O DIA ALAGOAS - Ano 1 - nº 051

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PASSAGEM DE ÔNIBUS SOBE PARA R$ 2,50 POR ORDEM DO TJ; PREFEITURA VAI RECORRER 5 Alagoas l 16 a 22 de fevereiro I ano 01 I número 051 l 2014 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected] Na Santa Amélia, Auto Posto Maceió, vende a gasolina mais barata de Maceió; promoção deixa o litro a R$ 2,84 Eduardo Leite GASOLINA É possível encher o tanque de gasolina ao preço abaixo dos R$ 3,00. O DIA ALAGOAS andou pela cidade e encon- trou três postos com gasolina a preços que variavam de R$ 2,85 a R$ 2,95. Fica na Santa Amélia o posto que vende a gasolina mais barata da cidade. 6 EM MACEIÓ, três postos vendem combustível abaixo dos R$ 3,00 Dados do INSS revelam que a construção civil é o terceiro colocado no índice de acidentes de trabalho. O setor pretende mudar esta realidade e implementou uma série de ações juntamente com a Superintendência Regio- nal do Trabalho e Emprego (SRTE). NO ENCALÇO O Ministério Público, atra- vés do Gecoc, está buscando meios para prender o ex-prefeito de São Luís do Quitunde, Cícero Cavalcante. MPE quer prender ex-prefeito de São Luís 5 Começa a vigorar nesta segunda-feira, dia 17, a faixa exclusiva para ônibus nas Avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. A multa de R$ 53,20 e a perda de pontos na carteira estarão valendo a partir do dia 10 de março. NA MIRA Os vigilantes de valores e patrimônio viraram alvo dos assaltantes. Já foram 15 ataques este ano para roubar armas e coletes. Vigilantes cobram mais segurança no trabalho 3 CONSTRUÇÃO CIVIL Setor quer reduzir índice de acidentes CONSTRUIR 15

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Alagoas l 16 a 22 de fevereiro I ano 01 I número 051 l 2014. O DIA ALAGOAS é um jornal semanário, no formato berliner, com circulação aos domingos.

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PASSAGEM DE ÔNIBUS SOBE PARA R$ 2,50 POR ORDEM DO TJ; PREFEITURA VAI RECORRER 5

Alagoas l 16 a 22 de fevereiro I ano 01 I número 051 l 2014 redação 82 3023.2092 I e-mail [email protected]

Na Santa Amélia, Auto Posto Maceió, vende a gasolina mais barata de Maceió; promoção deixa o litro a R$ 2,84

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Leite

GASOLINAÉ possível encher o tanque

de gasolina ao preço abaixo dos R$ 3,00. O DIA ALAGOAS

andou pela cidade e encon-trou três postos com gasolina a preços que variavam de R$ 2,85

a R$ 2,95. Fica na Santa Amélia o posto que vende a gasolina mais barata da cidade. 6

EM MACEIÓ, três postos vendem combustível abaixo dos R$ 3,00

Dados do INSS revelam que a construção civil é o terceiro colocado no índice de acidentes de trabalho. O setor pretende mudar esta

realidade e implementou uma série de ações juntamente com a Superintendência Regio-nal do Trabalho e Emprego (SRTE).

NO ENCALÇO

O Ministério Público, atra-vés do Gecoc, está buscando meios para prender o ex-prefeito de São Luís do Quitunde, Cícero Cavalcante.

MPE quer prender ex-prefeitode São Luís

5

Começa a vigorar nesta segunda-feira, dia 17, a faixa exclusiva para ônibus nas Avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. A multa de R$ 53,20 e a perda de pontos na carteira estarão valendo a partir do dia 10 de março.

NA MIRA

Os vigilantes de valores e patrimônio viraram alvo dos assaltantes. Já foram 15 ataques este ano para roubar armas e coletes.

Vigilantes cobram mais segurança no trabalho

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Setor quer reduzir índice de acidentes

CONSTRUIR

15

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PUBLICIDADE2 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

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A que se deve o crescimento desta modalidade de crime?

Nós estamos perguntando isso à polícia. Não somos da polícia, mas entendemos que um bando perigoso está se armando em Alagoas e decidiu atacar vigilantes nos postos de serviço.

Com esta onda de ataques, qual é a recomendação do sindi-cato?

Orientamos aos nossos companheiros para que redo-brem a atenção nos postos de trabalho e que, se não houver como evitar a ação criminosa, que não reajam. Os bandidos estão dispostos a matar o pai de família só para lhe tomar o revólver ou o colete balístico. Na atual situação, redobrar a atenção é a nossa principal recomendação.

Então o vigilante não está atento o suficiente?

Não é bem isso. O que ocorre é que, em muitos postos de trabalho, há o desvio de função. É comum a gente encontrar vigilan-tes com uma arma de fogo na cintura organizando filas ou distribuindo fichas para médicos ou requisição para exames. Isso ocorre sempre nos postos de saúde. Quando ele passa a desempenhar estas funções, se descuida da sua própria segurança e acaba virando um alvo fácil para os bandidos. No desvio de função, o vigilante se distrai e o bandido percebe isso. Esse desvio de função deixa o vigi-lante vulnerável e, por conse-quência, o posto também fica sem segurança.

E quanto à segurança ofere-cida pelas empresas ao vigi-lante?

Ela não existe. O vigilante é contratado para fazer a segu-rança de valores ou de um patrimônio. Ele é um profis-sional preparado, mas, para dar segurança, ele precisa estar seguro também. Muitas

vezes, o vigilante trabalha no lado de fora da empresa, sem nenhuma proteção nem da

chuva e do sol, imagine da ação de um bandido. Nestas condições, ele não terá como garantir a segurança do local onde trabalha. Enquanto os bandidos usam fuzis, os vigi-lantes ainda usam revólveres ou espingarda doze. A popu-lação deve saber que estamos preparados para exercer a função. Mas somos vigilantes, trabalhamos com a preserva-ção da segurança. Quando saímos de nossa função, aí sim ficamos vulneráveis e deixamos o nosso posto de trabalho nas mesmas condi-ções.

Então, o problema passa também pelas empresas?

Mas não tenha dúvi-das. Muitas vezes, para não perder os clientes, as empre-sas de segurança “vendem” serviços que nem têm para oferecer e isso acaba acarre-tando numa sobrecarga de atividades para o vigilante. Tenha a certeza de que, sem a sua própria segurança, o vigi-lante – seja de patrimônio ou de valores – não terá condi-

ções de garantir a segurança do posto onde ele trabalha.

Esses números refletem a realidade de insegurança dos vigilantes?

Ainda não. A população não sabe, mas as empre-sas de segurança também precisam trabalhar com o Serviço de Inteligência. Isso é necessário porque se faz muito o reabastecimento de caixas eletrônicos na cidade. Nesses momentos, os bandi-dos estão espertos e prontos para atacar. Antes de grandes reabastecimentos de caixas eletrônicos, equipes de vigi-lantes vão ao local e fazem o levantamento. Em muitos casos, a operação é abor-tada para ser feita em outra ocasião. Isso ocorre sempre que há situações suspeitas nos arredores dos caixas.

É o mesmo procedimento para os carros-fortes?

Exatamente. Por isso registramos poucos ataques a veículos transportadores de valores em Alagoas. As rotas

dos carros-fortes são monito-radas e esses carros são escol-tados por vigilantes armados. Desta forma, inibe-se a ação dos assaltantes.

Qual é o perfil do vigilante em Alagoas?

Podemos dizer que é uma categoria de profissionais ficha-limpa. Para ser admi-tido por uma empresa de segurança, o vigilante tem a vida virada pelo avesso. As certidões negativas são fundamentais para o vigi-lante, bem como as aulas na preparação do curso e na reciclagem. Estamos prontos para atender à população, mas as empresas precisam entender que nós precisamos estar seguros para garantir essa segurança.

Deraldo FranciscoRepórter

Os vigilantes de Maceió têm uma preocupação a mais: eles passaram a ser alvos de quadrilhas especia-

lizadas. Até a última sexta-feira, dia 14, pelo menos 15 vigilantes já tinham sido atacados por bandidos na cidade. Nesses ataques, eles perderam armas e coletes à prova de balas. Os bandidos renderam os vigilantes, tomaram-lhes armas e coletes e foram embora sem atacar o estabelecimento onde os profis-

sionais trabalham. Ou seja: as quadrilhas estão se armando e se preparando para enfrentar a polícia. Mas este tipo de crime não é modalidade nova em Maceió. Em 2013, conforme dados do Sindicato dos Vigilantes, foram 86 casos deste tipo. Isso leva a uma média de sete casos por mês. Este ano, a média está acima dos dez casos por mês. Só em 40 dias, foram 15 ataques. A “preferência” dos bandidos é pelos ataques a vigilantes que trabalham em postos de saúde. Como eles ficam, normalmente, sozinhos à noite, a ação dos criminosos é facilitada. No entanto, no mais ousado de todos os crimes desta natureza ocorrido em Maceió,

três vigilantes do Ibama foram surpreendidos por uma quadrilha e obrigados a entregar armas, munições e coletes. Há em Alagoas cerca de 6,2 mil vigilantes registrados pela Polícia Federal e pouco mais de três mil são sindicalizados. Eles trabalham em 17 empre-sas de segurança, sendo três de transportes de valo-res e 14 patrimonial. Um vigilante profissional ganha entre R$ 1.189,00 e R$ 1.375,00. A reportagem de O DIA ALAGOAS conversou com José Cícero Ferreira da Silva, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alagoas, sobre o assunto. Ele se confessou bastante preocupado com o crescimento dos casos no Estado:

3O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

COM A PALAVRA... redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

SÓ ESTE ANO, foram 15 ataques para roubar armas de fogo e coletes à prova de balas; profissionais se sentem inseguros

Vigilantes na mira dos bandidos

ServiçoSindicato dos Vigilantes de AlagoasRua General Hermes, 1698, Bom PartoTelefones: 82 – 3223-3962-3379Site: sindvigilantesal.com.br

Edua

rdo

Leite

Precisamos estar seguros

para dar segurança

às pessoas e ao patrimônio dos clientes

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4 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

EXPRESSÃO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

CNPJ 07.847.607/0001-50 l Av. Com. Francisco Amorim Leão, 364, Sala 202 - Farol - Maceió - Alagoas - E-mail: [email protected] - Fone: 3023.2092

Para anunciar,ligue 3023.2092

EXPEDIENTE Eliane PereiraDiretora-Executiva

Jobson PedrosaDiretor de Redação

Deraldo FranciscoEditor-Geral

Regenes Melo Jr.Gerente Comercial

Conselho Editorial Aldo Ivo Jorge Vieira José Alberto Costa

O motorista m a c e i o -ense está

diante de uma situação dife-rente. Vive-se a primeira iniciativa real de tentativa para disciplinar o fluxo de veículos nas duas princi-pais avenidas de Maceió: a Durval de Góes Monteiro e a Fernandes Lima.

Por enquanto, só os ônibus de transporte cole-tivo de passageiros estão sendo contemplados. Com a vigência da faixa exclusiva para ônibus, espera-se redu-zir uma viagem de coletivo em 30 ou 40 minutos. Da média atual de 12km/h ou 15km/h, a velocidade dos ônibus passará para 25km/h.

Um grande ganho, prin-cipalmente para o traba-lhador que usa este tipo de transporte duas vezes, no mínimo, ao dia. São mais de 120 mil pessoas transporta-das pelos ônibus só nestas duas avenidas em Maceió.

Considerando que a ocupação máxima para cada carro particular é de cinco pessoas, seriam necessá-rios 24 mil veículos peque-nos para transportar esse volume de pessoas. Seria um caos essa quantidade de carros indo e voltando nas duas avenidas. Esse trans-porte é feito, hoje, por quase 200 ônibus, distribuídos em 42 linhas. Cada um leva, em média, por dia, 600 passa-

geiros.Essas são as vantagens

da vigência da faixa exclu-siva. Por isso, as outras categorias, principalmente os taxistas, reclamam que a ideia só beneficiou os empresários de ônibus. Isso é meia verdade. O setor será beneficiado, mas os passa-geiros também. Quando se fala em lucro, certamente, ele vai parar direto no bolso dos empresários.

Os taxistas reivindicam os benefícios da faixa e ameaçam resistir até o fim. Prometem ir às instâncias judiciais. Formar uma fila indiana em toda a exten-são de uma das faixas é um tipo de ação que pode ser

utilizado pela categoria. O motorista do carro parti-cular está insatisfeito, mas curioso com o que pode acontecer. Ele não se sente contemplado pelos bene-fícios da faixa, mas prefere esperar para ver.

Há os que apostam na viabilidade da ideia e que, assim, já apoiam a mudança. Estes já estão colaborando, trafegando nas faixas desti-nadas aos veículos. Outros dizem apenas que são contra a faixa exclusiva, embora não emitam uma opinião ou por omissão ou talvez porque ainda não têm clara a transformação que está sendo processada.

O próprio órgão gestor

do trânsito espera o caos para esta semana no trânsito de Maceió. A expectativa é de que, devido à falta de colaboração dos condutores, os benefícios da faixa exclu-siva ainda vão demorar um pouco para serem sentidos e compreendidos pelos moto-ristas que trafegam pelas avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro.

Como é sabido, toda mudança causa impacto e carece de adaptação. O que se espera é que a nova realidade desenhada para o trânsito de Maceió impacte positivamente e que, nesse processo, todos possam se adaptar, transformando-se em agentes colaboradores.

Faixa da polêmica

Marco Mota - Médico cardiologista

Desde que deixei de escrever regularmente

nos jornais de Maceió, de vez em quando, sinto tristeza por esca-par a oportunidade de mani-festar a minha opinião sobre os fatos, mesmo os corriqueiros, que acontecem ao meu redor. Quando as chances surgem, não tem como desperdiçá-las.

Desde que foi deflagrada a operação “muralha”, que funciona na Polícia Militar situada na estrada da Barra de São Miguel, que interrompi as minhas tão esperadas e deseja-das férias de janeiro/fevereiro.

Motivado pela tão decan-tada duplicação daquela rodo-via, pensei ter conseguido me libertar do suplício de viajar pelo litoral sul de meu estado.

Por isso, esperei quase três anos e curti as obras a cada KM vencido. Mesmo reclamando de muitos pontos de veloci-dade limitada, devido à falta de passadeiras nos locais onde existem povoados e gente que atravessa a rodovia com mais frequência, conseguia ir de minha casa situada na Ponta Verde até a minha situada na Barra de São Miguel em 30 minutos.

O problema é que a opera-ção iniciada (não discuto a necessidade de estratégias rigo-rosas para controlar a entrada e a saída de bandidos) reduziu o acesso à via duplicada para apenas uma pista, pela simples colocação de um cavalete. Aquilo, num linguajar médico, corresponde a uma estenose

aórtica que represa o sangue e cria modificações na hemodi-nâmica do coração que, além do desconforto, pode levar à morte.

Todo o trabalho de duplica-ção fica aniquilado pelo cava-lete. A fila que se forma, muitas vezes, atinge os veículos que ainda estão subindo a ponte Divaldo Suruagy, exigindo muita paciência.

Ali tem turistas que desejam conhecer nossas praias e que têm pouco tempo a perder. Ali tem cidadãos de bem, muitos até com crianças recém nascidas (como é meu caso, que tenho sete netos menores). Ali tem até bandidos (esses merecem sofrer com o congestionamento).

O problema é que eles (os bandidos) já estão sabendo

que ali tem uma barreira e, no máximo, estão preferindo ficar em Maceió assaltando as nossas casas e esperando para atravessar as barreiras em momentos de descontração (geralmente à noite, quando o rigor diminui e os cavaletes são retirados).

Gostaria de ter informações dos resultados da operação. Até para me convencer que estou equivocado. No meu entender, devem ter parado alguns carros com documentações vencidas e algumas pessoas sem cinto de segurança. Para isso, não precisariam punir tanta gente. Bastava ficar observando os carros que por ali passam diariamente com velocidade estabelecida pelos sinais de 40 km/h, e trocar os cavaletes por

um apito para interromper os viajantes suspeitos.

Vai chegar o carnaval e espero que meus reclamos sejam levados em considera-ção. Caso contrário, retirem das propagandas oficiais que a estrada da Barra foi duplicada. O cavalete (é apenas um) trans-forma a duplicação em pista única, afasta os turistas e sacri-fica os que trabalham durante a semana e desejam chegar cedo aos locais de lazer.

Sinceramente, nunca presenciei um simples cava-lete provocar um estrago tão grande. Tentei até falar com ele no meu último congestio-namento, mas achei que seria inútil porque parece que anda recebendo ordem de gente importante.

Um oportuno convite

ODiaAlagoas

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Da Editoria de PoderCom Assessoria/MP

O M i n i s t é -rio Público quer a prisão

preventiva do ex-prefeito de São Luís do Quitunde, Cícero Cavalcante, conhecido na região Norte como “Cícero das Cachorras”, e do ex-secretário de Administração do muni-cípio, Dermeval Tenório, o “Tuta”.

O ex-secretário responde por fraude às licitações e forma-ção de quadrilha em processo que tramita no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL). Já Cícero Cavalcante é réu em oito ações de improbidade adminis-trativa e um processo de crime de lesão corporal, em São Luís, e a mais três ações de improbi-dade administrativa em Matriz do Camaragibe, onde também foi prefeito.

O ex-prefeito também foi indiciado pela morte do adver-sário político José Geraldo Renovato de Siqueira em 2007 e foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por desvios de recursos da merenda escolar em 2012, além de ser alvo de diversas investi-gações cíveis e criminais do Grupo Estadual de Combate às Organizações Crimino-sas (Gecoc). Soma-se a tudo isso, segundo a denúncia, o fato de que Cícero Cavalcante costuma frequentar a prefei-tura de São Luís do Quitunde e interfere na administração municipal, o que atrapalharia as investigações.

“A reiteração criminosa dos réus desafia a ordem pública e merece pronta resposta do Poder Judiciário, constituindo fundamento de validade da prisão preventiva em casos desta natureza. Ressalte-se que

o Superior Tribunal de Justiça tem decidido de forma unís-sona no sentido de que a reite-ração criminosa é fundamento idôneo para a decretação da prisão preventiva”, diz o docu-mento assinado pelos promo-tores Jorge Bezerra, Alfredo Gaspar de Mendonça, Antonio Luiz dos Santos e Hamilton Carneiro Júnior.

Os promotores também pediram para que a 17ª Vara Criminal da Capital oficie ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região, em Recife,e à Seção Judiciária da Justiça Federal, em Maceió, para que informem sobre a existência de inquéri-tos policiais/processos crimi-nais em andamento contra o primeiro denunciado. O MPE/AL quer ainda saber como está o andamento do inquérito poli-cial que apurou a morte de José Geraldo, remetido no dia 17 de dezembro de 2009.

5O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

PODER redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Gecoc quer a prisão de Cícero Cavalcante

EX-PREFEITO de São Luís responde a 11 processos por improbidade

DIAgnósticoRoberto VilanovaDeraldo Francisco - Interino

Dinheiro pela janela

Parece que o dinheiro está dando no “meio da canela” na Fundação Municipal de Ação Cultural. Para o Carnaval, o órgão vai destinar

quase R$ 600 mil [R$ 590 mil, na verdade] só para os blocos carnava-lescos. Esse dinheiro não será para o Carnaval de Maceió. Será só para uma “ajuda” aos blocos. A estrutura dos festejos na cidade será outra despesa. Serão contemplados 100 blocos pequenos [cada um com R$ 5 mil]; dois médios [R$ 20 mil para cada] e um considerado grande [ficando com R$ 50 mil]. Ou seja, dinheiro não será problema para os blocos saírem às ruas. O problema está no fato de como será fiscali-zado o emprego deste dinheiro. Ou ainda, como os donos de blocos vão prestar conta do montante fornecido pela Prefeitura de Maceió? É bem verdade que a Fundação tomou o devido cuidado de abrir edital para inscrição e apresentação de documentação exigida para a liberação dos recursos. Ficam perguntas do tipo: Como esses blocos saíram às ruas no ano passado? Como fica a prestação de contas? Esses blocos que já arrecadam com a venda de camisas, ainda precisam de tanto dinheiro?

De novo os R$ 0,20Essa história já deu muita confusão e volta à tona em Alagoas. O valor da passagem foi reajustado em R$ 0,20, conforme decisão do desem-bargador James Magalhães. Assim, a tarifa passa para R$ 2,50, para “facilitar o troco”. Os empresários queriam R$ 2,85 desde de junho do ano passado.

Prefeito vai recorrerO prefeito Rui Palmeira já disse que vai recorrer da decisão do desem-bargador. Ou seja, há possibilidade de, no dia 1º de março, os ônibus não amanhecerem com o reajuste nas catracas. O povo brasileiro lembra do que representou esses tais de R$ 0,20.

Reforço federalE por falar em dinheiro, o governo federal mandou um bom dinheiro para Alagoas. A verba de R$ 10 milhões está liberada desde janeiro passado e deverá ser utilizada no combate à seca, no semiárido alagoano. O dinheiro deverá ser empregado nas ações em 37 municípios.

Contra CavalcanteO cerco está apertando contra o ex-prefeito Cícero Cavalcante. Conhe-cido como “Rei do Norte”, por ter sido prefeito de quase todas as cidades da região, Cavalcante está na mira do Gecoc, grupo de promotores que detestam enroladas.

Gecoc quer prenderOs promotores querem a prisão de Cícero Cavalcante pela acusação de improbidade administrativa e até de assassinato. Sem mandato, não será difícil de, por esses dias, a polícia madrugar na porta dele com um mandado de prisão na mão.

Falta uma referênciaA população de São Luís do Quitunde vive um grande drama há quase dez anos. Depois das gestões de João Cordeiro, querido pelo povo da cidade, a população nunca mais teve um gestor público como referência. Houve um momento em que a cidade teve três prefeitos só num ano. Momento parecido é vivido nos dias atuais.

Dono do PSDO deputado João Lyra não permite que outros membros do PSD saiam por aí falando em nome da legenda na formação de alianças. O último estresse de João Lyra – neste sentido, é claro – foi o fato de terem dito que o PSD marcharia com o “chapão”. O deputado garantiu que seu partido está alinhado com o governador Teotônio Vilela Filho.

Dudu desautorizadoJoão Lyra disse que a promessa de aliança com o chapão feita pelo deputado estadual Dudu Holanda não passou de um equívoco. Para Lyra, Dudu se expressou só como outros partidários em reuniões no interior. Ou seja, foi só fôlego mesmo.

Esperando a entressafraA Assembleia Legislativa ainda não quer tratar da votação do veto do governador Teotônio Vilela Filho ao corte no duodécimo do Ministério Público Estadual. A Mesa Diretora estaria esperando um período de “entressafra” para valorizar a discussão.

Cícero é réu em oito processos de improbidade e um de lesão corporal em São Luís e outros três de improbidade em Matriz

Contratação irregular de servidores em 2012A 17ª Vara Criminal da

Capital recebeu a denúncia do MPE/AL referente à contrata-ção irregular de servidores pela Prefeitura de São Luís do Quitunde em dezembro de 2012, quando era coman-dada por Cícero Cavalcante. A Promotoria de Justiça do Município e o Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) apura-ram que 28 pessoas foram efetivadas em cargos públicos após a falsificação de porta-rias e termos de posse. Os servidores não foram aprova-dos no concurso ou se classi-ficaram fora dos limites das vagas para cargos não criados em lei. Um dos denunciados

sequer fez a prova.Em face do esquema de

contratação irregular, o MPE/AL solicitou à 17ª Vara Crimi-nal da Capital que todos os servidores e ex-gestores envolvidos com a ilegalidade fossem citados para responder à acusação e intimidados para os demais atos da ação penal. O órgão do Poder Judiciário acolheu o pedido e determi-nou o afastamento de todos os acusados que ocupam função pública.

Os ex-gestores usaram os concursos públicos realizados em 2005 e 2007 pela Prefeitura do Município para publicar documentos sem qualquer valor legal de nomeação de

servidores. Nos dois certames, o prazo para convocação dos aprovados era de um ano cada. O Ministério Público afirma que Cícero Cavalcante buscava se beneficiar das nomeações para fortalecer o seu candidato nas eleições de 2012. Após a eleição do sucessor, o então prefeito aproveitou o fim do mandato para integrar os servi-dores denunciados no quadros de serviço do município.

ServiçoMinistério Público EstadualRua Dr. Pedro Jorge Melo e Silva, 79, Poço Telefone: (82) 2122-3500Site: www.mp.al.gov.br

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Mas é na Avenida Jorge Montenegro de Barros, a prin-cipal do bairro de Santa Amélia, que fica o posto de combustíveis com o menor preço da gasolina da cidade. No Auto Posto Maceió, de bandeira Dislub, o litro da gasolina comum na bomba custa R$ 2,95, mas, com uma promo-ção por tempo indeterminado no posto, a gasolina fica em R$ 2,84. Este é o menor preço do combus-tível em Maceió.

“Já tive alguns problemas por praticar preços baixos. Ocorre que elimino algumas despesas, como gerência e subgerência, por exemplo, porque eu mesmo faço isso, e acabo ganhando fôlego para praticar um preço mais acessível para o consumidor. Não estou fazendo nada de errado, apenas uma redução na minha margem

de lucro para vender mais barato e, assim, vender mais”, disse o empresário Lucas Albuquerque de Barros Lima.

A promoção do Auto Posto Maceió consiste em premiar o cliente com R$ 1,00 de gasolina em R$ 30,00 gastos; R$ 2,00 em R$ 50,00 e R$ 4,00 para quem abas-tece R$ 100,00. Essa é a proporção até encher o tanque. “Os clientes têm gostado dessa promoção”, comentou Lucas Lima.

NO MURILÓPOLISMas reportagem também

esteve no Murilópolis e, ali, dois postos de bandeiras diferen-tes, mas um pertinho do outro, estão praticando preços iguais e de muita aceitação dos clien-tes. Tanto no posto de bandeira BR Distribuidora e de bandeira Ipiranga, o litro da gasolina

está sendo vendido por R$ 2,85. Apenas um centavo acima do concorrente que fica na Santa Amélia.

“O preço da gasolina está muito bom e, por isso, tenho que correr para abastecer o meu carro e da minha esposa. Encon-tramos aqui neste posto [Auto Posto Serraria, no Murilópolis] esse preço acessível. E onde tiver gasolina mais barata eu vou atrás”, disse Manoel Veras, divulgador editorial. D.F.

A gasolina mais barata de Maceió: R$ 2,84

Deraldo FranciscoRepórter

Mesmo com toda alta no p r e ç o d a

gasolina, o litro desse combus-tível ainda pode ser comprado abaixo da casa dos R$ 2,90 em Maceió. A reportagem de O DIA ALAGOAS esteve – na semana que passou – em deze-nas de postos de combustíveis em busca do menor preço. O levantamento jornalístico comprovou a existência de, pelo menos, três postos que vendem gasolina com valores que variam entre R$ 2,84 e 2,86. A média de preço do litro da gasolina na maioria dos postos de Maceió é de R$ 3,05.

Como detalhe deste caso é que, por conta da redução em alguns postos, outros estabele-cimentos estão acompanhando a baixa nos preços e a realidade praticada na bomba hoje é quase a de dezembro. Ou seja, aos poucos, o preço da gasolina está caindo em Maceió. Isso está ocorrendo aparentemente sem a interferência do Sindicato do

Comércio Varejista de Deriva-dos do Petróleo (Sindicombus-tíveis), do Ministério Público Estadual (MPE) e do Procon.

O MPE e o Procon inicia-ram, em dezembro passado, uma operação para reduzir o preço da gasolina em Maceió, que chegou aos R$ 3,15. Nenhum desses órgãos, efeti-vamente, teve força para impor a redução do preço. Acionado pelo Procon, o MP iniciou uma operação de fiscalização, esteve em mais de 60 postos e exigiu a apresentação de documentos

que comprovassem o preço praticado.

Em resposta, os donos de postos disseram que não tinham obrigação nenhuma de apresentar as Notas Fiscais aos dois órgãos e ficou por isso mesmo. O Procon também anunciou para o início deste ano, na primeira semana de janeiro passado, uma opera-ção de fiscalização mas ela não aconteceu.

Para justificar o aumento na bomba, o setor alegou que estava apenas repassando o reajuste dos frentistas conforme Convenção Coletiva de Traba-lho celebrada em novembro e, em janeiro, o aumento autori-zado pelo governo federal. Após essa pequena celeuma, o preço da gasolina comum ficou na média dos R$ 3,05 em Maceió.

Na busca pelo menor preço do litro da gasolina em Maceió, a reportagem esteve ainda em dois postos que eram consi-derados os mais baratos da cidade: o que fica no Makro e o do Extra. No entanto, nesses dois postos, o litro da gasolina ultrapassa a casa dos R$ 3,00.

6 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

MERCADO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Repórter EconômicoJair [email protected]

Dicas de economia para o dia a dia do consumidor

NA SANTA AMÉLIA, promoção faz preço do combustível cair para R$ 2,84

Gasolina abaixo dos R$ 3

Na placa, litro da gasolina é um dos mais baixos e, com a promoção, chega a R$ 2,84; clientela aprova iniciativa

Serviço

Sindicombustíveis-AlagoasAvenida Juca Sampaio - Shopping Miramar - Barro Duro82-3320-1761- 3320-2902Site: sindicombustiveis-al.com.br

Aluguel, melhor negócio!

Não tem tempo ruim para quem investe em imóvel para alugar. Mesmo agora, com o governo incentivando a casa própria com seu programa:

Minha casa,minha vida”, a classe média ainda prefere alugar do que comprar, considerando a qualidade e a localização. Financiar um apartatamento de padrão médio em bairros nobres de Maceió (orla e Farol), em 30 anos, a pres-tação fica acima do valor do aluguel e o reajuste também é anual, de acordo com a inflação. Assim, investir pensando em alugar é o melhor negócio. Quem tem padrão de vida de classe média A e B, já tendo passado dos 60, aposentado e não possui casa própria, nada melhor do que morar bem, com conforto segurança e praticidade, porque dificilmente vai conseguir um financiamento num prazo tão longo. Os considerados verdadeiramente ricos e que não possuem imóvel também estão optando pelo aluguel para morar em luxuosas mansões de condomínios fechados ou apartamentos à beira mar e na parte alta com vista para o mar, a lagoa e o Centro. Alguns são priprietários de casas de praia e de campo para seus fins de semana e férias.

ReajusteO Índice Geral de Preços ao Consumidor (IGP-M) é a base para reajustar os aluguéis. Mas o locatário leva vantagem e consegue que o aumento seja inferior, desde que seja bom pagador e cuide bem do imóvel alugado. Assim, a melhor opção para quem não possui dinheiro para comprar é mesmo o aluguel.Um bom apartamento avaliado em R$ 400 mil, pode ser alugado a R$ 1.500,00, enquanto a prestação chega ao dobro.

Outras opçõesOs fundos de investimentos oferecios pelo mercado financeiro oferecem várias opções para os vários tipos de investidores. Eles são uma espécie de “condomínio” de investidores gerido por uma instituição financeira que busca a maior rentabilidade possível para os recursos aplicados e cobra uma taxa de administração que varia muito de um banco para outro.

VantagemA principal vantagem é que existe uma equipe que procura as melhores aplicações para o fundo, dando oportunidade ao investidor de não perder tempo com isso. O custo do serviço,porém, pode corroer parte dos ganhos conforme o caso. É que a taxa de administração incide anulamente sobre todo o patrimônio do fundo, não só sobre o rendimento. Também tem o Impostode Renda,cuja alíquota é menor quanto mais tempo se deixa o dinheiro aplicado. Ela vai de 22,5% sobre o rendimento para resgates em até 180 dias a 15% para resgates após 720 dias na maioria dos fundos, com exceção dos de ações, que cobram 15% em qualquer prazo.

DinheiroAntes de selecionar um fundo, além de ser informar sobre custos, o investidor deve ter em mente mente o valor disponível para a aplicação, o prazo em que pretende resgatar o investimento e o que planeja fazer com a quantia retirada. Só assim saberá qual fundo se encaixa melhor em seu perfil. Se o dinheiro for indispensável no futuro próximo, por exemplo, devem-se evitar alternativas de maior risco, como ações. Também é preciso identificar qual categoria é ideal no cenário econômico. Com a alta de juros, os fundos de renda fixa que aplicam em papéis atrelados à Selic (juro básico) são boa opção.

CuidadosPara se proteger do risco em fundos, o investidor deve utilizar a mesma regra recomendada nos demais investimentos, ou seja: diversificar. Não se deve escolher um fundo olhando apenas a rentabilidade passada: o fato de um produto ter tido bom desempenho em um ano não significa que repetirá a performance. E mais: deve observer se existem outros encargos, além do Imposto de Renda e da taxa de administração.

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7O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

COTIDIANO redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Deraldo Francisco - [email protected] a Dia

Na Ladeira do CalmonA coluna tem observado ao longo dos anos que quase

nenhum projeto novo de trânsito contempla o pedestre como ele merece. As armadilhas com “cara de sinalização” estão espalhadas pela cidade inteira. Este caso da fotografia do jornalista Eduardo Leite é um exemplo do descaso do poder público com o pedestre. Trata-se da Ladeira Passos de Miranda – conhecida como Ladeira do Calmon, em

Bebedouro. Não há, em nenhum dos lados, espaço para o pedestre subir ou descer a ladeira. As calçadas das casas estão irregulares – como se vê na imagem. Assim, o pedes-tre vai disputar espaço com os carros. Resultado: dezenas de atropelamentos e alguns fatais. A solução não parece tão complexa. Vale lembrar que aquele trecho de Maceió é rota para uma ruma de políticos com “autoridade” em Maceió.

Retenção do trânsitoDe uma hora para outra, os pontos de retenção do trânsito na Avenida Menino Marcelo – a Via Expressa – dobraram. Surgiu, nos últimos dias, uma retenção nova no percurso. O “fenômeno” ocorre sempre pela manhã, entre 6h30 e 8h. A fila de carros nas imediações do “corre-dor do amor” – onde ficam, os motéis – pode ser explicada por um semáforo mais adiante. Trata-se do sinal exclusivo para moradores do Condomínio San Nicolas.

Falta arrumar o tempoNada demais com o sinal, o problema está no tempo. Necessariamente, o tempo dele deveria ser proporcional ao do corredor de ônibus, variando de acordo com os horários de pico, o que não está acontecendo hoje e, assim, o crescimento da extensão naquele ponto de retenção. Para se ter uma ideia, depois deste sinal, os carros chegam a trafegar na quarta marcha. Pedimos à SMTT, que acaba de assumir a gestão da Avenida Menino Marcelo, que resolva esta situação com o olhar no benefício para a população.

Chegou a faixa exclusiva!Demorou, mas chegou. Começa nesta segunda-feira, dia 17, a vigência da “faixa exclusiva”. Por enquanto, ninguém está preparado para as mudanças. Nem os moto-ristas de veículos populares, nem os de ônibus, nem os taxistas, nem a população, nem o órgão gestor de trânsito. Espera-se para esta semana um esperneio maior que as duas avenidas. Na verdade, esta é a primeira [e séria] tentativa de se organizar o trânsito na Durval de Góes Monteiro e na Fernandes Lima.

Só para os ônibusO problema está em “por onde se decidiu organizar”. Com a faixa exclusiva, apenas os ônibus são beneficiados. A SMTT já espera o caos nas outras duas faixas. Como, por enquanto ainda não haverá multas, o alívio será trafegar mesmo pela faixa exclusiva. A multa pra valer deve começar no dia 10 de março. Um valor em dinheiro e quatro pontos de punição na carteira de motorista.

Edua

rdo

Leite

Uma boa torcidaNós que fazemos a coluna torcemos, de verdade, para que a ideia dê certo. Por isso, pedimos aos motoristas de carros populares que tenham mais paciência no trân-sito e, se houver condições, busquem outras alternativas de deslocamento. Nessa busca, pode-se encontrar até mesmo uma forma de economizar com combustível e manutenção do carro. Quem sabe.

Deixe em casaAssim como em outros assuntos, no trânsito também as pessoas têm a mania de dar pitacos como se fossem especialistas no assunto. A coluna flagrou, durante a semana, a seguinte opinião de uma senhora que passava pelo elevado do Cepa: “sabe qual é o segredo para melhorar o trânsito de Maceió? Quem tiver [sic] carro deixe em casa”.

Falta de energia atingirá sete bairros de MaceióA falta de energia esta semana em Maceió vai atingir sete bair-ros. O desligamento no forneci-mento de energia elétrica será feito por conta da “manuten-ção programada”. A operação desencadeada pela Eletrobras Distribuição Alagoas tem o objetivo de melhorar as condi-ções da rede de distribuição de energia. A coluna lista, a seguir, os bairros onde ocorrerá a suspensão no fornecimento bem como os dias da semana e os horários. Mais informações devem ser obtidas junto ao site da Eletrobras, conforme infor-mações a seguir:

Domingo, dia 16 de fevereiroDas 7h às 12h: Farol e PoçoDas 8h às 12h: FarolDas 8h às 14h: Centro e Poço

Segunda-feira, dia 17Das 9h às 12h: Tabuleiro do Martins

Terça-feira, dia 18Das 8h às 14h: Gruta de Lour-des

Sábado, dia 22Das 6h às 12h: CanaãDas 8h às 14h: Gruta de Lour-desDas 8h às 12h: Jatiúca

SERVIÇO:Eletrobras Distribuição AlagoasAvenida Fernandes Lima, 3349 – FarolTelefone: 08000820196Site: www.eletrobras.com

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Folia antes da foliaOS PREPARATIVOS para as prévias de Carnaval em Maceió estão a todo vapor. Confira um guia com as principais atrações

Elayne PontualFrancisco RibeiroRepórteres

Todos os anos, um grande número de brasileiros cai na folia durante quatro dias. No carnaval, a festa mais popu-

lar do Brasil, os problemas são deixados para serem solucionados depois e uma inexplicável comunhão de prazer e agitação toma conta do País, ainda que exista uma parcela mínima de pessoas contrárias à farra. A questão é que o carnaval está entre os festejos mais espe-

rados pelos brasileiros – quem já não ouviu o clássico “só depois do Carnaval”?

A poucas semanas para os festejos de Momo, os preparativos já estão a todo vapor nas principais capi-tais do País. Em Maceió, a programação oficial dos eventos que contarão com o apoio da Prefeitura já foi divulgada pela Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac). Denominada “Nas Ondas de Edécio”, a festa vai homenagear o radialista, compositor e poeta Edécio Lopes, um dos grandes incentivadores dos carnavais da cidade e que compôs a música Cidade Sorriso, um hit carnavalesco.

Mantendo a proposta de descentralizar os eventos pela cidade, a Prefeitura promoverá apresentações culturais nos bairros de Jatiúca, Pajuçara, Benedito Bentes (subdividido em dois polos), Clima Bom, Ipioca, Jacintinho, Ponta Grossa e Pontal. As prévias ocorrem nos dias 21 (Jaraguá), 22 e 23 (orla da Pajuçara). A diver-sidade musical também está garantida. O Festival Grito Rock 2014, por exemplo, será parte integrante do Jara-guá Folia, que chega a sua 14º edição.

Para dar uma mãozinha na hora de escolher onde curtir o melhor das prévias, O DIA ALAGOAS prepa-rou um guia com as principais atrações. Confira.

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CULTURA redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Calendário das prévias de Carnaval abre espaço para diferentes ritmos

AS PECINHAS DE MACEIÓ

JARAGUÁ FOLIA

PINTO DA MADRUGADA

GRITO ROCK 2014

Fundado em 1983 por dez amigos, o bloco nasceu como uma cópia das Virgens de Olinda, tradicional agre-miação do Recife na qual os homens ainda hoje desfilam travestidos. De lá pra cá, as Pecinhas de Maceió foi cres-cendo e hoje a brincadeira conta com trio elétrico, carro

de apoio, carro de bebidas e carro abre alas. Para 2014, a organização promete 13 horas de muita animação. Com espaço reservado para os pagantes, nada impede, contudo, que o público em geral possa acompanhar a folia. Na programação musi-cal, as bandas Polentinha do

Arrocha, Bora Bora e o Dj Gunnga se apresentaram na concentração e a banda Esquadrão de Balli, no trio. Onde e quando: na orla de Pajuçara, no dia 22 de feve-reiro, às 9h. Preço: R$ 50, os pontos de venda ainda não foram divulgados. Informa-ções: 9981-4018.

O projeto Jaraguá Folia, que surgiu como uma forma de promover o resgate das atividades culturais em Jara-guá, chega à sua 14ª edição. Neste ano, desfilarão cerca de 90 agremiações. A novidade será o aumento de 1km no percurso. Entre as atrações confirmadas, o tradicional

Filhinhos da Mamãe, que traz como homenageado o folião Rubens Camelo e tem concen-tração no Museu Théo Bran-dão (Av. da Paz, 1490, Centro), às 19h. Neste ano, serão monta-dos quatro palcos, dedicados a estilos musicais diferentes: na Praça Marcílio Dias (Grito do Rock), na Praça Sinimbú

(Coletivo Afrocaeté e Cortejo tia Marcelina), no Largo dos Pombos (Jaraguá é o Bicho e Baque Alagoano) e na Praça dois Leões (bandas de frevo).

Onde e quando: na rua Sá e Albuquerque, Jaraguá, no dia 21 de fevereiro, a partir das 20h. Aberto ao público. Infor-mações: 8811-1313.

Considerado o maior evento das prévias de Carna-val de Maceió, o bloco Pinto da Madrugada completa 15 anos em 2014. A cada nova edição, a agremiação atrai um número maior de brincantes – em 2012 foram cerca de 150 mil, segundo seus organizadores. Para come-morar o aniversário do Pinto, neste domingo (16), às 10h, um cortejo animado de foliões partirá da Praia de Ponta Verde, nas proximidades da Barraca Pedra de Virada. A ‘cereja do bolo’, ou seja, o desfile do Pinto, é atração no dia 22 de fevereiro, com direito a surpresas. Entre elas, está à participação de seu ‘padrinho’ e maior bloco do mundo: o Galo da Madrugada, através da presença de diversos

músicos pernambucanos que irão trazer pra cá um pouco do Carnaval de Recife. Quem desejar pode adquirir o kit do Pinto da Madrugada (camisa e boné). O valor é de R$ 40. Os pontos de venda são a chur-rascaria Mister Frios (Avenida Júlio Marques Luz, 1621, Jati-úca), Casas Jardim (Farol) e o Pavilhão do Artesanato. Vale lembrar que o evento é aberto ao público. Mais informações: 3327-3636.

Onde e quando: do Hotel Enseada ao Alagoinha (Av. Antônio Gouveia até Av. Sílvio Viana), no dia 22 de fevereiro, a partir das 06h. Aberto ao público. Informações: 3336-2222, 9982-6614, 9968-3666 e 8804-0216.

Para aqueles que imagi-nam o carnaval brasileiro comemorado apenas com samba, marchinhas, frevo e axé, o Festival Grito Rock vem provando, desde 2002, que a diversidade cultural do País oferece espaço a outros ritmos e gostos musicais nessa época do ano.

Idealizado pelo Circuito Fora do Eixo, numa produção conjunta com coletivos cultu-rais espalhados por todo o mundo, o encontro de bandas independentes de Alagoas ocorre dentro da programa-ção do Jaraguá Folia. O Cole-tivo Popfuzz é quem assina a produção local.

De acordo com Laura Morgado, integrante da Casa Fora do Eixo Nordeste, a movi-mentação festiva que ocorre nesse período é uma boa opor-tunidade para fazer circular a produção independente.

O Grito chega a sua quinta edição em Alagoas. Na progra-mação, tocarão as bandas sele-cionadas por meio de inscrição, encerrada semana passada. O resultado oficial será divul-gado no site www.facebook.com/coletivopopfuzz.

Onde e quando: Praça Marcílio Dias (Jaraguá). No dia 21 de fevereiro. Aberto ao público. Informações: 9620-1215, 9980-5388 e 9969 0377.

SEXTA-FEIRA, 28/02Ponta Grossa (Pç. Moleque Namo-rador)21h - Orquestra de Frevo Moleque Namorador00h - Orquestra de Frevo Big Mole-queShows no palco das 20h às 02h

SÁBADO, 01/03Jatiúca (Posto 7)19h - Artherphato20h - Dona Maria21h - Demis Santana e Orfãos do cangaço22h - Necronomicon

Pajuçara (Pç. Multieventos)20h às 02h - Desfile das escolas de samba

Benedito Bentes 2 – Polo 114h às 17h - Desfile de blocos na Avenida Benedito Bentes 2, Orques-tra de Frevo “É de Perder os Sapa-tos” (Maestro Miguel) e Orquestra Los Paranhos17h às 20h - Val do Boca e Orques-tra Big Folia (palco em frente à Escola Estadual Rubens Canuto, na Av. Guaxuma)

Clima Bom (Pç. Central do Osman Loureiro)17h - Nubatuke18h30min - Orquestra de Frevo Pé no Chão

Ipioca17h - Frevo Sanfonado (Xamegui-nho)18h30min - BoraBora20h - Orquestra JaraguáShows no palco das 20h às 00h, no Alto de Ipioca

Jacintinho14h - Orquestra Furiosa do frevo (desfile a partir das 17h)18h - Parceiros do Samba19h30min - Orquestra Maceió21h - Axékisamba

Ponta Grossa (Pç. Moleque Namorador)21h - Orquestra de Frevo Moleque Namorador00h - Orquestra de Frevo Big Mole-queShows no palco das 20h às 02h

Pontal13h às 17h - Desfile de blocos, com Orquestra Maestro Neilton21h - Carlos Moura

22h - Frevo no Pife – Chau do Pife00h - Boca de Forno

DOMINGO, 02/03Clima Bom (Praça Central Do Osman Loureiro)17h - Quinteto E+ Um18:30h - Orquestra de frevo do Maestro Fernandes20h - Orquestra Everaldo Borges

Jatiúca (Posto 7)19h - Groove Reggae20h - Unidade Nova Praia21h - Radiola Reggae22h - Vitor Piralho

Benedito Bentes 1– Polo 214h às 17h - Desfile de blocos com concentração em frente à Escola Estadual Pastor José Tavares. Tocam Orquestra Quebra-gelo e Orquestra Maceió Frevo.17h às 20h - Geleia e banda Praka-tun e Mac Frevo & Folia (no palco em frente à associação ASDABBNE, por trás do 5º Batalhão da PM)

Pajuçara (Pç. de Multieventos)18h - Desfile de blocos de frevo22h - Spok Frevo Orquestra

Ipioca17h - Njeitos18h30min - Julio Uça20h - Orquestra Pajuçara no FrevoShows no palco das 20h às 00h, no Alto de Ipioca

Jacintinho10h - Desfile de blocos de frevo, com Orquestra Carlos Gomes17h - Spok Frevo Orquestra18h20min - Orquestra Sal da Terra20h - Sabaki

Ponta Grossa (Pç. Moleque Namorador)15h - Orquestra de Frevo Moleque Namorador21h - Orquestra de Frevo Moleque Namorador00h - Orquestra de Frevo Big Mole-queShows no palco das 20h às 02h

Pontal13 às 17h - Desfile de blocos, com Orquestra Diamantes do frevo20h - Frevo sanfonado (Xamegui-nho)22h - Cai Dentro00h - Orquestra de Frevo Los para-nhos

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MUNGUZÁ CULTURAL. Museu Théo Brandão (Av. da Paz, 1490, Centro / 3214-1716). No dia 19 de fevereiro, às 19h. Entrada franca. A palestra “O Reinado de Mamãe”, ministrada pelo antro-pólogo e pesquisador do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP),

Daniel Reis, vai tratar da relação do bloco carnavalesco com o Museu Théo Brandão. O trabalho é fruto da tese de doutorado que o antropólogo defendeu na Universi-dade Federal do Rio de Janeiro. O evento é coordenado pelo professor da Ufal, Bruno Cesar Cavalcanti. Como de costume, será servido o irresistível munguzá. A entrada franca.

15 MINUTOS DE FAMA: GRITO DE CARNAVAL. Kfofo Show House (Rua Barão de Jaraguá, 569, Jara-guá / 9660 6796 e 9141 0142). No dia 22 de fevereiro, às 23h. Ingres-sos: R$ 10 (antecipado) e R$15 (na hora). Pontos de venda: loja Freaks (Shopping Maceió). Com

uma proposta diferente, a produtora New Wave promove uma festa com competi-ção de Karaokê. As músicas possuem a temática carnavalesca para fazer você soltar a voz e cantar as melhores marchi-nhas, hits do samba e as pérolas do axé. O agito fica por conta de Die Momberg, Ítalo Abreu e Arconço Teixeira. A produção do evento garante cerveja gelada por um preço camarada.

CULTURA9O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

GUIA CULTURAL

O CORPO NA ARTE AFRICANA. Pina-coteca Universitária (Pç. Visconde de Sinimbu, 206, Centro / 3214-1545). Visitação: até 12 de março; seg. e qui., das 08h às 20h; ter., qua. e sex., das 08h às 18h. Aberto ao público. A exposição, que está em cartaz na Pinacoteca Universitária, resgata as missões da Fiocruz à África, através de aproximadamente 140 peças, entre esculturas, máscaras e objetos. Montada a partir do acervo de pesquisa-dores que se tornaram colecionadores, O Corpo na Arte Africana já passou por Recife e por João Pessoa e depois de Maceió, a mostra seguirá para Natal (RN).

REAL ALAGOAS. Museu Théo Bran-dão (av. da Paz, 1490, Centro / 3221-2651). Visitações até 22 de fevereiro, de terça a sexta-feira, das 9h às 17h; aos sábados, das 14h às 17h. Entrada franca. O Museu Théo Brandão abriga a exposição do fotógrafo e crítico de arte alagoano Francisco Oiticica Filho. Intitulada “Real Alagoas”, a exposição, que

trata da mobilidade urbana, consiste em dezenas de fotos capturadas pelo celular, dentro do carro em movimento. Composta por fotografias e instalações, “Real Alagoas” reúne cerca de 150 imagens, apresentadas em suportes variados. Na série “Múrmuro – Poética Involuntária das Ruas”, por exem-plo, elas são exibidas na forma de vídeo. Outro ponto que permeia “Real Alagoas” é a violência. O artista discute essa temática através do lixo produzido pelo homem e sua incapacidade de lidar com os descartes de forma mais eficiente.

CINE SESC e SESSÃO PIPOCA. Sessão Pipoca será no Auditório do SESC Poço; e o Cine SESC acontecerá no Teatro do SESC Centro. Nas segun-das-feiras (05/02; 13/03; 02/04; 07/05; 04/06; 02/07; 06/08; 03/09; 01/10; 05/11), às 12h30. Entrada franca. Abrindo espaço para o cinema que não entra no circuito comercial das grandes salas de exibição, o Cine Sesc traz uma programação de filmes brasileiros e clássicos da sétima arte todas as primeiras segundas-feiras do mês, às 12h30.

EL LUGAR NO CARNAVAL. El Lugar (Rua Dr. Sadi Carvalho, 5, Jatiúca / 9192-0455 ou www.ellugarpub.com). Nos dias 01 e 02 de março. Ingresso: R$ 150 (primeiro lote). Ponto de venda: bar e restaurante El Lugar. Em clima de verão e da folia de Momo, os argentinos à frente do bar e restaurante El Lugar - point mais badalado da estação - promovem nos dias 01 e 02 de março, o Festival de Carnaval, na Barra de São Miguel. No total, serão 22

atrações que prometem não deixar ninguém parado. Entre as bandas que se apresentam, estão: Wado e o bloco dos Bairros Distantes, Davi Fireman, Licor de Camarones (PE), Maybe2, Samba de Ladeira, Adama Roots, Alan Bastos, Rafa Honorato, Clube do Vinil, Saponete Live P.A., Vj Luas. Assumem os pick-ups da festança os DJs Barão, Adriano Suares, Felipe Vieira, Jhessy, Lyah, Wisko, Nega, Artur Finizola, David Andrade, Ravi Moreno (PE). O ingresso custa R$ 150 e dará direito a 10 consumações. Mais informações: 9192-0455 ou www.ellugarpub.com.

SEGUNDA

QUARTA

SÁBADO

PREPARE-SE

Envie um e-mail para [email protected] divulgue seu evento

SEGUNDA, 03/03Ponta Grossa (Pç. Moleque Namorador)21h - Orquestra de Frevo Moleque Namorador00h - Orquestra de Frevo Big MolequeShows no palco das 20h às 02h

Jacintinho16h - Desfile de blocos de frevo, com Orquestra Diamantes20h – Frevo no Pife – Chau do Pife21h - Orquestra Jaraguá22h – Patusco

Pajuçara (Pç. Multieventos)17h - Desfile de blocos afro19h - Afoxé Ofaomin, Arê Yorubá, Afoxé Odô Iyá, Mara-catu Raízes da Tradição, Inaê (Guesb), Afro Gurgumba, Coletivo AfroCaeté, Orquestra de Tambores, Afro Mandela, Luana Costa23h – Banda Didá (Bahia)

Pontal13h às 17h - Desfile de blocos, com Orquestra Los Paranhos20h - Dé Boy Nascimento22h - Sutaki

00h - Orquestra Everaldo Borges

TERÇA, 04/03Pajuçara (Pç. Multieventos)16 às 20h - Desfile de bonecos gigantes e Concurso de fantasias, do antigo CRB a Praça Multieventos19h – Sabaki20h – Orquestra Jaraguá22h – Maestro Danda e Orquestra (PE)

Ipioca13 às 19h - Desfile de blocos pelas ruas do bairro de Ipioca (Rua Manuel Lopes, Rua São Miguel, Rua Boa Vista, AL 101 Norte até a Asplana)

Ponta Grossa (Pç. Moleque Namorador)21h – Orquestra de Frevo Moleque Namorador00h- Orquestra de Frevo Big MolequeShows no palco das 20h às 02h

Pontal13 às 17h - Desfile de blocos, com Orquestra Maestro Neilton21h - Carlos Moura22h - Frevo no Pife , com Chau do Pife00h - Boca de Forno

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ESPORTES redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

DIA EsportivoJorge [email protected]

Copa do Nordeste

Após o encerramento da primeira fase da Copa do Nordeste, os times classificados tiveram dez dias de descanso, e os treinadores trabalha-

ram suas equipes para a fase de mata-mata da competição que acontece neste final de semana. O CRB enfrenta o América (RN), hoje, 15, 18h30, no Estádio Rei Pelé. Já o CSA vai até Recife enfrentar o Sport, em jogo de portões fechados, neste domingo.Não adiantou nada a classificação dos dois times alagoanos, se eles não souberem enfrentar, agora, essa fase onde somente um passa adiante. Se engana quem acha que vai ser tudo uma moleza. Por mais que o Sport não tenha apresentado um bom rendimento e quase não se classifica, mas será sempre o Sport. Quanto ao América, fez a melhor campanha do seu grupo e chegou a vencer o Vitória, em Salvador, por 3 a 0. São adversários difíceis e complicados.

Reforço 1Durante essa parada de jogos, a diretoria do CSA contratou o lateral Cláu-dio Allax, 23 anos, que veio do Arapongas (PR). Apesar da pouca idade, o jogador é bastante rodado, pois já atuou pelo Payssandu, Castanhal e Time Negra, no Pará, estado onde nasceu, e ainda, Guarani (SP), Guarani (CE) e Cuiabá (MT. Até o fechamento dessa coluna, a diretoria ainda tentava a contratação de um goleiro – para o alagoano -, um zagueiro, um meia--armador e um atacante. Quase meio time.

Reforço 2Não é novidade nenhuma na Pajuçara os dirigentes falarem uma coisa e o técnico Roberval Davino outra. Vocês devem estar lembrados do “arranca rabo” do treinador com o presidente Marcos Barbosa, em 2013. Agora, Davino desmentiu o dirigente Alarcom Pacheco em relação à divulgação de que ele teria dito que não precisava de mais reforços para o CRB. Alar-com preferiu não polemizar neste momento em que o time se prepara para enfrentar uma decisão na Copa do Nordeste.

LançamentoEnquanto o time se prepara para jogar, a diretoria do CRB, finalmente, promoveu o lançamento da sua campanha de Sócio-Torcedor do Galo. Por meio do site www.crb.torcedordevantagens.com.br o torcedor pode contratar o programa e saber dos detalhes. As empresas organizadoras do projeto ainda disponibilizaram um número de telefone para contatos: (82) 9134.3003.

VantagensSão cinco planos oferecidos ao torcedor: 15 reais/mês; 30 reais/mês; 60 reais/mês; 100 reais/mês; e 200 reais/mês, este último para os conselhei-ros do clube. Em todos os planos, o torcedor pode parcelar no cartão de crédito ou boleto bancário. O regatiano que se associou esta semana, já tem o direito de entrar como sócio na partida deste sábado, 15, contra o America (RN), no Estádio Rei Pelé, pela Copa do Nordeste. São os nossos clubes, CSA e CRB, se profissionalizando.

Copa MaceióSanta Rita e Murici decidem a Copa Maceió – 1º turno do Campeonato Alagoano de Profissionais – neste sábado, 15, em Boca da Mata. No primeiro jogo em Murici, o time da casa ganhou por 1 a 0 e teve chance de marcar mais. Jogar em Boca da Mata, a vantagem é muito pequena e o Santa Rita tem chances de tirar, mesmo que não venham a contar com três jogadores titulares. Não vejo vantagem para ninguém nessa decisão, na bola.

ASAO treinador Beto Almeida, ex-CSA chegou, em Arapiraca, dizendo que o ASA precisa de reforços em todos os setores. O primeiro já foi apresentado: Alex Henrique, que estava no CSA e foi liberado. Agora, o técnico fala em Everaldo, artilheiro do CSA , em 2013, e que está no time B do Grêmio, em Porto Alegre, e Elyeser, também ex-CSA e CRB, que está no Paraná Clube.

Marcelo AlvesRepórter

O S e g u n d o Tu r n o d o Campeonato

Alagoano inicia nesta semana e contará com a presença de CRB e CSA, que ficaram de fora da etapa inicial por conta da Copa do Nordeste. Batizada pela Federação Alagoana de Futebol (FAF) de Copa Maceió, esta fase terá dez clubes. Todas as equipes começarão do zero. Isto é, os pontos acumulados pelos oitos clubes no Primeiro Turno serão descartados.

Além do título do Estadual, estão em jogo duas vagas para a Copa do Brasil e duas para o Nordestão de 2015. Galo e Azulão já fazem o clássico na quarta-feira, 19, às 20h30, no estádio Rei Pelé.

Neste turno, ASA, Coru-ripe, CEO, CSA, CRB, CSE, Comercial, Murici, Santa Rita e Penedense ficarão divididos em dois grupos com cinco times cada. A Chave A terá CRB, Murici ou Santa Rita, ASA, CSE e Comercial. O B contará com CSA, Murici ou Santa Rita, Coruripe, Pene-dense e CEO. Os times do A

enfrentarão os do B em jogos de ida e volta. Vão à semifinal os dois melhores colocados de cada grupo, que, em jogos de ida e volta, se enfrentarão em cruzamento olímpico: 1ºA x 2ºA e 1ºB x 2ºB. Da semi, passam dois clubes que deci-dirão o título em duas partidas de ida e volta.

Agora com CRB e CSA, Estadual é “para valer”

SEGUNDO TURNO já tem Galo e Azulão disputando clássico na quarta-feira

l Roverval Davino está olhando de banda para o dirigente Alarcom Pacheco, que de fininho, evita polêmica;l Beto Almeida está querendo fazer uma filial do CSA, em Arapiraca. Pode até dá certo;l Vamos avaliar a independência dos árbitros e do prefeito/presi-dente da FAF, Gustavo Feijó, nessa decisão da Copa Maceió, entre Santa Rita e Murici;l Dirigentes do CSA deram uma trégua nas mágoas. Estão focados nos jogos contra o Sport (Copa do Nordeste), CRB e ASA (Alagoano) e São Paulo (Copa do Brasil). É bom mesmo.

ALFINETADAS...

Serviço

Federção Alagoana de FutebolRua Zacarias de Azevedo, Centro (82) 3326-2015http://www.futeboldealagoas.net/

CRB chega ao Alagoano com a conhecida base do ano passado para disputar uma maratona. Jogará com um olho no peixe e o outro no gato, isto é, visa ir longe na Copa do Nordeste e ao título do Estadual, que dá vagas para Copa do Brasil e Nordestão de 2015. Além disso, iniciará na Copa do Brasil a partir de março próximo.

CSA entra embalado pela campanha na Copa do Nordeste, mas também pressionado a levar o título, para, assim, ficar com as vagas das copas do Brasil e do Nordeste de 2015. Desde 2008, conquista o Alagoano. Assim como seu maior rival, terá uma maratona pela frente. No dia 12 de março, já pega o São Paulo pela Copa do Nordeste deste ano.

Murici chegou à final do Primeiro Turno. Até o primeiro jogo da decisão, fez 12 gols, sendo cinco feitos no primeiro tempo das partidas e sete na etapa final. Sinval, Everlan e Júnior Amorim são os artilheiros com dois gols cada. Equipe mais indisciplinada, com 36 cartões amarelos. Os mais punidos foram Edivaldo (6 amarelos) e Everlan (4).

ASA decepcionou ao não passar da semifinal. Demitido, Heron Ferreira deu lugar a Beto Almeida, ex-CSA. Time fez 16 gols, sendo oito no primeiro tempo e oito no segundo. Lima é o artilheiro da competição com dez gols. O Alvine-gro recebeu 29 cartões, sendo 27 amarelos e dois verme-lhos. Só Jorginho recebeu seis amarelos e um vermelho.

Coruripe chegou à semi. Balançou as redes adversá-rias 15 vezes. A maioria dos gols do Hulk foi marcada no segundo tempo: 11. Neilson e Etinho são os artilhei-ros da equipe com três gols cada. Coruripe foi punido com 25 cartões, sendo 23 amarelos e dois vermelhos. Jair, Jota, Ivan, Mazinho e Williams José receberam

três cartões cada.

Comercial foi a pior equipe. Candidato ao rebaixamento. Terminou na última colocação com quatro pontos. Foi o que mais perdeu, com cinco derrotas. Fez cinco gols. Todos feitos no segundo tempo. Thiago Silva é o artilheiro com 2 gols. Recebeu 18 cartões, sendo 17 amarelos e um vermelho. Aldo, Dinho e Jean receberam dois amarelos.

Penedense terminou o turno na sexta colocação com oito pontos. Marcou seis gols, sendo três no primeiro tempo e a outra metade no segundo. Rone é o artilheiro da equipe com quatro gols marcados. Foram recebidos 20 cartões, sendo 17 amarelos e três vermelhos. Carlos Diogo foi punido com quatro amarelos.

CSE foi o quinto colocado, com oito pontos. Marcou 13 gols, sendo oito no primeiro tempo e cinco no segundo. Zé Paulo é o artilheiro do Tricolorido com quatro gols. O CSE recebeu 26 cartões, sendo 24 amarelos e dois vermelhos. Lucão, Santiago, Dida, Carlinhos, Paulo Victor, Robélio e Silvio foram os mais indisciplinados.

Santa Rita chegou à final. Fez 15 gols até o primeiro jogo da decisão, sendo seis no primeiro tempo e nove no segundo. O artilheiro é William com quatro marcados. O time foi punido com 25 cartões, sendo 22 amarelos e três vermelhos. Marco Antônio foi o mais indisciplinado, sendo punido com três amarelos e um vermelho.

CEO foi penúltimo colocado. Também candidato ao rebai-xamento. Fez quatro gols, sendo um em um primeiro tempo e três nos segundo tempo. Os artilheiros da equipe são Cal, Koffi, Raul e Vitinha, ambos com um gol cada.

Confira como os dez clubes chegam para disputa deste Segundo Turno:

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Os novatos têm outro adje-tivo para isso: intenso. “Todo dia tem um novo contexto para você absorver e enten-der. Nenhum atendimento é igual. Por mais que você tenha aprendido que usuários de álcool agem de uma forma, de crack de outra, no dia a dia você percebe que cada pessoa é um atendimento diferente e específico. Tem as viagens, as visitas em bairros, a nova equipe, é tudo muito intenso”, conta o psicólogo Anthony de Souza.

Mas isso não é uma recla-mação, ele completa. “Você aprende todo dia, o tempo

inteiro. Eu já conhecia o traba-lho dos Anjos da Paz antes e a dinâmica de funcionamento, já trabalhava com articulação social, mas a prática é outra coisa e bem mais interes-sante”.

Um dos pro je tos do Alagoas Tem Pressa, a amplia-ção das equipes de Anjos se deu através da parceria firmada entre Sepaz e o Insti-tuto Nordestino (Inor), em janeiro deste ano.

EM PALMEIRA DOS ÍNDIOSDe 17 a 21 de fevereiro,

assim como aconteceu em Arapiraca, os Anjos da Paz

vão instalar um posto de aten-dimento em Palmeira dos Índios para facilitar o acesso das famílias da região do agreste aos serviços do Acolhe Alagoas. A equipe ocupará uma das salas da Secretaria de Assistência Social de Palmeira – a ação é realizada em parce-ria com a Prefeitura Municipal –, atendendo das 8h às 17h.

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REGIONAIS redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

DIA no InteriorRoberto Baí[email protected]

Um fiasco

A “frente de oposição” ao Governo do Estado que reuniu na sexta-feira pela manhã em Arapiraca os senadores Fernando Collor de Mello, Renan Calhei-

ros e o ex-governador Ronaldo Lessa não causou o efeito que se esperava, apesar da presença da prefeita Célia Rocha.

Sem importânciaO encontro, de acordo com entendimento de líderes políticos arapiraquenses foi apático e não promoveu qualquer mudança no cenário político local. Com exceção dos veículos de comunicação do senador colorido, a imprensa arapi-raquense deu pouca importância à reunião que ficou marcada pela presença de assessores dos políticos.

ParceriaOs moradores de comunidades rurais de Arapiraca foram beneficiados no sábado (15), por meio de parceria entre a prefeitura e governo federal, com a ampliação dos serviços de apoio e assistência técnica aos agricultores fami-liares.Foram entregues mais oito veículos para reforçar o trabalho no campo, em solenidade que aconteceu pela manhã no Ginásio Municipal João Paulo II, no Bosque das Arapiracas. A prefeita Célia Rocha (PTB) e o secretário de Agricul-tura, Rui Palmeira de Medeiros confirmaram presença.

ConvênioPor meio da implantação do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), a prefeita Célia Rocha assinou convênio com o Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal.A iniciativa também conta com a parceria da Federação das Associações de Moradores de Arapiraca (Facomar).

ContratosA prefeita Célia Rocha e representantes da Caixa Econômica Federal e de comunidades rurais assinaram contratos de financiamento dos primeiros 50 imóveis rurais do programa.O PNHR faz parte de outro programa do governo federal, o “Minha Casa Minha Vida Rural”, que oferece subsídios para a construção ou reforma de imóveis dos agricultores familiares, trabalhadores e aposentados rurais com renda anual de até R$ 15 mil.

Êxodo ruralUm dos objetivos é evitar o êxodo rural, comum em localidades da região, inclu-sive com pessoas trabalhando no campo e morando na zona urbana.A ideia é que, com uma casa nova, homens e mulheres do campo ganhem mais ânimo para produzir alimentos em equilíbrio com o meio ambiente, melhorando a renda, a qualidade de vida da família e a economia do município e região.

Quitação de dívidasA programação também inclui uma parceria entre a Prefeitura de Arapiraca e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) para beneficiar 180 agricultores familiares, com a quitação de dívidas rurais.Também no sábado (15), a prefeita Célia Rocha e o secretário de Agricultura, Rui Palmeira de Medeiros, oficializaram a remissão dos resíduos dos débitos de custeio com representantes da instituição bancária.

AgricultoresDe acordo com a iniciativa, amparada na Lei 12.844, o governo federal fica com 85% do valor do débito, enquanto a Prefeitura de Arapiraca vai assumir 15% do restante dos débitos dos agricultores familiares, entre outros benefícios para os camponeses.

Roubo continuaA informação está no portal 7segundos: oito homens fortemente armados, utili-zando uma pick-up strada de cor preta e uma motocicleta, explodiram o caixa eletrônico da Agência do Bradesco, em Lagoa da Canoa.O fato aconteceu por volta de uma hora da manhã da sexta-feira (14).O GPM local pediu reforço do 3º BPM de Arapiraca e após a chegada da Pelopes os bandidos conseguiram fugir.

Medo e tensãoNo momento da explosão, que foi ouvida de uma longa distância, a população de Lagoa da Canoa entrou em pânico, sem saber o que estava acontecendo, principalmente por se tratar de um acontecimento ocorrido pela madrugada.“Quando algumas pessoas saíram para olhar o que estava acontecendo, fica-ram surpresas com a quantidade de homens fortemente armados em frente à agência”, disse uma senhora que demostrava visíveis sinais de medo.

Demanda faz Anjos da Paz serem duplicados

As e q u i p e s conhecidas como Anjos

da Paz firmaram-se como referência para a população quando o assunto é ajuda a dependentes químicos. Para atender à demanda crescente de pedidos de visitas domi-ciliares e com o objetivo de levar o Acolhe Alagoas cada vez mais às cidades do inte-rior, a Secretaria de Estado de Promoção da Paz (Sepaz) duplicou o número de equipes na última semana.

Seis equipes de psicó-logos e assistentes sociais cumprem a tarefa de busca ativa em toda Alagoas, forta-lecendo também laços com as bases comunitárias da Polí-cia Militar, Conselhos Tute-lares, secretarias municipais de saúde e assistência social, entre vários outros parceiros. Além disso, as famílias podem solicitar o atendimento atra-vés da central telefônica 0800-280-9390.

“Em 2014, nos propuse-

mos a levar o acolhimento para mais perto de quem precisa e os Anjos são nossa ferramenta. Além disso, tem a questão da humanização do atendimento, pois são

famílias que já estão sofrendo por causa da dependência química e não têm mais forças, não sabem o que fazer com o seu filho. Os Anjos da Paz são essa outra voz que vai até o usuário e conversa com ele, mostra outro caminho”, diz Adalberon Sá Júnior, secretá-rio de Promoção da Paz.

E o trabalho não está sendo “leve” para os Anjos nova-tos. Na última quarta-feira (12), já encararam uma busca noturna pelas ruas de Maceió – segundo a Sepaz, foram 8 locais atendidos, cerca de 35 abordagens e 6 acolhimen-tos para comunidades – e na próxima semana integram a instalação de uma base avan-çada em Palmeira dos Índios.

“Cada demanda precisa de uma forma diferente de abor-dagem, então é na prática que eles aprimoram o desempe-nho. É um trabalho de campo, prático, diferente do que se aprende na teoria”, explica a coordenadora dos Anjos da Paz, Rosemary da Silva.

TRABALHO passou a ser realizado por seis equipes multidisciplinares

Parcerias garantem a ampliação das ações

Anjos da Paz conversam com dependentes químicos e oferecem ajuda humanizada para abandonar o vício

ServiçoSecretaria de Promoção da PazRua Capitão Samuel Lins, CentroTelefone: (82) 3221-2471www.paz.al.gov.br

As equipes são essa voz que

vai até o usuário e

conversa com ele, mostra

outro caminho”

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12 O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

CAMPUS redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Cláudio Ribeiro Lopes - Professor do curso de Direito da UFMS - Câmpus de Três Lagoas (MS). E-mail: [email protected]

“No s querem t o d o s

iguais, assim é bem mais fácil nos controlar...”. Renato Russo foi um visionário, um ser humano desencaixado desse mundo. Mas sabia bem do que falava em suas canções. Volto-me, agora, para o tema da Educação brasileira: posso estar enganado, mas, parece--me estarmos imersos num ambiente de desgraça quando o tema é esse. Explico: a tônica da Educação brasileira contem-porânea parece restringir-se à adequação das instituições de formação às necessidades do alunado. Vejam, não é o

aluno que busca uma determi-nada formação, mas a própria escola que se dirige ao aluno perguntando o que ele deseja apreender. Natural, diriam alguns, pois, no diálogo reside a essência do processo pedagó-gico. Mas o prisma sob o qual pretendo discorrer se volta a questões de maior profundi-dade. O aluno não tem tempo para leituras? Básico: forne-cem-se apostilas, resumos, resenhas. Pior ainda, há cursos que estão montados pratica-mente sobre os atualíssimos manuais esquematizados, cuja qualidade é, no mínimo, discu-tível.

Passamos a formar bacha-

réis esquematizados, fruto das exigências de celeridade que a vida moderna impõe; pessoas incapazes de construir um raciocínio minimamente lógico, avessas à metodolo-gia, que se especializaram em exegese (hermenêutica soa quase como heresia...). O aluno é um profissional e no horário de aulas tem de estar no traba-lho? Simples: vamos fornecer um diploma de graduação (e, pasmem, até de pós-gradua-ção) à distância; o aluno estuda quando e se puder. E assim o Brasil caminha rumo à inflação das estatísticas de graduados e pós-graduados. Eu pergunto:a que custo? Com que quali-

dade?! Que espécies de profis-sionais e até “pensadores” estamos formando?! Que tipo de Educação o país está legando para as gerações futuras? Pesquisa recente configurou o perfil dos professores da área Jurídica no Brasil: são brancos, em geral com título de mestre e atuando em regime de dedi-cação parcial (perdoem-me, mas isso ou retrata a docência como “bico” ou, pior, como um complemento de renda...). Vejam a produção intelectual da maior parte (senão, todos) desses profissionais: pífia.

Enfim, para resumir, pois, o objetivo central deste modesto artigo é descortinar o engodo

que se acha por detrás de uma política de Estado desvincu-lado da ideia de uma Educação de qualidade e referenciada (para não ficar apenas no ideá-rio de pública e gratuita, pois isso é um sonho ainda distante), precisamos parar. Parar para refletir sobre o que, de fato, estamos inserindo no mercado de trabalho como produto da Educação brasileira: autôma-tos, seres incapazes de refletir, pensar, encontrar soluções, ou, se, de fato, buscamos um país que seja capaz de desenvolver--se?! Se a resposta tender para a última inquietação, necessário é realizar um giro Copérnico no modelo atual.

Brasil: educação fast-food

EXTENSÃO: só em 2013, foram feitos 3904 atendimentos gratuitos dos cursos de Direito, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia

Alunos da Fits vão muito além das salas de aula

Márcio AnastacioSara LimmaReporteres

Com o objetivo de art icular o ensino e a

pesquisa, além de carregar o compromisso de torná--los indissociáveis, a extensão universitária também significa a entrega do saber científico para quem é de direito, a sociedade. Através de atividades gratuitas, como assessoria jurídica e aten-dimentos vinculados à área da saúde, a Faculdade Integrada Tiradentes (Fits) tem cumprido o seu papel social com o Centro de Práticas, onde são abriga-das as ações extencionistas dos cursos de Direito, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia.

As comunidades beneficia-das com as atividades estão, em sua maioria, nas áreas circunvi-zinhas da Fits: Grotas do Arroz e Rafael, Aldeia do Índio, Vila Emater e Novo Horizonte.

Para o estudante de Psico-logia Madson Maximiano, a extensão dá ao aluno a oportu-nidade de tornar-se um cidadão participativo e um profissional qualificado. “É uma forma de valorar a comunidade acadê-mica”, disse.

No 7º Juizado Cível e Crimi-nal Desembargador Gerson Omena Bezerra, onde funciona o núcleo de práticas jurídicas, são atendidos os casos vincu-lados à área Cível e Penal. Em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), os estudantes também atuam na Defensoria Pública, como parte das disciplinas obrigatórias do curso, que reserva os últimos semestres para os alunos porem em prática as teorias jurídicas

aprendidas nos primeiros anos da graduação.

Segundo a coordenadora do Centro de Práticas em Fisiote-rapia da Fits, Ana Luiza Execel, a unidade contempla as áreas de Traumatoterapia, Dermato-funcional, Neurologia adulto e infantil, Saúde da Mulher, Cardiorrespiratória e Hidrote-rapia. “Aqui, o estudantes são treinados para atender aos mais diversos casos. Eles passam por um sistema de rodízio onde é possível conhecer diversas áreas”, destacou.

Com uma estrutura ampla e recursos tecnológicos, os estudantes são acompanha-dos no Centro de Práticas em Fisioterapia por preceptores de estágios (docentes contratados para a parte prática do curso), onde atuam em grupos de seis pessoas por professor.

De acordo com a coorde-nadora Ana Luiza, além do Centro, para proporcionar práticas efetivas aos estudantes, a faculdade possui convênio com o Hospital Arthur Ramos, Hospital do Açúcar, Pestalozzi, e Lar São Domingos.

Ele lembra que, só em 2013, foram feitos 3904 atendimentos à comunidade. Nos centros de práticas, os serviços são ofere-cidos gratuitamente na sede da Fits e estão abertos ao público de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O Núcleo de Práticas Jurídicas funciona de 8h até as 14h.

No Centro de Fisioterapia da Fits, os alunos ajudam a comunidade e aprendem, na prática, o atendimento aos pacientes

Estudantes de Direito atuam na Defensoria Pública nos últimos semestres da graduação, colocando conhecimentos em prática

ServiçoFaculdade Integrada TiradentesAv. Comendador Gustavo Paiva, 5017, Cruz das AlmasFone: (82) 3311-3100www.euquerofits.com.br

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TELEVISÃO13O DIA ALAGOAS l 16 a 22 de fevereiro I 2014

redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

Márcio Anastácio - [email protected] da MíDIA

RESUMO DAS NOVELAS - OS RESUMOS DOS CAPÍTULOS ESTÃO SUJEITOS A MUDANÇAS EM FUNÇÃO DA EDIÇÃO DAS NOVELAS.

SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO

MA

LHA

ÇÃ

OG

lobo

Anita confessa para Julia que ainda ama Ben, mas que não consegue esquecer seu ressentimento. Meg propõe a Sidney uma amizade colorida entre eles. Sofia sabota os encontros de Ben. Serguei, Meg e Frédéric ajudam Flaviana a se desfazer de seus pertences. Maura aprova a iniciativa de Hernandez de ampliar os negócios de seu salão de festas. Julia pede que Bernardete ajude Anita. Sofia destrói o celular de Ben e insiste na ideia de conquistar o rapaz.

Anita aceita refazer as provas para tentar recuperar o ano letivo e Raissa comemora. Raquel conta sua história para Guilherme e tenta se aproxi-mar do filho. Flaviana sofre ao fazer um bazar com suas roupas chiques. Bernardete consegue convencer Anita a acompanhá-la ao bazar de Flaviana. Bárbara e Raissa instalam uma urna no colégio para que alunos possam fazer perguntas sobre sexo. Todos no casa-rão ajudam a decolar o negócio de Vera e Bernardete.

Anita disfarça e inventa para Raissa que passou a noite estudando. Luciana explica para Bernardete que só estava ajudando Abelardo a conseguir ficar com a mulher que ele ama. Pedro fica curioso para abrir a caixa pessoal de Frédéric. Raissa e Bárbara comemoram a chegada de um respeitado sexólogo para conversar com os alunos. Pedro encontra um diploma em francês na caixa de Frédéric, e Júlia fotografa o documento para traduzi-lo. Anita tenta estudar, mas não consegue se concentrar.

Antônio explica para Anita seu plano de invadir a escola. Raquel fica entusias-mada em conhecer melhor Guilherme. Rafa e Giovana se paqueram. Maura pede que Zelândia cuide de Tita e afirma não ter paciência para a menina. Julia revela a todos no casarão que Frédéric tem duas profissões, e ele se desculpa por ter mantido segredo. Martin questiona Micaela sobre sua insegurança em ficar com ele. Anita e Antônio conseguem pegar o molho de chaves de Raissa.

Anita consegue controlar o fogo, mas acaba desmaiando. Antônio foge do local. Ben desconfia da saída de Antônio e Anita, e decide ir atrás da menina. O vigia da escola alerta Raissa sobre o fogo e eles encontram Anita desfalecida. Maura decide denunciar a empresa de Vera e Bernardete para a Vigilância Sanitária. Martin fica chate-ado com Micaela, por expor as intimi-dades do casal. Raissa avisa a Anita que falará com Vera sobre sua tentativa de roubar as provas.

Não há exibição.

ALÉ

M D

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IZO

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Kleber e Edu conseguem fugir pela mata e seguem para a Comunidade. Angeli-que convence LC a não colocar Marlon na máquina da felicidade. Fátima, Rita e Selma partem para o Rio de Janeiro. LC garante a Lili que não trabalha mais com Kleber. Ricardo pergunta se Thomaz voltaria a gerenciar os negócios de Helo-ísa. Líder Jorge engana Tereza e Assis. LC avisa Angelique que eles correm o risco de ficar sem comida. Álvaro convence Inês a lhe comprar roupas e sapatos e Marcelo se irrita.

Líder Jorge foge de Hermes e Assis. Kleber conta para LC que Tapiré foi tomada. Ricardo explica por que Helo-ísa deve deixar que Thomaz administre seus negócios. Marcelo conversa com Fernanda sobre os gastos de Inês com Álvaro. Heloísa fica chateada por ter sido injusta com Thomaz. LC finge surpresa quando Lili o avisa sobre a presença de Kleber na Comunidade. Celina e William passam a noite juntos. Líder Jorge volta para a Comunidade. Heloísa teme uma reaproximação com Thomaz.

William provoca LC, e Guto consegue rastrear a localização da Comuni-dade. Lili e Marlon namoram. Flávio se incomoda com o entendimento entre Thomaz e Heloísa. Fernanda se entristece ao saber que Heloísa voltou a ser cliente de Thomaz. Angelique pensa em usar Lili para convencer Marlon a entregar a fórmula. Fátima aceita a proposta de Cacá, mas pede para incluir suas irmãs no comercial. A primeira antena de celular é instalada em Tapiré.

LC orienta Messias a se livrar de Kleber se ele falhar na operação. Lili conta para Marlon que seu pai obrigou Angelique a se desculpar com ela. Messias avisa a Walmor para tomar cuidado com Kleber. Lili e Líder Jorge organizam o estoque de comida. Hermes e Tereza observam Tapiré. Kleber chega com Edu e os seguranças em seu galpão. Uma importante revista de culinária pede para fazer uma reportagem de capa com Heloísa em seu hotel--fazenda.

Kleber consegue prender William, Celina, André, Oscar e Guto. Flávio se conforma com a ida de Thomaz para o hotel-fazenda com Heloísa. Angelique convence LC a colocar Lili na máquina. Marcelo se culpa pelo sofrimento de Inês. Kleber vai atrás de Nilson, e Celina se desespera. Fátima volta para Tapiré. Kleber exibe seus prisioneiros para a cidade. Fátima não consegue impedir Nilson de ir atrás de Kleber no galpão. Angelique pede para Marlon ficar no laboratório depois do horário.

LC consegue enganar Lili e acusa Ange-lique de traição. Kleber fica paralisado por causa de Fátima e acaba deixando que seus prisioneiros escapem. LC manda prender Angelique e leva Lili para falar com Marlon. Fernanda chora por causa de Thomaz. Marlon afirma a Lili que vai protegê-la. LC se desculpa com Angelique. Celina sugere que Fátima questione Vó Tita sobre a atitude de Kleber em relação a ela. Hermes vê William e sua tropa deixarem Tapiré. Kleber derruba a antena de celular.

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Sílvia pede que Bibiana e Eufrásio a ajudem a fugir da mansão com Heitor. Joel incen-tiva Aurora a ficar com Fabrício, enquanto Cléo diz a Lola que ela deveria namorar Davi. Manfred flagra Sílvia tentando fugir de casa, mas ela dá uma desculpa e disfarça. Eufrásio diz a Viktor que Sílvia se lembrou de tudo e que Manfred não a deixa sair. Laura arruma as malas de Tavinho e o leva para o cortiço, onde Gaia e Toni o recebem com festa. Franz diz ao delegado que se entregará, mas que antes a polícia precisa tirar Sílvia da mansão.

O delegado avisa a Amélia que Franz deverá ser transferido para o presídio. Décio tenta convencer Chico a assal-tar o clube. Manfred manda que seus capangas deem uma lição em Benito e Pilar. Valter implora para Davi voltar a trabalhar no clube. Peteleco demonstra preocupação com a presença de Gaia no cortiço. Policiais encontram o corpo de Pilar. Joel combina com Cléo de colo-car pó-de-mico no vestido de Aurora. Mundo e Iolanda se casam. Miquelina diz à mãe que viu Arlindo beijar Volpina.

Ernest e Apolônio disputam a atenção de Pérola. Manfred chora nos braços de Gertrude por Franz ter voltado para Amélia. O clube é assaltado e Davi percebe que Décio está envolvido. Miquelina e Volpina brigam por causa de Arlindo. Lola é ovacionada após o show e Aurora é obrigada a cancelar sua apresentação por causa do pó-de--mico. Rubens anuncia que a coluna do Davi foi afetada ao ser agredido durante o assalto. Os bandidos são presos e acusam Décio.

Sílvia diz a Viktor que a explosão no forno da fundição também foi plane-jada por Manfred para tirar Franz da fábrica. Viktor diz a Sílvia que a melhor maneira de ela consertar seus erros é contar a verdade sobre Manfred. Eládio oferece emprego a Ernest como catador de sucata. O delegado avisa a Valter que dará voz de prisão a Décio. Franz e Viktor ficam surpresos ao ver o pai catando sucata. Manfred diz a Ernest que não devolverá suas ações e ameaça Sílvia.

Venceslau culpa Gertrude por tudo o que aconteceu. Décio pede a Laura que o ajude a sair da prisão. Aurora apoia Fabrício, que sofre por Lola. Ernest decide autorizar a internação de Manfred. Laura conta para Décio que Artur pagou sua fiança, que Valter não quer vê-lo e que terá de morar na pensão com ela. Valter e Arlindo brigam por causa de Volpina. Ernest conse-gue internar Manfred, que se revolta. Iolanda fica sabendo por Venceslau que Manfred é seu irmão.

Iolanda não aceita ter sido enganada por Venceslau. Ernest convida Franz e Amélia para morar na mansão, mas eles recusam. Gertrude ameaça Ernest, dizendo que ela e Manfred darão a volta por cima. Sonan é demitido da farmácia. Iolanda avisa a todos que trabalhará em um projeto de creche comunitária. Ernest convida Viktor e Sílvia para morarem na mansão, mas eles também não aceitam. Ernest é intimado a comparecer à delegacia para explicar por que crianças trabalhavam em uma carvo-aria de sua propriedade.

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lobo

Cadu discute com Clara na frente de Marina. Selma avisa a Laerte que Itamar foi internado. Clara faz confidências sobre seu casamento com Marina. Juliana expulsa Fernando de casa. André ignora Dulce, e Luiza percebe sua tristeza. Helena diz à mãe que não quer que Laerte se aproxime de Luiza. Jairo diz a Juliana que Gorete não quer que Bia fique com ela. Fernando pede para morar com Cadu e Clara. Branca vê Ricardo e Chica entra-rem no café onde está com um rapaz, mas não é vista pelo casal.

Laerte se assusta ao ver Luiza e tenta falar com ela fora de seu camarim. André discute com Luiza. Selma confidencia a Felipe que não consegue perdoar Helena. André chega mal humorado em casa. Dulce se desculpa com seus convidados pela atitude do filho. Luiza conta que falou com Laerte, e Helena se desespera. Branca tenta seduzir Ricardo. Clara, Cadu e Fernando encon-tram Marina em um restaurante. Juliana mostra a Guiomar o quarto que preparou para os filhos que perdeu.

Gustavo vê Juliana deixar o hospital apressada. Os enfermeiros percebem que Gorete faleceu. Juliana fala para Guio-mar que cuidará de Bia como se ela fosse sua filha. Ricardo decide sair de casa, e Branca coloca fogo em suas roupas. Silvia embarca no mesmo avião que Felipe. Luiza vê Helena guardar o programa do recital de Laerte. Helena decide levar Luiza para a faculdade, mas fica furiosa com Virgílio por impedi-la. Silvia e Felipe dividem um táxi. Clara fala de Marina para Helena e assume estar atraída por ela.

Helena lembra de sua relação com Laerte. Alice inicia uma entrevista com Laerte. Juliana pergunta pelos pais de Gorete para Jairo. Clara liga para Marina. Juliana fica aflita ao ver Iolanda obrigar Bia a se despedir de Gorete. Laerte explica por que escolheu a flauta como seu instrumento, e Helena se emociona ao ouvi-lo tocar. Verônica leva um fora de Luiza. Virgílio comenta com Luiza que abrirá um restaurante com Cadu. Ricardo deixa Cláudia no hospital e segue para o aeroporto.

Helena discute com Luiza. Clara conversa com Marina e tenta disfarçar sua inquie-tude. Helena e Virgílio discutem. Selma e Verônica se preocupam com o compor-tamento de Laerte. Marina chama Clara para trabalhar com ela, e Vanessa não gosta. André diz a Luiza que sofre por ter sido rejeitado por seus pais biológicos. Branca diz a seu advogado que deixará o ex-marido falido se ele não voltar para ela. Helena dorme com o colar que Laerte lhe deu em suas mãos. Clara avisa a Cadu que começará a trabalhar com Marina.

Luiza sai de carro com Laerte. Laerte convence Luiza a escutar sua versão da história com Helena. Itamar tem uma crise respiratória e deixa todos preocupados com a sua saúde. Silvia conta para Felipe que vai ficar noiva de Gabriel. Juliana e Nando discutem sobre a adoção de Bia. Ricardo leva Gisele para a casa de Branca. Jairo pede mais dinheiro para Juliana ficar com Bia. Clara e Marina conversam sobre o ensaio de Flavinha. Luiza e Laerte discutem e ela salta do carro em movimento.

Repaginando Quem acompanha o Graciliano online, blog da revista Graciliano, verá, em breve, o seu novo layout no ar. Com mais interação, o blog cultural do portal de notícias TNH1 está sendo reformulado. O site institucional da Imprensa Oficial Graciliano Ramos e a loja virtual da sua editora também aparecerão repaginados e com mais recursos para a navegação.

Distanciando-sePara quem chegou a ventilar que as suas atrações seriam parecidas com as do Globo Sat, a contratação do apresentador Cane-tinha não pegou bem. Em sua semana de estreia à frente do TNH1 Notícias, o apresen-tador sessentão nem popularizou o programa

nem o fez menos arrastado.

O disse-que-alguém-disse Chegou a ser ridícula a tentativa da Rede Globo de vincular o deputado estadual Marcelo Freixo (PSol) aos manifestantes responsáveis pela morte do cinegrafista da Band, Santiago Andrade. Durante toda a semana, essa foi a pauta principal do jornal O Globo, do portal de notícias G1 e da TV Globo. Através do facebook, simpatizantes do deputado carioca criaram a página “Eu tenho ligação com Marcelo Freixo”, que já reúne cerca de 50 mil pessoas.

SambaNa TV Mar, o “samba do crioulo doido” parece

não ter fim. Depois de escalar mais um time de comentaristas enfadonhos para uma progra-mação mais enfadonha ainda, a novidade da casa é a entrada do cabeleireiro Ariel para este time. Ao contrário do que você pode imaginar, o empresário do ramo da beleza não falará de cabelos ou estética, mas de segurança pública.

Vai entender...Pensando bem, não é tão difícil de entender. Ariel é filiado ao PTB, partido de Collor, por onde disputou um o cargo de vereador nas últimas eleições. Ele deverá candidatar-se a deputado estadual dessa vez. Tem que apare-cer de qualquer jeito, mesmo que seja falando do que não entende.

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MARCOS LEÃO com Elisana Tenório - [email protected]

Chegou o carná!Cancelada a Casa da Brahma, no dia 1, em Olinda, ou seja, não vão mais ter shows nem da Nação Zumbi e nem da Banda Del Rey. Além da bilheteria não ter evoluído, diga-mos assim, os fãs da Nação, pelo visto, preferiram assistir ao show da volta do grupo no Marco Zero, no dia seguinte (2) – e de graça. E pra completar, Du Peixe, lúcio Maia, Pupilo e Dengue também se apre-sentam no Festival Quarta-Cinza Rock, dia 5, no gratuito Pólo Casa Amarela, em Recife. Ueba!

PódioMais um prêmio para a galeria do Nannai Resort & SPA. O cinco estrelas, em Muro Alto, acaba de levar a categoria de Melhor Hotel Spa de 2014, da América Central e Sul, do Condé Nast Johansens Awards for Excellence, premiação concedida como referência mundial para hospedagens de luxo e exclu-sividade, analisando as instalações, qualidade dos serviços, localização, gastronomia, decoração e conforto de cada participante. O Nannai SPA by L’Occitane é considerado o maior da marca em operação na América do Sul.

Toda elaSe Carla Coutinho queria uma farra com ‘azamigas’ para festejar seu aniversário, ela conseguiu. Uma mulherada, das mais diferetes tribos, invadiu o seu apê na quinta--feira (13) para prestigiar o aniver-sário da empresária. De homem, só Paulo Lourenço, Gustavo Nobre e André Porto e a banda Toque de Menina, as atrações que comanda-ram o palco, e o salão (fervidíssimo). Teve até momento ‘Carnaval’, com distribuição de máscaras. Animação não faltou, regado a caipifrutas e espumantes.

Escurinho do cinemaO cineasta Paulo Caldas e a produ-tora Barbara Cunha, da 99P, aprovei-tam a Berlinale (Festival de Cinema de Berlim), que acontece até o dia 16 de fevereiro na capital alemã, para trabalhar. O casal sempre que pode prospecta ali parcerias para o próximo filme de Caldas, O Sertão Vai Virar Mar e o Mar Vai Virar Sertão, em fase de pré-produção, com início das filmagens previsto para o final do ano.

BorbulhantesUm editorial especial foi criado para inspirar as produções para os gran-des bailes de Carnaval que agitam a cidade. Para isso, o fotógrafo Carlos Montes e o maquiador Caio Gomes fizeram exclusivamente para a Inside uma série de fotografias inspiradas nos ícones de moda das décadas mais glamourosas. Todo domingo, até o final do mês de fevereiro, dois cliques especiais serão revelados com as modelos Caroline Medeiros, Soraya Mello e Priscila Freitas.

TODO FESTA l Adalberon de Sá Jr, secretário de Promoção da Paz, é só felicidade; hoje [domingo] ele faz aniversário e comemora entre familiares e amigos. Um abraço forte desta coluna!

FINESSE | Zaida Lima em registro de alegria de viver em recente festança vipérrima da boutique Santa H. Só deu ela...

EM CENA | Maria Helena Russo Lessa, Bethania Ducarmo e Perla Gomes em momento de pura finesse e descontração do circuito VIP da seara

Praia da vezTem mais rostinho conhecido da moda de férias em São Miguel dos Milagres. Além de Guilhermina Guile, quem também desembarcou no paraíso tropical alagoano foi o estilista, Calvin Klein. Frequentador de carteirinha do praia, Klein já é quase um nativo. Foi lá, inclusive, que ele conheceu a amiga, Karol Calheiro, que o acompanha nas férias. Chique, não?!

Ueba! Ueba!Atendendo o convite feito pelo Pinto da Madrugada de Maceió, em parceria com os governos de Pernambuco e Alagoas, o Galo da Madrugada fará participação especial no bloco alagoano, que desfila no dia 22 de fevereiro. Levando toda a riqueza cultural do Carnaval pernambucano para a folia, o Galo marcará presença nos 15 anos do Pinto da Madrugada com mais de 100 pessoas, entre diretoria e figurantes. Tudo!

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ESPECIAL redação 82 3023.2092e-mail [email protected]

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Expectativa é de grande retenção no trânsitoPara esta semana, a primeira

de vigência da faixa exclusiva, a SMTT espera grandes pontos de retenção no trânsito. A expectativa de engenheiros do órgão é de que haja aumento no congestionamento. Ou seja, o condutor de veículo particu-lar deve se preparar para um período ainda maior do que o que já é de costume no trânsito.

“Estamos esperando problemas para esta primeira semana. Toda mudança no trânsito causa impacto. Foi assim em todas as cidades onde foi implantada a faixa exclusiva para ônibus”, disse Roberto Barreiros, engenheiro da SMTT. “Acreditamos que, depois, os benefícios propor-cionados pela faixa exclusiva sejam assimilados por todos”, disse.

Ele explicou que o projeto tem o objetivo de dar mais

fluidez ao trânsito de ônibus na Durval de Góes Monteiro e na Fernandes Lima. “Boa parte dos carros particulares que trafegam por estas duas aveni-das leva apenas uma pessoa. O ônibus leva quarenta, cinquenta ou até mais. Então essas pessoas dos ônibus não podem ser prejudicadas”, comentou o engenheiro.

Roberto Barreiros ainda lembra aos motoristas que, sempre que precisarem sair da sua faixa para entrar em alguma rua que “cruza” a avenida, deverá sempre fazê--lo pelo trecho de linha trace-jada. “Depois que ele cruzar esta linha tracejada, encon-trará o primeiro quarteirão e poderá entrar ou não. Mas ele não deve passar do próximo quarteirão porque, se fizer isso, poderá sim ser multado”, explicou. D.F.

SMTT quer o trânsito funcionando desta forma da fotografia: só ônibus na faixa

Deraldo FranciscoRepórter

Chegou a hora da verdade. A faixa exclusiva

para ônibus começa a valer a partir de segunda-feira, dia 17. Mas a ideia da faixa exclusiva para ônibus não é nova. Ela foi projetada em 1996, na gestão do então prefeito Ronaldo Lessa. Permaneceu engavetada nos governos de Kátia Born e Cícero Almeida e, na gestão do

prefeito Rui Palmeira, foi reti-rada da gaveta. Portanto, uma ideia que surgiu há 18 anos está sendo colocada em prática hoje. A realidade da década de 1990 era uma em relação ao trânsito. Hoje, 18 anos depois, muita coisa mudou, principalmente a quantidade de veículos parti-culares.

Até o próximo dia 9 de março, os motoristas serão orientados na faixa sobre a utilização do espaço, que é exclusivo para ônibus. Agen-

tes e fiscais da Superintendên-cia Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) estarão em toda a extensão da faixa exclu-siva fornecendo material gráfico com informações sobre a mudança no trânsito e tirando dúvidas, ali mesmo, na pista, no meio do trânsito.

A partir do dia 10 de março, não haverá mais conversa: os motoristas de carros particu-lares, táxis, complementares e outros veículos [que não sejam ônibus] serão autuados.

A infração corresponde a uma multa leve, no valor de R$ 53,20, e à perda de três pontos na Carteira Nacional de Habili-tação (CNH).

O objetivo desta iniciativa é aumentar a velocidade média dos ônibus de 12/15Km/h para 25Km/h. Isso fará com que haja uma redução de cerca de 30 ou 40 minutos nos percursos feitos pelos ônibus hoje. Desta forma, haverá aumento no número de viagens dos ônibus e, conse-quentemente, haverá a necessi-

dade de aumento da frota. Na semana que passou, as

mudanças já estavam dando uma arrumada no trânsito. Muitos motoristas treinaram a paciência para o período de vigência da faixa exclusiva trafe-gando pelas outras faixas que sobram nas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima. Mas, enquanto ainda era permitido, muitos motoristas também trafegaram pela faixa exclusiva para ônibus sem nenhuma preocupação.

SMTT SE PREPARA para aumento do congestionamento nas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima

Só ônibus na faixa exclusiva

Esperamos problemas no trânsito

nesta primeira semana, mas tudo vai se

arrumar no final

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A categoria que mais esperneou em relação à faixa exclusiva para ônibus foi a dos taxistas. Como não conse-guiram ser incluídos na faixa, eles devem ir à Justiça, como aconteceu em outras cidades brasileiras. Para esta semana,

eles prometem uma grande manifestação nas duas aveni-das. A reportagem de O DIA ALAGOAS apurou que os taxistas pretendem fazer uma fila de carros [táxis] na faixa exclusiva, da Avenida Tomaz Espíndola até a porta

da SMTT.Se depender apenas da

direção da SMTT, os taxistas não serão contempladas com os benefícios da faixa exclu-siva. Eles poderão trafegar pelo espaço para embarque e desembarque de passageiros.

A reclamação da categoria é de que o passageiro está sempre na calçada, portanto, longe dele.

Outra categoria que se sente prejudicada com as mudanças são os motoris-tas de veículos de transporte

complementar. Como os taxistas, eles terão direito ao embarque e desembarque de passageiros, desde que isso ocorra em locais determina-dos e que não sejam os pontos de ônibus, como acontece hoje. D.F.

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O que o povo dizNa quinta-feira, dia 13,

pela manhã, a reportagem de O DIA ALAGOAS foi ao cruzamento próximo ao Cepa para ouvir pedestres e moto-

ristas sobre as mudanças e sobre a situação do trânsito naquele dia. A edição esco-lheu sete, das dezenas de depoimentos:

Taxistas prometem se mobilizar para conseguir vaga na faixa

“Sei como será o funcionamento da faixa exclusiva. No momento estou parado na faixa, mas ela ainda não está vigorando. Advirto que, se não houver nenhum plane-jamento, essa ideia não dará certo”.Wildenberg SoaresSupervisor de vendas

“Se houver avanço para os ônibus, que seja levada a sério a ideia. Num carro, vão, no máximo, quatro pessoas. Num ônibus, há cinquenta. Nestes cálculos, a faixa exclusiva é providencial”.Cícero RodriguesPublicitário

“Do jeito que está, ficou muito ruim para os taxistas. Ainda estou com muitas dúvidas em relação ao trânsito com a faixa exclusiva”.Evilânio Araújo de LiraTaxista

“Hoje está tudo bom! Saí de casa, no Benedito Bentes às seis horas e esta hora [9h] ainda estou no caminho. Está tudo bom!”Marileide BernardesEmpregada doméstica

“Essa história de faixa exclusiva vai dar uma grande confusão. As pessoas ainda não sabem o que pode e o que não pode. Acho que haverá muitos acidentes”.Antonivaldo MartinsEletrotécnico

“Menino, o trânsito está pior”!Marcelo LinsEstudante

“Sabe qual é o segredo para melhorar o trânsito de Maceió? Quem tiver carro deixe em casa!”Maria IsabelDona de casa

“O problema do trânsito de Maceió é com o condutor. A grande maioria não dá espaço para o outro motorista, não quer obedecer à sinalização e está sempre apres-sado. Esse condutor acha sempre que o problema dele é maior do que o da pessoa que está no outro carro”.Roberto BarreirosEngenheiro da SMTT

O que pode e o que não podeA expectativa da SMTT é de que, com a

faixa exclusiva para ônibus, “o sistema de trânsito flua melhor, podendo atrair mais usuários. No panfleto da SMTT, constam as

principais informações sobre as categorias de condutores que serão alcançadas pela faixa exclusiva com as recomendações para as mudanças:

ÔNIBUS:Os ônibus devem transitar somente pela faixa exclusiva. Os motoristas não poderão fazer a ultrapassagem de nenhum veículo à frente pela faixa da esquerda, a não ser que seja deli-mitada pela faixa de cor azul. Neste caso, somente nas baias de paradas de ônibus é que as faixas exclusivas ofere-cem espaço suficiente para ultrapassar o ônibus que está na frente.

CICLISTAS:Os ciclistas continuam com a preferência de trafegar pela direita, mantendo sempre a distância de segurança de 1,5m. No caso, esta distância deve ser determinada pelo condutor do ônibus.

TAXISTAS E COMPLEMENTARES:Estas duas categorias de condutores só poderão utilizar a faixa exclusiva

para embarque e desembarque de passageiros. Desde que, nunca utili-zem os pontos de ônibus para isso.

VEÍCULOS PARTICULARES:Os carros particulares, ônibus de viagem e escolar devem apenas usar a pista da direita por, no máximo, duas quadras, para entrar numa via e fazer embarque ou desembarque.

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Construção civil aposta na prevenção dos acidentes

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ATITUDE: Mudança de comportamento tem refletido na redução dos números de sinistros nos canteiros de obras

Pedro BarrosRepórter

Ac i d e n t e s acontecem, mas podem

ser evitados. A frase, que já ganhou o senso comum, pode, em linhas gerais, resumir de forma clara e simples a filosofia da prevenção de acidentes em qualquer circunstância. E se tal circunstância for o ambiente

de trabalho, fica ainda mais evidente a importância de se antecipar às eventualidades que possam causar prejuízos materiais e humanos.

Embora seja simples, a percepção da importância do tema, sua adoção pelo setor produtivo, envolve aspectos econômicos, culturais e mesmo de comportamento que ense-jam um grau de complexidade. E se o cenário que estiver sendo

destacado for o da construção civil, é fácil imaginar as difi-culdades encontradas, mas já é possível vislumbrar algumas mudanças que indicam um novo comportamento para os atores envolvidos neste setor tão importante.

Essa nova postura é medida pela conscientização por partes de empresários e trabalha-dores, que vêm descobrindo que é possível diminuir sensi-

velmente os fatores condicio-nantes do perigo iminente do acidente.

Se para o empresário fica claro que apostar em preven-ção não é custo (e sim inves-timento), na outra ponta, o trabalhador, vítima direta da não observância das regras, aceitar as medidas de segu-rança e quebrar tabus é tão simples quanto eficiente. Esse novo cenário passa a oferecer

mais segurança nos canteiros de obras, muito embora ainda há um longo caminho para se alcançar níveis confortáveis de segurança. Entretanto, o caminho já está sendo percor-rido quando hoje se verifica, na prática, ações coordenadas pelo poder público, empre-sários e trabalhadores com treinamentos, palestras e seminários nos canteiros de obras.

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Operários estão mais conscientes dos riscos no ambiente de trabalho e agora não oferecem mais tanta resistência ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) mesmo diante de desconforto

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“Em Alagoas, pelo menos

uma vez por mês, esses agen-tes, compondo uma comissão tripartite, visitam uma empresa do setor, onde, por mais de uma hora, os trabalhadores têm contato com as normas de prevenção regidas pela Norma Regulamentadora de número 18 – (NR 18). Esta norma trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção (confira Box).

A NR 18, portanto, é o bali-zador das ações que visam evitar, ou pelo menos minimi-zar, as ocorrências de acidentes na construção civil. Na última quinta–feira (12), estiveram reunidos no canteiro de uma obra no bairro Farol, traba-lhadores, representantes da indústria da construção e o poder público.

Apresentação feita, operá-rios atentos: tem-se início mais uma ação educativa/pedagógica. Na abertura dos trabalhos, o vice-presidente do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), Paulo Nogueira, destacou um número que chama a atenção. Segundo ele, essas ações já atingiram mais de 4 mil operários e mostram a adesão dos empresários locais às normas de prevenção de acidentes. “Há conscientização das empresas. Os empresários têm percebido que não é gasto, e sim um investimento que traz retorno”, avalia.

Nogueira destacou ainda outro programa, este mantido pelo Sinduscon e pela Ademi--AL (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Alagoas), denominado Audi-tor Amigo, que consiste em visitas periódicas onde um profissional de segurança de uma determinada empresa atua como fiscal de outra. Como se fosse um fiscal do trabalho, as visitas são feitas mensalmente e servem para aprimorar os processos de segurança do trabalho das

empresas que participam do programa.

Essas ações, além de ajuda-rem a criar uma cultura de prevenção, também contri-buem para o aprimoramento da NR 18, como esclarece Elton Machado, auditor fiscal do Trabalho. “A função dessas ações é não deixar a norma envelhecer... Assim, são gera-das sugestões que, se aprova-das, podem fazer parte da NR 18”, afirma.

Apesar desses avanços, o auditor faz uma ressalva e aponta algumas lacunas, veri-ficadas, principalmente, nas empresas que atuam fora da capital. “Ainda tem muita gente precisando aderir a essas ações, chegar num nível adequado de conscientização”, assinala.

Outra questão apon-tada pelo agente público diz respeito à quantidade de profissionais, diminuta quando comparada ao número de obras existentes, principalmente no interior. ”No interior, há muitas obras e poucos fiscais”, resume.

A quantidade de obras em execução é um ingrediente que preocupa, principalmente com os planos de expansão para o setor, como o programa Minha Casa Minha Vida, que vem aquecendo a indústria da cons-trução civil e que pode elevar as notificações de acidentes de trabalho no setor. P.B.

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Empresariado incorpora a nova cultura

Terceirização em obras preocupa Sindticmal

No entanto, há de se reco-nhecer que alguns empresá-rios, não apenas aqueles que estão à frente de órgãos de cúpula, já incorporaram visi-velmente essa nova cultura.

Com um discurso afinado, eles repetem o que já se confi-gura como uma máxima entre as entidades que congregam as indústrias do setor, a expressão “segurança do trabalhador não é custo, é investimento”.

Estes, portanto, apoiam a adoção de todas as medi-das possíveis para a redução dos fatores de risco para seus operários e são bastante enfá-ticos nessa defesa. Joaquim Santana foi o construtor esco-lhido para o evento realizado na semana passada.

A abertura do seminá-rio ficou a cargo de Paulo Nogueira, representando o Sinduscon. Em sua fala, o representante do sindicato da construção civil apresentou o palestrante, Elton Machado, Auditor Fiscal do Trabalho da SRTE/AL

No mesmo ambiente e com discursos alinhados, a indús-tria e o governo. A plateia, formada por trabalhadores, objeto maior de todas essas ações, se mostrava receptiva diante das informações. Infor-mações estas que tinham por objetivo quebrar tabus e para-digmas, além de construir um operário consciente de seu papel em todo esse processo.

As informações compos-tas por textos e imagens rela-tam também casos trágicos de acidentes. São imagens fortes, chocantes, como destaca Elton Machado, responsável pelos treinamentos. “O objetivo é literalmente acordar a turma”, destaca.

A preocupação do auditor faz jus à realidade que traz números elevados de aciden-tes, inclusive resultantes em óbitos. Ele explica que o setor da construção civil ocupa o terceiro lugar no ranking de acidentes, ficando atrás da indústria canavieira e da área hospitalar. P.B.

Nesse cenário de aqueci-mento da indústria da cons-trução, outra preocupação é a contratação de mão de obra terceirizada. De acordo com o Sindticmal (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Imobi-liário de Alagoas), a utilização de mão de obra terceirizada é um agravante que concorre para aumentar as ocorrências de acidentes. “A maioria dos acidentes acontecem com os terceirizados”, afirma Cícero Justino da Silva, presidente do Sindticmal.

Para o sindicalista, isso ocorre porque há uma cobrança para que essas empresas produzam num ritmo maior. Ele esclarece que as condições de trabalho da empresa princi-pal são sempre melhores que as da contratada.

A reportagem não pôde comprovar a distinção de atua-ção entre a empresa principal e a que fornece mão de obra. No entanto, foi possível verificar a atuação de uma dessas cons-trutoras, cuja mão de obra não é terceirizada.

A convite da Superinten-dência Regional do Trabalho e Emprego em Alagoas (SRTE/AL), O DIA ALAGOAS esteve no canteiro de obras de uma construtora no Farol que foi contemplada com o seminário na semana passada.

Lá, foi possível verificar que todos os trabalhadores esta-vam devidamente “munidos” com os chamados EPIs (Equi-pamento de Proteção Indivi-dual). Nada excepcional, uma vez que tal obra estava sendo o palco do seminário que acon-tece a cada mês no setor. P.B.

Profissionais, munidos de EPIs, ouvem atentamente palestra sobre segurança

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Comissão tripartite visita obras em Alagoas

Construção civil é o terceiro setor no ranking

de acidentes de trabalho"

Os empresários têm percebido

que não é gasto, e sim um

investimento que traz retorno"

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Subnotificações levam a dados imprecisos

Profissional vira fiscal das ações preventivas

Machado lembra ainda que a falta de informação, carac-terizada pela subnotificação das ocorrências, concorre para uma avaliação imprecisa desses dados. “Temos a clara percepção de que existe em Alagoas, no setor construção, uma grande subnotificação dos casos”, defende.

Outra informação repas-sada pelo agente público diz respeito à comunicação dos acidentes de trabalho ocor-ridos. Neste caso, explica o

auditor, é necessário o preen-chimento das denominadas CATs (Comunicações de Acidentes de Trabalho).

O que se constata, na maio-ria das vezes, é que estas só são preenchidas quando a ocor-rência implica no afastamento do trabalhador de suas funções por um período superior a 15 dias, caso em que a CAT precisa ser emitida, uma vez que o trabalhador ficará em gozo de benefício previdenciário.

Machado informou ainda

que, dependendo do número de ocorrência, esta situa-ção implica em custos para a empresa e, assim, pode contribuir para a omissão das ocorrências. “Além disso, a legislação previdenciária também aumenta a alíquota das empresas que causam mais acidentes (o chamado Fator Acidentário de Preven-ção – FAP), o que contribui para que os empregadores procurem esconder os aciden-tes”. P.B.

O grande esforço de todos é mudar esse quadro e, nesse contexto, cabe aos trabalhado-res grande papel. José Célio de Brito, auxiliar de carpinteiro, avaliou como positivo o semi-nário.

Apesar de achar alguns equipamentos desconfortá-veis, o operário reconhece a importância de seu uso e também das palestras que na sua avaliação são “informati-vas e dá para aprender muita coisa”.

A mesma percepção é compartilhada pelo colega Gilvan Vieira da Silva, que destaca o perigo inerente a esse ambiente de trabalho e daí a importância de constantes treinamentos. “Antigamente

era diferente... Não tinha tanta palestra. Hoje a gente aprende cada vez mais”, disse lembrando ainda que, por estar em uma área de risco, o treina-mento vai permitir que todos analisem melhor o ambiente de trabalho.

Aqui já se vislumbra um operário mais consciente de seu papel que, além de suas funções profissionais, começa a adquirir outra: fiscal das ações de prevenção a acidentes em seu ambiente de trabalho.

E este é, de fato, um dos principais objetivos desse evento: transformar o traba-lhador em fiscal de suas ações como operário e também das atividades de seus compa-nheiros, contribuindo, assim,

para minimizar ou, quem sabe um dia, zerar as estatísticas de acidentes na indústria da cons-trução civil.

Priscila Gomes, engenheira e responsável técnica pela obra que serviu como palco para as discussões, testemunha que, desde o início de sua carreira, há cerca de 10 anos, uma sensível melhora nos procedi-mentos de segurança está em andamento. O que se depre-ende dos discursos de todos os personagens é o desejo de melhorar os mecanismos que garantem um ambiente livre de risco e esse desejo é tradu-zido na expressão proferida inúmeras vezes “que o traba-lhador possa chegar em casa são e salvo para a família”. P.B.

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