O Galo e a Raposa
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25-Mar-2016Category
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O Galo e a Raposa
Reproduo de uma fbula
em diferentes formatos
Ao de Formao: Os porqus e o como da Comunicao Aumentativa
Formadores: Joaquim Cola e Nelson Santos
Agradecimentos colaborao da Professora Tnia Lopes pela disponibilidade em traduzir e interpretar a histria para Lngua Gestual Portuguesa
Professor Hlio Craveiro pela colaborao prestada.
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FICHA DE TRABALHO Nvel 1 1
Objetivo Geral: Capacitar os alunos, na rea da comunicao alternativa. Os exerccios propostos na ficha de trabalho - Nvel 1, so baseados na identificao . 1-Aponta o animal que estava na quinta:
2-Aponta o animal que se aproximou do galo.
3-Onde est o igual
4-Aponta os animais da quinta
1 Pblico-alvo: Alunos que apresentam um nvel de compreenso de ordens simples, mas que no
comunicam atravs da fala, emitindo apenas alguns sons voclicos.
Original
FICHA DE TRABALHO Nvel 22
Objetivo Geral: Capacitar os alunos, na rea da comunicao alternativa. Os exerccios propostos na ficha de trabalho - Nvel 2, so baseados na identificao e na escolha. 1-Responde: O galo estava onde?
2-Apareceu um animal a espreitar o galo. Quem foi que veio?
3- O que fazia o galo em cima do tronco?
4-A raposa disse ao galo: Desce, desce, do teu tronco. Mas o galo quis chamar os
animais da quinta, para abraarem a raposa.
Escolhe a frase certa:
1 - A raposa ficou espera. 2 - A raposa fugiu.
5-Escolhe a imagem certa: Os animais da quinta ficaram:
2 Pblico-alvo: Alunos que apresentam um nvel de compreenso de frases simples (com duas e trs
palavras de contedo) e que conseguem comunicar atravs da linguagem oral.
FICHA DE TRABALHO Nvel 33
Objetivo Geral: Apreender a mensagem da histria ouvida.
Os exerccios propostos na ficha de trabalho - Nvel 3, so baseados na interpretao.
Depois de ouvires a histria, responde:
1-Qual o ttulo da histria?
2-Quais so as personagens da histria?
3-Qual o local, onde se passa a ao?
4-Qual foi o animal que se aproximou do galo?
5-Qual era a tarefa do galo?
6-A raposa queria que o galo fosse com ela. Mas o galo desconfiado, no foi. Ento o
que fez o galo?
7-Como ficou o fim da histria?
3 Pblico-alvo: alunos cegos que conseguem apreender algumas ideias simples acerca da histria ouvida.
Ao de Formao: Os porqus e o como da
Comunicao Aumentativa
Formadores: Doutorando Joaquim Cola Doutorando Nelson Santos
FORMANDOS:
Domingas Craveiro
Maria de Lurdes Raminhos
Maria Fernanda Pereira
Natlia Marques
Antnio Gonalves
O galo e a raposa Reproduo de uma fbula em diferentes formatos (Braille, LGP e SPC)
Ao de Formao Os porqus e o como da Comunicao Aumentativa
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Se perdesse todas as minhas capacidades,
todas elas menos uma,
escolheria ficar com a capacidade para comunicar,
porque com ela depressa recuperaria tudo o resto()
Daniel Webster (s.d.)
O galo e a raposa Reproduo de uma fbula em diferentes formatos (Braille, LGP e SPC)
Ao de Formao Os porqus e o como da Comunicao Aumentativa
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Introduo Comunicar pressupe um processo interativo entre dois interlocutores,
podendo haver ou no resposta por parte de um deles, mas tambm a inverso de
papis.
A comunicao por esse motivo fundamental para o desenvolvimento do
indivduo, na sua vertente cognitiva, afetiva e social, podendo ser um fator de
desenvolvimento positivo, ou um entrave ao desenvolvimento de competncias numa
das vertentes ou em todas, resultando para a pessoa com deficincia numa existncia
e vivncia diria frustrante e isolada.
Surge assim a necessidade de recuperar e desenvolver os smbolos manuais
utilizados desde os primrdios da civilizao, otimizando-os de forma a favorecer
assim uma comunicao compreensvel para pessoas com dificuldades de linguagem,
ou seja, a Comunicao Aumentativa (CA).
Encontramo-nos, desde as ltimas duas dcadas, em tempos de grandes
mudanas, tanto na sociedade em geral como no contexto educativo em especfico.
Efetivamente, o professor da escola de hoje confronta-se constantemente com novos
paradigmas e com a necessidade de adquirir atitudes flexveis, que permitam adaptar-
se e corresponder de forma positiva s expetativas cada vez mais elevadas e
complexas da sociedade atual.
Com o desenvolvimento do conceito e aplicabilidade do princpio da Escola
para Todos, surge como necessidade primria que, a escola e os seus professores se
tornem agentes ativos e competentes de uma educao que pretende corresponder a
uma diversidade quase infinita de necessidades educativas de cada um.
Ora, ns apresentamo-nos como defensores desta ideia de que a escola se
deve adaptar aos seus alunos e no o contrrio. Com as mudanas de mentalidades e
a grande evoluo tecnolgica, revela-se, apesar de por vezes de forma complexa,
absolutamente possvel que todos os alunos tenham as mesmas oportunidades de
aprendizagem, independentemente das suas diferenas.
No presente trabalho, decidimos reproduzir uma fbula tradicional do universo
juvenil O galo e a raposa, que adaptmos para diversos formatos (udio, Braille,
SPC e LGP), tendo por base as limitaes que tm condicionado a educao de
alunos com Necessidades Educativas Especiais, nos domnios cognitivo, motor,
auditivo e visual. Pensmos ser importante proporcionar a estas crianas e jovens com
este tipo de necessidade a oportunidade no s de terem acesso ao
conhecimento/informao, bem como a possibilidade de beneficiar de materiais que
tecnicamente os ajudam no seu processo de desenvolvimento cognitivo e
comunicativo.
Apresentaremos, de forma sucinta, o material por ns desenvolvido,
especificando de que forma os alunos com NEE, principalmente aqueles que possuem
deficincia cognitiva, motora, visual e auditiva podem tirar proveito da sua utilizao.
O galo e a raposa Reproduo de uma fbula em diferentes formatos (Braille, LGP e SPC)
Ao de Formao Os porqus e o como da Comunicao Aumentativa
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A Comunicao Aumentativa (CA) Tetzchner, S. & Martinsen, H. (2000) a CA desenvolveu-se como consequncia da
necessidade de providenciar materiais e mtodos para satisfazer as necessidades dos
indivduos com pouca ou nenhuma fala funcional.
Perante o cada vez maior nmero de crianas, adolescentes e adultos, com
dificuldades persistentes em produzir fala e escrita compreensvel e com dificuldades
de aquisio e desenvolvimento da linguagem, urge criar condies para que possam
comunicar de uma forma eficaz e autnoma, permitindo e fomentando atos
comunicativos compreensveis por parte do emissor, mas tambm do recetor.
A CA significa comunicao complementar ou de apoio. A palavra aumentativa
sublinha o facto do ensino das formas alternativas de comunicao ter um duplo
objetivo: promover e apoiar a fala e garantir uma forma de comunicao alternativa se
a criana/jovem no aprender a falar.
Crianas e jovens com necessidades de CA O recurso CA tem sido cada vez mais considerado e gera consenso no que
respeita idade em que se pode beneficiar da mesma, considerando que esta deva
estar acessvel a todos os que no tenham desenvolvido a comunicao oral na idade
padro para tal, sendo que os mesmos sero adequados funo e pessoa a que se
destinam.
Os indivduos com deficincia motora apresentam limitaes ao nvel dos
estmulos afetivos e sensrio-motores. Estes aspetos conduzem, por sua vez, a
limitaes na aquisio de competncias bsicas em cada uma das etapas de
desenvolvimento. As crianas com deficincia motora ficam impedidas de explorar o
meio que as rodeia, facto que ir afetar e condicionar as suas capacidades cognitivas
e de personalidade.
Neste grupo, englobamos principalmente indivduos (crianas e adultos) com
paralisia cerebral, cujas alteraes motoras os impedem de utilizar a fala como forma
de comunicao.
Quando no existe uma deficincia mental associada, pode ter diferentes
desenvolvimentos da compreenso e da expresso verbal, sendo comuns os casos de
crianas com boa compreenso da linguagem, mas com graves problemas da fala.
Nestes casos, necessrio recorrer a um sistema alternativo de comunicao,
partindo de uma anlise de todas as possibilidades e dos recursos disponveis,
nomeadamente se a criana capaz de realizar movimentos funcionais, servindo-se
do brao, mo ou p ou se existe ainda algum controlo voluntrio dos movimentos
boco-faciais.
Assim, acreditamos que o uso de CA enquanto recurso de apoio s prticas
educacionais viabiliza o acompanhamento pedaggico de alunos com NEE que se
apresentam dificuldades na linguagem relativas tanto expresso quanto
compreenso da mesma.
Ao conceber uma histria em diferentes formatos (udio, Braille, LGP e SPC),
julgamos que podero ser proporcionadas aos nossos alunos com NEE experincias
que pelos seus meios naturais no seriam possvei