o l' SERlE DO ENSINO FUNDAMENTAL -...

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JULIANA SIQUINELlI o ENSINO DE CIENCIAS NATURAlS PARA ALUNOS DA l' SERlE DO ENSINO FUNDAMENTAL Monografi8 apres.entade como requisite parcialpara obtenyllo do certificado de graduayAo em Pedagogia dB Universidade Tuiuti do Parana. Prof". Mestre: MaUde Adelia Casagrande CURITIBA 2003

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JULIANA SIQUINELlI

o ENSINO DE CIENCIAS NATURAlS PARA ALUNOS DA l' SERlE DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Monografi8 apres.entade como requisiteparcialpara obtenyllo do certificado degraduayAo em Pedagogia dB UniversidadeTuiuti do Parana.

Prof". Mestre: MaUde Adelia Casagrande

CURITIBA2003

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JIf ~~~~~~oo<;!~,~!~!!.~?"~~~~~U P UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

FACIJLDADE DE CIENCIAS HVMANAS, LETRAS E ARTESCVRSO DE PEDAGOGIA

TERMO DE APROVA<;:Ao

NO~tE DO ALUNO: JULIANA SIQUINELLI

TiTULO: 0 ENSINO DE CIENCIAS NATURAlS PAR-\' ALUNOS DA I' SERlE DOENSINO FUNDAMENTAL

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;:AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOG lA, CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CIENCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSIDADE TUruTI DO PARANA.

DATA: 15/1212003,

MEDIA: --=g--,I_5__

CURlTlBA- PARANA2003

C""'-"'''J..o_ ~itW:""", ¥"~Ar.ltn"~l"'tar.u... :la· t.\nlll...w.CEI'CI(I.nc -Fw.: 1-\1)'Jl 7700 I F.aiI;(~l)UI 17«1c&~~:"""'C;_J.1imeINto\lSlrf'·H.r.nl ••-4CI·"'~·C£Pt:::Sl1.11O.1'_((11»lOl~1IF.:(~,)atl014!c~_et-n,-:.l...c: ~..al.(ar""".Cho ••..pau.m. _·M •••••.CEP 10710: •. 1'_ (41)211 7C01F-M:(II)Ul 71'111c.mr-M~""aJn6l'liDee.ln·r,_","'.CE"'IN?-ltO·F:cnIt.:(~')m(:-WIP_(41)J7J"'.c..&ompua"" ••• """ t"•.••.H~.IW>'3, In· 1"Itru.. eEl' _,0-.:10. "-(41) ln4U4 I Fa: t(1)J.."'I.~Cuor.•••Ic__ .,...~""' •.•••••••~Ul·NI':rintw.CE"&:IlCO'~.F_(ll)U.ltJlIFiUI:(41J,.,.,Ul=.r:;r~~;:;;:n-F_,_.Jar<Itm_.C£PIO:1i-Olll.F_(ll):USIZ,IIF_:(4')W).l~

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A lodos que acredilam que aeduca~8o e 0 unico caminhopara a transforma~80 social.

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AGRADECIMENTOS

A Prof'. MestreMaildeAdeliaCasagrande.peles sugestaes

apresentadas.

Acs colegas de curso pel a amizade e carinho.

Aos meus pais, pelos ensinamentos e valores transmitidos.

A todos que, direta au indiretamente, colaboraram para a

realiza<;iio deste trabalho.

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"HiJ duas formas para viver a vida: uma eacreditar que neD e)(iste milagre. a Dutra,

acreditar que lodas as coisas s~o um

milagre."

(ALBERT EINSTEIN)

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RESUMO

A ideia de que ensinar Ciencias seja uma tarefa facil persiste principaimente nas

series iniciais, pois sentiu-se necessidade de uma pratica pedag6gica na qual

levasse 0 aluno a S8 expressar plenamente, participar de vivencias significativas e

confiitantes, as quais possibilitem 0 desenvolvimento de uma postura realmente

critica de sua realidade. A pesquisa realizada tern como perspectiva elucidar 0

papel do Ensino de Ciencias para alunos da 1- serie do Ensino Fundamental, com

sugest6es de atividades e orientacao aos professores. Urna vez que os conceitos

e procedimentos desta area contribuem para a ampli8cao das explic8<;oes sabre

os fen6menos da natureza, para 0 entendimento e 0 questionamento dos

diferentes modes de nela intervk. Com a valorizayao do conhecimento cientffico e

a crescente tecnologia no nosso cotidiano, nao ha como formar um cidadao sem

que ele saiba lidar com esse conhecimento, e par meio deste saber que 0 aluno

podera questionar, criticar, intervir na natureza, utilizar seus recursos de maneira

consciente e ainda, agir de forma responsavel tanto com rela9ao ao ambiente

quanta a nos mesmos, podendo refletir sabre as questoes eticas que estao

implicitas entre a Ciencia e a Sociedade.

Palavras chave: ensino de ciencias; conhecimento- cientifico; tecnologia; recursos;

cidadania.

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SUMARIO

1.INTRODUCAO 2

2. CONCEPCAO DE CIENCIAS ...............................................................•............... .4

3. 0 ENSINO DE CIENCIAS NO BRASIL.. 10

4. COMO TRABALHAR OS CONTEUDOS CONCEITUAIS E PROCEDIMENTAISDE CIENCIAS NATURAlS PARA ALUNOS DA l' SERlE DO ENSINOFUNDAMENTAL 15

4.1 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE 0 CORPO HUMANO 194.1.1 Conteudos Procedimentais 194.2 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE HABITOS DE HIGIENE . 214.2.1 Conteudos Procedimentais 214.3 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE 6RGAOS DOS SENTIOOS... . 224.3.1 Conteudos Procedimentais 234.3.2 0 Sentido do Tato 234.3.3 0 Sentido da Visao 234.3.40 Sentido da Audi~iio 244.3.5 0 Senti do do Ollato 254.3.6 0 Sentido do Paladar 254.4 CONTEUOOS CONCEITUAIS SOBRE RECURSOS NATURAlS 264.4.1. Conteudos Procedimentais 264.4.20 Ar: importancia e caracterfsticas 264.4.3 A Agua como recurso natural: um bem escasso 274.4.4 Tipos de Solo 274.5 CONTEUOOS CONCEITUAIS SOBRE OS SERES VIVOS E NAO VIVOS 284.5.1 Conteudos Procedimentais 294.6 CONTEUOOS CONCEITUAIS SOBRE VEGETAIS . 294.6.1 Conteudos Procedimentais 304.7 CONTELJDOS CONCEITUAIS SOBRE OS ANIMAIS 304.7.1 Conteudos Procedimentais 31

5. CONCLUSAO 32

REFERENCIAS 34

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1. INTRODUi;AO

A presente pesqllisa tem como perspectiva abordar a papel do Ensino de

Ciencias Naturais para alunos da 1° sene do Ensino Fundamental. Esta pesquisa

desenvolveu-se no decorrer do ano letivD, para as alunos da 111 serie da Escola

Estadual Republica Oriental do Urllguai. situada no bairro Capao da Imbuia, nesta

cidade.

A primeira parte desta pesquisa relata a 'concepc;iio da Ciencia", a surgimento

da mesma e sua evolu9&o, mais precisamente 0 ·conhecimento cienHfico" que S8

concretizQu a partir do seculo XVIII, quando se determinou urn objeto especifico de

investigayao. Esta nova radonalidade cientlfica veio negar 0 carater nacional de

Qutras formas de conhecimento nao regidas par seus principios, prescindiu entao a

discussao entre 0 conhecimento cientffico e 0 conhecimento do sensa comum.

INSTITUTO DE EDUCAC;:AO DO PARANA (1998, p.04)

A concep<;ao de Ciencias veio com a passar dos an os sofrendo atteray5es nos

model as de ensino nas decadas de 50, 60, 70 e 80.

o pensamento cientifico, e um metodo, uma atitude, uma forma de abordar as

problemas de conteudos au resultados, no qual 0 objetivo maior do professor

atraves da escola e 0 de ensinar 0 aluno a ser urn individuo critico e atuante na

sociedade na qual esta inserido.

A segunda parte da pesquisa aborda 0 ~Ensino de Ciencias no Brasil-,

caracterizando mudanCY8s e evolucyOes relacionados ao desenvolvimento cientffico

do pais e situa90es hist6ricas. Salientando ainda as Tendencias PedagOgicas,

como a Tecnicista, Escola-Novista, Tradicional, Renovada, Craico-Social dos

Conteudos e libertadora, nas quais dependendo do momenta hisl6rico, das

condi90es sociais e econ~micas alteram-se as posturas em relacyao a educacyao e

consequentemente a forma ou a metodologia de trabalho do professor.

Na ultima parte da pesquisa sugere-se conteudos conceituais e procedimentais

para serem desenvolvidos com os alunos. Estes conteudos conceituais e

procedimentais priorizam uma visao global, au seja, como urn todo, no qual 0 aluno

fara a relaCYBoentre ao que El, fazer e saber, permitindo analisar como se aprende e

como se deve ensinar. Pesquisas apontam que existem uma relac;ao entre a modo

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como se constr6i 0 conhecimento e 0 objetivo de conhecimento que se constroi, ou

seja, nao e possfvel aprender conteudos procedimentais separados dos conteudos

conceituais.

o papel do en sino das Ciencias Naturais, e de colaborar para a compreensao

do mundo e suas transformac;i>es, reconhecer 0 ser humano como individuo e parte

integrante do Universo, formar urn ser ativo e transformador da realidade, capaz de

refletir sabre 0 mundo que se tern e 0 mundo que se quer, e a meta que se propoe

para 0 en sino desta area na escola fundamental. A apropria<;ao de seus conceitos e

procedimentos pode contribuir para 0 questionamento do que se ve e ouve, para a

ampliac;ao das expHcac;oes acerca dos fen6menos da natureza, para a compreensao

dos recursos tecnol6gicos que realizam essas modificayOes, para a reflexaa sabre

as questoes sticas implicitas nas rela<;5es entre Ciencias, Sociedade e Tecnologia.

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2. CONCEPi;:AO DE CIENCIAS

o desenvolvimento da Ciencia S8 deu atraves das necessidades basicas do

homem e do mundo 80 seu redor. A Ciemcia que ja acreditou ter urn conhecimento

certo, verdadeiro e completo, js ace ita a ideia de incerteza, de probabilidade e de

estar em constants modificac;6es, revisando e reavaliando resultados. A Ciencia atua

sabre a sociedade e a cultura como urna for98 que promove a invent;ao, a

organiz8c;ao do trabalho proporcionancto uma fonte de novas ideias para novas

rumas.

o peder de percep<;1io, opera~ao e inova<;1io sobre 0 mundo aos poucos se

modificou, par que 0 homem agiu coletivamente, em principia em pequenos grupos,

que foram aumentando progressivamente. Da conquista do fogo a confec<;1io de

calendarios, motivados pela necessidade de trabalhar com 0 cicio de fertilidade do

solo, 0 homem passou par urn processo de acelerayao cultural que continuou ate as

civiliz8c;Oes mais avam;adas, testemunhas do nascimento da Ciemcia. adesenvolvimento dela S8 deu atraves das necessidades basicas tanto quanta pel a

curiosidade inata do homem em questionar a si proprio e a mundo ao seu redor, "( ... )

o homem acreditou que a natureza estava a sua disposic;ao. Apropriou- se de seus

processos, alterou seus ciclos, redefiniu seus espa~s, ( ... )"(PCN, V.4, p.24)

Em todas as civiliza96es, existiram individuos como: fil6sofos, matematicos,

astr6nomos, fisicos, naturalistas etc., que meditaram sobre a realidade procurando

na propria natureza a causa dos fen6menos nela observados e nao mais

unicamente na vontade do homem ou no sobrenatural.

o conhecimento cientifico e uma conquista humana, concretizando-se a partir

do seculo XVIII, quando determinou-se um objeto especifico de investiga~ao, nasceu

entao a ciencia moderna. INSTITUTO DE EDUCAi;AO DO PARANA (199B, p.OS)

A nova racionalidade cientifica veio negar 0 can§;ter raGional de outras formas

de conhecimento nao regidas por seus princlpios epistemol6gicos, salientando a

discussao entre 0 conhecimento cientlfico e 0 conhecimento do senso comum. Bizzo

afirma que" 0 conhecimento cotidiano e socializado precocemente na vida de todas

as pessoas, enquanto 0 conhecimento cientifico e socializado tardiamente, bern

mais tarde na vida escolar dos jovens."( BlllO, 2000, p. 27)

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Para reconhecer a real possibilidade de entender 0 conhecimento cientifico e

sua importancia na forrnac;ao dos alunos, sendo este 0 principal ponto, pois urna vez

que ele contribui efetivamente para a ampliayao da capacidade de compreensiio e

atua~o no mundo em que vive, ~(... ) conhecer ciimcia e ampliar a sua possibilidade

presente de participayiio social viabilizar sua capacidade plena de participayao

social no futuro" (PCN, VA, p.25)

A constante evoluyao tecnol6gica tern side precursora da aproximayao da

ciencia e da tecnologia. a fator fundamental desta evolu<;Bo sao os meios

poderosos e tecnicas cada vez mais sofisticadas de observa~o e acesso do micro e

macro cosmo.

Para 0 ensino de Ciencias naturais e necessario a constru<;Bo de uma estrutura

geral da area que forne<;a a aprendizagem significativa do conhecimento

historicamente acumulado e a forma<;§o de uma concepc;ao de ciimcias, suas

relay6es com a Tecnologia e com a Sociedade".( PCN, VA, p. 31)

A concepC;80 de Ciimcias veio com 0 passar dos anos sofrendo alterac;oes

devido aos modelos de ensino preconizados e praticados nesta area.

o periodo compreendido ate 0 final da decada de 50, caracterizou-se pelo

chamado ensino tradicional. Visava transmitir ao aluno um conjunto de conteudos

previamente estruturados na sua forma acabada, desvinculada do seu metodo de

produc;80. Utiliza-se urna metodologia de en sino explicitamente diretiva concretizada

atraves de hknicas centradas no professor e na logica da Ciencia, em que as

peaticascumprem urn papel ilustrativo ou demonstrativo da teoria. Alem de difundir a

chamada cultura universal, objetivava preparar os estudantes para os proximos

niveis ou modalidades de ensino.

Na decada de 60 com 0 intuito de melhorar 0 ensino de ciimcias, tornando-o a

mais pratica para 0 aluno, 0 Brasil manteve acordos com orgaos internacionais

evoluindo a propasta para dois novos model os: 0 da reedescoberta e 0 de projetos.

o modele da descoberta visava ensinar-Ihe 0 metoda cientifico experimental

fornecendo-Ihes roteiros que percorram a suposta seqCu§ncia de etapas de uma

atividade cientifica, ate que se chegue as conclusoes desejadas, prevalecendo a

100ica da ciencia, au seja, desenvolver no aluno 0 raciocinio cientifico e demonstrar a

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supremacia do conhecimento clentifico sabre todas as demais formas de

conhecimento. INSTITUTO DE EDUCA<;:AODO PARANA (1998, p. 06)

Ja 0 modele de projetos visava ao aluno definir os problemas a serem

investigados, as procedimentos a serem adotados e as resultados obtidos,

proporcionando situa,oes onde se realiza a descoberta do conhecimento em que 0

professor desempenha 0 papel de assessor do processo.

As condi,~es de evolu,ao constante no ensino de ciencia levou 0 pais na

decada de 70, favorecida pelas condig6es socio politicas, a uma refiexao critica

sabre a educayao brasileira que S8 estendeu ate 0 campo do ens ina de Ciencias.

Nesta decada, problemas relativos ao meio ambiente e a saude come~ram a ter

presen~a quase obrigat6ria em todos as curriculos de Ciencias Naturais, mesma que

abordados em diferentes nfveis de profundidade e pertinencia.

Em meio a crise politica- economica, a neutraHdade da Ciencia e a viseD

ingenua do desenvolvimento tecnol6gico faz-se necessaria a discus sao das

implicag6es politicas e sociais da produgao e aplicagao dos conhecimentos

cienHficos e tecnol6gicos, tanto no ambito social como nas salas de aula. No campo

das Ciencias Naturais as discuss5es iniciavam a configura920 de uma tendencia do

ensino, conhecida como ~Ci€mcia, Tecno~ia e Sociedade"( CTS) que se expandilJ-

se nos anos 80.

A partir dos anos 80 ° processo educativo passou a ser assunto predominante

no processo de construc;ao do conhecimento cientifico pelo 0 aluno.

Atualmenl.e, em meio a indus.trializayao intensa e a urbaniz.ayOO abwrdamente concenlrada,lambem pot&neializacias pelo! coohecimentos cientifioos e tecnol6gicos, conla-se com asofistica~o da mooicina cientifica dol. t0m6grafos. computadorizados e com B enorme difusaoda leleinformatic8. Ao mesmo lempo, con\live-se como 0 bureco da cemada de ozOnio. abomba at6mica, a fome. As doenyas end~micas n~o cootroladas e as decorrentes da poluiyao.A a'li.sociayOOentre Ci~mciae Tecnologia se amplia, tornando-se mais presente no cotidiano emodificando, cada \lez mais, 0 prOprio mundo.(PCN,V.4.p.28)

o mundo esta cada vez mais avanc;ado, e preciso conscientizar os alunos e

encarar esta tecnologia como urn meio para suprir necessidades humanas

distinguindo usos corretos e necessarios daqueles prejudiciais como exemplo os

aeross6is, ao equilibria da natureza e do hamem.

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Entre as tarefas predominantes da escola devem estar a de contribuir para que

o aluno pense racionalmente, e ests pensamento deve ocupar urn papel central notrabalho escolar.

Na nossa realidade, no mundo a qual pertencemos, a educayao cientifica deve

ser traduzida pela aquisi,ao daquelas condi\Xies que permitam as pessoas

pensarem em termos mais amplos, agirem em maior discernimento e criaticidade.

E preciso saber aprender a compreender a natureza da atividade cientifica, au

seja, e a busca permanente do porque das coisas e a reconstruc;ao de urn sistema

que permita organizar 0 mundo, ~a ciencia e 0 conhecimento organizado,

desenvolvido e possuido pelo homem acerca do mundo em que

vive."(HENNIG.1998,p.104)

Oesde as primordias da presenCa do homem na Terra, quando aprendeu a

associar pensamento e ayao, comeC;ouentaD a evoluyao de urn conhecimento a ser

gradativamente universalizado. Durante muito tempo 0 homem procurou encontrar

uma concepyao coerente do Universo como urn todo e da Terra, seu ambiente,

como uma parte especifica, ou seja, essa concept;ao e a MCiencia- como

pensamento, ac;6es e produtos, bem como 0 pensamento humano, correto e

verdadeiro, e da vontade, firme e objetiva (...), (HENNIG,1998,p.105), au ainda trata-

se da incidencia da auto-reflexao sobre a natureza, sobre 0 meio ambiente ffsico-

qufmico, animal, vegetal, e sobre 0 proprio hornem, sobre um mundo misterioso,

repleto de distor,oes e fatos dificeis de serem compreendidos.

o trabalhar com a cilmcia em urns perspectiva de u5ufrul-la como bern pe$soal e comunitario,a Ci&nda como urn valor humane. requer que ala seja desenvolvida de fermi! abertB atra .••es deprocesso pr6prio e muta .••el, refeito 11 cada momento, de acordo com as aspira¢es humanesem conhecer - compreender os fatos do rnundo natural, urna Cilmcia realmenle criativa, ondeas hip6teses forrnuladas gerern uma rnetodologia pr6pria, urna Ci~cie ctitica e de prociuyaoincorporada penssnte e produtiva do homern ('0') (HENNIG,1996,p.108)

Assim a Ciencia procura satisfazer a curiosidade intelectual do indivlduo, pois eatraves dela que buscamos conhecer, prever e ate mesmo controlar os fatores

ambientais edisto tirar proveito. ·0 objetivo da Ciemcia e 0 de prom over (

incrementar e obter ) a compreensao do mundo natural pelo a homem, atrav';s do

conhecimento cientffico, fundamentado na funcionalidade dos conceitos cientfficos e

dos metodos de investigayao." (HENNIG,1998.p.111)

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Conhecimento gera conhecimento, par isso deve-se conhecer para descobrir

novas fatos, novas dadas, novas solu<;6es. A construc;ao da educac;ao se deu

atraves dos seculos, par antigos educadores, e quais, permanecem ate os dias de

hoje, como par exemplo 0 pava gregG do qual herdamos a palavra teoria com a

significado , na epoca, de ~ver com os olhos da alma~, ou seja, designac;ao

depreciativa de ~te6rico" au -teoreticoM para pessoa que pensa, age e conclui, mas

cujos argumentos nao tern suporte empirico.

Atualmente a palavra teeria em Ciencias, designa uma construc;aa intelectual

que surge como consequencia da atividade cientifica e a suporte teo rico.

HENNIG,(1998.p.122), destaca alguns educadores, como S6crates, 'conhece-

te a ti mesmo' atraves do dialogo , este metoda baseava-se na racioclnio indutivo

desenvolvido atraves da pergunta, da analise, da conclusao, ou seja, como sistemas

de conceitos descobertos mediante 0 racioclnio indutivo, usado nas Ciencias

podendo pressupor tecnicas nas solu9/ies de problemas.

Platao, 0 metodo e 0 uso da dialetica a arte de raciocinar, argumentar ou

discutir, do raciacfnia intuitiv~, deduzir au conc\uir par intuic;ao.

Aristoteles, propunha que a aprendizado se processasse atraves da

experiencia direta, metoda indutiva e desenvolvimento de conduta, na vivemcia e na

percepyao das coisas envolvenda pensamenta racional,

Ao lango da Idade Media, ocorreu a preservac;a,o das ideias praticas,

educacionais, como valoriza<;!io da l6gica, da ret6rica, do debate, das perguntas e

respastas.

Galileu, a aceitac;ao de urn fata como verdadeiro seria necessaria a ·prova~ par

meio de verificaC;80 pratica. Segundo ele, a ~concepc;ao com a mente" e a verificac;ao

atraves da pratica experimental, onde surgiu 0 metodo experimental, do qual tornou-

se 0 Pai da Ciemcia Moderna.

Bacon, defendia que somente atraves da experiencia sensivel poderia se

chegar a verda de, partinda de fatas particulares, inferir uma verdade nao conhecida

au metodo classificat.orio.

Camenius pregava que a observac;aa real dos abjetos e a intuic;ao, au seja, a

educa9ao nao deveria fazer do aluno lim depositario de idEiias alheias, mas habilita-

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10a observa~o par meio dos sentidos, usando 0 intelecto para descobrir as raz5es,

palavras nunca deveriam ser ensinadas separadas das coisas e quando houvesse

falta das coisas reais elas deveriam, de alguma forma, ser apresentadas.

Rosseau, defendia uma educa980 de aprendizagem como processo natural, a

mente como urn germe a amadurecer de forma natural, a aprendizagem atraves da

percep<;aosensivel, tendo a natureza como livro e muito se aprendendo atraves da

experiencia.

Por tim, Pestalozzi apresentava a educat;aOintuitiva em que a aprendizagem

deveria ocorrer par influencias ambientais e que 0 trabalho deveria ser um

instrumento eficaz na format;ao da personalidade.

Estes procedirnentos hist6ricos aeima citados, continuam no nosso linguajar,

pois cada urn desses educadores direcionou suas ideias educacionais que

contribuiram para a educa~o e permaneeem nos dias de hoje.

A seguir sera feito urn breve relato da disciplina Ciencias Naturais no Brasil.

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!O

3. 0 ENSINO DE CIENCIAS NO BRASIL

Atraves dos tempos, as Ciencias vern se constituindo base fundament.al do

progresso da humanidade. Neste aspecta, ela vern ajudando a transmitir urna serle

de conhecimentos que tern melhorado consideravelmente a exist€mcia do homem.

~O homem e urn ser natural, isto e, ele e urn ser que faz parte integrante da

natureza, nao S8 poderia conceber 0 conjunto da natureza sem neia inserir a

especie humana:( ANDERY, 1999,p.01 )

o papel social atribufdo a escola prima ria enquanto sistema escolar de

ensine, no qual nos anos 80 tinha como novos model os te6ricos em seu conjunto,

valorizar 0 papel da escoJa na distribui~o social de urn corpo de conteudos cutturais

social mente significativQs.

WEISSMANN, cita UBANEO, (1994, p. 16), a educac;iio escolar possui um

papel insubstituivel como provedora de conhecimentos basicos e habilidades

cognitivas e operatives necessarias para a participagao na vida social e no que

significa 0 aces so a cultura, ao trabalho, ao processo e a cidadania.

o conhecimento cientifico para Fourez, G. 1987,( IN WEISSMANN,1998.p.17).

-pode possibilitar urna participagao ativa e com senso crftico numa sociedade como

a atual, na qual 0 fato cientifico esta na base de grande parte das op<;6es pessoais

que a pratica social exige-. Cabe definir em que sentido a conhecimento das

Ciencias Naturais e valida do ponto de vista social para urna cnanga?

VASQUES, 1984,( IN WEISSMANN, 1998.p.18) ressalta que:

As criancas e)(igem a conhecimento das Ci~ncias Naturais porque vivem num rnundo no qualocorre urna enorme quantidade de fenOmenos naturais para as qUZlis a pr6pfiZl crian<;a desejaencontrar uma explicayAo; um meio no qual tados estamos cercados de uma infinidade deprodutos da ciencia e da tecnologia que a pr6pria crianya usa diariamente e sobre os quais sefaz inUrneras pergunlas; um mundo no qual os meios de informac;Ao social a bombardeiam comnoticias de conhecimentos, alguns dos quais nOO sAo realmente cientificos, sendo a maioria5uposlamente cientificos, mas de qualquer forma contendo dsdos e problemas amiUde apreocupam e a angustiam.

Ao ensinarmos Ciencias, principal mente para criangas nas series iniciais, nao

quer dizer que estamos so mente formando -futuros cidadaos", ou seja, elas

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II

enquanto integrantes do corpo social atual, podem ser hoje tambem responsaveis

pelo cuidado com 0 seu meio, podendo agir de forma consciente e solid aria no atua1

mundo a qual esta insericta, pois formando as crianyas estamos contribuindo

tambem para a fonma9iio de futuros cidadaos adultos pertencentes a sociedade na

qual convivem e que certamente serao responsaveis e criticos.

As crianyas tern 0 direito de aprender Ciencias e 0 dever social da escola de

ensina fundamental e de transmitir 0 valor social do conhecimento cientifico, assim

justifica-se a importancia do ensina das Ciencias Naturais a crian~s nas primeiras

idades.

Pois segundo WEISSMANN,(1993,p.18):

A forma9AOcientifica cias crillrn;,aS e dos jovens deve contribuir para a forma~o de futuroscidadAos que sejam responsaveis pelos s.eus alas, tantos individuals como coletivos,conscientes e conhecedores dos riscos, mas alivo! e solidarios para conquislar 0 bem-estar dasociedBde e aiticos e exigentes diante daquele que tomam as decisOes,

Entender a conhecimento cientlfico e sua importancia possibilita em sua

forrnac;:ao bern como amplia sua capacidade de cornpreensaa e atuac;ao da

realidade. Ensinar Ciimcias e investir na edificac;ao de urna populacyao consciente e

crltica diante de escolhas e decis6es a serem tomadas.

Para BIZZa (2000, p. 22), a escola e umll instituiyao das poucas que tem par obrigayao,

constitucional inclusive, propof'clonar 0 aC8s$O a outras formas de conhecimento, eomo a

artistleo, cultural e cientifico. 0 conhecimento cientifico tern especificidade que os transformam

em ferramenta poderosa no mundo moderno

A educac;ao em Ciencias esteve sempre vinculada ao desenvolvimento

cientifico do pais ou regiao, e ao desenvalvimento cientlfico mundial. No Brasil

caracterizaram-se mudanc;as e evaluy6es no en sino de Ciencias, sempre

relacionadas a situac;Oes hist6ricas.

A historia do ensina de Ciencias no Brasil tern publicado a Atas do VI Simp6sia

Nacional de Ensino e Fisica, Niteroi, RJ, 1985 por Marta Pernambuco e Fernanda

Silva, a este relata cabe observar dais aspectos: 0 primeiro de carater interno,

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estrutural vinculado a economia e politica brasileira; 0 segundo, de carater externo,

de ordem mundisl, pautado principalmente pela comunidade cientitica internacional

e pela fOrmB9B,O de pesquisadores brasileiros em centros e instituic;6es estrangeirosassociados a destinar;:Bode recursos para a pesquisa e para a ensina, que tambem

condicionou a evoluC;80 do ensina de Ciencias.

o ensine de Ciencias 56 chegou a escola elementar em fun~o de

necessidades geradas pelo processo de industrializa.,ao, ou seja, a crescente

utilizar;:80 de tecnoiogia nos meios de produc;.ao.

Ate 0 final da decada de 50 surgiram novas tendencias, nBS quais expandiu-se

na rede publica de ensino, determinada pela crise de modelo politico econ6mico, 0

que ref1etiu neste periodo foram as chamados projetos de ensina de Ciencias,

destinados ao ensina de 18 a 4- serie do Ensino fundamental.

Esses projetas de ensina se caracterizaram basicamente pel a prodw;ao de

textos, material experimental e treinamento de professares vinculados a uma

valorizayao do conteudo a ser ensinado.

Do come<;odo seculo XX ate 0 final da decada de 50, 0 ensino de Ciencias

fo; introduzido e desenvolvido sempre sob 0 parametro de outras disciplines e do

ensino tradicionaL Este ensino visa va, desde a escola primaria, capacitar a

estudante a prosseguir seus estudos ate a forma.,ao no 3° grau, ou seja, gradua<;:Boda Ensino Superior.

A partir do final desta decada surgiram novas tendencias, e os projetos de

ensino de Ciifmciascomeyaram a ser produzidos a partir do final da decada de 60. A

partir dos anos 70 e que houve maior investimento de recursos no ensino de

Ciencias.

Segundo os Parametros Curriculares Nacionais (V.01,p.38), grandes

movimentos educacionais influenciaram as Tendencias Pedagogicas no Brasil

destacando·se:

A Tendencia Tecnicista baseada em concepyees oriundas da psicologia

comportamental, que caracterizou-se pelo uso de instruc;ao programada, analise de

tarefas, ensino par modulos, auta-instrutivo, com enfase na avaliayao.

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A Escola-Novista, preocupava-se em ensinar 0 Mmetodo cientificoM e 0 usc de

uma abordagem "psicoI6gica" dos conteudos. Valorizava as atividades

experimentais. Enfatizando 0 metodo da redescoberta, cuja conce~ao envolvia a

sucessao de atividades com as aJunos de maneira que estes imitassem as trabalhos

dos cientistas.

A Tend€mcia, e a eieneia Integrada, que, atraves de urna suposta integrayao

entre as Ciencias Naturais, que S8 ocupam de distintos objetos de investigac;ao,

cada urna com SUBS especificidade, e sao portanto nao-integraveis e excluindo as

Ciencias Socia is, firmando ...se nesta proposta de que 0 professor precisa quase que

unicamente usar as materiais instrucionais, nao necessitando conhecimento segura

e relativamente profunda do conteudo a ser ensinado.

Nao S9 pode garantir S8 estas Tendimcias tinham sido aplicadas

consistentemente em muitas escolas. Pelo contra rio, ha indicadores de que

penetraram modestamente nas salas de aula. Oependendo do momento hist6rico,

das condiy6es sociais e economicas, alteram-se as posturas em relayao aeducag80 e, consequentemente a forma ou a metodologia de trabalho do professor,

Qutras tendemcias fizeram e ainda fazem parte deste contexto.

Na tendencia Tradicional na qual sua proposta de educa~o e centrada no

professor, cuja func;ao se define como a de aconselhar e vigiar os alunos, corrigir e

ensinar a materia. A metodologia baseia-se na exposic;ao oral dos conteudos, numa

sequencia pre- determinada e fixa, sendo enfatizada a necessidade de exercicios

repetidos para a memorizagao dos conteudos. A fungao primordial da escola etransmitir conhecimentos disciplinares para a forma980 geral do aluno, nao

buscando estabelecer rela¢es entre os conteudos que se ensinam e os interesses

dos alunos.

Para a tende!ncia Renovada, 0 centro de atividade escolar nao e 0 professor

nem as conteudos disciplinares, mas sim 0 aluno, como ser ativo e curiosa. 0 mais

importante nao e 0 ensino, mas 0 processo de aprendizagem por descoberta, no

qual os alunos aprendem pela e.xperiencia.

Tendencia Critico - Social dos Conteudos, assegura a fungao social e politica

da escota mediante 0 trabalho com conhecimentos sistematizados, colocando as

classes sociais em condic;Oes de participac;ao nas tutas sociais. E necessaria que

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se tenha dominic dos conhecimentos, habilidades e capacidades mais amplas, paraque os alunos possam interpretar SUBS experilmcias e defender seus interesses declasse.

Ja a tendencia Libertadora e baseada na atividade escolar, pautada em

discuss6es de temas sociais e politicose em ayi5es sabre a realidade socialimediata. Os problemas sao analisados, e busca-se configurar uma forma de ayao

que venha ser capaz de transformar a realidade social e politica.

A ciencia atraves do tempo vern se transformando, assim como a hist6ria doEnsino de Ciencias, que no Brasil caracterizou-se em mudan98s e revoluc;aessempre relacionadas a situac;ao hist6rica na qual se encontrava.

Na seqOencia, seriio abordados sugestaes para trabalhar os contelidos

conceituais e procedimentais de Ci€mcias Naturals para alunos da 1- serie do EnsinoFundamental.

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4, COMO TRABALHAR OS CONTELJDOSCONCEITUAIS E PROCEDIMENTAIS

DE CIENCIAS NATURAlS PARA ALUNOS DA l' SERlE DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Os conteuctos conceituais sao aqueles que referem-se a urn conjunto de fatos,

objetos, simbolos que possuem aspectos comuns e se relacionam entre si, estes

permitem-nos compreender a realidade e dar sentido a ela, para assim poder

organize-Ia e prevs-Ia, e as conteLJdos procedimentais, sao aqueles que S8 referem

as regras, tecnicas, metoctos, habilidades, estrategias, procedimentos, ou seja, a urn

conjunto de 8c;oes dirigidas a urn tim deterrninacto, tais como ler, desenhar, calcular,

observar, investigar, dentre Qutros, assim sendo, estes conteudos priorizam a visao

global, ou seja, como um todo, no qual 0 aluno fara a rela<;iio ao que e, fazer e

saber, permitindo analisar como S8 aprende e como S8 deve ensinar.

A escola tern como objetivo alcan~r fins necessarios para trabalhar na

aprendizagem de uma serie de conteudos diferentes caracteristicas, au seja, a

modo como sao aprendidos e como podem ser ensinados.

Ao classificar conteudos de aprendizagem ZABALLA (1999) apud M.O.

MERRill (1983) que utiliza CEZAR COll (1996) e adota pelos curriculos oficiais, a

qual estabelece uma distribuiyao em tres grandes grupos: os conteudos conceituais,

as conteudos procedimentais. e os atitudinais, senda diferenciado os conteudas de

aprendizagem segundo a usa que etes devem fazer, au seja, havera conteudos que

e preciso ·saber" (conceituais) conteudos que e preciso ·saber fazer" (

procedimentais ) e conteudos que admitem ·se'" (atitudinais),

Para ZABAlLA ( 1999, p,10 ) a distribui<;iio de conteudos segundo 0 usa (

saber, fazer, ser ), que nesta categoria do saber fazer, quer dizer, as conteudos

procedimentais, 0 autor ressalta COll no Macro-Curricular (1986, p, 46), ·um

procedimento tambem chamado de regra, tecnica, metodo, destreza, habilidade - e

um conjunto de agoes ordenadas e com uma finalidade, quer dizer, dirigidas para a

realiza<;iiode um objetivo·,

Segundo Cesar Coli, (IN ZABALLA,1999,p,10), conteudos procedimentais sao

aquetes conteudas de aprendizagem que S8 enquadrarn na definicyao de ser urn

conjunto de agOes ordenadas e dirigidas para urn firn. Ja as conteudos conceituais

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sao referentes a fates e a princfplos, no qual, a categoria de conteLidos conceitu8is

abrange diferentes tipos: dados, conceitos e principios C .. ), a categoria de

procedimentos tambem abrange diferentes tipos, no qual se constituem em cursos

de a9iio ordenados e orientados para a constru9iio de metas.

Assim as conteudos procedimentais nos quais agrupam urn conjunto de

procedimentos ande aproximem as crianyas a formas de desenvolver, criar e

proceder de maneira coerente com 0 modo de produC;8ocientifico.

Sendo assim, a escola deve proporcionar urn metoda de trabalho no qual as

crian<;:as possam apropria-se desses conteudos mencionados. WEISSMAN,

(1998,p.22), afirma que: na aprendizagem de conteudos conceituais 0 campo mais

investigado no conjunto de pesquisas sabre a aprendizagem das Ciencias Naturais. ~~ ainda pouco 0 que e pesquisado sobre a aprendizagem de conteudos de

procedimentos ou de atitudes.

E preciso que haja urna reflexao sabre as contelides a serem desenvolvidos,

sabre a propria atuac;.ao, au seja, as exercfcios requerem urn suporte reflexivo

adequado que nos permitam anatisar nassos atos e, consequentemente, melhora-

los, nos quais estarao associ ado a um conhecimento significativo dos conteudos

conceituais e procedimentais que se exercitam ou se ampliam.

o aluno, ao ingressar na escola em seu periodo de alfabetiza9iio, ja tras

consigo conhecimentos previos nos quais 0 professor deve valorizar e considerar.

Pesquisas apontam que 0 objeto de estudo os conhecimentos previos das

crian<;:astem repercutido no processo de aprendizagem esco1ar: Sustenta-se que os

conhecimentos previos constituem sistemas de interpreta<;ao e de leitura a partir dos

quais as crianyas conferem significado as situayaes de aprendizagem escolar.-

(COll,1987,DRIVER E OUTROS,1989, INWEISSMANN,1999, p.23)

E importante que 0 ensino se estruture a partir desses conhecimentos, para

que os alunos obtenham uma aprendizagem significativa. Neste caso procura·se

modificar esses conhecimentos previos para aproxima-los dos conhecimentos

cientificos que se pretende ensinar ou existindo diferentes estrategias didaticas para

consegui-Io.

Por isso que a explorac;ao das ideias previas e importante e util, e 0 professor

percebera como seus alunos pensam e e imprescindivel trabalhar a partir desses

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conhecimentos dos alunos enquanto marcos interpretativQs a partir dos quais sao

construidos as novos significados.

Nas decadas de 60 e 70 as ciencias eram orientadas principalmente para a

transmissao de conteudos de procedimentos, no qual 0 ensina era baseado em

processos, esses conteudos conceituais cairam em descn§dito.

Na decada seguinte este processo enfrentou situay6es criticas, nao S8

aprendiam as procedimentos como se esperava, e menes ainda se tinha acesso

aos conteudos conceituais.

Atualmente pesquisas apontam que existem uma relac;ao entre 0 modo como

S8 constr6i 0 conhecimento e 0 objetivo de conhecimento que S8 constr6i, au seja,

naD e passivel aprender conteudos de procedimentos separados dos conteudos

conceituais. ( ... ) .. 0 conhecimento naD esta no sujeito, naD esta no objeto, mas na

realidade produzida pela sociedade". ( LAGO,2000,p.04 ), e este conhecimento econstituida individualmente e coletivamente a partir de um processo em que 0 sujeito

interage com a realidade, com outras pessoas, com ambientes socioculturais, enfim

com 0 seu meio.

Para que 0 ensino de Ciemcias seja alcancado, e necessario a amplia980 de

estrategias, procedimentos e meios especificos, envolvendo situac;6es de mudanya

e inovac;.a,o buscando tecnicas, metodos para assim chegar a efetivac;.ao

compreensao da Ciencia.

Estudar Cilmcias Naturais e necessaria e e importante estarmos em contato

com a realidade, pois e nela que 0 estudar acontece, anotar, discutir, comparar, ou

seja, esse contato e fundamental para aprendermos Ci£mcias.

o melhor modo pelo qual se aprende um conteudo seja ele qual for, e fazendo

com que os alunos utilizem os procedimentos pr6prios do trabalho cientifico,

investigando, analisando, fazendo descobertas da realidade tal como ela e. Pois 0

en sino de Ciencias deve mostrar que nos somos parte de urn universe em constante

transformac;ao.

Para a ensino de Cif!ndas Naturais e necessaria a construc;Aa de uma estrulura geral da areaque favore<;.aa aprendizagem significativa do conhecimento historicamenle acumulado e aforma~o de uma concepyao de Ci~ncias,suas relar;Oescom a TecnoIogia e com a Saciedade.

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Portanto, e necessaria considerar as estruturas de conhecimento envolvidos no processo deensino aprendiz.agem· do aluno, do professor, da Cibncia. (PCN,V.4,p.31 )

Pois e na inter-relac;ao com a realidade que a crian9a se desenvolve,

construindo e reconstruindo suas ideias sabre 0 mundo na qual ela pertence. Assim,

cada vez mais que adiantamos a crian93 urna resposta, nos a impedimos de

aprender e interpretar por meio da mesma a realidade.

o ensine de Ciencias Naturais deve ajudar na compreensao do mundo e suas

transforma96es e permitir que nos reconhetyamos como parte integrante do universo.

Somente por meio desse saber e que podemos questionar, criticar 0 que vemos eu

Quvimos, intervir na natureza e utilizar seus recursos de maneira consciente, agir de

forma responsavel tanto com rela.yao ao ambiente quanto a nos mesmos e, refletir

sobre as quest6es sticas que estao impilcitas na relat;i3o entre a Ciencia e a

sociedade.

Durante ssculos 0 ser humano apropriou-se dos recursos naturais, alterou

ciclos da natureza, acreditando que ela estivesse a sua disposi.yao. Hoje, nos vemos

diante de uma crise ambiental, que coloca em risco toda a vida da populat;i3o.

Saber como a natureza se comporta e como a vida se processa e fundamental

para que 0 aluno aprenda a se posicionar e a orientar suas a.y6es de forma

consciente. Na visao de Dewey • a educas;ao e uma constante reconstrus;ao da

experiencia, de forma a dar-Ihe cada vez mais sentido e a habilitar novas gera.yOes a

responder aos desafios de sociedade: (NOVA ESCOLA, JAN/FEV,2000, p.23 )

o pracesso de ensinar esta Iigado ao de aprender, possibilitar 0 aluno 0 acesso

ao conhecimento sistematizado, e urn instrumento indispensavel neste processo de

trocas de experiencias.

Na sequencia serao sugeridos conteudos de maior enfase para alunos da 1a

serie do Ensino Fundamental com base no Projeto Politico Pedagogico e na Grade

Curricular da Escola Estadual Republica Oriental do Uruguai. Uma vez que os

conhecimentos que os alunos devem adquirir em Ciencias Naturals nao podem ser

propostos como urn acumulo de conceitos organizados em sistemas conceituais, ou

seja, tentar integrar a teoria com a pratica, bern como, permitir 0 desenvolvimento

dos conhecimentos conceituais e dos procedimentais ao mesmo tempo.

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4.1 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE 0 CORPO HUMANO

OBJETIVOS:

Perceber que 0 corpo dos seres humanos possui semelhanc;as e diferenc;as entre

si;

Relacionar as 6r9805 que estao localizados na cabec;a e no tronco;

Reconhecer os membros inferiores e as membros superiores: nomear as cinco

sentidos;

Listar as 6r9805 dos sentidos e reconhecer suas respectivas fun~es.

4.1.1 Conteudos Procedimentais

o alune a observara 0 seu carpo, suas caracteristicas e seus movimentos na

frente do espelho. E importante considerar as respostas das crian\<,s como

hip6teses e nac como erras au acertos.

A partir dessas conclusOes, serao feitos questionamentos e observa90es para

que possam ser confirmadas ou reelaboradas.

Pedir aos alunos que apontem as partes do seu pr6prio corpo e do corpo dos

colegas. Aproveitando 0 momento para introduzir termos tecnicos, tais como

cabec;a, trancos e membros, Citar outras partes do corpo como: abdomen, torax,

etc..

Ap6s este exercicio. fixar no chao uma folha de papel do tamanho das

crian\<,s, pedir para que elas deitem sobre a folha e que um colega fa\<, um

contorno de seu oorpo. Em seguida, ele pr6prio, ou os Qutros colegas, podem

completar 0 desenho.

Observar 0 contorno do carpa, 0 professor comentara a partir do desenho a

divisao das regi5es do corpo, facilitando 0 estudo. A cabe98 tern 0 crania e a face

Protegido dentro do crania esta urn 6rgao muito importante, 0 cerebra e ainda citar

outros orgaos existentes como as olhos. as onelhas,nariz e boca.

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o tronco i! (ormado pelo pesc~, torax e abdome. As costas sao a parte de

tras do torax e do abdome. Os membros superiores possuem brayo, antebrayo e

mao, e os inferiores, coxa, perna e pe.

Como sugestao cantar a musica "Cantiga popular infantW:

Cabeya ombro perna e pi!

Perna e pi!

Cabeya, ombro

Perna e pi!

Perna e pe,

Olhos e nariz.

Cabeya, ombro,

Perna e pi!

Perna e pi!

Brayo, antebrayo, pulso e mao

Pulsa e mao.

Olhos, orelhas, boca e nariz.

Cabeya, ombro, perna e pePerna e pe.

Propor aos alunos movimentos que possam realizar com 0 seu corpo. Realizar

movimentos como andar para tras, pular corda, correr, saltar, imitar 0 pula de urn

sapo. Em duplas locomover--se sem usar as pes, tentar andar com as pernas

esticadas sem dobra-las. Ao finalizar os exercicios, questionar qual atividade

realizou com mais dificuldade ou facilidade.

Ap6s os exercicios cementar que as pessoas andam e correm apoiadas sabre

dais membros inferiores. Ja. muitos animais andam apoiados sobre os quatros

membros, as vezes os membros superiores sao bem diferentes de uma especie de

ser vivo para outra, eles podem servir para carrer, escavar a terra, voar, nadar, etc ..

A pratica de exercfcios e esporte e muito importante para manter uma vida

saudavel. As crianQas precisam conscientizar~se de que alguns cuidados podem

ajudar a manter a saude.

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4.2 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE HABITOS DE HIGIENE

OBJETIVOS:

Reconhecer a importancia dos habitos de higiene na preven<;iio de doen~s;

Conhecer a importancias das vacinas na preven980 de doen~s.

4.2.1 Conteudos Procedimentais

Existem habitos de higiene que as pessoas devem seguir para que a qualidade

de vida seja ainda melhor. Alimentayao sauda.vel, vacinas, descanso, lazer e habitos

de higiene sao alguns cuidados indispensaveis para uma vida saudavel. Como

exemplo a ~pele ~, todo 0 nossa corpo e revestido par ela, e ela que evita que muita

agua saia do nossa corpo, pais S8 isso acontecesse, 0 nossa corpo ficaria

desidratado. A pele ajuda a evitar que 0 nossa corpo seja invadido par microbios que

existem no ambiente.

o banho e muito importante, a agua 0 sabonete retiram 0 suor e a gordura

eliminados atraves da pele, essas substancias acumuladas causam desconforto,

mau cheiro e alergias.

Alem dos cuidados que se deve ter com a higiene pessoal, tambem com a

higiene dos alimentos e ambientes. Fazer esta conscientiza~o em aula expositiva,

comentando tambem que as fru1.as devem ser lavadas. A agua usada para beber

deve ser potavel. As verduras devem ser deixadas de molho na agua com algumas

gotas de agua sanitaria ou de vinagre antes de serem consumidas, pelo menos 30

minutos.

Para que tenhamos urna vida saudavel, nao bastarn apenas os cuidados com a

higiene do corpo. Precisamos manter nosso organismo alimentado.

A qualidade na alimentac;ao e muito importante, pais precisamos comer

alimentos, que tenham side limpos e preparados com higiene.

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Esta alimenta9iio deve ser rica em verduras, legumes, lnutas, alem de escolher

e preparar bern os alimentos, tambem e importante comer nas horas certas e em

ambientes confortaveis e tranqOilos.

Para evitar algumas doenc;as, e necessaria estar em dia com as vacinas. Elas

servem para prevenir algumas doenc;as contagiosas tBis como: caxumba, sarampo,

poliomielite, etc. Essa doenc;as podem ser evitadas S8 as vacinas fcrem tomadas na

epoca certa.

Realizar urna pesquisa em sala, para verificar quantas crianc;as possuem

·Carteira de Vacinac;Ao~ e quantas nao possuem. Com iSSQ, pode-s8 informar

tarnbam as familias, conscientizando-as

E importante passar aos alunos urna idei8 de saude como urn estado de bem-

estar, que envolve alimenta980 variada, higiene do carpa, dos alimentos, dos habitos

alem de atividades de lazer.

4.3 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE ORGAOS DOS SENTIDOS

OBJETIVOS:

Identifica,80 dos 6rg80s dos sen tid os e suas lun<;6es;

Reconhecimento da importancia dos orgaos do sentidos para a identificayao das

caracteristicas de diversos ambientes;

Conscientizac;ao da necessidade de S8 manter 0 corpo saudavel, em especial os

6rg80s do sentidos.

4.3.1 Conteudos Procedimentais

Comeyar a aula discutindo e refletindo, S8 nac tivessemos othos para enxergar,

ouvidos para ouvir, lingua para sentir 0 gosto (paladar) dos alimentos, pele para 0

sentido do tata e nariz para perceber os cheiros (adores), seria passivel comunicar-

se e perceber 0 que existe au ocorre ao seu redor?

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Realizando experiencias relacionadas aos orgilos dos sentidos, partindo do

concreto e do cotidiano da crian,,". Fazendo descobertas a partir de brincadeiras,

pesquisas e observayaes. Trocando ideias e registrando.

Os orgaos dos sentidos estao localizados no exterior do corpo e recebem a

informac;ao de tudo a que ocorre ao nosso redor. Sao cinco as sentidos: a visao, que

nos permite ver ao nos rodeia; a audiyao, que nos per mite escutar; 0 paladar,

tarnbam chamado de g05to, que nos permite saborear as alimentos; 0 alfato, que

nos permite captar os odores; e 0 tato, que nos permite sentir se algo esta frio ou

quente, umido au seeD, lisa au aspero, se espeta au d6i.

4.3.2 0 Sentido do Tato

A professora colocara diversos objetos dentro de uma caixa de papelao. Os

alunos colocarao a mao dentro da caixa para identificar atraves do tato as objetos

existentes.

A professora perguntara: a que sentiu ? que objetos voce acha que tern

dentro da caixa? Como oj seu formato? Eo aspero? Eo liso? Etc..A pele oj um orgiio do

sentido do tato, ela recobre 0 nosso corpo, protegendo-o.

Atraves do tato podemos perceber a forma do objeto, se oj liso, aspero, mole,

duro, fino, grosso, etc .. No corpo humano, ha regioes da pele onde 0 tato e mais

desenvolvido. Por exemplo na penta dos dedos enos labios:

4.3.3 0 Sentido da Visao

Com a auxilio dos 01has, obtemos muitas informac;6es do ambiente em que

estamos. A visilo oj 0 sentido com 0 qual percebemos essas informa90es. Os olhos

sao as orgaos da visao.

Observar os 01has do colega mais proximo. Com 0 auxilio do espelho observar

os proprios olhos. Fazer anotayOes sobre 0 que descobriu de diferente entre os

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olhos e 0 do seu colega. Aproveitar 0 espelho para reparar nas estruturas queajudam a manter os olhos limpos e saudaveis, as sobrancelhas, elas impedem que

o suer que escorre da nossa testa atinja nossos olhos.

Os cilios protegem os olhos evitando que grande parte da poeira existente no

ar chegue ate eles. Ao piscarmos, as lagrimas se espalham nos olhos, ajudando a

remover a poeira do ar. Alem disso as lagrimas evitam que os olhos fiquem

ressecados.

Nossa visao depende da luz do ambiente em que estamos. A luz do sol ilumina

mais que 0 luar e a luz das estrelas que vern os a noite. E par isso, que de dia,

percebemos melhor as abjetos que a noite. Com as olhos percebemos cores,formas, tamanhos, distancias, eles tambem nos informam sobre a posiyao dosobjetos, movimentos e sentidos.

Imagine urn mundo sem cores ...Como seriam as pessoas, os anima is, asplantas, sua casa, os rios, 0 ceu, 0 arco·fris ?

4.3.4 0 Sentido da Audi~ao

A audi~o e 0 sentido com 0 qual percebemos os sons. Os ouvidos sao os

6rgaos da audi~o. Alem da parte externa que vemos, ha tambem partes intemas da

orelha, nas quais sao as mais importantes.

Fechar os olhos e ficar em silencio. Procurar ouvir os sons que estao ao seuredor e tentar descobrir como e onde eles estao sendo produzidos. Nos podemos

reconhecer os sons que muitos animais produzem. Par exemplo: 0 gato mia,pesquisar os nomes dos sons de alguns animais.

Para comprovar a importancia da audi9aO, colocar os alunos em circulos, urnaluno ficara no centro vendado. Sera passado um chocalho pelo ctrculo quando 0professor der 0 sinal, quem ficar com 0 chocalho balan9ara 0 mesmo para 0 aluno

do centro descobrir da onde vem 0 som.

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4.3.5 0 Sentido do Olfato

Existem muitos tipos de cheires, artificiais, naturais, seja qual for a origem do

cheiro. 0 orgao que nos permite senti-Io e 0 nariz. Dizemos par tanto que 0 nariz e 0

6r98o do olfato. Os pelos existentes no nariz tern urna importante func;ao, filtrar e

aquecer 0 ar que respiramos.

Cuidados que devemos ter com 0 nariz:

limpar 0 nariz utilizando apenas len<;o de papel macio.

Evite 0 ressecamento do interior do seu nariz umedecendo-o com urn

pouco de agua ou soro apropriado.

Existem pessoas que sao alergicas a perfumes au sentem dar de cabe9a

par causa deles. Par isso, nao exagerar ao passar perfume. E urna questao

de respeito pelo nariz dos outros.

Reunir-se com cinco colegas, nurn papel escreva em urna folha de papel a

nome dos participantes. Vendar as olhos de urn dos colegas. Numa caixa, colocar

sete coisas diferentes que ten ham cheiro de frutas, como mexerica, goiaba, mamao,

flores, como rosa ou Iirio, temperas, sabonetes, perfumes, etc .. pegue uma coisa de

cada vez, e aproxime do nariz de seu co\ega para ele identificar 0 cheiro. Quantas

coisas ele identificou? Anote 0 resultado. Repetir a experiencia com todos do grupo.

Quem tiver identificado mais coisas ganha 0 joga.

4.3.6 0 Sentido do Paladar

Eo com 0 auxilio da lingua que percebemos 0 gosto. 0 sabor dos alimentos. A

lingua e 0 6rgao do paladar. A lingua e a parte do corpo capaz de perceber os

diferentes gostos au sa bores.

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4.4 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE RECURSOS NATURAlS

OBJETIVOS:

Identificar as elementos que lazem parte da natureza; solo, ar, agua;

Assimilar a importancia do af para as seres vivos;

Perceber a importancia da agua para as seres vivos;

Reconhecer a importancia do af para os seres vivos;

Assimilar a importancia e a preserva.yao do solo:

Compreender a importancia da preservayao dos recursos natura is.

4.4.1. Conteudos Procedimentais

4.4.2 0 Ar: importancia e caracteristicas

o af esta presente em todos as lugares, ocupa 0 fundo dos vales, a superficie

dos mares, circula pelas montanhas, planicies e minas subterrimeas, S8 mistura com

a agua dos rios, lagos e mares e penetra nas lendas do solo. Alem disso , gra98s ao

oxigimio presente no af e que os seres vivos terrestres respiram.

Urna das principais caracterlsticas do ar e que ele pesa. Como podemos

comprovar issa? Pesando um balao cheio de af e autro igual vazio. 0 balao mais

pesado sera a que esta cheio de ar, pois alem do seu pr6prio peso, tem a peso do ar

contido no seu interior.

o professor direcionara os alunos para que observem como 0 pelto fica

estufado quando esta cheio de ar. E apes uma corrida, 0 que acontece ?

Proporcionar aos alunos maneiras de evidenciar a existencia do ar, correndo e

sentindo a vento no rosto, abanando-se com um leque, etc .. Apes a realiza~o das

experiemcias propostas, as alunos deverao ter liberdade para expor suas

concJusoes, levando em conta as hip6teses levantadas pel os mesmos.

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Ressaltar que 0 ar nos proporciona momentos de lazer, pois atraves dele epossivel empinar pipas, passear de barco a vela, brincar de bolinhas de sabao, etc ..

E importante que as alunos tarnem conhecimento de que muitas doen<;as,

principalmente as do sistema respiratorio, sao causados pela polui9Eio do ar, e essa

poluiyao e decorrente da fuma9a das industrias e dos carros que liberam elementos

t6xicos no ar.

4.4.3 A Agua como recurso natural: urn bern escasso

A agua esta presente em quase todos as lugares, pois cobre a maior parte da

superficie terrestre e e a substancia encontrada em maior quantidade nos seres

vivos. No ser humano a agua constitui mais da metade do seu peso. Sem agua nos

nao existiriamos, bern como as animais e as plantas. Para sobreviver, os seres

vivos precisam manter 0 organismo com urna quantidade de a.gua adequada e

constante.

A agua e urn dos recursos naturais rna is importantes e facilmente encontrados

no planeta terra. A professora direcionara urna pesquisa na qual os alunos

observarao figuras, fotos de lugares onde a agua pode ser enccntrada. A partir da

pesquisa a professora questionara onde rna is podemos perceber a presenya da

agua a partir dai podera ser feito urn painel citando os lugares existentes.

o nosso planeta e formado principal mente por agua, apesar de sua maior parte

nao poder ser utilizada na nassa vida cotidiana. De fata, so utilizamos a agua doce,

como ados rios, lagos rnananciais. A agua do mar contem uma grande quantidade

de sais minerais dissolvidos, pcr isso e chamada de agua salgada e nao pode ser

consumida, Na realidade, a agua dace tambem passui sais minerals dissolvidos,

mas em urna porc;ao muito menor. Portanto, a agua de que necessitamos para viver

e um recurso natural raro e precisamos aprender a nao desperdit;3-la.

4.4.4 Tipos de Solo

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Normalmente pensamos que 0 solo e 0 lugar par ande nos deslocamos, a zona

mais superficial da terra. Chamamos 0 solo de qualquer superficie que pisamos, no

entanto, 0 solo e mais do que isso, ele sustenta as plantas, flxando-as e fornecendo-

Ihes nutrientes. 0 solo e 0 resultado da intera\Oiio das rochas com a atmosfera, a

agua, e os seres vivos, e permite 0 crescimento das plantas e 0 seu

desenvolvimento.

Levar a aluno a observar as varios tipos de solo, agricola ou naco Observar

amostras do solo, 0 aluno paden; perceber alguns elementos que 0 compeem

dentre eles a agua, 0 ar, animais vivos e em decomposi930 e nutrientes. A umidade

depende da quanti dade de agua nela retirada. Para provar que existe agua no solo,

o professor pode direcionar a seguinte experiemcia: colocar urn pouco de terra dentro

de urn saco plastico, fechar bern e expor ao sol. As paredes internas do plastico

ficariio cheias de goticulas d'agua.

E importante ressaltar aos alunos as formas de destrui~o do solo como: a

erosao, 0 vento, incendios e tambem suas conseqQ~ncias e caracteristicas. Os

maiores agentes de degrada.yao do solo sao os desmatamentos, a erosao, as

queimadas, a palui\Oiio causada pelo lixo e por agrot6xicos, usadas nas planta<;6es.

4.5 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE OS SERES VIVOS E NAo VIVOS

OBJETIVOS:

Distinguir seres com vida de seres sem vida; relacionar as principais

caracteristicas dos seres vivos;

Identificar alguns seres vivos; reconhecer as principais caracteristicas dos

seres sem vida; identificar alguns seres sem vida;

Compreender que os seres humanos dependem dos outros seres com vida e

de diversos seres sem vida para viver e desenvolver-se

4.5.1 Conteudos Procedimentais

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Fazer urn passeio nos arredores da escola para que as alunos observem e

identifiquem seres vivos e seres sem vida. Oepois questionar quais sao as

diferen<;as entre esses seres e leva-los a perceber que a principal del as e que uns

possuem vida e Qutros nao.

Tudo que existe na natureza e chamado de ser as seres possuem varias

form as, tamanhos, cores, mas a principal diferenc;a entre elas e que uns possuem

vida e Qutros nao. Par issa as seres sao classificados em seres com vida e seres

sem vida. Os seres com vida tambsm sao chamados de seres vivos. as seres

humanos, assim como as animais e as plantas, sao seres vivos. 0 ser vivo nasee,

cresce, pode S8 reproduzir, envelhece e morre.

Os objetos fabricados e construidos pelas pessoas, como os carros, os

moveis, as maquinas, as brinquedos, as materiais escolares, tam bern nao possuem

vida, pais as seres sem vida nao nascem, nao crescem, nao se reproduzem e nao

morrem.

Como pesquisas as alunos trarao para a sala de aula figuras de seres vivos e

nao vivos, e irao construir paineis classificando-os.

4.6 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE VEGETAIS

OBJETIVOS:

Reconhecer a importancia dos vegetais como ser vivo; relacionar as

necessidades vitais das plantas;

Identificar as diferentes partes e suas respectivas func;6es; reconhecer as

diferentes utilidades da planta;

Compreender que 0 jardim e 0 local onde se cultivam plantas usadas para

enfeites;

Destacar que a horta Ii 0 local onde se cultivam verduras e legumes;

Identificar 0 pomar como 0 local onde sao cultivadas aNOreS frutiferas.

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4.6.1 Conteodos Procedimentais

Existem milhares de especies de plantas que apresentam uma grande

diversidade de formas, tipos e adapta¢es de ambientes onde vivem. A professora

podera trazer para a sala de aula fotografias de Qutras plantas au ate mesmo

pequenas plantas, para que os alunos possam compara-Ias. Encaminhar 0 trabalho

de forma que as crian<;aspercebam que nem todas possuem as mesmas partes

como as samambaias, liquens, os musgos, etc ..

A professora explicara aos alunos qual e a fun9ao de cada parte da planta.

Come<;andopela raiz, que tem por fun9iio a fixa9aOdo vegetal e absor9iio de agua e

sais minerais. 0 caule, sustenta as fat has, flores, e 0 fruta. A folha e respons8vel

pela respira9iio e pela produ9ao do alimento para a planta. A flor e responsavel pela

reprodu9iio e 0 fruto guarda e protege as sementes.

As plantas sao muito importantes , pois elas servem de alimentos para as seres

humanos, ou seja, para as pessoas. Na alimentac;ao usamos diferentes partes das

plantas, par exemplo, as raizes: cenoura, beterraba, mandioca, etc., caules: palmito,

cana- de a9ucar, etc., folhas: repolho, almeirao, alface, etc., flores: couve- flor,

br6colis, etc., frutos: laranja, tomate, abobrinha, etc., sementes: feijao, amendoim,

grao- de - bico, etc.

Em seguida a professora comentara sabre as caracterlsticas e diferen~s do

jardim, da horta e do pomar. 0 jardim e 0 local onde sao cultivadas as flores como:

rosas, margaridas, cravos, dalias, algumas folhagens e muitas Qutras plantas. Horta

e 0 local onde sao cultivados alguns vegetais como: alface, couve, repolho etc.

Pomar e 0 local cnde estao plantadas arvores frutiferas como: abacateiros,

laranjeiras, bananeiras e outras. Como atividade, a professora pedira para os alunos

para que desenhe e nomeie cada urn dos itens aeima eitados.

4.7 CONTEUDOS CONCEITUAIS SOBRE OS ANIMAlS

OBJETIVOS:

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Encaminhar os diversos tipos de habitats dos animais; identifica-Ios de acordo

com a numero de patas;

Compreender que machos sao anima is do sexo masculino e as femeas do sexo

feminino;

Reconhecer que cada animal tern urn jeito proprio de se comunicar;

Identificar as sons emitidos par alguns animais;

Nomear animais domesticos e animais silvestres; identificar alguns animais de

estimac;ao;

Reconhecer a importancia da vacinaC;8o dos animais de estima~o;

4.7.1 Conteudos Procedimentais

Os animais podem ser encontrados em diferentes ambientes, tanto aqua.ticos

como terrestres. A professora usara , livros, revistas, figuras, fotos e Qutros materia is

para que as alunos possam observar e identificar, 0 ambiente, a origem e bern com

suas caracteristicas. A mesma propare. aos alunos, para modelar com massa au

argila, alguns animais escolhidos por eles e expor estes animais durante as aulas de

ciencias, classificando-os de acordo com suas caracteristicas. Organizar atividades

como dramatiza95es no qual as alunos imitarao as sons e 10comQ\:oes dos animais,

au ainda recortar figuras de animais e coloca-Ias em uma caixa, pedir a urn aluno

que, sem olhar, pegue uma figura da caixa e diga se aquele e urn animal domestico

ou silvestre.

Conversar com os alunos sobre os animais de estima~ao que eles tem ou

gostariam de ter, em caso de afirmativo, perguntar se foram vacinados e se eles

tomam, com seus animais, os cuidados necessarios. Dividir os alunos em grupos, no

qual cada urn construira urn cartaz com as caracteristicas deterrninada pela

professora como: animais cobertos com pelos, penas, animals bipedes,

quadrupedes, que rastejam, etc.

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5. CONCLUsAo

A citancia e uma forma de conhecimento que 0 ser humane foi desenvolvendo

atraves da hist6ria, para compreender a si mesmo e 0 mundo natural e material que

o rodeia. Pais vivemos em uma civilizay80 onde as danc;a e suas aplicayoes

tecnologicas estao presentes em toda atividade humana, no trabalho, na economia,

nas comunicayoes, na saude, na moradia, no transporte e na vida domestica e

cotidiana.

E e nas escolas que estudamos assuntos relacionados com a ciencia, porque 0

objetivo do ensino atual e aproximar 0 conhecimento cientifico a todos os

estudantes. Estudando ciemcias, podemos conhecer procedimentos e tecnicas que

VaG se modificando ao longo do tempo. E para que este ensino seja alcanyado , enecessario a ampliac;a.o de estrategias, procedimentos e meios especificos,

envolvendo situayoes de mudanc;:a e inova<;ao, sempre buscando tecnicas e

metodos para assim chegarmos a uma efetiva compreensao da ciencia.

Pois e nas estrategias de ensino que devem permitir que as alunos relacionem

e diferenciem suas ideias das cientificas. Mesmo assim, parece ser fundamental

que se adotem estrategias de ensino nos quais possam haver interayoes entre os

conhecimento dos alunos, destes com 0 meio, de modo que 0 resultado de tais

altera9iies de mundo desse aluno, e que isso possa Ihe proporcionar uma melhor

rela\'iio com ele. 0 melhor modo para se aprender ciencias ou outro conteudo e

fazer com que os alunos utilizem os procedimentos proprios do trabalho cientifico,

investigando, analisando, fazendo descobertas da realidade, pois 0 Ensino de

Ciencias deve mostrar que nos somos parte de urn universo em con stante

transforma\'iio.

Segundo Ausubel, 1967, (in Schunetzler, 1992, p. 12),' 0 aluno aprende por

um processo seu, idiossincratico, proprio, de atribuiyoes de significado que resulta

de intera9iies de novas ideias com as ja existentes na sua estrutura cognitiva'.

No contato e na inter-relac;ao com a realidade que a crianc;a se desenvo!ve,

construindo e reconstruindo suas ideias sabre 0 mundo na qual ela esta inserida.

Par tanto atraves deste saber, e que podemos questionar, criticar 0 que vemos e

ouvimos, intervir na natureza e utilizar seus recursos de maneira consciente, agir de

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forma responsavel tanto em rela9ao ao ambiente quanta a n6s mesmas, e refJetir

sobre as quest6es eticas que estao implicitas na relay80 entre Ciemcias e a

sociedade.

Urna vez que estamos estudando Ciimcias, poderemos conhecer seus

procedimentos e tecnicas, que VaG se modificando ao longo do tempo.

As quest6es apontadas aelma nao tern 0 objetivQ de dar respostas finais a

discussao sobre os ccnteudos a serem ensinados e a priltica do professor, mas

acredita-se que elas suscitam novas investiga¢8s e reflex6es sabre 0 tema, que par

5i e polemico e desafiante.

Par tim, acredito que precisamos nos informar sabre as avanc;os cientlficos,

peis eles freqOentementealteram os conhecimentos jil estabelecidos.

Apesar da relevancia da pesquisa ora desenvolvida, bern como 0 cresci menta

pessoal e profissional do pesquisador, acredita-se na importancia de Qutras

investigac;Oes e pesquisas cientificas que contemplem os diferentes niveis de ensino

a flm de analisar e proper um aperiei<;oamento atraves de projetos que venham

ajudar a melhorar a priltica pedagogica nas escclas.

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