O cuidador

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O Cuidador Formadora: Susana Palma

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O CuidadorFormadora: Susana Palma

O Cuidador e o Idoso

O cuidador e o idoso - Tipos

de Cuidador

Cuidador Informal

Cuidador Formal

Tipos de Cuidador

Cuidador informal – membro familiar,

esposa(o), filha(o), irmã(ão), normalmente do

sexo feminino, que é “escolhido” entre os

familiares por ter melhor relacionamento ou

intimidade com a pessoa idosa e por

apresentar maior disponibilidade de tempo.

Podemos colocar neste grupo a amiga ou

vizinha, que mesmo não tendo laços de

parentesco, cuida da pessoa idosa, sem

receber pagamento, como voluntária.

Tipos de Cuidador

Cuidador formal é o profissional, que

recebeu um treinamento específico para a

função e exerce a atividade de “cuidador”

contratado para exercer suas funções na

residência de uma família, em Instituições

de Longa Permanência para Idosos (ILPI),

ou companhar a pessoa idosa em sua

permanência em Unidades de Saúde

(hospitais, clínicas, etc.).

Qualidades do Cuidador

Qualidades físicas e intelectuais – Deve

ter boa saúde física para ter condições

de ajudar e apoiar o idoso em suas

atividades de vida diária. Também tem

que ter condições de avaliar e tomar

decisões em situações de emergência

que necessitam de iniciativas e ações

rápidas.

Qualidades do Cuidador

Capacidade de ser tolerante e paciente –

Deve compreender os momentos difíceis

que a família e a pessoa idosa podem

estar passando, com a diminuição de sua

capacidade física e mental, de seu papel

social, que pode afetar seu humor e

dificultar as relações interpessoais.

Qualidades do Cuidador

Capacidade de observação – O cuidador

deve ficar atento às alterações que a

pessoa idosa pode sofrer, tanto emocionais

quanto físicas, que podem representar

sintomas de alguma doença.

Qualidades do Cuidador

Qualidades éticas e morais – O cuidador

precisa ter respeito e dignidade ao tratar a

pessoa idosa e nas relações com ele e

com sua família. Deve respeitar a

intimidade, a organização e crenças da

família, evitando interferência e sobretudo

exercendo a ética profissional.

Qualidades do Cuidador

Responsabilidade – Lembrar sempre que afamília ao entregar aos seus cuidados apessoa idosa está lhe confiando umatarefa que, neste momento, estáimpossibilitada de realizar, mas que esperaseja desempenhada com todo o carinho ededicação. Como em qualquer trabalho, apontualidade, assiduidade e ocompromisso contratual devem serrespeitados.

Qualidades do Cuidador

Motivação – Para exercer qualquer

profissão, é necessário gostar do que faz. É

importante que tenha empatia por pessoas

idosas, entender que nem sempre vai ter

uma resposta positiva pelos seus esforços,

mas vai ter a alegria e satisfação do dever

cumprido.

Qualidades do Cuidador

Bom senso e apresentação – O cuidador,

como qualquer trabalhador, deve ir

trabalhar vestido adequadamente, sem

jóias e enfeites, que podem magoar a

pessoa idosa, com cabelo penteado e, ser

for longo, com ele preso, sem

maquilhagem forte. As unhas devem estar

cortadas e limpas. De preferência, deve

usar uniforme.

Principais tarefas do Cuidador

Formal

1. Ajudar, estimular e realizar, caso sejaindispensável, as atividades de vida diária, ouseja, a higiene pessoal e bucal, alimentação,locomoção,etc.

2. Cuidar do vestuário (organizar a roupa quevai ser usada, dando sempre à pessoa idosa odireito de escolha), manter o armário e osobjetos de uso arrumados e nos locaishabituais; e cuidar da aparência da pessoaidosa (cuidar das unhas, cabelos) de modo aaumentar a sua auto-estima.

Principais tarefas do Cuidador

Formal

3. Facilitar e estimular a comunicação com

a pessoa idosa, conversando e ouvindo-a;

acompanhando-a em seus passeios e

incentivando- a a realizar exercícios físicos,

sempre que autorizados pelos profissionais

de saúde, e a participar de atividades de

lazer. Desta forma, ajudará a sua inclusão

social e a melhorar sua saúde.

Principais tarefas do Cuidador

Formal

4. Acompanhar a pessoa idosa aos exames,consultas e tratamentos de saúde, e transmitir aosprofissionais de saúde as mudanças nocomportamento, humor ou aparecimento dealterações físicas (temperatura, pressão, sono, etc.).

5. Cuidar da medicação oral da pessoa idosa, emdose e horário prescritos pelo médico. Em caso deinjecções, mesmo com receita médica, é proibidoao cuidador aplicá-las. Deverá recorrer a umprofissional da área de enfermagem.

Principais tarefas do Cuidador

Formal

6. Estimular a auto-suficiência da pessoa

idosa, por isto, o cuidador deverá, sempre

que possível, fazer com ela e não para ela.

Principais tarefas do Cuidador

Informal

Tarefas habituais de um cuidador familiar:

• Ajuda nas atividades domésticas (cozinhar, lavar, limpar, passar ferro).

• Assiste a pessoa idosa na sua locomoção fora de sua casa (acompanhar ao médico, ir à igreja, fazer um passeio).

• Assiste a pessoa idosa a movimentar-se dentro de sua casa.

• Ajuda na higiene e cuidados pessoais (pentear, tomar banho, etc.).• Ajuda na administração do dinheiro e bens.

Principais tarefas do Cuidador

Informal

Tarefas habituais de um cuidador familiar:

• Administra medicamentos.

• Ajuda nos cuidados de enfermagem.

• Procura proporcionar conforto e tranquilizar a pessoa idosa em situações de crise (por exemplo, quando fica agitado ou ansioso).

• Ajuda na comunicação com os outros, quando existem dificuldades para expressar-se.

• Faz pelo seu familiar pequenas tarefas da vida diária (por exemplo, leva-lhe um copo de água, acomoda-o em frente à televisão, etc.).

Porque cuidamos das pessoas idosas da nossa família?

Outros motivos• motivação altruísta, ou seja, para manter o bem estar da pessoa idosa, com quem nos identificamos;

• reciprocidade, já que fomos antes cuidados por ela;

• gratidão que recebemos daqueles que cuidamos;

• sentimentos de culpa do passado;

• evitar a censura da família, de amigos e de conhecidos, caso não cuidemos dos nossos familiares idosos.

Quem são geralmente os

cuidadores familiares?

A relação do cuidador formal e a

família

Quando a família dispõe de recursosfinanceiros suficientes poderá contratar umprofissional, o cuidador formal, para ajudaro cuidador familiar ou para se ocupar dapessoa idosa. Inicia-se então uma relaçãotrabalhista, que demandará umconhecimento e aceitação, da pessoaidosa e da família, dos deveres e direitosdesta função, bem como uma posturaética do cuidador.

A relação do cuidador formal e a

família – Ausência da família

O Cuidador Formal poderá enfrentar

situações bastante delicadas e stressantes

no exercício de sua função. A ausência

total dos familiares, por considerarem

cumprido seu papel ao entregarem a

pessoa idosa ,a um cuidador, pode

ocasionar insegurança e solidão.

A relação do cuidador formal e a

família – Superprotecção da família

A superprotecção da família à pessoa

idosa, não pode interferir no seu trabalho,

como por exemplo, a exigência de dar à

pessoa idosa um medicamento não

prescrito pelo médico ou não deixar que se

cumpra as determinações dos demais

profissionais da saúde, por acreditar que

não está fazendo nenhum efeito benéfico.

A relação do cuidador formal e a

família – Rivalidade familiar

Situação mais séria acontece, quando nas

disputas familiares, o cuidador é solicitado

a tomar partido ou servir de “espião” para

um dos lados.

A relação do cuidador formal e a

família

Em qualquer dos casos acima referidos, o

cuidador formal deverá manter a calma,

continuar a executar as suas tarefas com

eficiência, e tentar entrar em diálogo com

a família por forma a resolver a situação.

O cuidador e as relações

profissionais

Fazem parte da equipa diversos grupos

profissionais, cada um deles com um

papel específico e uma função a

cumprir. Todos os grupos profissionais têm

no entanto, o mesmo objectivo: a

recuperação ou melhoria das pessoas

que cuidam

O cuidador e as relações

profissionais

Da conjugação dos esforços de todos

resulta a melhoria dos cuidados

prestados minimizando-se as falhas e

complicações. Os interesses pessoais de

cada um não se podem sobrepor aos da

pessoa cuidada. Devemos lembrar-nos

sempre que, uma equipa unida transmite

segurança à pessoa que cuida.

O cuidador e as relações

profissionais

A importância do trabalho em equipa

1. Cada um dos membros da equipa, seja

qual for o seu grupo ou categoria

profissional, tem um papel importante

2. A atividade de cada um contribui para

um todo

O cuidador e as relações

profissionais

A importância do trabalho em equipa

3. Uma equipa unida transmite segurança

à pessoa que cuida.

4. Os interesses pessoais de cada um não

se podem sobrepor aos da pessoa que

cuida.

O cuidador e as relações

profissionais

A importância do trabalho em equipa

A transmissão da informação deve fazer-

se sempre, entre os profissionais por forma

a assegurar uma comunicação uniforme,

daí ser imprescindível o registo de

informação relevante de cada cliente,

ou registo de ocorrências.

Dicas para o cuidador

Oferecer muito amor e carinho e procurar

satisfazer a necessidade espiritual da

pessoa idosa. Preferir a comunicação não

verbal através do toque. Manter o

ambiente calmo e harmonioso. Dividir as

tarefas com outras pessoas e insistir que o

idoso neste estágio continua necessitando

da presença regular de familiares, mesmo

que não possa reconhecê-los.

O cuidador e a Criança

A profissão O técnico é um profissional da educação,

que tem como função apoiar os educadores no jardim-de-infância;

As crianças são a base do técnico de açãoeducativa. A sua influência incide nelas e por elas, e sendo um profissional da comunicação deve tentar incutir valores, sentimentos, aprendizagens, cooperação e tudo o que demais possa ajudar a criança a tornar-se um ser saudável e intelectualmente equilibrado.

A profissão

O Técnico de Ação Educativa não sendo

apenas um profissional que tem em vista

a instrução e a educação da criança, é

essencialmente ele que procede ao

direito da educação e da comunicação

pedagógica.

Qualidades do cuidador

Ser paciente

Ser meigo

Respeitador

Ser sociável

Ser responsável

Ser assíduo e pontual

Ser comunicativo

Ser tolerante

Tarefas do cuidador Vigiar e acompanhar uma ou mais crianças. Acompanhar, vigiar e apoiar crianças em

Actividades da vida diária.

Apoiar a educadora na planificação e execução de actividades lúdicas ou pedagógicas, bem como no desenvolvimento de comportamentos que fomentem a autonomia da criança em contexto institucional e em saídas.

Auxiliar nas tarefas de vigilância de crianças em creches e estabelecimentos similares.

Acompanhar, apoiar e desenvolver actividades com crianças com necessidades específicas de educação.

Relação Cuidador/FamíliaA troca de opiniões com os pais permite um melhorconhecimento da criança e de outros contextosque influenciam a sua educação: família ecomunidade.

Os pais e encarregados de educação devemparticipar nos projectos educativos e criar um climade empatia com o educador e assistente de acçãoeducativa, estabelecendo assim relações afectivasmuito estreitas que visam uma melhor transparênciano conhecimento da personalidade de cadacriança, permitindo assim um desenvolvimentoglobal e harmonioso da mesma.

Relação Cuidador/Família

Estratégias para envolver os pais como parceiros:

Criar um ambiente acolhedor para as famílias

Estabelecer um processo de inscrição centrado na família

Encorajar os pais a participarem nas atividades da instituição

Cuidador – Relações

profissionais

Para um trabalho entre educador/auxiliar

positivo é necessário: cooperação,

entreajuda, união, relações de confiança,

sentido de responsabilidade, diálogo.

Cuidador – Relações

profissionais

COOPERAÇÃO: Trabalhar em

cooperativa significa trabalhar em

unidade com outros para obter

resultados importantes para todos. A

primeira forma de cooperar é querer

aprender. Cooperação implica diálogo,

falando uns com os outros desanuviam-se

as dúvidas e encontram-se as soluções.

Cuidador – Relações

profissionais

EQUIPA: Um grupo de pessoas que estão

juntas para o desempenho de uma

tarefa. Não fazem todos a mesma coisa,

não têm o mesmo papel. Os graus de

responsabilidade e de poder são

diferentes. Mas todos dependem uns dos

outros para cumprir bem a tarefa e atingir

o objectivo que pretendem.

Cuidador – Relações

profissionais

Estratégias de colaboração entre colegas:

Recorrer à observação: Observar as

crianças ao longo do dia, Analisar e

interpretar as observações das crianças,

Planificar formas de apoiar cada criança

Cuidador – Relações

profissionais

Praticar uma comunicação aberta: Reservar algum tempo do dia para estarem juntos a pensar sobre aquilo que estão a observar nas crianças, no modo como as devem apoiar e como resolver os problemas que vão surgindo, Os membros da equipa partilham os seus pensamentos e sentimentos genuínos, esperam pela sua vez para falarem e escutarem e respeitosamente dão toda a sua atenção ao outro.

Tomar decisões conjuntas: Espaço e materiais, Horários e rotinas, Papéis e responsabilidades

Referências Bibliográficas

Cuidar Melhor e Evitar a Violência Manual

do Cuidador da Pessoa Idosa ; Brasília, 2008

Cuidar bem, fazer melhor – Manual2 ;

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