O estilo de vida de mulheres ativas: o comparativo do projeto Educar para atividade física versus...
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1
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO CAMPUS II – ALAGOINHAS
COLEGIADO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
EDVAN LOPES CARVALHO
O ESTILO DE VIDA DE MULHERES ATIVAS: O COMPARATIVO DO
PROJETO EDUCAR PARA ATIVIDADE FISICA VERSUS VIDA EM
MOVIMENTO
Alagoinhas
2012
2
EDVAN LOPES CARVALHO
O ESTILO DE VIDA DE MULHERES ATIVAS: O COMPARATIVO DO
PROJETO EDUCAR PARA ATIVIDADE FISICA VERSUS VIDA EM
MOVIMENTO
Monografia apresentada ao curso de
Graduação em Educação Física da
Universidade do Estado da Bahia sobre a
orientacão do Prof. Mestre Valter
Abrantes.Pereira da Silva
ALAGOINHAS
2012
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a Jeová e a seu amado filho
Jesus Cristo que me permitiram estar aqui e a quem
eu entreguei a minha vida, a minha mãe Maria
Boaventura que me apoiu desde o inicio me
incentivando sempre a estudar e buscar o melhor na
minha vida me dando força para seguir em frente, a
minha digníssima esposa Jacqueline a quem amo de
forma pura e sincera e que acompanhou nesta longa
batalha, e as minhas senhoras que me
proporcinaram momentos de bastante alegria
durante todo esse tempo em que estivemos juntos e
que foram fonte de inspiração para este trabalho.
4
Agradecimentos
Com muito afeto e consideração gostaria de agradecer à todos abaixo citados por
terem me dado coragem para chegar até aqui.
Agradeço a Enobaldo por ter surgido em minha vida como professor e como um pai
que me direcionou pelo caminho certo.
A Roberta Gonsalves minha sincera amiga e irmã que gosto de coração e que me
ajudou na minha trajetória, e que se não fosse por ela eu não estaria nesse curso.
Ao meu orientador Valter Abrantes que me serviu de espelho nesse meio acadêmico
como exelente profissional , a quem tenho bastante respeito.
Aos meus irmãos Paulo, Alex e Gildenice que estiveram presentes em minha vida
me propocionando momentos de incetivo e coragem.
Aos meus colegas Alessandro, Genildo, Ana Isa, Renan, Andressa, Mario Alberto, e
a todos os outros que estivem comigo durante essa jornada e que proporcionaram
momentos de muita felicidade e de muito diálogo pelos corredores durante todo esse
tempo.
Ao meu tio Edmilson que teve sua participação com bastante apoio na minha
formação.
A Dejane e Monalisa importantes integrantes do departamento de Educação Física
que me auxiliaram no meu processo de formação.
Ao corpo docente que muito ajudou na minha formação e que me proporcionou
bastante discernimento.
A Luria por ter me auxiliado no inicio deste trabalho e me direcionado.
5
Resumo
O objetivo desse estudo é comparar os projetos Educar para Atividade Física
(EPAF) e Vida em Movimento (VM) quanto ao perfil do estilo de vida de mulheres
ativas. Este estudo é uma pesquisa quantitativa de caráter transversal aplicado a
senhoras dos projetos Educar para Atividade Física e Vida em Movimento, sendo o
primeiro situado em Alagoinhas-BA e outro em Entre Rios-BA. A amostra foi
composta por 36 senhoras na faixa etárias de 49 a 83 anos com média de idade de
64,3 e desvio padrão de + 7,6 anos, integrantes do projeto educar para atividade
física (EPAF) e o projeto Vida em Movimento. Após explicação dos objetivos e
metodologia da pesquisa, todas foram convidadas a participar voluntariamente. Para
seleção dessas senhoras foram escolhidas aquelas que participavam dos programas
e que estavam presente no dia da aplicação do questionário. Para o procedimento
da coleta de dados, foi aplicado o questionário Pentáculo do Bem Estar para obter
dados sobre o estilo de vida individual das idosas. No presente estudo procurou-se
investigar qual dos grupos apresentou um perfil do estilo de vida satisfatório. Os
dados foram tabulados na planilha excel com análise estatística através do Teste
Exato de Fisher SPSS 16.0. que é utilizado para se comparar 2 grupos
independentes e quando o tamanho das duas amostras independentes é pequeno,
em que se p for maior do que 0,05 aceita-se a hipótese H0, e se p for menor ou igual
a 0,05 rejeita-se a hipótese H0. Ou seja, os grupos são estatisticamente diferentes.
Os resultados mostraram diferença estatísticas apenas em um item de nutrição e
outro de atividade física. Conclui-se que o EPAF tendo a suas práticas em apenas
um dia ao passo que o MV eram três dias, consegue garantir a essas senhoras um
bom perfil do estilo de vida assim como o MV.
Palavra chave: estilo de vida-mulheres-envelhecimento
6
Abstract
The aim of this study is to compare the profile of the lifestyle of the older group of the
project Education for Physical Activity (EPAF) versus the older group project Life in
Motion (VM). This study is a quantitative cross-sectional nature of the projects
applied to women Educating for Life Physical Activity and Movement, the first being
located in Alagoinhas-BA and the other in Entre Rios, BA. The sample consisted of
36 women in the age range 49-83 years with a mean age of 64.3 and standard
deviation of + 7.6 years, to educate members of the project activity (EPAF) and Life
on the Move project. After explaining the aims and methodology of research, all were
invited to voluntarily participate and all participants of both projects signed an
informed consent before the study. To check these ladies were selected those who
participated in the programs and who were present the day of application of the
survey. For the procedure of data collection, the questionnaire was applied Pentacle
Welfare to obtain data on the individual lifestyle of the elderly. This instrument was
derived from the model of the Pentacle welfare validated by Marcus Nahas: Nahas,
MV Barros, MVG And Francalacci, V. (2000) the Pentagram welfare: conceptual
basis for the lifestyle of individuals and groups, and its validation published in the
Journal of Physical Activity and Health, 5 (2), 48-59. In the present study was
undertaken to investigate which of the groups showed a profile satisfying lifestyle.
Data were tabulated in excel spreadsheet with statistical analysis using Fisher's
exact test SPSS 16.0. which is used to compare two separate groups and when the
size of two independent samples is small, where p is greater than 0.05 is accepted
hypothesis H 0, and p is less than or equal to 0.05 rejects the hypothesis H0. That is,
the groups are significantly different. The results showed statistical differences only in
one other item of nutrition and physical activity. It is concluded that the EPAF having
their practices in one day while the MV were three days, these ladies can ensure a
good profile of lifestyle as well as the MV.
Keyword: lifestyle-women-aging
7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO---------------------------------------------------------------------------------------- 8
2 OBJETIVO------------------------------------------------------------------------------------------- 11
3 REFERENCIAL TEÓRICO---------------------------------------------------------------------- 12
3.1 EPIDEMIOLOGIA------------------------------------------------------------------------------- 12
3.2 ENVELHECIMENTO--------------------------------------------------------------------------- 14
3.3 EDUCAÇÃO INFORMAÇÃO E CÊNCIA------------------------------------------------ 16
3.4 QUALIDADE DE VIDA E ESTILO DE VIDA-------------------------------------------- 17
4 METODOLOGIA--------------------------------------------------------------------------------- 24
4.1 AMOSTRA--------------------------------------------------------------------------------------- 24
4.2 DESENHO DO ESTUDO-------------------------------------------------------------------- 25
4.3 ANÁLISE DE DADOS------------------------------------------------------------------------ 25
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES------------------------------------------------------------ 26
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------------- 49
REFERÊNCIAS------------------------------------------------------------------------------------- 50
APÊNDICE------------------------------------------------------------------------------------------- 56
ANÊXOS---------------------------------------------------------------------------------------------- 57
8
1 INTRODUÇÃO
Nos países menos desenvolvidos como o Brasil, o aumento da expectativa de
vida tem sido evidenciada pelos avanços tecnológicos relacionados a área de saúde
nos últimos 60 anos. Aliado a estes fatores a queda de fecundidade, iniciada na
década de 60, permitiu a ocorrência de uma grande explosão demográfica. No Brasil
estima-se que nos próximos 20 anos a população de idosos poderá alcançar e até
mesmo ultrapassar a cifra dos 30 milhões de pessoas, o que representará
aproximadamente 13% da população. (MENDES ET AL 2005).
É importante destacar que a população de idosos está crescendo muito
rapidamente, no entanto esse crescimento tem sido desequilibrado, pois mesmo as
pessoas vivendo mais, a qualidade de vida não segue esse sobejo. Dados do IBGE
(2009) mostram que os idosos apresentam mais problemas de saúde que a
população geral.
Em pesquisa realizada por Ramos et al (1993) nas cinco regiões do
município de São Paulo no início dos anos 90, foi verificado que 86% dos
entrevistados apresentavam pelo menos uma doença crônica, fato este confirmado
em estudo de seguimento de dois anos desses indivíduos, mostrando que 94,4%
dos idosos avaliados apresentavam mais de uma doença crônica, demostrando com
isso uma situação preocupante que é o envelhecimento sem qualidade.
A velhice é uma etapa da vida e possui suas próprias características, nesse
período o indivíduo passa por modificações em toda sua estrutura, tanto orgânica,
como no metabolismo, no equilíbio bioquímico, na imunidade, na nutrição, nos
mecanismos funcionais, nas características intelectuais e emocionais
comprometendo funções vitais para este ser. (ASSIS 2011).
Segundo Nahas et al (2000) entende-se por estilo de vida as ações
cotidianas a cerca do indivíduo e o que o mesmo associa a sua qualidade de vida
reverberando em hábitos conscientes que ao longo dos anos pode mudar de acordo
com o discernimento e grau de relevância para o mesmo na sua vida.
9
Fatores como nutrição, nível de atividade física, comportamento preventivo,
relacionamentos e controle do estress são componentes que refletem as atitudes ,
valores e oportunidades das pessoas indicando um estilo de vida positivo ou
negativo.
Marchini et al (1998) aborda que o processo de envelhecimento apresenta
uma perda de interesse pela ingestão adequada de alimentos, especialmente
líquidos e fibras. A perda de parte ou de toda dentição dificulta o consumo de
alimentos mais fibrosos e calóricos.
A atividade física se contitui como fator de prevenção e/ou tratamento em
doenças acometidas pelo envelhecimento como cita Júnior (2011) que mesmo as
mulheres envelhecendo, ainda é possível a manutenção da aptidão física e
capacidade funcional, facilitando as atividades da vida diária.
O comportamento preventivo se caracteriza pelas medidas que o indivíduo
toma para evitar comorbidades ou morte prematura como a abstinência ao cigarro e
ao álcool ou o uso de forma moderada deste último, as ações para evitar acidentes
no trânsito, lesões no trabalho, as DSTS e o uso de protetor para evitar câncer de
pele.
Os relacionamentos é algo imprescindível na vida do ser humano, pois é
difícil imaginar as pessoas sem relacionar-se umas com as outras mostrando que
essa é uma das características que mais distancia os homens dos demais animais.
É sabido que níveis de estresse elevado cronicamente pode ocasionar
diversos probemas no sistema funcional podendo levar a morte.
Ao longo da história a humanidade passou por diversas mudanças onde se
observa que quanto mais próximo do conhecimento científico maiores intervenções
puderam serem feitas. Ouveram períodos em que a nossa sociedade era tomada
por epidemias que dizimavam populações. Atualmente devido a esse conhecimento
essas doenças são cada vez menos comuns, porém a rotina de vida abriu espaço
para outras enfermidades.
Apesar disso é possível perceber que quanto mais próximo da informação
mais distante as pessoas se mantem destas enfermidades, revelando uma forte
10
relação entre o conhecimento disseminado de forma coletiva e o estilo de vida e por
conseguinte a qualidade de vida entendendo esta como o máximo de satisfação e
coerência que o ser possui com si e com o seu meio.
O estilo de vida e a qualidade de vida estão interligados, pois quando se
pensa em estilo de vida é possível visualizar os hábitos que possuem o indivíduo e
com isso identificar uma qualidade de vida ou não. A qualidade de vida é um termo
muito abragente em que autores como Nahas et al (2000) a definem como a relação
mais ou menos harmoniosa que cerca o cotidiano do ser humano resultando em
vários acontecimentos ganhando este nome abstrato
Segundo Nahas et al (2000) um estilo de vida das pessoas está associado a
melhor estado psicológico, e comumente ligado a doenças crônicas degenerativas,
mas que poderia ser mudado gerando menores gastos com saúde, menores riscos
de doenças degenerativas e mortalidade precoce. Este mesmo autor sugere um
instrumento para investigar os fatores do estilo de vida dos indivíduos e
indiretamente a influência destes sobre algo mais amplo que seria a qualidade de
vida. O pentáculo do bem estar que possui cinco componentes que pretende avaliar
o estilo de vida nas sociedades contemporâneas, sendo eles nutrição, atividade
fisica, comportamento preventivo, relacionamentos e controle de estress.
Visto que o final da velhice se encerra com a morte, este processo pode
acelerar com os hábitos do estilo de vida das pessoas, logo esse trabalho pode
ajudar a indentificar quais os aspectos positivos e negativos do estilo de vida dos
idosos que mais estão associados a uma vida com ou sem qualidade, e também
analisar a possível relação com algumas patologias mais decorrentes na terceira
idade e dessa forma intervir de maneira a reduzir ou ao menos manter um estado
físico, mental e social adequados, entendendo que um estilo de vida saudável pode
gerar aos indivíduos maior autonomia e independência.
Sendo assim o objetivo desse estudo é comparar os projetos Educar para
Atividade Física (EPAF) e Vida em Movimento (VM) quanto ao perfil do estilo de vida
de mulheres ativas.
11
2 OBJETIVO
O objetivo desse estudo é comparar os projetos Educar para Atividade Física
(EPAF) e o projeto Vida em Movimento (VM) quanto ao perfil do estilo de vida de
mulheres ativas.
12
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 EPIDEMIOLOGIA
O Brasil atualmente passa por um processo transformador na população com
um aumento espressivo na população de idosos. Em 2003, segundo as informações
da PNAD, a população de 60 anos ou mais era de cerca de 17 milhões de pessoas,
representando cerca de 10% da população total do País. A PNAD 2006, última
pesquisa divulgada quando da elaboração deste capítulo (mas que não incluiu
informações sobre a saúde da população), apontava que os idosos alcançavam,
aproximadamente, 19 milhões de pessoas, evidenciando o acelerado processo de
envelhecimento da sociedade brasileira (IBGE 2009).
O IBGE (2002) analisando as taxas de fecundidade e longevidade da
população brasileira, estima que nos próximos 20 anos a população idosa poderá
exceder 30 milhões de pessoas ao final deste período, chegando a representar
quase 13% da população. A análise da evolução da relação idoso com criança
mostra que a proporção de idosos vem crescendo mais rapidamente que a
proporção de crianças: de 15,9% em 1980, passou para 21,0% em 1991, e atingiu
28,9%, em 2000, entendendo com isso que se em 1980 existiam cerca de 16 idosos
para cada 100 crianças, 20 anos depois essa relação praticamente dobra, passando
para quase 30 idosos por cada 100 crianças.
Segundo McArdle (2011) os dados indicam que por volta da metade desse
século haverá mais de 835.000 centenários em todo mundo. Ele afirma que o
prolongamento na expectativa de vida representa um fenômeno mundial e diz
também que por volta de 2025 ocorrerá um grande aumento na proporção da
popuplação que irá além dos 60 anos nos paises indrustrializados.
Além das transformações populacionais ocorrida nos últimos anos, esta por
sua vez também veio acompanhada por um processo de transição epidemiológica,
com alterações relevantes no quadro de morbi-mortalidade. As doenças infecto-
contagiosas, que representavam 40% das mortes registradas no País em 1950, hoje
13
são responsáveis por menos de 10%. O oposto ocorreu em relação às doenças
cardiovasculares em 1950, eram causa de 12% das mortes e, atualmente,
representam mais de 40%. Em 2003, segundo as informações da PNAD, 29,9% da
população brasileira reportou ser portadora de, pelo menos, uma doença crônica
(IBGE 2009).
No passado a civilização sofreu com as doenças infecto-contagiosas que
acabavam com muitos povos, hoje a epidemia são as doenças crônicas, mais
propícias a população idosa. Apesar de 1998 para 2003 o percentual ter caido como
mostra os dados do IBGE (2009) que era de 78,7% e passou para 75,5%, a maioria
dos que citaram alguma doença 64% tinham mais de uma patologia.
Os problemas que afetam os idosos demonstram se agravar com maior
frequência e por problemas múltiplos, pois como cita o IBGE ( 2009,p.15 ):
[…]A causa de internação hospitalar mais frequente entre os idosos é a insuficiência cardíaca, 12,1‰ para mulheres e 14,7‰ para os homens. Pneumonia, bronquite e acidente vascular cerebral estão entre as seis causas de internação mais importantes, tanto para homens quanto para mulheres. Diabetes e hipertensão figuram entre as seis principais causas somente entre as mulheres, enquanto hérnia inguinal, somente entre os homens. Entre os grupos de idade, a insuficiência cardíaca aparece como a primeira causa em todas as faixas etárias consideradas e, entre as mulheres, diabetes e hipertensão aparecem entre as idosas de 80 anos ou mais. Por outro lado, entre os homens idosos com 80 anos ou mais, a desnutrição é a sexta causa mais frequente de internação hospitalar, com uma taxa de 5,3%[…]
Diante do exposto, faz-se necessário ações que promovam mudanças no
quadro atual dos idosos no Brasil e no mundo dando condições para a inserção
desse grupo em um estilo de vida ativo e possivelmente uma melhora na qualidade
de vida.
14
3.2 O ENVELHECIMENTO
Para Mendes et al (2005) o envelhecimento é entendido como parte
integrante e fundamental no curso de vida de cada indivíduo. É nessa fase que
surge um repertório de experiências e características próprias e peculiares,
resultantes do curso de vida, na qual umas têm maior dimensão e complexidade que
outras, integrando assim a formação do indivíduo idoso.
Os estresses psicológicas e sociais podem acelerar as deteriorações
associadas ao processo de envelhecimento. Com isso observamos no indivíduo que
envelhece uma interação maior entre suas condições psicológicas e sociais
refletidas na sua adaptação às mudanças.
Matsudo (2002) cita que uma das mais evidentes alterações que acontecem
com o aumento da idade cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o
processo de envelhecimento existem mudanças principalmente na estatura, no peso
e na composição corporal. Mais que a doença crônica é o desuso das funções
fisiológicas que pode criar mais problemas.
Entre os 25 e 65 anos de idade, há uma diminuição substancial da massa
magra ou massa livre de gordura de 10 a 16%, por conta das perdas na massa
óssea, no músculo esquelético e na água corporal total, que acontecem com o
envelhecimento. A perda da massa muscular e consequentemente da força
muscular é a principal responsável pela deterioração na mobilidade e na capacidade
funcional do indivíduo que está envelhecendo (MATSUDO 2002).
A sarcopenia se traduz na perda da massa, força e qualidade do músculo
esquelético causando um comprometimento na saúde pública, pelas suas bem
reconhecidas consequências funcionais no andar e no equilíbrio, aumentando o
risco de queda e perda da dependência física funcional, sendo que também contribui
para aumentar o risco de doenças crônicas, como diabetes e osteoporose. (Matsudo
2002).
Soares (2002) explica que quando envelhecemos começamos a sofrer
redução na massa mineral óssea devido ao mecanismo do cálcio o que vem a tornar
os ossos frágeis, predispondo o indivíduo a fraturas, o que constitui uma causa
significativa de morbilidade e mortalidade dos idosos. Ela cita que o problema mais
característico é a osteoporose que é a perda de cálcio nos ossos, transformando-o
15
de um estado consistente a outro esponjoso, produzindo-se também alguma
deformação no osso.
O sitema cardiovascular também sofre alterações com o envelhecimento
como o aumento da massa cardíaca da ordem de 1 a 1,5 g/ano, entre 30 e 90 anos
de idade, das paredes do ventrículo esquerdo (VE) aumentam bem como o septo
interventricular, mesmo em ausência de DCV, mantendo no entanto, índices
ecocardiográficos normais, o que por consequência traz maior rigidez da aorta,
determinando aumento na impedância ao esvaziamento do VE, com consequente
aumento da pós-carga. Paralelamente, há deposição de tecido colágeno,
principalmente na parede posterior do VE, o que aumenta a rigidez do coração.
Nobrega et al (1999).
Ainda segundo o mesmo autor a função sistólica mantém-se inalterada,
ocorrendo por outro lado redução da complacência ventricular com prejuízo da
função diastólica, determinando o prolongamento do tempo de relaxamento
ventricular. Com o envelhecimento, a modulação da função cardíaca pelo sistema
nervoso autônomo (adrenérgico e vagal) diminui, ocorrendo declínio na resposta à
estimulação adrenérgica do coração senescente. Decorrente disso durante o
exercício ocorre uma diminuição da freqüência cardíaca máxima (FCmáx) e do
volume sistólico máximo (responsável por 50% da redução do VO2máx relacionadas
à idade).
Possivelmente as grandes dificuldades enfrentadas pelos idosos como ter
uma reação rápida a uma situação, seja explicada pelas alterações no sistema
neural como falam Matsudo e matsudo (1992) que o processo de envelhecimento
causa grandes alterações como a diminuição no tamanho e número dos neurônios,
diminuição na velocidade de condução venosa, aumento do tecido conjutivo aos
neurônios, menor tempo de reação, menor velocidade de movimento e diminuição
do fluxo sanguíneo cerebral, que por consequência tornam os idosos mais
suscetíveis ao desequilíbrio.
Soares (2002) relata que no aspecto social, a idade não significa apenas um
espaço de tempo, mas uma categoria, uma atividade sócio-econômica, modificações
no modo de vida, características pessoais, objetivos e conflitos de natureza variável,
sentimentos positivos e negativos que provocam alterações na vida desses idosos,
mas não justificam o conceito de uma velhice incapaz e decadente diante desta que
ai se apresenta e que trata o como incapaz, inútil e esclerosado. Por isso, existe
16
hoje uma necessidade urgente de se desenvolver uma ação social, com a
participação de todos, atendendo os interesses dos idosos.
Sabemos que o envelhecimento ocasiona perdas e incapacidades no idoso, e
como cita Oliveira et al (2001) o sendetarismo é um fator marcante que nessa
população leva a um baixo nível de aptidão física, sendo um dos responsáveis pela
morbi-mortalidade por causas cardio-vasculares dentre a população em geral e
principalmente entre os idosos agravando ou aumentando o quadro de doenças
crônicas nesses indivíduos.
3.3 EDUCAÇÃO INFORMAÇÃO E CIÊNCIA
A escola se constitui como um meio pelo qual os indivíduos adiquirem a
informação e a forma que podem aplica-la no seu cotidiano. Brandão (2002) diz que
a escola surge da necessidade de iniciar a divisão das tarefas, separando de forma
hierárquica os saberes, ou seja, a necessidade de uma organização entre as
diferentes formas de trabalho. O conhecimento adquirido ao longo da vida do
indivíduo dentro da escola pode ajuda-lo a tomar decisões que garantam uma vida
com mais qualidade.
O nível de escolaridade e a aceitação para hábitos que garantam uma vida
mais saudável parecem estarem associados como mostra um estudo realizado por
Pereira e Okuma (2009) em que 42,59% dos sujeitos que iniciaram o programa de
atividade física tinham nível superior, parecendo estabelecer uma relação entre os
elementos aludidos.
O acesso a informação é de muito valor no que tange aspectos de mudanças
em hábitos e comportamentos que possam ser nocivos a saúde das pessoas.
Barreto (1994) diz que a informação quando adequadamente assimilada, produz
conhecimento modifica o estoque mental de informações de conhecimento do
indivíduo e traz benefícios ao seu densenvolvimento e ao desenvolvimento da
sociedade em que ele vive, assim também como agente mediador na produção de
conhecimento, a informação qualifica-se em forma e substância com estruturas
significante com a competência de gerar conhecimento para o indivíduo e seu grupo.
17
A ciência tem demonstrado ao longo da história o seu papel transformador na
saúde da população como aborda Barreto (2004) sobre a elaboração de políticas,
legislações e normas regulatórias; como conseqüência, consolida-se também a
noção de que se fazem cada vez mais necessários conhecimentos científicos que
fundamentem os processos de tomada de decisões dos governos, inclusive no
campo da saúde. Ele diz que com essa medida a expectativa é de que as decisões,
uma vez tomadas, tenham maior efetividade, trazendo maiores benefícios à saúde
da população, e impliquem menos custos, sejam estes econômicos ou sociais.
Como exemplo ele traz a questão do tabagismo que tiveram ações mais
efetivas quando pesquisadores de outras disciplinas deram início a investigações
sobre temas como: os determinantes do hábito de fumar, o papel ativo da indústria
do fumo no marketing para promover o hábito e no descrédito de investigações que
demonstravam os efeitos nocivos do fumo, os aspectos econômicos envolvidos da
produção e comercialização do fumo e do cigarro, os custos sobre o sistema de
saúde etc., ( que agora incluem ações legislativas, fiscais, judiciais etc.).
3.4 QUALIDADE DE VIDA E ESTILO DE VIDA
Segundo Nahas et al ( 2000 ), estilo de vida é o conjunto de ações cotidianas
que reflete as atitudes e valores das pessoas. Estes hábitos e ações conscientes
estão associados à percepção de qualidade de vida do indivíduo entendendo-a
como a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e
socioambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o
ser humano.
Os componentes do estilo de vida podem mudar ao longo dos anos, mas isso
só acontece se a pessoa conscientemente enxergar algum valor em algum
comportamento que deva incluir ou excluir, além de perceber-se como capaz de
realizar as mudanças pretendidas, sendo que dentre os parâmetros individuais, o
estilo de vida é um dos importantes determinantes da saúde de indivíduos, grupos e
comunidades. ( NAHAS ET AL, 2000 ).
18
Nos dias atuais a nutrição vem ganhado um destaque no que tange os
aspectos de uma alimentação saudável, visto que esta proporciona benefícios a
saúde e a qualidade de vida das pessoas.
Júnior et al ( 2011 ) cita que são os hábitos de uma alimentação saudável e a
prática de exercícios físicos para minimizar os efeitos deletérios do envelhecimento
tentando garantir uma vida saudável e com autonomia.
Há alguns anos a população brasileira vem mudando seus hábitos
alimentares saindo de uma dieta que possibilitasse as condições normais de peso
para uma condição de sobrepeso ou obesidade.
Campos et al ( 2000, p. 158 ) mostraram que:
[…] Em 1989, foi realizada a Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição ( PNSN ), com o objetivo central de avaliar o estado nutricional da população brasileira mediante a coleta de dados antropométricos. Essa pesquisa, de âmbito nacional, revelou que a situação nutricional de adultos e idosos sofreu grande alteração, nos últimos 15 anos. Estima-se uma redução de 36% no grupo de baixo peso, com aumento maior dos casos de sobrepeso e obesidade, tendo reduzido o número de indivíduos antropometricamente normais. Essa tendência foi verificada tanto no meio rural quanto no urbano, em todas as faixas etárias. Portanto, a população adulta e idosa brasileira apresenta alta prevalência de baixo peso e também de obesidade.[…]
Os dados acima mostram que a muitos anos já havia uma preocupação com
os hábitos alimentares no entanto o tempo passou e as pessoas ainda continuam a
se alimentar de forma inadequada como mostra o IBGE ( 2009 ) abordando que, o
que a população brasileira consome combina a tradicional dieta à base de arroz e
feijão com alimentos com poucos nutrientes e muitas calorias.
A pesquisa do IBGE ( 2009 ) evidência que a ingestão diária de alimentos
ricos em fibra e compostos por carboidratos complexos está abaixo dos níveis
recomendados pelo Ministério da Saúde ( 400g ) para mais de 90% da população.
Já os alimentos processados ( sucos, refrescos e refrigerantes ) têm consumo
elevado, especialmente entre os adolescentes, que ingerem o dobro da quantidade
registrada para adultos e idosos, além de apresentarem alta frequência de consumo
19
de biscoitos, linguiças, salsichas, mortadelas, sanduíches e salgados e uma menor
ingestão de feijão, saladas e verduras.
Não se pode falar em estilo de vida saudável sem pensar em hábitos que
devem ser cultivados em nosso cotidiano como o supracitado e também a atividade
física que tem um valor muito importante na vida dos indivíduos.
Ravagnani et al ( 2006 ) dizem que o aumento da expectativa de vida com
menor morbidade é obtida mudando o estilo de vida que inclui entre outras variáveis
a adoção de um estilo de vida ativo sendo independente e funcional.
Concordando com esta autora Gonçalves et al ( 2010 ) mostraram em um dos
seus trabalhos que o grau de independência dos idosos melhorou com exercícios
físicos garantindo ganhos na força repercutindo em melhor índice de desempenho
na coordenação e agilidade garantindo um bom nível de independência funcional
para a realização das atividades da vida diária.
Junior et al apud Fronteira et al. ( 2011 ), ao acompanharem um estudo
longitudinal durante dez anos, evidenciaram que a prática de atividade física foi
associada à preservação da massa magra e diminuição da força, sendo que a
atividade física minimiza os efeitos deletérios inevitáveis relacionados à sarcopenia
que ocorre durante o processo de envelhecimento.
Os autores de uma forma geral tem mostrado que um perfil do estilo de vida
ativo promove benefícios à saúde, se não a manutenção, retardando este processo
deletério. Ao buscar os índices de aptidão física realizou-se uma pesquisa com
idosos e obteve os seguintes achados:
Os resultados demonstram que houve melhora do índice de aptidão funcional geral dos idosos participantes de atividades físicas no decorrer de 10 meses. Este fato demonstra que, mesmo os idosos envelhecendo, ainda são possíveis ganhos na aptidão física das variáveis analisadas, facilitando o desenvolvimento das atividades da vida diária destes. ( SIPRIANI ET AL. 2010, p. 109 ).
20
Vários são os estudos que mostram que um perfil de vida ativo traz benefícios
no que tange aspectos sobre o envelhecimento, como exemplo Mazo ( 2005 )
verificou os diversos domínios da qualidade de vida observando que estes
apresentam correlações moderadas entre si. Os domínios físico e psicológico
revelam uma diferença estatisticamente significativa entre os níveis de atividade
física, sendo que as idosas mais ativas são as que apresentaram médias mais
elevadas nesses fatores, pois o nível de atividade física e qualidade de vida estão
relacionados com as características sócio-demográficas e as condições de saúde
das idosas.
A prevenção contra hábitos que prejudiquem a nossa saúde e a nossa vida
também é uma ação importante para garatir maior longevidade e qualidade de vida.
Pensando nisso Nahas et al ( 2000 ) diz que conhecer e controlar a pressão arterial
e o colesterol, evitar fumar e beber exageradamente, e ser prudente no trânsito são
alguns dos hábitos que podem garantir uma vida mais longa e com qualidade.
O Colégio Americano de Medicina Esportiva ( 1994 ) cita que os níveis aumentados
de colesterol LDL ( low-density lipoprotein ) e níveis diminuídos de colesterol HDL (
high-density lipoprotein ) são os fatores de risco principais para o desenvolvimento
de doença arterial coronariana. Hipertensão não-controlada duplica ou triplica o risco
de ocorrências cardiovasculares, e pressão arterial elevada é um fator independente
que prediz a morbidade e mortalidade subseqüente em sobreviventes ao infarto do
miocárdio.
Silva de Souza ( 2008 ) mostrou em seu trabalho que as consequências da
exposição do risco ao fumo demoram a aparecer, manifestando-se através de
moléstias pulmonares crônicas, alterações cardiovasculares, câncer de pulmão e da
laringe, entre outros agravos. Em seus achados, confirmou-se que câncer de
traquéia/brônquios/pulmão, doença isquêmica do coração, DPOC e doenças
cerebrovasculares são os que mais contribuem para a morte por causa do cigarro.
O consumo de álcool também traz prejuízos sérios para a saúde e para vida
do indivíduo como mostra a OMS ( 2004 ) através de intoxicação ( embriaguez ),
álcool dependência, e outros efeitos bioquímicos de álcool. Além disso a doenças
crônicas que podem afetar os bebedores após muitos anos de uso contínuo, ele
contribui para os resultados traumáticos podendo levar o indivíduo a morte ou a
21
incapacidade em uma idade relativamente jovem, resultando na perda de muitos
anos de vida devido à morte ou deficiência.
Outro fator também relacionado ao estilo de vida são as relações sociais, pelo
fato dos indivíduos estarem inseridos em algum grupo, a forma como eles lidam com
a situação pode interferir na saúde dessas pessoas. Ramos ( 2002 ) fala que a
relação social esta diretamente ligado com a saúde, doença e envelhecimento. Ela
fala que a saúde pode ser degradada não somente por um “processo natural”, mas
também por uma falta ou qualidade de relações sociais e vice-versa.
Na sociedade contemporânea o estresse tem se tornado um dos possíveis
fatores para os agravos na saúde dos indivíduos, sendo este um dos hábitos do
estilo de vida que possivelmente pode ser mudado ou ter seus níveis de tensão
reduzidos. Dantas e Baptista ( 2002 ) falam que há diversas maneiras para reduzir e
controlar o estresse, dentre eles são citados: os tratamentos psicoterápicos; as
diversas atividades físicas, que contribuem de uma forma muito satisfatória e o
Yoga, porque engloba em sua metodologia de aula, etapas que são utilizadas
separadamente como forma de terapias; por exemplo a percepção psicomotora
durante os exercícios de alongamento, equilíbrio e força isométrica, associada aos
exercícios respiratórios, relaxamento psicofísico e meditação.
Todo esse questionamento só mostra a importância de mudar os hábitos no
estilo de vida como fator de prevenção ou de redução dos agravos decorrentes de
um estilo de vida negativo, apontando para problemas funcionais metabólicos e
também nas variáveis antropométricas melhorando assim a qualidade de vida.
A qualidade de vida parecer ser um termo bem abrangente e de difícil
definição, que engloba os mais variados aspectos que estão inseridos na vida das
pessoas. Nahas et al ( 2000 ) falam que alguns desses aspectos são estado de
saúde, longevidade, satisfação no trabalho, relações familiares, disposição e até
espiritualidade e dignidade.
Há também interpretações mais abrangentes que envolve questões da cultura
dentre outros fatores:
22
Qualidade de vida é uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e à própria estética existencial. Pressupõe a capacidade de efetuar uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar. O termo abrange muitos significados, que refletem conhecimentos,experiências e valores de indivíduos e coletividades que a ele se reportam em variadas épocas, espaços e histórias diferentes, sendo portanto uma construção social com a marca da relatividade cultural. ( MINAYO ET AL 2000, p. 8 )
É possível perceber a dificuldade para definir o conceito de qualidade de vida
visto que ela se insere em vários contextos sem, no entanto possuir uma definição
específica, porém o que aparece em comum e sempre o estado de bem-estar dos
indivíduos.
Um trabalho realizado por Toscano e Oliveira ( 2009 ) mostrou haver uma
relação entre nível de atividade física a qualidade de vida quando comparou os
diversos domínios da qualidade de vida entre os grupos de idosas mais ativas com
as menos ativas, e verificou que, em todos os domínios, os resultados dos
indivíduos mais ativos foram significativamente superiores ao dos menos ativos.
Ao analisar a qualidade de vida se pode perceber que os aspectos de saúde
se inserem bem como parte das definições dadas pelos autores aludidos, todavia
parece não ser este o único caminho para entedê-la, sendo assim não se pode
reduzi-la a apenas um aspecto, dentre tantos outros que compoem as questões
extrínsecas e intrínsecas das pessoas.
A associação entre estilo de vida e qualidade de vida acontece pelo fato de
componentes do estilo de vida saudável se enquadrarem no contexto da qualidade
de vida. Nahas et al ( 2000 ) abordam que os fatores individuais característicos de
cada pessoa estão incluidos com frequência na qualidade de vida.
A comunidade científica, tem apontado o estilo de vida ativo como um dos
fatores mais importantes na elaboração das propostas de promoção de saúde e da
qualidade de vida da população. Este entendimento fundamenta-se em
pressupostos elaborados dentro de um referencial teórico que faz associação entre
o estilo de vida saudável e o hábito da prática de atividades físicas e, e por
23
conseguinte, a melhores padrões de saúde e qualidade de vida. ( Asumpção et al.
2002 ).
Em um trabalho realizado por Timossi ( 2008 ) procurou elucidar a existência
ou não de correlações entre as variáveis observadas: perfil do estilo de vida e a
qualidade de vida no trabalho e se elas realmente fornecem subcídios para trabalho,
saúde e qualidade de vida, de tal modo foi verificada se existe grau de associação
significativo entre as duas séries de dados, estilo de vida e qualidade de vida no
trabalho dos colaboradores pesquisados, indicando uma possível relação ou
influências entre estes fatores.
A qualidade de vida por estar associada a vários fatores que cercam os
indivíduos engloba os hábitos do estilo de vida saudável criando uma possível
relação que os fazem andar juntos, entendendo que um perfil do estilo de vida
negativo seria um dos fatores para atribuir ao indivíduo uma vida sem qualidade, já
que este não garante condições de mantê-lo saudável visto de forma social,
pisicológica, nutricional, físico e comportamental.
24
4 METODOLOGIA
Este estudo é uma pesquisa quantitativa de carácter transversal. Neste tipo
de estudo fator e efeito são observados no mesmo momento histórico ( PITANGA
2004 ). Todas as participantes de ambos os projetos assinaram o termo de
consentimento livre e esclarecido antes do início da pesquisa.
4.1 AMOSTRA
A amostra foi composta por 36 senhoras na faixa etárias de 49 a 83 anos com
média de idade de 64,3 e desvio padrão de + 7,6 anos, integrantes do projeto educar
para atividade física ( EPAF ) e o projeto Vida em Movimento ( VM ). Após
explicação dos objetivos e metodologia da pesquisa, todas que estavam presentes
no dia da aplicação do questionário foram convidadas a participar volutariamente. O
projeto EPAF se inicia em 2008 com o objetivo de Implementar ações educativas
relacionadas a prática de atividade física junto ao Programa Saúde da Família do
município de Alagoinhas-Bahia. Ele acontece na Universidade do Estado da Bahia
no campusII em Alagoinhas, ocorrendo regulamente apenas um dia por semana nas
terças- feiras das 14 as 16 horas, com diversas atividades aeróbicas e anaeróbicas
que incentivem essas mulheres a estarem praticando-as no seu dia a dia. O projeto
vida em movimento acontece na cidade de Entre Rios a partir das associação com o
apoio da prefeitura, teve início das atividades fisicas em outubro de 2011, sendo que
o projeto acontece no Centro Paroquial três vezes por semana, visando garantir a
essas mulheres a prática de atividade física aeróbicas e anaeróbicas Esse projeto
acontece as segundas, quintas e sextas-feiras das 15 horas e 30 minutos as 17
horas.
25
4.2 DESENHO DO ESTUDO
Para o procedimento da coleta de dados, foi aplicado o questionário
Pentáculo do Bem Estar para obter dados sobre o estilo de vida individual das
idosas. Este instrumento foi derivado do modelo do Pentáculo do bem-estar
validado por Marcus Nahas: Nahas, M.V. Barros, M.V.G. E Francalacci, V. ( 2000 ) o
pentáculo do bem estar: base conceitual para o estilo de vida de indivíduos e
grupos, tendo sua validação publicada na Revista Brasileira de Atividade Física e
Saúde, 5(2), 48-59.
Este instrumento inclui cinco componentes relacionados ao estilo de vida:
nutrição, atividade física, comportamento preventivo, relacionamento social e
controle de stresse. Cada componente apresenta 3 questões, onde para cada
resposta há uma pontuação em forma de escala, de zero (0) a três (3) pontos.
Sendo que, os escores zero (0) e um (1) indicam comportamentos de risco à saúde
e escores maiores ou igual a (2) indicam um bom estilo de vida. Este questionário
permite a visualização dos resultados através de uma figura representativa,
denominada de Pentáculo do bem-estar.
4.3 ANÁLISE DOS DADOS
Para análise dos dados e representação dos resultados, os escores 0 e 1 foram
considerados perfil negativo, assim como os 2 e 3 foram considerados perfil positivo.
O zero representa que nunca tal comportamento faz parte do seu estilo de vida. O
um (1) representa que as vezes faz parte do seu estilo de vida. O dois (2) indica que
quase sempre faz parte do seu estilo de vida e o três (3) significa que sempre faz
parte do seu estilo de vida. Foi considerado a quantidade dos números da análise
descritiva em valores percentuais de 0 a 100%. Os dados foram tabulados na
planilha excel 2007. Para comparação entre os grupos foi utilizado o Teste Exato de
Fisher que é utilizado para se comparar 2 grupos independentes e quando o
tamanho das duas amostras independentes é pequeno. Para tal foi utilizado o
software estatístico SPSS 16.0. Foi considerado significativamente a diferença entre
os grupos quando o valor de p foi maior do que 0,05.
26
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A seguir estão expostos os gráficos que apresentam os resultados da
pesquisa:
Gráfico 1 ingestão de frutas e hortaliças
Na variável ingestão de cinco porcões de frutas e verduras por dia podemos
observar que, o grupo EPAF têm um índice negativo mais alto do que o grupo VM
alçando o valor de 50% quando o grupo VM apresentou 22,23% demontrando uma
diferença percentual. No entanto quando feita análise estatística não houve
diferença significativa.
27
Gráfico 2 evitar gorduras e doces
No que tange o hábito de evitar gorduras e doces foi possível perceber que
ambos os grupos apresentam resultados similares sendo que o percentual de
pessoas com perfil negativo ficou entre 16,66% e 27,77% para o grupo EPAF e VM
respectivamente, demonstrado que maioria dessas senhoras procuram evitar
gorduras e doces entendendo os malefícios de uma ingestão diária desses tipos de
alimentos, buscando uma dieta mais saudável, como apresenta o gráfico ficando
com 83,34% das mulheres do EPAF com um perfil positivo e as mulheres do VM
com 72,23%. Nesse item a análise estatística não revelou diferença significativa o
que é bem perceptível quando observados os valores percentuais.
Gráfico 3: fazer refeições variadas
28
Já no item ingestão de quatro a cinco refeições variadas o grupo EPAF
apresentou uma diferença significativa no perfil negativo quando comparado com o
grupo VM ficando com 83,34% e 33,33% respectivamente. Essa diferença também
foi verificada quando feita a análise estatística, pois o valor encontrado foi 0,006.
Esse resultado não está de acordo com as recomendações, pois segundo o
Ministério da Saúde ( 2006 ) a recomendação seria a ingestão de quatro a seis
refeições por dia, evitando o consumo de grandes volumes de alimentos em uma
única refeição e intervalos prolongados.
Sabemos que uma alimentação variada possui características valorosas para
o bom funcionamento do organismo, porém de acordo com Ferreira ( 2010 ) a
recente tendência de redução do consumo de vegetais, cereais, tubérculos, frutas e
alimentos naturais e sua substituição por proteínas animais, alimentos e bebidas
quimicamente processados geralmente de baixo valor nutritivo e elevado teor
calórico tem sido alvo de preocupação, principalmente no que se relaciona aos
riscos e efeitos adversos que esse tipo de alimento provoca na saúde humana.
Segundo o Ministério da Sáude ( 2005 ) aquilo que se come e bebe não é
somente uma questão de escolha individual, mas outros aspectos como a pobreza,
a exclusão social e a qualidade da informação disponível frustram ou, pelo menos,
restringem a escolha de uma alimentação mais adequada e saudável sendo que o
que se come e se bebe é ainda, em grande parte, uma questão familiar e social.
Diante dos grupos pesquisados percebe-se que no grupo EPAF as condições
alimentares não estão muito adequadas já que a maior parte das perguntas não
obteve um perfil positivo, diferente do grupo VM que apresentou melhores escores
para as três perguntas quando analisadas em conjunto.
O sistema de produção de alimentos tem uma influência muito grande sobre
as escolhas alimentares pois:
Em geral, contrariamente ao que se possa imaginar, as escolhas alimentares são determinadas não tanto pela preferência e pelos hábitos, mas muito mais pelo sistema de produção e de abastecimento de alimentos. .( MINISTÉRIO DA SAÚDE 2005, p. 25 )
A escolha dos alimetos corretos podem possibilitar uma vida com mais
qualidade e menos gastos com saúde, pois assim como afirma o Ministério da
29
Saúde ( 2005 ): a ciência corrobora aquilo que ao longo do tempo a sabedoria
popular e alguns estudiosos, há séculos, apregoavam: que a alimentação saudável é
a base para a saúde. A natureza e a qualidade daquilo que se come e se bebe é de
importância fundamental para a saúde e para as possibilidades de se desfrutar todas
as fases da vida de forma produtiva e ativa, longa e saudável.
Quando comparados com um trabalho realizado por Miranda et al ( 2007 )
com 72 idosos religiosos de Santa Catarina, 86% das freiras e 96% dos padres
tinham o hábito de ingerir 5 porções de frutas e hortaliças representando uma
diferença percentual, principalmente quando comparados ao grupo EPAF. No
quesito gorduras e doces o grupo de Miranda et al não apresentou diferença
percentual em relação aos outros grupos. Quanto ao exame do terceiro item que é
refeições variadas houve grande diferença percentual se comparado ao grupo EPAF
que teve um perfil positivo de 16,66% para 52% dos padres e 78% das freiras. Se
comparados com o grupo VM que apresentou 66,67% a diferença foi superior ao dos
padres e inferior ao das freiras. A questão sobre acesso a informação, a formação
eduacional dos indivíduos levam ao questionamento se esses fatores não seriam de
influência para os resultados.
É muito importante ter uma alimentação variada, pois isso aumentaria o gasto
calórico como cita ( FARSHCHI, 2004 ) quando afirma que seus achados sugerem
que um padrão de refeição regular otimizaria o metabolismo lipídico e de
carboidratos e podem ser de valor na melhoria da sensibilidade à insulina e reduzir
as concentrações de colesterol total e LDL.
Quando comparados com um trabalho realizado por Santos e Venancio (
2006 ) com 43 acadêmicos concluentes em educação física o percentual do perfil
positivo das mulheres do VM foi maior nos três itens com valores de 77,78%,
72,23% e 66,67%, para 21%, 32,56% e 46,52% já com o grupo EPAF foram 50%,
83,34% e 16,66%, percebendo que nos dois primeiros itens o EPAF teve valores
superiores, porém no último item o valor foi inferior, no entanto o grupo EPAF
apresentou dois itens superiores aos acadêmicos revelando uma nutrição mais
apropriada do que os acadêmicos.
30
Esses dados talvez se expliquem pelo fato da vida acadêmica ser muito
corrida o que dificultaria a esses futuros egressos ter uma alimentação mais salutar
como afirmam Moraes et al. ( 2009 ) que o fato de eles se tornarem responsáveis
por prepararem seus alimentos associado a falta de informação e concientização a
respeito de hábitos alimentares saudáveis acabam optando por alimentos de rápido
preparo, alto teor calórico e baixo valor nutricional, até por que, esses alimentos são
bem mais acessíveis do que os alimentos saudáveis.
Em um outro comparativo entre trabalhos uma investigação realizada por
Timossi et al. ( 2006 ) com 32 servidores federais verificou que 69% tiveram um perfil
negativo na ingestão de cinco porções de frutas e hortaliças, comparados com
ambos os grupos de mulheres o percentual dos servidores foi maior. No item evitar
ingestão de gorduras e doces a diferença foi ainda maior com 62% dos servidores e
16,66% e 27,77% para o perfil negativo do grupo VM e EPAF reciprocamente. Na
questão realizar de quatro a cinco refeições variadas os servidores tiveram um valor
de 60% quando cotejado com o grupo de mulheres do VM o valor do perfil negativo
deles foi maior, porém quando cotejado com o grupo EPAF o percentual foi menor ,
pois elas tiveram 83, 34% o perfil negativo. Esses dados se vistos de forma geral
indicam que ambos os grupos de mulheres apresentaram uma nutrição mais
adequada do que o grupo de servidores sendo talvez necessário maiores
intervenções com os servidores.
Este fato pode ser possivelmente explicado pela falta de satisfação no
trabalho que não consegue muitas vezes atingir os objetivos esperados por essas
pessoas que por sua vez colocam outras metas como prioridade que não aquelas
este que trabalho pode lhes oferecer, o que corrobora com o trabalho realizado por
Timossi et al. ( 2008 ) onde foi possível verificar que 50% dos colaboradores
pesquisados além de possuirem um estilo de vida positivo, também possuiam uma
boa QVT. E que somente 3,13% possuem estilo de vida e QVT ambos negativos,
levando-nos a crer que índices positivos no estilo de vida podem influenciar
positivamente o trabalho. E também de forma inversa, a boa satisfação no trabalho
pode vir a influenciar positivamente no estilo de vida geral da pessoa.
Apesar da população ao longo dos anos vir mudando seus hábitos
escolhendo alimentos que poupam tempo de preparo e diminuem a freqüência das
31
compras como ressalta Diez ( 2003 ), ambos os grupos de idosas observados
mantem a praxe de uma boa alimentação. O perfil alimentar dessas idosas se difere
muito do citado por Teixera ( 2006 ) quando diz que a alimentação ocidentalizada,
baseada principalmente em alimentos ricos em carboidratos simples, lípídios e
proteínas de origem animal e poucos alimentos in natura, como frutas e hotaliças é o
que as pessoas em geral mais consomem.
Gráfico 4: Prática de atividade física
Na variável que envolve atividade física o percentual do perfil negativo do
grupo EPAF foi superior ao do grupo VM estando com 77,77% para 50%, o que
parece demontrar que o grupo VM realiza mais atividade física regular durante a
semana do que o grupo EPAF, já que 22,23% do grupo EPAF apresentou perfil
positivo nesse item. Todavia mesmo aparecendo uma diferença percentual
representativa a análise estatística demontrou que não houve diferença entre eles.
32
Gráfico 5: Práticas de força e alongamento
Já no quesito força e alongamento o perfil negativo do VM foi de 0% para
38,88% do grupo EPAF, demontrando perfil positivo mais satisfatório pelo possível
fato de que o grupo VM participa do projeto realizado três vezes por semana com
atividades que envolvem força e alongamento muscular enquanto que projeto EPAF
apesar de conter atividades que contemplem a pergunta acontece apenas uma vez
por semana não atendendo aos quesitos necessário da mesma. O que se percebe
também quando observada a análise estatístisca que demostrou haver diferença
significativa entre os grupos com valor de 0,019.
Gráfico 6: Frequência das atividades diárias
33
Já no item atividade diária não houve diferença significativa, pois os
percetuais do perfil negativo foram bem próximo com 27,77% e 22,22% para os
grupos EPAF e VM sequencialmente, no entanto esses dados mostram que ambos
os grupos mantem um bom nível de atividade diária não podendo ser considerados
grupos sedentários, pois como afirma Nahas et al. ( 2000 ) um indivíduo só pode ser
considerado sedentário quando somadas atividades domésticas, de lazer, trabalho e
locomoção inferior a 500Kcal por semana. Visto que ambos os grupos são inseridos
em programas de atividades físicas considerá-los sendentários seria obtuso. A
análise estatística também demonstrou não haver diferença significativa entre os
grupos.
Em estudo comparativo um trabalho realizado por Moraes et al ( 2009 ) com
213 estudantes do curso de educação fisica e engenharia mostrou que no item
prática de atividade fisica o perfil negativo de ambos acadêmicos mostrou-se inferior
quando comparados com o grupo EPAF que apresentou 77,77%, já com o grupo VM
que teve valor 50% os alunos de engenharia apresentaram valores superiores
estando com 64,2% diferente do estudantes de educação física que teve valores
similares ficando com 51,9%.
No quesito força e alongamento os alunos de engenharia e educação física
apresentaram 54,5% e 32,9% respectivamente de perfil negativo, o que se considera
alto para ambos os grupos quando comparados com o grupo VM que apresentou
0%, todavia quando confrontados como grupo EPAF que apresentou 38,88% de
perfil negativo os estudantes de educação física obtiveram valores bem próximo, já
os de engenharia tiveram valores acima da média. Isso nos faz concluir que o grupo
com melhor perfil do estilo de vida nesse item é o grupo VM seguidos dos
estudantes de educação física. Nesse caso o nível de informação parece apontar
para estes resultados, visto que o grupo VM esta inserido num contexto que permite
maior acesso a informações e o grupo de educação física também estão inseridos
em uma constate discussão sobre saúde.
Quando investigada a questão atividades diárias os alunos de engenharia e
educação física apresentaram valores de 59% e 38% no perfil negativo
mutualmente, enquanto que os grupos EPAF e VM apresentaram valores de 27,77%
e 22,22% respectivamente, indicando que ambos os grupos de mulheres
34
apresentaram um perfil positivo superior ao dos estudantes neste item a vida agitada
que leva os estudantes os inviabiliza a um modelo mais ativo para o estilo de vida
como cita Mielke et al.( 2010 ) ao dizer que na vida dos estudantes universitários, o
tempo dedicados aos estudos, horas dedicadas a projetos de extensão e pesquisa
imposta pela universidade, aliados aos horários de aula, geralmente, não uniformes,
podem contribuir para a falta de tempo disponível para a prática de atividade física.
Seria interessante que se obtivesse o máximo de respostas positivas, pois
isso afeta diretamente na saúde do indivíduo em que Nahas et al ( 2000 ), diz que
quanto mais aspectos positivos mais adequado está o estilo de vida da pessoa,
considerando os fatores individuais relacionados à qualidade de vida.
Este estudo também foi comparado com uma investigação feita por Santos e
Venâncio ( 2006 ) realizados com um grupo de 43 acadêmicos de educação física e
os resultados encontrados no perfil negativo foi 54%,38% e 42% para as três
perguntas enquanto que o grupo de mulheres do VM foi 50%, 0% e 22,22%,
mostrando com isso que as mulheres apresentam um nível de atividade física mais
satisfatório do que os estudantes concluentes de educação física. O grupo EPAF
apresentaram os valores de 77,77%, 38,88% e 27,77%, entendendo que no primeiro
tópico o EPAF tiveram um perfil negativo superior ao dos estudantes, já no segundo
não houve diferença significativa enquanto que no terceiro o perfil negativo dos
estudantes foi maior. Isso indica que quando comparados com as mulheres do VM o
nível de atividade física delas foi melhor, porém quando confrontados com o EPAF
a situação foi diferente por consequência o EPAF apresentou valores negativos mais
altos apontando para um nível mais baixo de atividade física do que os estudantes.
De acordo com Toscano e Oliveira ( 2009 ) um trabalho realizado com 238
idosas de um grupo de convivência mostrou que as atividades que representavam
maior gasto para as idosas investigadas foram as atividades domésticas, sendo que
33% das idosas que eram ativas realizavam atividades de lazer, utilizando-se dos
exercícios de alongamento e ginástica localizada que eram orientados por
estagiários de Educacao Física. Contudo, foi observado que essas atividades não
despertam grande interesse, sendo verificada pouca adesão, exceto em dois grupos
que ofereciam dança em dias específicos.
Ainda segundo os mesmos autores nas atividades físicas de transporte, todas
as idosas fazem uso da caminhada como meio de locomoção, atingindo média de
35
60,6 min/sem. Este último dado quando confrontado com a amostra que as idosas
de VM e do EPAF trazem, nos faz entender que elas precisam ser incentivadas a
prática da caminhada como meio de transporte.
A atividade física exerce fatores de extrema importância como destaca Gobbi
( 1997, p. 43 ):
[…]A idade dos 50 anos sinaliza um ponto na meia idade no qual os beneficios da atividade fisica regular podem ser mais relevantes para evitar, minimizar e/ou reverter muitos declinios físicos, psicológicos e sociais que frequentemente acompanham a idade avançada. As recomendações focalizam o impacto da atividade física regular para ambos os sexos, contudo devido a diferenças históricas na prevalência de estilos de vida fisicamente ativos entre os sexos, bem como a maior proporção de mulheres na população idosa, o comitê científico é cauteloso ao enfatizar que as recomendações são universais e se aplicam igualmente para todos. Do mesmo modo, fica também claro que as recomendações devem ser suficientemente flexíveis para serem significativas para uma ampla variedade de grupos sociais e culturais.[…]
Sendo assim, a participação em programas de atividade física que envolvam
força, alongamento muscular, trabalhos aeróbicos, de agilidade e de coordenação é
de suma importância para realização das suas tarefas diárias, diminuindo o risco de
desenvolver doenças que podem levar esses idosos a dependência.
Outro benefício do exercício foi apontado em pesquisa realizada por Bento et
al ( 2010 ) que sugerem que o exercício físico, de forma isolada, e capaz de reduzir
o risco de quedas, isto ficou evidente em sete dos estudos avaliados. Dentro dos
trabalhos analisados os exercícios de equilíbrio e força muscular se mostraram como
estratégias mais presentes nas intervencões propostas. Parece que estudos que
associaram componentes de força e/ou equilíbrio, além de outras formas de
intervencão, que tenham sido feitos, no mínimo, duas vezes por semana e que
tenham acompanhado os indivíduos, em média, de três a seis meses após a
intervenção, mostraram-se mais eficazes em reduzir e prevenir as quedas em idosos
vivendo na comunidade.
O programa de atividade física para idosos é muito importante, pois mesmo
com o avançar da idade os ganhos na aptidão funcional são possíveis como mostra
uma pesquisa realisada por Cipriani et al ( 2010 ) que demonstram que houve
melhora do Índice de Aptidão Funcional Geral dos idosos participantes no decorrer
de dez meses, demontrando que , mesmo os idosos envelhecendo, ainda é possível
36
ganhos na aptidão física das variáveis analisadas, facilitando o desenvolvimento das
atividades da vida diária destes.
Os benefícios da atividade física são inegáveis e aumentam a qualidade de
vida do idoso como cita Stella ( 2002, p. 96 ), pois ele:
[…] implementando melhor perfusão sanguínea sistêmica e, particularmente, cerebral. É evidente o benefício da atividade física para a redução dos níveis de hipertensão arterial, para a implementação da capacidade pulmonar e para prevenção de pneumopatias. Ganho de força muscular e de massa óssea e desempenho mais eficiente das articulações são outros benefícios que o idoso obtém com a prática regular e adequada de atividade física, constituindo-se em importante fator de prevenção de quedas e outros acidentes, que também se apresentam como comorbidades em relação à depressão.[…]
Uma pesquisa feita por Sebatião et al ( 2009 ) com 192 idosos, para avaliar o
nível de atividade física , qualidade de vida e uso de medicamentos em
envelhecimento verificaram que a prevalência de inatividade física ( IF ) aumenta
com incremento da idade. Essa fala é interessante porque as mulheres dos grupos
VM e EPAF tem conseguido se manter ativa fisicamente, o que se explica
provavelmente por que ambos os grupos estão inseridas em programas de atividade
física.
Quando perguntado sobre o controle de pressão e colesterol ambos os
grupos apresentaram perfil positivo de 100% o que demontra que todas essas
mulheres tem procurado se cuidar, neste aspecto e a inserção em grupos de
atividade física parece atuar de forma mais enfatídica, pois os possíveis diálogos
sobre saúde dentro dos grupos parece incetivá-las a estar buscando
acompanhamento médico de forma a estarem alertas com as patologias que podem
interferir em uma melhor qualidade de vida. Análise estatística mostrou que nesse
item ambos os grupos tem comportamentos idênticos.
37
Gráfico 7: Evitar fumo e álcool
No que diz respeito a evitar o fumo e moderar na bebida todas as senhoras
do projeto VM também apresentaram um perfil 100% positivo neste item, diferente
do grupo EPAF que apresentou 11,11% o perfil negativo. Esses dados mostram que
apesar de aparecer um pequeno percentual negativo no grupo EPAF as senhoras de
uma forma geral parecem está concientes dos malefícios do cigarro e da bebida em
exesso que além de causar danos fisiológicos este último é um grande percussor
para a maioria dos acidentes no trânsito como citado no portal do trânsito ( 2012 ).
Neste item a análise estatística demonstrou que não houve diferença significativa
entre os grupos.
Também no item respeito as leis de trânsito ambos os grupos apresentaram
perfil 100% positivo, o que demonstra que essas senhoras buscam melhor condição
para lhe darem com a vida atualmente muito agitada em que motoristas e
motociclistas só vivem impacientes, aumentando os riscos de acidente, o que as
fazem entender que viver de modo prudente irá garantir um aproveitamento máximo
para vida. A análise estatística também demonstrou nesse item que o
comportamento entre os grupos são idênticos. Para Nascimento e Pasqualleto (
2002 ) a violência no trânsito está matando milhares de brasileiros e deixando outros
tantos mutilados. Segundo eles a estatística da violência comprova a importância e
gravidade da situação. Motoristas e pedestres, vivem em guerra permanente, com
os “psicopatas, sociopatas e neuróticos”.
38
Quando comparados com um trabalho realizado por Coelho e Santos ( 2006 )
com 259 acadêmicos de vários cursos inicias da Universidade do Estado de Santa
Catarina que apresentou os valores no perfil negativo do comportamento preventivo
de 74,32%, 18,67% e 8,18% respectivamente para as três perguntas, evidencia um
perfil negativo superior ao grupo de ambos.os projetos. Esses valores elucida que as
mulheres de ambos os grupos investigados parecem demonstra um maior cuidado
de forma a garatir um melhor estilo de vida do que ingressantes acadêmicos acima
citados.
De acordo com o American college (1994 ) a hipertensão não-controlada
duplica ou triplica o risco de ocorrências cardiovasculares, e pressão arterial elevada
é um fator independente que prediz a morbi-mortalidade subsequente em
sobreviventes ao infarto do miocárdio. Ainda segundo o mesmo autor o controle
efetivo da pressão arterial elevada na população vítima de infarto reduz a
mortalidade cardiovascular em 20%. Exercício físico contribui para o controle da
pressão arterial, mas o controle ideal é normalmente alcançado com terapia
farmacológica.
O american college ( 1994 ) cita ainda que os níveis aumentados de colesterol
LDL ( low-density lipoprotein ) e níveis reduzidos de colesterol HDL ( high-density
lipoprotein ) são os fatores de risco principais para o desenvolvimento de doença
arterial coronariana ( DAC ).
O mesmo autor traz que estudos recentes também apresetaram a importância
de modificar estas lipoproteínas na prevenção de doença coronária secundária. Um
procedimento estatístico que combinou resultados de oito estudos clínicos de
redução do colesterol em vítimas de infarto do miocárdio desenvolvidos entre 1965 e
1988 demonstrou uma atenuação em 16% de infartos fatais e 25% de infartos não-
fatais no grupo pesquisado.
Nahas et al ( 2000 ) cita alguns aspectos que ele considera indispensáveis na
vida atual para um maior controle preventivo que são o uso do cinto de segurança
para evitar acidentes, uso do protetor solar para evitar cancer, uso do preservativo
para evitar doenças sexualmente trânsmissiveis, observação dos princípios
ergonômicos para evitar problemas que gerem incapacidade para o trabalho, uso
dos equipamentos de segurança para evitar acidentes e até a morte, não fumar de
modo a evitar problemas cardiovasculares e câncer, ingestão moderada ou
abstinência na ingestão de bebidas alcoólicas de forma que problemas de ordem
39
social e fisiológicos sejam evitados e não usar drogas o que o fará se livrar de riscos
sociais, orgânicos e psicológicos.
Quando confrontados com o trabalho de Penduani et al ( 2008 ) realizado com
303 estudantes foi possível constatar que 66,34% dos estudantes de medicina
ingeriam bebida alcóolica sendo que 33,83% bebiam uma ou mais vezes por
semana, já o percentual de tabagismo foi bem baixo com apenas 3% dos
estudantes. Este estudo mostra que quando comparados com ambos os grupo o
perfil do estilo de vida delas se apresenta bem mais satisfatórios que o dos
estudantes, pois o percentual para o uso de um ou outro foi 36,83%, valor de um
perfil negativo superior ao das idosas.
Bezerra ( 2006 ) fala que o tabagismo passou a ser um fator de risco para
diversas doenças como câncer de pulmão, de esôfago, de boca, hipertensão arterial
dentre outras considerados um problema de saúde pública.
O uso exessivo do álcool é um tema que também vem repercutindo em todo
mundo, pois como é sabido os transtornos psíquicos relacionados ao álcool podem
afetar toda a estrura de um indivíduo, estes vão de orgânicos a sociais.
Os prejuízos causados pelo álcool são descritos a seguir:
A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) estima que existam cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo que consomem bebidas alcoólicas e 76,3 milhões com uso de álcool diagnosticável de desordens. A partir de uma perspectiva de saúde pública, a carga global relacionada ao consumo de álcool, tanto em termos de morbidade e mortalidade, é considerável em muitas partes do mundo. Consumo de álcool tem conseqüências sociais e de saúde através de intoxicação ( embriaguez ), álcool dependência, e outros refeitos bioquímicos do álcool. Além disso as doenças crónicas que podem afetar os bebedores após muitos anos de uso pesado, o álcool contribui para os resultados traumáticos que é matar ou incapacitar em uma idade relativamente jovem, resultando na perda de muitos anos de vida devido à morte ou deficiência. Há uma evidência crescente de que, além de volume de álcool, o padrão do potável é relevante para os resultados de saúde. Em geral, há uma relação causal entre consumo de álcool e mais de 60 tipos de doenças e ferimentos. Estima-se que o álcool cause cerca de 20-30% de câncer de esôfago, câncer de fígado, cirrose do fígado, homicídio, crises epilépticas, e acidentes de veículo a motor em todo o mundo ( OMS, 2004, p.1 ).
As consequências de um comportamento preventivo irregular trazem muitos
dos agravos supracitados e por este motivo o consumo moderado e responsável de
bebidas alcoólicas, equivalente ao hábito de não fumar, são atitudes que se
40
encaixam no comportamento preventivo adequado e que oferecem condições
propícias a qualidade de vida e contribuem positivamente na saúde.
Gráfico 8: Nível de relacionamentos
No item sobre amizades observamos que ambos os grupos de mulheres
apresentaram perfis bem semelhantes com uma diferença de apenas 5,55% no perfil
positivo do grupo EPAF para o grupo VM o que demostra resultados bastante
satisfatório para este item. Quando feita a análise estatística verificou-se que ambos
os gupos possuem comportamentos idênticos.
Grafico 9: Participação social
41
No quesito participação social os grupos apresentaram valores diferentes,
pois o perfil negativo do EPAF foi maior que o do VM com valores de 33,33% e
16,66% proporcionalmente. A análise estatística, porém não demontrou diferença
entre os grupos. Apesar de não haver diferença talvez participar três vezes na
semana pode garantir a elas uma participação mais efetiva no meio social.
Gráfico 10: Ser útil socialmente
No item ser útil na comunidade o perfil negativo das mulheres do projeto
EPAF foi superior ao das mulheres de VM com valores de 44,44% e 11,11%
equitativamente. No entanto não houve diferença estatística entre os grupos.
Apesar de quando comparados os grupos entre si o EPAF apresentou
principalmente no terceiro item um percentual do perfil negativo maior, quando
analisados ambos os grupos juntamente, percebe-se que os dois possuem um perfil
do estilo de vida satisfatório para o fator relacionamentos já que a maioria entre os
dois grupos apresentaram um perfil positivo superior ao negativo para os três itens.
Quando tentando comparar com o trabalho de Miranda et al ( 2007 ) esse
tópico ficou inviável pois diferente do trabalho exposto acima ele só apresenta os
valores para uma única resposta, entrando em desacordo com o proposto por Nahas
et al ( 2000 ) que cassifica o 0 e 1 como perfil negativo e 2 e 3 como perfil positivo e
não apenas uma única resposta para avaliar o perfil dos indivíduos.
42
Analisando o trabalho de Timossi et al ( 2006 ) percebesse que os valores
apresentados para o fator relacionamentos estão bem diferentes principalmente na
pergunta 1 e 3, quando comparados com o grupo do VM que apresentou os valores
de 5,55%, 16,66% e 11,11% para as três perguntas sobre este item
respectivamente. Com estes valores nota-se que as mulheres do VM possui um
estilo de vida mais satisfatório do que o grupo estudado por Timossi et ai ( 2006 )
que teve valores de 25%,34% e 56% sequencialmente. Diferentemente quando
comparados com o grupo EPAF os valores foram bem próximos do servidores. No
entanto no item ser útil o EPAF teve um valor de 100% no perfil positivo se
distanciando bastante do perfil dos servidores que chegaram a apresentar um perfil
negativo de 75%. Nos demais itens os valores foram bem próximos com 34% e 43%
no perfil negativo para os servidores e 33,33% e 44,44% para o EPAF nos dois
últimos itens.
Quando defrontado com um trabalho realizado por Soares ( 2009 ) com 23
padres, 49 freiras, 31 pastores e 9 pastoras, cuja média de idade foi de 75,17 ±7,9
anos para os líderes católicos e 49,27 ±8,1 anos para os evangélicos, obeteve os
percentuais de 100% para os padres, 95,91% para as freiras, 96,77% para os
pastores e 100% para as pastoras o que equivale a valores bem próximos do
encontrado com os grupos de idosas analisados no presente trabalho, sendo que
todos esses valores se referem a apenas ao primeiro item do fator relacionamentos.
Na segunda item os valores encontrados para o perfil positivo foram de 73, 91%
para os padres, 30,61% para as freiras, 67% para os pastores e 88,88% para as
pastoras. Se confrontados com as mulheres do VM o perfil positivo dos padres e
pastoras se aproximam mais, já em comparação com as freiras é visível a diferença
entre elas já que as mulheres tiveram um valor de 83,34% enquanto que as freiras
tiveram apenas 30,61%, um valor bem abaixo do esperado. Logo as mulheres do
EPAF quando comparados com os padres e as pastoras obteve uma expressiva
diferença, visto que seu percentual foi de 66,67%, no entanto quando comparadas
com os pastores os valores se aproximaram, já o das freiras o perfil positivo do
EPAF foi superior. Na pergunta três o perfil do grupo VM foi bem próximo ao da
freiras que tiveram o percentual de 81,63%, havendo apenas pouca diferença para
os padres, pastores e pastoras que obteve percentuais de 95,65%, 93,54% e 100%
43
proporcionalmente. Diferentemente o EPAF apresentou valor inferior ao dos demais
grupos ficando com apenas 55,56% no perfil positivo.
Moraes et al.( 2009 ) fala que o relacionamento social representa um dos
componentes fundamentais do bem estar, e assim da qualidade de vida dos
indivíduos. Ainda sengundo ele a vida humana é assentada em relacionamentos e é
preciso estar bem consigo e cultivar os relacionamentos com outras pessoas para se
ter uma vida com real qualidade.
Offer ( 1996 ) apud Nahas et al ( 2000 ), diz que o relacionamento do
indivíduo consigo mesmo, com a sociedade e com a natureza representa um dos
componentes fundamentais do bem estar de espírito e, por conseqüência, da
qualidade de vida de todos os indivíduos.
Ornish ( 1996 ), apud Nahas et al ( 2000 ), refere-se a duas possibilidades de
intimidade ou relacionamento que são:
Horizontal: quando se desenvolve contatos e conexões com outras pessoas
Vertical: quando o relacionamento ( conexão ) se dá consigo mesmo em nível
psicológico ou espiritual, através da reflexão, meditação ou oração.
Seaward ( 1997 ) apud Nahas et al ( 2000 ), refere-se às questões do
relacionamento consigo mesmo como política interna, e o relacionamento
interpessoal e com a natureza como política externa. O autor relata ainda que
diariamente temos que lidar com essas questões de política interna e externa,
buscando harmonia e equilíbrio em nossos relacionamentos. Ao menos por cinco
minutos, a cada dia, devemos nos direcionar para nosso interior de forma que
possamos estar apreciando uma bela paisagem ou simplesmente relaxando
confortavelmente num ambiente calmo.
Percebe-se na fala de ambos os autores a relevância das relações sociais na
construção do indivíduo consigo e com o seu meio materializando a importância do
contato do ser humano com outras pessoas que o define como ser diferente das
demais espécies.
Seaward ( 1997 ) apud Nahas et al ( 2000 ) cita que nossos relacionamentos
podem ainda ser melhorado se exercitarmos os “músculos da alma”, expressão
usada por ele, que são otimismo, bom humor, criatividade, curiosidade, persistência,
tolerância, confiança, amor, perdão, entre muitos outros.
44
Entendendo a importância dos relacionamentos na vida dos indivíduos Nahas
et al ( 2000 ) fala que a ausência de amigos ou familiares próximos pode reduzir a
resistência do organismo a doenças, diminuindo a expectativa de vida entre idosos e
pessoas acometidas de doenças crônicas. Apesar de não se saber como realmente
acontece, um ambiente social favorável, com uma rede de apoio de amigos e
familiares, pode promover a saúde e a qualidade de vida, além de reduzir os efeitos
de doenças, principalmente aquelas ligadas aos sistemas neuro-endócrino e
imunológico.
Essa fala do autor nos remete a consideração que devemos ter em relação
aos relacionamentos como algo que pode contribuir para menores riscos de
doenças.
Gráfico 11: Tempo para descansar
Quando analisado o descanso diário referente ao nível de extresse os grupos
EPAF e VM apresentaram valores bem próximos com 72,23% e 83,34%
respectivamente para o perfil positivo, o perfil negativos foram baixo para os dois o
que se pode concluir que para esse item o perfil delas foi satisfatório. Na análise
estatítisca também não foi apresentada diferença significativa entre eles. Um dos
possíveis motivos para esse resultado é que com a chegada da meia idade os
indivíduos passam a ter mais tempo livre para relaxar, e acabam por utilizar boa
parte desse tempo assistindo televisão, já que segundo dados do IBGE ( 2004 )
90,3% da população a possui.
45
Gráfico 12: Calma ao discutir
Quando analisada a calma ao discutir o grupo EPAF apresentou um perfil
negativo um pouco mais auto do que o grupo VM com 44,44% e 27,77%
sequencialmente. No entanto a maioria de ambos os grupos apresentaram um perfil
positivo superior ao negativo o que demonstra um perfil satisfatório também para
esse item. Apesar da pequena diferença percentual a análise estatística mostrou
que não houve diferença significativa entre eles.
Gráfico 13: Tempo para trablho e o lazer
Quando analisados o equilíbrio entre trabalho e lazer o grupo EPAF
apresentou um desequilíbrio um pouco maior que o grupo VM com valores de
46
33,33% e 16,66% equitativamente. Todavia ambos os grupos também apresentaram
valores do perfil positivo maior que o negativo o que demonstra que elas mantem um
bom perfil do estilo de vida também para este item. Neste item a análise estatística
também mostrou não haver diferença entre os grupos.
Quando comparados a amostra total ambos os grupos apresentaram um
estilo de vida satisfatório, tendo em vista que um percentual maior foi do perfil
positivo. Porém vale ressaltar que houve diferença estatística no gráfico três e cinco.
O que possivelmente se explique no gráfico cinco seja a falta de mais dias no projeto
EPAF para os tipos de atividades citados.
Timossi et al ( 2006 ) entende que o estresse por si só não corresponde um
fator negativo, é apenas uma capacidade de reação natural do organismo a algum
estímulo, que passa a interferir negativamente de acordo com a individualidade de
cada sujeito.
Quando confrontados com o trabalho dessa autora que realizou um estudo
com trinta e dois servidores federais, pecebemos que os índices encontrados no
grupo EPAF e VM foram superiores ao dos servidores. Este fator talvez possa ser
explicado pelo fato de os servidores estarem ativos com relação ao trabalho e grupo
de mulheres já estão aposentadas a maioria, por isso conseguem mais tempo para
relaxar do que o primeiro grupo.
No item calma ao discutir o perfil do grupo EPAF foi bem próximo ao dos
servidores, ficando em 55,56% e 53% respectivamente, em contra partida o grupo
VM apresentou valores superiores à ambos, estando com 72,23% sugerindo um
melhor perfil positivo.
Na variável tempo para o trabalho e lazer o grupo EPAF e os sevidores
também apresentaram valores bem próximos ficando com 66,67% e 63%
sequencialmente, enquanto que o grupo VM mais uma vez apresentou valor superior
ao dos demais estando com 83,34%. O fato de o grupo VM apresentar valores
superiores pode ser explicado pela questão que elas realizam atividade física três
vezes por semana o que facilitaria a programação para o seu lazer, entendendo que
atividade física é vista como lazer por estas senhoras.
Na idade contemporânea o estresse tem sido considerado um mal do século
se configuranto um causador de muitos problemas de saúde. Nahas et al ( 2000 ) diz
47
que um conjuto de agentes tem afetado as sociedades, fazendo do estresse um mal
que não respeita fronteiras geográficas nem demográficas.
França ( 1996 ) define estresse como estado de tensão do organismo sob
situação de pressão imediata ou situação experienciada, que gera diversos estados
de ansiedade, entedendo como a melhor medida do estado de bem-estar vivido ou
não pela pessoa.
Para Macedo et al ( 2001 ) as experiências estressantes podem vir de
determinados eventos de vida, como doença, morte de ente querido, falências,
desemprego e separações, pois tanto a forma aguda de estresse quanto a crônica
podem ser prejudiciais à saúde. A estimulação do sistema nervoso autônomo
simpático e do eixo hipotálamo putuitária-adrenal parecem ter uma importância
fisiopatológica crucial neste processo.
Baptista e Dantas ( 2002 ) explica que o estresse é a combinação de
sensações fisiológicas e mentais que resultam de variados estímulos de aflições,
medos, ansiedades, pressões psicológicas e fadiga física e/ou mental, que irão
exigir uma adaptação e/ou produção de tensão.
No contexto atual o estresse se manifesta em vários momentos
principalmente pela vida conturbada que a nossa sociedade vem levando, causando
danos na sua qualidade de vida, sendo que:
O impacto do stress sobre o aspecto psicofisiológico do homem é de extrema importância para a redução da saúde e da qualidade de vida. Através de uma sociedade excessivamente competitiva, com um desequilíbrio sócio-econômico crescente e uma violência urbana incontrolada ( principais variáveis sociais geradoras do stress ); é que a humanidade vai sofrendo alterações não benéficas em seus padrões comportamentais, efetivos, sociais e físicos. Procurando então se adaptar através de recursos amenizadores, profiláticos e controladores do stress; melhorando a qualidade de vida e superando as causas e efeitos do stress negativo.( BAPTISTA E DANTAS, 2002, p.13 ).
Apesar das condições de vida atual é preciso aprender a lidar com as
questões relacinadas ao estresse, pois mesmo vivendo sob condições muitos
estressantes é importante que as pessoas encontrem formas para relaxar e buscar
um estado de equilíbrio psicossocial, porque o estresse quando ocorre de maneira
48
demasiada pode resultar em redução dos níveis de trabalho e atingir o indivíduo
negativamente no físico e social.
Nahas et al ( 2000 ) fala que é preciso encontrar um ponto de equilibrio para
que possamos reagir as situações estressantes com mais serenidade e segurança,
pois mais do que o estresse é a maneira como lidamos com os agentes estressantes
que afeta nossa saúde e qualidade de vida.
49
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .
Podemos observar que ambos os grupos quando analisados de forma geral
apresentaram um perfil do estilo de vida satisfatório visto que o percentual maior foi
referente ao perfil positivo. No entanto vale destacar que mesmo o EPAF tendo a
suas práticas em apenas um dia ao passo que o MV eram três dias, ele consegue
garantir a essas senhoras um bom perfil do estilo de vida mostrando que este
projeto consegue ser efetivo para melhoria na qualidade de vida assim como o MV.
Porém cabe ressaltar que os itens que tiveram diferença estatística no remete a
reflexão de ações que sejam mais efetivas buscando maior êxito em todos os fatores
que compõem o estilo de vida. Esse trabalho também nos leva a reverberar sobre a
importância de se analisar o estilo de vida de indivíduos visto que este pode estar
associado a problemas de saúde que possivelmente se relacione com hábitos de
vida erronêos além do que nos faz pensar no instrumento utilizado como uma
ferramenta de fácil acesso que pode ser usado para indentificar importantes
aspectos relacionados a atividade física e possivelmente corrigi-los.
Contudo podemos considerar a necessidade por parte dos orgãos públicos de
se criar cada vez mais projetos que incetivem a prática de atividade física para a
população visto que há um crescimento demográfico acionando grupos
interdiciplinares que busquem ações mais efetivas de modo a desenvolver e/ou
manter uma população mais ativa e mais conciente quanto a importâcia dos hábitos
saudáveis tendo em vista os benefícios dos mesmos. Para o futuro sugere-se mais
investigações sobre as ações desses projetos na vida dos indivíduos tentando
indetificar como eles garantem um bom perfil do estilo de vida.
50
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APÊNDICE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do Projeto: O estilo de vida de mulheres ativas: o comparativo do projeto
educar para atividade fisica versus vida em movimento
Pesquisadores Responsáveis: Professor Mestre Valter abrantes (orientador) e Edvan
Lopes Carvalho.
O processo de envelhecimento possui características e valores próprios, em
que ocorrem modificações no indivíduo, tanto na estrutura dos orgãos, como no
metabolismo, no equilíbrio bioquímico, na imunidade, na nutrição, nos mecanismos
funcionais, nas características intelectuais e emocionais.
Sendo assim o objetivo desse estudo é comparar o perfil do estilo de vida do
grupo de mulheres do projeto Educar para Atividade Física (EPAF) versus o grupo
de mulheres do projeto Vida em Movimento (VM).
Considerando a simplicidade dos métodos acima descritos, somado ao fato
de que cada procedimento será acompanhado atentamente por um profissional da
área de Educação Física, conclui-se que estes não apresentam riscos a saúde e
integridade física da participante.
Após ler e receber explicações sobre a pesquisa, e ter meus direitos de:
1. Receber resposta a qualquer pergunta e esclarecimento sobre os procedimentos, riscos, benefícios e outros relacionados à pesquisa;
2. Retirar o consentimento a qualquer momento e deixar de participar do estudo;
3. Não ser identificado e ser mantido o caráter confidencial das informações relacionadas à privacidade.
Tendo recebido as informações acima e ciente dos meus direitos, concordo em participar voluntariamente da pesquisa.
Alagoinhas, _____de_______ de 2012.
_______________________________ ______________________________
Assinatura da participante Assinatura do pesquisador
Endereço do pesquisador: Rua Alfredo Garcia, 88 – Jardim Pedro braga. Alagoinhas/BA
Telefone para contato: (75) 9209-9059
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ANÊXOS Avaliação do estilo de vida – Pentáculo do bem- estar O estilo de vida corresponde ao conjunto de ações que refletem as atitudes, valores
e oportunidades das pessoas. Estas ações têm grande influência na saúde geral e
qualidade de vida de todos os indivíduos. Os itens abaixo representam
características do estilo de vida relacionados ao bem-estar individual. Manifeste-se
sobre cada afirmação considerando a escala:
0 – Absolutamente não faz parte do seu estilo de vida.
1 – Às vezes corresponde ao seu comportamento.
2 – Quase sempre verdadeiro no seu comportamento.
3 – A afirmação é sempre verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de
vida.
Componente: Nutrição
( ) a) Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções de frutas e verduras.
( ) b) Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces.
( ) c) Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da manhã completo.
Componente Atividade Física
( ) d) Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas/intensas,
de forma contínua ou acumulada, 5 ou mais dias da semana.
( ) e) Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que evolvam força e
alongamento muscular.
( ) f) No seu dia-a-dia você caminha ou pedala como meio de transporte e,
preferencialmente, usa escadas ao invés do elevador.
Componente: Comportamento Preventivo
( ) g) Você conhece a Pressão Arterial, seus níveis de colesterol e procura
controlálos.
( ) h) Você não fuma e não bebe mais que uma dose por dia.
( ) i) Você respeita as normas de trânsito (pedestre, ciclista ou motorista); se dirigir
usa sempre o cinto de segurança e nunca ingere álcool.
Componente: Relacionamentos
( ) j) Você procura amigos e está satisfeito com seus relacionamentos.
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( )k) Seu lazer inclui encontros com amigos, atividades esportivas em grupo,
participação em associações ou entidades sociais.
( ) l) Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente
social.
Componente: Controle do Estresse
( ) m) Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar.
( ) n) Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado.
( ) o) Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao
lazer.
Considerando suas respostas aos 15 itens acima, procure colorir o pentáculo,
construindo uma representação visual do seu estilo de vida atual.
Deixe em branco se você marcou zero para o item.