O Estado Do Ambiente MIOLO 22ago2011

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O ESTADO DO AMBIENTE Indicadores Ambientais do Rio de Janeiro 2010

Transcript of O Estado Do Ambiente MIOLO 22ago2011

  • O EstadO dO ambiEntEindicadores ambientais do Rio de Janeiro 2010

  • GOvERnO dO EstadO dO RiO dE JanEiRO

    Srgio Cabral FilhoGovernador

    Luis Fernando Pezo Vice-Governador

    Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) Carlos Minc

    Secretrio

    Subsecretaria ExecutivaLuiz Firmino Martins Pereira

    Subsecretrio

    Subsecretaria de Projetos e Intervenes EspeciaisAntnio Ferreira da Hora

    Subsecretrio

    Subsecretaria de Economia VerdeSuzana Kahn Ribeiro

    Subsecretria

    institutO Estadual dO ambiEntE (Inea)

    Marilene Ramos Presidente

    Denise Maral RambaldiVice-Presidente

    Diretoria de Informao e Monitoramento Ambiental (Dimam)Carlos Alberto Fonteles de SouzaDiretor

    Diretoria de Biodiversidade e reas Protegidas (Dibap)Andr Ilha Diretor

    Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilam)Ana Cristina Henney Diretora

    Diretoria de Gesto das guas e do Territrio (Digat)Rosa Maria Formiga Johnsson Diretora

    Diretoria de Recuperao Ambiental (Diram)Luiz Manoel de Figueiredo Jordo Diretor

    Diretoria de Administrao e Finanas (Diafi)Jos Marcos Soares ReisDiretor

  • Organizao

    Jlia Bastos e Patrcia Napoleo

    Coordenao Geral

    Elizabeth Cristina da Rocha Lima

    Coordenao Executiva

    Andra Franco Oliveira

    O EstadO dO ambiEntEindicadores ambientais do Rio de Janeiro 2010

    Rio de Janeiro

    SEA/inea

    2011

  • Marco para a gesto socioambiental do Rio de Janeiro

    A publicao O estaDO DO ambiente inDicaDOres ambientais DO riO De JaneirO - 2010 representa para o Governo estadual um

    avano na gesto pblica e no incentivo transparncia e divulgao de informaes.

    A compilao e organizao de uma base de dados espaciais pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, a disponibilizao

    e a adoo pblica de indicadores ambientais buscam subsidiar aes de planejamento e metas de Governo, bem como o

    aprimoramento do monitoramento, do licenciamento e da fiscalizao; atribuies da SEA e do inea.

    Os indicadores ambientais, reconhecidos tecnicamente, cumprem etapa necessria a diversos estudos e instrumentos

    modernos de planejamento ambiental, tais como: Zoneamento Ecolgico-Econmico, Avaliaes Ambientais Estratgicas,

    Avaliaes Ambientais Integradas e Planos de Desenvolvimento Sustentvel Regionais. Atualizados periodicamente, os

    indicadores mensuram as aes de crescimento econmico, as condies de vida das populaes, a conservao e a

    restaurao do ambiente.

    A estrutura organizada e a apresentao dos dados de forma espacial em mapas costumam impressionar os sentidos,

    evidenciar problemas e possveis solues para o gestor, indicando orientaes para o desenvolvimento de polticas regionais

    e induzindo aes estratgicas locais e coletivas.

    As anlises divulgadas buscaram contemplar todos os setores econmicos e territoriais do nosso Estado. Por sua

    abrangncia e ousadia, O estaDO DO ambiente torna-se desde agora um marco para a gesto socioambiental do Rio de

    Janeiro. Que todos os interessados possam tirar o melhor proveito desta publicao.

    Saudaes ecolibertrias!

    Carlos Minc

    Secretrio de Estado do Ambiente (SEA)

  • Conhecer para conservar

    com grande satisfao que colocamos disposio da sociedade os indicadores ambientais de 2010 uma base de

    informaes capaz de subsidiar as tomadas de deciso e o planejamento de aes do setor pblico e privado e a participao

    da sociedade na preservao dos nossos recursos naturais.

    Entendendo que preciso conhecer para conservar, nesta publicao procuramos reunir o que temos de melhor e mais

    consistente em termos de dados e indicadores ambientais produzidos no Estado do Rio de Janeiro, buscando caracterizar

    a situao dos 92 municpios fluminenses. So indicadores que revelam, por exemplo, nosso riqussimo patrimnio natural

    e ambiental, mas tambm servem de alerta em relao aos impactos ambientais decorrentes da presso antrpica sobre o

    meio ambiente.

    Desenvolvimento com sustentabilidade e reverso do quadro de degradao ambiental que se identifica em vastas reas do

    Estado so desafios gigantescos, mas as informaes aqui reunidas nos auxiliam neste enfrentamento. O estaDO DO ambiente

    nos permite saber onde estamos e poder planejar para onde queremos ir.

    A quantidade e a qualidade dos dados e indicadores aqui reunidos evidenciam os grandes avanos feitos na rea de controle

    e monitoramento ambiental no Estado do Rio de Janeiro. Os dados, os planos, programas e projetos divulgados sintetizam

    as realizaes e os desafios assumidos em um primeiro perodo, representativo da tomada de responsabilidade do Governo.

    Naturalmente reafirmam os compromissos com metas a serem continuadas e eventualmente acrescidas por esta gesto.

    Este retrato o esforo da traduo de dados institucionais e da caracterizao fsica e socioeconmica em informao

    acessvel, capaz de instrumentalizar os atores para o processo de gesto participativa e avaliar nosso progresso. O objetivo

    servir a todos que desejam contribuir com o desenvolvimento sustentvel em nosso territrio. Aproveitem!

    Marilene Ramos

    Presidente do Instituto Estadual do Ambiente (inea)

  • Equipe Tcnica (SEA/Inea)

    Ana Cristina Ferrante Vieira de Amorim Andr Polly Assumpo

    Andria Menezes de Souza Leite Guilherme Melo Barroso

    Leandro Alves Ramos Luciana Cruz Bianco

    Mariana Beauclair Domingues de Oliveira Paulo Vincius Rufino Fevrier

    Wilson Messias dos Santos Junior

    Apoio Tcnico: Heliana Vilela de Oliveira Silva (cOppe/UfrJ)

    Consultoria para Anlises Espaciais Avanadas: Felipe Mendes Cronemberger

    Estagirios: Ana Carolina Lima de Souza , Danny Mallas, Luis Felippe Morgado e Andras Roelver

    Produo editorial: Gerncia de Informao e Acervo Tcnico (Dimam/inea)

    Coordenao: Tnia Machado

    Copidesque e reviso: Elisa Menezes e Tnia Machado

    Normatizao bibliogrfica: Josete Medeiros

    Projeto grfico e editorao: Luis Monteiro/Conceito Comunicao Integrada

    Impresso: Grfica Editora Stamppa Ltda.

    Fotos: Acervo sea/inea. Capa (da esq. para dir): Parque Estadual dos Trs Picos (Hugo de Castro); adensamento urbano de Itaperuna; pesca em Bzios (Divulgao/fiperJ);

    Refinaria Duque de Caxias e aterro sanitrio de Seropdica (Alexandre Campbell). Folhas de guarda: Modelo Digital de Elevao (SRTM) em 3D, com exagero vertical,

    mostrando a Serra do Mar a partir da Baixada Fluminense.

    Colaboradores

    Alba Simon SEAAlceo Magnanini ineaAna Paula Ferreira DRM/RJCarla Bernadete Madureira Cruz UFRJ Carlos Eduardo Canejo ineaDlia Paes ibiOEduardo Lardosa inea Eustquio Reis ipeaFtima Casarin SEA Ftima Soares ineaFrancisco Dourado DRM-RJGiselle Menezes ineaGuilherme Frana inea Heloisa Torres SEAJoo Batista Dias SEALara Moutinho da Costa SEALeonardo Daemon DOliveira Silva ineaLucas Moura SEAManuela Torres Tambellini ineaMarcelo Maranho ibgeMrcia Real SEAMrcia Rolemberg SEAMrcio Serro DRM-RJMarcos Santos ceperJMaria do Carmo Horacio ipeaMariana Kahn ineaMariana Palagano Ramalho Silva ineaMariella Uzeda embrapa Maurcio Ruiz ITPAPaulina Maria Porto Silva Cavalcanti inea Paulo Gustavo Pereira Bastos seObrasRoberta Guagliard ineaTelma Mendes da Silva UFRJThomas Wittur PPMA

    Secretaria de Estado do Ambiente (SEA)Instituto Estadual do Ambiente (Inea)Avenida Venezuela, 110 Praa Mau Rio de Janeiro RJ CEP 20081-312

    Direitos desta edio reservados Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) e ao Instituto Estadual do Ambiente (inea). Qualquer parte desta publicao pode ser reproduzida, desde que citada a fonte. Disponvel tambm em www.rj.gov.br/web/sea e www.inea.rj.gov.br

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Central do inea

    R 585

    Rio de Janeiro (Estado). Secretaria Estadual do Ambiente. O estado do ambiente: indicadores ambientais do Rio de Janeiro / Organizadoras: Jlia Bastos e

    Patrcia Napoleo. Rio de Janeiro: SEA; INEA, 2011. 160 p. : il. ; 29,7 cm

    ISBN 978-85-63884-05-3

    1. Qualidade ambiental Rio de Janeiro (Estado). 2. Qualidade do ar Indicadores ambientais. 3. Qualidade da gua Indicadores ambientais. I. Bastos, Jlia. II. Napoleo, Patrcia. III. Instituto Estadual do Ambiente. IV. Ttulo.

    CDU 504.064(815.3)

  • agradecimentos

    O estado do ambIente IndIcadores ambIentaIs 2010 resultado de um esforo coletivo.

    nossa gratido a todos os profissionais que direta e indiretamente

    contriburam para que este relatrio se tornasse realidade.

    alguns rgos e setores governamentais contriburam com informaes significativas:

    seobras, sedeIs, seappa, seplag, dRm, embrapa, emater, pesagro, Ipea, ibGE, Ibama,

    iCmbio, uFRJ, uFF, Fundao ceperj, prefeituras e entidades civis.

    diversas pessoas foram essenciais ao desenvolvimento deste trabalho, especialmente os tcnicos da

    secretaria de Estado do ambiente e do instituto Estadual do ambiente.

    nosso agradecimento especial a luiz Firmino martins Pereira, atual subsecretrio de Estado do ambiente,

    presidente fundador do Inea no binio 2009-2010, pelo incentivo e apoio publicao deste livro.

    as organizadoras

  • O Princpio 10 da Declarao do Rio sobre Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro,

    Brasil, junho de 1992) afirma que a melhor maneira de tratar as questes ambientais

    assegurar a participao, no nvel apropriado, de todos os cidados envolvidos. A

    Conveno sobre o Acesso Informao, Participao Pblica nos Processos de Deciso

    e Acesso Justia em Matrias de Ambiente (Aarhus, Dinamarca, junho de 1998) veio

    reafirmar, defender e explicitar esta realidade.

    No Brasil, a Constituio de 1998 tratou de recepcionar o direito informao ambiental

    que j constava, desde 1981, como um dos objetivos da Poltica Nacional de Meio

    Ambiente. Em abril de 2003, foi sancionada a Lei no 10.650 Lei do Direito Informao

    Ambiental que dispe sobre o acesso pblico aos dados e informaes existentes nos

    rgos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (sisnama).

    Neste contexto, a disponibilizao de informao sobre diversos temas por parte das

    instituies pblicas um dever que proporciona a conscientizao dos cidados e

    estimula a sua participao como aliados estratgicos na resoluo de problemas, sejam

    eles sociais, polticos ou ambientais. A produo de relatrios peridicos com informaes

    ambientais atualizadas um modo de concretizar os princpios referidos.

    Imbudos deste objetivo, a SEA e o inea, rgos responsveis pela agenda de desenvol-

    vimento sustentvel do Estado do Rio de Janeiro, apresentam este primeiro relatrio O

    estaDO DO ambiente - 2010, centrado na caracterizao do Estado do Rio de Janeiro, de seus

    compartimentos ambientais e nas estratgias de monitoramento para a conservao da

    biodiversidade, direcionando melhores esforos para o aprimoramento das estruturas

    e dos mtodos analticos, de modo a instituir o escopo e os objetivos deste relatrio,

    caracterizando-o, efetivamente, como instrumento de apoio deciso, fornecendo

    uma base de dados confivel e anlises-snteses das dez regies hidrogrficas do Estado

    do Rio de Janeiro.

    Ao longo das anlises efetuadas foi adotada a tica da sustentabilidade, razo pela

    qual o relatrio inicia-se com um captulo referente caracterizao da estrutura

    fsica e do desenvolvimento socioeconmico do Estado, balizador de toda a descrio

    restante, assim como da anlise do modo como o planejamento ambiental integra

    os diferentes setores da atividade econmica. Como ferramenta bsica, foram

    estabelecidos objetivos e indicadores que possam dar a medida do quanto se progride

    na direo do desenvolvimento sustentvel. Os indicadores so instrumentos que

    permitem resumir e transmitir informao de carter tcnico e cientfico de uma forma

    sinttica, preservando o significado original dos dados e utilizando apenas as variveis

    que melhor espelham os objetivos em causa. A organizao de um banco de dados

    espacial georreferenciado permite e facilita a anlise e a representao do espao e dos

    fenmenos que nele ocorrem.

    Por se caracterizarem como informao concisa e simplificada, os indicadores possibilitam

    que a informao ambiental possa ser dominada por pblicos diferentes, alm de reduzir as

    confuses s vezes causadas pela grande disponibilidade de dados ambientais que ainda

    no foram devidamente tratados. A utilizao de indicadores na avaliao do estado do meio

    ambiente uma prtica amplamente consolidada em todo o mundo, constituindo-se numa

    etapa indispensvel deste processo de avaliao. Atualmente, existe uma ampla literatura

    consagrada definio, caracterizao e induo do uso dos indicadores, literatura esta

    que, em grande parte, tem sua origem em organismos internacionais importantes, como a

    Organizao para Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE) e a Comisso para o

    Desenvolvimento Sustentvel das Naes Unidas (UNCSD).

    Enfim, O estaDO DO ambiente ano 2010 busca a representao espacial dos indicadores

    selecionados, na escala 1-100.000, com uniformidade de informaes teis ao

    planejamento ambiental, que permitiro, em perodo posterior, a avaliao do

    desempenho das aes e programas de governo, constituindo-se um marco referencial

    para a gesto pblica do meio ambiente do Estado do Rio de Janeiro.

    Como um instrumento essencial de acompanhamento da evoluo dos indicadores

    ambientais, facilitado e contextualizado pela espacializao da informao, a sua principal

    funo dever ser a de permitir uma viso conjunta, estruturada e coerente do estado

    do ambiente no Estado do Rio de Janeiro. E mais do que justificar polticas e medidas

    adotadas, importa que esta publicao se constitua em documento de trabalho, objetivo e

    realista, capaz de permitir uma informao confivel sobre a realidade.

    A execuo deste relatrio contou com a colaborao de todas as reas integrantes da SEA

    e do inea, bem como, em aspectos pontuais devidamente assinalados, a colaborao de

    outros setores do Estado.

    Elizabeth Lima

    Coordenadora geral, subsecretria de Poltica e Planejamento Ambiental da Secretaria de

    Estado do Ambiente de 2008 a 2010.

    Prefcio

  • 1Estrutura de anlise, 13

    1.1 indicadores ambientais para o Estado do Rio de Janeiro: Presso - Estado - Resposta, 14

    1.2 Origem, uniformidade e interpretao dos dados, 17

    1.3 Cartografia, 18

    2Caracterizao do Rio de Janeiro, 212.1 aspectos Poltico-administrativos, 22

    2.2 aspectos Histricos, 22

    2.3 aspectos Fsicos, 25 2.3.1 Geologia, 25 2.3.2 Geomorfologia, 28 2.3.3 mapeamento Climtico, 31 2.3.4 bioclimatologia, 35

    2.4 aspectos da biodiversidade, 41 2.4.1 vegetao Potencial, 41 2.4.2 Fauna Potencial, 45

  • 3indicadores de Presso, 53

    3.1 vulnerabilidade social ano base 2000, 55 3.1.1 dimenso social, 55 3.1.2 dimenso saneamento ambiental, 57 3.1.3 dimenso Econmica:

    mercado de trabalho e Renda, 59 3.1.4 ndice de vulnerabilidade

    socioeconmica (ivsE), 61

    3.2 Potencial Econmico, 63 3.2.1 Economia atual e Perspectiva

    do Estado do Rio de Janeiro, 63

    3.3 Potencial de impactos ambientais, 75 3.3.1 licenciamento ambiental

    de Grandes Empreendimentos, 77 3.3.2 Outorga para usos de gua, 78 3.3.3 disponibilidade Hdrica natural, 79

    4indicadores de Estado, 83

    4.1 Fragilidade ambiental, 84 4.1.1 tratamento de Esgoto, 84 4.1.2 destinao Final de Resduos slidos, 86 4.1.3 Gesto ambiental dos municpios, 88

    4.2 uso e Cobertura do solo, 88

    4.3 reas Protegidas por unidades de Conservao, 92

    4.3.1 reas Protegidas Federais e Estaduais, 93 4.3.2 reas Protegidas municipais, 98

    4.4 Conservao da biodiversidade, 104 4.4.1 ndice de Conectividade Estrutural dos

    Remanescentes de Floresta, 105 4.4.2 ndice de Permeabilidade das matrizes, 105 4.4.3 reas de importncia biolgica, 105 4.4.4 reas Funcionais Ecolgicas, 105 4.4.5 ndice de ameaa s Fitofisionomias, 105

    4.5 Fragilidade do meio Fsico, 113 4.5.1 ndice de Fragilidade, 113 4.5.2 ndice de suscetibilidade natural

    Ocorrncia de incndios, 115

    4.6 Qualidade das guas, 117 4.6.1 ndice de Qualidade das guas, 118 4.6.2 balneabilidade das Praias, 120 4.6.3 Caractersticas dos sedimentos, 123

    4.7 Qualidade do ar, 124 4.7.1 indicadores da Qualidade do ar, 124 4.7.2 novas Estratgias, 128

    5indicadores de Resposta, 135

    5.1 Reestruturao do sistema de Gesto, 136

    5.2 Controle e monitoramento ambiental, 138

    5.3 Educao ambiental, 141

    5.4 Conservao da mata atlntica, 144 5.4.1 reas Prioritrias para Conservao

    e Potenciais para Restaurao, 144 5.4.2 Produtores de gua e Floresta, 145

    5.5 mudanas Climticas, 149

    5.6 Recuperao ambiental e Controle da Poluio Hdrica, 150

    Referncias bibliogrficas, 157

    lista de ilustraes, 159

  • mosaico entre pastagens e remanescentes florestais na regio pr-montanhosa da serra do mar, entre Rio bonito e silva Jardim

  • Estrutura dE anlisE

    1ndices e indicadores buscam sintetizar a complexidade das relaes sociais e ambientais, de modo a permitir o entendimento da realidade em dado momento. O relatrio o estado do ambIente 2010 buscou apreender a realidade geobiofsica e socioeconmica do Estado do Rio do Janeiro, assim como as mais significativas aes institucionais da secretaria de Estado do ambiente (sEa) e do instituto Estadual do ambiente (Inea) voltadas para a conservao e o desenvolvimento, por meio dos indicadores ambientais, apresentados como mapas que procuraram nortear o planejamento regional com vistas sustentabilidade.

  • 1.1 indicadores ambientais para o Estado do Rio de Janeiro: Presso Estado RespostaO termo indicador definido pela Organizao para a Cooperao e Desenvolvimento Econmico (OCDE, 1994, 1998) como um parmetro ou valor derivado de parmetros que aponta, fornece informaes ou descreve o estado de um fenmeno, ambiente ou rea e cujo significado excede aquele diretamente associado ao valor do parmetro. Os indicadores tm a funo de sntese e so desenvolvidos para propostas especficas. Parmetro, por sua vez, definido como uma propriedade que pode ser medida ou observada.

    Dessa forma, a utilizao de indicadores ou sistema de indicadores ambientais pode se constituir em instrumento eficaz de representao da informao, com atributos para subsidiar processos de tomada de deciso, envolvendo polticos, tcnicos, grupos de interesse e a sociedade, numa perspec-tiva de participao e de sustentabilidade.

    Todo ciclo de deciso compreende, pelo menos, quatro etapas principais, para as quais so diferentes a necessidade e o uso da informao: (i) identificao dos problemas; (ii) formulao da soluo poltica por meio de estratgias e aes; (iii) implementao; (iv) monitoramento e avaliao dos resultados.

    Assim, no se discute que a incorporao da informao quantificada e simplificada aos processos decisrios de formulao de polticas pblicas (ambiental ou setorial) ajuda a reduzir os nveis de incerteza, permitindo decises quantitativa e qualitativamente mais bem fundamentadas. o que se d nas decises de natureza pblica, que implicam diferentes consideraes, de ordem poltica, ambiental, econmica, social, cultural, institucional, e envolve distintas instncias do Poder Pblico e da sociedade. Em todas elas, a informao sistematizada e sintetizada muito necessria.

    Porm, a anlise do carter complexo e dinmico da informao ambiental veiculada por indica-dores revela algumas condicionantes (Somerville, 1992, in Mousinho, 2001), a saber: clareza do que se pretende medir; dificuldade de acesso e recuperao pela insuficincia de fontes e de obras de referncia e pela rpida obsolescncia dos dados e da literatura; qualidade e confiabilidade, pois os mtodos de coleta no so padronizados nem amplamente conhecidos; riscos de manipulao por presses polticas ou de grupos econmicos, consideraes emocionais ou conservacionistas; cautela e cuidado na interpretao de informaes que possam subsidiar aes de diversos grupos de usurios diante de demandas urgentes de informao.

    FiGuRa 1: PiRmidE dE inFORmaOFonte: Hammond, 1995

    ndices

    COnd

    Ensa

    O

    da in

    FORm

    aO

    dados originais

    dados analisados

    indicadores

    QuantidadE dE inFORmaO

    FiGuRa 2: PiRmidE dE inFORmaO assOCiada aO tiPO dE utilizadOR

    Fonte: Usepa / FSU, 1996

    COnd

    Ensa

    O

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    FORm

    aO

    QuantidadE dE inFORmaO

    indicadores para cientistas

    indicadores para polticos

    indicadores para o pblico em geral

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    AMbI

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    14

  • Os indicadores e ndices esto no topo da chamada pirmide de informao, cuja base formada por dados primrios e secundrios derivados do processo de monitoramento e pela anlise dos dados (Figura 1). De igual forma, verifica-se que, em relao ao pblico-alvo deste tipo de mtodo, a agre-gao de informao segue uma ordem que poder ser representada pelo mesmo tipo de pirmide (Figura 2).

    Portanto, os indicadores ambientais podem ser propostos com o objetivo de avaliar a implemen-tao de medidas especficas ou subsidiar a avaliao geral da situao (estado) do meio ambiente ou das questes identificadas como prioritrias para a poltica ambiental do Estado.

    Os indicadores e os ndices so projetados para simplificar a informao sobre fenmenos complexos de modo a melhorar a comunicao. Assim, ao ser selecionado um indicador ou se cons-truir um ndice, tal como se utiliza um parmetro estatstico, se ganha em clareza e operacionali-dade o que se perde em detalhe de informao.

    A OCDE, em 1994, foi responsvel pela ampla disseminao, por todo o mundo, da estrutura Presso, Estado, Resposta (PER), a mais consagrada organizao da informao, como suporte construo de indicadores ambientais. Mediante tal estrutura, busca-se responder s seguintes questes:

    Presso Por que acontece isso? Relaciona-se s foras econmicas e sociais subjacentes ao cres-cimento populacional, ao consumo e pobreza, constituindo-se no fator de partida para enfrentar problemas ambientais;

    Estado O que est acontecendo com o meio ambiente? Refere-se condio atual do meio ambiente que resulta das presses;

    Resposta O que se pode fazer e o que se est fazendo no momento? Diz respeito s aes coletivas ou individuais que aliviam ou previnem os impactos ambientais negativos, mitigam ou compensam os danos ao meio ambiente, conservam os recursos naturais e contribuem para a melhoria da quali-dade de vida da populao. As respostas podem incluir aes reguladoras, gastos ambientais ou de pesquisa, identificao da opinio pblica e das preferncias do consumidor, mudanas de estrat-gias administrativas e fornecimento de informao sobre o ambiente.

    O modelo proposto pela OCDE recomendado pelas principais agncias internacionais, inclusive pela maior parte dos estados-membros da Organizao das Naes Unidas (ONU), o que permite comparaes de indicadores ambientais em nvel internacional, facilitando a comunicao e o acesso informao.

    transio abrupta entre o compartimento de colinas utilizado para pastagem e o compartimento montanhoso com floresta em bom estado de conservao (silva Jardim)

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  • Neste relatrio, os indicadores apresentados para retratar a situao do ambiente so geobiofsicos e socioeconmicos, e buscaram, de acordo com os dados disponveis, retratar o estado da arte da institucionalizao, da conservao e do desenvolvi-mento do Estado do Rio de Janeiro. Para tanto, os indicadores foram selecionados segundo sua compatibilidade com a escala 1:100.000 adotada para o monitoramento, com a disponibili-dade, provenincia e periodicidade dos dados, especialmente no mbito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) e dos relatrios parciais da primeira etapa do projeto ZEE-RJ - Anlise e Qualificao Socioambiental do Estado do Rio de Janeiro: Subsdios ao Zoneamento Ecolgico-econmico, e dados provenientes da gesto ambiental, notadamente de licenciamentos e monitoramentos. A escala adotada permite anlises regionais dos processos de utilizao do territrio para propostas de planejamentos estratgicos e de polticas pblicas. Foram utilizados tambm mapas bsicos ou de apoio, represen-tando informaes do meio fsico e socioeconmico do Estado do Rio de Janeiro, necessrios construo da contextualizao e da sua caracterizao.

    Indicadores e ndices permitiram sintetizar e dimensionar tanto as presses quanto o estado e as aes, iniciadas ou no pela SEA e pelo Inea, com o objetivo de medir a abrangncia, a motivao e a efetividade da gesto ambiental no Estado do Rio de Janeiro. Os ndices foram desenvolvidos por meio de frmulas matemticas, pesos, interpolaes e anlises espaciais avan-adas, valendo-se dos dados disponveis e empregando mtodos da geomtica capazes de ponderar a relevncia da informao aos objetivos e anlises.

    Os indicadores e anlises demonstram tambm a necessidade de diretrizes capazes de nortear o planejamento para escalas regionais, justificando planos atuais e futuros para cada regio hidrogrfica do territrio do Estado do Rio de Janeiro, buscando conciliar o desenvolvimento e a conservao com o objetivo de auxiliar os municpios e demais organizaes no processo de capacitao e gesto ambiental.

    tipo de vegetao encontrada ao longo dos rios, fixadora das margens e fundamental para a manuteno dos ecossistemas Parque Estadual de trs Picos (Foto: Gustavo Pedro)

    FiGuRa 3: EstRutuRa PER PaRa ORGanizaO dE inFORmaO ambiEntal

    PRESSESatividadEs Humanas

    Energiatransportes

    indstriaagricultura

    Outros

    ESTADOambiEntE

    arguasolo

    Recursos vivos

    RESPOSTASaGEntEs ECOnmiCOs

    E ambiEntaisadministraes

    EmpresasOrganizaes internacionais

    Cidados

    inFORmaO

    REsPOstas

    Recursos informao

    Poluio Respostas ambientais

    decises, aes

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    O ES

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  • 1.2 Origem, uniformidade e interpretao dos dadosOs dados trabalhados nesta publicao so provenientes das trs esferas governamentais como se pode verificar na Tabela 1. Estes dados esto estruturados em uma Base de Dados Espaciais (BDE), ilustrada pela Tabela 3, que organiza o contedo do relatrio em um conjunto de temas (cartografia, clima, geologia, geomorfologia, recursos hdricos, vegetao, uso e ocupao do solo, socioeconomia, aspectos jurdicos e institucionais e demografia, condio de vida e servios) distribudos em cinco eixos bsicos de acordo com a origem do dado ou seu grau de elaborao: temas, temas derivados, temas agregados, indicadores e ndices.

    A origem dos dados apresentados especificada em cada mapa gerado e na descrio metodol-gica de elaborao do mapa. Alguns dados apresentados so ainda provenientes de monitoramentos globais como Shuttle Radar Topography Mission (SRTM), e outros so reproduzidos do projeto Subsdios ao Zoneamento Ecolgico-Econmico do Estado do Rio de Janeiro, realizado para o Estado pela Fundao Coordenao de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnolgicos (Coppetec) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), considerados, nesse caso, como dados estaduais. A escala cartogrfica adotada na Base de Dados Espaciais do Estado do Rio de Janeiro 1:100.000.

    As anlises relacionadas aos resultados das espacializaes dos indicadores e ndices devem contemplar tanto a delimitao fsica das bacias hidrogrficas, em funo do reconhecimento da bacia como unidade de estudos e planejamento, bem como a situao dos municpios em funo da origem dos dados socioeconmicos e da condio poltico-administrativa. Os apontamentos conclu-sivos so sintetizados por regio hidrogrfica do Estado.

    Contudo, sobre os dados socioeconmicos que compem a etapa Presso (ndice de Vulnerabilidade Social, por exemplo), provenientes do Censo IBGE 2000, cabe ressaltar as intenes de reviso do estudo to logo a base de dados do Censo IBGE 2010 esteja disponvel.

    O uso de bacias hidrogrficas ou bacias de drenagem como unidade de planejamento e gesto justifica-se pela dependncia da vida pela gua, por ser esta a principal modeladora da paisagem, responsvel por fluxos gnicos e vetores de expanso de cadeias produtivas, e por serem estes sistemas contro-lados pelos elementos de natureza geobiofsica.

    Os recursos naturais so constantemente afetados pelos processos socioeconmicos, cujo dinamismo expe vetores de expanso, definidos pela concentrao fundiria, da renda e do uso da terra. Nesta perspectiva, a ocupao, a utilizao, a conservao e as responsabilidades de gesto devem ser neces-sariamente avaliadas e conciliadas, estabelecidas as transies entre produes e vocaes do solo, identificadas as economias e as sustentabilidades, reconhecendo-se a natureza de cada parte do terri-trio, as suas caractersticas e a sua relao com o conjunto, contemplando as condies de gesto que se vinculam aos limites e unidades poltico-administrativas do territrio (Bastos, 2007).

    Os mapas de caracterizao fsica, contextualizao histrica, indicadores e ndices so apresen-tados por seus conceitos e objetivos, fluxograma metodolgico resumido e anlise simplificada, agregados em temas relacionados, possibilitando a assimilao de seu conjunto e o entendimento facilitado pelas anlises relacionadas. A proposio da distribuio da Base de Dados Espaciais difundir a ideia de utilizao de uma base nica de informao que permita a integrao do conheci-mento, subsidiando o planejamento ambiental territorial por parte dos agentes locais, regionais e do prprio Estado.

    As anlises e as snteses espaciais contribuem efetivamente para a gesto territorial e a tomada de deciso no que se refere aos licenciamentos, negociaes intra e intergovernamentais, incentivos econmicos, limites expanso, investimentos em restaurao e conservao, entre outros programas e projetos. Elas tambm demonstram os avanos das intenes do Governo do Estado do Rio de Janeiro relacionados Poltica de Conservao da Natureza. Dentre os resultados, a utilizao dos dados oriundos da primeira fase do Zoneamento Ecolgico-Econmico (ZEE), referentes ao levanta-mento de informaes e diagnsticos, explicita a inteno de contribuir e avanar com o ZEE e suas propostas efetivas de delimitao de uso da terra, fundamentado em potencialidades econmicas e limitaes impostas pela manuteno do equilbrio ecolgico das regies hidrogrficas do Estado.

    A Tabela 2 classifica os indicadores na estrutura do modelo PER (Presso Estado Resposta), limitados ao estado da arte da institucionalizao, da conservao e desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro, sintetizando a complexidade de abrangncia das anlises e ilustrando o conjunto de fenmenos e intenes que norteiam o planejamento ambiental, influenciando as atividades anlogas dirigidas a um mesmo objetivo sustentabilidade do territrio.

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  • 1.3 Cartografia Segundo Cruz (SEA/Coppetec, 2009), uma base cartogrfica pode ser conceituada como um documento que representa um determinado espao geogrfico, com caractersticas e especifi-caes apropriadas em termos de escala, sistema de referncia e projeo, completude, atualizao e preciso, para represent-los com qualidade e ser capaz de receber informaes tem-ticas sobre os mais diversos assuntos. A qualidade de uma base cartogrfica depende no apenas dos fatores escala, projeo e sistema geodsico de referncia, que estabelecem as carac-tersticas de preciso de representao e posicionamento das informaes, mas tambm de seu relacionamento com o mundo real, devendo ser considerados os aspectos de atualizao dos elementos representados, assim como a existncia de todos os elementos importantes para aplicaes especficas.

    Em funo dessas consideraes e da desatualizao da base cartogrfica oficial existente no IBGE e na Diretoria de Servios Geogrficos do Exrcito Brasileiro (DSG) produ-zida entre as dcadas de 1960-1970 , o projeto Estado do Ambiente utilizou a base cartogrfica do rgo estadual competente, Fundao Centro Estadual de Estatsticas, Pesquisas e Formao de Servidores Pblicos do Rio de Janeiro (Ceperj), antiga Fundao Centro de Informaes e Dados do Rio de Janeiro (Cide), escala 1:450.000. impor-tante ressaltar que a utilizao dessa base cartogrfica teve o propsito nico de apoiar a elaborao de layouts de mapas temticos, diminuindo a defasagem das informaes contidas na base IBGE/DSG 1:50.000. Observa-se, porm, que no h inteno de substituir o documento de f pblica que constitui a base elaborada pelo rgo oficial da cartografia nacional. Para tanto, so envidados esforos para a restituio de uma nova base cartogrfica oficial uma parceria SEA e IBGE na escala 1:25.000.

    TABELA 1: ORIGEM DOS DADOS

    tEmas tiPO dE dadOs FOntE EsFERa GOvERnamEntal

    Geologia Estudos geolgicos Departamento de Recursos Minerais Estadual

    Geomorfologia Mapeamento geomorfolgico UFRJ Federal

    Recursos Hdricos Mapeamento da rede de gesto ambiental de recursos hdricos Agncia Nacional das guas / inea Federal e Estadual

    Vegetao, uso e ocupao do solo

    Diagnstico subsdio ZEEMonitoramento ar e gua

    Programas e Projetos Ambientais

    cOppetec - UFRJ ineaSEA

    Estadual

    Socioeconomia, aspectos jurdicos e institucionais

    ICMS-Ecolgico Licenciamento, Unidades de Conservao, Recursos Hdricos SEA Estadual e Municipal

    Demografia, Condio de Vida e Infraestrutura

    Censo demogrfico 2000Banco de dados multidimensional

    e estatsticoAnurios estatsticos

    Fundao IBGEFundao ceperJ

    FederalEstadual

    TABELA 2: CLASSIFICAO DOS INDICADORES E NDICES

    PREssO EstadO REsPOsta

    Indicador de DemografiaIndicador de Educao

    Indicador de SadeIndicador de Saneamento Ambiental

    Indicador de Rendandice de Vulnerabilidade Social

    Gesto Ambiental dos Municpios Cobertura Vegetal e Uso do Solo

    reas Protegidas por UCsFuncionalidade Ecolgica

    ndice de Conectividade Estrutural dos Remanescentes de Florestandice de Permeabilidade das Matrizesndice de Ameaa s Fitofisionomias

    reas de Importncia Biolgicareas Funcionais Ecolgicas

    Reestruturao do Sistema de Gesto AmbientalControle e Monitoramento

    Potencialidades EconmicasEconomias AtuaisPotencial Poluidor

    Empreendimentos Geradores de Energia Eltrica

    ndice de Fragilidade do Meio Fsicondice de Suscetibilidade Natural Ocorrncia de Incndios

    Educao Ambientalreas Prioritrias para Conservao e

    Potenciais para RestauraoMudanas Climticas

    Outorga para Usos da guaQualidade da gua

    Qualidade do ArBalneabilidade das Praias

    Recuperao Ambiental e Controle

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  • TABELA 3: SNTESE DE TEMAS DAS ANLISES ESPACIAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    CaRtOGRaFia Clima GEOlOGia GEOmORFOlOGia RECuRsOs HdRiCOs vEGEtaO, usO E OCuPaaO atividadEs ECOnmiCasasPECtOs JuRdiCOs E

    instituCiOnaisdEmOGRaFia,

    COndiEs dE vida E inFRaEstRutuRa

    Modelo Digital de Elevao Precipitao Unidades Geolgicas Compartimentao do Relevo Rede de Drenagem PIB - Agropecuria Secretaria Municipal de Meio Ambiente Demografia

    Malha viria Temperatura PIB - Industrial Fundo Municipal de Meio Ambiente Sade

    Curvas de Nvel Insolao PIB - Mineral Legislao Ambiental Municipal Trabalho e Renda

    Vegetao Potencial Mercado de Trabalho Guarda de Fiscalizao do Meio Ambiente Educao

    Uso e Cobertura do Solo Emancipao Saneamento

    Altitude Classificao Climtica reas Protegidas por UCs

    Monitoramento do Ar Empreendimento de Energia Eltrica

    Balano Hdrico reas Funcionais Ecolgicas

    Domnios Bioclimticos Fragilidade Meio Fsico ndice de Conectividade Estrutural Potencial EconmicoVulnerabilidade

    Socioeconmica

    Dficit Hdrico Parmetros Pontuais de Monitoramento da guandice de Ameaa s

    Fitofisionomias Economias Atuais

    Balneabilidade das Praias

    ndice de Permeabilidade das Matrizes

    Potencial de Impacto das Atividades Poluidoras

    Suscetibilidade Natural a Incndios

    ndice de Qualidade da gua

    ndice Conectividade Florestal ndice de Qualidade do Ar

    Outorga de gua reas Potenciais para Restaurao

    Consrcios Gestores de Bacias Hidrogrficas

    reas Prioritrias para Conservao Grandes Empreendimentos

    Temas (Dados Brutos) Indicadores ndices Temas Agregados Temas Derivados (Dados Analisados)

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  • Fisionomia de floresta ombrfila densa em bom estado de conservao (mata atlntica), Parque nacional da serra dos rgos (Petrpolis)

  • 2Conhecer as singularidades do Estado do Rio de Janeiro, seus aspectos fsico-estruturais, a diviso poltico-administrativa e um pouco da histria, permite compreender seu processo de construo e ordenamento territorial.

    CaraCterizao do rio de janeiro

  • A caracterizao descrita por ordens temticas capaz de estabelecer relaes entre a infraestru-tura e uma srie de fatores, tais como: capacidades regionais e municipais diferenciadas, vulne-rabilidades sociais e econmicas, desnveis regionais, concentraes populacionais, expresses demogrficas e econmicas prprias da Regio Metropolitana, geomorfologia, fragilidades ambien-tais, riscos iminentes e usos conflitantes que solicitam ateno para reas especficas a serem prote-gidas e recuperadas.

    So os temas desta etapa: Geologia, Geomorfologia, Bioclima e Biodiver sidade.

    2.1 aspectos Poltico-administrativosO Estado do Rio de Janeiro localiza-se na Regio Sudeste, a mais desenvolvida economicamente e de maior densidade demogrfica do pas. A capital, Rio de Janeiro, mundialmente conhecida por suas belezas naturais e culturais, bem como por seus problemas sociais complexos. Em conjunto com os demais municpios da Regio Metropolitana, a cidade do Rio do Janeiro concentra 74,34% da populao total do Estado, estimada em 16.010.429 (IBGE, 2007). O Estado do Rio abrange uma rea total de 43.766 km2 (Ceperj, 2008), dividida em 92 municpios, correspondendo a 4,73% da Regio Sudeste, e destaca-se por possuir extenso litoral, com cerca de 630 km de extenso. So seus vizinhos os estados de So Paulo, Minas Gerais e Esprito Santo.

    Ao longo de seu processo de formao histrico-poltica e devido aos aspectos fsicos e sociais caractersticos, o Estado do Rio de Janeiro foi subdividido em regies administrativas conhecidas por Baixadas Litorneas, Centro-Sul Fluminense, Costa Verde, Mdio Paraba, Metropolitana, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense e Serrana (Ceperj, 2009). Sob a tica ambiental, por meio da Resoluo do Conselho Estadual de Recursos Hdricos (Cerhi) n 18 (08/11/2006), o Estado do Rio de Janeiro foi dividido em dez regies hidrogrficas, utilizadas como unidades de estudo, plane-jamento e gesto, bem como reguladoras e indutoras das dinmicas hidrolgicas e sociais (Mapa 1).

    2.2 aspectos HistricosA conformao geogrfica do Estado do Rio de Janeiro muito influenciou os processos de sua ocupao, forjados inicialmente por uma costa de extensas baas e plancies costeiras. Os caminhos preexistentes, os rios e canais que corriam longas distncias at o mar, foram os principais meios de acesso ao interior (Seraphyco, 1978).

    Contudo, a grande barreira natural formada pela Serra do Mar no litoral Atlntico, a Serra da Mantiqueira (interiorizada) e a floresta que as cobria foi transposta pelo desenvolvimento com um atraso de duzentos anos em relao ocupao do territrio costeiro (Lamego, 1950). As cumeadas das duas serras, quase paralelas, separadas pela calha do rio Paraba do Sul, formalizam a geometria de um grande vale onde nascem e correm os afluentes, ao longo dos quais, junto ao rio principal, se distriburam as cidades.

    Em uma simplificao da histria, a soma das caractersticas naturais s foras motrizes de uma economia global foi o principal fator a definir o domnio do territrio pelo colonizador e hoje o que delineia a regionalizao econmica ancorada principalmente na demanda por energia e produtos siderrgicos.

    A floresta Atlntica, que se desenvolveu ao longo de todo o litoral do pas, com sua diversidade e exuberncia, formando uma longa faixa florestal contnua de extenses variadas para o interior, resultado da influncia climtica mida combinada variao de gradientes de altitude e latitude. Tais caractersticas associadas aos ecossistemas costeiros garantiram ainda maior diversidade paisa-gstica ao Estado do Rio de Janeiro. Os ciclos econmicos e os processos de ocupao do territrio provocaram alteraes na paisagem e deixaram como herana marcas que devem ser consideradas no planejamento territorial.

    Reserva biolgica de Guaratiba preserva ecossistemas de manguezais existentes na baa de sepetiba

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    Mapa 1: Estrutura Poltico-Administrativa e Regies dePlanejamento Ambiental do Estado do Rio de Janeiro-

    Regies Hidrogrficas

    MG

    Oceano

    Atlntic

    o

    10 0 105 Km

    Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

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    Santo Antniode Pdua

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    So Jos de Ub

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    Itaperuna

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    Rio Muria

    So Franciscode Itabapoana

    So Jooda Barra

    Cardoso Moreira

    Bom Jesus doItabapoana

    NatividadePorcincula

    Varre - Sai

    Cordeiro

    Cantagalo

    Trajano do Morais Conceio de Macabu

    So Sebastiodo Alto

    Itaocara

    Aperib

    Carapebus

    Quissam

    Campos dos Goytacazes

    Rio Paraba do Sul

    So Fidlis

    Itabora

    Maric

    TanguRio Bonito

    Saquarema

    Silva Jardim

    Araruama

    IguabaGrande

    So Pedroda Aldeia

    Arraial do Cabo

    Cabo Frio

    Armao de Bzios

    Casimiro de Abreu

    Nova Friburgo

    Sumidouro

    Sapucaia

    Carmo

    Bom Jardim

    Duas Barras

    Rio So Joo

    Rio dasOstras

    MacaRio

    Maca

    ComendadorLevy Gasparian

    RioPar

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    Paraba do Sul

    Petrpolis

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    Trs Rios

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    So Jos doV. do Rio Preto

    Terespolis

    Guapimirim

    So Gonalo

    Niteri

    Cachoeirasde Macacu

    Eng Paulode Frontin

    Mendes

    Paty doAlferes

    Miguel Pereira

    Vassouras

    Rio das Flores

    Itatiaia

    Resende

    Porto Real

    Quatis

    Barra Mansa

    VoltaRedonda

    Pinheiral

    Rio Claro

    Pira

    Paracambi

    Itagua

    Seropdica

    Japeri

    Queimados

    NovaIguau

    Mesquita

    Nilpolis

    BelforeRoxo

    So Joode Meriti

    Duque deCaxias

    Rio de Janeiro

    Barra do Pira

    Valena

    MangaratibaAngra dos Reis

    Parati

    REGIES DE GOVERNO

    Mdio-Paraba

    Costa-Verde

    Centro SulFluminense

    Serrana

    Metropolitana BaixadasLitorneas

    NorteFluminense

    NoroesteFluminense

    Regies HidrogrficasLegenda

    RH I - Baa da Ilha Grande

    RH V - Baa de Guanabara RH X - ItabapoanaLimite Municipal

    RH IX - Baixo Paraba do Sul

    RH II - Guandu

    RH VI - Lagos So Joo

    RH VIII - Maca e das OstrasRH III - Mdio Paraba do Sul

    RH IV - Piabanha

    RH VII - Rio Dois Rios

    Capital\!. Sedes Municipais

    Rios Principais

    Lagoas

  • 410'0"W

    410'0"W

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    Mapa 2: Fases de Emancipao Administrativado Estado do Rio de Janeiro

    SP

    MG

    ES

    Oceano

    Atlntic

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    9 0 94,5 Km

    Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

    Fonte: IBGE/2010; IPEA/2006

    LegendaTerritrios Municipais de 1872 a 1920

    Fases de Emancipao1565-18721872-19001900-1940

    1940-19601960-19701970-19911991-1999

    Limite Estadual

    Limite Municipal

    Hidrografia

  • O Mapa 2 buscou representar os processos de ocupao para fins de comparao temporal por meio da agregao de municpios referentes ao perodo 1872-1920, dados dos primeiros censos brasileiros e os perodos de emancipao subsequentes (IBGE Cidades, 2010). Os dados de 1872-1920 foram obtidos no mbito do projeto reas Mnimas Comparveis, do Instituto de Pesquisas Econmicas Aplicadas (Ipea), cujo objetivo foi compatibilizar as divises poltico-administrativas dos vrios censos realizados, possibilitando a construo de painis de dados econmicos estaduais e municipais. As datas de emancipao para a representao dos perodos subsequentes foram obtidas por meio do histrico dos municpios disponibilizado pelo IBGE, considerando os anos referentes s leis provin-ciais e estaduais que elevaram as vilas e povoados categoria de municpio.

    2.3 aspectos Fsicos

    2.3.1 GeologiaO mapa geolgico, que representa a composio estrutural do territrio, capaz de revelar, ao olhar especializado, aspectos sobre a origem do territrio, os materiais que o compem, os fenmenos naturais ocorridos e futuros. A geologia-geotcnica adotada no monitoramento ambiental objetiva medir a interao dos processos fsicos naturais e a interveno do homem, de modo adequado, no espao urbano e rural, mapeando os riscos geolgicos subjacentes. Pretende ainda contribuir com a gesto do meio ambiente de modo a estabelecer critrios para solucionar problemas atuais de ocupao humana, evitar futuros danos ao meio ambiente, alm de poder otimizar a utilizao dos materiais geolgicos como insumo e energia, visando a melhoria da qualidade de vida da sociedade.

    A carta de geologia utilizada proveniente do Projeto Carta Geolgica, que faz parte do mapeamento geolgico do Estado do Rio de Janeiro, em escala 1:50.000, sob a responsabilidade do Departamento de Recursos Minerais (DRM). O mapa geolgico (Mapa 3) resultado da integrao das folhas por meio de uma reduo pantogrfica. O mapa integrado no um produto acabado, ainda est sujeito a alteraes, mas reflete o atual conhecimento geolgico (DRM, 1995). Todas as unidades geolgicas bsicas foram brevemente descritas, assim como foram relacionadas as distribuies das mesmas.

    Tipos

    Sobre os tipos geolgicos mais recorrentes, pode-se verificar a presena de:

    Rochas Sedimentares

    Sedimentos Quaternrios: representados por areias, cascalhos, lamas, turfas e conglome-rados. So sedimentos encontrados prximos ao litoral dos vales de rios, bordas de lagoas e brejos, caracterizados por materiais depositados entre o presente e dois milhes de anos atrs (Perodo Quaternrio).

    Sedimentos Tercirios: constitudos por sedimentos inconsolidados e rochas sedimentares depo-sitados por processos fluviais e marinhos. So representados pela formao barreiras e pelas bacias sedimentares de Campos, Resende e Itabora. A bacia de Itabora destaca-se pela presena de fsseis de animais e vegetais.

    Rochas Magmticas

    Rochas Alcalinas: de origem magmtica plutnica (formadas no interior da Terra), ricas nos elementos sdio e potssio. A rocha alcalina mais comum no Estado o sienito (que ocorre no macio do Itatiaia, por exemplo). So as rochas gneas mais recentes, formadas entre 70 e 40 milhes de anos.

    Diques de Diabsio: rochas magmticas constitudas de minerais ricos em ferro e magnsio. So rochas semelhantes s lavas do fundo dos oceanos, cuja origem est ligada abertura do oceano Atlntico, quando houve a separao do continente sul-americano, h cerca de 130 milhes de anos.

    Os granitos homogneos e as rochas bsicas tm cerca de 500 milhes de anos de idade.

    Granitos homogneos: estas rochas gneas (ou magmticas) esto entre as rochas que no sofreram metamorfismo. So constitudas basicamente pelos minerais quartzo, feldspato e biotita.

    Rochas bsicas: apresentam composio semelhante dos diques de diabsio, no entanto, devido escala do mapa, existem nelas apenas alguns corpos rochosos.

    Rochas Metamrficas

    So as rochas mais abundantes do Estado, representando mais de 80% do territrio. Tm idades de 500 milhes at dois bilhes de anos.

    Rochas ortoderivadas: formadas a partir do metamorfismo de rochas gneas. As mais comuns so os ortognaisses, que apresentam composio semelhante do granito. Estas rochas apresentam estru-turas prprias de metamorfismo como a estrutura planar chamada de foliao.

    Rochas Paraderivadas: tambm chamadas de metassedimentares, so derivadas do metamor fismo de rochas sedimentares. As mais comuns so os paragnaisses, tais como a sillimanita e a granada.

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    Mapa 2: Fases de Emancipao Administrativado Estado do Rio de Janeiro

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    9 0 94,5 Km

    Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

    Fonte: IBGE/2010; IPEA/2006

    LegendaTerritrios Municipais de 1872 a 1920

    Fases de Emancipao1565-18721872-19001900-1940

    1940-19601960-19701970-19911991-1999

    Limite Estadual

    Limite Municipal

    Hidrografia

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    Mapa 3: Geologia do Estado do Rio de Janeiro

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    Fonte: DRM-RJ, 1995

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    Oceano

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    9 0 94,5 Km

    Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010 GAB

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    Estruturas

    Diques

    EmpurroFalhas

    Limite Estadual

    Agrupamento I Agrupamento II Agrupamento III Agrupamento IV

    Agrupamento V

    Pr-Cambriano No Agrupado Granitos

    Unidades Mesozicas

    Unidades Tercirias

    Unidades Quartenrias

    Granitos

  • Estruturas

    Falhas, Fraturas e Dobras: a geologia do Estado do Rio de Janeiro apresenta estruturas de reao das rochas a esforos por ela sofridos. De acordo com a presso e temperatura, uma rocha pode ser dobrada (deformao dctil=flexvel) ou fraturada, quando ocorre uma deformao rptil (quebra do corpo rochoso). Quando ocorrem as fraturas, as estruturas resultantes so denominadas falhas.

    Sntese Geolgica

    RH I - Baa da Ilha Grande As rochas paraderivadas esto representadas pelos milonitos gnaisse e blastomilonito, com intercalaes de anfiblios caractersticos da Unidade Santo Eduardo (pCIIse); as rochas ortoderivadas so representadas por granitos/granodioritos, leucogranitos e granitos caractersticos do Batlito Serra dos rgos (pCbso) e os migmatitos da Unidade Bela Joana (pCIbj) e da Unidade Rio Negro (pCIIrn). Observa-se a presena de granitos homogneos representada por granitos do Batlito na Serra dos Orgos (Granito Parati-Mirim) e do Granito Mambucaba e sedi-mentos quaternrios no litoral.

    RH II - Guandu As rochas paraderivadas so representadas pela Unidade Santo Eduardo (pCIIse) onde ocorrem milonitos gnaisses e blastomilonito com intercalaes de anfiblios; o Batlito Serra das Araras (pCbsa) caracterizado por plutonitos foliados cinzentos, geralmente protomilontico e variaes de milonitos das Unidades Trs Ilhas (pCIti) e Unidade Monte Verde (pCImv).

    RH III - Mdio Paraba do Sul Nesta regio, observa-se o predomnio de rochas ortoderivadas caracterizadas pelo plutonito foliado cinzento, geralmente protomilontico do Batlito Serra das Araras (pCbsa); os milonitos gnaisse de migmatito da Unidade Trs Ilhas (pCIti); o piroxnio diorito da Unidade Juiz de Fora (pCIjf ). As rochas paraderivadas esto caracterizadas pela Unidade Santo Eduardo (pCIIse), com milonitos gnaisse e blastomilonito com intercalaes de anfiblios e pela Unidade Rio Negro (pCIIrn), com migmatitos predominantemente estromticos com paleossoma de biotita (anfiblio) gnaisses e neossoma granitide. Observa-se a presena de rochas alcalinas (Alc) sob a forma de pltons ou como diques e sedimentos quaternrios caracterizados por sedimentos fluviais e sedimentos tercirios da Bacia de Volta Redonda (Qpvr) e da Bacia de Resende (Qtr).

    RH IV - Piabanha Na regio predominam rochas ortoderivadas representadas por granodioritos e leucogranitos caractersticos do Batlito Serra dos Orgos (pCbso); migmatitos predominantemente estromticos com paleossomas de biotita (anfiblio) gnaisses e neossoma granitide da Unidade Rio Negro (pCIIrn) e os granulitos norticos da Unidade So Jos de Ub (pCIju). As rochas parade-rivadas nessa regio so representadas por milonitos gnaisses e blastomilonito com intercalaes de anfiblios caractersticos da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). Nessa regio, tem-se a presena pontual de corpos granitides representados pelo granito Andorinha (pCgrad), Granito Nova Friburgo (pCgrf) e sedimentos quaternrios de origem fluvial.

    RH V - Baa de Guanabara Predominam na regio as rochas ortoderivadas e os sedimentos quaternrios. As rochas ortoderivadas so representadas por granodioritos e leucogranitos carac-tersticos do Batlito Serra dos rgos (pCbso); migmatitos predominantemente estromticos com paleossomas de biotita (anfiblio) gnaisses e granitides da Unidade Rio Negro (pCIIrn). As para-derivadas so representadas pela Unidade Santo Eduardo (pCIIse), com milonitos gnaisses e blasto-milonito com intercalaes de anfiblios. Na rea ocorre a presena de rochas alcalinas sob a forma de pltons ou como diques; granitos homogneos, sedimentos tercirios da Formao Barreiras e a Bacia de Itabora e sedimentos quaternrios de origem fluvial.

    RH VI - Lagos So Joo A regio tem predomnio de rochas ortoderivadas caracterizadas por (hornblenda) - biotita - plagioclsio - microclina gnaisses da Unidade Regio dos Lagos (pCIIrl) e quartzodiorito da Unidade Glicrio (pCIVgl). As rochas paraderivadas so representadas por sillima-nita - cordierita - (muscovita) - granada - biotita - ortoclsio - (microclina) - plagioclsio gnaisses e migmatitos da Unidade So Fidlis (pCIIsf); milonito gnaisse e blastomilonito com intercalaes de anfiblios da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). A regio apresenta as rochas alcalinas sob a forma de pltons ou como diques; granitos homogneos representados Granitos Caju (pCgrcj), Granito So Pedro (pCgrsp); sedimentos tercirios de Formao Barreiras (Tb) e sedimentos quaternrios de origem litornea e fluvial.

    RH VII - Rio Dois Rios Nesta regio, ocorre o predomnio de rochas paraderivadas represen-tadas pela Unidade So Fidlis (pCIIsf), caracterizada por sillimanita, cordierita, muscovita, granada, biotita, ortoclsio, microclina, plagioclsio gnaisses e migmatitos; a Unidade Santo Eduardo (pCIIse), com milonitos gnaisses e blastomilonito, com intercalaes de anfiblios, e migmatitos constitudos, geralmente, de (hn), (hiperstnio), (K-feldspato), biotita, quartzo, gnaisses da Unidade Bela Joana (pCIbj). Ocorrem, tambm, rochas ortoderivadas como os migma-titos predominantemente estromtico com paleossoma de biotita - (anfiblio) gnaisses e neos-soma granitide da Unidade Rio Negro (pCIIrn) e os granodioritos e leucogranitos, caractersticos do Batlito Serra dos rgos (pCbso). Na regio ocorrem granitos homogneos representados pelos Granitos So Jos do Ribeiro (pCgrsjr) e Nova Friburgo (pCgrnf).

    RH VIII - Maca e das Ostras Esta regio apresenta o predomnio de rochas ortoderivadas carac-terizadas pela Unidade Regio dos Lagos (pCIIrl), constituda de (hornblenda), biotita, plagioclsio, microclina gnaisses e pela Unidade Glicrio (pCIVgl), representada por quartzodioritos. As rochas paraderivadas so, predominantemente, representadas pela Unidade So Fidlis (pCIIsf), com sillimanita, cordierita, (muscovita), granada, biotita, ortoclsio, (microclina), plagioclsio gnaisses e migmatitos e a Unidade Italva (pCIITv), com (hornblenda), biotita, plagioclsio gnaisses, anfibo-litos, quartzitos e calciossilicatadas. Na regio ocorrem granitos homogneos representados pelos Granitos Nova Friburgo (pCgrnf), o Granito So Pedro (pCgrsp) e o Granito Sana (pCgrs); e sedi-mentos quaternrios de origem litornea e fluvial.

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  • RH IX - Baixo Paraba do Sul A regio tem predominncia de rochas ortoderivadas e sedimentos tercirios e quaternrios. As rochas ortoderivadas caracterizam-se por migmatitos consti-tudos geralmente de (hn), (hiperstnio), (K-feldspato), biotita, quartzo, gnaisses da Unidade Bela Joana (pCIbj); os granulitos norticos da Unidade So Jos de Ub (pCIju); migmatitos cons-titudos de (hn), (granada), (K-feldspato), hornblenda, biotita, quartzo, plagioclsio gnaisses da Unidade Angelim (pCIIag); e migmatitos e metamorfitos representados por (granada), biotita, (ortoclsio), (microclina), plagioclsio gnaisses e leptinitos da Unidade Vista Alegre (pCIIIva). As rochas paraderivadas so representadas por sillimanita, cordierita, (muscovita), granada, biotita, ortoclsio, (microclina), plagioclsio gnaisses e migma-titos da unidade Unidade So Fidlis (pCIIsf); milonitos gnaisses e blastomilonito com intercalaes de anfiblios da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). So observadas na regio granitos homogneos como o Granito Sana (pCgrs) e o Granito Varre-Sai (pCgrv) e sedi-mentos tercirios representados pela Formao Barreiras e sedi-mentos quaternrios de origem litornea e fluvial.

    RH X - Itabapoana A regio caracterizada por rochas para-derivadas representadas por sillimanita, cordierita, (muscovita), granada, biotita, ortoclsio, (microclina), plagioclsio gnaisses e migmatitos, da Unidade So Fidlis (pCIIsf) e milonitos gnaisses e blastomilonitos com intercalaes de anfiblios da Unidade Santo Eduardo (pCIIse). As rochas ortoderivadas so caracte-rizadas pela Unidade So Jos de Ub (pCIju), com granulitos norticos; a Unidade Vista Alegre (pCIIIva), com migmatitos e metamorfitos representados por (granada) - biotita - (orto-clsio) - (microclina) - plagioclsio gnaisses e leptinitos; e a Unidade So Joo do Paraso (pCIIIjp) com migmatitos constitu-dos de (granada) - (hornblenda) - biotita - plagioclsio - micro-clina gnaisses, (granada), - biotita-plagioclsio - microclina - gnaisses e de leptinitos. Observa-se granitos homogneos como o Granito Varre-Sai (pCgrv) e sedimentos tercirios represen-tados pela Formao Barreiras e sedimentos quaternrios de origem litornea e fluvial.

    2.3.2 GeomorfologiaO Mapeamento Geomorfolgico representa importante subsdio para o planejamento econmico e ecolgico do Estado do Rio de Janeiro. Por meio dele possvel compreender a dinmica dos fatores geobiofsicos que sofrem interferncia direta do relevo, tais como: pluviosidade, umidade, distribuio da vegetao, do clima, dos solos e da fauna. Ademais, o entendimento do relevo permite estabelecer reas suscetveis ocorrncia de enchentes, de deslizamentos de terra e de eroso e assoreamento de rios, subsidiando o traado de estradas, dutos, linhas de transmisso, o planejamento de zonas industriais, comerciais, residenciais e a instalao de grandes projetos.

    O Estado do Rio Janeiro composto geomorfologicamente por duas grandes reas, separadas pelas escarpas da Serra do Mar, que se constitui no divisor de guas central do Rio de Janeiro e se estende do litoral de Paraty e Angra dos Reis at a regio de So Fidlis.

    COmPaRtimEntaO tOPOGRFiCa (silva, 2002)

    maPaGEOmORFOlGiCO

    amPlitudE altimtRiCa

    ibGE 1:50.000

    FiGuRa 4: EtaPas dE COmPOsiO da GEOmORFOlOGia

    usO dO sOlOFEiEs CORdEs

    aREnOsOs, dunas E REstinGas

    Ao norte das escarpas, principalmente na rea central do Estado, predominam feies morfolgicas de amplitudes altimtricas maiores, como morros, serras escarpadas, serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes altimtricas diferentes.

    Ao sul e sudeste das escarpas, encontram-se feies geomorfo-lgicas de amplitudes altimtricas baixas, com extensas reas de plancies fluviais e fluviomarinhas e colinas, como na Baixada Fluminense, na Regio dos Lagos e na regio de Campos dos Goytacazes.

    A Figura 4 mostra a construo do mapa geo morfolgico a partir de uma adaptao de compartimentao topogrfica, idealizada por Meis et al. (1982), e amplitude altimtrica.

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    Mapa 4: Geomorfologia do Estado do Rio de Janeiro

    Fonte: Silva (2000) - adaptado

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    10 0 105 Km

    Coordenadas GeogrficasDatum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

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    Legenda

    Cordes arenosos, Dunas e Restingas

    Plancies Fluviais e Flvio-Marinhas - at 20m

    Colinas - 20m-100m

    Morros - 100m-200m

    Serras Escarpadas - acima de 400m

    Serras Isoladas e Serras locais de transio entreamplitudes altimtricas diferentes (200m-400m)

    Feies Geomorfolgicas Costeiras

    Feies Geomorfolgicas Continentais

    Regies Hidrogrficas

    Hidrografia

    Limite Estadual

    Limite Municipal

  • Sntese Geomorfolgica

    RH I - Baa da Ilha Grande Predomnio de serras escarpadas (acima de 400 m). Esta regio carac-teriza-se pela proximidade das serras escarpadas com o oceano, sendo que somente nas reas mais prximas costa e nos vales fluviais de maior expresso encontram-se as plancies fluviais e fluvioma-rinhas (at 20 m). Observa-se a presena das serras isoladas e serras locais de transio entre ampli-tudes altimtricas diferentes (200 400 m) na vertente voltada para a Baa da Ilha Grande, enquanto que na vertente voltada para o Estado de So Paulo h o predomnio de morros (100-200 m) e colinas (20-100 m).

    RH II - Guandu Predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) na poro leste da regio, onde se inicia a baixada da Guanabara, abrangendo os rios Guandu e Santana e Ribeiro das Lajes. Na vertente norte-noroeste, voltada para o Mdio Vale do Paraba do Sul (RH III), h predo-mnio de colinas (20-100 m), caractersticas dessa regio. Separando esses dois ambientes morfol-gicos, observam-se serras escarpadas (acima de 400 m), serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes altimtricas diferentes (200400 m), no alinhamento NE-SW, caracterstico da geomorfologia do Estado e do Sudeste brasileiro. Na Restinga de Marambaia (Baa de Sepetiba), observa-se a ocorrncia de feies geomorfolgicas costeiras, classificadas como cordes arenosos, dunas e restingas.

    RH III - Mdio Paraba do Sul Predomnio de colinas (20-100 m) na maior parte da regio, o que caracteriza o mar de morros do mdio vale do rio Paraba do Sul. Contudo, na poro NW, nos munic-pios de Resende e Itatiaia, prximo ao limite com o Estado de So Paulo, encontram-se serras escarpadas (acima de 400 m) que compem o Parque Nacional de Itatiaia, onde est localizado o Pico das Agulhas Negras. Observa-se, tambm, uma maior abrangncia da plancie fluvial (at 20 m) do rio Paraba do Sul na rea da bacia sedimentar de Resende e algumas feies de morros (100-200 m) e serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m) na rea central e NE da regio, seguindo o alinhamento NE-SW.

    RH IV - Piabanha A regio apresenta todas as classes geomorfolgicas continentais, sendo que na poro sul, prximo Serra dos rgos, observam-se, predominantemente, as serras escarpadas (acima de 400 m), serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topo-grficas diferentes (200-400 m), caracterizando o divisor de guas que separa a RH IV da RH V. Notam-se algumas plancies fluviais (at 20 m) de maior expresso prximas ao rio Paraba do Sul, no nordeste da regio, e nos rios de Terespolis, alm de morros (100-200 m) no oeste e leste da regio.

    RH V - Baa de Guanabara Predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m). Observam-se serras escarpadas (acima de 400 m) na poro norte, correspondente Serra dos rgos, e tambm nos macios da Tijuca, da Pedra Branca e do Mendanha, na Regio Metropolitana do Rio de Janeiro. Ademais, colinas (20-100 m) e morros (100-200 m) apresentam-se dispersos nesta regio. Observa-se a presena de cordes arenosos, dunas e restingas em algumas reas costeiras, destacando-se os que se encontram entre o mar e a Lagoa de Maric (rea da APA de Maric).

    RH VI - Lagos So Joo Predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m). H ocor-rncia de colinas dispersas pela rea central da regio e presena de serras escarpadas (acima de 400 m) e serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m) nos limites norte e noroeste, onde se localizam os divisores de guas. Ainda ocorrem serras escarpadas (acima de 400 m) na rea do Morro de So Joo. Destacam-se, tambm, reas de cordes arenosos, dunas e restingas na regio costeira, mostrando a maior influncia da ao marinha e elica na formao do relevo da regio.

    RH VII - Rio Dois Rios Assim como na RH IV, observam-se todas as classes geomorfolgicas conti-nentais nesta regio. Porm, dois grandes domnios podem ser observados: ao sul e sudoeste, prximo ao divisor de guas central do Estado, observam-se feies de maiores amplitudes altimtricas, serras e morros, enquanto que ao norte, mais prximo do rio Paraba do Sul, podem ser vistas plan-cies fluviais e colinas, feies com menores amplitudes altimtricas. Prximo ao limite com a RH IX, seguindo o alinhamento NE-SW do Estado e no entorno do Parque Estadual do Desengano, encontra-se uma grande rea de serras escarpadas (acima de 400 m).

    RH VIII - Maca e das Ostras Na poro oeste h o predomnio de serras escarpadas (acima de 400 m) e serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m); e na poro leste h o predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) com ocorrncias de colinas (20-100 m). Observa-se a presena de cordes arenosos, dunas e restingas no litoral do municpio de Rio das Ostras (parte sul desta regio hidrogrfica).

    RH IX - Baixo Paraba do Sul Esta regio destaca-se pela presena de cordes arenosos, dunas e restingas na rea da foz do rio Paraba do Sul e na restinga de Jurubatiba, formadas pela ao conjunta deste rio e do mar por meio das sucessivas regresses e transgresses marinhas. Na poro leste da regio predominam plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) e de colinas (20-100 m). Nas pores oeste e norte da regio observa-se a ocorrncia de serras escarpadas (acima de 400 m), serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas dife-rentes (200-400 m) e morros (100-200 m).

    RH X - Itabapoana Na poro sudeste h predomnio de plancies fluviais e fluviomarinhas (at 20 m) e de colinas (20-100 m). Estas se mesclam, na regio central, com serras isoladas e serras locais de transio entre amplitudes topogrficas diferentes (200-400 m). Na poro norte predo-minam morros (100-200 m).

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  • 2.3.3 Mapeamento ClimticoClima, num sentido restrito, geralmente definido como

    tempo meteorolgico mdio, ou, mais precisamente, como a descrio estatstica de quantidades relevantes de mudanas do

    tempo meteorolgico num perodo de tempo, que vai de meses a milhes de anos. O perodo clssico de 30 anos, definido pela

    Organizao Mundial de Meteorologia (OMM). Essas quantidades so geralmente variaes de superfcie como

    temperatura, precipitao e vento. O clima num sentido mais amplo o estado, incluindo as descries estatsticas do sistema global.

    (Glossary Intergovernmental Panel on Climate Change)

    O mapeamento climtico do Estado do Rio de Janeiro tem impor-tncia fundamental no contexto do monitoramento ambiental. Parmetros climticos so adotados para monitorar a evoluo climtica do mundo, assim, regies climticas podem ser classi-ficadas dividindo o planeta em regies de domnios climticos. O mesmo pode ser feito em escalas maiores. Mapear o clima em escala compatvel escala proposta para o planejamento terri-torial no s propiciar o conhecimento sobre manifestaes e expresses da natureza biofsica do Estado, como tambm possi-bilitar a gerao de uma srie de mapeamentos relacionados.

    Os diversos fenmenos climticos que ocorrem na atmosfera so definidos pelo balano de energia solar. A modelagem das projees climticas pode identificar possveis alteraes no comportamento dos fenmenos atmosfricos e as interaes com os estgios sucessionais da vegetao, auxiliando no planeja-mento e monitoramento ambiental.O WorldClim um projeto que monitora as condies climticas ao redor do mundo por meio de inmeras estaes pluviom-tricas e meteorolgicas. O Estado do Rio conta com mais de 100 estaes e os dados de temperatura e precipitao coletados representam os valores mdios mensais calculados para uma srie histrica de 50 anos (1950-2000). Com estes dados foram gerados mapas de precipitao (total, da mdia anual, de inverno e de vero) e de temperatura (mdia anual, vero e inverno) (Mapas 5 e 6). A evapotranspirao real mensal e anual foi gerada por meio dos dados referentes aos ndices de calor para cada ms ndice anual de calor (somado ms a ms) e a temperatura mdia mensal.

    Balano Hdrico

    O Balano Hdrico a relao entre a perda e a armazenagem de gua no solo em determinado perodo de tempo. Ao planejar o uso dos recursos hdricos disponveis no territrio importante dimensionar esta dinmica, assim como avaliar diretamente os fatores que contribuem ou causam prejuzo a essa equao. Deste modo possvel avaliar, no espao-tempo, as medidas cabveis manuteno desse recurso, em especial em determinadas regies responsveis pelas reas de recarga dos grandes mananciais de abastecimento pblico.

    O uso da gua para abastecimento fator de limitao ao desen-volvimento do Estado do Rio de Janeiro, expanso urbana, de empreendimentos e agricultura. Assim, o conhecimento sobre o comportamento da dinmica hdrica do solo de fundamental importncia ao planejamento e reflete, em parte, o estado atual de cobertura vegetal, entre as demais relaes com aspectos ambientais do clima.

    Para o clculo do balano hdrico, so necessrios dados de temperatura e precipitao de forma a gerar os dados de evapo-transpirao, que representam a parcela maior de sada de gua das bacias hidrogrficas, sendo, por isto, fundamental para o ciclo hidrolgico. A essa parcela se somam o escoamento super-ficial dos rios e o armazenamento de gua no solo (Hewlett, 1982) (Figura 5).

    Concluda a etapa de gerao de dados, obtm-se o balano hdrico, cujo objetivo apresentar dois parmetros funda-mentais gesto do recurso: o dficit hdrico e o excedente hdrico (Mapas 7 e 8). Tais parmetros contemplaram ainda o ndice de Calor e Evapotranspirao Potencial compostos por: Negativo Acumulado, Armazenamento, Alterao, Capacidade de Armazenamento, Capacidade de gua Disponvel (CAD) e Evapotranspirao Real (ER).

    dFiCit HdRiCO mEnsal E anual

    ExCEdEntE HdRiCO mEnsal E anual

    EvaPOtRansPiRaO REal mEnsal E anual

    FiGuRa 5: EtaPas dE ElabORaO dOs maPas ClimtiCOs

    EvaPOtRansPiRaO POtEnCial mEnsal

    E anual

    PRECiPitaO dO EstadO dO RiO dE JanEiRO

    mdia mEnsal anual

    WORldClim (1950-2000)

    tEmPERatuRa mdia mEnsal E anual

    ndiCE anual E mEnsal dE CalOR

    CaPaCidadE dE aRmazEnamEntO

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    Mapa 5:Total Anual de Precipitaodo Estado do Rio de Janeiro

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    Datum: WGS 84Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEA

    Julho 2010

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    VeroValue

    High : 1121

    Low : 48

    InvernoValue

    High : 1121

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    Legenda

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    High : 2384

    Low : 812

    Hidrografia

    Regies Hidrogrficas

    Limite Municipal

    Limite Estadual

    Fonte: WorldClim (1950-2000)

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    Mapa 6:Temperatura Mdia Anualdo Estado do Rio de Janeiro

    Fonte: WorldClim (1950-2000)

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    10 0 105 Km

    Coordenadas Geogrficas Datum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

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    VeroValue

    High : 26

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    InvernoValue

    High : 26

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    Legenda

    Value

    High : 26

    Low : 7

    Hidrografia

    Regies Hidrogrficas

    Limite Municipal

    Limite Estadual

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    Mapa 8:Total Anual de Excedente Hdricodo Estado do Rio de Janeiro

    Fonte: WorldClim (1950-2000)

    SP

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    Oceano

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    10 0 105 Km

    Coordenadas Geogrficas Datum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

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    VeroValue

    High : 926

    Low : 0

    InvernoValue

    High : 926

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    Legenda

    Value

    High : 1794

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    Hidrografia

    Regies Hidrogrficas

    Limite Estadual

    Limite Municipal

    RH-IX

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    Mapa 7:Total Anual de Dficit Hdricodo Estado do Rio de Janeiro

    SP

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    Oceano

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    10 0 105 KmCoordenadas Geogrficas

    Datum: WGS 84Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEA

    Julho 2010

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    VeroValue

    High : 144

    Low : 0

    InvernoValue

    High : 144

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    LegendaValue

    High : 334

    Low : 0

    Hidrografia

    Regies Hidrogrficas

    Limite Municipal

    Limite EstadualFonte: WorldClim (1950-2000)

  • RH-IX

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    RH-VRH-II

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    Mapa 9: Total Anual de Evapotranspiraodo Estado do Rio de Janeiro

    Fonte: WorldClim (1950-2000)

    SP

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    Oceano

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    10 0 105 Km

    Coordenadas Geogrficas Datum: WGS 84

    Elaborado por: INEA/DIMAM/GEOPEAJulho 2010

    /

    VeroValue

    High : 450

    Low : 50

    InvernoValue

    High : 450

    Low : 50

    Legenda

    Value

    High : 1292

    Low : 589

    Hidrografia

    Regies Hidrogrficas

    Limite Municipal

    Limite Estadual

  • Sntese do Comportamento Hdrico

    RH I Baa da Ilha Grande uma regio onde ocorrem muitas chuvas durante todo o ano, como se pode comprovar pelos mapas de Dficit Hdrico e de Precipitao. interessante observar que mesmo no vero no h dficit hdrico, pois o acmulo de gua sempre maior do que a perda durante todo o ano, principalmente no litoral. Mesmo no inverno observa-se um excedente hdrico, enquanto o restante do Estado apresenta perodo seco mnimo. Neste caso, o quadrante geogrfico, sob influncia marinha e a barreira formada pela Serra do Mar, fator que favorece a regio.

    RH II - Guandu O mapa de dficit hdrico e excedente hdrico nesta regio mostra que, no acmulo total de ambos, a taxa de evapotranspirao maior do que a de precipitao. Isso pode ser compro-vado ao se observar as estaes de inverno e vero, nas quais, respectivamente, no h dficit e no h excedente hdrico; ou seja, no vero h incidncia de chuvas convectivas pelo aumento da tempe-ratura e alta taxa de precipitao, e, no inverno, a regio seca. Logo, conclui-se que a distribuio hdrica baixa e que tal resultado devido, no vero, alta concentrao de chuvas nas reas da baixada, as quais apresentam poucas reas florestadas e alta densidade urbana.

    RH III - Mdio Paraba do Sul interessante notar que no total anual h dficit hdrico pratica-mente em toda a regio, com taxas maiores no inverno (seco) e nulas no vero. A exceo ocorre em Itatiaia, favorecida pela cobertura vegetal ntegra e, principalmente, pela altitude, que supera as demais barreiras geogrficas, o que favorece todas as influncias climticas. Quanto ao excedente hdrico, o contrrio ocorre com altas taxas de precipitao no vero no planalto do Estado.

    RH IV - Piabanha Pode-se observar que quase no h dficit hdrico nesta regio. Os mapas mostram que chove mais do que evapora, inclusive no i