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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MÉTODO DE CUSTEIO ABC COMO ESTRATÉGIA
PARA GESTÃO DE CUSTOS NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Thereza Cristina Maia de Castro Mattos
Orientador
Prof. Luciano Gerard
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O MÉTODO DE CUSTEIO ABC COMO ESTRATÉGIA
PARA GESTÃO DE CUSTOS NAS ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Auditoria e
Controladoria.
Por: Thereza Cristina Maia de Castro Mattos
RESUMO
O objetivo deste estudo é demonstrar o resultado nas empresas
contábeis, quanto à formação de preço de vendas, utilizando o método de
custeio ABC para atender aos consumidores, cada vez mais exigentes, tendo
em vista a grande complexidade e competitividade proveniente da
globalização. Para melhor elucidação da temática apresentam-se os conceitos
da empresa contábil encontrados na elaboração da revisão de literatura,
seguidamente de um breve histórico do método de custeio ABC aplicado ao
negócio contábil. E, por fim faz-se uma abordagem acerca do método de
custeio abc na pequena empresa custos e as empresas de pequeno porte.
Conclui-se que para ser bem sucedida nesse aspecto, as empresas deverão
ter em seu ambiente operacional um sistema de custo que contemple os
objetivos de utilização de recursos; que auxilie nas tomadas de decisões e
proporcione um diferencial nesse percurso.
Palavras-chave: Empresa contábil. Método de custeio ABC. Negócio contábil.
METODOLOGIA
No tocante aos aspectos para elaboração da metodologia, o
presente estudo valeu-se das fontes de pesquisa bibliográfica, isto é, dos
renomados autores que versam sobre a referida temática desta pesquisa.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 5
CAPÍTULO I
A EMPRESA CONTÁBIL 7
CAPÍTULO II
O MÉTODO DE CUSTEIO ABC APLICADO AO NEGÓCIO CONTÁBIL 17
CAPÍTULO III
O METODO DE CUSTEIO ABC NA PEQUENA EMPRESA CUSTOS E AS
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 29
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 43
5
INTRODUÇÃO
O trabalho proposto tem como objetivo demonstrar o resultado
nas empresas contábeis, quanto à formação de preço de vendas, utilizando o
método de custeio ABC para atender aos consumidores, cada vez mais
exigentes, tendo em vista a grande complexidade e competitividade
proveniente da globalização.
A importância do investimento em tecnologia de ponta é de
grande valia para continuidade no mercado. A área de marketing, também,
pode ser citada; logo, é através da pesquisa feita que se sabe a respeito da
qualidade e do preço dos serviços.
A meta é fazer com que os clientes permaneçam fiéis aos
serviços oferecidos pelas empresas contábeis e estas bem interagidas com o
ambiente externo para obter crescimento e buscar um melhor atendimento. A
necessidade de ter um sistema de gestão eficiente e eficaz permite dar as
informações precisas para os gestores a fim de atingirem a qualidade dos
serviços.
A utilização do método de custeio ABC nos mostra que este utiliza
todos os custos e despesas operacionais, para evidenciar sua margem de lucro
operacional.
O método de custeamento denominado Custeio Baseado em
Atividade (custo ABC), do inglês Activity Based Cost, se forma de mensurações
corretas dos custos fixos indiretos procurando se aproximar do custeamento
dos produtos, para acumular diferença aos custos dos diversos produtos.
No método de custeio ABC as despesas financeiras não entram
na análise da margem total. Sendo um método muito aplicado nas empresas
de serviços.
6
O ABC busca a substituição do critério de rateio pelo
rastreamento. A pesquisa operacional pode substituir as decisões de produção,
em virtude das empresas, às vezes, terem que trabalhar abaixo de sua
capacidade produtiva.
O trabalho divide-se em cinco capítulos, a saber: a empresa
contábil; fatores críticos no processo de gestão; método de custeio ABC
aplicado ao negócio contábil; ambiente externo das empresas contábeis e
estudo de caso.
7
CAPÍTULO I
A EMPRESA CONTÁBIL
O objetivo deste capítulo é apresentar o conceito de empresas
contábeis e o processo de gestão nas empresas contábeis.
1.1 – Conceito de Empresas Contábeis
Empresas são grupos de pessoas que se organizam para
produzir bens ou serviços e têm como meta atender aos interesses do
consumidor, com isto obter lucro e assim permitir a continuidade da empresa
por prazo indeterminado. Segundo Figueiredo e Fabri:
As empresas surgem com base em idéias de pessoas ou
grupos de pessoas, assim, as crenças e os valores do
fundador da empresa moldam a organização a sua
própria imagem e semelhança, a mensagem do fundador
é transmitida por todos os procedimentos e o poder
exercido pelo mesmo modela os processos
administrativos e serve para manter a cultura
organizacional (FIGUEIREDO E FABRI, 2000, p.59).
As empresas têm como objetivo continuar operando por prazo
indeterminado então deve seguir o princípio da continuidade. O outro princípio
é da entidade e se refere ao capital do sócio e da sociedade que são distintos.
Segundo Iudícibus:
Na verdade, os postulados da continuidade e da entidade
constituem o pilar sobre o qual se baseia todo o edifício
8dos conceitos contábeis. De forma combinada
poderíamos afirmar a contabilidade é mantida para
entidades, como pessoas distintas dos sócios que a
integram e que se supõe continuarão operando por um
período indeterminado de tempo (IUDÍCIBUS, 1981,
p.52).
O nome de organização contábil é utilizado tanto para empresas
contábeis como para escritórios contábeis. Ambos têm como responsabilidade
auxiliar aos empresários em relação à situação da empresa.
Segundo Thomé (2001, p.11), as organizações contábeis
apresentam-se em dois seguimentos: escritórios individuais, onde têm como
finalidade explorar a atividade contábil, apresentando como responsável
técnico apenas um contador ou técnico em contabilidade.
• Empresas contábeis: quando dois ou mais contadores ou
técnicos em contabilidade se unem para formar uma
sociedade por quotas de responsabilidade limitada, ou em
nome coletivo.
As organizações contábeis prestam serviços geralmente para
empresas de pequeno porte e médio porte. Trabalham para atender
determinadas atividades como comércio, indústria ou prestação de serviços.
Estas se dedicam a informar aos clientes, a situação da empresa e como
devem proceder em diversas situações.
Segundo Liba (2001), as organizações contábeis como
características a maioria delas se enquadra na categoria de pequeno e médio
porte, prestam serviços de escrituração contábil, escrituração fiscal, rotinas do
departamento de pessoal, encaminhamento de documentos, legalização de
atos e registros, alteração e cancelamento das organizações em geral, são
subdivididas em organizações especialistas que se dedicam ao atendimento de
9determinada atividade ou ramo empresarial, e organizações generalistas, que
se dedicam ao atendimento das mais diversas atividades e ramos empresariais
e possuem uma estrutura familiar simplificada ou são organizadas em
sociedades em que todos os sócios oferecem dedicação exclusiva.
Como prestadoras de serviços as organizações contábeis se
responsabilizam pelo desenvolvimento das pequenas e médias empresas
fornecendo informações contábeis e gerenciais. As empresas contábeis estão
inseridas na “área de serviços e devem atuar como fomentadoras para o
desenvolvimento econômico das pequenas e médias empresas, uma vez que
possuem a responsabilidade de fornecer informações contábeis e gerenciais”.
(LIBA, ROBLES e BACCI, 2001, p.6).
Como toda empresa, as empresas contábeis buscam o lucro
através dos serviços prestados. Sá e Sá define:
A empresa de serviço contábil como empresa que
explora a prestação dos serviços profissionais de
contador, quais sejam: escrituração contábil,
planejamento de contas, organização dos serviços
contábeis, auditoria, orientações sobre balanços,
análises das situações da empresa através de seu
balanço, organização das escritas de custos de
produção, etc (SÁ e SÁ, 1995, p.182).
A estrutura das empresas contábeis permanece a mesma, devido
a não valorização pelos empresários da contabilidade como instrumento de
gestão. Para Faria:
A estrutura das empresas contábeis vem se mantendo a
mesma durante décadas, herança do comportamento
empresarial que nunca valorizou a contabilidade como
instrumento de gestão. Assenta-se sobre vários
pressupostos que estão superados e que vieram com
base em empresas voltadas para dentro, para suas
10próprias atividades, com estruturas pesadas e rígidas
(FARIA, 2001, p.10).
A dificuldade de informação rápida encontrada pelas empresas
contábeis tradicionais, devido a processos já ultrapassados impede a rápida
tomada de decisão pelos gestores. Segundo Queiroz (2002, p.41),
(...) a organização contábil tradicional, embora assentada
em sólidos princípios que se preservam até a atualidade,
esgotara a capacidade de atender com agilidade e
flexibilidade às necessidades de informação dos gestores,
em função da limitada capacidade mecânica de
processamento dos dados, e vinha perdendo sua
pertinência e utilidade para a tomada de decisões.
Algumas empresas contábeis fazem rodízio de seus funcionários
pelo diversos departamentos; outras responsabilizam esses para atender
determinados clientes. Segundo Figueiredo e Fabri (2000, p.100),
(...) algumas empresas estão dividindo os funcionários
por empresa-cliente e atribuindo a cada funcionário a
responsabilidade por tudo daquele cliente, desde sua
implantação no sistema até o fechamento da
contabilidade, mas são poucas as empresas que
trabalham dessa forma. Algumas também fazem rodízio
de seus colaboradores entre os departamentos fiscal, de
pessoal e contábil, para que eles não fiquem
especializados somente em uma área.
Uma área que recebe pouca atenção dos empresários é a área
contábil. A pouca importância dada à prática no aumento da eficácia da gestão
11contábil leva a desvalorização da mesma. De acordo com Figueiredo e Fabri
(2000, p.107),
(...) entre as áreas mais negligenciadas da empresa
contábil, sem dúvida, a área de contabilidade figura como
uma das que menos recebem atenção. /.../ Geralmente,
um dos sócios ou alguém do staff encarrega-se de
elaborar, quando muito uma espécie de balancete
mensal; se os impostos foram pagos ou se as contas a
receber estão tendo retorno suficiente para cobrir as
contas a pagar e a retirada dos sócios.
Com a utilização de tecnologia avançada à organização contábil
fornece informações mais rápidas, facilitando assim as tomadas de decisão.
Para Queiroz, com a veloz e quase ilimitada capacidade de processamento de
sistemas de informações, a organização contábil atual reabilitou-se a fornecer a
informação ágil, precisa, analítica, instantânea ao processo de decisão. Além
de aumentar a gama dos relatórios contábeis de natureza legal, customizou os
relatórios de natureza gerencial para suprir as necessidades específicas dos
tomadores de decisão (QUEIROZ, 2002, p.42).
1.2 – O processo de Gestão das empresas contábeis
As organizações, para se manterem e crescerem, necessitam
encontrar soluções que melhorem seus serviços ou produtos, tendo em vista a
grande diversidade de competidores. A necessidade de informações para o
processo de gestão é obtido através da globalização de mercados e a
concorrência entre as empresas. A estratégia de posicionamento foi inspirada,
neste artigo, pelos estudos de Michael Porter:
A chave do crescimento, e mesmo da sobrevivência
organizacional, é a demarcação de uma posição que seja
12menos vulnerável ao ataque dos adversários já
estabelecidos ou novos e menos exposta ao desgaste
decorrente da atuação dos compradores, fornecedores e
produtos substitutos. Dessa forma, para crescer, a
empresa deve encontrar uma posição na qual seja capaz
de melhor defender-se contra as forças que governam a
competição num setor ou influenciá-las a seu favor. A
implementação dessa estratégia é através de uma
abordagem de percepção dos movimentos da empresa
em relação ao mercado, ou seja, movimentação
empresarial de fora para dentro (outside-in) (MICHAEL
PORTER, 1999, p. 44).
As novas tecnologias facilitam a tomada de decisão, devido à
facilidade de se obter as informações. Segundo Queiroz,
Com as novas tecnologias, a contabilidade retoma sua
relevância. Hoje, ela consegue apresentar, de maneira
instantânea e exata, as informações necessárias à
tomada de decisões. Ela possibilita, inclusive, que as
organizações possam contabilizar os processos
produtivos em nível de atividade. (...) Há condições de
detalhar todo o processo de custeio da atividade
produtiva e proporcionar uma análise clara dos custos e
também da receita (QUEIROZ, 2000, p. 10).
No processo de negócio, a visão da empresa contábil é alcançar
seus objetivos, sendo esses a melhoria da qualidade de serviços e redução dos
custos. Faria afirma que de uma forma geral, o futuro pertencerá às empresas
e escritórios que possam explorar o potencial da centralização das prioridades,
das ações e dos recursos nos seus processos essenciais. Para isso deve-se
decidir por um modelo de organização por processos e tomar as decisões para
13passar da sua estrutura presente para aquela que dará melhores resultados
para as suas operações (FARIA, 2001, p. 11).
1.2.1 – Fatores críticos no processo de gestão das empresas
contábeis
Existe a necessidade das empresas contábeis se moldarem a
modernização do mercado que exige cada vez mais. A falta de planejamento
dificulta o desempenho de sua organização. As informações são dadas de
forma rápida e exata dos serviços prestados para as empresas-clientes. Fazer
com que os clientes valorizem os trabalhos prestados e se mantenham fiéis.
Contratação de auxiliares de contábeis pouco especializados, faz com
que os trabalhos feitos por esses retornem para correção, dificultando a rapidez
e aumentando o tempo que poderia ser empregado em outras tarefas.
Figueiredo e Fabri (2000, p.22) ressaltam que os principais problemas
enfrentados pelas empresas contábeis são:
• pouca atenção dada à sua própria prática contábil;
• falta de habilidade gerencial;
• falta de planejamento;
• perda de clientes para empresas que cobram mais barato;
• preços inadequadamente calculados;
• ineficientes métodos de recrutamento e treinamento dos
auxiliares;
• falta de especialização em algum tipo de serviço; e
• pouca preocupação com a continuidade da empresa.
14A tecnologia vem substituindo o esforço humano por máquinas no
processamento da informação (COSENZA, 2001, p.51).
Motivar o trabalho em equipe facilitaria a troca de informação.
Incentivar a especialização dos profissionais em cursos para que esses tragam
inovações para o empenho de suas tarefas. A centralização e a rigidez
dificultam a troca de informações. Figueiredo e Fabri afirmam que “a missão da
empresa contábil é atender à sociedade, suprindo as necessidades das
empresas clientes de informações econômico-financeiras que otimizem os
controles contábeis de seus patrimônios” (FIGUEIREDO E FABRI, 2000, p.58).
1.3 – Ambiente externo das empresas contábeis
As situações das empresas contábeis no mercado competitivo, no
meio externo, estão envolvidas com vários fatores sociais, políticos, culturais e
econômicos entre outros. Esses fatores são importantes para seu crescimento
e desenvolvimento. Conforme Figueiredo e Fabri (2000, p.56), “a função
estratégica é desenvolvidas mediante uma avaliação das forças que a
oportunidades e ameaças que vêm de fora da empresa”. As ameaças e as
oportunidades que vêm do ambiente externo devem ser vista pela
administração. Um grande número de empresas contábeis que trabalha com
preços muito menores que uma empresa mais organizada não vai oferecer
bons serviços devido à baixa qualificação.
Outro fator negativo a legislação tributária que muda constantemente.
As pessoas que usufruem do serviço contábil, muitas vezes não têm o
conhecimento do valor da contabilidade, para o bom desempenho dos seus
negócios. A situação que favorece as empresas contábeis é o grande número
de empresas que precisam dos seus serviços.
Os serviços contábeis protegidos pela legislação são exclusivos dos
profissionais contábeis e é o conselho de contabilidade que fiscaliza e registra
os seus profissionais.
15As empresas contábeis oferecem à sociedade seus serviços, para que
as mesmas direcionem melhor seus negócios.
As organizações contábeis através do seu modelo de gestão alteram
suas rotinas, comportamentos e procedimentos de trabalho. Conforme Robbins
(1981), “o processo de gestão é a conclusão eficiente das funções
administrativas genéricas: planejar, organizar, liderar e controlar”. Assim sendo,
os gestores ficam mais voltados para os clientes diante das informações
importante dos dados.
As empresas contábeis se relacionam com os clientes através da
prestação de serviço. Elas são um sistema onde existem recursos introduzidos,
processados e de saída que são os serviços.
Figura 1 – Ambiente setorial de empresas que produzem o mesmo produto
Fonte: Robbins (1981)
As empresas contábeis como as demais empresas se interagem com
a sociedade para atender às necessidades desta e atingir seus objetivos que é
ganhar a concorrência. As empresas mantêm, através de recursos materiais,
tecnológicos e humanos, os processamentos para transformar em bens ou
serviços que são fornecidos ao mercado. As empresas devem ser eficientes e
16produzir produtos ou serviços com valor superior ao dos recursos empregados
por estas e que atendam às necessidades da sociedade. Conforme Gibson,
Ivancevich e Donnelly (1988, p.77) “do ponto de vista da sociedade, a eficácia
é o grau segundo o qual a organizações atingem suas missões, metas e
objetivos – dentro das restrições de recursos limitados. Nesse sentido,
devemos introduzir o conceito de eficiência; ele se refere ao processo pelo qual
a organização maximiza seus fins com um uso mínimo de recursos”.
Deve verificar se seus produtos ou serviços estão sendo satisfatório ao
mercado consumidor. Segundo Gerrreiro (1989, p165), “as crenças, valores e
expectativas dos empresários são convertidos em diretrizes que irão orientar
todos os demais componentes do sistema empresa para os resultados
desejados”.
A competência empresarial é que garante a sustentação de sua
continuidade e pelos bons resultados empresariais obtidos. As empresas têm
que oferecer a sociedade produtos ou serviços de qualidade e ter custos
inferiores em relação a seus concorrentes.
17CAPÍTULO II
O MÉTODO DE CUSTEIO ABC APLICADO AO NEGÓCIO
CONTÁBIL
O objetivo deste capítulo é apresentar o método de custeio ABC,
bem como suas vantagens desvantagens quando aplicado ao negócio contábil.
2.1 – O método de custeio ABC
O custeio baseado em atividades (ABC) foi desenvolvido,
segundo Nakagawa (1994), para facilitar a análise estratégica de custos
relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de
uma empresa.
Martins (2003), entre outros autores, ressalta que atividade é uma
ação que utiliza recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros na
produção de bens ou serviços e é composta por um conjunto de tarefas
necessárias ao seu desempenho.
O método de custeio baseado em atividades analisa todas as
atividades inerentes ao processo produtivo, administrativo e comercial,
alocando os gastos indiretos. Esse método necessita de uma estrutura global
que possa permitir a apuração dos custos das atividades e processos. É
recomendado para empresas que possuem uma produção diversificada e com
significativas parcelas de gastos indiretos na composição do custo e despesas
totais. A primeira versão do ABC é apresentada a seguir:
18
Figura 2 – Primeira Versão do ABC Fonte: Nakagawa (1994, p. 68).
Na primeira versão do ABC, conforme demonstra a Figura 2, os
recursos são alocados às atividades através dos cost drivers – direcionadores
de custos. Cada grupo de atividades pertence a um cost pool – centro de
custos que, por sua vez, alocam os custos aos objetos de custeio.
A premissa teórica do custeio baseado em atividades é que o
mesmo atribui os custos de acordo com o consumo de recursos pelos
produtos. A diferença fundamental do ABC em relação ao método por absorção
tradicional está, segundo Martins (2003), no tratamento dado aos custos
indiretos e despesas operacionais.
O autor reforça a idéia de que o ABC é um método de custeio que
procura reduzir as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos
indiretos. O ABC utiliza-se da relação dos custos com as atividades
desempenhadas, através do rastreamento dessas, alocando de forma mais
racional os custos indiretos de fabricação aos objetos de custeio.
As aplicações do custeio baseado em atividades, de acordo com
Vartanian (2000), são de âmbito gerencial, podendo ser utilizado em decisões
que envolvam preços de venda e em decisões relativas a avaliação de
desempenho de áreas e gestores. Conforme Martins (2003), para a aplicação
19do ABC deve-se identificar as atividades relevantes dentro de cada
departamento para, em seguida, fazer-se a atribuição dos custos às atividades.
Nesse sentido, pode se entender como custo de uma atividade o
sacrifício de recursos necessários para o desempenho da mesma, incluindo
salários, encargos sociais, materiais, depreciação, energia, uso de instalações,
etc.
Ainda, segundo Martins (2003), para coletar os custos das
atividades utiliza-se o razão geral da empresa; solicitam-se estudos das áreas
de engenharia ou outras áreas; realizam-se entrevistas com os responsáveis
pelos departamentos, inclusive com quem executa as atividades.
Bornia (2002), que corrobora com as idéias expostas por
Nakagawa (1994), e outros autores, sintetiza o ABC pressupondo que as
atividades consomem recursos, gerando custos, e que os produtos utilizam tais
atividades, absorvendo seus custos. Para Bornia (2002), é necessário
seccionar a empresa em atividades, calcular seus custos, compreender seus
comportamentos, para que seja possível identificar as relações existentes entre
o custo das atividades e a intensidade de uso das mesmas pelos produtos,
para alocação dos custos aos produtos.
Bornia (2002) ressalta que é possível fixar quatro fases para o
cálculo dos custos dos produtos pelo ABC:
• mapeamento das atividades;
• alocação dos custos às atividades;
• redistribuição secundária, distribuindo os custos das
atividades de apoio,
• consideradas indiretas, até as diretas;
• cálculo dos custos dos produtos.
O fator que determina o custo de uma atividade é chamado de
direcionador de custos, ou seja, a “verdadeira causa dos seus custos”. Sendo
20assim, o direcionador de custos identifica como as atividades consomem os
recursos. (MARTINS, 2003, p. 96).
Essa causa dos custos mencionada por Martins (2003) é a
relação entre as atividades realizadas e os recursos consumidos, chamada de
relação causal ou relação de causa e efeito.
Brimson (1996) explica que para essa relação poder demonstrar
que um fator de produção pode ser consumido por uma atividade, é necessário
definir uma medida comum, tanto ao fator de produção quanto à atividade, para
estabelecer essa relação causal. Exemplifica-se:
• os salários são pagos em função das horas trabalhadas,
então, o fator tempo descrito em horas pode ser utilizado
como medida de atividade;
• quanto às utilidades gastas na área ocupada, têm-se o
fator quilowatt/hora, etc.
Um segundo tipo de direcionador, conforme Martins (2003), é o
direcionador de custos de atividades que identifica como os produtos
consomem as atividades, ou seja, a relação entre as atividades e os produtos.
O autor explica que a quantidade de direcionadores que a empresa vai utilizar
depende do grau de precisão desejado e da relação custo-benefício, pois
muitas vezes essas relações possuem um alto custo para que se possa
identificá-las ou mensurá-las. A Figura 2 ilustra o esquema do método de
custeio ABC.
21
Figura 3 – Esquema Básico do Método de Custeio ABC
Fonte: Adaptado de Nakagawa (1994, p. 59)
A Figura 3 demonstra, conforme o diagrama esquemático do
método de custeio ABC, que o mesmo é basicamente constituído de recursos,
atividades, direcionadores e objetos de custeio. Os recursos são representados
pelos custos e despesas, os quais são acumulados nos centros de atividades e
são distribuídos aos produtos por meio dos direcionadores. Tem, então, que as
atividades consomem recursos enquanto os objetos de custeio consomem as
atividades.
As atividades possuem duas classificações: quanto à natureza e
quanto à contribuição à cadeia de valor.
Quanto à natureza: dividem-se em atividades primárias e
atividades secundárias. De acordo com Brimson (1996), primária é aquela
atividade cuja saída é utilizada fora da unidade organizacional, enquanto que
secundária é aquela utilizada, dentro de um departamento para apoiar as
atividades primárias.
Quanto à contribuição a cadeia de valor, Nakagawa (1994)
comenta que as atividades classificam-se entre aquelas que adicionam ou não
valor a todo processo. Para o autor, as que não adicionam valor são aquelas
que, sob a ótica do cliente, não são essenciais para manter os atributos
desejados do produto. Acrescente-se que algumas dessas atividades,
22entretanto, podem ser necessárias sob a ótica da empresa. As atividades de
controle de estoque são um exemplo.
Martins (2003) expõe que o ABC estará em condições de
apresentar resultados mais precisos quando:
• a organização utilizar grande quantidade de recursos indiretos
em seu processo de produção;
• a organização tenha significativa diversificação em produtos,
processos de produção e clientes.
Relacionado ao item “a”, Nakagawa (1994) esclarece que no
Brasil os custos indiretos de fabricação são estimados entre 60% e 70% dos
custos totais, o que obviamente não é valido para todos os setores de
atividade. Tal fato realça a importância da alocação desses custos e estimula a
busca de métodos de apropriação mais eficazes, encontrando no ABC,
conforme o autor, um método que traz uma inestimável contribuição: o controle
dos custos, principalmente no que se refere:
• ao custeio dos produtos e serviços, reduzindo as distorções de
alocações dos custos indiretos;
• ao controle eficaz dos gastos da empresa, através da análise
das atividades que geram esses gastos, identificando as que
constituem desperdícios.
Essa exposição vem ao encontro dos objetivos do ABC, visto que:
• se não houver relevância nos custos indiretos, não haverá
porque investigar as atividades que consomem esses custos;
• se não houver diversificação do mix de produtos, os custos
poderão ser alocados a poucas linhas de produção sem
maiores complicações.
232.2 – Vantagens do custeio baseado em atividades (ABC)
A análise das atividades é considerada como elemento da gestão
estratégica de custos, de interesse direto e imediato para a competitividade da
empresa. Rocha (1995) cita algumas vantagens do método:
• melhor e mais racional rastreamento ou alocação dos custos
indiretos;
• em relação ao rateio tradicional os custos apurados são mais
acurados;
• procura segregar, em seus relatórios, os custos que agregam,
ou não, valor ao produto;
• propicia meios de identificar e tentar eliminar, já na fase de
implementação, os desperdícios de materiais, mão-de-obra e
outros gastos;
• é capaz de identificar e apresentar soluções aos possíveis
gargalos.
Brimson (1996, p. 93) relaciona diversas vantagens da utilização
dos conceitos de contabilidade por atividades pelas empresas. Algumas dessas
vantagens são destacadas a seguir:
• “as atividades aperfeiçoam a acuridade do custo dos
produtos”: A acurácia da alocação dos custos aos produtos se
deve a melhor e mais racional alocação dos custos indiretos
por meio do rastreamento.
• “as atividades facilitam a avaliação de alternativas”: determinar
o custo e o desempenho de cada atividade, dentro da
indústria, permite a comparação com outras empresas que
desempenham as mesmas atividades e, assim, verificar se as
24atividades desenvolvidas estão sendo eficazes, ou ainda, se
são as melhores alternativas.
• “as atividades focalizam a estratégia empresarial”: o
gerenciamento das atividades e do mix de produtos , escolhido
para venda deve ser avaliado continuamente para assegurar
que as atividades estão contribuindo para o alcance dos seus
objetivos empresariais.
• “as atividades complementam a melhoria contínua”: a) através
da melhoria das atividades que agregam valor; b) reduzindo as
atividades que não agregam valor ao produto; c) eliminando os
desperdícios; d) reestruturando a forma de execução das
atividades, entre outras.
• “as atividades são compatíveis com o gerenciamento da
qualidade total- TQM”: enfatizando a importância da qualidade
em todos os aspectos das operações, as atividades são
processos e como tal são compatíveis com o TQM.
• “as atividades são facilmente entendidas pelos usuários”: as
atividades se constituem em identificadores naturais, comuns
a engenheiros, pessoal de operações, contadores e alta
gerência.
• “as atividades ligam o planejamento (estratégico, apoio a
decisão, investimento, etc.) e o controle (através da
contabilidade de custos)”: de forma a antecipar os problemas
para que se possa fazer os ajustes necessários para atingir o
plano ou modificá-lo.
• “as atividades integram as medidas de desempenho financeiro
e não- financeiro”: um sistema de contabilidade por atividades
propicia um meio de avaliar o desempenho total de uma
atividade, incluindo tempo, qualidade e flexibilidade.
25• “as atividades realçam as interdependências”: as atividades
são inter-relacionadas, fornecendo uma visão clara do
desempenho das mesmas, realçando sua ligação com as
atividades que causam sua execução, de forma que a ação
corretiva possa ser aplicada à causa original do custo.
Wernke (2001) cita quatro benefícios proporcionados pela
utilização do método ABC, resumidos no Quadro 1:
Quadro 1 – Vantagens do ABC SINTETICAMENTE ANALITICAMENTE
Exposição da informação ao Usuário
É bem recebido pelos usuários, por exibir os vínculos das atividades com os resultados.
Utilização da relação de origem dos custos como ferramenta de gestão
O ABC enfatiza a análise da relação causal entre o custo e a atividade e entre a atividade e a venda que dela se serve, contribuindo para a visualização do direcionador de custos, não apenas como um veículo de alocação dos custos da unidade do produto, mas também com um verdadeiro gerador de custos, e, conseqüentemente, como um elemento sobre o qual atuar para alcançar uma efetiva redução de custos.
Estimativa de cada atividade em termos de objetivos da organização
Identificar e apresentar as atividades permite ao gestor medir a capacidade de agregar valor de cada atividade, à luz dos objetivos organizacionais. Com isso, é possibilitada a decisão de simplificação da atividade, reduzindo custos e eliminando as atividades que não agregam valor.
Inclusão da totalidade dos custos aos produtos por meio das atividades
O ABC considera que todas as atividades que geram valor existem em função dos produtos e, conseqüentemente, seus custos devem ser atribuídos atendendo às relações causais.
Fonte: Wernke (2001, p. 23).
Para Kaplan e Cooper (1998), o método de custeio baseado em
atividades oferece às empresas um mapa econômico de suas operações,
revelando o custo existente e projetado de atividades e processos de negócios
que esclarece o custo e a lucratividade de cada produto, serviço, cliente e
unidade operacional. Sendo assim, esse mapa permite visualizar os produtos
lucrativos, e com isso os gestores dispõem de orientações sobre onde e como
aplicar seus recursos, mantendo o ponto de equilíbrio ou os prejuízos no
mínimo ou, ainda, alcançam a lucratividade.
26Para Martins (2003), o ABC permite que se tomem ações para o
contínuo melhoramento das atividades de redução dos custos/despesas
indiretas. No sistema tradicional a redução de custos se concentra nos custos
direto; os desperdícios existentes nas despesas indiretas ficam ocultos,
dificultando a sua análise. O ABC permite a análise desses custos indiretos
através das atividades e ainda facilita a determinação dos custos relevantes.
A principal vantagem ressaltada pela literatura pesquisada, aqui
apresentada pelo pronunciamento de diversos autores, reside na sensível
redução das distorções causadas por rateios arbitrários dos sistemas
tradicionais de custeio, como o absorção e o pleno, pois os direcionadores de
custos refletem a verdadeira relação entre os produtos e a ocorrência dos
custos. O ABC se torna substancialmente mais preciso por atribuir o custo real
total aos produtos que estão causando o custo.
Também deve ser destacada, segundo os autores pesquisados, a
utilidade do ABC para além das funções de custeio, como por exemplo: a
disponibilidade de informações mais qualificadas para o amplo processo de
gestão operacional em busca da eficiência e eficácia organizacional.
2.3 – Desvantagens do custeio baseado em atividades (ABC)
Para Rocha (1995), a principal desvantagem do ABC reside no
fato de misturar custos fixos com variáveis para avaliar as atividades de uma
unidade organizacional. Com isso, os gestores estariam sendo privados de
informações “vitais” e, portanto, não poderiam tomar decisões racionais porque
não saberiam quais custos mudariam na empresa. Porém, o autor ressalta que
o ABC pode reportar separadamente os custos fixos e variáveis sem
problemas, caso haja um sistema com arquitetura para tanto. Seria uma forma
de eliminar tal desvantagem.
Kaplan e Cooper (1998), apesar de reconhecerem algumas
melhorias do custeio baseado em atividades – a) enfocar o conceito de
27atividade ao invés de trabalhar somente com volumes de produção e vendas
dos produtos finais; b) adotar um procedimento teoricamente mais consistente,
alocando aos produtos todos os custos da empresa – entendem que o método
continua com a mesma deficiência central do custeio por absorção, ou seja, o
rateio e a inclusão dos custos fixos indiretos aos produtos. Os autores são
favoráveis a utilização do método de custeio direto e totalmente contrários a
utilização do ABC, apresentando diversas e severas críticas ao mesmo,
descritas no Quadro 2:
Quadro 2 - Críticas ao Sistema ABC Críticas ao ABC
Não é adequado e eficaz sob a ótica do atendimento das necessidades informativas dos gestores. Não existe qualquer sentido conceitual e prático na fixação do lucro unitário do produto. É subjetivo e inadequado, sob a ótica da tomada de decisão. É incompreensível sob uma ótica científica ou utilitarista. Continua a ser um sistema fundamentado na base conceitual full cost (custeio pleno) e apresenta todas as deficiências gerenciais inerentes a essa filosofia de custeio. Apresentou algumas melhorias em relação aos sistemas de custos tradicionais, porém não significa que sejam relevantes e tenham grandes méritos. Foi construído sob premissas de questionamentos de procedimentos analíticos do sistema de custos tradicional e não dos objetivos do sistema quanto ao atendimento das necessidades informacionais dos gestores. Não muda a realidade dos fatos, ou seja, que grande parte dos custos indiretos é de natureza fixa. Com o aumento natural dos custos fixos, pelo avanço da tecnologia, proporcionalmente aos custos variáveis o ABC conduzirá a resultados proporcionalmente mais errados. O processo de rateio dos custos fixos gera informações que impossibilitam a comparabilidade entre os custos com as empresas concorrentes. Não aborda conceitos avançados de mensuração, tais como: valor econômico, custos de oportunidade, equivalência de capitais, custos correntes de reposição, entre outros. Além da natural distorção dos custos causada pelos critérios de rateio, os objetos de custeio são medidos de uma forma que não expressam os seus valores econômicos.
Fonte: Kaplan e Cooper (1998, p. 19).
28Martins (2003) acrescenta outras desvantagens àquelas
destacadas por Kaplan e Cooper apresentadas no quadro a seguir:
Quadro 3 – Desvantagens do ABC Desvantagens do ABC
As informações são confiáveis somente a longo prazo. Controle dificultado com empresas que possuem grande número de atividades. Análise comparativa restrita. Como ferramenta de terceirização o ABC possui limitações, pois fornecerá o custo do produto e não seus componentes. Dispendioso. Por causa das inúmeras atividades em que as operações são subdivididas, as áreas de responsabilidade quase inexistem. A apropriação das atividades aos produtos por meio de direcionadores tem apenas a vantagem de apurar custos aparentemente mais precisos. Possui dificuldade prática quanto ao conceito de atividade.
Fonte: Martins (2003, p. 12).
Nota-se que o autor não critica o ABC como conceito e sim em
sua operacionalização, expondo as limitações de forma a evidenciar as
dificuldades encontradas na aplicabilidade do método.
29
CAPÍTULO III
O METODO DE CUSTEIO ABC NA PEQUENA EMPRESA
CUSTOS E AS EMPRESAS DE PEQUENO PORTE
3.1 – O Setor de Saneamento Ambiental e o Processo de
Gestão da Empresa de Pequeno Porte
Segundo o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno
Porte, as microempresas e as empresas de pequeno porte no Brasil podem ser
conceituadas pelo critério de receita anual, desta forma:
I - microempresa, a pessoa jurídica e a firma mercantil individual
que tiver receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14;
II - empresa de pequeno porte, a pessoa jurídica e a firma
mercantil individual que, não enquadrada como microempresa, tiver receita
bruta anual superior a R$ 433.755,14 e igual ou inferior a R$ R$ 2.133.222,00
(Brasil, Lei Nº. 9.841, de 5 de outubro de 1999, art. 2º).
Bornia (2002, p. 29) sustenta que as principais particularidades
que podem ser consideradas para caracterizar as empresas de pequeno porte
são as seguintes:
• estrutura organizacional simples;
• limitação de recursos humanos;
• ausência de burocracia interna;
• baixo grau de diversificação produtiva;
• limitação de recursos financeiros;
• produção para mercados locais ou especializados;
30• proximidade do mercado e do cliente;
• rapidez de resposta;
• flexibilidade e adaptabilidade a mudanças ao redor.
Kaplan (1999) afirma que a caracterização de uma microempresa
ou empresa de pequeno porte tem por base seu estágio administrativo-
gerencial, que pode ser assim descrito: apresenta conflitos em relação à
profissionalização da administração mais ou menos evidentes; e sua
administração é efetuada por seus fundadores, herdeiros ou familiares
comumente próximos.
Como se observa, as empresas de pequeno porte possuem
diversas características que as diferenciam daquelas de grande porte. Por isso,
tornam-se indispensáveis para a economia de um país, uma vez que atendem
a segmentos de mercado muitas vezes específicos que não são de interesse
das empresas de grande porte.
Thomé (2001) sustenta que a relevância das pequenas empresas
está relacionada ao fato de que elas se constituem como os amortecedores
dos efeitos das flutuações na atividade econômica. São também responsáveis
por manter o patamar de atividade econômica em certas regiões. Além disso,
as empresas de pequeno porte apresentam potencial de assimilação,
adaptação, introdução e, em certos casos, geração de novas tecnologias de
produto e processo, contribuindo para a descentralização da atividade
econômica, sobretudo na função de complementação às grandes empresas.
De acordo com Bornia (2002), na maior parte os países, a
participação de microempresas e empresas de pequeno porte na economia é
significativamente relevante, pois essas empresas auxiliam a geração de
empregos e proporcionam a ocupação de mão-de-obra em meio a um cenário
no qual o desemprego tornou-se um problema estrutural.
Liba (2001, p. 25) também afirma que “a importância das
microempresas e empresas de pequeno porte na economia brasileira e mundial
31é fato inquestionável”. Essas empresas são fortes geradoras de emprego e
renda, constituindo-se com o motor do desenvolvimento econômico de uma
sociedade, pois, por uma questão natural, os seus negócios direcionam-se ao
crescimento, estimulam a competência e, por conseguinte, produzem trocas
relevantes entre os participantes dos mercados e na política de preços.
Ademais, representam permanente fonte de inovação, uma vez
que sua necessidade de descobrir e desenvolver novas oportunidades em
mercados, que se encontram estagnados, obriga essas empresas a constante
prática da inovação, como uma condição indispensável para a obtenção das
devidas condições para a competitividade.
No entender de Queiroz (2000), um país torna-se forte quando
possui um grande número de microempresas e empresas de pequeno porte
nos mais diversos setores produtivos e presentes em todos os segmentos da
economia e regiões da nação. Essas organizações simbolizam as forças
produtivas vivas de uma sociedade e, por meio delas, manifesta-se o sentido
de risco, de empreendimento, de auto-realização, de criatividade, de iniciativa e
de auto-preservação, da realização do sonho empresarial.
3.2 – Os Custos e as Empresas de Pequeno Porte
A realização do cálculo dos custos é essencial para a boa gestão
de uma empresa, independentemente de seu tamanho, e pode ser um fator
determinante no êxito ou fracasso do empreendimento econômico. Em sentido
comum, custo compreende o valor monetário de bens e serviços. Em
economia, o custo de um bem compreende a quantidade de bens disponíveis
dos quais se desiste ao preferir adquirir o primeiro.
Segundo Wernke (2001), o termo custos diz respeito à avaliação
em unidades de dinheiro de todos os bens materiais e imateriais, trabalho e
serviços consumidos por uma organização na produção de bens ou serviços,
assim como aqueles consumidos também na manutenção de suas instalações.
32Expresso em termos monetários, o custo resulta da multiplicação da
quantidade dos fatores de produção empregados pelos seus respectivos
preços.
Quando uma pequena empresa reúne recursos naturais, capital e
força de trabalho, incorre em custos de produção com a finalidade de obter
uma receita, advinda da venda do produto ou da prestação de serviço por
quantia superior à soma de todos os custos que ocorreram durante o processo
produtivo: desgaste do capital instalado, matéria-prima, força de trabalho,
transportes, seguro e comercialização. Uma empresa privada tem em vista a
obtenção, como resultado de sua atuação no sistema econômico, de um
diferencial positivo entre suas receitas e seus custos.
Segundo Rosa (2001), pode-se destacar a existência de quatro
componentes que influenciam e caracterizam as diferentes organizações, quais
sejam: a capacidade física, o pessoal disponível, os insumos e os produtos,
assim como os recursos financeiros variáveis.
Todos esses componentes são relevantes na análise e na
compreensão das organizações. Ao se tomar uma decisão dentro da empresa,
é necessário que todos esses componentes sejam levados em consideração.
Dessa forma, dentro de um processo decisório que engloba
aspectos financeiros, como os custos em geral, a utilização de dados precisos
acerca dos elementos relevantes assume uma importância essencial na
escolha da alternativa mais adequada para a empresa. As estruturas
organizacionais, com seus diversos tamanhos, sofisticação, tecnologia, graus
de complexidade e formalização, destinam-se a evoluir para sistemas de
emprego de informações.
As empresas de grande porte são formadas por estruturas
complexas e especializadas, enquanto que as de pequeno porte possuem
limitações que dificultam o processo de comunicação e interferem na qualidade
das decisões, visto que, muitas vezes, não possuem equipamentos avançados
e nem conhecem as técnicas mais sofisticadas de análise. (THOMÉ, 2001)
33Comumente, nas empresas de pequeno porte, as atividades
ligadas à função de custos ficam sob a responsabilidade de um dos sócios da
empresa, o que não ocorre nas grandes organizações, nas quais essa função é
controlada por executivos de elevado nível. Todavia, isso não significa que, nas
empresas de pequeno porte, a contabilidade de custos tenha uma relevância
menor do que nas de grande porte.
De acordo com Figueiredo e Fabri (2000), do mesmo modo como
ocorre nas grandes empresas e, também, naquelas de pequeno porte, a
contabilidade de custos tem em vista o seguinte: a sistematização e a análise
de gastos; a classificação e a contabilização dos custos; e a geração de
relatórios e informações acerca dos custos envolvidos na produção.
A técnica da contabilidade de custos provê meios para que a
administração empresarial controle os fatos, com o fim de assegurar o mais
elevado lucro. Para uma empresa, os custos são expressos por meio dos
preços dos fatores de produção multiplicados pela intensidade com que esses
fatores são empregados. Em cada processo de produção, matérias-primas,
capital instalado e força de trabalho foram usados para transformar o produto
ou serviço em processamento em um bem final, destinado ao consumo
humano ou à aplicação como novo instrumento de trabalho.
Na concepção de Gibson et al. (1988, p. 7), é “a contabilidade de
custos, que possibilita a classificação e o controle dos custos, a formação do
preço de venda e a verificação de quanto cada um dos produtos contribui para
o lucro da empresa”. Considerando-se as características atribuídas às
empresas de pequeno porte, dentre as quais merece destaque aquela
relacionada à ausência de controles e informações, nota-se empiricamente que
grande parte dessas empresas, por meio de seus administradores, reclama de
seus custos, da dificuldade em estabelecer o preço de venda dos produtos, da
falta de controle sobre estes e do desconhecimento que possuem em relação à
contribuição desses produtos para o lucro total. Muitas vezes, essa situação é
decorrente de um controle inadequado e superficial dos custos.
34No entender de Bornia (2002), importa considerar que, na
realidade, a contabilidade de custos na empresa de pequeno porte não precisa
ser tão complexa, pois seus processos são mais simplificados do que os
desenvolvidos nas grandes empresas. Todavia, é fundamental conhecer a
maneira como os fatos contábeis se dão, assim como a estrutura funcional e
operacional da empresa em função da identificação, mensuração, registro e
apropriação dos custos ocorridos.
Para que um sistema de custos seja organizado e adequado às
finalidades da empresa, é preciso que seja sempre atualizado e que as
informações nele contidas correspondam à realidade. Esse sistema de custos é
o responsável pela sistematização de dados, tendo em vista a geração de
relatórios que possam expressar informações úteis acerca da realidade
financeira e operacional, servindo como provedor de subsídios relevantes para
que os administradores possam tomar decisões ligadas à forma de alocação
dos recursos disponíveis no intuito de otimizar os resultados. (BORNIA, 2002)
Desse modo, um modelo eficiente de controle de custos
compreende um instrumento essencial para o sucesso de uma empresa de
pequeno porte, uma vez que permite a análise da rentabilidade dos serviços e
produtos da empresa, entre outras funções. Por sua vez, quando o controle de
custos é realizado de modo ineficiente, emerge um problema administrativo,
uma vez que, sem esse controle, torna-se inviável a compreensão dos fatos e
dos processos dentro da organização.
3.3 – Os Custos e a Tomada de Decisão
O levantamento dos custos envolvidos na fabricação de um
determinado produto ou na prestação de um serviço é uma etapa fundamental
para a tomada de decisões. Atribuir custos a uma produção é cadastrar
quantidades, preços e valores de materiais utilizados, força de trabalho
35empregada e quaisquer outros gastos que se relacionem direta ou
indiretamente ao produto.
A contabilidade de custos compreende uma ferramenta auxiliar na
tomada de decisões gerenciais, tais como: as relacionadas à fixação de preço
de venda, ao cálculo da lucratividade de produtos e à seleção do mix de
produção. É por meio dela que se torna viável a emissão de relatórios que
asseguram o fluxo contínuo de informações, possibilitando a realização da
avaliação da situação atual e a comparação com o planejamento, visando à
identificação e ao controle dos desvios e de suas causas.
Um sistema de contabilidade de custos permite o acúmulo dos
dados relacionados aos custos em registros e em contas especiais, nas quais
suas características diferem em conformidade com a natureza das atividades e
os objetivos da direção da empresa. Assim, com base nesses dados, torna-se
possível tomar decisões acerca de preços, quantidade de produtos a ser
produzida ou serviços a serem prestados, que produto ou serviço produzir,
entre outras decisões correlacionadas. (BORNIA, 2002)
Cabe salientar que a contabilidade de custos possui a função de
suprir a administração de uma organização com dados que representem o
montante de recursos empregados na execução das diversas fases de seu
processo operacional. Seu papel adquire relevância substancial no momento
em que se insere essa organização dentro do contexto complexo e dinâmico do
mercado nos dias atuais. (LIBA, 2001)
Para Liba (2001), torna-se essencial a compreensão do
significado da importância dos custos em relação a uma determinada decisão.
A distinção entre custos relevantes, custos variáveis e custos administrados se
estabelece por meio do ponto de referência. Enquanto os custos variáveis e
administrados estão ligados ao comportamento dos custos em relação ao
volume em certo período, os custos relevantes se referem a um projeto
específico. Uma tomada de decisão sofre influência das previsões de
resultados futuros relacionados às diversas alternativas, mas nem todos os
custos futuros são realmente relevantes a certa decisão. Assim, serão
36relevantes aqueles custos que se comportarem de modo diferente nas
alternativas disponíveis.
Para efetuar a determinação dos custos de uma organização
industrial, a contabilidade pode fazer uso de dois sistemas básicos de
custeamento, quais sejam: o sistema de custeamento por ordem de produção e
o sistema de custeamento por processo. Segundo Bornia (2002), a adoção de
um desses sistemas depende diretamente do tipo de produto, do processo de
fabricação e da convivência da empresa.
A diferença fundamental entre os dois sistemas gira em torno do
modo pelo qual se realiza o custeio do produto. Diferentemente do custeio por
processo, que lida com amplas médias e grandes massas e serviços
específicos, o método da ordem de serviço procura, essencialmente, aplicar os
custos a serviços específicos, os quais podem ser uma única unidade física.
(MARTINS, 2003)
No sistema de ordem de produção, os custos são identificados
diretamente com cada ordem de produção, sendo que cada uma delas possui
características diversas. Esse sistema também pode ser empregado quando o
tempo exigido para a fabricação é significativamente longo.
Tem-se assim que o sistema de custeio de uma empresa
influencia diretamente sua capacidade física, seus recursos humanos, seus
insumos e seus produtos. Bornia (2002) salienta a influência desses fatores
dentro do processo decisório e da gestão organizacional, argumentando que
estes estão pautados nos vários relatórios, estudos e nas sugestões de
contadores, controladores, analistas e especialistas.
3.4 – A Metodologia ABC e a Pequena Empresa
A metodologia de custos baseados em atividades pode ser
implementada nas empresas de pequeno porte, argumentam Liba, Robles e
Bacci (2001). Para estes autores, independentemente do porte da empresa, a
37utilização do sistema ABC é viável, desde que sejam realizadas algumas
adaptações que assegurem baixo investimento e curto espaço de tempo para
obter os resultados.
É essencial que os sistemas de custo se direcionem não somente
para o auxílio mas também para a participação ativa no gerenciamento,
compondo o leque de ferramentas empregadas pelas empresas de pequeno
porte que pretendem ser competitivas. Desse modo, justifica-se o sistema ABC
como uma ferramenta relevante para uma organização que objetiva sobreviver
no mercado concorrido ou se configura na atualidade. (NAKAGAWA, 1994)
Desta forma, a metodologia ABC possibilitaria a eliminação das
imprecisões decorrentes dos cálculos efetuados com base em sistemas de
custeio informais, nos quais, comumente, a única base de cálculo é formada
pelo custo da matéria-prima e da mão-de-obra direta.
Por conseguinte, reduziria a imprecisão no custo final dos
produtos e serviços e as incorreções na determinação de suas margens, o que
poderia direcionar equivocadamente a estratégia de uma empresa.
Em suma, a implantação do sistema ABC pode fornecer
condições para que as empresas de pequeno porte do setor de saneamento
visualizem de que forma o sistema de operações se desenvolve e o que e
como adiciona valor no sistema produtivo, o que acaba por tornar as operações
mais eficientes e a empresa mais competitiva no longo prazo.
38
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve o intuito de colaborar com os estudos teóricos
e práticos a respeito da Gestão de Custos e Gestão do Preço de Venda,
contrastando a prática gerencial adotada pelas empresas com os
posicionamentos defendidos na literatura.
Diante de um mercado cada vez mais competitivo, as
informações sobre custos têm sido consideradas um elemento estratégico
dentro das organizações. A utilização de sistemas de custeio pelas empresas
vem auxiliando os gestores no momento de definir estratégias e gerenciar os
custos incorridos nos processos e atividades.
Quanto mais intensa a competição a que estiverem submetidas
às empresas, mais importante será dispor de instrumentos integrados de
gestão que permitam o desenvolvimento de produtos e serviços com vistas a
oferecer aos clientes a qualidade e a funcionalidade por eles desejada, e que,
ao mesmo tempo, possibilitem os lucros pretendidos pelas mesmas.
Para ser bem sucedida nesse aspecto, as empresas deverão ter
em seu ambiente operacional um sistema de custo que contemple os objetivos
de utilização de recursos; que auxilie nas tomadas de decisões e proporcione
um diferencial nesse percurso.
Assim as empresas podem aprimorar ou alocar os custos ao
produto por meio do sistema de custeio, entre eles: o custeio por absorção que
além de ser um dos mais antigos sistemas, é o único aceito para fins fiscais e
consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados.
O custeio direto é um sistema que só considera como custo do
produto os custos variáveis utilizados no processo produtivo. Sendo assim, os
custos fixos são considerados como despesas do período, pois estes
independem do volume de produção.
39Deste modo, os gestores devem analisar as características
especificas de cada sistema de custeio a fim de verificar aquele que mais
condiz com a realidade da empresa para o gerenciamento das informações,
que possam auxiliar de forma clara a tomada de decisão nas organizações.
Na verdade, qualquer que seja o modelo de custo utilizado, estes
geram na sua maioria, uma satisfação na elaboração dos preços de venda. O
que revela que as informações dos modelos possuem a capacidade de atender
a necessidade dos gestores com a facilidade de verificação dos custos
industriais e com o benefício nas negociações de venda, confirmando que as
informações e os modelos de custos e de formação do preço de venda
atendem às necessidades dos seus gestores.
Verifica-se também, que os problemas de preço de venda de
produtos enfrentados pelas empresas, na maioria das vezes, se devem aos
seguintes fatores: preço de vendas abaixo do valor de mercado; preço de
vendas acima do valor de mercado; fabricação de produtos que deram pouco
lucro, em detrimento de outros mais rentáveis; o esforço de vendas não é
orientado para produtos mais lucrativos e dificuldades em identificar e fixar
ações para redução de custos e despesas.
Apesar da importância estratégica da formação de preço, muitas
empresas ainda não têm programas adequados à sua estrutura, e nem estão
claramente definidos. Num plano lógico, a opção até que é correta: afinal é
preciso conhecer sua estrutura de custos para determinar o preço. No entanto,
é insuficiente, uma vez que deve ser complementada por uma análise das
mudanças na estrutura do mercado, considerando tanto o comportamento e as
competências dos concorrentes como também as exigências do consumidor.
40
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Contabilidade, São Paulo, Jan/fev, 2001.
43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 1
RESUMO ........................................................................................................... 2
METODOLOGIA ................................................................................................ 3
SUMÁRIO .......................................................................................................... 4
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 5
CAPÍTULO I
A EMPRESA CONTÁBIL ................................................................................... 7
1.1 – Conceito de Empresas Contábeis ............................................................. 7
1.2 – O processo de Gestão das empresas contábeis ..................................... 11
1.2.1 – Fatores críticos no processo de gestão das empresas contábeis ........ 13
1.3 – Ambiente externo das empresas contábeis ............................................ 14
CAPÍTULO II
O MÉTODO DE CUSTEIO ABC APLICADO AO NEGÓCIO CONTÁBIL ........ 17
2.1 – O método de custeio ABC ....................................................................... 17
2.2 – Vantagens do custeio baseado em atividades (ABC) ............................. 23
2.3 – Desvantagens do custeio baseado em atividades (ABC)........................ 26
CAPÍTULO III
O METODO DE CUSTEIO ABC NA PEQUENA EMPRESA CUSTOS E AS
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ............................................................... 29
3.1 – O Setor de Saneamento Ambiental e o Processo de Gestão da Empresa
de Pequeno Porte ............................................................................................ 29
3.2 – Os Custos e as Empresas de Pequeno Porte ......................................... 31
3.3 – Os Custos e a Tomada de Decisão ........................................................ 34
3.4 – A Metodologia ABC e a Pequena Empresa ............................................ 36
44CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ....................................................................... 40
ÍNDICE ............................................................................................................. 43