O fator humano nas empresas

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Prof. Ms. Valdec Romero Castelo Branco Página 1 T&D – Treinamento e Desenvolvimento Humano e Profissional (11) 98727-2005 [email protected] O FATOR HUMANO NAS EMPRESAS 21/10/2013 VALDEC ROMERO CASTELO BRANCO Professor universitário há 24 anos, formado em administração de empresas; mestre em administração de empresas; mestre em educação, administração e comunicação (multidisciplinar); pós-graduação Lato Sensu em Docência do Ensino Superior. Leciona disciplinas, na graduação e pós-graduação, ligadas as áreas de economia e administração: Introdução à Economia, Economia Brasileira, Gerência e Liderança / RH Estratégico / Consultoria Empresarial / Gestão Estratégica / Gestão do Conhecimento / Gestão de Pessoas e Cultura Organizacional / Educação Empresarial ou Corporativa, entre outras. Ministra, desde 1995, palestras, cursos, treinamentos, seminários, workshops, cursos in company etc. Ex-sócio da Lume Recursos Humanos, empresas especializada em mão de obra temporária e efetiva, terceirização, cursos, palestras etc. Autor dos livros: 6. Inteligência de Mercado (no prelo) / Aprendizagem organizacional: da pedagogia a gestão estratégica de recursos humanos / Rumo ao Sucesso: aprenda como transformar sua vida profissional em uma carreira de sucesso / Comida, Sexo & Administração (ensaios sobre liderança) / Emprego, educação e família no Brasil: os efeitos da globalização na economia brasileira / O Brasil do Desemprego. https://sites.google.com/site/profvaldec Nessa edição trataremos sobre o fator humano nas empresas: O fator humano nas empresas é com certeza o diferencial nas empresas de sucesso, um denominador comum entre aquelas que atingiram não só a eficácia, mas também a eficiência. Não é suficiente a empresa procurar manter seus funcionários motivados, oferecer qualidade de vida no trabalho, os empregados precisam fazer a sua parte, se quiserem ser inseridos nessa nova realidade empresarial. Rhinow (2001, p. 4) reforça: As pessoas aparecem como um fator de alta relevância para a competitividade e, conseqüentemente, devem ser gerenciadas de forma bastante cuidadosa. Os elementos dos programas relacionados com o desenvolvimento dos indivíduos dizem respeito, sobretudo ao alcance do bem-estar pessoal, pelo equilíbrio entre as características do profissional, no que se refere ao nível de complexidade do trabalho, e os desafios encontrados. As pessoas de uma forma geral precisam praticar cinco principais atributos: 1. Auto-Estima ou Auto-Realização: significa dar um grande valor a si mesmo, ter um senso de dignidade, aprender com os fracassos, ter a coragem

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O FATOR HUMANO NAS EMPRESAS

21/10/2013

VALDEC ROMERO CASTELO BRANCO Professor universitário há 24 anos, formado em administração de empresas; mestre em administração de empresas; mestre em educação, administração e comunicação (multidisciplinar); pós-graduação Lato Sensu em Docência do Ensino Superior. Leciona disciplinas, na graduação e pós-graduação, ligadas as áreas de economia e administração: Introdução à Economia, Economia Brasileira, Gerência e Liderança / RH Estratégico / Consultoria Empresarial / Gestão Estratégica / Gestão do Conhecimento / Gestão de Pessoas e Cultura Organizacional / Educação Empresarial ou Corporativa, entre outras. Ministra, desde 1995, palestras, cursos, treinamentos, seminários, workshops, cursos in company etc. Ex-sócio da Lume Recursos Humanos, empresas especializada em mão de obra temporária e efetiva, terceirização, cursos, palestras etc. Autor dos livros: 6. Inteligência de Mercado (no prelo) / Aprendizagem organizacional: da pedagogia a gestão estratégica de recursos humanos / Rumo ao Sucesso: aprenda como transformar sua vida profissional em uma carreira de sucesso / Comida, Sexo & Administração (ensaios sobre liderança) / Emprego, educação e família no Brasil: os efeitos da globalização na economia brasileira / O Brasil do Desemprego. https://sites.google.com/site/profvaldec

Nessa edição trataremos sobre o fator humano nas empresas:

O fator humano nas empresas é com certeza o diferencial nas empresas

de sucesso, um denominador comum entre aquelas que atingiram não só a

eficácia, mas também a eficiência. Não é suficiente a empresa procurar manter

seus funcionários motivados, oferecer qualidade de vida no trabalho, os

empregados precisam fazer a sua parte, se quiserem ser inseridos nessa nova

realidade empresarial.

Rhinow (2001, p. 4) reforça:

As pessoas aparecem como um fator de alta relevância para a competitividade e, conseqüentemente, devem ser gerenciadas de forma bastante cuidadosa. Os elementos dos programas relacionados com o desenvolvimento dos indivíduos dizem respeito, sobretudo ao alcance do bem-estar pessoal, pelo equilíbrio entre as características do profissional, no que se refere ao nível de complexidade do trabalho, e os desafios encontrados.

As pessoas de uma forma geral precisam praticar cinco principais

atributos:

1. Auto-Estima ou Auto-Realização: significa dar um grande valor a si

mesmo, ter um senso de dignidade, aprender com os fracassos, ter a coragem

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de arriscar de novo, isto quer dizer que - o sucesso só existe quando

conseguimos viver nossa própria vida do nosso próprio jeito.

2. Visão de Futuro ou visão estratégica: perceba que tudo ao seu redor

começou a partir de uma idéia de alguém – o desejo incontrolável de criar algo,

ser diferente. Pensar no futuro é realizar algo no presente.

3. O Compromisso: muitos acham que as pessoas de sucesso são

aquelas que possuem grandes talentos naturais, mas estão redondamente

enganadas. Não é a capacidade excepcional que torna as pessoas especiais,

mas uma extraordinária força e determinação que faz a grande diferença, o

compromisso sincero em realizar algo.

4. O Comprometimento: em um mundo competitivo a confiança está

diretamente ligada ao desejo de realizar algo de verdade. É procurar fazer as

coisas certas e bem feitas. Nada lhe dará mais confiança do que você acreditar

que é especial.

5. O Princípio da Contribuição: o princípio da cooperação – isto é,

contribuir com algo enquanto se está vivo, fazer a diferença, ser útil. As

pessoas que realmente nos transformam são aquelas que fazem diferença na

nossa vida e nas dos outros.

As pessoas desmotivadas e sem auto-estima acabam se deparando

com uma conseqüente sensação de vazio interior. Ao contrário àquelas

providas de auto-estima sentem-se confiantes, adequadas à vida, merecedoras

do sucesso. As pessoas sem auto-estima sentem-se inadequadas à vida, não

merecedoras até mesmo de conforto e tranqüilidade.

O que vai determinar a ascensão profissional daqui para frente?

Será um conjunto de habilidades e competências, por exemplo, o

desempenho, as atitudes, o modo de se relacionar com os outros, o

comportamento geral. O profissional deve abandonar a idéia que a habilidade

técnica apurada ainda é um trampolim para o sucesso. É o conhecimento, as

habilidades e competências adquiridas é o que garantirá um lugar ao sol.

As empresas competitivas deixaram de lado modelos hierárquicos

rígidos, baseado em cargos, substituíram por novos modelos de gestão que

permitam movimentos estratégicos fundamentados em processos.

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Nesse momento a palavra chave é competitividade, empresas procuram

novas oportunidades de negócios, a visão estratégica tem um peso decisivo

nessa conquista, pois é nela que deve brotar a criatividade, a inovação, o

dinamismo, à vontade de vencer, principal combustível em uma economia

internacionalizada.

A gestão por competências é parte integrante de um sistema – a gestão

organizacional - tomando como referência a estratégia da organização,

direciona as ações de recrutamento e seleção, treinamento, gestão de carreira

e o fortalecimento de alianças estratégicas, capaz de desenvolver as

habilidades e competências necessárias para alcançar os objetivos, sejam

eles, pessoais e/ou organizacionais.

A organização e sua cultura são formadas por valores, crenças, visões e

significados compartilhados. Ela tem um caráter sistêmico e ao mesmo tempo

fragmentado. E não deve ser encarada como instrumento racional. As

mudanças na empresa não podem basear-se mais no paradigma mecanicista

para coordenar e controlar um grupo de pessoas.

Competência poderia também ser definida como o conjunto de

habilidades, conhecimentos e experiências acumuladas pelo profissional e

quando reconhecidos pela liderança e empregados trazem resultados positivos

para a empresa.

Perfil de Competências necessárias para os novos profissionais,

segundo reportagem publicada no jornal O Estado de São Paulo, em

06/07/1997: capacidade de realização; capacidade de assumir riscos; ético e

integro; ter visão de futuro; capacidade de planejamento orientado a processos,

a pessoas e a resultados; conhecimento técnico; habilidade de negociação;

flexibilidade para mudanças; espírito inovador e criativo.

Quadro 1 – Volkswagen do Brasil - conjunto de competências

profissionais.

Resumidamente, será apresentado um conjunto de competências que os executivos da

Volkswagen devem possuir, para estarem plenamente preparados para enfrentarem os desafios

do mercado:

1. Visão Estratégica – capacidade de prever, controlar de forma consistente os riscos e

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oportunidades, conseguindo antever problemas, tomando decisões objetivas, práticas e

eficientes.

2. Liderança/Empowerment – ser agente na condução de ações de seu pessoal, oferecendo

recursos para aumentar a motivação e assegurar que os objetivos do negócio sejam

alcançados.

3. Habilidade Empresarial / Empreendedorismo – habilidade de gerenciar sua área e

responsabilidades como um negócio, apresentando comportamentos consistentes de arrojo e

coragem na busca dos objetivos da organização.

4. Negociação – habilidade para argumentar e conseguir o entendimento, demonstrando firmeza

e transparência nos posicionamentos, sem ser intransigente, e obter os melhores resultados

para as partes envolvidas (internas e externas).

5. Comunicação – habilidade de expressar idéias, pensamentos e transmitir informações, com

linguagem clara e objetiva.

6. Relacionamento Interpessoal – reconhecer, valorizar e adaptar-se às diferenças individuais

para criar e manter relacionamentos de maneira transparente, íntegra e saudável.

7. Trabalho em equipe – trabalhar como parte de uma equipe, ao contrário de trabalhar

separadamente ou em competência interna.

8. Foco no cliente – direcionar suas ações para atender e entender com empatia a todos como

clientes, indo de encontro à satisfação de suas necessidades, reconhecendo e agregando valor

às suas expectativas.

9. Mobilidade – disponibilidade para atuar onde as oportunidades estão.

10. Conhecimento técnico/Profissional – conhecimento e experiência requerida para a

realização de suas atividades e a capacidade em atingir os objetivos organizacionais.

11. Idioma – conhecimento de idioma estrangeiro, sendo capaz de estabelecer comunicação

internacional.

Fonte: TENDÊNCIAS, ANO 4, nº 32, MARÇO/2001, Recursos Humanos - Volkswagen do Brasil.

Os líderes precisam estar sintonizados com as dimensões

contingenciais, que estão ligados aos fatores situacionais. Isto requer um

entrosamento muito grande com seus liderados. A responsabilidade pelo

sucesso ou fracasso depende tanto do líder quanto dos liderados.

Princípios e valores que os profissionais esperam dos líderes:

1. Liderança: as pessoas querem ser conduzidas e não chefiadas.

2. Visão: as pessoas desejam saber que rumos estão seguindo.

3. Orgulho: as pessoas desejam ser reconhecidas e valorizadas.

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4. Coerência: as pessoas confiam em gestores quando o vêem agindo

corretamente.

5. Comunicação: as pessoas desempenham melhor quando o gestor é

franco e respeita seus anseios e idéias.

6. Confiança: as pessoas querem estar certas de que o gestor sempre

se comportará de forma justa.

7. Caráter: as pessoas serão influenciadas pelos atos e comportamentos

do gestor.

8. Responsabilidade: as pessoas sentem-se seguras em relação ao

gestor quando este cumpre seus compromissos e exige que elas façam o

mesmo.

9. Integridade: as pessoas respeitam o gestor quando vêem que ele

pratica o que prega.

10. Sabedoria: as pessoas respeitam o gestor quando percebem que ele

age com imparcialidade e respeito pelos outros.

Na cotação das empresas de primeira linha, a moeda da vez chama-se

habilidade e competência, que passou a ser a medida de valor. A soma de

conhecimentos, habilidades e comportamentos na obtenção de resultados

superiores nas mais diversas situações é o que interessa as corporações.

Referência Bibliográfica:

RHINOW, Guilherme. Inovando e competindo por meio da gestão de pessoas. São Paulo: RAE - Revista de Administração de Empresas/FGV. RAE Light, v. 8, n. 1, p. 2-7 Jan./Mar. 2001.