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O BANCÁRIO SINDICATO NACIONAL DOS EMPREGADOS BANCÁRIOS DE ANGOLA Dezembro 2013 | Edição 2 NESTA EDIÇÃO E AINDA... SNEBA em São Paulo (Brasil) Acordo para a saúde Remessas em kuanzas 1º de Maio em Luanda Liberdade Sindical: mecanismos de controlo especiais Editorial Perpetuar o espírito do 14 de Agosto Desde os longínquos anos de 1865 que o mês de Agosto está intimamente ligado à história da actividade bancária em Angola. Foi nesta data que os serviços bancários, como parte importante no processo de intermediação comercial, criaram as bases e a consequente ruptura com o comércio de troca directa no território de Angola. Enaltecer o espírito de Agosto é perpetuar os pressupostos e antecedentes da história da banca em Angola, por isso, o mês de Agosto é um marco histórico inseparável à sociedade e à banca angolana. O Banco Nacional Ultramarino (BNU) foi a primeira instituição de crédito que se instalou em Angola - a 24 de Agosto de 1865 - e que trouxe consigo as bases para uma economia moderna visando o desenvolvimento sustentado da sociedade. Foi graças ao BNU nas iniciativas de exploração de diamantes que, em 1917, se criou a empresa de Pesquisa Mineira de Angola (PEMA) - que mais tarde viria a dar lugar a DIAMANG - e que nessa época se constituiu como um dos suportes geradores de receitas para a economia do território de Angola. Criado a 12 de Agosto de 1864, o Banco Nacional Ultramarino tornou-se num dos instrumentos e suporte de apoio para as iniciativas do poder ins- talado, tornando-se a âncora da economia de Angola. Também foi esta ins- tituição que emitiu e lançou a primeira moeda específica para Angola. A sequência e coincidência de acontecimentos ligados à Banca no mês de Agosto, conduzem-nos a um único pensamento: o mês de Agosto em Ango- la está intimamente ligado ao sistema financeiro nacional, por isso, não é em vão que os bancários, todos os anos, enaltecem o espírito de Agosto. 17º Aniversário do SNEBA 3 8

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O BancáriOSindicato nacionaL doS EMPREGadoS BancÁRioS dE anGoLa

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diç

ão

2

NESTA EDIÇÃO

E AINDA...

SNEBA em São Paulo (Brasil)

Acordo para a saúde

Remessas em kuanzas

1º de Maio em Luanda

Liberdade Sindical: mecanismos de controlo especiais

EditorialPerpetuar o espírito do 14 de agosto

Desde os longínquos anos de 1865 que o mês de Agosto está intimamente

ligado à história da actividade bancária em Angola. Foi nesta data que os

serviços bancários, como parte importante no processo de intermediação

comercial, criaram as bases e a consequente ruptura com o comércio de

troca directa no território de Angola.

Enaltecer o espírito de Agosto é perpetuar os pressupostos e antecedentes

da história da banca em Angola, por isso, o mês de Agosto é um marco

histórico inseparável à sociedade e à banca angolana. O Banco Nacional

Ultramarino (BNU) foi a primeira instituição de crédito que se instalou em

Angola - a 24 de Agosto de 1865 - e que trouxe consigo as bases para uma

economia moderna visando o desenvolvimento sustentado da sociedade.

Foi graças ao BNU nas iniciativas de exploração de diamantes que, em 1917,

se criou a empresa de Pesquisa Mineira de Angola (PEMA) - que mais tarde

viria a dar lugar a DIAMANG - e que nessa época se constituiu como um dos

suportes geradores de receitas para a economia do território de Angola.

Criado a 12 de Agosto de 1864, o Banco Nacional Ultramarino tornou-se

num dos instrumentos e suporte de apoio para as iniciativas do poder ins-

talado, tornando-se a âncora da economia de Angola. Também foi esta ins-

tituição que emitiu e lançou a primeira moeda específica para Angola.

A sequência e coincidência de acontecimentos ligados à Banca no mês de

Agosto, conduzem-nos a um único pensamento: o mês de Agosto em Ango-

la está intimamente ligado ao sistema financeiro nacional, por isso, não é

em vão que os bancários, todos os anos, enaltecem o espírito de Agosto.

17º Aniversário do SNEBA

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O BancáriO

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O mercado financeiro angolano conta com novas moedas metálicas e novas notas de kwanzas. A introdução desta nova família de kwanzas começou em Fevereiro, com a chegada das moedas de 50 cêntimos, 1, 5 e 10 kwanzas.

Em Março, foi a vez das notas de menor valor facial, a começar

pelas de 50, 100, 200 e 500 kwanzas. As últimas a chegar

ao mercado, a 31 de Maio, foram as de 1000, 2000 e 5000

kwanzas. A nota de 5000 kwanzas foi a novidade por ser a de maior

valor facial em circulação e também a que não existia no mercado

Segundo o governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima

Massano, tanto as novas moedas, como as notas vão circular em

simultâneo com as antigas até que o BNA as retire de circulação.

A nova família do Kwanza, além de homenagear os presidentes An-

tónio Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos, destaca, como

pano de fundo, a riqueza hidrográfica do país e realça a identidade

cultural angolana.

Em matéria de segurança, as novas notas apresentam característi-

cas diferentes das actuais, onde se destacam a textura em alto-re-

levo, a marca de água, o filete metálico, um componente de deslo-

cação de cor e a considerável melhoria da qualidade do papel.

Remessas em kuanzas

De acordo com uma nota publicada

na página electrónica do BNA, as no-

vas medidas, que foram publicadas

em Diário da República, no dia 22 de Abril

passado, aplicam-se a instituições finan-

ceiras prestadoras de serviços de remessa

de valores, cuja actividade de recepção de

fundos ou de entrega aos beneficiários se

concretize em território angolano.

Além de estipular a obrigatoriedade da

utilização do Kwanza em todos os paga-

mentos e recebimentos, o BNA orienta que

as remessas internacionais apenas podem

ser ordenadas por cidadãos estrangeiros

legalmente residentes, além dos cidadãos

angolanos. As remessas internacionais es-

tão fixados em 500 mil kwanzas mensais e

dois milhões de kwanzas anuais por pessoa,

como limite. Enquanto que os limites para

as remessas nacionais ficam ao critério das

instituições financeiras.

Com estas medidas, o Banco Nacional de

Angola pretende promover maior comodi-

dade e segurança aos cidadãos na utiliza-

ção dos serviços de pagamento, bem como

valorizar a moeda nacional.

A remessa de valores em Angola passa a ser feita obrigatória e exclusiva-mente em moeda nacional, o kwanza, independentemente do seu destino.

O Banco Nacional de Angola, aprova novas regras para as

remessas de valores em Angola

Novos kuankzas

entram em circulação

O BancáriO

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SNEBA em São Paulo (Brasil)

No dia 16 de Abril,

data da funda-

ção do Sindicato,

a delegação do SNEBA

participou no acto central

das comemorações, que

decorreu na quadra do

complexo do Sindicato

dos Bancários. Durante o

evento, os angolanos ofe-

receram uma lembrança

em forma de uma peça

de artesanato com a figu-

ra de Angola, ao ex-Pre-

sidente do Brasil, Luís Iná-

cio Lula da Silva, e uma

outra lembrança ao pre-

sidente do Sindicato dos

Bancários de São Paulo,

Osasco e Regiões, Juvan-

dia Leite.

Delegação do SNEBA presente em São Paulo

UMA DELEGAÇÃO DO SINDICADO NACIONAL DOS EMPREGADOS BANCáRIOS DE ANGOLA (SNEBA),

LIDERADA PELO vICE-PRESIDENTE, DR. FILIPE MAKENGO, ESTEvE EM SÃO PAULO, BRASIL, ONDE

DURANTE 15 DIAS PARTICIPOU EM DIvERSAS ACTIvIDADES NO REFORÇO DE COOPERAÇÃO ENTRE

ASSOCIAÇõES SINDICAIS BRASILEIRAS E O SNEBA, NO qUADRO DAS COMEMORAÇõES DOS 90

ANOS DA CRIAÇÃO DO SINDICATO DOS BANCáRIOS DE SÃO PAULO, OSASCO E REGIõES.

A delegação do SNEBA

participou também na 1ª

conferência livre de edu-

cação promovida pela

CUT-São Paulo, que teve

como palco a quadra dos

Bancários. O evento teve

como finalidade, a prepa-

ração da 2ª Conferência

Nacional de Educação

(CONAE), a realizar entre

Durante o evento, os angolanos ofereceram uma lembrança de

artesanato nacional com a figura de Angola ao ex-Presidente Lula da Silva

O BancáriO

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Mais de mil trabalhadores angolanos desfilaram desde a Avenida Alameda

Manuel van-Dúnem até ao largo da família, na Praça da Independência, em

mais um aniversário do Dia Mundial do Trabalhador. A melhoria das con-

dições de trabalho e o aumento do salário mínimo fizeram parte das palavras de

ordem.

A marcha, sob o lema “Trabalhadores Unidos, Direitos Conquistados”, contou com

a participação de dirigentes e sindicalistas de várias organizações sindicais reco-

nhecidas no país e foi promovida pela União Nacional dos Trabalhadores Angolanos

(UNTA) – Confederação Sindical, onde está associado o SNEBA.

1º de Maiocelebrado das ruas de Luanda

Em Angola, o 1º de Maio é celebrado desde a independência do país, a 11 de Novembro de 1975.

os dias 17 e 21 de Feverei-

ro do próximo ano.

Os sindicalistas do SNE-

BA participaram numa

palestra sobre a história

africana e a cultura ne-

gra, promovida pela Co-

missão de Igualdade Ra-

cial dos Metalúrgicos, do

Sindicato dos Metalúrgi-

cos do ABC, fundado por

Lula Inácio da Silva.

Durante a sua permanên-

cia em terras brasileiras,

a delegação do SNEBA

tomou contacto com di-

versas experiências sin-

dicais nos encontros que

teve com a Central Única

dos Trabalhadores (CUT),

Sindicato dos Metalúrgi-

cos, Confederação Nacio-

nal dos Trabalhadores do

Ramo Financeiro, (CON-

Em São Paulo, a delegação do SNEBA tomou contacto com

diversas experiências sindicais

TRAF) e com o Sindicato

dos Bancários e Finan-

ceiros do Estado de São

Paulo.

O Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola em parceria com a Mediplus, apresentou aos parceiros e associados o projecto de Plano de Gestão de Sistema de Saúde numa unidade hoteleira em Luanda. No quadro das políticas que visam o bem estar social e material dos bancários e a incessante busca de soluções que o SNEBA vem visionando para o futuro, tendo em vista as perspectivas de construção de uma clínica para o sector bancário.

APESAR DE A POPULAÇÃO TER CRESCIDO DE 15 PARA 18 MILHÕES, DE 2010 A 2012, SEGUNDO O PNUD, A BANCARIZAÇÃO EM ANGOLA CRESCEU DE 1,5 MILHÕES PARA 3,6 MILHÕES DE HABITANTES.

O BancáriO

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SNEBA apresenta aos parceirosprojecto de gestão de plano de saúde

AMediplus é uma empresa com vocação para

a gestão de plano de saúde, é com base no

seu posicionamento que a direcção do Sin-

dicato convidou-a a fazer uma apresenta-

ção aos seus parceiros e associados, ambicionando a

criação de um subsistema de saúde organizado, que

garanta e assegure o acesso à prestação de cuidados

de saúde, em melhores condições, a toda a população

bancaria sindicalizada e seus dependentes.

Na ânsia de se encontrar soluções viáveis para a mi-

tigação de custos com assistência médica e medica-

mentosa e enquanto não existir um serviço específico

para o sector financeiro, a direcção do SNEBA procura

ensaiar formas que possam aligeirar os custos com a

saúde dos bancários.

Pela sua experiência, a Mediplus poderá, caso o sector

financeiro venha a contar com uma unidade específica

nos próximos tempos, ser um parceiro privilegiado na

gestão do plano de saúde. Foi nesta perspectiva que o

projecto de gestão do plano de saúde foi apresentado

aos parceiros e associados do Sindicato Nacional dos

Empregados Bancários de Angola.

O número de Angolanos com conta bancária no País

atingiu no princípio deste ano os 3,5 milhões, con-

tra os 1,5 milhões registados em 2010, avançou, recente-

mente, o presidente da Empresa Interbancária de Ser-

viços (EMIS), Pedro Puna, citando dados do BNA.

De acordo com o presidente do Conselho de Gerência

de EMIS, José Gualberto Matos, os 3,6 milhões de ango-

lanos com conta bancária representam 21,5% da popu-

lação, e, destes, 2,5 milhões (70% da população banca-

rizada) usam cartões Multicaixa.

BANCARIZAÇÃO CRESCE EM ANGOLA

SnEBa O BancáriO

A jornada comemorativa do

Dia do Trabalhador Bancá-

rio iniciou-se no dia 7 e ter-

minou no dia 17 de Agosto. Luanda

e Benguela foram as cidades que

mais actividades albergaram, no-

meadamente, mesa redonda, pa-

lestras, debates e actividades des-

portivas. As províncias do Huambo

e Namibe também assinalaram a

data com actividades de realce.

Os participantes do Dia do Trabalhador Bancário

comemoraram a data com actividades variadas.

Dia do trabalhador bancáriováRIAS ACTIvIDADES PROMOvIDAS PELO SINDICATO NACIONAL DOS EMPREGADOS BANCáRIOS

DE ANGOLA (SNEBA) MARCARAM A FESTIvIDADE DOS 38 ANOS DO TRABALHADOR BANCáRIO,

COMEMORADA NO DIA 14 DE AGOSTO.

Este ano, a comunidade bancária

benguelense chamou a si a res-

ponsabilidade de acolher o acto

central das comemorações do 38º

aniversário da Tomada da Banca,

facto que a direcção do sindicato

acedeu, tendo anuído ao programa

que, para o efeito, havia sido orga-

nizado pela comissão organizadora

local. Como pontapé de saída, rea-

lizou-se no dia 7 de Agosto, uma

mesa redonda sobre a tomada da

banca, evento que decorreu no Au-

ditório da Delegação Regional do

Banco Nacional de Angola, situada

na cidade do Lobito, com partici-

pação de Bancários no activo e na

situação de reforma bem como de

vários convidados.

No dia 9, na sala de conferências do

Hotel Luso, realizou-se a cerimónia

O BancáriO

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de abertura das actividades, acto

presidido pelo vice-governador da

província de Benguela para a esfera

política e social, Dr. Eliseu Epalanga,

em representação do governador

da província, Eng. Isaac Maria dos

Anjos, do vice-presidente do SNE-

BA, Dr. Filipe Makengo Segundo, do

delegado regional do BNA, Eng. Luís

Henriques, e do delegado provin-

cial do SNEBA , Humberto Jardim.

Neste dia, realizaram-se duas im-

portantes palestras, que tiveram

como brilhantes prelectores os Drs.

João Leão Peres (bancário e admi-

nistrador do BCI) e Paulo de Car-

valho (docente universitário), que

dissertaram sobre os temas “A Ban-

ca Ontem, Hoje e Amanhã, Perspec-

tivas Históricas e Económicas” e “A

Ética e Sigílo Profissional (bancá-

rio), respectivamente. Os Drs. José

Lopes (do BNA) e António Panguila

(escritor) foram os moderadores.

O ponto alto das festividades dos

bancários teve lugar no dia 14 de

Agosto, em Luanda, e contou com

a presença de destacados Execu-

tivos da Banca comercial, do Ban-

co Nacional de Angola, que se fez

representar pelo Dr. Manuel Antó-

nio, Administrador em representa-

ção do Dr. José de Lima Massano

Governador do BNA, do Presidente

de ABANC Senhor Amílcar Silva, de

destacados protagonistas do 14 de

Agosto, como é o caso do Dr. An-

tónio Inácio da Silva e outros, bem

como de outras entidades presen-

tes na comemoração.

A abertura da cerimónia coube

ao presidente do SNEBA, Sr. Patrí-

cio José da Costa, que destacou o

crescimento da banca e os desafios

dos bancários.

Três palestras, com os temas “A Im-

portância dos Acordos Colectivos

de Trabalho na Prevenção de Con-

flitos Laborais”, “O papel do Sindi-

cato na Sociedade” e “O Papel da

Banca na Sociedade”, também ani-

maram o dia do bancário.

O BancáriO

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Cerimónia da comemoração do 17º aniversário do SNEBA

SNEBAassinala 17º aniversárioO SINDICATO DOS EMPREGADOS BANCáRIOS DE ANGOLA CELEBROU, NO DIA 31 DE MAIO, O SEU DÉCIMO SÉTIMO ANIvERSáRIO COM A REALIzAÇÃO DE UM SEMINáRIO qUE CONTOU COM A PRESENÇA DE RESPONSávEIS DO BANCO NACIONAL DE ANGOLA, INSTITUIÇõES BANCáRIAS qUE OPERAM NO PAíS E ASSOCIADOS DO SNEBA.

O BancáriO

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A abertura do evento coube ao

presidente do SNEBA que, no seu

discurso, destacou o papel do sin-

dicato para o bem-estar de todos

os associados e da organização.

Segundo Patrício José da Costa, o

Sindicato Nacional dos Emprega-

dos Bancários de Angola é de âm-

bito nacional e internacional e tem

como principal objectivo a defesa

dos íntimos interesses profissionais,

económicos, sociais, morais e cultu-

rais dos seus associados.

Para isso, o SNEBA está a trabalhar

para a construção de um sindicato

forte e independente com a missão

de garantir a satisfação dos ban-

cários, criando serviços e outros

apoios que concorram para o seu

bem-estar social e cultural.

Para o presidente do Sindicato dos

Empregados Bancários de Ango-

la é importante trabalhar para o

permanente desenvolvimento da

consciência da classe dos trabalha-

dores bancários, criando condições

que levem à sua emancipação, no

contexto do desenvolvimento sin-

dical, e zelar pelos interesses dos

associados, por isso, a organiza-

ção empenha-se em representá-los

através de protocolos e convénios

colectivos de trabalho, exigindo o

seu rigor e justo cumprimento.

Duas palestras com os temas “O Papel do Sindicato dos Bancários no Sistema Financeiro Angolano” e “A Importância dos Acordos Colectivos de Trabalho na Prevenção de Conflitos Laborais”, apresentadas pelo Dr. António Joaquim Fortunato, animaram o dia.

São vários os objectivos a alcançar

pelo SNEBA e, de acordo com o seu

presidente, 2013 poderá marcar a

viragem do Sindicato que vai lan-

çar uma campanha de sensibiliza-

ção em grande escala entre os tra-

balhadores do sector bancário.

Para este ano, o SNEBA espera assi-

nar o acordo colectivo de trabalho

do sector bancário. O lançamen-

to da primeira pedra para a cons-

trução do serviço complementar

de saúde do sector, construção de

uma nova sede para o sindicato,

apresentação do relatório e contas

e a elaboração do estatuto do sin-

dicato da CPLP estão entre as ac-

ções a serem realizadas em 2013.

O evento, que teve lugar numa das

unidades hoteleiras do país, serviu

também para o SNEBA entregar os

novos cartões aos seus associados.

O programa das festividades do 17º

aniversário começou no dia 30 de

Maio com a reunião dos delegados

das províncias e terminou com um

almoço de confraternização entre

filiados, bancários e convidados, no

dia 31 de Maio, onde o corte do bolo

não foi esquecido.

O SNEBA, como sindicato, está filia-

do em outras organizações, como a

UNTA-central sindical, UNI-Global,

Uni-Finanças e OIT. É coordenador

do comité dos sindicatos bancários

da CPLP, tem acordos de coopera-

ção com congéneres do Brasil, Por-

tugal, Moçambique, Cabo verde e

São Tomé e Príncipe.

O BancáriO

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O SNEBA passa a pu-

blicar nas suas edições

e de forma reduzida,

estratos da “Lei Geral do

Trabalho” para sua maior

divulgação e conheci-

mento dos Associados.

Os seus direitos e asNormas regulamentadoras

É impor tant í s -

simo o cum-

primento da

legislação exis-

tente, como Normas Regu-

lamentadoras, do Ministé-

rio do Trabalho, que visam

a proteção dos ambientes

de trabalho. As principais

NRS ligadas ao trabalho

bancário são:

NR 5 - Comissão Interna

de Prevenção de Aciden-

tes (CIPA);

NR 7- Programa de Con-

trole Médico de Saúde

Ocupacional - PCMSO;

NR 9- Programa de Pre-

venção de Riscos Ambien-

tais - PPRA;

NR 17- Ergonomia, que

visa estabelecer parâ-

metros que permitam a

adaptação das condições

de trabalho às caracterís-

ticas psicofisiológicas dos

trabalhadores, de modo

a proporcionar o máximo

de conforto, segurança e

desempenho eficiente.

O Ministério da Saú-

de, através da Portaria

1339/1999, estabeleceu

uma lista de transtornos

mentais e do comporta-

mento relacionados ao

trabalho. Assim, caso o

quadro de desgaste evo-

lua para uma psicopato-

logia, o médico psiquiatra

deverá estabelecer a re-

lação do problema com

o trabalho; avaliar a ne-

cessidade de afastamento

do trabalho e solicitar a

emissão da CAT à empre-

sa. Feito isso o bancário

terá o direito de todos os

procedimentos previ-

denciários e trabalhistas

em decorrência de uma

doença relacionada ao

trabalho.

O Ministério da Saúde estabeleceu uma lista

de transtornos mentais e do comportamento

relacionados com trabalho.

O BancáriO

11

Liberdade sindicalMecanismos de controlo especiais

O primeiro é a Comissão de Inves-

tigação e de Conciliação, que

exige a aprovação dos governos

interessados. O procedimento seguido

por esta Comissão é semelhante ainda

à Comissão de Inquérito e os seus rela-

tórios são publicados. Até à data, foram

constituídas seis comissões desta natu-

reza.

O segundo órgão é o Comité da Liberda-

de Sindical. Este corte tripartido é nomea-

do pelo Conselho de Administração de

entre os seus próprios membros. Desde

a sua criação, o Comité da Liberdade Sin-

dical examinou 2150 processos relativos

a vários aspectos da liberdade sindical,

nomeadamente a detenção e desapa-

recimento de sindicalistas, interferência

nas actividades sindicais, legislação não

conforme com os princípios da liberdade

sindical, net, etc. Este comité reúne-se

anualmente em Março, Maio e Novembro.

Convenções Fundamentais da OIT

Para conhecimento dos filiados e empre-

gadores, transcrevemos algumas con-

venções que considerarmos importantes

para o domínio de todos. Porém, deve

dizer-se que algumas das convenções

se enquadram nos princípios dos direitos

fundamentais constantes da Constituição

de Republica de Angola, que, pela sua im-

portância, transcrevemos nesta edição do

periódico do SNEBA.

“Liberdade sindical e protecção do direito

sindical 1948”

Garante a todos os trabalhadores e em-

pregadores o direito de, sem autorização

prévia, constituírem organizações da sua

escolha e de nelas se filiarem e estabe-

lece um conjunto de garantias para livre

funcionamento dessas organizações sem

interferência das autoridades públicas.

“Direito de organização e de negociação

colectiva 1949”

Prevê a protecção contra actos de discri-

minação anti-sindical e a protecção das

organizações de trabalhadores e de em-

pregadores contra actos de ingerência de

umas em relação às outras, bem como

medidas destinadas a promover a nego-

ciação colectiva.

“Igualdade de remuneração, 1951”

Apela à igualdade de remuneração entre

homens e mulheres por um trabalho de

igual valor.

“Discriminação (emprego e profissão),

1958”

Apela à adopção de uma política nacio-

nal destinada a eliminar a discriminação

no acesso ao emprego, nas condições de

formação e de trabalho, com fundamen-

tos na raça, cor, sexo, religião, opinião

política, ascendência nacional ou origem

social, bem como a promover a igualda-

de de oportunidade e de tratamento em

matéria de emprego e de profissão.

EM 1950, a oit - oRGanização intERnacionaL do tRaBaLho, EStaBELEcEu uM PRocEdiMEnto ESPEciaL no

doMínio da LiBERdadE SindicaL, BaSEado naS quEixaS aPRESEntadaS PoR GovERnoS, PELaS oRGanizaçõES

dE EMPREGadoRES ou dE tRaBaLhadoRES contRa uM PaíS MEMBRo, MESMo quE EStE não tEnha Ratificado

aS convEnçõES EM cauSa. EStE PRocEdiMEnto é PoSSívEL PoRquE, ao adERiREM à oit, oS PaíSES MEMBRoS

coMPRoMEtEM-SE a RESPEitaR o PRincíPio da LiBERdadE dE aSSociação conSaGRado na PRóPRia conStituição

da oRGanização. o MEcaniSMo EStaBELEcido nEStE doMínio coMPoRta doiS óRGãoS diStintoS.

O BancáriO

O BANCáRIO

PropriedadeSNEBA - Sindicato Nacional dos

Empregados Bancários de Angola

R. Cerveira Pereira, 31-1º D - Luanda

Telefone: +244 223 72387

[email protected]

www.sneba.co.ao

EditorSNEBA - Sindicato Nacional dos

Empregados Bancários de Angola

Tiragem2000 exemplares

O lucro e o capital humano nas instituições

Para este crescimento concor-

rem muitos factores, com par-

ticular destaque para o capital

humano, factor chave para a susten-

tabilidade da banca. À semelhança

de outros países, o crescimento e

desenvolvimento da banca em An-

gola terá que ter no homem um dos

pilares centrais para aquilo que os

banqueiros pretendem das suas ins-

tituições.

Porque é o trabalhador que todos os

dias lida com público, ouve as suas

ansiedades e expectativas. Dá a cara

pelo banco. Efectua as operações.

Assume a instituição como sua.

Hoje o conhecimento que o trabalha-

dor coloca ao serviço da instituição

faz diferença. A nova ordem eco-

nómica determina que a qualidade

competitiva de uma empresa esteja

centrada no intelecto e na habilidade

de obter, disseminar e processar in-

formações eficientemente. De acom-

panhar o constante movimento dos

mercados, e, sobretudo, de gerar co-

nhecimento aplicado à inovação de

processos organizacionais

Mais do que o investimento e o lu-

cro de um banco, o capital humano

deve merecer a máxima atenção dos

banqueiros para o sucesso das suas

instituições. Apostando no desenvol-

vimento do trabalhador para que

Nesta edição...O SNEBA em São Paulo

SNEBA assina acordo para a

saúde

Dia do trabalhador bancário

SNEBA assinala 17º aniversário

Os seus direitos e as normas

regulamentadoras

este esteja capacitado e responder

satisfatoriamente com a dinâmica da

banca, que acelera em velocidade

de ponta, onde a tecnologia de infor-

mação ganha cada vez mais espaço.

Os trabalhadores geram mais rique-

za para as organizações através da

sua competência, sua atitude e ca-

pacidade inovadora. É a capacidade

de inovar que pode gerar mais-valia

para qualquer organização.

É o capital humano constituído de

conhecimento acumulado, habilida-

de e experiência para realizar ta-

refas do dia-a-dia que dá suporte à

organização para que esta seja mais

competitiva e bem-sucedida.

O crescimento da banca no país tem sido uma realidade desde a sua nacionalização em 1975.

A última década é a prova do desenvolvimento do sector bancário com o aumento significativo

do número de bancos comerciais e não, só a operarem no mercado.