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EDIÇÃO GLOBAL

José Tiberius é o autor principal de la editorial Molwick.

Com mais de 40 milhões de visitantes e dois milhões de livrosbaixados em formato PDF, será certamente um dos autoresmais lidas de ensaios científicos em espanhol no atualmilênio.

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Além disso, note que esses links acompanham ou sãoacompanhados, quase sempre, de ligações à Wikipédia ou apáginas como a National Geographic.

♦O único antídoto para o egocentrismo

da razão pura é o Amor.

 

Molwickpedia: www.molwick.comTítulo: O Método Científico Global eBook: 978-84-15365-60-0 Livro de bolso: 978-84-15365-59-4* © 2007 Todos os direitos reservados Editor: Molwick 3 ª edição: outubro 2016 Autor: José Tiberius Imprimir

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Evolução Condicionada da Vida978-84-15365-49-5978-84-15365-48-8*978-84-15365-95-2**

A Teoria Cognitiva Global (Obra completa)

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O Estudo EDI -Evolução e Desenho da Inteligência 978-84-15365-56-3

Contos Infantis e Histórias de Ninar978-84-15365-58-7978-84-15365-57-0*978-84-15964-31-5**

O Método Científico Global 978-84-15365-60-0978-84-15365-59-4*

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Física e Metafísica de Tempo978-84-15365-63-1978-84-15365-62-4*978-84-15964-21-6**

A Equação do Amor 978-84-15365-70-9

Teoria da Relatividade, Elementose Crítica 978-84-15365-72-3

Física Global

Mecânica Global e Astrofísica978-84-15365-65-5978-84-15365-64-8*978-84-15964-22-3**

A Mecânica Global 978-84-15365-73-0

Astrofísica e Cosmologia Global 978-84-15365-74-7

Dinâmica e Lei da Gravidade Global978-84-15365-67-9978-84-15365-66-2*978-84-15964-23-0**

Física e Dinâmica Global 978-84-15365-75-4

Lei da Gravidade Global 978-84-15365-76-1

Experiências de Física Global 978-84-15365-77-8978-84-15365-68-6*

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O MÉTODO CIENTÍFICO GLOBAL

1. Filosofia da ciênciaa. O conceito de ciênciab. O conhecimento científicoc. Fontes de conhecimento científico

2. O método científicoa. O que é o método científico?b. Características do método científicoc. Etapas da metodologia da ciência

Apresentação: passos do método científico -Método JumpValidação: Método experimental + MétodoVeus vei ou Pop-upAceitação: Sociologia da ciência

3. Metodologia de análise de sistemas complexosa. Vitalismo Condicionado

4. Erros históricos do método científicoa. Metodologia da investigação

Psociologia da ciência na biologiaCiência e teoria da evoluçãoMetodologia da Física GeralFísica Moderna e Postmoderna

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MOLWICKPEDIA Museu de ciência do futuro na Internet.

A vida, ciência e filosofia ao alcance das suas mãos.Ideias modernas sobre física, biologia e psicologia da educação.

MÉTODO CIENTÍFICO GLOBAL

 

O pensador - Rodin(Imagem de domínio público)

1. FILOSOFIA DA CIÊNCIA

O nosso planeta, a Terra, é um de milhões de planetas, talvezinfinitos,  em  existência  no  imenso  Universo.  Desde  oprincípio, ou desde sempre, os seres vivos em geral e o serhumano em particular trataram de compreender a vida etentaram ordenar o mundo com a lógica, o que explica aorigem e o desenvolvimento da filosofia.

Para tentar compreender porque tinha falhado tanto aevolução da ciência e o método cientifico com a aceitação deparadigmas científicos e teorias tão pobres do ponto de vistado sentido comum, havia argumentações da filosofia daciência e reflexões sobre o conceito de ciência em todos oslivros de Molwickpedia.

Na concepção deste livrodedicado ao Método CientíficoGlobal decidiu coletar essasreflexões nele.

Ao mesmo tempo, parece-me importante a defesa dométodo científico e doconceito de ciência atualporque é uma das grandesconquistas da humanidade eda vida em geral. Contudo,acho que seria convenienteque se desprendesse dealgumas lápidesdecimonónicas e deobstáculos vigesímicas; entre as que se podem destacar os seus

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complexos ateus e o ser véu utilitarista respectivamente.

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1.a) Conteúdo e o conceito de ciência

Se nos perguntarmos pelo conceito de ciência ousimplesmente o que é a ciência, teremos que recorrer a umadisciplina externa, a filosofia da ciência.

Em minha opinião, sem pretensões doutrinais, a filosofia estádividida em três grandes grupos: metodologia da filosofia puraou epistemologia, o estudo do conhecimento científico ou filosofiada ciência e o estudo do possível ou metafísica, ou se preferirmetaciência.

Com terminologia menos precisa, a filosofia analisa o mundodo possível e a ciência limita-se ao mundo do provado; afilosofia da ciência se não tem provas, restringe os conceitosenquanto que a filosofia necessita de provas para limitar umconceito.

Filosofia da ciência entendida como um nível de raciocínio lógicoque nos conduz ao conceito de ciência e não como umadisciplina acadêmica que utiliza muitas palavras em latim ouem grego ou referência a numerosos autores. Filosofia da ciênciacomo a auto-limitação que se impõe à criança filósofa paradescobrir as maravilhas do novo mundo que têm umprofundo sentido comum.

Neste título I dedica-se um apartado ao conhecimentocientífico e outro às fontes e características do mesmo.

A percepção, a intuição e a lógica são as três armas utilizadaspelo homem para aumentar o seu domínio sobre a natureza.Como veremos o denominado método científico da filosofiada ciência tem três variantes principais baseadas nestes trêsinstrumentos.

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Neste sentido, a percepção e a lógica são os conceitosextremos enquanto que a intuição se situaria no meio;permitindo esta última a formulação de teorias que superemem alguns casos as desenvolvidas através da lógica e dapercepção ou da combinação de ambas. Em alguma medidatoda a teoria é uma combinação das três.

Por outro lado, inclusivamente do ponto de vista da filosofia daciência não podemos negar que por vezes foi a loucura a quefez avançar a ciência ao ter-se proposto temas que pareciamimpossíveis anteriormente. Noutras ocasiões o que fezavançar a ciência foi o amor, talvez se referisse a isso Newtonao contar-nos o maravilhoso conto da maçã.

O título II dedica-se a comentar as características do métodocientífico, criticando parte da sua terminologia e propondouma simples classificação das etapas e passos do mesmo.Aproveita-se a exposição para incluir dois novos métodoscientíficos e um pequeno apartado sobre os efeitos explicadospela sociologia da ciência na etapa da aceitação das teoriascientíficas.

Por motivos sociológicos, acho que a filosofia da ciência sedesvirtuou no século XX devido à quase constante, por umaperfeiçoamento idealista inalcançável, negação de inegáveisavanços do conhecimento científico lógico enquanto se abraçao ilógico sempre que represente interesses particulares ou degrupo. Talvez se deva a que o próprio desenvolvimento dafilosofia da ciência e do próprio conceito de ciência se encontrena etapa da intrépida adolescência.

Outra forma de dizer o mesmo é que a comunidade científicatrata de esconder as suas próprias limitações na complexidadee a suposta falta de lógica da natureza, quando essascaracterísticas aparentes são a sua razão de ser, porque o serhumano ainda não descobriu grande parte da complexa lógica

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da natureza.

Sobre a filosofia da ciência aplicada à análise de sistemascomplexos versa o título III deste livro.

Em relação ao avanço científico, há que citar a existência nolivro de Contos Infantis de um conto de terror sobre os velhacosda Inquisição, que é melhor ignorá-lo na medida do possível.Quem avisa não é traidor! Por outras palavras, este livro édedicado aos autodenominados céticos modernos.

O título IV concentra-se em rever os erros históricos maisrelevantes que cometeu e continua a cometer o métodocientífico pela utilização de uma filosofia da ciência adaptada àsnecessidades sociológicas.

Vejamos alguns exemplos que sempre se chamaram a atençãopela falta de sentido comum e pela frequência da suarecorrência nos seres humanos, suponho que por umaimplementação errônea da filosofia da ciência.

A existência de planetas extra-solares.

Porque não se aceitou cientificamente a existência de planetas até quenão se detectaramo que parece que são planetas e se aceitou que avelocidade da luz é constante em todo o universo quando também nãose pôde comprovar?

Desde logo, a probabilidade de que existissem planetasfora do sistema solar pode decidir-se que era a unidadepara as probabilidades que maneja o cérebro humanonormalmente.

A probabilidade é, sem dúvida, um elemento associado aoconceito de ciência.

Para mim, as razões lógicas para a sua existência são muitomais potentes do que os novos descobrimentos que

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indicam a sua existência.

Imagino que com o conceito de ciência moderno não sepodia aceitar como certo porque não era necessário nemurgente; mas na prática, a maioria dos humanos pensavaque não existiam ou tinham dúvidas muito maiores do queas razoáveis, o que é bastante diferente de não ter a certezacompleta. Por outro lado, pode-se sempre negar apossibilidade da certeza por influência da filosofia.

A existência de vida orgânica extraterrestre.

Com o conceito de ciência atual e a existência de vida orgânicaacontece o mesmo, do ponto de vista lógico, não podeexistir nenhuma dúvida razoável da sua existência fora donosso planeta ou do sistema solar. Isto é assim pelo jogode probabilidades puramente matemáticas.

A existência de outros conceitos de vida.

Outros conceitos mais modernos de vida ou maisclássicos, dependendo de como se veja, têm outroproblema mais imediato, nem sequer se reconhece ou sepode reconhecer de forma científica a sua existência naTerra. Isto é correto, mas outra coisa é negá-lo como, comDarwin no topo da lista, como mais de um cientistapretende, porque com a negação acontece o mesmo quecom a afirmação: São necessárias provas!

Dada a importância da correta interpretação do métodocientífico e o objetivo de neutralidade pessoal ao avaliar ateoria da evolução que se apresenta; no citado título IV dolivro incluiu-se um apartado especial relativo aos limites doconhecimento derivados dos elementos contextuais de psicologiapessoal, social y de sociologia da ciência que podem afetar aaceitação de uma teoria evolutiva ou outra.

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No livro da Teoria Geral da Evolução condicionada da Vidaexpõe-se com detalhe tanto a crítica da Teoria de Darwincomo uma proposta alternativa coerente com o meuconceito de ciência.

A controvérsia sobre a definição de inteligência.

É desde logo uma questão muito emocional, não se tentaapensa negar o seu caráter genético. Óbvio, pelo menos anível de espécie biológica! Várias vezes nega-se a existênciado próprio conceito ou a possibilidade da suaquantificação.

Até ultimamente se inventou o termo inteligência emocional!

Um  desenvolvimento  natural  da  Teoria Geral da EvoluçãoCondicionada da Vida foi dos quatro livros digitais em linhaem que se dividiu a exposição daTeoria Cognitiva Global:

O Cérebro e os Computadores.Inteligência, Intuição e Criatividade.Memória, Linguagem e outras Capacidades Intelectuais.Vontade e Inteligência Artificial.Estudo EDI - Evolução e Desenho da Inteligência.

Para demonstrar tanta teoria sobre a inteligência elegante,com maior acerto do esperado, desenvolvi o Estudo EDIsobre a análise estatística da evolução e desenho da inteligênciacom base nos dados longitudinais de quocientes deinteligência de famílias (pai, mãe, filhos, irmãos normais egêmeos) existentes graças ao Young Adulthood Study, 1939-1967.

A realidade física.

Conjuntos vazios com conteúdoEnergias negativas

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Coisas que estão em dois sítios ao mesmo tempoTautologias apresentadas como teorias científicasEfeitos anteriores às suas causas ou coisas que saemantes de entrarInstrumentos que mudam a sua medida sem que osseus mecanismos de medição se vejam afetadosForças à distância ou pura telepatiaDimensões e imaginações que não se podem provar ourefutarEfeitos sobre o mundo físico de puras abstraçõesmatemáticasJogos da linguagem e requisitos científicos sobre a suaforma de expressão em física

Como não podia ser de outra forma, o título IV contémapartados dedicados tanto à Física Clássica como à FísicaModerna.

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1.b) O conhecimento científico

Uma  característica  do  conhecimento  pessoal  é  a  dúvidametodológica, pois é mais saudável compreender as coisas queaprendê-las. Mas, claro, temos que colocar certos limites aoconhecimento pessoal, há coisas que não compreendemosmas que aceitamos porque são geralmente aceites, nestesentido o nosso conhecimento científico pessoal é maisreduzido que o feral.

O que quero expressar é a distinção entre as crenças gerais,ainda que sejam de caráter científico, e o que alguém pensa,crê ou aceita como válido firmemente, tão firmemente queanula a possível contradição com o conhecimento científicogeralmente aceite.

Ao longo da minha vida de estudante, em muito poucasocasiões me surgiram dúvidas razoáveis sobre a veracidade oucorreção do que estava a estudar quando a matéria fazia partedo conhecimento científico geralmente aceite.

A primeira que recordo foi a teoria da evolução por mutaçõesaleatórias de Darwin e a dos genes dominantes e recessivos aque se referem as Leis de Mendel. Por sorte, pudedesenvolver de forma estruturada um conjunto de ideiasalternativas em linha com o meu conhecimento pessoal asminhas reflexões sobre a vida e expô-las no livro da TeoriaGeral da Evolução Condicionada da Vida.

A segunda vez que duvidei do conhecimento científicogeralmente aceite, que pelas suas características está muitorelacionada com a anterior, refere-se ao suposto caráter nãohereditário da inteligência defendido pela doutrina oficial dapsicologia e da sociologia econômica. Eu, pelo contrário,

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sempre pensei que existe uma grande influência da herançagenética na inteligência pela minha educação, experiência enatureza.

Também neste segundo caso pude escrever uma quadrilogiaintitulada Teoria Cognitiva Global sobre os meus conhecimentosdo pensamento no qual se inclui em anexo um trabalhoestatístico que, a meu ver, demonstra de forma científica ocaráter fundamentalmente hereditário da inteligência relacionalou inteligência no sentido amplo e da própria existência deuma evolução teleológica ou finalista.

A relatividade do tempo de Albert Einstein foi a terceiracoisa que não tinha clara quando a estudei e muito menosclara quando, posteriormente, tentei compreender asexplicações elementares de outros livros de física moderna. Oproblema não é que não tenha claro, mas sim que tenho claroque me parece que não sabem do que estão a falar. Perdão pelaexpressão!

No final, além de compreender perfeitamente o conceito derelatividades do tempo da física moderna, não gosto e parece-me vontade de complicar o desconhecido. Digo problema,porque a mim ocorreram-me outras ideias que acho que podeser interessante expressá-las e, logicamente, socialmente temos seus riscos de integridade psíquica porque a física é uma área doconhecimento com características muito especiais, ainda quehaja que ter presente que também a biologia, a genética e asneurociências avançaram muito na sua técnica ultimamente.

Não obstante, devo reconhecer que os meus problemas com arelatividade quando não a compreendia eram muito maiscomuns do que seria de esperar de uma teoria supostamentebaseada no conhecimento científico.

Já que falei das dúvidas que me surgiram na busca do

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Árvore do conhecimento

conhecimento pessoal na minha juventude, não quero acabarsem mencionar uma mais, visto que creio que foram quatro asdúvidas de maior transcendência por estar ligadas a conceitosessenciais da nossa vida como o amor, o tempo, a evolução, ainteligência e a herança.

A última grande dúvidametodológica refere-se àfamosa expressão do Século deouro da literatura castelhana, paramim nunca teve sentido pensarque a literatura castelhanaposterior fosse inferior. Eudiria que o famoso século deouro corresponde a uma etapaadolescente e de rápidocrescimento, mas não de máximo esplendor.

Dito de outra forma, espero não ficar com vontade deescrever um livro sobre o crescimento e característicasprincipais das línguas como sistemas de impulso vital.

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1.c) Fontes de conhecimento e as suascaracterísticas

O ser humano tem uma inata tendência para a aprendizagem.

O denominado conhecimento popular é tão amplo ecomplexo que utiliza expressões contextuais para transmitirconceitos que de outra forma seria muito complicado oulevaria  demasiado  tempo.  Uma  amostra  interessante  dosmilhares de expressões é a curiosidade matou o gato, porque émuito semelhante à frase do parágrafo anterior mas nãocompromete nada.

Pelo contrário, poderia começar a questionar-se a primeiraquestão: Porque só o ser humano? De certeza que é inata? Que parte seaprende e que parte é instintiva? é só uma tendência ou é umacaracterística intrínseca e permanentemente operativa? Produz-se só noâmbito do consciente ou também no do inconsciente? Poderíamoscontinuar assim até... Ah, já nos esquecíamos: O que é um ser?

Mais formalmente, se a origem do conhecimento provemexclusivamente da experiência (empirismo - Locke), ou ocontrário (inatismo - Leibniz) ou um compromisso históricode ambos (apriorismo - Kant).

Vemos, pois, a eficiência do conhecimento popular, contudo,pelas suas características tem um grande inconveniente, não éde fiar, em numerosas ocasiões é irônico, uma pequeníssimavariação contextual pode mudar de signo ou significado,noutros casos só pretender alegrar a vida com o humormediante o cruzamento de ideias na mente, às vezes,inclusivamente inverte premeditadamente os elementos causa-efeito, etc.

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Para evitar toda esta série de inconvenientes desenvolveu-se ométodo científico que, na sua versão estrita, conta com trêsmétodos principais por estarem aceites com generalidade pelacomunidade científica. Também se costumam apontarnumerosos métodos particulares em função da matériaestudada com maior ou menor aceitação e normalmentecostumam referir-se a sistemas com características complexas.

Poderia dizer-se que o conhecimento popular é ao métodocientífico o que é a intuição à lógica. Ambos partilham asmesmas fontes do conhecimento: a percepção, a intuição e a lógica.Partilham os problemas relativos aos elementos contextuais eà dificuldade da separação causa-efeito.

Também se pode incluir como fonte do conhecimento tantopopular como científico a criatividade?  Um  exemplo  comofonte do conhecimento popular seria a frase pensa mal eacertarás e um exemplo ilustrativo da criatividade como fontedo conhecimento científico seria a loucura do gênio.

O desenho das características do método científico persegue aobjetividade e a segurança das suas conclusões, por isso nãocostuma cometer erros; pelo contrário, o conhecimentopopular sim comete mas, por vezes, é muitíssimo maiseficiente para transmitir uma ideia complexa; de fato, todos outilizamos com assiduidade.

Em relação às características das fontes do conhecimento, alógica também não deveria cometer erros pois, casocontrário, deixaria de ser lógica e passaria a considerar-secomo puras especulações.

A fonte do conhecimento da intuição sim comete erros, poisapesar de não ter a segurança desejada dos raciocínios, não sedetém e continua com argumentos parciais, chegando aconclusões que ela mesma não pode confirmar nem rejeitar.

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Ao libertar-se da escravidão da segurança, a sua potência émuito maior que a da lógica.

À medida que vai acumulando argumentos parciais, a suamargem de erro vai aumentando e, portanto, a sua eficácia vaidiminuindo. Contudo, por vezes, depois de uma longaargumentação ou pensamento, em que a conclusão final temassociada uma elevada margem de erro, produz-se um fatointeressante que permite melhorar a sua eficáciasignificativamente: à vista da conclusão, encontramos uma viadiferente que nos incrementa a fiabilidade. Mas neste casoencontramo-nos mais na linha da criatividade do que daintuição.

Este poderia ser o caso da Teoria Geral da Evolução Condicionadada Vida, a sua posição filosófica é um tanto aventureira echoca com as crenças e posições mais comuns dentro dasociedade, as suas hipóteses do funcionamento genético sãobastante atrevidas, etc., mas, afinal... Propõem-se meios deverificação empírica! E conseguem-se!

Claro que, em certos casos, a evidência contra uma posiçãopode ser abrumadora e ainda assim persistir em continuar oraciocínio com uma margem de erro quase insuportável,poderia dizer-se que, se no final se consegue descobrir umcaminho para a validação empírica, uma 5ª fonte doconhecimento foi a loucura, o que em certa forma se poderiaconsiderar o mesmo, o amor, ou melhor, a loucura do amor,ou... É melhor não pôr exemplos históricos.

Outra característica interessante e diferente do binômiopercepção-realidade é a relativa à relação entre teoria científicae realidade, tratado amplamente pelo chamado Círculo deViena.

Existem três interpretações das relações entre teoria e

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realidade (observação): o reducionismo, o realismo e oinstrumentalismo ou convencionalismo.

O reducionismo circunscreve a teoria científica ao mundo doobservável, convertendo-se numa simplificação dasobservações. O realismo admite que determinadas entidadesnão sejam observáveis mas requer que sejam reais, ou seja, queexistam independentemente da mente. Por seu lado, oinstrumentalismo ou convencionalismo define-a como uminstrumento útil que permite fazer vaticínios.

Sinceramente, o utilitarismo que se antepõe à racionalidadeparece-me mais técnico que científico, mas suponho que sãoquestões de moda, ainda que possa, durar séculos.

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2. O MÉTODO CIENTÍFICO

2.a) O que é o método científico?

A expressão método científico utiliza-se com diferentessignificados e, frequentemente, abusa-se dela para justificaruma determinada posição pessoal ou social com relativodesconhecimento da complexidade do conceito. Como o seupróprio nome indica representa a metodologia que define ediferencia o conhecimento da ciência de outros tipos deconhecimentos.

A filosofia da ciência cria o método científico para excluirtudo o que tem natureza subjetiva e, portanto, não ésusceptível de formar parte do que denomina conhecimentocientífico. Em última instância, aquilo que é aceite pelosentido comum propriamente dito e, por isso, adquire caráterde geralmente aceite pela comunidade científica e pelasociedade.

Obviamente nem toda a gente estará de acordo com oparágrafo anterior, existem correntes diversas da filosofia daciência que derivam, por sua vez, dos diferentes conceitossobre realidade, percepção, teorias, etc.

Por outro lado, sabemos que existem coisas cuja natureza éprecisamente subjetiva. A aproximação científica a esteselementos é complexa e normalmente efetua-se através dosmétodos científicos menores, desenhados para ramosespecíficos do saber.

Trata-se daqueles que são distintos dos três métodos básicos(indutivo, dedutivo e hipotético-dedutivo ou de verificação de hipóteses)que se costumam aplicar às ciências naturais (física, química,

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biologia, etc.) em contraposição às chamadas ciênciashumanas (economia, política, etc.). Entre estes métodospodemos citar: hermenêutico, fenomenológico, dialético, funcionalismo,estruturalismo, etc.

Na realidade, apesar de receber a mesma denominação demétodos científicos estamos a referir-nos a coisas nãodiferentes, mas sim situadas numa escala diferente.Paradoxalmente, se falássemos do mundo da tecnologia dotransporte, estes gêmeos nominativos referir-se-iam num casoa tipos de peças elementares como porcas ou parafusos enoutro tipo de veículos como motos, carros, caminhões,barcos, aviões, foguetes, etc.

Por outras palavras, existem três tipos básicos e os restantessão tipos compostos dos anteriores que tentam definir umaestrutura complexa e que, portanto, se encontram numa escalamacroscópica em relação aos primeiros.

Da mesma forma, é óbvio que o conceito de tempo vaiassociado ao de vida, e por extensão ao de amor. Mas aexistência do amor não é científica! Também não sabemos muitobem o que é isso da vida. E o que são os sistemas de impulsovital?

Aqui estamos chegando ao problema existencial de certosramos da ciência, não querem ou não podem reconhecer queexistem a vida e o amor com o correspondente exercício dasua liberdade. É como se a liberdade fosse o inimigo doconhecimento e da ciência, esta tenta descobrir leis queexpliquem os acontecimentos e onde não consegue impõe aoseu deus particular a aleatoriedade.

Encontramos um protótipo de agnosticismo em Laplace(1749-1827) quando diz: “Se num instante determinadoconhecêssemos a situação e a velocidade exatas de todas as partículas do

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universo, poderíamos deduzir por cálculos todo o passado e o futuro dele”.Para mim, esta afirmação necessita de um ato de fé maior doque a contrária; simplesmente porque ainda que a liberdadenão seja muito científica sinto-a no meu interior.

Talvez vá sendo hora de mudar e aperfeiçoar o próprioconceito de ciência. Não por ser muito ortodoxo ou rígidoteoricamente conseguem-se melhores resultados práticos;frequentemente, a relação é inversa quando se ultrapassadeterminado limite.

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Aristóteles (384-322 a.c.)(Imagem de domínio público)

2.b) Características do método científico

O método dedutivo, o método indutivo e o métodohipotético-dedutivo são os três métodos científicos a que serefere a denominação genética de método científico.

A primeiracaracterística dométodo científico é asua naturezaconvencional, a deservir de marco degeração doconhecimento objetivo.Por isso existemmúltiplas característicasem função daperspectiva com que seclassifiquem, seestudem einclusivamente sedenominem.

A primeira que mechama a atenção é ofato de que os doisprimeiros têm umnome difícil de distinguir, visto que no âmbito linguístico,podem representar um só conceito com duas manifestações:raciocínio numa direção ou na contrária, do geral para oparticular ou vice-versa.

O problema, logicamente, deriva da dificuldade conceptual de

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separar um método científico de outro de uma forma clara;evidentemente os termos escolhidos não ajudam a reter namemória estes dois conceitos de método científico. Tambémnão ajuda muito a denominação do terceiro método científico.

Uma  característica  de  ambos  métodos  é  que  podem  ir  dogeral para o particular ou vice-versa, num sentido ou noinverso. Ambos utilizam a lógica e chegam a uma conclusão.Em última instância, sempre têm elementos filosóficossubjacentes.

Ambos costumam ser susceptíveis de verificação empírica.Ainda que o método dedutivo seja mais próprio das ciênciasformais e o indutivo das ciências empíricas, nada impede aaplicação indistinta de um método científico ou outro a umateoria concreta.

Para mim, sem pretender entrar em polêmica neste tema, adiferença fundamental entre o método dedutivo e o método indutivoé que o primeiro aspira a demonstrar, mediante a lógica pura,a conclusão na sua totalidade a partir de umas premissas, demaneira que se garante a veracidade das conclusões, se não seinvalida a lógica aplicada. Trata-se do modelo axiomáticoproposto por Aristóteles como método científico ideal.

Pelo contrário, o método indutivo cria leis a partir daobservação dos fatos, mediante a generalização docomportamento observado; na realidade, o que realiza é umaespécie de generalização, sem que através da lógica possaconseguir uma demonstração das citadas leis ou conjunto deconclusões.

As referidas conclusões poderiam ser falsas e, ao mesmotempo, a aplicação parcial efetuada da lógica poderia manter asua validade; por isso, o método indutivo necessita de umacondição adicional, a sua aplicação considera-se válida enquanto

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não se encontrar nenhum caso que não cumpra o modelo proposto.

O método hipotético-dedutivo ou de verificação de hipótesesnão coloca, em princípio, nenhum problema, visto que a suavalidade depende dos resultados da própria verificação.

Este método científico costuma utilizar-se para melhorar ouprecisas teorias prévias em função de novos conhecimentos,nas quais a complexidade do modelo não permite formulaçõeslógicas. Portanto, tem um caráter predominantementeintuitivo e necessita, não só para ser rejeitado mas tambémpara impor a sua validade, a verificação das suas conclusões.

Poderia propor-se, para estas três variantes do métodocientífico, a denominação de método dedutivo, métodointuitivo e método experimental ou método de verificação, ouqualquer conjunto de palavras que façam referência às suasdiferenças fundamentais e não coloquem problemas àmemória linguística. Não obstante, nesta exposição, mantereia nomenclatura geralmente utilizada. Nesta mesma linha seencontra a denominação de método lógico dedutivo que asvezes recebe o método dedutivo.

A Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida seria, emprincípio, uma teoria baseada no método hipotético-dedutivoou método de verificação de hipóteses.

A teoria de Darwin, pelo contrário, estaria enquadrada nométodo indutivo; mas que, apesar de encontrar exemploscontrários não se invalida, adequa-se para encaixar qualquertriângulo. Porque será?

Como se disse anteriormente, toda a teoria deve ser resistenteà sua refutação, contudo, uma teoria que não pode serrefutada por nenhum fato concebível, não é científica. Aimpossibilidade de refutação de uma teoria científica não éuma virtude, mas sim um vício.

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2.c) Etapas da metodologia da ciência

Não há dúvida que esta árvore da ciência terá folhas de todasas formas e cores. Vejamos alguns comentários eesclarecimentos à árvore proposta.

Desta perspectiva, a percepção ainda que não opere da mesmaforma nos diferentes métodos propostos também nãorepresenta uma diferença essencial dos mesmos; além disso,em maior ou menor medida estará presente no primeiro passoda exposição.

Em segundo lugar, acho que as etapas da metodologia daciência refletem a importância das fases pelas que passa umateoria científica até ser geralmente aceite e passar a fazer partedo conhecimento científico.

Apesar disso, convém assinalar que separei em distintas etapasa essência do método experimental ou hipotético dedutivo dos outrosdois métodos elementares. Esta separação já foi mencionadapor Galileu, na realidade só existem dois métodos: o dedutivo eo indutivo; e dois procedimentos: o experimental e o racional.Estou de acordo com Galileu ainda que prefira denominá-loscomo lógica e intuição respectivamente; de acordo com aimportância dos diferentes processos mentais que ossuportam e a fiabilidade associada aos referidos processos.

Dentro dos três métodos científicos elementares, métodoindutivo e de verificação de hipóteses ou experimental, cada um tem ossues próprios passos ou etapas e dependendo mais ou menosde cada autor ou forma de descrevê-los e expô-los.

No apartado anterior expus algumas críticas ao falar dascaracterísticas da metodologia científica e da complicação que

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supõe a sua terminologia para a memória. Agora, ao falar dospassos do método científico volta a acontecer algo parecido,mais que passos do método científico, cada um tem a suaprópria escada.

Reconhecendo que o tema da metodologia da ciência é muitocomplexo e está cheio de nuances com sérias implicações vou-me atrever, pela importância do método científico, a fazer aminha própria classificação das etapas, os métodos científicoselementares e os seus passos numa tentativa de simplificaçãopara não expertos nem disciplinados.

A árvore do conhecimento científico ficaria:

Também acrescentoao método dacriatividade porqueutiliza aspectos dascapacidadesintelectuaisclaramente diferentesda lógica e daintuição.

Inclusivamente umateoria baseada no método dedutivo deve passar a etapa daverificação, já que pode ser refutada por alguma contradiçãológica nas premissas da teoria ou um falho na lógica aplicada.

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2.c.1. Passos do método científico

O método intuitivo aproximar-se-ia do método da lógica oulógico-dedutivo quando a intuição funciona com fiabilidademuito alta e, neste caso, seria equivalente ao método indutivoclássico. Pelo contrário, quando a fiabilidade é menor seriamais equivalente ao método experimental ou hipotético dedutivoclássico por se parecerem ambos um pouco a um sistema detentativa e erro.

Os três passos que configuram a primeira etapa dametodologia da ciência: exposição, argumentação e conclusãosão comuns aos três métodos propostos e a diferençaessencial destes situa-se no tipo de argumentação utilizada.

A novidade aqui é a apresentação do novo método científico Jumpou da criatividade (Salto ou salto mortal se se preferir), este nãotem a sua base nem na lógica nem na intuição, masprecisamente no contrário, na ausência delas, ouinclusivamente em ir contra elas deliberadamente. Quando ométodo intuitivo opera com muito baixa fiabilidade começa aaproximar-se ao método Jump. É um método que oconhecimento popular conhece muito bem e que resume nafrase pensa mal e acertarás.

Como quase sempre as novas classificações não são simplesnem perfeitas, porque as palavras costumam ter váriossignificados e, por vezes, demasiado amplos ou demasiadoestritos. Por exemplo, às vezes a criatividade tem incorporadauma lógica muito forte e então estaríamos fora do método Jumpou Salto. Outras vezes a criatividade está tão afastada da lógica

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que é mais uma loucura ou, simplesmente, trata-se de umaforma de manifestação do amor. Por estas razoes gosto dotermo de método Jump ainda que fique muito mais técnicochamá-lo método da criatividade.

Também poderia denominar-se método da loucura ou do amorporque pode ser a causa da sua utilização. Por vezes podemosimaginar que algo é o contrário do que parece, ainda que sejaquase impossível e a argumentação pode repetir-se.Logicamente, a fiabilidade da conclusão será muito pequena,mas por vezes pode produzir-se uma surpresa interessante, aconclusão é confirmada contra o esperado.

Então, à vista da verificação positiva encontramos umcaminho distinto do seguido para poder verificar a teoria; porexemplo, com o método da lógica ou o intuitivo, mas aimportância deste método científico ou originalidade foi oprimeiro passo até chegar à conclusão, o segundo caminhounicamente seria uma ferramenta para preparar a etapa daverificação ou validação da teoria científica proposta.

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2.c.2. Verificação de uma teoria científica

O método científico experimentalO método Pop up ou Veus vei

A segunda etapa do método científico será a de verificação dasteorias científicas. Ao falar das etapas comentei a localizaçãodo método experimental na segunda etapa em vez de junto aosoutros métodos elementares clássicos de acordo com estaclassificação dos métodos científicos, citado por Galileu.

ETAPASMETODOLOGIA DA CIÊNCIA

1. Apresentação e passos do método científico.Exposição.Argumentação.

Lógica.Intuição.Criatividade (Jump - Salto mortal)

Conclusão.2. Validação de uma teoria científica.

Verificação de hipóteses.Sentido comum (Galileu - Veus vei)

3. Aceitação (Sociologia da ciência)Comunidade científica.Sociedade no seu conjunto.

Em relação aos procedimentos de verificação de uma teoria, o

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método científico atual não é completo porque só aceita averificação experimental e não a via puramente racional ou desentido comum, como já indicava também Galileu.

Na prática o método científico experimental atual utiliza-se como sequer, por exemplo, acontece que a constante da gravidade éuniversal e que eu saiba ninguém se passeou pelo universopara comprová-lo. Além disso, tenho sérias dúvidas de queassim seja, é um tema bastante escuro.

Um exemplo contrário  éa existência de planetasgirando em redor deoutras estrelas. Até hámuito pouco a suaexistência não eracientífica e acho queninguém com ummínimo sentido comumpoderia pensar que nãoexistiriam, tendo emconta o número deestrelas que se vêem denoite. Supondo que o serhumano ainda se

encontra numa etapa heliocêntrica com gripe relativista,posterior à ptolemaica.

O segundo método científico da etapa de verificação de umateoria científica, baseada no sentido comum, denomina-ométodo Pop up (salto automático) porque é auto-suficiente,há coisas que não se podem demonstrar, são evidentes ou desentido comum, digamos que saltam à vista. Outradenominação muito descritiva é a de método Veus vei pelaquestão do clássico jogo do vejo, vejo da criança filosófica.

Galileo Galilei (1564-1642)(Imagem de domínio público)

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Convém repetir, porque parece que se esquece demasiadasvezes, que a falsificação não só se dá no método experimentalcomo se pode ser também de caráter lógico. Quando temcaráter lógico é que se chegou a uma impossibilidade lógica ouparadoxo mental que nos invalida as premissas de formaóbvia, ou seja, chega-se a uma situação ad absurdum dentrodo que denominamos método Pop up ou método Veus vei.

Por outras palavras, os paradoxos, sejam de gêmeos, de efeitocausa ou de abruxavó o que indicam é a presença de falhas nateoria proposta.

Claro que sempre se podem cometer erros com qualquermétodo que se utiliza, mas o conhecimento científico é umconceito dinâmico e sempre se podem refutar teoriasanteriores. De certeza que até se podem melhorar os nomesutilizados.

Em relação às duas posturas filosóficas do métodoexperimental, tanto a verificação segundo o Círculo de Viena ou a dafalseabilidade de Popper me parecem razoáveis e muitoequivalentes na prática.

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2.c.3. Etapa da Aceitação - Sociologia da ciência

A terceira etapa nesta visão da metodologia da ciência é a daaceitação. Uma boa análise da evolução da ciência a médio elongo prazo é a realizada por Kuhn em 1962 no seu livrosobre a estrutura das revoluções científicas.

Outras posições como a acumulação de conhecimento ou averossimilhança de Popper também me parecem razoáveis,ainda que o ponto de vista possa diferir.

Apenas sublinhar que uma coisa é experimentar uma teoria eoutra que os técnicos da comunidade científicacorrespondente tenham tempo ou predisposição de ler teoriasfora do paradigma imperante.

Como assinala a sociologia da ciência, esta etapa é a causa damaior parte dos problemas da ciência e a sua metodologia.

Em concreto, parece que o melhor método científico destaetapa é o método da morte súbita, que consiste em deixarpassar 500 anos ou os que forem precisos até que alguém teleia e, entretanto, procurar passar despercebido pelos céticos.Não obstante quero dizer que não é uma queixa, mas sim umarealidade. Eu penso que não pode ser de outra forma, o serhumano é assim e é assim que eu gosto.

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3. Metodologia de análise de sistemascomplexos

O sexto método: Vitalismo Condicionado.

Independentemente das consequências que poderia ter a TeoriaGeral da Evolução Condicionada da Vida no âmbito científico etécnico, ao proporcionar uma base lógica e coerente paratodos os avanços tecnológicos que já se tão produzindo nossistemas complexos de genética e biologia, permitindo umamelhor planificação e coordenação da investigação na matéria,esta teoria supõe uma metodologia de investigação em simesma.

Quando, por motivos filosóficos, se introduz o conceitoamplo da vida e o de melhoria interna da informação genéticacomo motor da evolução; que, como não se tem maisinformação do mesmo, se associa à própria vida ou Vida commaiúscula; e aplica-se a lógica pura aos objetivosinstrumentais que necessariamente deve ter, o que se obtevefoi a Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida, como umcaso articular, importante e muito especial da metodologia deinvestigação vitalista.

Recordem-se os três métodos científicos elementares daargumentação de uma teoria e os dois métodos científicospara a sua verificação, este sexto método é diferente dosanteriores quando não se trata de um método científicoelementar mas sim de um método composto pelas diversasformas de argumentação e verificação empírica.

Consequentemente, o sexto método do VitalismoCondicionado enquadrar-se-ia nos métodos científicos de

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sistemas complexos que implicam uma especial metodologiada ciência em virtude das suas características da investigaçãoparticulares.

No apartado relativo aos sistemas de impulso vital da citadaTeoria Geral da Evolução Condicionada da Vida comentam-se ascaracterísticas básicas dos seres vivos e, por extensão, dossistemas complexos com impulso vital.

Uma  vez  definido  conceptualmente  um  sistema  complexo,  aprimeira etapa da investigação será estudar que fatores ouelementos o afetam ou condições técnicas. Por outraspalavras, as condições nas que se desenvolvem e nas que sepoderiam desenvolver.

Os sistemas complexos têm de ter uma finalidade, ou seja,com objetivos. Ainda que estes não se possam determinarcom clareza, numa segunda etapa da investigação deverá trata-se identificar tanto os objetivos intermédios deste tipo desistemas dinâmicos como os métodos, processos einstrumentos particulares necessários para a sua obtenção.Estes objetivos equivalem às condições lógicas de:

Melhoria da eficácia.Garantia de segurança.Coerência e compatibilidade interna.Otimização dos recursos.

Na medida em que um sistema cumpra as assinaladascaracterísticas básicas dos seres vivos e sejamos capazes deidentificar um conjunto suficiente destes elementos derivados,podemos dizer que o sistema se comportará como se tivesseum verdadeiro impulso da Vida.

As características desta metodologia da investigação de

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sistemas complexos lembram-me a teoria do caos e a teoria dacomplexidade como tentativas de estruturar elementos que àprimeira vista parecem totalmente dispares ou independentes.

Outra ideia relacionada com os sistemas complexos emetodologias para estudá-los seriam as características dosfractais e as suas representações matemáticas. O fractal quesempre me fascinou foi o fractal dinâmico da chama de umafogueira.

Não obstante, também nãoé tão novo o tema, poisafinal é a argumentação emque se sustenta a teoriaeconômica moderna. Defato, toda a teoriaeconômica deriva deagregações das preferênciasindividuais e utilidadesmarginais, que acaba porincluir o impulso vital dos indivíduos.

Noutros ramos do conhecimento ou noutros sistemas vitais,talvez já se conheça o verdadeiro motor do sistema, mas se sedesconhece ou não se estudou em profundidade, conhecendotanto os objetivos instrumentais como os objetivos últimos, amesma metodologia poderia voltar a dar resultadossurpreendentes.

A Física Teórica de Partículas é a ciência que mais se próxima,em princípio, à Vida, mas continua sem encontrar nenhumapista concreta sobre a mesma. Talvez não seja tão necessário asua localização e seja muito útil supor que, efetivamente, seencontra imersa nos processos físicos. Quem sabe...?

Pensemos, qual é o motor e as forças que movem a economia

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ou a investigação em geral, ou as do próprio sistema político...

O inconsciente social é formado pelos indivíduos ou pela cultura? Osistema político é um dos gestores da memória... aadministração é um conjunto de mecanismos internos... Aindaque se possa configurar um modelo completo, não se querdizer que se tenha que fazer, nem que seja mais eficiente queoutro tipo de análise que podem ser melhores por qualquerrazão ou, simplesmente, por ser mais simples. Em casos comníveis de complexidade elevados é recomendável a utilizaçãode modelos de análise parcial.

Ainda que sejam amplas as consequências que se podemderivar da Teoria Geral da Evolução Condicionada da Vida, há queser consciente de que a Vida e os sistemas de impulso vitalexistiram, e seguiram a sua própria dinâmica interna,independentemente de que agora nos encontremos nadisposição de entendê-los melhor. Antes de Galileu, a Terratambém dava voltas em redor do Sol.

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4. ERROS HISTÓRICOS DO MÉTODOCIENTÍFICO

4.a) Metodologia da investigação

Não é fácil, compreender porque se dão os enigmáticosparadigmas da ciência ou porque é que o método científicocometeu erros tão grandes, continua a cometê-los e o muitoque lhe custa admiti-los e retificar. Como já comentei, asociologia da ciência de Kuhn explica bastante bem muitas dasrazões.

Em relação à crítica construtiva, uma complicação acrescida éque quando nos damos conta de que existem falhas grandesna doutrina ortodoxa começamos a desconfiar até das coisasmais elementares.

Vou comentar os erros maiores que, a meu ver, cometeu comespecial referência a metodologia científica da teoria daevolução, por primar pela ausência, e a dinâmica histórica dametodologia da física moderna, ou seja, a física moderna decada etapa da história.

Muitos dos problemas derivam da própria concepção erradada evolução e o humanismo egocêntrico apesar da principalcontribuição de Darwin no sentido de convencer de que oshumanos são macacos evoluídos.

Antes de expor erros cometidos em cada ciência concreta,vejamos algumas das causas gerais dos mesmos:

Estética da vida.

Como se pode entender que a inteligência não mudou nos

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últimos 2000 anos? Esta asseveração geralmente partilhadaaquilo a que apenas nos conduz é a pensar que ainteligência deu saltos gigantescos em etapas anteriores;porque entre os nossos primos macacos e nós humanosparece-me óbvio que há bastante diferença. Na páginasobre evolução histórica e evolução humana do livro TeoriaGeral da Evolução Condicionada da Vida citam-se algumas dasconsequências e fatos mais relevantes da evoluçãobiológica do homem e as suas etapas de metodologia dainvestigação.

Eu imagino que, com elementos tão essenciais e tãoerrados, toda a metodologia da história se ressentirá, vistoque deles derivam argumentações igualmente errôneas e,por outro lado, será necessário procurar outros elementosque compensem os erros da estrutura gerada para quecoincida ou seja compatível com a parte da realidade quenão se presta a interpretações livres.

A mesma argumentação pode utilizar-se em relação àmetodologia da linguagem, parece que todas as línguas sãosemelhantes, se encontram na mesma etapa dedesenvolvimento e têm o mesmo número de palavras. Pelomenos, não existem estatísticas claras da evolução donúmero de palavras de cada língua ao longo da históriarecente da humanidade. Digo eu, que alguma relação entreo número de palavras e a capacidade intelectual dosindivíduos.

Mas parece que fica mais bonito dizer que a linguagem éuma característica inata a todos os humanos e que asvariações entre grupos, tanto atuais como históricos, eentre indivíduos, se deve ao acaso. Cada um tem a suaestética, mas a metodologia científica está desenhada paraprocurar e aproximar-se à verdade objetiva.

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Mais ainda, a estética da realidade, se se compreende émelhor do que se costuma pensar à primeira vista. Achoque um bonito objetivo da vida é encontrar essa estéticadivina da essência da realidade.

Complexidade da ciência.

Por outro lado, seguramente o êxito de certas teoriascientíficas está relacionado com a complexidade darealidade e a possibilidade, sem sair aparentemente dametodologia científica, de entender e explicar essacomplexidade da forma mais conveniente para os distintosgrupos atores a sociedade.

Não é necessário dizer que estacomplexidade da realidade foi umaconstante na evolução da ciênciadado que para cada etapa ainvestigação científica sempre seencontrou nos limites dodesconhecido.

Confesso que o mais difícil aocriticar uma teoria é conseguirconhecê-la bem, a mim custa-memuito acreditar em certas coisas econvencer-me de que efetivamente,a comunidade científica em geral enão um cientista em concreto pensao que vou argumentar contra. Teriagraça fazer um comentário crítico eque respondessem: “Isso é uma formade falar, uma metáfora e nenhum cientista

acredita nisso”. Bem, fazê-lo fazem-no constantemente e em

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todos os sentidos.

Um  dia  perguntei  na  universidade  vários  temasrelacionados com o tempo a um licenciado em ciênciasfísicas e disse-me que não podia falar comigo porque nãosabia o que era o tempo e não tinha tempo de me explicarporque era muito complexo. Acabou a conversarapidamente. Eu estive de acordo com ele em que nãopodíamos falar, mas não coincidíamos nos pensamentospessoais sobre as razões objetivas da impossibilidadecitada.

Objetivos inalcançáveis.

Outro grande erro, neste caso da metodologia daaprendizagem e da psicologia, acho que foi ter abandonadoou criticar desmesuradamente certas propostas queestavam corretas mas não ofereciam segurança absoluta.Desde logo, não se deve assegurar o que não se podeassegurar em sistemas complexos, mas isso não devesignificar não reconhecer que seja certo na maioria doscasos e, portanto, com essas limitações, manter as posiçõesdoutrinais oportunas e não passar a defender as contrárias.

Falácia Ad hominem.

Um  assunto muito  difundido  é  a  falácia  ad  hominem  ouargumentar contra a pessoa, como por exemplo, osraciocínios científicos. Quando não se tem argumentos...os engenhosos da Inquisição.

Falta de humildade da ciência.

Muitas vezes existe a tendência para dizer que certos temasestão provados empiricamente quando não estão. Talvezseja o mais verossímil numa etapa, mas isso não é a mesmacoisa.

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Isto dificulta a crítica construtiva de indivíduos realmenteaceita essa suposta validação ou a falta de apoio de outrasteorias ou ciências alternativas.

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4.a.1. Metodologia científica e psicologia embiologia

De acordo com a metodologia científica todas as teorias,inclusivamente as formuladas de acordo com o métododedutivo, são susceptíveis de melhorias ou alterações pormudanças  contextuais.  Um  caso  típico  é  a  evoluçãotecnológica, ao proporcionar novos conhecimentos quepermitem uma maior precisão e delimitação teórica dosmodelos ou, simplesmente, a sua substituição por outros.

De outro ponto de vista, como estuda a sociologia da ciência ea psicologia social, o êxito de uma nova teoria depende daaplicação correta da metodologia científica e, em última instância,da sua aceitação ou rejeição pela comunidade científica e pelasociedade no seu conjunto.

Neste sentido, determinados elementos contextuais depsicologia pessoal, psicologia social e da sociologia da ciência podem seruma grave rêmora para a aceitação de novas ideias,especialmente de biologia. Um só exemplo, comum ao longoda história, bastará para explicar o que quero dizer: osproblemas iniciais do grande precursor da metodologiacientífica moderna Galileu (1564-1642).

Guardando as distâncias, supondo que seja correta a TeoriaGeral da Evolução Condicionada da Vida, por ser uma teoriaalternativa da evolução e pelas enormes implicações embiologia e pelas ramificações tanto de psicologia social e educativacomo pessoal que teria a sua aceitação, será uma das teorias quetropeçará com mais dificuldades na hora de ser aceite.

Independentemente dos problemas do método científico com

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NOTÍCIAS DA EVOLUÇÃO

Exemplo de imobilidade científica de raizideológica!

"Cada pessoa é diferente, mas não devido àsua raça.95% da variabilidade genética atual existiaquando nasceu a espécie...Poucas ideologias terãocausado mais ódio, morte e sofrimento do que oracismo, a crença de que a espécie humana estádividida em grupos cuja origem, cor e fisionomiaindicam qualidades intelectuais, morais eemocionais inatamente inferiores às do grupo(geralmente de pele clara) que formula a teoria..."

El País 20-12-2002 Science.

uma nova teoria que se encontra no limite da percepção, háque ter em conta que a assimilação de uma teoria da evoluçãodiferente nunca se fará de forma rápida, devido a que afetachaves e conceitos gravados no nosso subconsciente, tendo océrebro, por sua vez, outros muitos conceitos relacionados edependentes deles.

Ainda que no final se possa assimilar a nova teoria da evolução eestar de acordo, necessito tempo para que o subconsciente sevá reestruturando. Não seria nada de estranhar que ao ler osparágrafos seguintes, o leitor toque a nuca; o subconscientenão gosta de rever conceitos básicos da sua psicologia pessoalque considera definitivamente formados, porque o obrigará atrabalhar na sua revisão e, além disso, considerará que não énecessário, visto que ele não pode estar enganado emconceitos tão básicos e importantes da psicologia humana.

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Os últimos parágrafos pertencem/referem-se à psicologiapessoal mas o problema é mais sério pois certas mudanças embiologia e evolução estarão mal vistos por outras muitaspessoas, o que gera uma pressão negativa no âmbito dapsicologia social já que esta estuda como o indivíduo é afetadopelas suas relações com os outros.

consequentemente, vou tratar de desmontar ou neutralizardeterminados preconceitos de psicologia social e pessoal quepodem influir negativamente na assimilação, na compreensãodas propostas da nova teoria de evolução ou na aplicaçãoneutra da metodologia da aprendizagem.

Os preconceitos não são, de forma nenhuma, negativos em simesmos, pelo contrário, são necessários para evitar a repetiçãode pensamentos e raciocínios mentais constantemente;precisamente pela sua função, os preconceitos podem atuarcomo verdadeiro limite do conhecimento ou barreira para aaprendizagem quando o cérebro pensa que já aprendeu umamatéria ou parcela concreta do conhecimento.

Os preconceitos que mais me preocupam encontram-seapoiados nos seguintes elementos contextuais:

Psicologia pessoal.

Filosófico-religiosos.

A dualidade da nova teoria sobre biologia e evolução éclara, mas a sua faceta filosófica pode separar-seperfeitamente da científica. Apesar de tudo isso, não hádúvidas que a uma pessoa religiosa lhe custará seguir aargumentação da teoria porque tem conceitos sobrebiologia e evolução muito fixos que, em princípio, nãoquer mudá-los e nem sequer colocá-los em dúvida ourevisão.

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De igual forma, uma pessoa agnóstica não estará parapensar que existem seres inteligentes diferentes doshumanos porque, para ela, tudo o que não se possaprovar não existe, ainda que seja muito razoável. Mas,sobretudo, porque essa ideia lhe soará a religião, aexistência de uma inteligência comum em todos osseres vivos.

Outro tipo de questões pessoais pode ser a dacomodidade, Imagina ter que mudar agora um montão deideias, resultado, só são ideias e agora estou muito ocupado!Além disso, com as ideias que tenho, estou bem! Eu não entendode biologia e genética moderna!

Dada a matéria objeto da presente teoria, a idadeavançada de uma pessoa pode ter uma grandeinfluência negativa.

Outras situações pessoais e concretas, como aconsideração pessoal em relação à sua própriainteligência, podem afetar ou predispor contra estateoria. Se uma pessoa não se considera muitointeligente, não gostará de pensar que os seus filhostambém não podem ser muito inteligentes. No que tocaa este tema, a Teoria Geral da Evolução Condicionada daVida oferece uma explicação assente na metodologiacientífica de quando e porquê se poderia ter filhosmuito inteligentes, como acontece com determinadafrequência.

Psicologia social.

A beleza e a bondade, no seu sentido moral, de ummodelo são aspectos totalmente independentes do seucaráter científico. Contudo muitas pessoas não estarão

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dispostas a aceitar uma teoria que afirme que ainteligência se herda na sua maior parte, simplesmenteporque não lhes parece justo, por alterar a igualdade deoportunidades genética que existe no seu modeloteórico sobre biologia e evolução; por outro lado totalmentegeneralizado no âmbito da psicologia social

Outro tema de atualidade e psicologia social é aigualdade sexual. No âmbito da genética e da biologiamoderna existem muitas diferenças entre os dois sexos,mas qualquer tentativa de explicar as razões ouconsequências das mesmas criará uma rejeição inicialimportante independentemente das garantias que possaoferecer a metodologia da investigação cientifica empregue.

Certamente, esta teoria roçará determinadassensibilidades. Convém dizer claramente que assumo oprincípio de igualdade sexual, mas que não é boa políticaefetuar comparações parciais por determinadasdiferenças que pudessem ser totalmente certas.Também existe um alto grau de subjetividade aoanalisar as diferenças, coisa que não farei.

Em certa medida, outro problema de psicologia socialque se vê afetado por esta teoria é o problema racial.Aqui me remeto ao assinalado nos parágrafosanteriores.

Semelhantes condicionamentos sociais e pessoaispodem encontrar-se em função da educação recebida,classe social, nacionalidade, etc.

Sociologia da ciência.

Apesar do método científico, qualquer teoria sobre avida teria distintas abordagens em função do seu

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tempo, o que quero sublinhar é que muitas teorias quehoje entendemos como absolutamente normais e quenão implicam nenhum problema filosófico, nemreligioso nem de nenhum tipo; no seu tempo foramconsideradas revolucionárias e perigosas.

Hoje em dia, existe uma grande liberdade de expressão,mas no fundo, como comentei no ponto anterior deelementos contextuais pessoais, continuamos a serhumanos e determinadas ideias não estão nada bemvistas.

Sobre cetras ideias modernas em biologia, genética eevolução, por efeito da psicologia social e sociologia daciência não há dúvidas que ainda paira a suave lacra daSanta Inquisição se se expressam em público.

As mudanças tecnológicas influenciam enormemente,pois podem ampliar o campo de aplicação dametodologia da investigação científica ao permitir averificação das teorias ou a sua rejeição. Especialmente,em matéria de biologia e genética encontramo-nosnuma fase totalmente nova devido aos avançostecnológicos consequência da informática.

A moderna sociedade da informação não só está amudar a forma de trabalhar em todos os ramoscientíficos mas também a própria metodologia daaprendizagem, uma vez que se têm à disposição osúltimos avanços realizados nas diferentes matérias. E, oque é mais importante, qualquer pessoa pode publicarna Internet as suas ideias sem nenhum filtro de tiposocial-Ainda que suponha um esforço substancial.

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4.a.2. Metodologia científica e teoria da evolução

A teoria da evolução é o erro mais grave que cometeu ametodologia científica. Ainda que do ponto de vista daantropologia tenha acertado plenamente com a origem dohomem.

A meu ver, a ciência tinha que ter sido ou, pelo menos, seratualmente mais humilde e reconhecer que existem diversasformas de justificar a vida e a evolução e que a metodologia daciência pelas suas limitações ou pela sua incapacidade ainda nãoconseguiu nem provar nem descartar a essência de nenhumadelas.

Uma análise semelhante ao presente, mas mais extensa pode encontrar-sena página da crítica da teoria de Darwin do livro online da Teoria Geralda Evolução Condicionada da Vida.

Entre os numerosos problemas que se colocam à metodologiacientífica podem citar-se os seguintes:

A própria definição de ciência.

Na sua época não há dúvida que foi uma revolução oconceito de ciência e a sua radical distinção da filosofia econseguinte afastamento da religião, que supunha umverdadeiro problema para o avanço da ciência.

Por isso, qualquer suspeita de elementos de metafísica naciência necessitava ser totalmente eliminado. O problemasurge precisamente com o conceito de vida e a suaevolução.

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Como a geologia estava apresentando provas de que aidade da Terra era de milhões de anos, alguma coisa haviaque inventar e a teoria de Lamarck necessitava de um entecom inteligência e finalidade numa escala interna ao serhumano, a sociedade não estava preparada para isso apesarde ser bastante óbvio.

Outra solução que tinha sido uma interpretação bíblicalivre no sentido de tomar as passagens da criação comouma metáfora, mas nem a Igreja nem a comunidadecientífica estavam dispostas a ceder nas suas considerações.

Só restava assinalar algum mecanismo que encaixasse nametodologia científica e pudesse provocar teoricamente aevolução da vida. Darwin decidiu ir muito longe paraargumentar a sua Teoria da Evolução das Espécies que se podiater pensado com elementos e processos evolutivos naEuropa, mas ao ser tão longínquos pareceriam muito maisconvincentes.

O resto é bem conhecido. Diz-se que verificouempiricamente dentro de uma estrita metodologia científica.

A teoria da Seleção Natural é uma tautologia.

É mais que evidente que todos os seres vivos que existemé porque sobreviveram à sua linhagem.

Além disso, a seleção natural incorpora uma filosofia umtanto destrutiva no sentido de que o objetivo da vida ésobreviver. A adaptação ao meio ambiente parece umaconsequência do referido objetivo ainda que também sepoderia mudar o meio ambiente para sobreviver, claro, nãorefere os passarinhos das ilhas Galápagos.

O mesmo, até se provado cientificamente que o objetivo davida seja esse.

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Não se explica a evolução.

Ainda que alguma coisa se suspeitava, não se sabia comose transmitia a informação para a criação de um novo ser.Ou seja, a genética não existia. Bem, pois inventam asmutações ou variações aleatórias e problema resolvido.

Também, diziam que estava provado que as mutaçõeseram aleatórias, mas acho que esta parte da teoria foiatualizada umas vezes e ainda estão a fazê-lo... Será porisso tanto empenho na adaptação.

Não me surpreende que Mendel não fizera nenhum casodo famoso método científico durante quase 50 anos eainda por cima se diga que os papéis dos seus estudosestiveram perdidos nas suas gavetas. Até acho que lheinsinuaram que a estatística é uma ciência da que não nospodemos fiar.

Realmente as leis de Mendel ameaçavam a teoria daevolução numa das suas mais voláteis afirmações.

Abuso do longo prazo.

Os mecanismos da seleção natural podem ser tão lentos quenecessitam do longo prazo para ser aceites. Em muitoscasos da seleção natural são razoáveis, mas colocamproblemas importantes quando se produziram mudançasaceleradas na evolução dos seres vivos. Neste caso, atendência é negar as referidas mudanças como no caso dainteligência humana, mandam-se para o passado e, já está,problema resolvido.

Em definitivo, Darwin nega a evolução a curto prazo.

Adaptação ilimitada a outros avanços científicos etécnicos

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Apesar de que se conhecem mecanismos de evolução dasespécies que não encaixam no Darwinismo nem nas suasatualizações, continua sem se reconhecer que a teoria deDarwin apresenta algumas importantes lacunas.

Pelo contrário, adapta-se e forçam-se os raciocínios alimites fora de toda a lógica e metodologia científica.

A influência da moda na metodologia científica e ateoria da evolução.

Um  simpático  exemplo,  ontem mesmo ~  Junho  2003  ~acabo de ler num jornal “sério dentro do que são” uma notíciasobre o genoma, entre outras coisas diz-se: “O cromossomaY, muito mais pequeno do que o seu par, o X, era considerado comopraticamente um fóssil, com muito poucos genes e próximo do seudesaparecimento por acumulação de defeitos genéticos...”

Impressionantemente grosseiro! Não é a primeira vez queaparece algo semelhante e a comunidade científica nãodesmente ou critica, se fosse ao contrário, pareceria que seafundava o mundo. Serão coisas relacionadas com a modafeminina da igualdade das médias. e a variação das medianas!

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4.a.3. Metodologia da física

A metodologia da ciência física deveria ser a que menosproblemas deveriam colocar pela matéria que estuda. Emprincípio se a maçã de Newton cai ao chão, caiindependentemente das ideologias ou interesses de qualquertipo. No entanto, se se analisa com maior profundidadeveremos que as teorias ou conhecimento de física mudaram aolongo da história e, às vezes, negando totalmente a teoriaanterior.

Algumas caíram inclusivamente depois de milhares de anos,como a dança dos planetas e do Sol.

O problema maior dametodologia da física são asteorias novas porque asdefinições básicas nunca sãodedutivas e tratam dodesconhecido até essemomento. Sempre haveráum conjunto de teoriasalternativas propondosoluções mais ou menosaventureiras e a populaçãoem geral demorará anos ou décadas em assimilar acomplexidade da sua época.

Um exemplo esclarecedor do tema é o dos antigos feiticeiros,todos temos a ideia de que inventavam explicações pseudo-científicas para conseguir poder na tribo; mas se analisamos daperspectiva da sua época, então, damos conta de que narealidade eram uns verdadeiros cientistas modernos.

Galileu a Inquisição(Imagem de domínio público)

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Vejamos em seguida alguns conceitos da física clássica e dafísica moderna que, a meu ver, atacam o sentido comum edesvirtuam a metodologia da ciência por entorpecerem oraciocínio na matéria.

A física clássica.

O conceito de energia.

Chama a atenção que sendo o conceito de energia aaceleração da massa numa unidade de espaço, nãotenha massa. Para um desses mistérios místicos,sobretudo se ainda por cima se mantém atransformação entre massa e energia e que são comoduas manifestações do mesmo.

Em definitivo, os conceitos adquiridos recentementesempre são algo imprecisos e inconstantes pelo que nãose deveriam considerar imutáveis.

Energia = massa * aceleração * espaço= massa * velocidade²

= kg * m² / s²

♦ A energia não tem massa

A energia potencial gravitacional - Energias negativas.

Energia potencial gravitacional de uma massa numponto do espaço é o trabalho que realiza o campogravitacional para deslocar a massa m desde o referidoponto até ao infinito. Segundo a definição a energiapotencial é sempre negativa e o seu máximo é semprezero.

A relação entre gravidade, a energia potencial

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gravitacional, cinética e eletromagnética dá que pensarem relação à verdadeira natureza da gravidade.

Quando não se sabe com certeza alguma coisa,procuram-se soluções para poder avançar. A existênciade energias negativas, ainda que sejaconvencionalmente, é um bom exemplo do que não sedeve fazer com uma boa metodologia da física, poisproduz-se um conflito nas referências básicas docérebro na hora de estruturar certos conceitos.

A energia de enlace.

Se denomina assim a energia que se libera quando seunem os prótons e nêutrons para formar um núcleoatômico, penso que seria melhor denominá-la energiade liberação e não de enlace, pois esta energiaprecisamente é a que não está presente no enlace ouenlaces do núcleo atômico.

Este caso não é que seja muito grave, como osanteriores, mas os conceitos e denominações que nãose correspondem com o significado das palavrasentorpecem o raciocínio lógico, mais se é uma práticacomum e se o significado é justo o contrário aoesperado pelo cérebro.

Com caráter geral pode dizer-se que falar de elementosnegativos da realidade física esgota rapidamente os limites docérebro no raciocínio complexo.

Mais informação nos livros em linha da nova teoria de tudo daFísica Global.

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4.a.4. Método de investigação científica da físicamoderna

Se o método de investigação na física clássica se ressente dealguns conceitos, na física moderna os exemplos são maisabundantes como os que vamos ver da teoria da relatividade eda Mecânica Quântica. No livro da Teoria da relatividade,Elementos e Crítica Final expõem-se com detalhe osnumerosos problemas da referida teoria com o métodocientífico.

A teoria da relatividade não é que seja falsa, mas sim que tempartes um pouco acertadas e partes muito incorretas; mas,sobretudo é uma das teorias que mais artificialmente complicao conhecimento da realidade e o avanço da ciência.

Como era de esperar o máximo expoente da degradação dométodo de investigação científica tem-no as teorias físicas de últimageração que dão a impressão de lutar para ver qual diz o maissurpreendente. É o que acontece por situar a utilidade como basefilosófica do método científico.

É sempre um consolo que a própria comunidade científicamanifeste que a Teoria da Relatividade é incompatível com aMecânica Quântica.

A continuação se comenta alguns aspectos relacionados com ométodo de investigação científica nas teorias físicas maisfamosas da Física Moderna.

Teoria da Relatividade.

Não é fácil compreender porque se chegou a aceitar umateoria que rompe de forma artificial e algo brutal com

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conceitos tão básicos como o tempo e o espaço.

Do ponto de vista do método de investigação científica érevelador o fato de que mediante uma filosofia relativistase chegasse a generalizar a todo o universo ocomportamento da luz na Terra. É um comportamentoque se repete noutros ramos da ciência, o egocentrismohumano é tremendamente reincidente.

Em certo sentido, o que aconteceu com a Teoria daRelatividade do tempo de Albert Einstein a princípios doséculo passado foi o contrário do que aconteceu com ateoria da Seleção Natural 50 anos antes; na teoria deDarwin excluiu-se qualquer aspecto que tivesse algo quever com a vida como um ente real com vontade própria,reduzindo todo o problema ao resultado de um acasodeterminista.

Com a teoria da relatividade do tempo, acaso por reaçãoou complexo de culpa da comunidade científica peranteuma excessiva frialdade da ciência, impõe-se a um dosramos da ciência uma característica da vida de uma formaartificial.

Por um lado encaixava com as fórmulas matemáticas deLorentz de posicionamento relativo, por outro, comoninguém compreenderia, ficava muito bonito. E, poroutro, parecia responder a algo estranho como é a variaçãosubjetiva da percepção do tempo na vida real ou algo aindamuito mais complexo como as possíveis variações reais dotempo subjetivo ou interno que trata o livro em linha a Equaçãodo Amor.

A Teoria da Relatividade Especial apesar de ter permitido umimportante avanço da ciência durante o século passadocontém uma série de inconvenientes, conceitos ou

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suposições que são totalmente errôneos segundo o meuponto de vista.

Mais além da relativa relatividade do tempo e do espaçopor serem abstratos, dizem-nos que o tempo e o espaçodependem de cada observador e da sua velocidade. Issoimplica que existam diferentes tempos e espaçossimultâneos e no mesmo sítio.

Se fosse verdade, isso de que utilizamos o dez por centodo cerebelum para mim seria um exagero. Parabellum enão crê-lo!

Além disso, deparamo-nos com o fato de que se põe tantoênfase na ideia de velocidade máxima que até se aplica nãoapenas para velocidades físicas como também paramentais, como as de separação ou com mudanças desistema de referência arbitrárias. Quando, além disso, seaplica em experimentos mentais, impossíveis de serverificados empiricamente, o resultado pode ser coerentecom qualquer teoria filosófica.

Em definitivo, bastantes coisas esquisitas podem acontecere acontecem como consequência de uma excessivainfluência filosófica e matemática na física.

Chega-se ao extremo de apresentar relógios que, partindoda mesma medição ou estado, por diversas circunstanciasacabam mostrando tempos diferentes e argumenta-secientificamente que não se deve a um erro de medida.Verdadeiramente impressionante e atrevido!

O importante são os conceitos intuitivos básicos e não asfórmulas complicadas, porque se o método de investigaçãoperde os primeiros, as segundas não nos dirãoabsolutamente nada, ou em todo o caso, nada quepossamos compreender.

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Isso é precisamente o que penso do que aconteceu com aTeoria da Relatividade Geral, perdeu-se em fórmulas por unsresultados satisfatórios, que sem dúvida reúnem algumasregras reais do comportamento da natureza, mastremendamente enganados conceptualmente pelainfluência da matemática.

Na realidade o método de investigação científica deveriapassar a dominar-se método de investigação técnicaporque produzirá avanços técnicos mas o conhecimentoconceptual vai-se diluindo até tal ponto que já não lhechamariam conhecimento científico.

Voltando aotema do tempo,o tempo externoou convencionalnão se altera denenhuma formaporque, de fato,para mim, teriaque deixar de sero que é, umconceito abstratoe absoluto porpura convenção.O mesmoacontece com oespaço, nãoobstante há que reconhecer que também se podem definirde forma relativa, a queixa principal é que se pretendasubstituir uma coisa pela outra ou eliminar o tempo comoconceito absoluto.

Expressões como o continuum espaço-temporal, a

Corredor no asilo - Van Gogh(Imagem de domínio público)

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velocidade do tempo, a gravidade como efeito geométricoou a mudança constante de unidades de medida de todo oSistema Internacional não me parece o mais adequado paraum autodenominado método da investigação científica.Mais comentários sobre este tema encontram-se nos livrosem linha da Física Global.

A Mecânica Quântica.

Um passo ainda mais atrevido em assustar os neurônios édado pela Mecânica Quântica, será por ser posterior àTeoria da Relatividade.

Talvez resista aos novos conceitos, mas isso de que o gatoestá vivo e morto ao mesmo tempo sobre tudo me custa aimaginar.

Que quando não se saiba algo se explique o princípio deincerteza é até simpático, ainda que não se possa duvidar dasua utilidade pois na realidade restringe a incerteza a umespaço mais limitado.

Que o efeito de um fenômeno físico possa ser anterior àsua causa faz com que os meus neurônios dancem poHpiH.

Lamento, mas isso de estar em dois sítios ao mesmo tempo acabacom a paciência do meu particular método de investigaçãocientífica.

Agora, a mecânica quântica tem uma coisa maravilhosa: a suaincompatibilidade com a relatividade. Repito este fatoporque dizem-nos inumeráveis vezes que a Relatividade e aMecânica Quântica estão largamente provadas ao longo deum século, suponho que se trata de um paradoxo mais dométodo de investigação científica a que nos têmacostumados.

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A Teoria de Cordas.

O prêmio, sem dúvida alguma, leva-o a Teoria de Cordascom o seu fato de dimensões à medida.

A ideia é genial, como não se sabe onde vai parar a massa-energia absorvida por um buraco negro; inventamos umaou uma dezena de dimensões adicionais onde cabe tudo, earrumado o tema da unificação. Inclusivamente de certezaque há dimensões adicionais disponíveis em caso denecessidade imperiosa, por exemplo, para explicar umafonte branca ou uma estrela de neurônios.

Menos mal que ainda não podem provar a Teoria das Cordasempiricamente. Agora sim, não entendo por que não, seprovaram que o espaço se estira e o tempo se dilata, eudiria que se poderia provar qualquer coisa. Talvez porqueseria a guota que derrama o copo de drop.

* * *

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♦Quando Goblin acabou o livro,

liga à Mª José para lhe contar e diz muito contente:

–A primeira coisa que há que fazeré tranquilizar-se e aceitar o impossível :)–

Então a Mª José diz-lhe:

–Se não te conhecesse surpreender-me-ias continuamente;desde logo, tanta ironia não é bom.–

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