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ACAP ASSOCIAÇÃO AUTOMÓVEL DE PORTUGAL AUTO INFORMA COMERCIALIZAÇÃO DE ESTUDOS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO SECTOR AUTOMÓVEL, UNIPESSOAL, LDA. O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL Lisboa 2008 ACAP – Avenida Torre de Belém, 29 – 1400-342 Lisboa Telefone: +351-213035300 Telefax: +351-213021474 e-mail: [email protected] http://www.acap.pt Auto Informa – Avenida Torre de Belém, 29 – 1400-342 Lisboa Telefone: +351-213035300 e-mail: [email protected] http://www.autoinforma.pt

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ACAP – ASSOCIAÇÃO AUTOMÓVEL DE PORTUGAL

AUTO INFORMA – COMERCIALIZAÇÃO DE ESTUDOS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NO SECTOR AUTOMÓVEL, UNIPESSOAL, LDA.

O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL

Lisboa 2008

ACAP – Avenida Torre de Belém, 29 – 1400-342 Lisboa Telefone: +351-213035300 Telefax: +351-213021474 e-mail: [email protected] http://www.acap.pt

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1 O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

ÍNDICE

1 A indústria automóvel no mundo 3

2 O comércio automóvel no mundo 7

3 A produção automóvel em Portugal 16

4 A fiscalidade automóvel 20

5 O comércio automóvel em Portugal 30

6 O comércio de ciclomotores e motociclos 62

7 O comércio de máquinas agrícolas 66

8 O comércio de máquinas industriais 75

9 O comércio de caravanas 83

10 O comércio de reboques e semi-reboques de carga 87

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3

Indústria Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

1 A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL NO MUNDO Os dados mais recentes publicados pela OICA sobre a produção automóvel registam, como se pode observar no quadro 1.1 e no gráfico 1.1, uma produção total de 73,101,695 veículos o que representa um acréscimo de 5.4 por cento, face ao ano anterior.

(Milhões)

2007 2006 % Var. 07/06

Veículos Ligeiros de Passageiros 53,042 49,982 6.1%

Veículos Comerciais 20,060 19,351 3.7%

Total Veículos Automóveis 73,102 69,334 5.4%

Fonte: VDA

Deste total, 53,041,983 foram veículos ligeiros de passageiros e 20,059,712 foram veículos comerciais o que significa um aumento de 6.1 por cento e de 3.7 por cento, respectivamente.

36 35 36 34 36 36 36 38 37 39 41 40 41 42

53 5550 53

12 12 13 1314 14 14

15 1516

17 18 19

910 19

20

16

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Milh

ões d

e ve

ículos

Passageiros Comerciais

Fonte: OICA

Relativamente à produção mundial por zonas geográficas, em 2007, como se pode observar no gráfico 1.2 e no quadro 1.2, a produção automóvel do conjunto da UE 27 (19,697 mil veículos automóveis) representou 26.9 por cento da produção mundial e cresceu 5.5 por cento, relativamente ao ano anterior.

Quadro 1.1 Produção Automóvel no Mundo

Gráfico 1.1 Produção Automóvel no Mundo

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4

Indústria Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

19,696,798 19,138,376

30,672,045

536,783

-5.8%

8.5%

0.2%

5.5%

0

5,000,000

10,000,000

15,000,000

20,000,000

25,000,000

30,000,000

35,000,000

EU 27 América Ásia-Oceania África-8.0%

-6.0%

-4.0%

-2.0%

0.0%

2.0%

4.0%

6.0%

8.0%

10.0%

var.

07/06

Fonte: OICA

Por sua vez, a produção automóvel no conjunto dos países da Ásia e Oceânia (30.7 milhões de veículos) cresceu 8.5 por cento, sendo que a produção na China (cerca de 8,9 milhões de veículos) manteve a tendência de forte crescimento (22 por cento).

(Milhares)

2007 2006 % Var. 07/06

Europa União Europeia (27) União Europeia (15)

22,754 19,697 16,702

21,396 18,676 16,284

6.3% 5.5% 2.6%

América Nafta América do Sul

19,138 15,454

3,684

19,099 15,909

3,190

0.2% -2.9% 15.5%

Ásia-Oceania Da qual o Japão Da qual a Coreia do Sul Da qual a China Da qual a Índia

30,672 11,596

4,086 8,882 2,307

28,268 11,484

3,840 7,278 2,017

8.5% 1%

6.4% 22%

14.4%

África 537 570 -5.8%

Total da Produção Mundial 73,102 69,334 5.4%

Fonte: OICA

Relativamente à produção automóvel do continente americano atingiu os 19,1 milhões de veículos o que significa um ligeiro acréscimo de 0.2 por cento, relativamente ao ano anterior.

Gráfico 1.2 Produção Automóvel no Mundo, em 2007

Quadro 1.2 Produção Automóvel no Mundo

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Indústria Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Ainda relativamente à distribuição geográfica da produção automóvel pelo Mundo, como se pode observar nos gráficos 1.3 e 1.4, a produção asiática representou 42 por cento da produção mundial, a América representou 26.2 por cento e a Europa representou 31.1 por cento. Quanto à produção automóvel na Europa (a 27) representou 26.9 por cento do total da produção mundial.

América26.2%

Ásia-Oceania42%

África0.7%

Europa31.1%

Fonte: OICA Com a excepção de África cuja produção automóvel baixou 5.8%, relativamente ao ano anterior, a produção nas restantes regiões do Mundo teve acréscimos que variaram entre os 14.8 por cento (no resto da Europa) e os 0.2 por cento (na América).

-5.8%

0.2%

8.5%14.8%

5.3%

0

5

10

15

20

25

30

35

UE-27 Resto da Europa América Ásia e Oceania África

Milh

ões d

e ve

ículos

-20.0%

-15.0%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

var.

07/06

2006 2007 Var. %

Fonte: OICA

Gráfico 1.3 Produção Automóvel no Mundo, em 2007

Gráfico 1.4 Produção de Veículos Ligeiros de Passageiros no Mundo, em 2007

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Indústria Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto à produção de veículos comerciais por tipos, como se pode verificar no gráfico 1.5, em todos se verificaram acréscimos de produção, sendo que a produção de comerciais ligeiros aumentou 3.4 por cento, a de pesados de mercadorias +3.6 por cento e a de autocarros +12.8 por cento.

15,597,799

3,307,633

445,999

16,131,117

3,425,387

503,208

0

2,00

0,00

0

4,00

0,00

0

6,00

0,00

0

8,00

0,00

0

10,0

00,0

00

12,0

00,0

00

14,0

00,0

00

16,0

00,0

00

18,0

00,0

00

Comerciais Ligeiros

Pesados de Mercadorias

Pesados Passageiros

2006 2007

Fonte: OICA

No que respeita o parque automóvel, segundo os dados da ACEA, na UE (15), em 2006, a maior fatia do parque de veículos ligeiros de passageiros é a do escalão etário mais baixo (36%) e cerca de 70 por cento do parque tem até 10 anos de idade, sendo que a idade média é de 8 anos, como se pode ver no gráfico 1.6. Fonte: ACEA

Os dados mais recentes divulgados pela ACEA referem que no final de 2006 nas estradas europeias andariam a circular mais de 250 milhões de veículos dos quais cerca de 10 por cento eram veículos novos. Por sua vez, a densidade automóvel por 1.000 habitantes era de 508 veículos na Europa Ocidental e de 186 veículos nos novos Estados Membros.

Gráfico 1.5 Produção de Veículos Comerciais no Mundo, em 2007

Gráfico 1.6 Parque de Ligeiros de Passageiros na EU (15) por escalões de idade

32%

32%36%

< ou = 5 anos

> 5 e < ou = 10 anos

> 10 anos

Idade Média: 8 anos

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Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

2 O COMÉRCIO AUTOMÓVEL NO MUNDO 2.1 Evolução da economia no mundo e na União Europeia em 2007 Segundo as projecções macroeconómicas da Comissão Europeia para o período 2007-2009, como se pode verificar no quadro 2.1, embora com uma desaceleração, a expansão da economia mundial terá continuado em 2007. A área de maior crescimento continua a ser a Ásia (com a excepção do Japão), sendo que a China deverá continuar a manter taxas de crescimento do PIB de dois dígitos.

Para 2008, a economia dos EUA deverá abrandar, a do Japão deverá estabilizar e a da China deverá abrandar ligeiramente, embora continuando a registar um fortíssimo dinamismo. Nos próximos dois anos o abrandamento da economia dos EUA será devido à diminuição do investimento em habitação.

Relativamente à União Europeia (a 27) a economia registou, em 2007, um crescimento de 2.9 por cento, prevendo-se a continuação de uma desaceleração em 2008 para 2.4 por cento e uma estabilização em 2009.

PIB a preços constantes (variação anual em %) Países

2006 2007 2008 2009

Alemanha 2.9 2.5 2.1 2.2

França 2.0 1.9 2.0 1.8

Itália 1.8 1.5 1.4 1.6

Espanha 3.9 3.8 3.0 2.3

Reino Unido 2.9 3.1 2.2 2.5

Área do Euro 2.8 2.6 2.2 2.1

EU (27) 3.0 2.9 2.4 2.4

EUA 2.9 2.1 1.7 2.6

Japão 2.2 1.9 1.9 2.3

China 11.1 11.2 10.3 9.9

Economia Mundial 5.4 5.1 4.7 4.8

Fonte: CE, Previsões de Outono 2007

Relativamente à evolução da economia na Zona Euro, em 2007 cresceu 2.6 por cento prevendo-se uma desaceleração em 2008 (+2.2 por cento) e uma nova desaceleração em 2009 onde deverá crescer 2.1 por cento. Esta situação deve-se a perturbações ocorridas nos mercados financeiros que originaram uma maior incerteza e condições de financiamento mais restritivas.

Quanto à actividade económica na União Europeia (a 27) em 2007, como se pode observar no quadro 2.2, os principais indicadores económicos indicam a referida desaceleração relativamente ao ano anterior, sendo que apesar

Quadro 2.1 Taxa de crescimento do PIB

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Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

de tudo o crescimento previsto para o PIB (2.9 por cento) continua a ser um dos mais elevados dos últimos sete anos.

Os principais contributos para esta evolução do PIB foram dados pelo consumo privado, que cresceu 2.3 por cento, e pelo investimento, que cresceu 5.6 por cento.

No que respeita o mercado de trabalho, desde 2004 que a taxa de desemprego tem vindo a diminuir. Em 2007 foi de 7.1 por cento e prevê-se que continue a desacelerar nos dois próximos anos.

Relativamente ao emprego, em 2007 deverá ter crescido 1.5 por cento na UE (27) e terão sido criados 3.6 milhões de postos de trabalho. Nos próximos dois anos as previsões apontam uma desaceleração do crescimento do emprego, no entanto, a CE estima que serão criados mais 4.5 milhões de postos de trabalho.

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Consumo Privado 2.2 1.7 2.2 2.3 2.4 2.2

Consumo Público 1.5 1.7 2.0 2.0 2.0 1.9

Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) 3.2 3.0 5.9 5.6 3.5 3.4

Exportações 7.3 5.5 8.7 6.3 5.8 5.8

Procura Global 3.7 2.9 4.6 3.9 3.5 3.5

Importações 7.4 5.9 8.7 6.3 6.1 5.8

PIB 2.5 1.8 3.0 2.9 2.4 2.4

Défice Público (% PIB) -2.8 -2.4 -1.6 -1.1 -1.2 -1.1

Dívida das A P’s (% PIB) 62.1 62.7 61.4 59.5 58.3 57.0

Taxa de inflação (IHPC) 2.3 2.3 2.3 2.3 2.4 2.2

Taxa de desemprego 9.1 8.9 8.2 7.1 6.8 6.6

Emprego 0.6 0.8 1.5 1.5 0.9 0.8

A P’s – Administrações Públicas Fonte: Previsões do Outono da CE

2.2 O mercado de veículos automóveis no mundo e na União Europeia em 2007

Segundo os últimos dados disponíveis da VDA (associação alemã dos construtores de automóveis), em 2007, as vendas mundiais de veículos automóveis terão ascendido a cerca de 62.8 milhões de veículos o que representa um crescimento de 3 por cento, relativamente ao ano anterior.

Quadro 2.2 Principais Indicadores Económicos da UE (27)Taxas de variação em volume

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9

Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Japão7.3%

China10.7%

Índia2.1%

Outros 22.0%

Brasil2.9%

Europa (27)28.2%

EUA26.3%

Argentina0.6%

Fonte: VDA e ACEA

Por regiões do mundo, as vendas de veículos ligeiros nos EUA ascenderam a 16.5 milhões de veículos o que representa uma quebra de 2.6 por cento, face ao ano anterior, e 26.3 por cento das vendas mundiais. No Japão foram vendidos 4.6 milhões de veículos, ou seja, uma quebra de 2 por cento face ao ano anterior.

Por sua vez, no Brasil e na Argentina as vendas de veículos ligeiros ascenderam a 1.8 milhões e a 433 mil veículos, respectivamente, o que significa que registaram acréscimos de 13 e 15 por cento, respectivamente. Também, na China as vendas continuam a crescer fortemente (6.7 milhões de veículos e um acréscimo de mais de 26 por cento). Igualmente, na Índia o mercado de veículos ligeiros cresceu 15 por cento em 2007 (1.3 milhões de veículos).

No que respeita o mercado europeu, em 2007, segundo os dados da ACEA, foram vendidos na EU (27) 17,7 milhões de veículos ligeiros o que representa, relativamente ao ano anterior, um acréscimo de 1.6 por cento e 28.2 por cento das vendas mundiais. O fraco crescimento deste mercado foi condicionado pelo arrefecimento da procura privada na maioria dos países que se deveu, essencialmente, aos acentuados aumentos do preço do petróleo, à perda de poder de compra e a alterações nos impostos.

No conjunto da UE (15) com os países da EFTA o total das vendas de veículos ligeiros ascendeu a 16,8 milhões, ou seja, um ligeiro acréscimo de 0.8 por cento, face ao ano anterior.

Gráfico 2.1 Vendas de Veículos Automóveis no Mundo, em 2007 Repartição por regiões

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10

Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Gráfico 2.2 Vendas de Veículos Ligeiros de Passageiros na UE (27)(*), em 2007

15.1%

6.0%

21.7%

24.6%

39.9%

29.0%

-6.6%

22.3%

12.2%

21.9%

2.6%

8.9%

-1.0%4.3%

7.0%

1.7%

6.5%

5.1%

4.2%

-8.1%

3.5%

-11.7%

-0.5%

1.1%

-2.5%

0

500,000

1,000,000

1,500,000

2,000,000

2,500,000

3,000,000

3,500,000

4,000,000

Austria

Bélgica

Dinam

arca

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Irlanda

Itália

Luxemburgo

Holanda

Portugal

Espanha

Suécia

Reino U

nido

Bulgária

Rep. C

heca

Estónia

Hungria

Letónia

Lituânia

Polónia

Rom

énia

Eslováquia

Eslovénia

-20.0%

-10.0%

0.0%

10.0%

20.0%

30.0%

40.0%

50.0%

var.

07/0

6

(*) - Dados de Malta e Chipre, como habitualmente, não disponíveis. Fonte: ACEA/2005.

No conjunto da UE, como se pode constatar no gráfico 2.2, verificou-se que dezanove países apresentaram um crescimento positivo do mercado que variou entre os 39.9 por cento (Lituânia) e os 1.1 por cento (Bélgica). Nos restantes países verificaram-se decréscimos que variaram entre os -11.7 por cento (Finlândia) e os -0.5 por cento (Dinamarca). Relativamente à evolução das vendas nos maiores mercados da UE, temos que em Itália o mercado cresceu 7,5% devido, essencialmente, ao aumento dos incentivos governamentais à troca de carro e que na Alemanha baixou 8.1 por cento, em especial, devido à alteração do IVA. Gráfico 2.3 Peso dos comerciais ligeiros nas vendas de ligeiros, em 2007

21%19% 18%

17%16%

15% 14% 13% 13% 12% 12% 12% 11%10% 10% 10% 10% 9% 9% 8%

7%

12%

6%

28%

25%27%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

30.0%

Eslováquia

Dinamarca

Portugal

Bulgária

Irlanda

França

Lituânia

Polónia

Espanha

Holanda

Estónia

Suécia

Reino Unido

Finlândia

Hungria

Bélgica

Rep. Checa

Roménia

Letónia

Austria

Eslovénia

Itália

Grécia

Alemanha

Luxemburgo

Total UE27

Fonte: ACEA

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Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Relativamente ao peso dos veículos comerciais ligeiros nas vendas de veí-culos ligeiros nos 27 países membros da UE (exceptuam-se Chipre e Malta que não têm dados disponíveis), conforme se pode ver no gráfico 2.3, a Eslováquia é o país em que essa percentagem é maior (28 por cento), seguindo-se-lhe a Dinamarca, com 27 por cento, e Portugal, com 25 por cento. Por sua vez, o Luxemburgo e a Alemanha são os países em que esta percentagem é menor, com 6 e 7 por cento, respectivamente.

Relativamente ao mercado europeu de veículos ligeiros de passageiros em 2007, foram vendidos na EU (27) 15.6 milhões de veículos o que representa um acréscimo de 1 por cento, relativamente ao ano anterior. Conforme se pode observar no gráfico 2.4, verificaram-se acréscimos de vendas em dezanove países que variaram entre os 51.8 por cento (Lituânia) e os 1 por cento (Eslováquia e Luxemburgo).

Gráfico 2.4 Vendas de Veículos Ligeiros de Passageiros na UE (27)(*), em 2007

-3.4%

-0.3%3.2%

-13.7%

3.2%

-9.2%

4.5%

4.5%

7.2%

1.0%

4.5%

3.7%-1.2%

8.5%

2.5%

26.4%

11.3%

21.9%

-8.5%

28.1%

51.8%

22.7%23.1%

1.0%

15.3%

0

500,000

1,000,000

1,500,000

2,000,000

2,500,000

3,000,000

3,500,000

Austria

Bélgica

Dinam

arca

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Irlanda

Itália

Luxemburgo

Holanda

Portugal

Espanha

Suécia

Reino U

nido

Bulgária

Rep. C

heca

Estónia

Hungria

Letónia

Lituânia

Polónia

Rom

énia

Eslováquia

Eslovénia

-20.0%

-10.0%

0.0%

10.0%

20.0%

30.0%

40.0%

50.0%

60.0%

var.

07/0

6

(*) - Dados de Malta e Chipre, como habitualmente, não disponíveis. Fonte: ACEA Nos restantes países verificaram-se decréscimos que variaram entre os -13.7 por cento (Finlândia) e os -0.3 por cento (Bélgica). Relativamente à evolução das vendas de ligeiros de passageiros nos maiores mercados da UE, temos que em Itália o mercado cresceu 7,2% devido, essencialmente, ao aumento dos incentivos governamentais à troca de carro Nos restantes países verificaram-se decréscimos que variaram entre os -11.7 por cento (Finlândia) e os -0.5 por cento (Dinamarca). Relativamente à evolução das vendas nos maiores mercados da UE, temos que em Itália o mercado cresceu 7,5% devido, essencialmente, ao aumento dos incentivos governamentais à troca de carro e que na Alemanha baixou 9.2 por cento.

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12

Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Construtor 2005 % Mercado

BMW 849,891 5.3%

DAIMLER 826,595 5.2%

FIAT 1,251,531 7.8%

FORD 1,708,510 10.7%

GM 1,635,765 10.2%

JAPAN 2,336,257 14.6%

KOREA 600,255 3.8%

MAN 170 0.0%

MG ROVER 316 0.0%

Grupo PSA 2,050,523 12.8%

RENAULT 1,382,858 8.6%

Grupo VW 3,170,235 19.8%

OUTROS 190,842 1.2%

TOTAL 16,003,748 100.0%

Fonte: ACEA

Relativamente às vendas de veículos ligeiros de passageiros por fabricante, conforme se pode ver no quadro 2.3, em 2007 o grupo Volkswagen foi o que vendeu mais veículos tendo tido uma quota de mercado de 19.8 por cento. Seguiram-se-lhe os fabricantes japoneses, com 14.6 por cento de quota de mercado, e o grupo PSA, com 12.8 por cento.

Relativamente à cilindrada média dos ligeiros de passageiros na Europa Ocidental em 2007, conforme se pode ver no gráfico 2.5, foi de 1,740 cm3. Na UE (15) foi de 1,734 cm3. Em Portugal, a cilindrada média foi de 1,559 cm3 e só tem atrás de si a Itália, com 1,558 cm3 e a Grécia, com 1,548 cm3. A Suíça, o Luxemburgo e a Suécia são os países com a cilindrada média mais elevada, com 1,981 cm3, 1,970cm3 e 1,964 cm3, respectivamente.

Ainda, relativamente ao mercado na Europa ocidental de veículos ligeiros de passageiros por tipo de combustível, no gráfico 2.6 pode observar-se a proporção dos veículos diesel no total das vendas em 2007. O Luxemburgo é o país onde o peso dos diesel continua a ser o maior (77.2 por cento) e a Grécia é aquele em que este peso, também, continua a ser o menor (2.9 por cento).

Quadro 2.3 Vendas de ligeiros de passageiros por construtor

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13

Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

1,970

1,964

1,851

1,818

1,784

1,777

1,765

1,723

1,703

1,680

1,651

1,637

1,559

1,558

1,863

1,548

1,981

1,740

1,734

1,400 1,500 1,600 1,700 1,800 1,900 2,000 2,100

Suíça

Luxemburgo

Suécia

Alemanha

Finlândia

Noruega

Espanha

Reino Unido

Áustria

Bélgica

Holanda

França

Dinamarca

Irlanda

Portugal

Itália

Grécia

UE (15)

Europa W

Fonte: ACEA

77.2%

77.0%

74.4%

73.9%

70.9%

69.3%

59.0%

55.8%

47.8%

40.1%

38.4%

34.7%

32.1%

28.3%

27.1%

2.9%

28.4%

53.3%

53.6%

0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0% 70.0% 80.0% 90.0%

Luxemburgo

Bélgica

Noruega

França

Espanha

Portugal

Áustria

Itália

Alemanha

Reino Unido

Dinamarca

Suécia

Suíça

Finlândia

Holanda

Irlanda

Grécia

UE (15)

Europa W

Fonte: ACEA

Gráfico 2.5 Cilindrada média na Europa Ocidental, em 2007 Veículos ligeiros de passageiros

Gráfico 2.6 Proporção dos veículos ligeiros de passageiros diesel, em 2007, na Europa Ocidental

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14

Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Portugal, com uma proporção de 69.3 por cento de veículos ligeiros de pas-sageiros diesel, está acima da média de 53.6 por cento da UE (15) e da Europa Ocidental (53.3%).

No que respeita o mercado de veículos comerciais ligeiros em 2007, conforme se pode ver no gráfico 2.7, os dados da ACEA referem que este mercado na UE (27) teve um crescimento de 6 por cento, relativamente ao ano anterior, atingindo um total de cerca de 2 milhões de veículos vendidos.

Gráfico 2.7 Vendas de Veículos Comerciais Ligeiros na UE (27) (*) Ano de 2007

0.2%3.4%

12.5%

21.1%

10.6%

35.6%

0.4%

37.7%

9.3%

25.0%20.7%

7.4%11.6%

0.5%

6.1%

26.0%

13.3%8.0%

1.2%

12.3%

4.8%

5.7%

-9.1%

12.6%

6.4%

0

50,000

100,000

150,000

200,000

250,000

300,000

350,000

400,000

450,000

500,000

Àustria

Bélgica

Dinam

arca

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Irlanda

Itália

Luxemburgo

Holanda

Portugal

Espanha

Suécia

Reino U

nido

Bulgária

Rep. C

heca

Estónia

Hungria

Letónia

Lituânia

Polónia

Rom

énia

Eslováquia

Eslovénia

-20.0%

-10.0%

0.0%

10.0%

20.0%

30.0%

40.0%

(*) - Dados de Malta e Chipre, como habitualmente, não disponíveis. Fonte: ACEA Gráfico 2.8 Vendas de Veículos Comerciais Pesados na UE (27) (*) Ano de 2007

5.1%-1.7%

-7.6%

10.3%9.1%

16.7% 13.2%

7.0%-0.3%

17.4%

-8.5%

14.5%

6.4%

1.6% -8.5%

21.3%

14.8%

47.8%

60.9%

54.6%

77.2%

17.1%

30.2%

0

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

Áustria

Bélgica

Dinamarca

Finlândia

França

Alemanha

Grécia

Irlanda

Itália

Luxemburgo

Holanda

Portugal

Espanha

Suécia

Reino Unido

Rep. Checa

Estónia

Letónia

Lituânia

Polónia

Roménia

Eslováquia

Eslovénia

-20.0%

-10.0%

0.0%

10.0%

20.0%

30.0%

40.0%

50.0%

60.0%

70.0%

80.0%

90.0%

var.

07/06

(*) - Dados de Malta e Chipre, como habitualmente, não disponíveis. Fonte: ACEA

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15

Comércio Automóvel no Mundo

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Com a excepção da Dinamarca cujo mercado baixou 9.1 por cento, nos restantes países registaram-se crescimentos das vendas que variaram entre os 0.2 por cento (Itália) e os 37.7 por cento (Letónia).

No que respeita as vendas de veículos pesados na UE (27), conforme se pode ver no gráfico 2.8, em 2007 elas cifraram-se num total de 467 mil veículos o que representa um crescimento 6.8 por cento, relativamente ao ano anterior. Verificaram-se decréscimos das vendas em cinco países e que variaram entre os -0.3 por cento em França e os -8.5 por cento na Irlanda e no Reino Unido. Nos restantes países o mercado apresentou variações positivas que variaram entre os 1.6 por cento na Suécia e os 77.2 por cento na Roménia.

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16

Produção Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

3 A PRODUÇÃO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL Em 2007, como se pode observar nos gráficos 3.1 e 3.2, foram produzidos em Portugal 176,242 veículos o que corresponde a um decréscimo de 22.5%, relativamente ao mesmo período do ano anterior. Por tipo de veículos, foram produzidos 134,047 veículos ligeiros de passageiros (-6.6% do que no ano anterior), 36,056 veículos comerciais ligeiros (-54.1%) e 6,139 veículos pesados (+14.2%).

181,388186,996

178,509

177,357

182,573

165,576

150,781

137,602

143,478

134,047

85,243

60,826

63,69059,466

65,09571,323

73,21879,079

78,472

36,056

4,399 4,468 4,525 2,896 3,164 2,462 2,729 4,379 5,375 6,1390

20,000

40,000

60,000

80,000

100,000

120,000

140,000

160,000

180,000

200,000

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Ligeiros de Passageiros Comerciais Ligeiros Pesados

Fonte: ACAP O decréscimo da produção automóvel no ano 2007 foi determinado pelo encerramento no final do ano 2006 da fábrica da GM Portugal. Se não entrarmos em linha de conta com a produção da GM no ano anterior, a produção das marcas remanescentes registou um acréscimo acumulado de 14.2%.

-22.5%

2.8%

-2.5%-5.3%-4.6%

4.6%

-2.8%-2.2%

-6.9%

1.4%

0

50,000

100,000

150,000

200,000

250,000

300,000

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Unida

des

-25.0%

-20.0%

-15.0%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

Var.

%

Fonte: ACAP

Gráfico 3.1 Produção de Veículos Automóveis em Portugal

Gráfico 3.2 Produção de Veículos Automóveis em Portugal

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17

Produção Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Relativamente à produção por fábrica, como se pode ver no quadro 3.1 e no gráfico 3.3, em 2007 todas as linhas de produção registaram acréscimos compreendidos entre os 12 por cento (Peugeot Citroën) e os 43.1 por cento (V. N. Automóveis).

Total

Unidades 2007 % 2007/2006

Total-Geral 176,242 -22.5

Exportação 171,023 -22.1

Mercado interno 5,219 -33.6

Autoeuropa 93,609 14.4

Peugeot Citroën 64,064 12.0

Mitsubishi Fuso Truck Europe 10,478 13.1

Toyota Caetano 4,923 28.5

V. N. Automóveis 3,168 43.1

Fonte: ACAP Com o encerramento da GM Portugal no final de 2007, durante o ano 2007, estiveram a operar em Portugal cinco fábricas de automóveis. A Autoeuropa, a produzir veículos ligeiros de passageiros das marcas VW, Ford e Seat.

0 20 40 60 80 100

Auto Europa

Peugeot Citroën

Mitsubishi Fuso Truck Europe

Toyota Caetano

V. N. Automóveis

Ligeiros de Passageiros Comerciais

Fonte: ACAP

A Peugeot Citroën, a produzir veículos ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros das marcas Peugeot e Citroën. A Mitsubishi Fuso Trucks Europe, a produzir veículos comerciais ligeiros e pesados da marca Mitsubishi. A Toyota Caetano a produzir veículos comerciais ligeiros e pesados da marca Toyota. E a V. N. Automóveis, a produzir veículos comerciais ligeiros e pesados da marca Isuzu.

Quadro 3.1 Produção de Veículos Automóveis em Portugal Por fábrica

Gráfico 3.3 Produção por Fábrica em 2007

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18

Produção Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quadro 3.2 Produção de veículos automóveis em Portugal, em 2007

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fábricas 9 8 7 7 6 6 5 5 5 5 6 6 5

Produção 158,895 233,132 267,163 271,030 252,290 246,724 239,719 250,832 239,361 226,728 221,060 227,325 176,242

Exportação 122,927 195,372 227,998 241,018 225,675 224,530 222,545 237,571 230,949 219,200 212,242 219,469 171,023

Vendas 271,701 306,734 322,430 374,618 407,679 418,869 361,465 310,823 263,154 274,195 278,470 265,174 276,606

Fonte: ACAP

Quadro 3.3 Produção de veículos automóveis em Portugal, em 2007

Fonte: ACAP

Nos quadros 3.2 e 3.3 podem observar-se, igualmente, o enquadramento e a produção automóvel em Portugal por fábrica, respectiva localização e por tipo de veículo.

Do total de veículos produzidos em Portugal em 2007, como se pode constatar no gráfico 3.4, destinaram-se ao mercado externo 97% dos veículos (171 023), isto é, menos 22.1 por cento do que o número de unidades exportadas no ano anterior.

Ligeiros de Passageiros

Comerciais Ligeiros

Comerciais Pesados Fábricas Localização

Marca Modelo Marca Modelo Marca Modelo

Palmela Ford Galaxy

Volkswagen

Volkswagen

Sharan

Eos

1. Autoeuropa

Seat Alhambra

Mangualde Citroën Berlingo Citroën Berlingo 2. Peugeot Citroën

Peugeot Partner Peugeot Partner

3. Toyota Caetano

Ovar Toyota Dyna

Hiace

Toyota Dyna

Coaster

4. V. N. Automóveis Vendas Isuzu Isuzu

5. Mitsubishi Fuso Truck Europe Tramagal Mitsubishi Canter Mitsubishi Canter

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19

Produção Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Gráfico 3.4 Produção de Veículos em Portugal em 2007 Por mercado

Exportação97%

Mercado interno3%

Fonte: ACAP

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20

Fiscalidade Automóvel

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

4 A FISCALIDADE AUTOMÓVEL 4.1 Resumo da Reforma Fiscal Em 1 de Julho de 2007 entrou em vigor a Lei que introduziu uma importante reforma global da tributação automóvel em Portugal, designadamente, o Código do Imposto sobre Veículos e o Código do Imposto Único de Circulação, sendo abolidos, em simultâneo, o Imposto Automóvel, o Imposto Municipal sobre Veículos, o Imposto de Circulação e o Imposto de Camionagem.

Esta reforma, no que diz respeito ao imposto de matrícula, vem aprofundar uma alteração que já havia sido iniciada em 1 de Julho de 2006 e que consistiu na introdução de uma componente ambiental na tabela do Imposto Automóvel (IA). Com efeito, nessa data a receita gerada com a tabela incidente sobre as emissões de CO2 passou a ter um peso de 10% no total da receita gerada em sede de IA.

A reforma fiscal de 1 de Julho de 2007 apresentou as seguintes alterações relevantes:

Aumento do peso das emissões de dióxido de carbono (CO2) na base de tributação do Imposto Sobre Veículos (que substituiu o IA), para 30%, de 1 de Julho de 2007 a 31 de Dezembro de 2007, e para 60%, desde de 1 de Janeiro de 2008.

Deslocação de uma parte da carga fiscal do imposto devido pela aquisição do automóvel para a fase da circulação, e que, teoricamente, deveria representar 10% da receita.

A base de incidência do ISV passou a incluir igualmente os motociclos, triciclos e quadriciclos, bem como as autocaravanas, sujeitando pela primeira vez estes veículos a imposto de aquisição.

Numa primeira fase, que decorrerá até 2009, existirão duas tabelas do ISV incidentes sobre veículos ligeiros: a tabela A, com taxas incidentes sobre a cilindrada e as emissões de CO2, aplicável aos ligeiros de passageiros; e a tabela B, com taxas incidentes apenas sobre a cilindrada, a aplicar aos veículos ligeiros de mercadorias. Quando as homologações destes últimos passarem a integrar os valores das emissões de CO2, também serão tributados com a componente ambiental, o que, segundo o Governo, será possível a partir de 1 de Janeiro de 2009.

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21

Fiscalidade Automóvel

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

3

Repartição da receita total de ISV: aumento da componente ambiental

01-07-2006

90%

10%

01-07-2007

30%

70%

CO2 Cm3

01-07-2008 ou 01-01-2008?

60%

40%

1 Julho 2006 1 Julho 2007 1 Janeiro 2008

Portugal

Fonte: ACAP Foi, ainda, atribuído um benefício fiscal de 500 euros para veículos a gasóleo com emissões de partículas abaixo de 0.005g/km.

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22

Fiscalidade Automóvel

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Relativamente ao ISV, foram criadas três tabelas distintas quanto à incidência do imposto e que são ilustradas no gráfico abaixo.

12

TABELA BVeículos ligeiros de mercadorias,

mistos e autocaravanas

Cilindrada

100% da receita

Automóveis ligeiros de

passageiros e mistos

TABELA A

Cilindrada

70% da receita

CO2

30% da receita

TABELA C

Motociclos, triciclos e

quadriciclos

Cilindrada

100% da receita

Tabelas de ISV – Imposto sobre Veículos

INCIDÊNCIA

BASE TRIBUTÁVEL

IMPO

STO

DE

MAT

RÍC

ULA

Fonte: ACAP

Foi igualmente criado o Imposto Único de Circulação, que substituiu o Imposto Municipal sobre Veículos, o Imposto de Circulação e o Imposto de Camionagem. Este novo imposto passou a ser aplicável a veículos novos matriculados após 1 de Julho de 2007. Por outro lado, o IUC passou a ser aplicado a partir de Janeiro de 2008 ao parque em circulação referente a veículos matriculados antes de 1 de Julho de 2007, mas mantendo-se os níveis de tributação vigentes anteriormente.

O facto gerador do IUC passou a ser a propriedade, pelo que os veículos matriculados em Portugal, mesmo que não circulem na via pública, passaram a pagar imposto anualmente, até serem abatidos num centro de destruição autorizado.

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23

Fiscalidade Automóvel

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

4.2 Imposto Sobre Veículos 4.2.1 Automóveis Ligeiros de Passageiros

A reforma fiscal que entrou em vigor em Julho de 2007 não só aumentou o peso da componente ambiental na estrutura do imposto de matrícula, agora chamado ISV em vez de IA, como deslocou parte da carga fiscal deste imposto para o imposto de circulação (IUC). Como resultado deste duplo movimento, em média, o imposto baixou 8% em relação à situação anterior.

Outro aspecto importante nesta reforma é que se procurou beneficiar os veículos a gasolina, em detrimento dos diesel, uma vez que, em média, o ISV dos automóveis movidos a gasolina diminuiu 20.8%, enquanto que o dos diesel apenas baixou 4.9%.

Nos vários escalões de CO2 definidos para cada uma das tabelas verificaram-se, em média, diminuições do imposto, excepto no escalão superior dos veículos diesel (acima de 180 g/km), em que se registou um forte acréscimo de 18.2%. Como implicações deste escalonamento, os veículos todo-o-terreno, a gasóleo, ficaram fortemente prejudicados com esta reforma fiscal. Por outro lado, alguns furgões de passageiros, com peso bruto elevado e, consequentemente, emissões elevadas de CO2, também saíram prejudicados.

Esta situação também pode ser vista no gráfico da página seguinte, em que se procede a uma análise por segmentos. Refira-se que, em geral, quanto mais elevado for o segmento dos veículos, mais elevadas são as respectivas emissões médias de CO2, o que se deve não só ao facto da cilindrada média ser mais elevada mas, sobretudo, por a sua tara ser mais elevada. Esta associação também pode ser vista sob o prisma do consumo. Aliás, encontramos uma associação muito forte entre consumos e emissões de CO2.

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24

Fiscalidade Automóvel

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

27

Variação da carga fiscal ISV vs. IA por segmentoAutomóveis Ligeiros de Passageiros

-30.5%

-24.0%

-14.6%

4.9% 5.6%

21.4%

-8.0%-3.5% -2.5%

A B C D E F G H Total

A – EconómicoB – InferiorC – Médio – InferiorD – Médio – Superior

E – SuperiorF – LuxoG – SUVH - Monovolume

Fonte: ACAP

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Em termos de impacto nos preços médios de venda ao público da introdução do ISV em 1 de Julho de 2007,relativamente à situação anterior em que vigorava o IA, a situação é ilustrada pelo gráfico seguinte:

33

ISV versus IA

Ligeiros de passageiros - Impacto nos Preços de Venda ao Público

-1.3%

-2.1%

-4.4% Gasolina

Diesel

Total

Nota: Variação média mantendo invariáveis os restantes factores que intervêm na formação dos preços de venda ao público, designafdamente, os preços base e o mix de mercado.

Fonte: ACAP

4.2.2 Automóveis ligeiros de utilização mista com lotação igual a 9 lugares

Foi aplicada uma taxa intermédia, correspondente a 50% do imposto resultante da aplicação da tabela A aos automóveis ligeiros de utilização mista com lotação igual a 9 lugares, incluindo o do condutor.

Estes veículos passaram a estar sujeitos a uma taxa de 50% da tabela A, enquanto que anteriormente estavam sujeitos à tabela VI do IA, que representava 60% da antiga tabela I deste imposto, antes de esta incluir a componente ambiental. Recorda-se que a tabela VI do IA não possuía componente ambiental. Assim, em virtude da base tributável destes veículos passar a incluir as emissões de CO2, combinado com um forte aumento da progressividade do imposto nos veículos diesel, teve como consequência um aumento da carga fiscal nesta categoria de veículos.

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Tabela A do ISV – Imposto sobre Veículos

TABELA A

Taxa Normal

100%

Taxa Intermédia

50%

1. Ligeiros de Passageiros2. Mistos p.b. < 2.500 kg ou

lotação < 7 lugares

1. Mistos p.b. > 2.500 kg e lot. > 72. Veículos exclusiv. GPL ou GNC*3. Híbridos

* - Na componente ambiental aplicam-se as taxas correspondentes à tabela dos veículos a gasolina.

Base Tributável:Cm3 e CO2

Fonte: ACAP

4.2.3 Monovolumes com 7 ou mais lugares

Têm um enquadramento fiscal igual ao dos automóveis ligeiros de utilização mista com lotação igual a 9 lugares. No entanto, o facto de não possuírem níveis tão elevados de emissões de CO2 quanto estes últimos, não os penalizou após a introdução da reforma fiscal.

4.2.4 Veículos ligeiros de mercadorias

Os veículos de mercadorias não sofreram qualquer alteração em termos de base tributável, uma vez que a tabela B do ISV não possui componente ambiental. Verificaram-se, sim, ajustamentos em matéria de taxas que afectaram algumas categorias dentro do mercado.

ou lotação 4x4

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Tabela B do ISV – Imposto sobre VeículosTABELA B

Taxa Reduzida

10%

Taxa Intermédia

30%

1. Ligeiros de mercadorias de caixa fechada c/ lotação <3 lugares e altura caixa < 1,20 m.

2. Automóveis ligeiros de mercadorias de caixa fechada, lotação < 3 lugares e tracção 4x4.

Taxa Intermédia

50%

1. Ligeiros de mercadorias, de caixa aberta ou sem caixa, lotação > 3 lugares, tracção 4x4 e p.b. < 3.500 kg.

1. Ligeiros Mistos de p.b. > 2.300 kg, com comprimento caixa de carga > 1,45 m e altura caixa >1,30 m, com antepara inamovível e tracção 4x2.

2. Ligeiros de mercadorias, de caixa aberta ou sem caixa, lotação > 3 lugares, tracção 4x2 e p.b. < 3.500 kg.

3. Autocaravanas

Base Tributável:Cm3

Fonte: ACAP

4.2.4.1 Antigos Derivados

Os automóveis ligeiros de mercadorias, de caixa fechada, com lotação máxima de 3 lugares, incluindo o do condutor, e altura interior da caixa de carga, inferior a 120 cm, também foram penalizados com a presente reforma fiscal, uma vez que passam a pagar 50% da tabela B, enquanto que antes pagavam o equivalente a 40%, tendo-se verificado um agravamento da carga fiscal de cerca de 25%. O facto dos modelos de passageiros de onde derivam terem, em grande número, baixado o ISV a pagar, tornou estes veículos menos atractivos para muitos consumidores o que teve um importante impacto negativo neste mercado.

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4.2.4.2 Pick-up’s e Chassis-cabinas

Os chassis-cabinas e as pick-up’s de lotação superior a três lugares e com peso bruto igual a 3,500 kg com tracção às quatro rodas passam a estar sujeitos a uma taxa de 30% (anteriormente estavam isentos).

Uma possibilidade aberta na lei, permitia que os veículos de exactamente 3,500 kg de peso bruto com tracção 4x4 beneficiassem de uma isenção total de imposto, à semelhança da situação prevista para os veículos de lotação até três lugares.

4.2.5 Autocaravanas

Até à reforma fiscal as autocaravanas estavam isentas de IA, tendo passado a ser tributadas com 10% da tabela B.

4.2.6 Veículos importados usados

Uma alteração introduzida pela reforma fiscal foi a criação de mais um escalão na tabela de reduções do imposto em função dos anos de uso. Foi estabelecida uma redução do ISV para veículos com idades compreendidas entre 6 meses e 1 ano desde a data da sua primeira matrícula.

46

ISV - Taxas Tabela D

Reduções nos veículos importados usados :

10%20%

28%35%

43%52%

60%65% 70% 75%

80%

0.5-1 1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 6-7 7-8 8-9 9-10 +10

Ida de (a nos)

Novo escalão.

Fonte: ACAP

Novo escalão

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Por outro lado, os veículos fabricados antes de 1970, independentemente da sua proveniência, passaram a ser tributados pela tabela B, considerando as reduções decorrentes dos anos de uso mencionadas na respectiva tabela (tabela D).

4.3 Imposto Único de Circulação O IUC extinguiu o IMV, o Impostos de Circulação e o Imposto de Camionagem.

O facto gerador do novo imposto é constituído pela propriedade do veículo, tal como atestada pela matrícula ou registo em território nacional.

São sujeitos passivos do IUC os proprietários dos veículos, considerando-se como tais as pessoas singulares ou colectivas, em nome dos quais os mesmos se encontrem registados.

Neste novo enquadramento, o imposto é devido independentemente dos veículos se encontrarem a circular, bastando, para o efeito, existir um proprietário.

Foram criadas diversas categorias de A a G, consoante o tipo de veículo. No entanto, a incidência é a mesma nas categorias A e B, sendo que a categoria A foi criada para manter os veículos matriculados até à entrada da nova reforma fiscal nos níveis tributários anteriores.

Os veículos da categoria B, ou seja, os automóveis ligeiros de passageiros e mistos de peso bruto inferior a 2,500, à imagem do ISV, possuem uma tabela ambiental que complementa a tabela aplicável à cilindrada. Todavia, não existe diferenciação entre a tributação dos veículos a gasolina e a gasóleo.

Os veículos da categoria B sofreram um acréscimo muito significativo em termos de carga fiscal. A ACAP estimou que a diminuição do ISV é compensada pelo aumento do IUC ao fim de apenas 5.5 anos de tributação.

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5 O COMÉRCIO AUTOMÓVEL EM PORTUGAL 5.1 Enquadramento económico

Em 2007, segundo as últimas estimativas do Banco de Portugal registadas no quadro 5.1, a economia portuguesa terá crescido 1.9 por cento o que representa uma aceleração, relativamente ao ano anterior.

Este crescimento foi caracterizado por uma melhoria do contributo da procura interna (+1.3% em 2007, face a +0.2% no ano anterior) determinada, essencialmente, pela aceleração do investimento (2.6% em 2007, face a -1.8% no ano anterior). Quanto ao contributo da procura externa, embora tenha sido positivo (+0.6%), desacelerou em relação ao ano anterior em consequência da significativa desaceleração das exportações que passaram de um crescimento de 9.1 por cento, em 2006, para 7 por cento, em 2007.

Apesar da variação do PIB se manter pelo sexto ano consecutivo abaixo da média da área do euro, deverá verificar-se um estreitamento do diferencial em 2007.

2005 2006 2007 (*) 2008 (**) 2009 (**)

Consumo privado 1.7 1.2 1.2 1.1 1.6

Consumo público 1.9 -0.7 0.0 0.0 0.4

Investimento (FBCF) -2.6 -1.8 2.6 3.3 3.1

Procura Interna 0.6 0.2 1.2 1.4 1.6

Exportações 1.0 9.1 7.0 4.9 6.0

Importações 1.6 4.3 4.1 2.9 3.7

PIB 0.4 1.2 1.9 2.0 2.3

Balança corrente e de capital (% PIB) -8.1 -8.6 -8.2 -7.3 -6.4

Contributo da Procura Interna (%) 0.7 0.2 1.3 1.5 1.8

Contributo da Procura Externa Líquida (%) -0.3 1.0 0.6 0.5 0.5

Taxa de inflação 2.2 3.1 2.5 2.5 2.1

Taxa de desemprego 7.6 7.7 8.0 – –

(*) Estimativa. (**) Previsão. Fonte: BP – Banco de Portugal em “ Boletim Económico do Inverno 2006”. Em termos do indicador de sentimento económico em 2007, os seus valores situaram-se acima dos registados no ano anterior, como se pode observar no gráfico 5.1.

Quadro 5.1 Principais Indicadores Económicos Portugal Taxas de variação em volume

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Por sectores de actividade, como se pode observar no gráfico 5.2, os indicadores de confiança dos empresários terminaram o ano de forma diferenciada: melhoraram no comércio e serviços, estabilizaram na indústria e pioraram na construção.

No que respeita ao Consumo, o consumo público teve um crescimento nulo enquanto que o consumo privado, a componente com maior peso no PIB, cresceu 1.2 por cento, ou seja, uma taxa idêntica à que tinha registado no ano anterior.

A variação do consumo privado terá sido inferior à do rendimento disponível real das famílias o que significa uma variação positiva da taxa de poupança e que poderá indiciar que a taxa de poupança tenha interrompido a

Gráfico 5.1 PIB e Sentimento Económico Gráfico 5.2 Indicadores de Confiança

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tendência decrescente que vinha a registar desde 2003, como se pode observar no gráfico 5.3.

Fonte: Banco de Portugal A moderação das despesas de consumo das famílias está a ser determinada, fundamentalmente, pelo aumento da taxa de desemprego, pela subida gradual das taxas de juro (entre Dez.2005 e Jun.2007 as taxas de referência do BCE aumentaram 2 p.p.), que agravam os encargos da dívida num contexto em que o endividamento das famílias é elevado, pelo agravamento da carga fiscal, nomeadamente, dos impostos indirectos e, ainda, pela recente maior restrição nas condições de acesso ao crédito. Também a evolução do indicador de confiança dos consumidores é determinante do comportamento do consumo privado e, como se pode verificar no gráfico 5.4, este indicador degradou-se ao longo de todo o segundo semestre do ano.

Gráfico 5.3 Consumo, Rendimento Disponível e Taxa de Poupança Taxa de variação em volume Gráfico 5.4 Indicador de Confiança dos Consumidores Oportunidade para Aquisição de Bens Duradouros

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No gráfico 5.5 pode-se observar a evolução do consumo privado em Portugal e na zona Euro ao longo do ano 2007 e constatar que nos dois últimos anos o diferencial entre o nosso crescimento e o daquela zona foi negativo. A evolução do consumo privado em Portugal, em 2007, foi caracterizada por um significativo abrandamento do consumo de bens não duradouros e por um forte crescimento do consumo de bens duradouros. Este último, por sua vez, sofreu a influência da evolução das compras de veículos automóveis na sequência das alterações ocorridas em 2007 na fiscalidade automóvel e do programa de incentivos ao abate de veículos.

Fonte: Banco de Portugal

Relativamente à despesa da administração pública continuou a estar restringida pela política de correcção do desequilíbrio orçamental consignada no PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) e, em 2007, o défice público deverá ter ficado próximo dos 3 por cento do PIB, portanto, abaixo da meta de 3.7 por cento anteriormente proposta pelo Governo. O défice global provisório do Estado, segundo a Direcção Geral do Orçamento, foi de 5,236 milhões de euros, menos 1,904 milhões de euros do que no ano anterior. Em termos da execução orçamental do Estado que contribuiu para esta melhoria é de salientar o aumento de 9.2 por cento da receita fiscal, que resultou dos aumentos de 17.2 por cento dos impostos directos e de 4.1 por cento dos impostos indirectos.

Gráfico 5.5 Taxa de crescimento do consumo privado

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Fonte: Banco de Portugal

Relativamente ao investimento (FBCF) terá tido um crescimento de 2.6 por cento, relativamente ao ano anterior, o qual se deveu ao acréscimo do investimento do sector empresarial visto que o investimento da Administração Pública e o das famílias em habitação terão registado um crescimento nulo. No gráfico 5.6 pode-se observar a evolução dos contributos das componentes sectoriais para o crescimento do investimento.

O crescimento do investimento em 2007, após as quedas verificadas nos últimos anos em que, entre 2002 e 2007, a queda acumulada do investimento se cifrou em 19 por cento, é uma consequência da forte aceleração da componente relativa a “Máquinas e equipamentos” e do contributo muito menos negativo do investimento em “Construção”, como se pode observar no gráfico 5.7.

DECOMPOSIÇÃO DA VARIAÇÃO REAL DA FBCF Contributos, em pontos percentuais

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Em

pon

tos

perc

entu

ais

ConstruçãoMáquinas e equipamentosMaterial de transporteOutrosFBCF (taxa de variação real, em percentagem)

Fontes: INE e Banco de Portugal.

Gráfico 5.6 Decomposição da FBCF Contributos para a taxa de crescimento (em p.p.)

Gráfico 5.7 Decomposição da variação real da FBCFContributos, em pontos percentuais

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No que respeita às Exportações, embora tenham desacelerado em 2007 ter-se-ão mantido como a componente mais dinâmica do PIB, com um crescimento de 7 por cento, relativamente ao ano anterior, e continuaram a crescer a um ritmo superior ao das importações. Esta taxa de crescimento registada em 2007 é, significativamente, superior à média dos últimos cinco anos (+4.6%) sendo que é esperado um ganho de quota nos mercados de destino dos nossos produtos, superior ao verificado em 2006 e que continua a contrariar, portanto, a perda de competitividade das exportações portuguesas no mercado internacional que ocorreu entre 2004 e 2005 onde tínhamos tido uma perda de quota de mercado superior a 9 pontos percentuais.

Em termos de perfil das nossas exportações, em 2007, verificou-se um menor dinamismo das exportações de mercadorias e a manutenção de um crescimento elevado das exportações de turismo e serviços, nomeadamente, de transporte e técnico-profissionais.

Por grupos de produtos, o que contribuiu mais significativamente para o crescimento do total das exportações foi o grupo “Máquinas” cujas exportações cresceram 13.5 por cento e deram um contributo de 27.3 por cento, seguido pelo grupo “Minérios e Metais” cujas exportações cresceram 15.5 por cento e deram um contributo de16.4 por cento, e pelo grupo “Agro-alimentares” cujas exportações cresceram 14.6 por cento e deram um contributo de 13.3 por cento. O único grupo de produtos que teve uma variação negativa das suas exportações foi o “Energéticos” com um decréscimo de 9.9 por cento, face ao ano anterior.

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Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Fonte: GEE - Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia e Inovação

Os países de destino onde as nossas exportações cresceram mais (na ordem dos dois dígitos) foram Angola (+41.1%), Rússia (+35.4%), Alemanha (+14.2%) e França (+10.5 por cento). Por sua vez, os mercados de destino com maior peso e que, portanto, mais contribuíram para o aumento das nossas exportações, como se pode verificar no gráfico 5.8, foram Espanha (+32.4%), Alemanha (18.8%), Angola (+14.4%) e França (+13.6%).

Relativamente às Importações, deverão ter um acréscimo de 4.1 por cento o que significa uma desaceleração face ao ano anterior. Esta evolução resultou da desaceleração das importações de serviços visto que as importações de mercadorias se terão mantido estáveis. Cerca de 75 por cento das nossas importações são provenientes da UE-27, sendo a Espanha, a Alemanha, a França e a Itália os principais países fornecedores com, respectivamente, 30.7 por cento, 13.1 por cento e 8.4 por cento do total das importações. Os restantes 25 por cento são provenientes de países terceiros entre os quais, têm maior destaque, o Brasil, a China, os Estados Unidos e a Nigéria.

Gráfico 5.8 Taxas de crescimento das exportações por mercados de destino e respectivos contributos para o aumento das exportações Janeiro a Outubro 2007

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Por grupos de produtos, os que tiveram maior peso foram o grupo “Máquinas” (19.4 por cento do total), os “Químicos” (13.8 por cento) e os “Energéticos” (13.7 por cento). Os grupos de produtos que, no entanto, mais contribuíram para o crescimento das importações foram o dos “Agro-Alimentares”, o das “Máquinas” e o dos “Minérios e Metais”.

Quanto ao saldo da Balança Corrente e de Capital, deverá ter ocorrido um desagravamento do défice que deverá ter passado de -8.6 por cento do PIB, em 2006, para -8.2 por cento, em 2007. Esta redução das necessidades de financiamento da economia portuguesa foi determinada pela melhoria do saldo da balança de bens e serviços que mais do que compensou o agravamento do défice da balança de rendimentos o qual, por sua vez, resultou do aumento das taxas de juro e da degradação da posição do investimento internacional da economia portuguesa.

No que respeita à taxa de inflação, em 2007, deverá situar-se em 2.5% (3.1% em 2006) reflectindo, em grande parte, a desaceleração dos preços dos bens energéticos, bem como dos custos unitários do trabalho (devido essencialmente ao maior crescimento da produtividade) e dos preços de importação de bens de consumo. Relativamente ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (utilizado em comparações internacionais), situou-se nos 2.4 por cento e, como se pode observar no gráfico 5.9, pela primeira vez desde Dezembro de 2005, temos que o diferencial da inflação homóloga de Portugal face à média da zona euro foi negativo, ou seja, Portugal está com valores inferiores aos da média daqueles países.

Quanto ao mercado de trabalho em 2007, em média, a taxa de desemprego foi de 8 por cento o que representa um acréscimo de 0.3 pontos percentuais face ao ano anterior. A população desempregada cifrou-se em cerca de 448.6 mil pessoas o que significa um acréscimo de 4.9 por cento em relação ao ano anterior. Por regiões do país, conforme se pode observar no quadro 5.2, o Norte é a região com uma taxa de desemprego média anual mais elevada (9.4%), seguida de Lisboa (8.9%) e do Alentejo (8.4%).

Gráfico 5.9 Índice Harmonizado de Preços no ConsumidorVariação homóloga, em percentagem

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Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

4ºT - 2006 3ºT - 2007 4ºT - 2007 2006 2007

Portugal 8.2 7.9 7.8 7.7 8.0

Norte 9.7 9.5 9.1 8.9 9.4

Centro 5.8 5.1 5.7 5.5 5.6

Lisboa 8.9 9.2 8.4 8.5 8.9

Alentejo 9.3 7.3 7.8 9.2 8.4

Algarve 6.1 5.9 7.1 5.5 6.7

R. A. Açores 4.0 3.9 4.9 3.8 4.3

R. A. Madeira 5.8 6.8 7.0 5.4 6.8 Fonte: INE, Estatísticas do Emprego – 4º Trimestre de 2007.

Quanto ao emprego, no último trimestre de 2007 a população empregada cifrava-se num total de cerca de 5,188 pessoas o que representa um acréscimo de 0.9 por cento relativamente ao trimestre homólogo do ano anterior. Em termos de média anual em 2007, a taxa de emprego situou-se em 57.6 por cento, ou seja, desceu 0.1 pontos percentuais face ao ano anterior o que representa um acréscimo. 5.2 O mercado automóvel em Portugal em 2007 5.2.1 A distribuição automóvel em Portugal

A distribuição de veículos automóveis em Portugal é assegurada por vários tipos de empresas:

Importadores com capital maioritária ou exclusivamente nacional – Como por exemplo, a SIVA, o grupo Salvador Caetano, o grupo Entreposto, a Auto-Sueco, o grupo Santogal, etc.

e

Filiais de empresas multinacionais – Como exemplo, a Renault Portugal, a General Motors Portugal, a Peugeot Portugal, a Automóveis Citroën, a Mercedes-Benz Portugal, Mitsubishi Motors Portugal, Seat Portugal, etc.

Durante o ano 2007 encontravam-se a operar em Portugal 9 empresas distribuidoras, exclusivamente, de veículos ligeiros de passageiros, 7 empresas distribuidoras, exclusivamente, de veículos comerciais e 21 empresas distribuidoras de ambos os tipos de veículos o que perfaz um total de 37 empresas. Estas empresas operam através de uma rede de concessionários representantes legais de marca e de agentes, num total que estimamos superior a 1.200, que asseguram a distribuição de automóveis novos em Portugal.

Quadro 5.2 Taxas de Desemprego por Região NUTS II (NUTS-2002)

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Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

No quadro 5.3, podemos observar as empresas e/ou grupos distribuidores e as respectivas marcas representadas, em 2007, em Portugal.

Grupo/Empresa Marca

Renault Portugal Renault

General Motors Portugal Opel

Siva

Volkswagen Audi Skoda Bentley Lamborghini

Peugeot Portugal Peugeot

Automóveis Citroën Citroën

Ford Lusitana Ford

Grupo Salvador Caetano: – Toyota Caetano – Lusilectra

Caetano Lexus Toyota Tata

Mercedes-Benz Portugal

Mercedes Iribus Maybach Smart

Seat Portugal Seat

Fiat Auto Portuguesa

Fiat Alfa Romeo Lancia

BMW Portugal BMW Mini

Mitsubishi Motors Portugal Mitsubishi

Honda Portugal Honda

Grupo Entreposto: – Entreposto V.H. – Subaru Portugal

Hyundai Subaru

Volvo Car Portugal Volvo (Ligeiros)

Mazda Portugal Mazda

Chevrolet Portugal (Grupo GM) Chevrolet

Grupo Bergé: – Imotors – Chry Portugal – M.C.K. – Ssangyong Portugal

Isuzu Chrysler Dodge Jeep Kia Ssangyong

Cimpomóvel Veículos Ligeiros Saab Suzuki

Cimpomóvel Veículos Pesados Scania

Quadro 5.3 Distribuidores Grossistas de Veículos Automóveis em Portugal, em 2007

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Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Grupo/Empresa Marca

Iveco Iveco

Jaguar Land Rover Portugal Land Rover Jaguar

Jaguar Automóveis Aston Martin Lotus

MAN MAN

Renault Trucks Portugal Renault

Evicar Daf

Semasa Daihatsu

Porsche Ibérica Porsche

Grupo Santogal: – Viauto

Ferrari Maserati

Cadillac Europe Cadillac

Nissan Ibéria Nissan

Auto Sueco Volvo (Pesados)

Fonte: ACAP

Para além dos grupos grossistas, a evolução do mercado automóvel nacio-nal e o aumento da profissionalização da gestão das empresas retalhistas do sector, tiveram como consequência a formação de importantes grupos no sector retalhista, alguns deles de dimensão europeia.

Os principais grupos retalhistas multimarca independentes a operar em Portugal são o grupo Santogal, Auto-Industrial, Fernando Simão, Sorel, M. Coutinho, Entreposto Comercial, SIVA e Lena.

5.2.2 O Mercado de Veículos Automóveis Novos

O mercado de veículos automóveis em Portugal encerrou o ano de 2007 com um crescimento global, relativamente ao ano anterior, que se cifrou em 4.3 por cento, como se pode observar no quadro 5.4.

Relativamente ao mercado dos veículos ligeiros, cresceu 4.3 por cento. Por sua vez, o mercado dos veículos pesados teve um acréscimo de 6.4 por cento.

Quadro 5.3 Distribuidores Grossistas de Veículos Automóveis em Portugal, em 2007 (Continuação)

Page 41: O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL · Ásia-Oceania Da qual o Japão Da qual a Coreia do Sul Da qual a China Da qual a Índia 30,672 11,596 4,086 8,882 2,307 28,268

41

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Unidades Var. (%) 07/06

Veículos Ligeiros de Passageiros 201,816 3.7%

Veículos Comerciais Ligeiros 68,421 6.1%

Veículos Ligeiros 270,237 4.3%

Veículos Pesados 6,369 6.4%

Total Veículos Automóveis 276,606 4.3%

Fonte: ACAP

No início de 2007 existia uma grande expectativa em torno do resultado final do mercado de ligeiros para a totalidade do ano, uma vez que a reforma da fiscalidade automóvel iria provocar alterações significativas nos impostos incidentes sobre o automóvel a partir de 1 de Julho. Por outro lado, existia uma forte possibilidade de se verificarem novas alterações em 1 de Janeiro de 2008, o que poderia ter importantes reflexos na evolução do mercado nos meses finais de 2007.

Neste quadro, a ACAP efectuou uma previsão no início de 2007 de um crescimento de 1.5% para o mercado de ligeiros para a totalidade do ano, acabando o resultado final das vendas por se situar acima do previsto (+4.3%), tendo-se cifrado esse acréscimo em 7,176 veículos.

Ora, em nossa opinião, o acréscimo do mercado acima da previsão efectuada pelo Sector é, essencialmente, explicado pelo sucesso do programa de incentivos ao abate em 2007 (um acréscimo de 11,000 unidades, face a 2007) e não pela reforma fiscal. Esta última poderá ter tido, essencialmente, um efeito de alteração do mix de vendas do mercado, ou seja, um efeito de substituição e não de criação de novo mercado.

295260 229

192 200 206 195 202

115

9477

67 69 67 64 68

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

LP CL

Fonte: ACAP

Quadro 5.4 Vendas de Veículos Automóveis em 2007 PORTUGAL

Gráfico 5.10 Vendas de Veículos Ligeiros em Portugal

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42

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

No que respeita às vendas de veículos ligeiros, no ano de 2007, como se pode observar no quadro 5.4 e no gráfico 5.10, foram vendidos em Portugal cerca de 270,237 veículos dos quais 201,816 foram veículos ligeiros de passageiros e 68,421 foram veículos comerciais ligeiros o que significa, relativamente ao ano anterior, acréscimos de 3.7 por cento e de 6.1 por cento, respectivamente.

Pela análise do gráfico 5.11, verifica-se que o mercado de veículos ligeiros entre o ano 2000 e o ano 2007 caiu 34.3 por cento.

273

355

411

- 34.3%

Liberalização das importações

268

270

Fonte: ACAP

Em termos de unidades, como se pode verificar no gráfico 5.12, foram vendidos menos 90,272 veículos ligeiros de passageiros e menos 50,021 veículos comerciais ligeiros. No total foram vendidos menos 140,293 veículos ligeiros.

295,490

115,040

410,530

68,421

201,816

270,237

LP CL Total de Ligeiros

2000 2007

-88,129

-52,164

-140,293

Fonte: ACAP

Quadro 5.11 Vendas de Automóveis Ligeiros em Portugal

Gráfico 5.12 Vendas de Automóveis Ligeiros em Portugal entre os anos 2000 e 2007

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

1999

1998

1997

1996

1995

1994

1993

1992

1991

1990

1989

1988

1987

1986

1985

1984

1983

1982

1981

1980

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43

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto ao ranking das dez marcas mais vendidas de veículos ligeiros em 2007, como se pode observar no gráfico 5.13, a Renault aparece em primeiro lugar com 35,007 veículos ligeiros vendidos, com um ligeiro acréscimo de vendas de 0.1 por cento, relativamente ao ano anterior, e uma quota de mercado de 13 por cento. Seguem-se-lhe a Opel, com 30,787 unidades vendidas, um acréscimo de vendas de 7.2 por cento e uma quota de 11.4 por cento e, em terceiro lugar, vem a Peugeot com 24,042 veículos ligeiros vendidos, um decréscimo das vendas de 9.2 por cento e uma quota de mercado de 8.9 por cento.

-15.0%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%0 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 40,000

Unidades vendidas

% va

riaçã

o 05/0

4

Fonte: ACAP

Veículos ligeiros de passageiros

No ano 2007, como se pode verificar no gráfico 5.14, as vendas de veículos ligeiros de passageiros cifraram-se em 201,816 unidades o que significa um acréscimo de 3.7 por cento, relativamente ao ano anterior.

As três marcas de veículos ligeiros de passageiros mais vendidas no nosso país, em 2007, como se pode observar no quadro 5.5, foram a Renault, a Opel e a Peugeot as quais se mantêm nos três primeiros lugares há vários anos.

Gráfico 5.13 Vendas de veículos ligeiros em Portugal As 10 marcas mais vendidas versus crescimento das vendas, em 2007

CitroënToyota

BMW Mercedes

Seat

Volkswagen

Opel

Ford Renault

Peugeot

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44

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

289,945

255,210

228,574

192,308 200,241 206,488

194,702

201,816

0

50,000

100,000

150,000

200,000

250,000

300,000

350,000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: ACAP

Em 2007 estas três marcas representaram 31.4 por cento do mercado total. A posição que assumem poderá ser explicada pela gama alargada de modelos que têm vindo a colocar no mercado a qual vai do segmento eco-nómico ao segmento superior.

Importa, ainda, referir que a percentagem das dez marcas mais vendidas em relação ao total do mercado se tem vindo a reforçar e, embora com uma desaceleração, em 2007 situou-se em 73.3 por cento.

2003 2004 2005 2006 2007

1. Renault 27,656 30,796 28,173 26,292 24,539

4. Opel 17,706 20,758 24,772 20,061 21,722

2. Peugeot 22,272 20,868 20,644 19,311 17,102

3.Volkswagen 18,305 17,520 15,124 15,645 15,881

4. Citroën 14,891 14,436 15,414 13,542 15,459

8. Ford 9,449 11,649 13,521 13,616 14,371

7.Toyota 9,837 9,080 10,707 12,21 12,085

9. Seat 5,641 7,216 7,685 9,046 10,005

8. BMW 4,554 5,345 8,117 8,441 9,062

10. Mercedes-Benz 7,779 8,090 7,285 7,168 7,630

Total Top 10 138,09 145,758 151,442 145,332 147,856

Total do Mercado 192,308 200,241 206,488 194,702 201,816

% Top 10 no Mercado Total 71.8% 72.8% 73.3% 74.6% 73.3%

Fonte: ACAP

Gráfico 5.14 Vendas de veículos ligeiros de passageiros em Portugal Quadro 5.5 As 10 marcas de veículos ligeiros de passageiros mais vendidas, em 2007

Page 45: O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL · Ásia-Oceania Da qual o Japão Da qual a Coreia do Sul Da qual a China Da qual a Índia 30,672 11,596 4,086 8,882 2,307 28,268

45

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto aos três modelos de veículos ligeiros de passageiros mais vendidos em Portugal em 2007, como se pode observar no quadro 5.6, foram o Renault Mégane II, o Opel Astra e o Opel Corsa com quotas de mercado de 5.3 por cento, de 5.1 por cento e de 4.5 por cento, respectivamente. O grupo dos dez modelos mais vendidos em Portugal representou 35 por cento do mercado total de veículos ligeiros de passageiros.

Fonte: ACAP

Relativamente às vendas de veículos ligeiros de passageiros por segmentos, pode verificar-se no gráfico 5.15 que o mercado é dominado pelos segmentos C-Médio Inferior e B-Inferior ambos com 33% de quota de mercado e que em 2007 representaram em conjunto 66% por cento do total do mercado. Seguem-se-lhes o segmento D (Médio Superior) com 12 por cento do total do mercado.

Fonte: ACAP

Modelos Volume % Mercado

1. Renault Megane II 10,709 5.3%

2. Opel Astra 10,368 5.1%

3. Opel Corsa 9,165 4.5%

4. Renault Clio III 8,915 4.4%

5. Peugeot 207 6,818 3.4%

6. Ford Focus 5,587 2.8%

7. Seat Ibiza 4,950 2.5%

8. Volkwagen Polo 4,913 2.4%

9. Peugeot 307 4,652 2.3%

10. Fiat Grande Punto 4,593 2.3%

Total Top 10 70,670 35%

Total do Mercado 201,816 100%

A - Económico5%

B - Inferior33%

C - Médio-Inferior33%

D - Médio-Superior12%

E - Superior2%

F - Luxo1%

G - SUV4%

H - Monovolumes10%

Quadro 5.6 Modelos mais vendidos de ligeiros de passageiros, em 2007

Gráfico 5.15 Vendas de Ligeiros de Passageiros por Segmentos, em 2007

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46

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto à evolução das vendas de veículos ligeiros de passageiros por tipo de combustível, constata-se no gráfico 5.16 que as vendas de veículos ligeiros de passageiros diesel continuam a aumentar significativamente. Em 2007, do total de veículos ligeiros de passageiros vendidos 69 por cento são diesel. É, ainda, de salientar que os veículos híbridos já representam 1% do mercado.

35%46%

57%64% 65% 69%

65%54%

43%36% 35% 30%

1.0%0.4%0.4%

0.2%

0.1%

0.0%

2002 2003 2004 2005 2006 2007

Diesel Hibrido Gasolina

Fonte: ACAP

Como se observa no quadro 5.7, apenas, nos segmentos A (Económico) e B (Inferior) o peso dos veículos a gasolina continua a ser superior ao dos veículos diesel.

Fonte: ACAP

Gráfico 5.16 Vendas de Ligeiros de Passageiros por Tipo de Combustível, em 2007

Quadro 5.7 Vendas de automóveis ligeiros de passageiros Peso em % por segmento e combustível – Ano de 2007

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47

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto às vendas dos ligeiros de passageiros por tipo de carroçaria, como se pode observar no gráfico 5.17, as berlinas de 5 portas tiveram um peso no total das vendas em 2007 de 46.6 por cento, seguindo-se-lhes as carrinhas (station wagons ou breaks), com 19 por cento do mercado.

Fonte: ACAP

No gráfico 5.18 podemos observar as vendas de ligeiros de passageiros por cilindrada em 2007. Conforme se pode ver, 43.3 por cento das vendas situaram-se no escalão de cilindrada que vai até aos 1400cc (-3.7 pontos percentuais do que no ano anterior). Cerca de 50 por cento do mercado situou-se entre os 1400 e os 2000cc de cilindrada e os escalões acima dos 2000cc representaram 6.7 por cento do mercado (-2.3 pontos percentuais do que no ano anterior). A cilindrada média em 2007 foi de 1,560cm3.

43.3%

26.4%

3.3%

20.4%

4.1%

2.6%

Até 1,400cc

De 1,401 a 1,600

De 1,601 a 1,800

De 1,801 a 2,000

De 2,001 a 2,500

Mais de 2,500 cc

Fonte: ACAP

Cilindrada média = 1,560cm3

Gráfico 5.17 Vendas de Automóveis Ligeiros de Passageiros em Portugal Por tipo de carroçaria, em 2007

Gráfico 5.18 Vendas de Automóveis Ligeiros de Passageiros em Portugal Por cilindrada em 2007

19.0%

8.7%

6.6%

5.7%

2.7%

2.6%

1.6%

1.6%

1.5%

1.0%

0.9%

0.8%

0.4%

0.3%

0.1%

46.6%Berlina 5 Portas

Carrinha

Sedan

M PV médio

Berlina 3 Portas

Coupé

M PV grande

SUV 4x2 médio

Cabrio

SUV 4x4 médio

SUV 4x4 grande

M PV pequeno

Derivado de Comercial

CUV

Roadster

SUV 4x4 pequeno

% no M ercado

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48

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto à sazonalidade do mercado de veículos ligeiros de passageiros de 2005 a 2007, como se pode verificar no gráfico 5.19, as vendas concentraram-se mais fortemente nos meses de Março, Maio, Junho e Julho. A entrada em vigor do novo imposto sobre o automóvel, o ISV, e de circulação, o IUC, a partir de 1 de Julho de 2007, terá contribuído para a antecipação da compra de veículos e, consequentemente, teve uma forte influência na sazonalidade das vendas ao longo de 2007.

87.9

92.3

87.477.3

69.1

119.5

141.6

116.0

99.9

125.8

90.8

92.4

0.0

20.0

40.0

60.0

80.0

100.0

120.0

140.0

160.0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Índice

Fonte: ACAP

Ainda no âmbito do mercado de ligeiros de passageiros novos, importa referir que em 2007 o programa nacional de incentivos ao abate de veículos em fim de vida, na linha do ocorrido no ano anterior, teve um forte acréscimo de 148.2 por cento no número de veículos que abrangeu (16,025). Com efeito, conforme se pode observar no gráfico 5.20, desde a sua entrada em vigor, o número de veículos nunca foi muito significativo, embora esteja em ascensão nos três últimos anos.

1

16,025

6,457

4,1943,3043,566

5,888

10,743

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: ACAP / DGA

+148.2%

Gráfico 5.19 Sazonalidade no mercado de ligeiros de passageiros em Portugal, em 2005-2007 Gráfico 5.20 Incentivos ao abate de veículos ligeiros

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49

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Relativamente às vendas de veículos ligeiros a rent-a-car, como se pode verificar no gráfico 5.21, em 2007 foram vendidos 25,2853 veículos o que representa um aumento de 1.9 por cento, relativamente ao ano anterior.

34,90131,934 30,486 30,816

24,40926,271 25,030 24,823 25,285

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: ACAP

Relativamente ao peso das vendas a rent-a-car de veículos ligeiros de passageiros no total do mercado de veículos ligeiros de passageiros novos, em 2007, como se observa no gráfico 5.22, cifrou-se em 11.1 por cento o que representa menos 1.6 por cento do que no ano anterior, como se pode verificar no gráfico em baixo.

11.1%

12.7%12.1%

13.3%12.9%13.6%

11.9%11.0%

11.7%

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: ACAP

+1.9%

Gráfico 5.21 Vendas de Veículos Ligeiros de Passageiros a Rent-a-Car

Gráfico 5.22 Vendas de Veículos Ligeiros de Passageiros a Rent-a-Car Peso no mercado de novos

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50

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Veículos comerciais ligeiros

No que se refere ao mercado de veículos comerciais ligeiros em 2007 teve um crescimento de 6.1% o qual foi determinado pelos acréscimos das vendas em todos os seus segmentos, com a excepção dos Derivados de Tecto Sobreelevado cujas vendas baixaram 5.4% e das pick’up 4x2 (-4.5%), como se pode verificar no quadro 5.8. Segmentos 2007 % Var. 06/07

Derivado Van 25,772 7.2%

Furgão de Mercadorias 14,498 9.4%

Derivado Tecto 9,744 -5.4%

Pick’-Up 4 X 4 6,988 15.5%

Chassis-Cabina 5,484 3.2%

Furgão de Passageiros 4,131 13.4%

Pick’-Up 4 X 2 1,804 -4.5%

Total Mercado 68,421 6.1%

Fonte: ACAP

Quanto às vendas de veículos comerciais ligeiros por segmentos, em 2007, como se pode observar no gráfico 5.23, verifica-se que os que absorvem as maiores fatias de mercado continuam a ser os Derivados Van e os Furgões de Mercadorias os quais, no seu conjunto, representaram 59 por cento do mercado em 2007.

Chassis-Cabina8%

Derivado Tecto Sobreelevado

14%

Derivado Van38%

Furgão de Mercadorias21%

Furgão de Passageiros6%

Pick-up 4X23%

Pick-up 4X410%

Fonte: ACAP

Quadro 5.8 Vendas de Veículos Ligeiros de Passageiros a Rent-a-Car

Gráfico 5.23 Vendas de Comerciais Ligeiros por Segmentos, em 2007

Page 51: O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL · Ásia-Oceania Da qual o Japão Da qual a Coreia do Sul Da qual a China Da qual a Índia 30,672 11,596 4,086 8,882 2,307 28,268

51

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

No que respeita ao ranking das marcas, o mercado dos comerciais ligeiros em 2007, como se pode ver no quadro 5.9, foi liderado pela Renault, que detém 20.8 por cento de quota de mercado, seguindo-se-lhe a Opel e a Peugeot com 13.3 por cento e 10.1 por cento de quotas de mercado, res-pectivamente. O conjunto das dez marcas mais vendidas em 2007 repre-sentou 86.1 por cento do total do mercado.

2007 % 2007/2006 % Mercado

1. Renault 10,468 20.8% 15.3%

2. Opel 9,065 4.8% 13.3%

3. Peugeot 6,940 -3.2% 10.1%

4. Citroën 6,939 -4.0% 10.1%

5. Toyota 5,799 41.4% 8.5%

6. Ford 5,003 -5.0% 7.3%

7. Fiat 4,438 28.6% 6.5%

8. Volkswagen 3,898 23.1% 5.7%

9. Mitsubishi 3,790 1.7% 5.5%

10. Seat 2,556 -14.1% 3.7%

Total do Mercado 68,421 .1.0% 100.0%

Fonte: ACAP

No quadro 5.10 podem observar-se os três modelos de veículos comerciais ligeiros mais vendidos em cada segmento. No segmento dos chassis-cabina o modelo Toyota Dyna foi o líder com 24.3 por cento de quota do segmento e com 1.9 por cento de quota do total do mercado dos comerciais ligeiros. No segmento dos derivados de tecto sobreelevado, o modelo Renault Kangoo foi o líder com 29.7 por cento de quota do segmento e 4.2 por cento de quota do total do mercado. No segmento dos derivados Van, o modelo mais vendido foi o Opel Corsa com 16 por cento de quota do segmento e 6 por cento do mercado total. No segmento dos Furgões de Mercadorias, o modelo Peugeot Partner foi o líder com 16 por cento de quota do segmento e 3.4 por cento de quota do total do mercado. O segmento dos Furgões de Passageiros, o modelo mais vendido foi o Ford Transit com com 24.5 por cento de quota do segmento e 1.5 por cento de quota do total do mercado. No segmento das Pick-up’s 4X2, a liderança foi do modelo Toyota Hilux RC com 39.9 por cento de quota do segmento e 1 por cento de quota do mercado total. Por último, no segmento das Pick-up’s 4X4, a liderança foi do modelo Mitsubishi L200 com 29.4 por cento de quota do segmento e 3 por cento de quota do mercado total.

Quadro 5.9 Top 10 das marcas mais vendidas de veículos comerciais ligeiros

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52

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Segmentos Unidades % no Segmento % do Mercado

C-Chassis-Cabina 5,484 100.0% 8.0%

Toyota Dyna 1,330 24.3% 1.9%

Mitsubishi Canter 1,147 20.9% 1.7%

Iveco Daily 961 17.5% 1.4%

DTS-Derivado Tecto Sobreelevado 9,744 100.0% 14.2%

Renault Kangoo 2,890 29.7% 4.2%

Citroën Berlingo 2,760 28.3% 4.0%

Opel Combo 1,403 14.4% 2.1%

DV-Derivado Van 25,772 100.0% 37.7%

Opel Corsa 4,126 16.0% 6.0%

Peugoet 207 2,448 9.5% 3.6%

Seat Ibiza 2,416 9.4% 3.5%

FM-Furgão de Mercadorias 14,498 100.0% 21.2%

Peugeot Partner 2,323 16.0% 3.4%

Ford Transit 1,777 12.3% 2.6%

Renault Trafic 1,071 7.4% 1.6%

FP-Furgão de Passageiros 4,131 100.0% 6.0%

Ford Transit 1,013 24.5% 1.5%

Renault Trafic 727 17.6% 1.1%

Mercedes-Benz Vito 562 13.6% 0.8%

Pick-up 4X2 1,804 100.0% 2.6%

Toyota Hilux RC 701 38.9% 1.0%

Fiat Strada 408 22.6% 0.6%

Isuzu D-Max 174 9.7% 0.3%

Pick-up 4X4 6,988 100.0% 10.2%

Mitsubishi L 200 2,055 29.4% 3.0%

Toyota Hilux RC 1,659 23.7% 2.4%

Nissan Navara 1,510 21.6% 2.2%

Total do Mercado 68,421 100.0%

Fonte: ACAP

Quadro 5.10 Comerciais ligeiros Modelos mais vendidos em 2007, por segmento

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53

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Veículos comerciais pesados

No que respeita os veículos comerciais pesados, como se pode observar no gráfico 5.24 e no quadro 5.11, em 2007 o mercado voltou a recuperar mais um pouco tendo crescido 6.4 por cento, relativamente ao ano anterior.

10.1

3.6

9.2

3.8

8.4

4.3

6.4

0

2

4

6

8

10

12

1980198119821983198419851986198719881989199019911992199319941995199619971998199920002001200220032004200520062007

Milha

res d

e unid

ades

Fonte: ACAP

Este crescimento do mercado foi determinado, quer, pelo acréscimo de 25.2 por cento do mercado de veículos comerciais pesados de mercadorias, quer, pelo dos veículos comerciais pesados de passageiros que foi de 4.4 por cento, face ao ano anterior.

Fonte: ACAP

Quanto à distribuição do mercado de veículos pesados por segmentos, como se pode verificar no quadro 5.12, as vendas dos Tractores de Estrada, que representaram 50.2 por cento deste mercado, aumentaram 8.9 por cento, relativamente ao ano anterior. Por sua vez, as vendas dos Chassis-Cabina, que representaram 38.2 por cento do mercado, tiveram um ligeiro decréscimo de 0.4 por cento, relativamente ao ano anterior.

Gráfico 5.24 Vendas de Veículos Comerciais Pesados

Quadro 5.11 Vendas de Veículos Pesados em 2007

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54

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

2007 2006 % Var. 07/06 % do Total

Pesados de Mercadorias 5,644 5,406 4.4% 88.6%

Furgões 4 6 -33.3% 0.1%

Chassis-Cabina 2,433 2,434 -0.4% 38.2%

Especiais 11 32 -65.6% 0.2%

Tractores de Mercadorias 3,196 2,934 8.9% 50.2%

Pesados de Passageiros 725 579 25.2% 11.4%

Total Veículos Pesados 6,369 5,985 6.4% 100.0%

Fonte: ACAP

Ainda no âmbito da segmentação do mercado, como se pode ver no quadro 5.13 e no gráfico 5.25, os Tractores de Estrada lideraram o mercado com 3,196 unidades vendidas, seguido dos Chassis-Cabina com 2,433 unidades vendidas. Estes dois segmentos em conjunto representaram, em 2007, 88.4 por cento do total do mercado. Segmento 2007 2006 07/06 %

Furgão Pesado 4 6 -33,3% Chassis-Cabina 3501-6000 4x2 110 87 26.4% Chassis-Cabina 6001-9000 4x2 821 813 1.0% Chassis-Cabina 9001-12000 4x2 312 241 29.5% Chassis-Cabina 9001-12000 4x4 3 10 -70.0% Chassis-Cabina 12001-16000 4x2 139 145 -4.1% Chassis-Cabina 12001-16000 4x4 5 9 -44.4% Chassis-Cabina 16001-19000 4x2 282 359 -21.4% Chassis-Cabina 16001-19000 4x4 5 17 -70.6% Chassis-Cabina 19001-26000 4x2 - 1 - Chassis-Cabina 19001-26000 6x2 160 183 -12.6% Chassis-Cabina 19001-26000 6x4 118 180 -34.4% Chassis-Cabina 19001-26000 6x6 25 9 177.8% Chassis-Cabina 19001-26000 8x4 - 6 - Chassis-Cabina + 26000 8x2 15 30 -50.0% Chassis-Cabina + 26000 8x4 436 341 27.9% Chassis-Cabina + 26000 8x6 1 1 0.0% Chassis-Cabina + 26000 8x8 1 2 -50.0%

Chassis-Cabina 2,433 2,434 0.0% Tractor de Mercadorias + 26000 4x2 3,137 2,845 10.3% Tractor de Mercadorias + 26000 4x4 11 14 -21.4% Tractor de Mercadorias + 26000 6x2 2 1 100.0% Tractor de Mercadorias + 26000 6x4 37 74 -50.0% Tractor de Mercadorias + 26000 6x6 6 - - Tractor de Mercadorias + 26000 8x4 3 - -

Tractor de Mercadorias 3,196 2,934 8.9%

Pesado Especial 11 32 -65.6% Pesado de Passageiros 3501-7000 4x2 312 249 25.3% Pesado de Passageiros 7001-14000 4x2 93 63 47.6% Pesado de Passageiros + 14000 4x2 288 261 10.3% Pesado de Passageiros + 14000 6x2 32 6 433.3%

Pesado de Passageiros 725 579 25.2%

Total 6,369 5,985 6.4%

Fonte: ACAP

Quadro 5.12 Vendas de Veículos Pesados, em 2007

Quadro 5.13 Vendas de veículos pesados por segmentos

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55

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Os segmentos dos furgões e pesados especiais são os que detêm uma menor fatia do mercado, com 0.1 por cento e 0.2 por cento de quotas de mercado, respectivamente.

756

405

320

11

4

3,196

1,677

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

Tractor de Mercadorias

Chassis-Cabine até 19t

Chassis-Cabine +19t

Pesado de Passageiros até 14t

Pesado de Passageiros +14t

Pesado Especial

Furgão Pesado

Fonte: ACAP

No que respeita ao ranking das dez marcas mais vendidas de veículos comerciais pesados, como se pode observar no quadro 5.14, a DAF liderou o mercado, seguida da Mercedes e da MAN com quotas de mercado de 14.8 por cento, de 14.1 por cento e de 13.1 por cento, respectivamente. No seu conjunto, em 2007, estas três marcas representaram 42 por cento do mercado e o grupo das dez mais vendidas perfez 98.3 por cento do mercado.

Marcas Volume 07/06 (%) % Mercado

1. DAF 2. RENAULT 3. MAN 4. VOLVO 5. SCANIA 6. IVECO 7. MERCEDES-BENZ 8. MITSUBISHI 9. TOYOTA 10. CAETANO

940 901 836 809 736 624 622 449 261

80

-5.3% 4.3% 9.9% 9.6%

28.0% 40.9%

-21.3% 3.0%

17.6% 31.1%

14.8% 14.1% 13.1% 12.7% 11.6%

9.8% 9.8% 7.0% 4.1% 1.3%

Total Top 10 Total do mercado

6,258 6,369

6.4% 6.4%

98.3% 100%

Fonte: ACAP

Gráfico 5.25 Vendas de veículos pesados por segmentos

Quadro 5.14 Top 10 dos veículos comerciais pesados, em 2007

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56

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Relativamente aos veículos pesados de mercadorias, pode verificar-se no quadro 5.15 que no ranking das dez marcas mais vendidas a DAF e a Renault detêm os dois primeiros lugares da tabela seguidas da Volvo. Estas três marcas representaram, em 2007, 44.7 por cento do total deste mercado.

Marcas Volume 07/06 (%) % Mercado

1. DAF 2. RENAULT 3. VOLVO 4. SCANIA 5. MAN 6. MERCEDES-BENZ 7. IVECO 8. MITSUBISHI 9. TOYOTA 10. ISUZU

940 823 762 650 608 533 529 449 261

60

-5.2% 1.4% 8.4%

23.1% 2.2%

-18.6% 40.7%

3.0% 17.6% -1.6%

16.7% 14.6% 13.5% 11.5% 10.8%

9.4% 9.4% 8.0% 4.6% 1.1%

Total Top 10 Total do mercado

5,615 5,644

4.4% 4.4%

99.5% 100%

Fonte: ACAP

Quanto ao top 10 das vendas de pesados de passageiros, como se pode observar no quadro 5.16, a MAN ocupou o primeiro lugar da tabela com 31.4 por cento do mercado, seguida da Iveco e da Mercedes-Benz com 13.1 por cento e 12.3 por cento de quotas de mercado, respectivamente. O total das vendas destas três marcas representou 56.8 por cento do total deste mercado.

Marcas Volume 07/06 (%) % Mercado

MAN IVECO MERCEDES-BENZ SCANIA CAETANO RENAULT VOLVO VOLKSWAGEN NISSAN FORD

228 95 89 86 80 78 47 12

6 4

37.3% 41.8%

-34.1% 83.0% 31.1% 50.0% 34.3%

500.0% 20.0%

100.0%

31.4% 13.1% 12.3% 11.9% 11.0% 10.8%

6.5% 1.7% 0.8%

0.6%

Total Top 10 Total do mercado

725 725

26.7% 25.2%

100% 100%

Fonte: ACAP

Quadro 5.15 Top 10 dos veículos comerciais pesados de mercadorias, em 2007 Quadro 5.16 Top 10 dos veículos comerciais pesados de passageiros, em 2007

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57

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Previsões do mercado para 2008 e 2009

No que respeita às previsões da ACAP de evolução do mercado de veículos ligeiros, para 2008 e 2009, como se pode observar no quadro 5.17 são de um decréscimo de 0.8 por cento do mercado, em 2008, e de um acréscimo de 1 por cento em 2009. A evolução em 2008 será determinada pela estagnação do mercado de ligeiros de passageiros e pelo decréscimo de 3.4 por cento do mercado de veículos comerciais ligeiros. Quanto ao mercado de pesados deverá crescer 2.1 por cento, em 2008, e 3.1 por cento, em 2009.

Em termos do mercado automóvel na globalidade, prevê-se que desça cerca de 0.8 por cento, em 2008, e que cresça 1.1 por cento, em 2009.

2008 % Var. 08/07 2009 % Var. 09/08

Veículos Ligeiros Passageiros 202,085 0.1% 204,300 1.1%

Veículos Comerciais Ligeiros 66,116 -3.4% 66,633 0.8%

Total Veículos Ligeiros 268,200 -0.8% 270,933 1.0%

Veículos Pesados 6,500 2.1% 6,700 3.1%

Fonte: ACAP 5.2.3 O Mercado de Veículos Automóveis Usados

Relativamente ao mercado dos veículos automóveis usados em 2007, segundo as nossas estimativas, realizaram-se 792,048 transferências de propriedade o que significa um acréscimo de 5.9 por cento, relativamente ao ano anterior. Como se pode observar no quadro 5.18, registaram-se acrés-cimos em todas as categorias de veículos, com a excepção dos veículos pesados de passageiros cujas transferências de propriedade baixaram 1.8 por cento, relativamente ao ano anterior.

Categorias 2007 (1) 2006 % Var. 07/06 Usados/Novos (*)

Ligeiros de Passageiros 599,214 567,269 5.6% 3.1

Comerciais Ligeiros 179,676 168,604 6.6% 2.6

Pesados de Mercadorias 11,706 10,269 14.0% 4.8

Pesados de Passageiros 1,452 1,479 -1.8% 2.4

Total de Veículos Usados 792,048 747,621 5.9% 3.0

(1) Números estimados (*) Rácio registos de usados / registos de novos Origem: Conservatória do Registo Automóvel Fonte: ACAP

O rácio registos de usados versus registos de novos, em 2007, foi 3. Os veículos pesados de mercadorias (4.8) e ligeiros de passageiros (3.1) tiveram um rácio acima da média, enquanto os pesados de passageiros e os comerciais ligeiros tiveram um rácio abaixo da média (2.4 e 2.6, respectivamente).

Quadro 5.17 Previsão de Vendas de Veículos Automóveis

Quadro 5.18 Registos de propriedade de veículos usados

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58

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

No que respeita às importações de veículos ligeiros usados em 2007, como se pode ver nos gráficos 5.26 e 5.27, cifraram-se em 50,507 veículos o que representa um acréscimo de 11 por cento, relativamente ao ano anterior.

-8.2%

-16.8%

-6.3%

1.0%

27.5%

15.5%

9.6%

11.0%

0

10,000

20,000

30,000

40,000

50,000

60,000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Unida

des

-20.0%

-15.0%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

30.0%

Var.

07/06

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Os acréscimos nas importações de veículos ligeiros têm vindo a ser determinados, essencialmente, pelos aumentos das importações de ligeiros de passageiros.

48,89244,25739,84534,28626,62728,06132,85631,922

1,6151,2501,6601,6601,5602,0343,3233,885

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Ligeiros de passageiros Comerciais Ligeiros

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Conforme se pode observar no gráfico 5.28, o seu peso no mercado de veículos ligeiros novos em 2007 foi de 18.7 por cento o que representa um aumento de 1.1 pontos percentuais face ao ano anterior.

Gráfico 5.26 Importação de Veículos Ligeiros Usados

Gráfico 5.27 Importação de Veículos Ligeiros Usados

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59

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

8.7%

10.2% 9.9%10.9%

13.4%

15.2%

17.6%18.7%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Quanto às importações de veículos ligeiros de passageiros usados em 2007, como se pode constatar no gráfico 5.29, as marcas com maior número destas importações foram a Mercedes-Benz, com 13,498 veículos, a Audi e a Volkswagen com 9,436 e 6,851 veículos, respectivamente.

13,498

9,436

6,851

5,651

2,910

2,078

1,167

1,085

6,216

0 2,000 4,000 6,000 8,000 10,000 12,000 14,000 16,000

MERCEDES-BENZ

AUDI

VOLKSWAGEN

BMW

SMART

RENAULT

FORD

OPEL

Outras

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Quanto às importações de veículos comerciais ligeiros usados em 2007, como se pode constatar no gráfico 5.30, as marcas com maior número destas importações foram a Renault, com 662 veículos, a Peugeot e a Mercedes-Benz com 245 e 152 unidades importadas usadas, respectivamente.

Gráfico 5.28 Importação de Veículos Ligeiros Usados Peso no mercado de novos

Gráfico 5.29 Importação de Veículos Ligeiros de Passageiros Usados por marcas, em 2007

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60

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

662

245

152

118

91

347

0 100 200 300 400 500 600 700

RENAULT

PEUGEOT

MERCEDES-BENZ

CITROEN

VOLKSWAGEN

Outras

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Quanto às importações de veículos pesados usados, em 2007, ascenderam a 2,456 veículos o que representa um decréscimo de 1.7 por cento, relativamente ao ano anterior. Como se pode ver no gráfico 5.31, estas importações de pesados usados continuam a representar uma percentagem muito elevada do total de importações de veículos pesados a qual em 2007, embora tenha descido um pouco na linha dos últimos anos, ainda, ascendeu a 28.7 por cento do total das importações destes veículos.

73.6% 71.3% 68.5%

26.4% 28.7% 31.5%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

2007 2006 2005

Novos Usados

Origem: IMTT Fonte: ACAP

8,709 8,340 9,219

Gráfico 5.30 Importação de Veículos Comerciais Ligeiros Usados por marcas, em 2007

Gráfico 5.31 Importação de Veículos Pesados

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61

Comércio Automóvel em Portugal

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

5.2.4 O parque automóvel em Portugal

Relativamente ao parque automóvel em circulação em Portugal, em 31 de Dezembro de 2007, conforme se pode observar no quadro 5.19 e no gráfico 5.32, segundo as nossas estimativas cifrava-se em 5,738,000 veículos dos quais 76.5 por cento são veículos ligeiros de passageiros.

Volume % do Total

Automóveis Ligeiros de Passageiros 4,379,000 76.5%

Veículos Comerciais Ligeiros 1,198,000 20.9%

Total Veículos Ligeiros 5,588,000 97.4%

Veículos Pesados de Mercadorias 135,000 2.4%

Veículos Pesados de Passageiros 15,100 0.3%

Total de Veículos Pesados 150,000 2.6%

Total Veículos Automóveis 5,738,000 100.0%

Fonte: ACAP

Por sua vez, o parque dos veículos comerciais ligeiros representa cerca de 21 por cento do total o que torna o parque nacional num dos que continua a ter, a nível mundial, uma das maiores proporções deste tipo de veículos.

O parque de veículos comerciais pesados em circulação representa, ape-nas, 2.4 por cento do total.

Automóveis Ligeiros de Passageiros

76.5%

Veículos Pesados de Passageiros

0.3%

Veículos Comerciais Ligeiros20.9%

Veículos Pesados de Mercadorias

2.4%

Fonte: ACAP

Quadro 5.19 Parque Automóvel em Portugal em 31/12/2007 Gráfico 5.32 Repartição do parque automóvel em 31/12/2007, por tipo de veículo

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62

Comércio de Ciclomotores e Motociclos

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

6 O COMÉRCIO DE CICLOMOTORES E MOTOCICLOS 6.1 O mercado de ciclomotores

O mercado de ciclomotores, motociclos e quadriciclos é composto, actualmente, por cerca de 100 marcas no seu conjunto, representadas por cinco dezenas de importadores que, no seu conjunto, representam 97 por cento do mercado total de veículos novos e usados importados.

O mercado de ciclomotores e motociclos de duas rodas até 50cc (veículos com cilindrada menor ou igual a 50 cc, com uma velocidade máxima de construção menor ou igual a 45 km/h e que são matriculados desde Julho de 2006 no IMTT) continuou a recuperar de baixos valores de anos anteriores, sendo que foram matriculados 7,886 veículos em 2007, o que significa um crescimento estimado de cerca de 8 por cento, relativamente a 2006.

O mercado de ciclomotores e quadriciclos de quatro rodas de passageiros e mercadorias (segmento designado por mini carros), o qual tem também todos os veículos matriculados no IMTT desde Julho de 2006, registou 1,708 unidades matriculadas o que representará uma variação positiva estimada de 13 por cento, face ao ano anterior.

6.2 O mercado de motociclos

Relativamente aos motociclos de duas rodas de cilindrada superior a 50 cc, este mercado tem registado desde 2005 um valor estabilizado na casa das onze dezenas de milhar de unidades. Deste modo, como se pode observar no quadro 6.1, foram registadas 11.991 unidades o que representa uma variação homóloga de 4.9 por cento. 2007 2006 % Var. 07/06

Motociclos 11,991 11,435 4.9

Quadriciclos (moto4/atv) 6,516 5,521 18.0

TOTAL 18,507 16,956 9.1

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Apesar do crescimento de outras marcas de diferentes origens com gamas específicas e de baixo preço, conforme se pode observar no quadro 6.2, as marcas de origem japonesa continuaram, em 2007, a prevalecer no mercado. As quatro marcas mais vendidas em 2007 foram a Honda, a Yamaha,a Suzuki e a Kawasaki tendo registado no seu conjunto uma quota de mercado de 66.6 por cento.

Quadro 6.1 Matrículas de Motociclos e Quadriciclos

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63

Comércio de Ciclomotores e Motociclos

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Marcas 2007 2006 % Var. 07/06

HONDA 3,058 3,341 -8.5

YAMAHA 2,401 2,667 -10.0

SUZUKI 1,754 1,566 12.0

KAWASAKI 775 491 57.8

BMW 632 616 2.6

KEEWAY 603 490 23.1

PIAGGIO 553 478 15.7

K T M 550 493 11.6

HARLEY-DAVIDSON 229 180 27.2

HUSQVARNA 194 162 19.8

Total 11,991 11,435 4.9

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Da análise das matrículas de motociclos de cilindrada superior a 50 cc por escalões de cilindrada, conforme se pode observar no gráfico 6.1, constatamos que o maior acréscimo (34.4 por cento) ocorreu no escalão de cilindrada entre 126 a 250 cc, devido a uma deslocação da procura para veículos com boa relação preço/qualidade e com vantagens em termos de mobilidade urbana.

2,799

1,540

1,437

3,185

1,638

1,392

2,785

1,146

1,335

3,402

1,596

1,171

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

51 a 125 cc

126 a 250 cc

251 a 500 cc

501 a 750 cc

751 a 1000 cc

mais de 1000 cc

2007 2006

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Com base nas matrículas por categorias, como se pode verificar no gráfico 6.2, os segmentos motos até 125cc e utilitária tiveram as maiores quotas de mercado, em 2007 com 13.7 e 13.6 por cento, respectivamente. A categoria de Sport Turismo com 6.2 por cento, baixou a sua penetração relativamente ao ano anterior, face à procura volátil deste segmento sempre sujeita ao aparecimento de modelos novos de outras categorias similares com um binómio favorável preço/prestações.

Quadro 6.2 As 10 marcas de motociclos + 50cc mais matriculadas em Portugal Gráfico 6.1 Matrículas de Motociclos + 50cc, por escalões de cilindrada

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64

Comércio de Ciclomotores e Motociclos

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

7.88.2

13.7

11.0

12.913.6

6.3 6.2

13.0

4.8

2.6

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

16.0

Scooter mais 125 cc

Scooter até 125 cc

Motos até 125 cc

Trail

Todo o Terreno

Utilitária

Chopper

Sport Turismo

Super Sport

Grande Turismo

Outras

% no

mer

cado

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Os modelos mais matriculados, em 2007 (quadro 6.3), foram a Honda Hornet 600, a Yamaha FZ 600 e a Suzuki GSXR 1000, os quais em conjunto representaram 6.5 por cento do mercado total.

Como também podemos observar no quadro 6.3, no Top 10 encontramos três modelos utilitários, ou seja a Honda CB 600 Hornet, a CBF 600 e a Yamaha FZ 600 e dois de gama baixa com 125 cc.

Unidades % Mercado Marca/Modelo

2007 2006 2007 2006

Honda CB 600 Hornet 273 253 2.3% 2.2% Yamaha FZ 600 250 270 2.1% 2.4% Suzuki GSXR 1000 247 187 2.1% 1.6% Honda CBR 600 239 174 2.0% 1.5% Yamaha DT 125 213 277 1.8% 2.4% Honda CBR 1000 208 260 1.7% 2.3% BMW R 1200 GS 196 140 1.6% 1.2% Honda CBF 600 190 219 1.6% 1.9% Suzuki GSXR 600 186 246 1.6% 2.2% Yamaha XT 125 184 169 1.5% 1.5%

Total matrículas 11,991 11,435 100.0% 100.0% Origem: IMTT Fonte: ACAP

Gráfico 6.2 Matrículas de Motociclos + 50cc, por categorias Quotas de mercado em 2007

Quadro 6.3 Top 10 dos modelos mais matriculados Motociclos + 50 cc

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65

Comércio de Ciclomotores e Motociclos

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Os cinco modelos atrás mencionados, em conjunto, representaram 9.3 por cento do total de unidades matriculadas. Por outro lado, e como curiosidade, o modelo mais vendido do Top 10 representou 16 por cento das matrículas da respectiva categoria (utilitária).

No que respeita aos quadriciclos (segmento moto4/atv) de cilindrada superior a 50cc, como se pode observar nos quadros 6.1 e 6.4, este mercado registou, em 2007, uma variação positiva de 18 por cento face ao ano anterior.

Em 2007, os três modelos mais matriculados em Portugal foram o Eaglemotorsports Lyda 250, o Suzuki LTR-450, e o Suzuki LTZ-400, os quais em conjunto, representaram 23 por cento do mercado.

Marcas 2006 2007 % Var. 07/06

SUZUKI 1,006 1,100 9.3%

YAMAHA 1,046 899 -14.1%

EAGLE MOTORSP. 103 633 514.6%

HONDA 640 543 -15.2%

POLARIS 558 488 -12.5%

KYMCO 283 390 37.8%

KAWASAKI 157 368 134.4%

BASHAN 197 227 15.2%

AEON MOTOR 160 215 34.4%

BOMBARDIER 190 193 1.6%

Total de mercado 5,521 6,516 18.0% Fonte: IMTT

O mercado de quadriciclos (segmento moto4/atv) de cilindrada inferior a 50cc, conta, igualmente, com todos os veículos matriculados no IMTT desde Julho de 2006 e registou 234 unidades em 2007.

6.3 O parque em circulação em 31/12/2007

No que respeita ao parque em circulação em 31 de Dezembro de 2007, estimamos 400,000 ciclomotores e 184,000 motociclos e quadriciclos, tendo esta última categoria de veículos uma idade média de cerca de 5.7 anos.

Quadro 6.4 As 10 Marcas de quadriciclos + 50 cc (moto4/atv) mais matriculados

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66

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

7 O COMÉRCIO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS 7.1 O mercado de tractores agrícolas na Europa

No que respeita à evolução do mercado de tractores agrícolas na Europa, como se pode observar no quadro 7.1, segundo os dados provisórios da OFF-Highway, as matrículas de tractores agrícolas na Europa Ocidental deverão ascender a 165,450 unidades, o que significa um acréscimo de 1% que, embora ligeiro, é melhor do que a quebra de 3 por cento que se previa na Primavera para este mercado. Esta melhoria foi determinada pela subida dos preços dos produtos agrícolas que ocorreu na parte final do ano 2007. Com efeito, os agricultores ao beneficiarem de melhores rendimentos terão decidido investir em novos equipamentos. Para 2008 as previsões apontam uma ligeira descida de 0.5 por cento.

2005 2006 2007 2008 Previsões

Áustria 6,344 6,826 6,750 6,750

Bélgica 1,897 2,244 2,400 2,200

Dinamarca 2,625 2,300 2,250 2,200

Finlândia 4,507 4,172 4,100 4,000

França 37,505 35,080 38,250 39,750

Alemanha 23,506 29,201 27,500 26,500

Irlanda 3,890 4,221 3,900 3,900

Itália 33,064 29,800 27,600 28,200

Holanda 3,200 3,300 3,350 3,100

Noruega 4,028 4,371 4,400 4,300

Portugal 6,248 5,416 6,122 5,100

Espanha 16,454 16,605 16,500 16,300

Suécia 4,030 4,245 4,150 4,050

Suíça 2,434 2,129 2,000 2,200

Reino Unido 14,006 13,874 17,000 16,000

Total 163,738 163,784 166,272 164,550

Fonte: OFF-Highway Research. Dados Provisórios

Quanto à evolução do mercado de tractores nos diferentes países, como se pode observar no gráfico 7.1, seis deles tiveram acréscimos de mercado que variaram entre +22.5 por cento, no Reino Unido, e 0.7 por cento, na

Quadro 7.1 Matrículas de Tractores Agrícolas na Europa Ocidental

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67

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Noruega. Nos restantes nove ocorreram decréscimos de mercado que variaram entre -7.4 por cento, na Irlanda, e -0.6 por cento, em Espanha.

22.5%

13.0%

9.0%7.0%

1.5% 0.7%

-0.6%

-1.1%

-1.7%

-2.2% -2.2%

-5.8%

-6.1%

-7.6%

-7.4%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

Reino Unido

Portugal

França

Bélgica

Holanda

Noruega

Espanha

Austria

Finlandia

Dinamarca

Suécia

Alemanha

Suíça

Itália

Irlanda

Fonte: OFF-Highway Research. Dados Provisórios

7.2 O mercado de tractores agrícolas na Europa 7.2.1 A evolução do sector agrícola

Segundo os dados do INE para o ano 2007, o rendimento da actividade agrícola deverá ter baixado 5.8 por cento em 2007, relativamente ao ano anterior.

Quanto ao valor da Produção do Ramo Agrícola, devido a um ano agrícola de 2006/2007 com um quadro meteorológico desfavorável que prejudicou as sementeiras e a maioria das culturas, terá baixado 2.7 por cento, relativamente ao ano anterior. Este decréscimo resultou das quebras de cerca de 4 por cento e de 1.1 por cento, respectivamente, das suas componentes Produção Vegetal e Produção Animal.

O decréscimo do valor da Produção Vegetal foi determinado, essencialmente, pelas quebras dos valores das produções de vinho (-16%), de frutos (-10%9) e de plantas industriais (-11%). Em volume, a Produção Vegetal terá baixado 7.4 por cento com um aumento médio dos preços de base de 3.7 por cento.

As variações do volume de produção e dos preços de base de alguns produtos agrícolas podem ser observadas no gráfico 7.2 e no quadro 7.2. Os cereais e as plantas forrageiras destacam-se como os grupos onde se

Gráfico 7.1 Matrículas de Tractores Agrícolas na Europa Ocidental Variação 2007/2006

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68

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

registaram maiores aumentos dos preços de base, 33.5 por cento e 18.3 por cento, respectivamente. O significativo acréscimo dos preços dos cereais deveu-se à escassez da oferta nos mercados internacionais determinada, por um lado, à ocorrência de calamidades naturais em alguns países produtores e, por outro, ao desvio de stocks para a produção de biocombustíveis.

Fonte: INE

Relativamente à Produção Vegetal em volume, ter-se-á verificado uma quebra da produção cerealífera de Outono/Inverno, face ao ano anterior. Na produção cerealífera de Verão as produções terão sido superiores às do ano anterior.

Nas culturas para a indústria, a produção do tomate terá sido uma boa produção, devendo ter-se atingido as 1050 toneladas.

Produção – 1000 t Culturas

2001 2002 2003 2004 2005 2006* 2007** Cereais Outono/Inverno

Trigo 154 413 149 293 81 249 136 Aveia 39 61 39 61 25 87 48 Cevada 13 20 13 26 26 106 74 Centeio 24 34 27 27 20 24 24 Triticale 16 25 11 17 8 40 20 Cereais Primavera/Verão

Milho de sequeiro 22 21 20 18 12 13 14 Milho de regadio 883 774 774 771 495 498 659 Arroz 146 146 148 149 120 147 155 Batata

Batata de sequeiro 78 108 92 126 75 97 97 Batata de regadio 561 619 578 580 436 457 480 Culturas para indústria

Tomate 912 867 894 1,201 1,085 983 1,050 Girassol 24 21 18 14 2 4 16

(*) Dados provisórios (* *) - Dados previsionais Fonte: INE – Instituto Nacional de Estatística

Gráfico 7.2 Produção Vegetal em 2007 Variação do Volume e do Preço de Base de alguns produtos Quadro 7.2 Produção de alguns produtos agrícolas

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69

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Quanto ao valor da Produção Animal, terá tido uma diminuição de 1.1 por cento, relativamente ao ano anterior, a qual foi determinada pelos decréscimos de 17.7 por cento e de 4.8 por cento do valor das produções de bovinos e de suínos, respectivamente.

Relativamente ao valor da produção de aves de capoeira, este cresceu 17.7 por cento, e o de leite deverá ter crescido 3.3 por cento.

Fonte: INE

No gráfico 7.3 podem observar-se as variações em volume e do preço de base de alguns produtos da Produção Animal. O maior aumento em volume foi o da produção de aves de capoeira a qual se deve a uma recuperação do sector, na sequência da crise de procura, em 2007, por causa da Gripe das Aves. A maior quebra em volume é a da produção de bovinos que se explica, em grande parte, pela menor disponibilidade de animais para abate, ainda, em consequência da seca de 2005, pela exportação de animais para Espanha.

Em termos de preços de base, o maior aumento foi o das aves de capoeira (+5.8%) e o maior decréscimo foi o dos suínos (-11.4%). Quanto à produção de leite, importa referir que Portugal se encontra numa fase de desaceleração produtiva, em virtude de termos ultrapassado a quota leiteira na campanha 2005-2007.

Em termos estruturais, em 2007, os dados divulgados pelo INE referem que os Vegetais e Produtos Hortícolas (19%), os Frutos (16%), o Vinho (15%) e o Leite (11%) foram as produções com maior peso na agricultura portuguesa, como se pode ver no gráfico 7.4, tendo representado o conjunto das suas produções 61 por cento do total do valor da produção agrícola.

Gráfico 7.3 Produção Animal em 2007 Variação do Volume e do Preço de Base de alguns produtos

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70

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Suínos9% Leite

11%

Vinho15%

Vegetais e Prod. Hortícolas19%

Frutos16%

Outros Prod. Animais6% Outros Prod. Vegetais

5%Cereais

3%

Plantas Forrageiras4%

Aves de Capoeira5%

Bovinos7%

Fonte: INE

O ano 2007 foi o terceiro ano de vigência do RPU (Regime de Pagamento Único) o qual tem determinado o decréscimo das áreas de algumas arvenses e dos subsídios à produção. No que respeita a evolução, relativamente ao ano anterior, dos subsídios pagos aos agricultores em 2007, verificou-se um aumento de 4.7 por cento. Os “outros subsídios à produção” representaram, em 2007, 81 por cento do total dos subsídios. Os subsídios aos produtos deverão ter baixado cerca de 46 por cento. No gráfico 7.5 pode observar-se a evolução dos subsídios aos produtos agrícolas.

Fonte: INE

Gráfico 7.4 Estrutura da Produção Agrícola em 2007, a preços base (preços correntes) Gráfico 7.5 Subsídios aos Produtos

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71

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

7.2.2 O Mercado de Tractores Agrícolas em 2007

Como se pode ver no gráfico 7.6, em 2007, foram matriculados 6,122 tractores agrícolas, ou seja, mais 13 por cento do que o número de matrículas que ocorreram no ano anterior.

6,122

5,416

6,248

8,940

7,219

8,747

9,588

8,827

9,029

8,3557,524

7,1635,794

4,451

4,714

0

2,000

4,000

6,000

8,000

10,000

12,000

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Unida

des

Origem: IMTT Fonte: ACAP Como se pode observar no gráfico 7.7, do total de tractores matriculados em 2007 4,407 unidades dizem respeito a tractores convencionais e 1,715 dizem respeito a tractores compactos o que representa acréscimos, relativamente ao ano anterior, de 12.3 por cento e de 15 por cento, respectivamente.

4,295

1,953

4,407

3,925

7,639

6,744

4,149

3,3452,756

2,831

3,953

4,858

4,752

5,4655,824

5,7836,236

5,6735,593

4,654

1,715

1,491

1,1621,365

2,419

2,3981,958 1,620

1,8412,305

2,772

2,890

3,205

3,044

3,352

3,074

3,347

2,565

0

1,000

2,000

3,000

4,000

5,000

6,000

7,000

8,000

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Convencionais Compactos

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Gráfico 7.6 Matrículas de tractores agrícolas Gráfico 7.7 Matrículas de tractores agrícolas

Page 72: O COMÉRCIO E A INDÚSTRIA AUTOMÓVEL EM PORTUGAL · Ásia-Oceania Da qual o Japão Da qual a Coreia do Sul Da qual a China Da qual a Índia 30,672 11,596 4,086 8,882 2,307 28,268

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Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Em termos da evolução ao longo do ano das matrículas acumuladas de tractores agrícolas, como se pode ver no gráfico 7.8, no final do primeiro trimestre o número total de matrículas apresentava um aumento de 16.6 por cento, relativamente ao período homólogo do ano anterior.

12.3

13.2

15.3

16.415.0

12.713.3

17.0

13.013.1

14.7

16.6

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

16.0

18.0

Março Junho Setembro Dezembro

Convencionais Compactos Total

Origem: IMTT Fonte: ACAP

No final do segundo trimestre, embora ligeiramente inferior, voltou a registar-se um crescimento de -14.7 por cento. No final do terceiro trimestre, verificou-se nova desaceleração para 13.1 por cento e o ano 2007 terminou com um acréscimo de matrículas de 13 por cento, relativamente ao ano anterior.

Por tipos de tractores, quer, as matrículas acumuladas de tractores agrícolas convencionais, quer, as de tractores agrícolas compactos apresentaram sucessivos acréscimos ao longo do ano. No entanto, as matrículas dos tractores convencionais tiveram uma trajectória de desaceleração ao longo de todo o ano, enquanto que as dos tractores convencionais aceleraram no último trimestre.

Quanto à distribuição das matrículas por escalões de potência, como se pode ver no gráfico 7.9, o escalão que absorve maior percentagem das matrículas é o dos 30-37 kW com 18.6 por cento do total, seguido do 60-73 kW, com 18.6 por cento e do 45-59 kW, com 15.2 por cento.

Gráfico 7.8 Matrículas Acumuladas de Tractores Agrícolas Variação homóloga 2007/2006

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73

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

18.6%

18.2%

15.2%

12.4%

10.2%

8.8%

6.2%

5.1%

2.4%

2.3%

0.5%

0.0% 2.0% 4.0% 6.0% 8.0% 10.0% 12.0% 14.0% 16.0% 18.0% 20.0%

30-37

60-73

45-59

38-44

19-25

< 19

26-29

74-88

89-110

> 110

Ign.

Esca

lões d

e Potê

ncia

(Kw)

Origem: IMTT Fonte ACAP

Verificou-se que 64.4 por cento dos tractores matriculados têm uma potência que varia entre os 30 e os 73 kW, que 25.2 por cento tem uma potência inferior a 30kW e, apenas, 9.9 por cento dos tractores matriculados têm uma potência superior a 73 kW.

Relativamente à distribuição das matrículas por escalões de cilindrada, como se pode verificar no gráfico 7.10, verificou-se que 47.8 por cento dos tractores matriculados têm uma cilindrada compreendida entre 1500cc e 3750cc, que 26.2 por cento dos tractores têm uma cilindrada compreendida entre 3750cc e 6000cc e que 19.3 por cento dos tractores têm uma cilindrada compreendida entre 750cc e 1500cc. Apenas uma pequeníssima percentagem (6.8 por cento) dos tractores matriculados têm cilindradas fora destes escalões de potência.

47.8%

26.2%

19.3%

5.1%

1.6%

0.1%

0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0%

>1500

> 3750

>750

>6000

<=750

>8000

Esca

lões d

e Cilin

drad

a (cc

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Gráfico 7.9 Matrículas de Tractores Agrícolas por Escalões de Potência, em 2007 Gráfico 7.10 Matrículas de Tractores Agrícolas por Escalões de Cilindrada, em 2007

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74

Comércio de Máquinas Agrícolas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

O parque de tractores agrícolas em circulação em 31/12/2007 No que respeita o parque de tractores agrícolas em circulação em Portugal em 31/12/2007, estimamos um total de 148,375 tractores com uma idade média de 11 anos. Como se pode ver no gráfico 7.11, cerca de 47 por cento do parque tem mais de dez anos de idade.

De 5 até 10 anos30.0%

Mais de 10 anos47.2%

Até 5 anos22.9%

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Gráfico 7.11 Parque de Tractores Agrícolas em Circulação em 31/12/2007

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75

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

8 O COMÉRCIO DE MÁQUINAS INDUSTRIAIS 8.1 O mercado de máquinas industriais na Europa em 2007

No que respeita o mercado de máquinas industriais, relativamente ao mercado de máquinas de movimentação de terras na Europa ocidental, as estimativas da OFF-Highway Research apontam para um total de vendas de 164,625 máquinas o que representa um crescimento do mercado em 2007 de 5.2 por cento, face a 2006.

12,206

25,120

289

10,567

31,859

444

2,564

554

65,538

1,364

14,120

0 10,000 20,000 30,000 40,000 50,000 60,000 70,000

Conjuntos Industriais

Pás de Rodas

Pás de Rastos

Escavadoras de Rodas

Escavadoras de Rastos

Motoniveladoras

Dumpers Articulados

Dumpers Rígidos

Mini Escavadoras

Dozers de Rastos**

Skid Steer Loaders**

Fonte: OFF- HIGHWAY RESEARCH.

Como se pode observar no gráfico 8.1, as vendas de mini escavadoras representaram 39.8 por cento do mercado, seguidas das escavadoras de rastos com 19.4 por cento das vendas e das pás de rodas com 15.3 por cento do mercado total.

2,4642,6742,7783,0533,3423,4473,8043,8855,5435,640

14,580

23,38025,815

30,50033,720

0

5,000

10,000

15,000

20,000

25,000

30,000

35,000

40,000

Alem

anha

Itália

Reino

Unid

o

Fran

ça

Espa

nha

Holan

da

Dina

marca

Irland

a

Noru

ega

Bélgi

ca

Suéc

ia

Suíça

Portu

gal

Áustr

ia

Finlân

dia

(*) – Números definitivos para Portugal. Fonte ACAP. Fonte: OFF – HIGHWAY RESEARCH.

Gráfico 8.1 Vendas de Máquinas Industriais na Europa Ocidental, em 2007

Gráfico 8.2 Vendas de Máquinas Industriais na Europa Ocidental, em 2007

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76

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

O mercado alemão assumiu a liderança com 33,720 máquinas vendidas, seguido pela Itália com 30,500 máquinas vendidas e o Reino Unido com 25,815 unidades vendidas, como se pode ver no gráfico 8.2.

Para 2008, como se pode verificar no quadro 8.1, a OFF-Highway Research prevê um volume de vendas da ordem das 158,883 o que significa um decréscimo de 3.5 por cento.

Quadro 8.1 Vendas de Máquinas Industriais na Europa Ocidental, em 2008 (*)

Máquinas / / Países

Áust

ria

Bélg

ica

Dina

mar

ca

Finl

ândi

a

Fran

ça

Alem

anha

Irlan

da

Itália

Holan

da

Noru

ega

Portu

gal

Espa

nha

Suéc

ia

Suíça

Rein

o Un

ido

TOTA

L

Conjuntos Industriais 110 60 575 125 2,500 110 260 1,300 15 7 950 3,000 225 0 2,200 11,437 Pás de Rodas < 80 Hp 125 80 600 210 1,350 7,350 25 500 175 160 10 100 150 180 165 11,180 Pás de Rodas > 80 Hp 400 375 350 480 1,000 3,650 275 2,100 750 530 155 1,200 860 190 900 13,215

Pás de Rastos 10 2 1 1 100 25 0 70 0 0 2 10 3 18 40 282 Escavadoras de Rodas 225 330 35 160 1,800 3,700 90 400 950 190 100 1,000 350 275 475 10,080 Escavadoras de Rastos 800 875 550 910 2,800 4,800 1,400 5,400 1,000 1,680 450 1,400 740 700 6,900 30,405

Motoniveladoras 18 5 2 10 120 80 2 18 4 15 25 90 12 1 5 407 Dumpers Articulados 45 60 40 20 300 475 145 90 55 95 55 150 65 25 800 2,420

Dumpers Rígidos 8 15 0 2 90 80 5 60 0 10 10 120 7 2 65 474

Mini Escavadoras 600 1,100 3,000 480 8,500 11,750 1,450 15,500 2,200 995 330 2,100 800 1,300 13,200 63,305

Dozers de Rastos 20 35 35 3 200 375 45 125 30 18 45 90 12 15 260 1,308

Skid Steer Loaders 115 375 140 150 1,400 975 150 5,200 250 105 350 4,100 145 140 775 14,370

TOTAL 2,476 3,312 5,328 2,551 20,160 33,370 3,847 30,763 5,429 3,805 2,482 13,360 3,369 2,846 25,785 158,883 (*) - Previsão para 2008 Fonte: Off-Highway Research. 8.2 O mercado de máquinas industriais em Portugal em 2007 8.2.1 A Evolução do Sector da Construção

Segundo a AECOPS, os níveis de produção do sector da Construção apresentaram quebras cada vez menos intensas ao longo do ano, criando expectativas positivas para 2008, a manter-se esta tendência de evolução favorável.

Em termos do volume de produção global do sector da Construção, em 2007 terá registado um decréscimo de 1.4 por cento quebra, significativamente, inferior à que tinha ocorrido em 2006. Este decréscimo foi determinado pela conjugação da evolução negativa em 2007 do segmento da habitação (-4 por cento, face a 2006), que é a componente

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77

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

mais pesada no sector e que já está com uma quebra acumulada de 30 por cento desde 2002, do sentido desfavorável do segmento da engenharia civil o qual registou, pelo sexto ano consecutivo, uma quebra da sua produção (-2.0 por cento, face a 2006) e da evolução muito mais positiva do segmento dos edifícios não residenciais (+4.5 por cento, face ao ano anterior). A variação deste último segmento ficou a dever-se, exclusivamente, à componente privada (+10.0 por cento face a 2006), já que a pública registou uma quebra assinalável da produção (-6.0 por cento). No entanto, este crescimento não foi suficiente para gerar um resultado global positivo para o sector da Construção. Contudo, é de salientar que a produção global do sector da Construção passou de um decréscimo acumulado de 15.4 por cento no final do primeiro trimestre, para -11.5 por cento no segundo, -5.8 por cento no terceiro e, finalmente, terminou o ano com -1.4 por cento, face a 2006.

Ainda assim, segundo a AECOPS, foram surgindo alguns indícios positivos, principalmente no final do ano, que levam a acreditar que se terá iniciado a inversão da tendência negativa que tem caracterizado o Sector. O consumo de cimento é um deles o qual, depois da quebra de 4.0 por cento registada no primeiro semestre de 2007, passou a crescer mais de 5.5 por cento nos últimos seis meses do ano, estimando-se que em termos anuais tenha crescido 0.5 por cento.

Importa, ainda, referir que os investimentos públicos em obras de Construção, em 2007, tiveram um perfil menos desfavorável, com o valor dos concursos adjudicados a apresentar um acréscimo superior a 40 por cento, relativamente a 2006. No entanto, o volume de obras lançadas a concurso foi inferior ao do ano anterior, o mesmo sucedendo em termos de valor (-8.3 por cento face a 2006). Outra característica do mercado das obras públicas em 2007 foi a manutenção dos elevados níveis de concorrência, com o indicador relativo às diferenças entre os preços de adjudicação e as respectivas bases de licitação a atingir um valor ainda muito negativo (-13.5 por cento).

8.2.2 O Mercado de Máquinas Industriais

O mercado de máquinas industriais registou uma evolução bastante favorável em 2007, tendo sido vendidas 2,854 máquinas de movimentação de terras e 2,455 Empilhadores o que representa um acentuado acréscimo, relativamente ao ano anterior, de 21.5 por cento e de 13.6 por cento, respectivamente. Quanto aos mercados de máquinas para compactação e pavimentação e aos martelos hidráulicos, registaram de igual modo crescimentos significativos de 21 por cento e de 28.4 por cento, face a 2007.

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78

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

29.7%

25.0%

-100.0%

16.2%

11.0%

60.9%

-10.0%

75.5%

1.6%

30.3%

-16.9%

7.2%

8.1%

56.7%

21.0%

28.4%

0

200

400

600

800

1,000

1,200

1,400

Conjuntos industriais

Pás Carregadoras de Rodas

Pás Carregadoras de Rastos

Escavadoras Hidrául. de Rodas

Escavadoras Hidrául. de Rastos

Motoniveladoras

Tractores de Rastos

Unidades de Transporte (Dumpers)

Mini Pás de Rodas

Mini Escavadoras de Rastos

Empilhadores a Gás

Empilhadores a Diesel

Empilhadoes Eléctricos

Empilhadors Todo-Terreno

Compactação e Pavimentação

Martelos Hidráulicos

Unida

des

-120%

-100%

-80%

-60%

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Var.0

7/06

Fonte: ACAP

Relativamente ao segmento do mercado das máquinas de movimentação de terras, como se pode ver gráfico 8.4, as vendas depois das acentuadas quebras em anos anteriores, parece estar em recuperação tendo atingido as 2,854 unidades.

No que respeita as vendas de máquinas pesadas, tiveram um crescimento de 24.4 por cento, face a 2007, o qual foi extensivo a todos os tipos de máquinas, com a excepção das pás e dos tractores de rastos.

Relativamente ao segmento das máquinas ligeiras, as vendas ficaram 14.7 por cento acima das que se verificaram no ano anterior, sendo que esta variação positiva foi extensiva, quer, às Mini Pás (+1.6 por cento), quer, às Mini Escavadoras (+30.3 por cento).

1,8921,919

2,200

1,105

1,385

2,723

3,434

2,355 2,433

2,349

2,854

2,322

1,275

1,571

2,512

3,203

3,045

3,386

1,842

0

500

1,000

1,500

2,000

2,500

3,000

3,500

4,000

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

ANOS

UNID

ADES

Fonte: ACAP

Gráfico 8.3 Vendas de Máquinas Industriais em Portugal, em 2007 Gráfico 8.4 Vendas de Máquinas de Movimentação de Terras (Pesadas e Ligeiras)

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79

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Como se pode ver nos gráficos 8.5 e 8.6, relativamente ao segmento de mercado das máquinas de movimentação de cargas (Empilhadores) a evolução foi igualmente bastante positiva.

2,455

2,161

2,048

2,2472,764

3,2303,148

2,571

2,2911,803

1,280

1,273

1,396

1,719

2,0062,103

1,6861,762

2,004

0

500

1,000

1,500

2,000

2,500

3,000

3,500

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

ANOS

UNID

ADES

Fonte: ACAP

Com a excepção das vendas dos Empilhadores a gás que baixaram 16.9 por cento, relativamente ao ano anterior, todos os restantes tipos de empilhadores registaram acréscimos das vendas.

143

643

1,130

539

-16.9%

7.2%8.1%

56.7%

0

200

400

600

800

1,000

1,200

Empilhadores aGás

Empilhadores aDiesel

EmpilhadoesEléctricos

EmpilhadorsTodo-Terreno

Unida

des

-30.0%

-20.0%

-10.0%

0.0%

10.0%

20.0%

30.0%

40.0%

50.0%

60.0%

70.0%

var.

07/06

Fonte: ACAP

No gráfico 8.7 pode observar-se o comportamento dos três segmentos de mercado ao longo do ano 2007. No que respeita às máquinas de movimentação de terras pesadas, verificou-se que as vendas acumuladas cresceram consecutivamente durante o ano.

Gráfico 8.5 Vendas de Máquinas de Movimentação de Cargas (Empilhadores) Gráfico 8.6 Vendas de Máquinas de Movimentação de Cargas (Empilhadores)

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80

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Por sua vez, as vendas acumuladas de máquinas de movimentação de terras ligeiras (minis) iniciaram o ano com um forte decréscimo de 19.9 por cento mas, vieram em consecutiva recuperação terminando o ano em +14.7 por cento. Quanto às vendas acumuladas de Empilhadores iniciaram e terminaram o ano com um acréscimo de 13.6 por cento. Desaceleraram do primeiro para o segundo e do terceiro para o quarto trimestres e aceleraram do segundo para o terceiro trimestre.

11.1%

15.6%20.8%

24.4%

14.7%

-1.8%-8.7%

-19.9%

13.6%

12.0%14.4% 13.6%

-25.0%

-20.0%-15.0%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

30.0%1º Trim. 2º Trim. 3º Trim. 4º Trim.

Var.

2007

/ 200

6 (%

)

M.M.T. Pesadas MINIS MMC

Fonte: ACAP

Relativamente à previsão de evolução do mercado de máquinas industriais para 2008, para o próximo ano prevê-se um crescimento da economia ligeiramente superior ao de 2007 com base na expansão do investimento para o qual se prevê um crescimento de 3.3 por cento (contra 2.6 por cento no ano anterior). Conforme refere a AECOPS no balanço que fez do ano 2007 e suas previsões para 2008, as cinco novas concessões de auto-estradas lançadas em 2007 só deverão ter repercussões no Sector da Construção no final de 2008 ou princípios de 2009, prevendo-se assim que a retoma da Construção só seja uma verdadeira realidade a partir de então. Tratam-se das Concessões do Douro Litoral, da Auto-estrada Transmontana (Túnel do Marão), do Douro Interior, do Baixo Alentejo e do Baixo Tejo. Ainda em 2007, foi ainda entregue a concessão da Grande Lisboa, designada por A16 e que integra o IC30, entre Alcabideche (A5) e Ranholas (IC19), iniciando uma nova circular exterior, e o IC16, entre Lourel e a CREL. As duas vias, num total de 20 km, envolvem um investimento de 140 milhões de euros, com o arranque da empreitada em 2007 e com a conclusão até 2010.

No entanto, vai manter-se uma política de rigor no sentido do controlo do défice público, com a consequente contenção dos investimentos públicos o que deverá continuar a condicionar o crescimento do sector da Construção.

Gráfico 8.7 Vendas acumuladas de Máquinas Industriais Variação homóloga 2007/2006

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81

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

Neste contexto, as expectativas dos empresários são de que, quer, as vendas de máquinas de movimentação de terras, quer, as de máquinas de movimentação de cargas deverão voltar a evoluir positivamente em 2008, no sentido da manutenção da tendência de uma progressiva recuperação do mercado.

O parque de máquinas industriais em 31/12/2007

No que diz respeito ao parque de máquinas em circulação em 31/12/2007, como se pode observar no quadro 8.2, segundo as nossas estimativas, será de 23,375 máquinas com uma idade média de 7 anos. Deste total, mais de metade são conjuntos industriais (55.9 por cento), seguindo-se-lhes as Escavadoras de rastos com 17.7 por cento e as Pás de rodas com 14.5 por cento.

Máquinas Unidades Estrutura (%)

CONJUNTOS INDUSTRIAIS 13,056 55.9

ESCAVADORAS DE RODAS 688 2.9

ESCAVADORAS DE RASTOS 4,146 17.7

PÁS RODAS 3,390 14.5

PÁS RASTOS 464 2.0

MOTONIVELADORAS 324 1.4

TRACTORES DE RASTOS 410 1.8

DUMPERS 897 3.8

TOTAL 23,375 100.0 Fonte: ACAP Quanto ao parque por idades, como se pode verificar no gráfico 8.8, mais de metade do parque tem idades compreendidas entre cinco e dez anos, 28 por cento do parque tem idade menor ou igual a cinco anos e o parque com mais de dez anos representa 17 por cento do total.

Quadro 8.2 Parque de Máquinas Industriais em Circulação em 31/12/2007

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82

Comércio de Máquinas Industriais

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

>10 anos17%

Até 5 anos28%

>5 a <=10 anos55%

Fonte: ACAP

Gráfico 8.8 Parque de Máquinas Industriais em Circulação em 31/12/2007

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83

Comércio de Caravanas e Autocaravanas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

9 O COMÉRCIO DE CARAVANAS E AUTOCARAVANAS 9.1 O mercado de caravanas e autocaravanas na Europa em 2007

Quanto ao mercado de caravanas e a sua evolução na Europa em 2007, os dados da ECF (European Caravan Federation) disponíveis reportam ao período de Janeiro a Setembro (três trimestres) e, como se pode observar no quadro 9.1, foram matriculadas na Europa nesse período 97,882 caravanas o que representa um decréscimo de 1.8 por cento, relativamente ao ano anterior.

País 2007 2006 Var. % País 2007 2006 Var. % Alemanha Áustria Bélgica Dinamarca Eslovénia Espanha Finlândia França

16,918 842

1,496 7,374

135 3,769 1,637

10,193

19,138 778

1,573 7,479

137 3,242 1,746

10,024

-11.6 8.2

-4.9 -1.4 -1.5 16.3 -6.2 1.7

Holanda Itália Noruega Portugal Reino Unido Suécia Suíça Outros

13,591 2,242 5,021

576 26,057

5,585 1,476

970

15,595 2,531 4,372

607 24,501

5,449 1,507

959

-12.9 -11.4 14.8 -5.1 6.4 2.5

-2.1 1.1

TOTAL 97,882 99,638 -1.8

Fonte: ECF No universo dos maiores mercados europeus de caravanas, o Reino Unido e a França foram os únicos que evoluíram positivamente com acréscimos de 6.4 por cento e de 1.7 por cento, respectivamente, relativamente ao período homólogo do ano anterior. Por sua vez, a Holanda e a Alemanha, os dois outros grandes mercados europeus, tiveram decréscimos de 12.9 e de 11.6 por cento, respectivamente.

0

50,000

100,000

150,000

200,000

2006 99,638 75,351 174,989

2007 97,882 76,256 174,138

Caravanas Autocaravanas Total

Fonte: ECF

Quanto ao mercado das autocaravanas na Europa, como se pode verificar no gráfico 9.1, o número de matrículas ascendeu a 76,256 unidades o que representa um acréscimo de 1.2 por cento, face ao ano anterior.

Quadro 9.1 Matrículas de Caravanas na Europa (Janeiro a Setembro) Gráfico 9.1 Matrículas de Veículos Turismo de Ar Livre

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84

Comércio de Caravanas e Autocaravanas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

No seu conjunto, o mercado total de veículos de turismo de ar livre ascendeu a 174,138 unidades o que significa uma estabilização (-0.5 por cento), relativamente ao ano anterior.

9.2 O mercado de caravanas e autocaravanas em Portugal em 2007

Relativamente à evolução do mercado de caravanas em Portugal, como se pode observar no gráfico 9.2, em 2007, foram matriculados 671 reboques de campismo e caravanas o que significa novamente um decréscimo de 3.3 por cento, relativamente ao ano anterior.

1,578

671

694

850

906

1,006

1,050

1,0831,214

1,326

1,233

1,237

1,237

1,271

1,182

1,339

1,202

1,222

0

200

400

600

800

1,000

1,200

1,400

1,600

1,800

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Ao longo do ano, como se pode observar no gráfico 9.3, o número de matrículas acumuladas apresentava um crescimento de 17.7 por cento no final do primeiro trimestre. No segundo trimestre o mercado entrou em quebra (-3.1por cento) e nos dois últimos trimestres do ano voltou a baixar.

-3.3%

-5.1%-3.1%

17.7%

-10.0%

-5.0%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

Março Junho Setembro Dezembro

Origem: IMTT Fonte: ACAP

É de salientar que é o nono ano consecutivo em que este mercado decresce. Estamos, assim, perante um mercado que continua em franca recessão a qual está a ser determinada, por um lado, pela conjuntura

Gráfico 9.2 Matrículas de Caravanas e Reboques de Campismo Gráfico 9.3 Matrículas Acumuladas de Reboques de Campismo Variação homóloga 2007/2006

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Comércio de Caravanas e Autocaravanas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

económica nacional pouco favorável, na medida em que a prática do caravanismo depende de uma certa estabilidade financeira e do grau de confiança e das expectativas dos compradores e, como se sabe, o nível de endividamento das famílias portuguesas mantém-se elevado e a incerteza quanto à situação económica do país e do emprego, também. Por outro lado, os dados parecem indiciar que a recessão deste mercado estará a ter, de alguma forma, como contraponto o crescimento do mercado das autocaravanas.

797

1,027

0

200

400

600

800

1,000

1,200

2006 2007

Unida

des

Origem: IMTT Fonte: ACAP Só no ano 2006 foi possível ter números oficiais das matrículas de autocaravanas, no entanto, as indicações dos seus distribuidores já antes apontava um certo despertar deste mercado. Conforme se pode observar no gráfico 9.4, no ano 2007 foram matriculadas 1,027 autocaravanas o que representa um crescimento de 28.9 por cento, face a 2007.

5236

66

83 105

74

96

73

51 53

69

39

7078

90

73

11088

109

141

104

63

47

54

0

20

40

60

80

100

120

140

160

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

TOTAL 2006 TOTAL 2007

Origem: IMTT Fonte: ACAP

No gráfico 9.5 pode observar-se a evolução destas matrículas ao longo dos dois anos.

Quanto ao parque de caravanas em circulação em 31/12/2007, as estimativas da ACAP são de que ele deverá atingir um total de 16,020

Gráfico 9.4 Matrículas de autocaravanas Gráfico 9.5 Matrículas de autocaravanas

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86

Comércio de Caravanas e Autocaravanas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

unidades. Como se pode observar no gráfico 9.6, a maior fatia do parque (44.3%) tem mais de 10 anos.

21.7%

34.1%

44.3%

0.0%

5.0%

10.0%

15.0%

20.0%

25.0%

30.0%

35.0%

40.0%

45.0%

50.0%

Até 5 anos Entre 5 e 10 anos Mais de 10 anos

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Gráfico 9.6 Parque de Caravanas em 31/12/2007

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Comércio de Caravanas e Autocaravanas

O Comércio e a Indústria Automóvel em Portugal

10 O COMÉRCIO DE REBOQUES E SEMI-REBOQUES DE CARGA

Relativamente ao mercado de reboques de carga e de semi-reboques, em 2007, foram matriculados 3,446 semi-reboques e 854 reboques de carga o que representa decréscimos de 3.1 por cento e de 4.3 por cento, respectivamente, face ao ano anterior, como se pode ver no quadro 10.1.

2007 2006 % Var. 07/06

Semi-Reboques 3,446 3,557 -3.1%

Reboques de Carga 854 892 -4.3%

Origem: IMTT Fonte: ACAP

No que respeita as matrículas de semi-reboques por segmentos, como se pode observar no gráfico 10.1, em 2007 o segmento das lonas representou 42.6 por cento das matrículas, seguido dos de caixa aberta, com 26.1 por cento e dos basculantes, com 12.2 por cento das matrículas.

Lonas43%

Porta Contentores2%

Basculante12%

Cisternas3%

Cx Aberta26%

Cx Fechada3%

Frigoríficos8%

Outros3%S/ Caixa

0%

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Quadro 10.1 Matrículas de Reboques e Semi-Reboques

Gráfico 10.1 Matrículas de Semi-Reboques por segmentos, em 2007