O Desenvolvimento
-
Upload
natalia-viana -
Category
Documents
-
view
220 -
download
2
Transcript of O Desenvolvimento
O desenvolvimento embrionário consiste em um desenrolar contínuo de eventos, didaticamente dividido em etapas. Esse desenvolvimento se dá a partir de uma única célula – o ovo ou zigoto.
A célula-ovo (zigoto) sofre sucessivas divisões originando células menores chamadas blastômeros. A divisão da célula-ovo até a formação dos blastômeros recebe o nome de clivagem.
FASES DA SEGMENTAÇÃO
Embora existam diferentes tipos de segmentação, eles
normalmente se realizam segundo duas fases:
Mórula: em que se forma um maciço celular com poucas
células;
Blástula: em que é aumentado o número de célula e se forma
uma cavidade interna cheia de líquido.
Durante a fase de mórula e a de blástula, o volume total
permanece praticamente constante, embora aumente o número
de células. A cavidade central que se observa na blástula recebe o
nome de blastocele (cele = cavidade) e é cheia de líquido
sintetizado pelas células que formam os seus limites.
Gastrulação: é a fase onde se iniciam as diferenças
mais marcantes entre os vertebrados. Consiste no
período em que a massa celular da blástula irá
originar 3 camadas ou folhetos germinativos. Envolve
as fases:Gástrula: forma o arquêntero, a mesentoderme e
a ectoderme;Nêurula: forma o tubo neural, ocorrendo no final
da anterior;Organogênese: formação dos órgãos.
5ª semana: amenorréia por aproximadamente 5 dias. O sistema circulatório do
embrião, juntamente com o coração, começa a ser formado. Além disso, os
primórdios do sistema nervoso central também já existem com o fechamento do tubo
neural.
6ª semana: Brotos dos membros superiores e inferiores estão se formando. O
embrião mede aproximadamente 4 mm.
7ª semana: O embrião chega a medir 8 mm. A face primitiva está em
desenvolvimento.
8ª semana: O embrião chega a medir 13mm de comprimento. Os dedos já são
visíveis, bem como as orelhas. Inicia-se o desenvolvimento dentário.
9ª semana: Nesse período ele já se mexe bastante dentro do útero, porém a mãe
ainda não percebe. A genitália externa é definida, ou seja o sexo já está estabelecido.
O comprimento chega a 18mm.
10ª semana: Os primórdios de todas as estruturas essenciais externas e internas já
existem. O embrião chega a 30mm de comprimento. Entre 10 e 14 semanas pode-se,
através da ultra-sonografia, medir a translucência nucal que, quando normal, afasta
em 85% a chance da criança nascer com Síndrome de Down.
11ª semana: O embrião chega a medir 50mm. Na ultra-sonografia já se pode
observar o estômago, a bexiga e massa encefálica, além do esboço da coluna vertebral.
12ª semana : O embrião torna-se um feto, ou seja, suas características físicas
assemelham-se à de um adulto. A face tem aspecto humano. Ele chega a medir 61mm.
A placenta torna-se o órgão responsável pela nutrição fetal. As unhas dos dedos das
mãos e dos pés começam a se formar.
13ª semana : Inicia-se o segundo trimestre da gestação. A "barriguinha" da gestante
começa a apontar, pois o útero já ocupa a parte superior da pelve. O sistema
tegumentar que forma a pele já está se desenvolvendo.
14ª semana: A possibilidade de o médico obstetra escutar os batimentos cardíacos
fetais com um aparelho chamado sonar já é bem alta: depende da quantidade de tecido
adiposo da paciente e da posição fetal.
15ª semana: O sexo fetal já pode ser definido pelo exame de ultra-som. Isso
depende principalmente da posição fetal, além do equipamento utilizado e do
profissional que realiza o exame. Existem casos em que não se consegue diagnosticar o
sexo fetal até o fim da gestação pelo ultra-som, outros em que há grande facilidade em
se identificar a genitália.
16ª semana: O feto já não pode ser visto inteiro na tela do ultra-som: o médico o mostrará por partes. A ossificação do esqueleto fetal progride rapidamente nesse período.
17ª semana: A movimentação fetal é intensa, porém a mãe ainda não consegue percebê-la.
18ª semana: Nos fetos de sexo feminino, os ovários já estão diferenciados. Os testículos, nos fetos masculinos, iniciam sua descida para a bolsa escrotal.
19ª semana: Os sistemas circulatório, digestivo e urinário já funcionam harmoniosamente. O feto deglute parte do líquido amniótico e elimina urina no líquido.
20ª semana: a maioria das gestantes começa a sentir as movimentações fetais. Entre 20 e 24 semanas de gestação pode se realizar o ultra-som morfológico. É a época apropriada para o rastreamento de várias malformações fetais e placentárias. O peso fetal está em torno de 500gramas.
21ª semana: O soluço fetal pode ser percebido freqüentemente até o fim da gestação.
22ª semana : Os pêlos começam a tornar-se visíveis, inicialmente nas sobrancelhas, nos lábios superiores e queixo, bem como os cabelos.
23ª semana :O feto mexe bastante nessa fase gestacional, podendo dar cambalhotas, virar de um lado para o outro e inclusive dormir no útero materno.
24ª semana: O comprimento céfalo-nádegas é em torno de 21cm, e o peso
em torno de 650g.
25ª semana: As medidas do feto tornam-se mais proporcionais a partir dessa
fase.
26ª semana: A partir dessa semana inicia-se o terceiro trimestre da gestação
que se caracteriza pelo ganho de peso fetal, além do amadurecimento de seus
órgãos.
27ª semana: A pele encontra-se enrugada devido à escassez de gordura
subcutânea. Os olhos começam a abrir. O feto tem aparência magra.
28ª semana: O peso fetal está em torno de 1kg.
29ª semana: A gordura subcutânea já está desenvolvida, ou seja, a pele
enrugada desaparece. O sistema nervoso central atinge um grau de
desenvolvimento satisfatório, permitindo já um certo controle de regulação
térmica corporal. O feto já ensaia movimentos respiratórios intra-uterinos.
30ª semana: Daqui para frente a implantação placentária é definitiva, ou
seja, não há mais deslocamento da mesma. Normalmente após esse período o
feto já fica na posição correta, que é de ponta cabeça, ou seja, dificilmente
dará uma cambalhota para ficar sentado.
31ª semana: Os núcleos de ossificação do fêmur (osso principal do corpo humano) já se formaram, indicando que o amadurecimento ósseo está adequado.
32ª semana: As contrações uterinas fisiológicas, que preparam o útero para o trabalho de parto, iniciam-se lentamente nessa fase. A gestante pode sentir a barriga "endurecer" por curtos períodos de tempo e não rítmicos.
33ª semana: A partir dessa semana é interessante que a gestante vá preparando os últimos detalhes do enxoval do bebê, que conheça a maternidade e o melhor caminho para chegar lá.
34ª semana: O peso fetal está em torno de 2kg. 35ª semana: A partir dessa época, os pulmões já produzem surfactante,
uma substância fabricada pelo próprio organismo que faz com que eles sequem, e eles deixam de ser imaturos.
36ª semana: A média de peso fetal é de 2,5kg. A partir dessa semana é comum a realização de um exame chamado cardiotocografia anteparto ou monitoragem fetal. É feito semanalmente e tem o intuito de avaliar o bem estar fetal, ou seja, a sua vitalidade.
37ª semana: Ao final desta semana o feto já é considerado maduro por isso, caso a paciente entre em trabalho de parto espontaneamente, o recém-nascido não será prematuro. Porém nesse período o feto freqüentemente ainda está em fase de ganho de massa corporal, em torno de 200-250g/semana.
38ª semana: As gestantes em geral apresentam contrações uterinas ainda não rítmicas que preparam o organismo para o trabalho de parto. Fique atenta às movimentações fetais e a uma eventual perda de líquido.
39ª semana: No fim da gestação é importante o controle médico semanal. Muitas mulheres já apresentam dilatação do colo uterino.
40ª semana: O final desta semana coincidirá com a data que o médico calculou como a data provável do parto no início do pré-natal. Em alguns casos, a duração da gestação pode ser superior a 40 semanas, mas o acompanhamento médico é fundamental nesse período para garantir o bem estar materno e fetal.
FORMAÇÕES GERAIS
8ª Semana:
Mãe: Faltaram 2 períodos menstruais. Os seios começam a
preparação para a amamentação; as glândulas mamárias
crescem; a circulação aumenta. Aumenta a freqüência
urinária - o útero pressiona a bexiga. Possíveis indisposições
digestivas.
Embrião: Um sistema nervoso primitivo se forma.Formação
de esqueleto de cartilagem; dedos da mão e do pé se
formam. Os órgãos digestivos se formam. Os olhos e
características faciais são identificáveis. A batida do coração
e os vasos sanguíneos principais já estão presentes.
12ª SEMANA
Mãe: Fundo uterino acima do limite da pelve. A placenta funcionando totalmente. Início das contrações uterinas de Braxton-Hicks que permanecem durante toda a gravidez.
Feto: Os músculos funcionam. As pálpebras se formam. O sexo pode ser determinado. Os rins produzem a urina.
16ª Semana
Mãe: Os seios alcançam o tamanho máximo. As aréolas aumentam e escurecem. Os tubérculos de Montgomery aparecem. Os bicos dos seios aumentam; secreção do colostro. Movimentos do feto podem ser sentidos.
Feto: As sobrancelhas estão presentes. A pele é mais grossa; formam-se as impressões digitais e plantar. Ossos substituem o esqueleto de cartilagem. Os músculos e o sistema nervoso trabalham em conjunto. A maioria dos sistemas orgânicos estão formados. A batida do coração é audível através do estetoscópio.
20ª SEMANAMãe: Fundo uterino atinge o umbigo. Mudanças de pele podem incluir a "linea nigra", estrias, a máscara da gravidez, acne e prurido. Os movimentos do feto podem ficar visíveis.
Feto: O cabelo fica evidente. Lanugem e vernix cobrem o corpo. O feto dorme, chupa o polegar e dá pontapés. A mão pode segurar com firmeza.
24ª SemanaMãe: Peso de útero faz com que a coluna vertebral se curve para a frente.As articulações pélvicas começam a relaxar para permitir a passagem do bebê, no nascimento.
Feto: O bebê parece vermelho e enrugado devido aos vasos capilares debaixo da pele e à falta de gordura. As narinas se formam. Os olhos ficam totalmente formados. A postura se torna ereta.
28ª SEMANAMãe: O útero aumentado comprime os órgãos digestivos. O tônus
muscular do sistema digestivo se afrouxa causando prisão de ventre,
azia e dispepsia. Feto: As pálpebras piscam, o feto vê a luz; outros sentidos já
funcionam. A habilidade de chupar e engolir se desenvolve. Nos fetos
do sexo masculinos os testículos descem. O cérebro e o resto do
sistema nervoso crescem rapidamente.Os períodos de sono e períodos
acordados se alternam. Gordura se deposita debaixo da pele.
32ª SemanaMãe: Fundo uterino atinge a base do esterno. A respiração fica mais difícil. Aumento da frequência urinária devido à pressão do útero sobre a bexiga. Pressão do útero sobre os vasos sanguíneos pode causar varizes, hemorróidas e tornozelos inchados. O suprimento de sangue da mãe aumentou 1/3.Feto: Os sistemas respiratórios e digestivo quase funcionais. Mais gordura é depositada debaixo da pele. Formação de reservas de ferro e outros minerais.
36ª a 40ª Semana
Mãe: Ocorre a descida do bebê para a pelve. As contrações de
Braxton-Hicks se intensificam à medida que o útero e o colo se
preparam para o trabalho de parto.
Feto: O ritmo de crescimento diminui. A maior parte do lanugem
e do vérnix desaparecem. Anticorpos da mãe são recebidos. A
cabeça geralmente vira para baixo para o nascimento.
Anexos embrionários são estruturas que se
originam dos folhetos germinativos e que, entre
outras funções, protegem e nutrem o embrião de
répteis, aves e mamíferos.
O anexo embrionário ocorre em todos os
vertebrados, sendo o único anexo embrionário
presente nos peixes e anfíbios. Os anexos
embrionários desaparecem durante o
desenvolvimento e não estão presentes nos
adultos.
Saco Vitelínico: Presente nos peixes, répteis, aves
e mamíferos. É uma estrutura em forma de saco,
revestida externamente pela mesoderme e,
internamente, pela endoderme e constituída de um
nutriente, denominado vitelo. Nos mamíferos, o saco
vitelínico é reduzido e apresenta pouco vitelo,
portanto, este anexo não é relevante para o processo
de nutrição do embrião dos mamíferos, tal função é
realizada pela placenta.
Sua principal função é armazenar reservas
nutritivas durante o desenvolvimento do embrião.
Nos mamíferos esse anexo é reduzido, pois a
placenta assume a função de nutrição do embrião.
Alantóide: Membrana embrionária que nos
mamíferos forma a placenta juntamente com o
cório. É uma estrutura em forma de saco ou
vesícula, ligada a parte posterior do intestino do
embrião. Origina-se de uma saliência do intestino
primitivo.
Assim como o saco vitelínico, o alantóide é
formado pela mesoderme e endoderme. Sua
principal função é remover e armazenar excretas
produzidas pelo metabolismo do embrião.
A alantóide tem ainda função excretora.
Âmnio: é uma fina membrana, formada pela ectoderme e a mesoderme, que constitui a bolsa amniótica (ou saco amniótico). Sua função é produzir o líquido amniótico que é composto de eletrólitos, proteínas, aminoácidos, substâncias nitrogenadas, lipídios, carboidratos, vitaminas, hormônios e células esfoliadas. O líquido amniótico é normalmente engolido pelo feto e absorvido pelo trato gastrointestinal. Ele evita o ressecamento do embrião e o protege contra choques mecânicos.
Córion: O córion é uma membrana delgada e assim como o âmnio, formado pela ectoderme e a mesoderme. Exerce as seguintes funções: proteção térmica, proteção contra a entrada de microorganismos patogênicos, e juntamente com o alantóide auxilia nas trocas gasosas. É o anexo embrionário mais externo; envolve e protege os demais anexos. Nos mamíferos, o córion se une ao alantóide formando a placenta. Placenta: Ocorre apenas nos mamíferos e é constituída de dois componentes: uma porção fetal formada pelo saco coriônico e outra materna formada pelo endométrio. Essa característica faz com que a placenta seja um órgão fetomaterno. Possui as seguintes funções: proteção, nutrição, respiração, excreção e produção de hormônios. Após o parto é expelida do útero. A placenta permite a fixação do embrião na parede do útero.