci-dentedepequenamonta,decorreude formapacífica e ordeira, foi or-ganizada pelas centrais sindicaisluxemburguesas,teveinícionapraçada Gare e levou os manifestantesaté à praça da Constituição, numimenso cortejo que não se cansoude gritar diversos slogans hostis àUnião Europeia, fazendo recordaraos seus dirigentes e responsáveis

A governação económica Europeia precisa de um novo rumoSindicatos Europeus reclamam criação de emprego

queháoutrasviasparaultrapassara crise que não apenas as dorigor para com os trabalhadores,como, por exemplo, a taxação dastransacçõesfinanceiraseocombateaodesemprego.AUGT/Portugal fez-se representarpelossindicatosSindel,Sindetelco,SBSIeSBC,tendooVice-PresidenteAníbalRibeirochefiadoadelegaçãodoSBC.OSecretário-GeraldaUGTeVice-Presidente da Confederação Euro-peia dos Sindicatos, JoãoProença,

no seu discurso, frisou que sedeve combater o desemprego eimplementar a produtividade e ocrescimentoeconómico,declaraçõesrepetidas pelo Presidente da CES,Ignacio Toxo, acrescentando que “governaraEuropasignificareforçaroseumodelosocialenãoatacá-lo”.O Pacto Euro Plus, proposta daEU para enfrentar a crise não ésenão “ um conjunto de propostasformuladas pela EU de reduçãode salários, de despesas sociais edesinvestimentopúblico”sublinhouBernadette Ségol, Secretária GeraldaCES.Outra ideia forte que ecoou portoda a manifestação “ ne touchezpasànotreíndex”–aindexaçãodosnossossaláriosnãopodeserpostaem causa - foi objecto de muitoscartazes e foi temade intervençãofinal de muitos oradores, assimcomo a ideia, repudiada pelostrabalhadores europeus que cons-tatam,novamente, queos grandeslucros continuam nas mãos dosespeculadores, em vez de seremobjectodeumaredistribuiçãomaisjusta.


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OpiniõesIndividualizadas:

Jorge André da Silva Santana (11432) – Eu gostei muito do curso, achei que foi muito instrutivo, deu para ter uma ideia geral sobre uma nova língua. Espero que me venha a ser útil, quer em termos pessoais, quer em termos profissionais. Esperamos ansiosamente pelo segundo nível do curso de espanhol

e recomendamos a todos os colegas, porque apesar de ser um curso relativamente curto foi muito proveitoso.

Maria Helena Grisante Funenga F. Custódio (4729) – Gostei muito do curso e o formador foi muito paciente.Estou disposta a continuar, pois valeu a pena, para podermos aprender mais, pois é uma matéria vasta.

Terminoua25deMarçode2011oCursodeExcel–nívelIemLeiria,direccionadoaossócioseseusfamiliaresnasituaçãodereforma.Este curso decorreu em horário laboral, contoucom a presença de 16 formandos e no final da acçãomanifestaramvontadedecontinuar.


Maria Leonor Costa Bernardino –Gostei do curso, revi e aprendi outras coisas. O convívio foi perfeito e o formador foi excelente. Que se repitam outros cursos porque o aprender não ocupa lugar.

António Marques Mendes Raposo (2338) – Foi um curso bem estruturado, com um conjunto de matéria muito útil na minha perspectiva e com aplicação em trabalhos que necessito de executar no dia-a-dia.Gostaria que fosse dada uma conti nua-

ção deste curso com matéria no seu seguimento.

Curso Excel - Nível I em Leiria

Formação

Terminounopassadodia27deMaiode2011oCursode Língua Espanhola – Relações Laborais – Iniciação,emCoimbra,quedecorreunasinstalaçõesdoSindicatodosBancáriosdoCentro,naAv.FernãodeMagalhães.

Curso de Língua Espanhola - Coimbra

Ana Luísa Carvalho Silva (13334) – O curso superou as minhas expectativas, a formadora foi muito simpática e competente e puxou muito por nós, para conseguirmos aprender e a falar espanhol. O grupo era homogéneo o que nos permitiu evoluir para além do que era inicialmente esperado.

OSBCtemvindoapreocupar-secomavalorizaçãodosrecursoshumanosdosseusassociados,querestessejamdoactivo,querestejamreformados,comespecialrelevânciaparaaelevaçãodassuascompetências,poisconsideramosqueamelhoriadosseusníveisdequalificaçãoserevelaestratégicoparaodesenvolvimento

económico, da competitividade e da promoção da cidadania. Oportunamente divulgados, têm sido muitofrequentados,algunsforammesmorepetidos.Damos,seguidamente,contadosúltimoscursosdeformaçãoefectuados:

O SBC na senda da formação


Natalina Inácio Faustino (13529) – Foi espectacular, aprendi muito e a formadora foi impecável, deu para ficar com as noções básicas de espanhol. É um curso muito útil e temos de fazer mais acções, pois fazem falta para podermos responder às necessidades do nosso dia-a-dia.

Espero que o Sindicato continue a programar estes cursos que além de serem motivo de convívio contribuem para a nossa valorização pessoal.


Artur Miguel do Couto Alves (10488) – Este tipo de formações são sempre importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e pro fissional e a forma como ele foi realizado, bem como a própria formadora também foram excelentes.


Edgar Paulo de Silva Lamas (11293)-Eu gostei do curso e a turma também foi agradável, aprendeu-se alguma coisa, o que foi bastante importante.As formadoras também estiveram à altura do curso que nos foi apresentado.

Luísa Sofia Brites Moita Silva Correia (13651)-Gostei muito do curso, espero poder frequentar outros cursos semelhantes, não só por razões profissionais, mas também por motivos profissionais. Parabéns pela iniciativa. Um agradecimento especial às formadoras.

Curso de Língua Espanhola - Caldas Rainha

Formação

Terminounodia24deJunhodocorrenteanooCursodeLínguaEspanhola–RelaçõesLaborais–Iniciação,emCoimbra.

Curso de Língua Espanhola - Coimbra

Terminoua03deJunhode2011oCursodeLínguaEspanhola – Relações Laborais – Iniciação, emCaldasdaRainha.

Cláudia Adriana Gomes Manso (11329)-Eu gostei muito do curso porque até agora nunca tinha tido espanhol e penso que me irá ajudar futuramente na minha actividade profissional.Quanto à formadora, achei que foi

bastante ao encontro das nossas necessidades e conseguiu transmitir-nos o essencial e fazer-nos apreciar a língua espanhola.O grupo de formação foi excelente, pois criou-se um bom ambiente de trabalho e de equipa.


»SAMS

Aníbal Ribeiro

Não me restam dúvidas que somos o melhor serviço de saúde do país

“[...] Como responsável dos SAMS não tenho dúvida nenhuma de poder afirmar que nós somos mesmo os melhores prestadores de serviços e o melhor sistema de saúde em Portugal. [...]”

A iniciar um segundo mandato à frente do Conselho de Gerência, Aníbal Ribeiro diz que os SAMS estão hoje muito melhor que há quatro anos, critica a concorrência dos sindicatos mais jovens e lança as bases para a criação de um SAMS único

O que são os SAMS?OsSAMSestãoconstituídoshácercade35anos.NumaalturaemqueoServiçoNacionaldeSaúde(SNS)aindanão estava constituído, os bancários entenderamquepoderiam e deveriam criar, através do seu sindicato,umsistemadesaúde,quefossebastantemaisbenéficoqueoserviçopúblicodaaltura.Emnegociaçãocoletiva,chegarama acordo comosbancospara seremos trêssindicatos verticais a constituírem os seus própriosSAMS.Desdeessaaltura,osSAMS,têmcriadováriasvertentes,quernoâmbitodascomparticipações,quernoâmbitodaassistênciamédicae,também,aníveldeprotocolos,paraqueoutrasempresaseoutrasentidadespossamfacultaraosseusbeneficiárioseassociados–eaosseusfamiliares–aassistênciamédica.

Que serviços são prestados?Todo o tipo de serviços que se podem englobar noâmbito da doença, como seja comparticipações,medicamentos, próteses, cirurgias, internamento,ambulatório, enfermagem… os SAMS prestam todoo serviço que hoje em dia é reconhecido a nível daOrganizaçãoMundialdeSaúde.

Onde está presente?Anível nacional. Podemos dizer que é um serviço desaúdeuniversal,extensivoatodososbancários,atodososelementosdoseuagregadofamiliar.EmborahajaaconstituiçãodeSAMSporregiões,nomeadamentenossindicatosverticais,oSAMStemumacoberturaanívelnacional.OsSAMSdoSBCtêmosseuspostosemtodasascapitaisdedistrito–Guarda,Viseu,LeiriaeCoimbra–emaisdoispostosperiféricosemFigueiradaFozeCaldasdaRainha.

Há quanto tempo é coordenador dos SAMS?Háquatroanos.Estouainiciarumsegundomandato,dequatroanos,queresultoudaseleiçõesrealizadasem

abril.Esperopoderproporcionaratodosossóciosmaisbenefíciosemelhorqualidadenaprestaçãomédicadesaúde.

O que foi feito ao longo dos últimos quatro anos?Os SAMS atravessaram um período que, não diriaconturbado, mas de alterações e mutações muitorelevantes,nomeadamenteporqueosSAMSeramumsubsistemadoSNSe,atédezembrode2010,osSAMStinham uma componente em que se substituíam aoSNSparaaprestaçãodirectadesaúdeatodososseussócios e beneficiários. Com a resolução do protocolo,que teve lugar a 31 de dezembro, os SAMSdeixaramdeserumsubsistemaparaserumsistemaprivadodesaúdenasuaplenitude.Entendemosqueosbancáriossãocidadãosdestepaís,pagamosseusimpostoscomoqualqueroutrocidadãoe,comotal,têmdireitoaoSNS.OSNSpassouaserparanósumaentidadeprestadorade serviçosde saúde.Entretanto,osSAMSpassaram,também, a ser um regime de complementaridade doSNS. A nível interno, continuamos namesma senda:desenvolvimento dos postos médicos, cada vez commelhores equipamentos médico-cirúrgicos, criaçãode algumas especialidades que vão aparecendo, comreconhecimentodaOMS.Iremosestarsemprenalinhadafrenteparaodesenvolvimentoeparacontinuarmosa ser um serviço de saúde e de assistênciamoderno,actualizandocomparticipações,paraqueoencargodobeneficiáriosejacadavezmenor.

Os beneficiários são hoje mais bem servidos do que eram há quatro anos?Não tenho dúvidas disso. Houve algum esforçodo Conselho de Gerência nessa matéria. Houvepreocupações em dotar os postos médicos comequipamentos de ponta. São situações que estamossempreaatualizar.Aquiloqueontemeranovoamanhãiráestardesgastadoeultrapassado,peloque teremosdeprocederàsuamodernização.Éissoqueestamosafazer,comgrandesinvestimentos,paraqueaspessoassejamcadavezmaisbemassistidasehajaumamelhorprestaçãodeserviçosaníveldosSAMS.

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ENTREVISTA: Vasco Garcia


SAMS

É um trabalho que nunca está acabado…Não sepodedizer que se fazhoje e depoispossamospassar quatro ou cinco anos acomodados. As coisasestão sempre emmutação, há sempre deliberações elegislaçãoquenosobrigaaestaremconstantemutação.Tudoissoexigeumgrandeinvestimento.Maspensamosqueservircadavezmaisemelhoréquedevepautarosnossosprincípios.

Diria que os SAMS são dos melhores serviços de saúde do país?ComoresponsáveldosSAMSnãotenhodúvidanenhumade poder afirmar quenós somosmesmoosmelhoresprestadoresdeserviçoseomelhorsistemadesaúdeemPortugal.Não gostava de confundir os princípios queregem os SAMS dos sindicatos verticais com outrasentidadesditasparalelas.Nãosomosumacompanhiade seguros, por isso, prestamos saúde, assistêncianadoença e, acimade tudo,não temosnem fazemosaquiloqueoutrasentidadeseoutrossindicatosfazem,isto é, quando hámuita despesa dos seus associados“correm” com as pessoas dos sindicatos. Nós somosum sistema muito solidário. Nos SAMS há aquelesquenão gastam e há outros que gastammais do queaquiloquecontribuem.Masnóstemosafunçãode,talcomoonomediz,prestaramelhorassistênciaeajudarquem necessita. Nós somos rigorosos e solidários.Comparticipamos aquilo que temos de comparticiparmas nunca fica ninguém sem a intervenção de quenecessiteporfaltadedinheiro.ÉdentrodesteespíritoquequeremoscontinuarequesepautaaatuaçãodesteConselhodeGerência.

Sente essa concorrência?Sintoetenhopenadenãoterpossibilidadedemuitasvezes o poder dizer como hoje o estou a dizer. Sintoa concorrência de outros sindicatos, nomeadamentesindicatosbastantemaisnovos–nãopodemosesquecerqueoSBCtemjá76anosdehistória–ondeaspessoasquesãomaisjovenstêmumcustomuitomenosrelevanteaníveldesaúdedoqueaspessoascommaisidade,quegastammaiscomasaúde.Nósentendemosque,seessaspessoasgastammais,temosdetermuitomaiscarinhocomelaseapoiá-lasmuitomais.Temosdetercomelesumaactuaçãomaispreventivaecurativa.Nuncairemosfacilitareiremosdartodooapoiopossível.

Até porque um dos princípios do SBC é apoiar os seus associados até à morte…Anossapráticaéessaecontinuarásempreaseressa.Nãomerevejonoutraactuação.

Em sua opinião, qual é a importância dos SAMS para o sindicato e para os associados?O complemento do sócio e do beneficiário é muitoimportante.Nósnãopodemos terum sindicato fortesem associados e sem beneficiários, assim como não

podemosterunsSAMSfortesenãotivéssemosessessóciosdosindicato.Hoje,achoquesecomplementamumaooutromuitobem.

Os SAMS são uma das grandes conquistas dos sindicatos…Sim, sem sombra de dúvida. Hoje em dia, um dosgrandes pilares do SBC são os SAMS.Mas penso quedevemos entender que o sindicato sem beneficiáriosnão seria tão grande. Também não haveria tantosbeneficiáriossenãohouvesseonúmerodeassociadosque há.Quantomais crescermosmelhor será porquese engrandece o número de beneficiários e de sócios.Penso que as duas componentes são importantes.Hoje em dia, os SAMS têm dois regimes: o regimegeral, que é única e simplesmente financiado com ascontribuiçõesdosbancoseo regimeespecial, emqueotrabalhadordescontaumemeioporcentodosalário.Esse regime tem benefícios que só são adstritos aosassociados.GanharemobenefíciodepoderemusufruirdospostosmédicosdosSAMS,obenefíciodealgumascomparticipações e subsídios que são exclusivos dosassociadosdoregimeespecial.

Em que ponto está a criação do SAMS nacional?Algunspassosjáforamdados,nomeadamenteaquestãodeumregulamentodosSAMSúnicoanívelnacional.Éumadascoisasaqueeuaspiro.OSAMSúnico,senãoforantes,serálogoaseguiràcriaçãodosindicatoúnico.

Que mensagem gostaria de deixar aos beneficiários?HáumanovaconstituiçãodoConselhodeGerência,queestádisponívelparaouvireapreciaraspreocupaçõesdosbeneficiários.Faceaograndenúmerodedocumentosqueentrammuitasvezessemqualquerjustificação,torna-sedifícilaoConselhodeGerênciaapreciardocumentoa documento. Para isso temos os serviços, nos quaisdeposito a maior confiança. Quando as pessoas sesentiremlegitimadasecomdireitos,vejamoConselhode Gerência como um órgão que está para ajudar aresolverosproblemasenãoparadificultar.Coloquemasituaçãoporescrito,queseráreapreciadae,setivermosde dizer que sim, cá estaremos para comparticipar.Se tivermos de dizer que não, por qualquer motivo,explicaremosporquenão.

SAMSSERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL do SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO CENTRO


»Secções Regionais

Secção Regional de Viseu

Secção Regional da Guarda

Asecção Regional da Guarda do Sindicadodos Bancários do Centro organizou e levoua efeito uma jornada de convívio de pesca,

jornadaquehabitualmentevempromovendodeháanosaestaparteequetevelugaremterrasdoCôa.Compareceram à chamada 31 pescadores convivasque,noviveirodastrutasderamlargasaosseusdotesdepescadores,álibiparaumaboaconfraternizaçãocommuitos comes e bebes, seguindo-se um lauto

almoçonorestaurantelocal.Esteve presente, em representação da Direcção o Vice-Presidente,AníbalRibeiro,quedeuasboasvindasefezashonrasdacasa,bemcomotodososelementosdoSecretariadoRegional:GabrielRodrigues,Coordenador,PauloCarrascoeJoséFantasia,SecretárioseRogérioRicardodaComissãodeReformados.

Convívio de Pesca em Quadrazais

Convívio de Pesca em Folhadosa

Foicommuitaalegriaemuitoboa disposição de todos osparticipantes que a Secção

RegionaldeViseudoSBCpromoveuumConvíviodePescanoParquedePescadeFolhadosa–Seia.Estiveram presentes 40 convivas,oriundos das áreas dos quatro

distritos – Coimbra, Guarda,Leiria e Viseu – esperando-os umtempo magnífico, não só para oexercício da modalidade, comotambémpara a convivência que segerou,muitoemboraospescadoresconstituam,jádesi,umafamíliaquefrequentemente se encontra e se

cruzanapráticadestamodalidade.Podedizer-sequeatéopeixeajudouàfesta,poisforampescadoscercade60quiloscomóptimosexemplares.Pelas 10h30m foi servida atradicional“Piqueta”epelas13h30mum farto almoço, onde já ficoucombinadoopróximoconvívioparaomesmolocalnaprimeiraquinzenade Outubro. Estiveram presentespor parte da Direcção os colegasFrancisco Carapinha, ManuelAntónioeAntónioPimentel.


Viagem a Madrid e a San Lorenzo de El Escorial

Cultura

Odepartamento de TemposLivres do Sindicato dosBancários doCentro levou

a efeito uma viagem a Madridcom passagem por La Herreria eSan Lorenzo del Escorial, com aparticipaçãode40viajantes,tendodecorridoentreodia10eodia12deJunhopassado.O Departamento de Culturaelaborou um roteiro culturalpara esta viagem, no qual seencontravam assinalados, emboraem traços gerais, os episódioshistóricos, os usos e costumes, apaisagemarquitectónicaecultural,a gastronomia, etc., das maisimportantes cidades e regiões poronde íamos passando, documentoque se revelou muito importantee muito enriquecedor, tendo sidoavidamente devorado por todos,tendo esta experiência mostradoque é uma prática a repetir emfuturas viagens.Noprimeirodia amanhã foi passada em viagem e atardeficoulivre,paraquecadaumdenós, livremente,pudessevisitara cidade de Madrid, tendo sido aPlazaMayor,oMuseudoPradoeaCatedraldeAlmudena,oslocaisquemereceramapreferênciadosnossosvisitantes.O segundo dia foi quase tododedicado a visitar Herreria ee San Lorenzo de El Escorial,um município que pertence àcomunidadeautonómicadeMadrid,sendooprato forteavisitaguiadaaoElRealSitiodeSanLorenzodeElEscorial, um vastíssimo complexoqueincluiumpalácio,ummosteiro,ummuseu e uma biblioteca e quefoi amplamente documentado porumguia.

Mereceu particularatençãodosnossosvisitantes a auste-ridade do palácio,que serviu de re-sidênciaaFilipeII,aBasílica,osdiversosPanteões,dosReis,dos Infantes, dasCrianças e a Bi-blioteca, que foiprojectada porJuan de Herrera e cujo acervo foienriquecido pelos códices que opróprioreiofereceuepelacompra,que ordenou, das mais diversasbibliotecasespanholaseeuropeias,possuindo cerca de 40.000 milexemplaresdeextraordináriovalor.Éconstituídaporumagrandenavede 54 metros de comprimento,encontrando-se a abóbada rica-mente decorada com frescosrepresentado as sete artes liberaisdotempo,aRetóricaaDialéctica,aMúsica,aGramática,aAritmética,eGeometriaeaAstrologia,daautoriadePellegrinoTibaldi.NoregressoaMadridpassámospeloValle de Los Caidos, ummemorialdo ditador espanhol FranciscoFranco,emhonradosnacionalistasmortosnaGuerraCivildeEspanha,constituído por um monumentoe uma basílica escavada na rochaonde se encontram sepultados osmortosdessamesmaguerraeondese encontra também sepultadoo Ditador, apesar de nela não termorrido. É uma obra polémicaporque,alémdetersidoconstruídaatravés da exploração da mão-de-obra dos republicanos vencidos,trata-se do ponto de encontrodos nostálgicos do fascismo e do

franquismo.No Domingo, 12, regressámos,tendoacomitivapassadoporÁvila,uma cidade de traçado medieval,que é património mundial desde1985 e que se encontra ricamentepreservada. Foi motivo de grandeadmiração ”a muralha… a maisfamosaeamaisbemconservadadaEuropa que foi começada cerca doano de 1090, tem 2,5 quilómetrosdecomprimento,2.000ameias,88torres,6portase3portilhas”.Seguiu-se Salamanca, com umaquantidade impressionante demonumentos da Idade Média, doRenascimentoedasépocasClássicae Barroca. Mereceram especialatençãodosnossosvisitantesaPlazaMayor, em estilo barroco, a IgrejadeSanMartinemestiloromânico,a Clericia, a Universidade, com oseuestilogótico,aCatedralNovaeoMuseudeSalamanca.O regresso processou-se após estavisita.


»Cultura

Paulino Mota Tavares

Hino à Luz

Éurgentealuzdosoldasestrelasdavidadopensamentoedoluar.Cadavezmaiséprecisoobservarouvireatémesmoacompanharoexemplodorioquesobreaterranãosecansadepercorreroudemostrarnovasregrasnovasinquietações.Ouçamosigualmenteogritodeumpássarofixemosacormaisinesperadadobarcoadescobriravibraçãodomarporentresilênciosondasedesenganos.NãoesqueçamosaindaqueporentreorostodotempoéurgenteaverdadeagraçadosonhoovibranteexercíciodofogomaisoinfinitosempretãodesejadorecortedoAmor…ParaviverefinalmenteconquistaroMundoseráútilenecessárioorigorocompromissoadedicação.Deveremosigualmenteatingircomfirmezaasacralidadedomovimentoouviracreditarnoincomparáveldesenhodavontadeedapromessa.Esperemosagoradefinitivamentepelaluzdosoldoluardequantoébrilhoouimpulsonaadivinhadaeescondidafacedarealidade.Epronto.Jáquealuzétudonadamaisinteressaporentreoáridorigordotraçodomitooudasaudade.

Coimbra,4deMaiode2011


Agostinho Torres de Almeida

VOUZELA - Antiga e Nobilíssima Capital de Lafões

Cultura

“[...]Judicialmente, havia uma Comarca, a de Lafões, com Sede em Vouzela. Em 1890, foi criada a de S. Pedro do Sul e, em 1906, a de Oliveira de Frades. A Comarca de Vouzela foi extinta em 1927, passando a Julgado Municipal. Foi reposta, após inúmeras reivindicações, em 4 de Maio de 1973 [...]”

Tambémdesignadaporser um verdadeiro retalho do Minho ao qual disputa a primazia da beleza,nodizerdeRamalhoOrtigão,Vouzela,comooatestama

suahistóriaeosmonumentos,datadosprimórdiosdanacionalidade.AZonaHistóricadavila,ondesedestacaaponte romana,osmonumentosmegalíticos, comoacasadaOrca(MalhadadeCambarinho),PedradeArca(EspíritoSantodeArca),aLapadeMeruge(Vermilhas)e as povoações fortificadas (Castros) confirmam asorigensdeVouzela,comosendoanterioresàconquistamuçulmana, podendo afirmar-se, com segurança, quedata do domínio romano. A etimologia do nome daSede do Concelho provém do pequeno rio Zela, queos romanos denominavam por Vaucella, afluente dorio Vouga (Vauca). O nome Vouzela deriva daquelediminuitivo,Vaucella. Emtermosdemonumentos,paraalémdos jácitados,na vila deVouzela, podemos admirar a IgrejaMatriz,ainda do estilo românico, com uma Capela lateral,do Santo Cristo, com abóbada de granito, datada de1513,monumento nacional; a Igreja daMisericórdia,construídaapartirde1593,commagníficosretábulos;aIgrejadeS.FreiGil,doséculoXVIII,comafrontariaemestiloD. JoãoV,onde é guardado, emRelicário, omaxilar inferiordoSeuPadroeiro;numerososSolares,brazonados e apalaçados, dos séculos XVII e XVIII; alindíssimapontedoantigocaminhodeferrodoValedoVouga,doiníciodoséculoXX.Administrativamente,Vouzelafaziapartedoconcelhode Lafões, que englobava os actuais municípios deS. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades, com aSede, muito provavelmente, na povoação do Banho,conforme Foral concedido por D. Afonso Henriques.

Porém,em13deMaiode1436, foi instituído,porel-reiD.Duarte(oEloquente),oconcelhodeVouzelaoudeLafões, compostoporquarentaequatro freguesiasetrezecoutos,confirmadoporforaldeD.ManuelI,em1514.Daíadesignaçãodeantiga e nobilíssima capital de Lafões.Posteriormente, realizaram-se diversas revisõesadministrativas,como,em26deMaiode1834,quandooconcelhodeLafõesfoidivididoemdois;S.PedrodoSul,namargemdireitadorioVougaeodeVouzela,naesquerda, que compreendia ainda a quase totalidadedo município de Oliveira de Frades. De revisão emrevisão,comrespeito,sempre,peloslimitesdoconcelhode Vouzela, commaior oumenor dimensão, mais oumenos localidades, sobretudodurante o séculoXIX, ejánoseutermo,foramfixadasasáreasdostrêsactuaisconcelhos.Judicialmente, havia uma Comarca, a de Lafões, comSede em Vouzela. Em 1890, foi criada a de S. PedrodoSule,em1906,adeOliveiradeFrades.AComarcade Vouzela foi extinta em 1927, passando a JulgadoMunicipal. Foi reposta, após inúmeras reivindicações,em4deMaiode1973,paragáudiodosVouzelensesqueassinalaram o facto com festejos de profundo júbilo.Vouzela,quedistada capitaldodistrito,Viseu, trintaquilómetros, está encostada à Serra do Caramulo, nosopédoMontedoCasteloenamargemesquerdadorioVouga,orgulha-sedos seus antepassados, emespecialdossantoseheróis.DesdelogoS.FreiGil,quenasceuem1185,noSolardaCavalaria,ondehojeseencontra


»Cultura

o Hospital da Santa Casa da Misericórdia (UnidadedeCuidadosContinuados), e faleceu,noConventodeS.Domingos, emSantarém, em14deMaiode1265.Formou-seemmedicina,emCoimbra,prosseguindoosestudos emParis. Foi o primeiromédico português aescreversobremedicina.Foicanonizadoem1749.O Padre-Mestre Simão Rodrigues de Azevedo, quecompletouosestudos,iniciadosemCoimbra,emFrança(1527),foiumdosfundadoresdaCompanhiadeJesus;D.DuartedeAlmeida,oDecepadodabatalhadeToro,Alferes-MordeEl-ReiD.AfonsoV,quenasceunumacasapróximadocastelodeVilharigues;AlbertoAntóniodeMoraesCarvalho,nasceuemVouzela,em1801.Formou-seemcânones.FoiconselheirodeSuaMajestadeoReiD.Luís,PresidentedaCâmaradeLisboa,Deputado,PardoReino,MinistrodaJustiça,GovernadorCivildeLisboae Jurisconsulto. Foi designado Irmão Benemérito daSantaCasadaMisericórdia.AfeiramensalfoiautorizadaporD.Diniz,em1307.As Colectividades, como a Associação Humanitáriados Bombeiros Voluntários, foi fundada em 1885,e a Sociedade Musical Vouzelense, em 1931, seminterrupções, até aos dias de hoje. Antecederam-na aPhilarmónica Vouzellense, conforme escritura de 7 deAbril de 1872. Teve vida efémera e surgiu, em 1880,a Banda de Vouzela, com intermitências, até à suaextinção, no início do século XX. A Associação “OsVouzelenses”, vocacionada para a prática desportiva,foicriadaem1930.Vouzela é uma terra turística, por excelência. Asbelezasnaturaisdoconcelho,oacidentadodoseusolo,a luxuriantevegetação(emMaioverifica-seafloraçãomáximadosLoendrosouRedodendros,únicosnopaís),o Monte da Senhora do Castelo, com um modernoParquedeCampismo,asfestasreligiosas(destacooDiadoCorpodeDeuscomaslindaspassadeirasdeflores,colocadasnas ruasprincipais e aFestade S. FreiGil,em14deMaio,feriadomunicipal)easprofanas(comespecialdestaqueparaastradicionaisFestasdoCastelo,

nos princípios de Agosto), constituem atractivos queprendem os visitantes, como os perscrutadores daboagastronomia, quepodemapreciar a célebre viteladeLafões,osvinhosverdeseadoçaria,compostaporonzeespecialidades(!),ondepontificamosinigualáveis“pastéisdeVouzela”que,comoafirmouMariadeLurdesModesto,são o melhor doce que se faz em Portugal.Emtermoslogísticos,paraalémdoapoioproporcionadopela Comissão Municipal de Turismo, o concelho deVouzela dispõe de umaHospedaria, situada na ZonaHistórica da Vila, residenciais e solares que praticam o denominado Turismo de Habitação e muitosrestaurantes, com qualidade, que satisfazem o maisexigente.Oartesanato,comostecidosdelinhoeoscestosdevime,constituem outro atractivo que importa mencionarnestacrónicasobreumaVilaeumConcelhocommuitastradiçõeselendas(demoiras encantadas),descritasporconsagradosescritores,emtermosencomiásticoseporpoetasinspiradosquecantam assuasbelezaseseduçãoirresistível, como o fez Joaquim Dória na seguintequadra:

Vouzela, ninho de encantos,Nem só és bela e gentil;És também berço de Santos,A terra de S. Frei Gil.


Cultura

Registe os seus tempos livres

Registe os seus tempos livres: férias, passeios, viagens, experiências…Quantasvezesnãopassamosporlocalidades,visitamosaldeias, vilas e cidades, cruzamos com pessoas,descobrimos paisagens, escutamos estórias, ouvimospregões e cantigas e assistimos às mais variadasmanifestaçõesdereligiosidadepopular;Quantas vezes não participamos numa romaria,sem deixarmos para trás uma feira ou um mercadotradicional, onde nos deparamos com quadros vivosquetantodizemdanossaidentidade;E quantas vezes ainda não convivemos em redor damesma mesa, em restaurantes e hotéis ou mesmonas poucas tabernas que ainda sobrevivem, para jánão falar nas improvisadas tasquinhas que agorapontuam nos muitos certames e mostras da maisvariada temática, saboreando e apreciando manjaresque nem imaginávamos que existissem e que tantogostaríamosdesabercomoalichegaram,quemecomoseconfeccionam.Depois, as paisagens únicas que descobrimos, osamanhecer e entardecer vistos das falésias e dasserrasmaisescarpadas,emsimbiosecomosvalesecomosriachosquebrotamdossopésdasmontanhas.Easviagensláfora,eosencontrosocasionaisquenossurgemquandoemcontactocomoutrasterrasecomoutrasgentes,nosdeparamostãolonge,commarcasdapresençaalidosportugueses?Para além de um apelo, este é também um desafio:Faça-nos chegar esses momentos, que recolheucoma objectiva da suamáquina, ou que registoupor escrito. Serão documentos preciosos queoportunamenteviremosaanalisarequemediante

ointeressequesuscitem,poderãofazerpartedabasededadosquenospropomoscriarnanossabiblioteca,queestáaseralvodeumareestruturaçãoeondeiráconstarumarubricaqueversaráaEtnografiaeaCulturaPopular,rubricaessaqueteráaco-autoriadosassociadosdonossoSindicato.Admitimos mesmo, na oportunidade, publicar edivulgar alguns desses trabalhos nas nossas revistas,tendoemcontaalinhaeditorial.Cáficamosaaguardarasuacolaboração.Nota: Transcrevemos uma ficha tipo, que poderá ser adaptada às variadas formas de recolha a levar a efeito, lembrando a necessidade de preenchimento dos dados que ali constam, por forma a validarmos a sua autenticidade. Aquando da sua entrega, faça-a acompanhar dos materiais que porventura tenha recolhido, para que fiquem a constar dos nossos registos. No verso da mesma deve ainda registar tudo quanto possa considerar de interesse sobre o assunto. Pode imprimir as fichas para preenchimento no sítio do SBC - Tempos Livres, ou levantá-las directamente neste Departamento.

Biblioteca SBCFicha de Recolha

Assunto: ____________________________________________________________________________________________________Interlocutor(es) (identificação o mais exaustiva possível): _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Material recolhido: ____________________________________________________________________________________________Descrição da recolha: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Local(ais) da(s) recolha(s): ______________________________________________________________________________________Mais dados sobre este assunto, podem ser encontrados em: __________________________________________________________Material que anexa à ficha: _____________________________________________________________________________________Recolha efetuada por: (identificação do(s) interveniente(s)) _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Data: ____/____/______ Assinatura

_________________________________________Se necessário continuar no verso, pormenorizando se for caso disso.

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Esta rubrica tem por objectivo fomentar a participação directa de todos os associados na revista. Leia pois o que abaixo lhe sugerimos e participe nela.

A. Castelo Branco


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fora excomungado pelo legítimo;pelo parentesco com o falecido reiD. Fernando que se dava pela linhafeminina(asmãeseramirmãs),oquepelo direito hispânico da época nãodavadireitosdesucessão.- Aos infantes D. Dinis e D. João,filhos de el-rei D. Pedro I e de InêsdeCastro,portantomeiosirmãosdeD.Fernando,nãopoderiam ter direito ao trono por serem ilegítimos,pois nunca se consumara o casamento de D. PedrocomDonaInêsdeCastro.OnovoreiD.JoãoI,comoreconhecimento e gratidão, concedeu-lhe muitasmercês, fazendo-o cavaleiro da sua casa; senhor dasvilasdeCasteloRodrigo,Tarouca,Cascaiseseutermo;do reguengo de Oeiras; das dizimas das sentençascondenatórias de Évora; da jurisdição da Lourinhã;das rendas da portagemdeBeja e por fimnomeou-oChanceler-mordoreinoeseuespecialConselheiro.FaleceunacidadedeLisboaa3deMaiode1404,sendosepultadonoConventodeS.Domingos.

Luís Manuel [email protected]

Artigo 07 - Centenário da Implantação da República (1910-2010) Numária: O Papel-moeda 1910 – 2010

Cinco Escudos

Cultura

EntendeuoBancodePortugalatribuiraimagemdo Dr. João das Regras, iminente portuguêsdo século XIV, à sua segunda nota de 5$00,

recordando e perpetuando, aquele que teve umpapelpreponderanteedecisivonaresoluçãodacrisede1383-1385, sendoquasedesconhecidodamaioriade todosnós.Na frente a nota apresenta-nos o retrato de Joãodas Regras, gravação do professor José de Lacerda,e todo o conjunto em tons escuros que o emoldura.O fundo, impresso em cores esbatidas é compostopor linhas ondulantes. Sobre a direita uma cabeçanumismática simbolizando a República. O verso temumaestampagemaazul-escuro,apresentando-nosumagravuradoConventodaBatalhadeautoriadeArmandoPedroso. As chapas foram efectuadas nas oficinas deBradbury,Wilkinson & Co. Ltd, de Londres, onde seprocedeutambémàrespectiva impressão.Opapel foifabricadopelospapeleirosPerrigot-Masure,Papeteriesd´Arches.Dimensãodanotaéde146x96mm.Foramemitidas 19 800 000 notas datadas de 10-07-1920,02-12-1921,14-06-1922,08-08-1922e13-01-1925.Aprimeiraemissãoédatadade10-05-1921eaúltimaem01-09-1927.Retiradadecirculaçãoem07-04-1931.ExcertobiográficodeJoãodasRegras:-JoãodasAregasouJoãodasRegras,nasceunacidadedeLisboa, entre os anosde1340 e1345, oriundodefamíliasnobres.TeveumpapeldegranderelevonasCortesdeCoimbrade 1385, demonstrando que, após a morte de D.Fernando,otronoseencontravavago,equenenhumdos pretendentes era considerado herdeiro legítimo,argumentando as nulidades dos outros pretendentes,comoabaixosedescreve:-ADonaBeatriz,filhado falecido reidePortugal (D.Fernando), é negada pelo jurisconsulto, quaisquerdireitospornulidadedocasamentodeD.FernandocomDonaLeonordeTeles,queerajácasadacomofidalgoJoãoLourençodaCunhaquandooreiadesposou;porincertezaquantoàpaternidadedeD.Fernando,dadoo comportamentopouco singular deDonaLeonor deTeles;portercontraídocasamentocomoreiD.JoãoIdeCastela,seuparente,(AmãedeD.JoãoIdeCastela,era tiaavódeDonaBeatriz), semadispensadopapalegítimoUrbanoIV,emvezdoanti-papaClementeVII:-AD.João I, reideCastela,por serherege,odireitodeserreidePortugal,poisreconhecendooanti-papa,


SAMSSERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL do SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO CENTRO

ORTÓTESES OCULARES DE TODAS AS

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COIMBRA (Sede)Av. Fernão de Magalhães, 476 – Apartado 404 – 3001-958 COIMBRA Tel.: 239854880 – Fax: 239854889Marcação de Consultas: Tel.: 239 854 890 CALDAS DA RAINHARua da Caridade, 17 - 1º Dtº – 2500-141 CALDAS DA RAINHATel.: 262840020 - Fax: 262840029

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A ANUNCIAR BREVEMENTE

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