7/28/2019 Nun'Alvares Pereira

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Que aurola te cerca? a espada que, volteando,faz que o ar alto percaseu azul negro e brando.

Mas que espada que, erguida,faz esse halo no cu? Excalibur, a ungida,que o Rei Artur te deu.

'Sperana consumada,S. Portugal em ser,ergue a luz da tua espada

para a estrada se ver!

Anlise do Poema

Este poema surge na primeira parte do livro amensagem de Fernando Pessoa: oBraso que a primeira das trs partes desta obra. O Braso dividido em cinco

partes: Os Campos; Os Castelos; As Quinas; A Coroa e O Timbre.

Opoema que iremos analisar est na quarta parte, A Coroa. A coroa um smbolode poder e autoridade dos governantes, desde os tempos pr-histricos. Mas a coroa

tambm era dada ou posta a indivduos que no eram monarcas, em cujo caso a coroaera smbolo de grandes feitos hericos ou conquistas de coragem. Por uma razo deorgulho e nobreza, Pessoa deu a coroa a Nuno lvares Pereira e no a um rei ou

prncipe.

No inicio do poema Fernando Pessoa, refere-se uma aurola. A aurola que cercaNuno lvares Pereira uma aurola de santidade (do guerreiro tornado santo). Querele dizer que a santidade que ele alcanou, foi a custo dos seus atos de guerreiro, pois a sua espada que desenha o crculo por cima da sua cabea destacando-osantodo comum dos homens.

Conhecendo-se a origem da aurola que cerca Nuno lvares Pereira - a espada - nasegunda estrofe, o sujeito potico fala-nos sobre essa mesma espada. Diz-nos que aespada que, erguida / Faz esse halo no cu no uma espada qualquer, de umcombatente normal, mas Excalibur,a ungida, a lendria espada do Rei Artur.

Pessoa pede a Nuno Alves Pereira, nos dois ltimos versos, que erga aluz da sua espada para a estrada se ver. Ele que a grande esperana, pede paraguiar o povo Portugus, para mostrar a luz e indicarque caminhoseguir no futuro.