O Caso Da Piramide Maddof

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O CASO DA PIRÂMIDE MADDOF

POR ALEXSANDRO REBELLO BONATTO

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Em outubro de 2008 a empresa a empresa administrada por MADDOF, a Bernard L. Maddof Investment Securities foi a vigésima-terceira entre os formadores de mercado da NASDAK e gerenciou em média cerca de 50 milhões de ações por dia.

Recebeu pedidos de intermediários on-line para algumas da maiores empresas americanas, como General Eletric e Citigroup.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 15 de dezembro de 2008.

Retrospecto

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Até 17 de novembro, a empresa tinha 17 bilhões de dólares em ativos segundo registros da National Association o Securities Dealers (NASD).

Pelo menos metade de seus clientes eram hedge funds e o restante eram bancos e pessoas ricas.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 15 de dezembro de 2008.

Retrospecto

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Madoff, que foi presidente da Nasdaq, a bolsa das empresas de tecnologia, oferecia retornos estáveis de 10% a 12% ao ano para o capital investido, independentemente dos altos e baixos do mercado.

Nem mesmo a crise econômica havia batido às suas portas: seus investimentos cresceram 5,6% até novembro, enquanto o valor de mercado das empresas nas quais ele supostamente investia tinha encolhido 37,7%.

Fonte: revista Veja de 24 de dezembro de 2008.

Retrospecto

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Curiosamente, o homem que liderou o extraordinário esquema fraudulento começou sua escalada financeira salvando vidas.

O americano Bernard Madoff acumulou dinheiro no verão de 1960, aos 22 anos, trabalhando como salva-vidas de piscina em um balneário próximo a Nova York. Juntou US$ 5 mil e abriu sua primeira corretora. Ninguém poderia imaginar que, 48 anos mais tarde, ele se tornaria o maior golpista da história.

Ele pagou fiança de US$ 10 milhões e ficará em prisão domiciliar. Se condenado, pode cumprir pena de até 20 anos e receber multa de US$ 5 milhões.

Fonte: revista Isto É de 24 de dezembro de 2008.

Retrospecto

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Madoff operava com uma mecânica semelhante às populares "pirâmides": os que aderem ao esquema por último, a base, remuneram os mais antigos, o topo, num ciclo permanente de lucros.

Todo o esquema desabou quando explodiu a crise financeira mundial e os investidores correram para sacar US$ 7 bilhões.

Mas - surpresa! - não havia dinheiro em caixa. A fraude é conhecida por "esquema Ponzi", uma referência a Charles Ponzi, que na década de 20 do século passado criou o golpe.

Fonte: revista Isto É de 24 de dezembro de 2008.

Como era a operação

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Fonte: revista Veja de 24 de dezembro de 2008.

Como era a operação

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O italiano Carlo Ponzi nasceu em Parma, em 1882, e aos 21 anos migrou para os Estados Unidos, onde virou Charles e trabalhou como garçom e lavador de pratos. Aos 35 anos, conseguiu um emprego de escriturário e, dois anos depois, montou uma pequena corretora, que garantia aos clientes ganhos de 50% do capital investido em 90 dias.

Era uma espécie de pirâmide na qual os da base (novatos) garantiam os lucros dos de cima (os investidores mais antigos). Logo havia filas de fregueses. Mas, do mesmo jeito que aconteceu com Bernard Madoff, a bolha estourou.

Os investidores perderam muito dinheiro, incluindo Ponzi, que começou aí sua decadência. Passou anos fugindo da polícia até ser preso no Texas e deportado para a Itália. Mussolini o empregou em uma estatal. De 1938 a 1942, representou a empresa no Rio de Janeiro, onde morreu, em 1949, esquecido por todos em um hospital de caridade.

Fonte: revista Isto É de 24 de dezembro de 2008.

O esquema Ponzi

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Em meados de novembro 2008 estourou um esquema envolvendo pelo menos 240 empresas na Colômbia.

Em 1997, o colapso dos esquemas de pirâmide na Albânia provocou prejuízos de 2 bilhões de dólares e gerou uma onda de anarquia que obrigou à intervenção de uma força de paz européia, sob comando da Itália.

Em 1994 foi a vez da Albânia. O colapso do esquema em 1997 causou uma revolta popular armada, e o presidente  Sali Berisha foi forçado a renunciar.

Até o Brasil entrou na "roda". Nos anos 80 no Rio de Janeiro funcionou um esquema que parecia uma ação entre amigos onde cada novo participante financiava os ganhos dos antigos.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 26 de dezembro de 2008.

Histórico do golpe no mundo

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Mais atrás, em 1720, a empresa de comércio britânica South Sea foi veículo para esquema semelhante, em que os rendimentos dos investidores eram todos garantidos pelos recursos captados com constantes emissões de novas ações. A crise teve enormes proporções em função do envolvimento de grande parte da população.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 26 de dezembro de 2008.

Histórico do golpe no mundo

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Como uma única pessoa foi capaz de manter por tanto tempo uma fraude desta proporção, produzindo informes mensais, demonstrativos fiscais anuais, confirmações de transações e transferências bancárias?

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 16 de dezembro de 2008.

Pergunta ainda sem resposta

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Segundo o presidente da Securities Exchange Commission (SEC), Christopher Cox, o órgão deixou de agir por quase uma década com relação à denúncias sobre a atuação de Maddof.

Denúncias que remontam de 1999 foram apresentadas à SEC, mas nenhuma investigação foi aberta.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 16 e 18 de dezembro de 2008.

Pergunta ainda sem resposta

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Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 06 de janeiro de 2009.

Já conforme o jornal Wall Street Journal, a empresa de Maddof foi examinada oito vezes em 16 anos pela própria SEC e por outros órgãos reguladores.

Bernard Maddof foi entrevistado duas vezes pela SEC, sem que nunca o órgão tenha se aproximado da descoberta da fraude.

Pergunta ainda sem resposta

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Muitos de seus investidores eram amigos de Maddof ou o conheciam através de clubes de campo e eventos de caridade.

A maior parte, no entanto, tinha confiado seu capital às empresas de consultoria que, por sua vez, repassavam seus fundos à Maddof, com a cobrança de uma taxa pelo serviço.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 16 de dezembro de 2008.

De quem era o dinheiro

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A pequena e desconhecida Friehling e Associates, com apenas três funcionários no estado de Nova York era responsável pela auditoria dos fundos de Maddof.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 22 de dezembro de 2008.

E quem eram os auditores?

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Suicidou-se no dia 23 de dezembro, em Nova York, um dos criadores do fundo Access International, que arrecadou dinheiro na Europa investir com Maddof.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 26 de dezembro de 2008.

Conseqüência trágica

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Fonte: revista Isto É Dinheiro de 24 de dezembro de 2008.

De quem era o dinheiro

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Fonte: revista Veja de 24 de dezembro de 2008.

De quem era o dinheiro

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O Santander anunciou que pode perder 3,1 bilhões de dólares através da sua empresa de fundos de hedge

O Royal Bank os Scotland (RBS) anunciou que pode perder 400 milhões de libras

O BBVA anunciou que pode perder 300 milhões de euros

O BNP Paribas estima exposição de 350 milhões de euros

O japonês Nomura anunciou perdas de 28 bilhões de ienes

O HSBC pode perder até 1 bilhão de dólares

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 16 de dezembro de 2008.

Perdas colossais

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Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 18 de dezembro de 2008.

Perdas colossais

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Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 22 de dezembro de 2008.

Perdas colossais

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Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 22 de dezembro de 2008.

Perdas colossais

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O principal canal de exposição brasileira os fundos de Maddof eram as aplicações feitas no Fairfield Sentry Fund, fundo da Fairfield Greenwich Group (FGG), que tinha como um dos sócios Walter Noel, casado com a brasileira Mônica, irmã do carioca de origem suíça Alex Haegler.

De acordo com o site da Fairfield o fundo tinha como representante no Brasil, Bianca Haegler, filha de Alex.

Os fundos sob gestão do FGG até o início de novembro eram de 14 bilhões de dólares, sendo que 7,5 bilhões estavam aplicados em fundos da gestora de Maddof.

Fonte: jornal Gazeta Mercantil de 18 de dezembro de 2008.

A conexão brasileira

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Fonte: revista Veja de 11 de novembro de 2008.

E se rir é o único remédio