O Corvus Em Observação

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tecnologia militar na antiguidade

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    O Corvus - Levantamento da questo

    Exmo Senhor Almirante

    O tema que me proponho a abordar versa sobre a Marinha de Roma na Primeira Guerra Pnica,

    onde Roma deu as primeiras braadas no mar, que colocou a experiente esquadra Cartaginesa

    a inexperiente frota Romana, que viria a sair vencedora, pelo que dizem algumas fontes, devido

    a utilizao de uma tecnologia at ento desconhecida por Cartago, a que Polbio, e outros

    autores posteriores designaram de CORVUS, que no mais do que uma prancha fixa no

    castelo da proa de uma trirreme e de uma quinquerreme, o que quer que seja este ultimo tipo

    de embarcao quando alguns apontam como detentoras de cinco pavimentos e as mesmas

    fiadas de remadores, e outros referem como se tratando de uma trirreme mas desta feita em

    vez de um s remador por remo detinha cinco lado-a-lado, pelo que esta questo me deter

    num futuro prximo mas no este o assunto do momento. A minha questo de facto solicitar

    ao excelso conhecimento do Senhor Almirante como Construtor Naval, da viabilidade de um

    engenho destas caractersticas sob a forma como lhe apresento e atento as maquetas e a

    descrio efetuada pela fonte de referncia Polbio, que escreveu o relato destes

    acontecimentos a distncia de um sculo, com tudo o que este desfasamento temporal poder

    provocar.

    Na minha modesta observao de leigo na matria em termos de construo naval parece-me

    pouco provvel que o mesmo engenho tivesse muito sucesso, pelo que sendo conhecedor do

    comportamento que embarcaes podem adotar no mar possuir uma prancha suspensa no ar

    com um comprimento que se aponta de aproximadamente 11 (onze) metros, com uma

    balaustrada na mesma com uma altura de 1,20m feita em madeira com um espigo em bronze

    na extremidade posterior da mesma prancha a ser lanada sobre o navio que se pretendia

    abalroar, deixa-me igualmente algumas duvidas no comportamento do navio, este lanamento

    provocaria (no meu entender) uma desestabilizao da embarcao, e associado a este facto as

    trirremes e as quinquerremes possuam ao nvel da marca de agua um objeto em bronze

    designado por rostro ou esporo que a arqueologia apresenta como tendo a volta de 600 kg,.

    Ora o que pretendo alegar a impossibilidade de este engenho no ter de facto existido, ou se

    existiu as primarias utilizaes do mesmo teriam forosamente que ditar o insucesso atentos as

    condies que anteriormente apresentei, julgo que entretanto a distancia com que Polbio

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    refere este acontecimento, possa ter observado o planeamento de construo de uma marinha

    mas somente no papel, como projecto e no como uma existncia efectiva.

    A minha questo prende-se igualmente com a ttica de abordagens, se fosse pela proa o esporo

    entraria pelo casco da embarcao inimiga, imobilizando o mesmo se fosse pelo travs ento

    colocaria em causa a boa utilizao dos remos que poderiam atingir aproximadamente 5 metros,

    e com uma abordagem poderiam ficar destrudos imobilizando deste modo as duas

    embarcaes a abalroada e a abalroante.

    Deste modo apresento em seguida algumas imagens retiradas de pesquisa simples na internet,

    em sites que se debruam sobre o assunto e outras representaes de maquetes do que se

    apresenta como trirremes com corvus, as quais associei alguns comentrios pessoais acerca da

    mesma representao.

    Atento a este facto agradeo a sua observao especialista agradecendo a prestimosa ajuda que

    entendeu proporcionar-me para a execuo deste projecto.

    Pelo que apresentando os meus melhores agradecimentos,

    Queira Senhor Almirante Beiro receber os meus respeitosos cumprimentos de elevada

    considerao.

    Atenciosamente

    Jos Baleira

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    ANEXO A

    Maquetas

    Veja-se a aco limitadora da cevadeira o dos cabos e a verga que a suporta

    Estas representaes as anteriores e as posteriores parece-me irrealista pois o corvus

    encontra-se limitado na sua ao pela cevadeira, cuja verga transversal ao gurups vai limitar a

    sua misso descendente

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    -- -- -- --

    O desembarque

    O peso da prancha e dos homens na mesma faria adornar inevitavelmente a embarcao

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    Representao de iar ou arrear o engenho

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    ANEXO B

    REPRESENTAO ICONOGRAFICA

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    REPRESENTAO ICONOGRAFICA DE UM DESEMBARQUE OU ABORDAGEM

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    Esta representao entendo que desproporcional a dimenso do corvus em relao a

    embarcao logo provocadora de destabilizao