O Mundo Da Fotografia Digital

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    E D I T O R I A L

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 3

    Próxmo nveFernandoMendes

    Este mês,queremos

    que aposteem close-upsgelados, sejacriativo com

    fotografia de comida e capte aessência do seu animal de estimação.Não deixe que a chuva seja umimpedimento à criação.

    Mais conhecida

    como Anita dos7 Ofícios, estatalentosa artistatem o condãode contemplar

    o mundo com os olhos do coraçãoe de criar verdadeiras obras de arteem forma de imagens.

    No terreno

    PARA OS LEITORES Queremosestreitar a relação com o leitor, apelandoà sua participação em várias secçõesda revista. Envie-nos as suas sugestõese fotos para [email protected].

    PARA TODOS Com uma linguagemsimples e acessível, dirigimo-nosa todos os amantes da fotografiaque procuram soluções práticas e claras,ideias e inspiração. Com muita paixão!

    INDEPENDENTE Somos cempor cento independentes. Os fabricantesdos produtos e serviços, bem comoos anunciantes, não determinam a nossalinha editorial ou as nossas opiniões.

    COM RIGOR Esta publicação é criadapor profissionais com provas dadasnas áreas jornalismo e da fotografia.E as opiniões expressas nos testesa equipamentos são baseadas emanálises rigorosas e objetivas, sempretendo como base experiências no terreno.

    Dê largas

    à imaginaçãoe criatividadee personalizeainda mais assuas fotos.

    Desafiamo-lo a criar rastos de luzcom padrões definidos e aadicioná-los aos seus momentosnoturnos. Vai valer a pena...

    JoanaClara

    OS LEITORES NA REVISTA OMF

    AnaMorais

    O QUE PROMETEMOS?

    e ainda não se rendeu totalmente àarte de fotografar – e apesar dissoestá a ler esta revista porque adora

    fotografia – agora é a altura certa!A fotografia é um hobby simples de

    iniciar e o essencial é fácil de compreenderem pouco tempo. No entanto, basta-lheapenas aprofundar e controlar um poucomais as noções técnicas que já tem paradeixar de ser um mero fotógrafo ocasionale… passar ao próximo nível.É isso mesmo que lhe propomos este mês,através do nosso “curso fotográficointensivo” – um Guia completo ilustrado,

    que vai encontrar a partir da página 25.Vamos explicar-lhe tudo o que precisa de

    saber para começar a fotografar a sério –desde a anatomia da sua câmara até aosprincípios mais importantes a reter, porexemplo, sobre exposição, composição,focagem e processamento digital das suasfotos. Este é o primeiro grande passo a darpara solidificar essa sua paixão pelafotografia. Nós ajudamos. Comece já e…boas fotos!

    Fernando [email protected]

    S

    PARTICIPE NOS PASSATEMPOS!

    ENTRE EM CONTACTO CONNOSCO!

    TODOS OS MESES lançamos umnovo desafio aos nossos leitores.Esteja atento à temática e à datalimite de envio de imagens para

    este passatempo (página 91),participe já e ganhe prémios.Consulte as regras de participaçãono CD que acompanha a revista.

    ESTA É MAIS uma das secçõesmensais em que pode participare ganhar prémios com as suasfotografias. O tema é livre, por

    isso dê asas à sua criatividadee surpreenda-nos! As regrasde participação estão tambémno CD que acompanha a revista.

    MISSÃO OLHARES

    Use e abuse do nosso endereço dee-mail: [email protected] .Faça-nos chegar as suas opiniõese sugestões, coloque-nos as suasquestões e envie-nos as suasmelhores fotografias para ospassatempos Olhares e Missão...

    Se prefere a via tradicional, podecontinuar a comunicar connoscoenviando a sua correspondênciapelo correio para: Goody SA– O Mundo da Fotografia, Av.Infante D. Henrique, Nº 306,Lote 6, R/C, 1950-421 Lisboa.

    @ POR VIADIGITAL PORCORREIO*

    Zoom Out

    FACEBOOKA sua revista de eleição estábem representada na maiordas redes sociais na Internet,

    em www.facebook.com/omundodafotografia .Faça “Gosto” já hoje!

    A revistaOMF  está disponívelem formato digital parao seu tablet ou smartphone.Descarregue a app gratuita etenha a sua revista preferidana ponta dos dedos, sempre!

    EDIÇÃO DIGITAL

        ©     A

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       a    t    t    T   u    f    fi   n

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    4 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    FEVERE IRO

    T E MA D E CAP A

    DOMINE A SUA

    CÂMARA HOJE!26Quer captar fotografias de topo numaquestão de horas? Então siga as nossas dicaspara tirar o máximo partido do seu equipamento.

    12 4436

    PORTFÓLIO NACIONALHUGO SUÍSSASUm fotógrafo verdadeiramente criativo, que

    vira o nosso mundo ao contrário, dando-lhe

    um toque único e revolucionário.

    PROJETOS FOTOGRÁFICOS10 IDEIAS CRIATIVASAposte em close-ups  congelados, seja

    criativo com alimentos e explore a elegância

    de paisagens a preto e branco.

    ZOOM OUT NACIONALANA MORAISA Anita dos 7 Ofícios é tão maravilhosa em

    tudo o que faz, que é um deleite contemplar

    as suas imagens. Inspire-se!

    130

    NESTA ED IÇÃOT O D O O I N CR Í V E L “ U N I V E R S O ” D A F O T O G R AF I A N U MA Ú N I CA R E V I S TA . . .

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    16 84

    12 Portfóos fotorficosOriginalidade e revolução

    parecem ser as palavras de ordem do

    instagramer Hugo Suíssas. Já Steve Belasco

    inspira-se em registos paisagísticos para

    inverter a realidade e torná-la mais

    impactante.

    16 Ohres de fevereroAs melhores fotografias enviadas

    pelos nossos leitores para o passatempo de

    tema livre da revista OMF. Participe!

    54 

    Imens o pormenor

    Capte a imensidão de umapaisagem campestre, aplique simetria

    numa imagem encenada e obtenha os

    melhores registos de vida selvagem.

    58 Áre técncDescubra como gerir e evidenciar

    as cores das suas imagens.

    62 Csos de estudoSaiba como promover as suas

    páginas online. Fique com os segredos dos

    especialistas e invista na sua carreira.

    66 Técncs profissonsIlumine uma paisagem urbana ao

    pôr do sol. Salientamos que precisa de

    paciência e de uma dose de edição.

    70O mehor d edço demem – Prte I

    Adicione grão de película e efeitos rétro,

    convertendo também os seus registos para

    preto e branco. Conheça as maravilhas do

    filtro High Pass. Remova sombras de

    retratos com Frequency Separation.

    76Zoom Out – Terr O´NeFique a conhecer o trabalho

    fotográfico deste autor, que captou alguns

    dos mais míticos retratos do mundo da

    música international

    84 Msso de feverero:Forms

    Os melhores registos dos leitores.

    94 Cnon 6D VS. NIKOND750

    Fique a saber qual destas duas reflex demédia gama sai vencedora do duelo!

    Conheça-lhe os traços-chave.

    99 Cnon EF 35 mm f/1.4LII USM

    Analisámos ao pormenor uma das

    objetivas fixas do catálogo da Canon, que,

    apesar do seu preço elevado, promete ser

    uma desafiante companheira.

    100MnconfrontoEm análise: os melhores

    modificadores de flash externo. Dê um

    novo brilho às suas fotografias.

    Outros temas na sua nova OMF

    Equipamento fotográfico em teste

    Por favor recicle esta revista

    quando terminar de a utilizar

    ASSINE JÁ A OMFAVANCE ATÉ À PÁG. 92!

    EDITOR

    GOODY, S.A.

    Sede Social, Edição, Redação e Publicidade: 

    Av. Infante D. Henrique, n.º 306,

    Lote 6, R/C – 1950-421 Lisboa

    Tel.: 218 621 530 – Fax: 218 621 540

    N.º Contribuinte: 505000555

     

    DIRETOR GERALAntónio Nunes

    ASSESSOR DA DIREÇÃO GERALFernando Vasconcelos

    DIRETOR ADM. E FINANCEIRO Alexandre Nunes

    CONTABILIDADECláudia Pereira

    APOIO ADMINISTRATIVO Tânia Rodrigues, Catarina Martins

     

    DIRETOR Fernando Mendes

    E-mail: [email protected]

    REDAÇÃOJoana Clara

    TRADUÇÃO E REVISÃOCatarina Almeida

    FOTOGRAFIABernd Geh (capa), Joana Clara

    CONSULTORIA TÉCNICA

    Magali Tarouca 

    DIRETORA COMERCIAL Luísa Primavera Alves

    Tel.: 218 621 546

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    ACCOUNT  Paula Russo

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    COORDENADOR DE PRODUÇÃO EXTERNA António Galveia

    COORDENADOR DE PRODUÇÃO INTERNA Paulo Oliveira

    ARTE DE CAPA Susana Berquó

    PAGINAÇÃOSusana Berquó, Vanda Martins

    CD-ROM – EDIÇÃO Joana Clara

    CD-ROM – ARTE DE CAPASusana Berquó

    PROGRAMAÇÃO E DESIGNPaulo Santos

    CD-ROM – PRODUÇÃO/EDIÇÃO DE VÍDEOSPaulo Santos

    COORDENADOR DE CIRCULAÇÃOCarlos Nunes

    SERVIÇO DE ASSINANTES E LEITORESMarisa Martins – Tel.: 21 862 15 43

    E-mail: [email protected]

    Site: www.assineagora.pt

    DISTRIBUIÇÃO DE ASSINATURASJ. M. Toscano, LDA

    Tel.: 214142909

    E-mail: [email protected]

    Site: www.jmtoscano.com

     

    PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO Sogapal

    Estrada das Palmeiras, Queluz de Baixo

    2745-578 BarcarenaDISTRIBUIÇÃO Urbanos Press

    TIRAGEM 11.000 ex.

    DEPÓSITO LEGAL N.º 226092/05

    REGISTO NA E.R.C.N.º 124710

    MEMBRO

    A Future plc é detentora do título Digital Camera.Todos os artigos traduzidos e/ou adaptados sãopropriedade da mesma, estando a Goody, S.A.

    autorizada a reproduzi-los em Portugal.

    102 Montores com quddede mem

    Usufrua de imagens mais nítidas no ecrãdo seu computador.

    104 Cmrs compctsdo momento

    Engane-se se pensa que estes modelos

    estão ultrapassados!

    106 Confronto: As cmrsms económcs

    e competentesConheça os modelos mais criativos e com

    o melhor desempenho no mercado.

    Acessibilidade é palavra de ordem neste

    teste de grupo.

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     OBSERVATÓRIO

    6 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    NOVAS IXUS

    PARA UM MAIOR

    ALCANCE

    A fm de cmrs compcts d Cnon cb de sercompementd com três modeos. E h ms novddes!

    WWW.CANON .PT

    WWW.OLYMPUS .P T

    Esta objetiva não é apenas

    compacta. De acordo com a

    marca, esta é “a teleobjetiva mais

    compacta, versátil e estável do

    mundo”.

    A linha profissional M.Zuko Pro da

    Olympus acaba de ser expandida,

    com “a teleobjetiva mais compacta,

    versátil e estável do mundo”, realça

    a marca em comunicado de

    imprensa. A M.Zuko Digital Ed 300

    mm 1:4.0 IS Pro vem completar a

    linha profissional da Olympus. Para

    além de ser a zoom telefoto mais

    compacta do mundo, tem um

    revolucionário sistema de

    estabilização de imagem em seis

    passos (em combinação com os

    modelos de câmaras Olympus

    compatíveis). E mais: oferece a

    distância de focagem mais curta na

    categoria para fotografia telemacro,

    de acordo com a marca – 1,4 mm

    apenas entre o assunto e a câmara.

    Este modelo estará disponível em

    Portugal (em preto) a partir de

    março e custará € 2.599.

    para gravar vídeo.

    De um modo mais especíco,destaque para o modo CreativeShot da 285 HS, a mais potentedas três novas câmaras, com umsensor CMOS de 20,2 MP (20 MPnos outros dois modelos).

     A Canon anunciou igualmentea impressora portátil SelphyCP1200, que oferececonectividade Wi-Fi ou AirPrint,para imprimir a partir desmartphones, tablets ou câmarascompatíveis. É possível imprimiraté 54 fotograas com a bateriarecarregável opcional.

    A nova impressora portátildo catálogo da Canonpromete fazer as delíciasdos entusiastas e apaixonadospela arte fotográfica.

     As mais recentes novidades fotográcas!

    s Ixus 175, 180 e

    285 HS fazemagora parte dagama e chegam

    com algumas novidades.  Todos os modelos incluem umaobjetiva ultra grande-angular ezoom ótico de 8x, 10x e 12x,respetivamente, extensívelatravés da função Zoom Plus.Em comum, os três modelos têmtambém um processador Digig4+, funcionalidades de ligação viaNFC dinâmico e Wi-Fi (parapartilhas rápidas) e ainda um

     botão dedicado Movie Record,

    A

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    FEVEREIRO 2016  O M U N D O D A F O T O G R A F I A 7

    O B S ER V A T Ó R I O

        @     G

       r   a   n    t    G   u   n    d   e   r   s   o

       n_

        R   e    d    B   u    l    l

    CONGELAR A AÇÃO!Est de vot o concurso nterncon defotorf de desportos de ço e ventur...

    WWW .R EDBU L L I L L UME . C OM

    m colaboração coma Sony, a Phase Oneprepara o próximogrande passo.. .

    O novo “mega-sensor”, que vaiequipar o sistema modular PhaseOne XF, oferece, para além doselevadíssimos níveis de resolução,cor de 16 bit, 15 f-stops de gama

    dinâmica, captação em tempo realcom saída HDMI, umaexibilidade ISO entre 50 e 12800e tempos de exposição até 60minutos.

    O preço do Phase One XF100MP Camera System (com lenteSchneider Kreuznach 80mm LSdeverá rondar os € 46.000!

    E

    A marca atualizou, noinício deste ano, a sua

    gama de flashesprofissionais, com omodelo SB-5000.Trata-se do primeiro aincluir controlo porrádio e também oprimeiro flash domundo a apresentarum sistema dearrefecimentoincorporado.O controlo por rádiosem fios evita anecessidade de umalinha de vista diretaentre o flash principal eo subordinado, o que otorna mais fiável, por

    exemplo, em situaçõesde captura de fotos sobluz solar intensa.Já o novo sistema dearrefecimento permitemais de cem disparos àpotência máxima, semproblemas. O sistemapermite ainda que oflash atinja 120 disparoscom intervalos de 5segundos ou 84disparos comintervalos de 3segundos, semsobreaquecimento.Tecnicamente,destaque para onúmero guia de 34.5, oalcance zoom de24-200 mm no formatoFX e os três padrões deiluminação integrados.Compacto, comapenas 420 gramas,tem ainda um painel decontrolo com ecrã deinformações legível, e acabeça do flash éinclinável para baixo até7º e para cima até 90º,rodando na horizontal a180º nas duas direções.www.nikon.pt

    O novo Nkon

    Speedht

    SB-500

    NUMFLASH

    PROJEÇÕESBRILHANTES

    ADRENALINA

    WWW .OPTOMA . P T

    WWW.SONY . PT

    WWW .PHAS EONE . P T

    A HDR-AS50 é a nova câmara de

    ação da Sony. Preparado?

    Pensada para aventuras radicais,

    desportos aquáticos, ciclismo e

    outras atividades “enérgicas”, a

    câmara vem com um sensor de 11,1MP e SteadyShot avançado, para

    imagens mais nítidas. Tem ainda

    zoom 3x, dois modos de definição

    de ângulo e grava vídeo com XAVC

    S de elevada taxa de bits (50 Mbps).

    Disponível em fevereiro, por € 220.

    A Optoma acaba de lançar o seu

    primeiro projetor que recorre à

    iluminação de laser-phospor, o

    ProScene ZU650.

    Concebido a pensar no mercadoprofissional e para utilização em

    auditórios e salas de reunião, o

    modelo oferece uma luminosidade

    de 6.000 lumens e até 20 mil horas

    de operação sem qualquer

    manutenção, garante a marca.

    Uma vez que elimina a

    necessidade de substituição de filtro

    ou lâmpada, o ZU650 pode

    funcionar em regime 24/7 - ou seja,

    ininteerruptamente.

    Outras características: arranque

    rápido, alta resolução (WUXGA,

    1920 x 1200) e alto brilho e

    contraste, funcionamento

    silencioso, instalação flexível, comrotação de 360º, e processo de

    encerramento rápido, já que a fonte

    de luz laser-phospor requer um

    tempo de arrefecimento mínimo.

    SENSORES AMPLOSA Phse One cb de nuncr um sensorfu-frme de 100 MP.

    nscrições abertasaté 31 de março. Jáfez a sua?

    Dedicado a todosos fotógrafos amadores eprossionais, esta é a quartaedição do conhecido Red BullIllumine, que volta em 2016.

    Há uma categoria nova paraeste ano – “Mobile” –, que se

     junta às restantes dez categoriasonde é possível participar:Cultura, Playground, Energia,Espiríto, Close Up, Asas,Sequência, Criatividade,Experimental e Iluminação.

    Os vencedores serão este anoescolhidos por um júriinternacional composto por 50especialistas. Haverá um

     vencedor absoluto, premiadosnas várias categorias e, pelaprimeira vez, um prémio votadopelo público, online. Para além depremios “aliciantes”, os melhorestrabalhos vão ser publicados emlivro e viajar por todo o mundonuma exposição itinerante.

    Em 2013 concorreram,recorde-se, 28.257 fotograas,enviadas por 6.417 participantesde 124 países.

    I

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    8 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    OBSE R V ATÓR I O

    Leend

    NOVA LEICA SL

    PENTAX NO DIGITAL 

    PILHASA POSTOS

    A PRIMEIRA!

    A cmr sem espeho d mtc mrcem que ”redefne os pdrões”.

    Cheou nov obetv HD Pentx-D FA64535mm F3.5AL

    L E I C A - C A M E R A . C O M / C O M E R C I A L F O T O . P T

    WWW.REFLECTA.COM

    W W W . H A M A . P T

    WWW.COMERCIALFOTO.PT

    nova câmara semespelho da marcachega ao mercadocom vários

    argumentos de peso.Equipada com um sensor

    CMOS full-frame de 24 MP, omodelo inclui viewfnder

    eletrónico EyeRes de 4,4 MP(com ampliação 0,8x), autofocorápido em full-frame (objetivasSL) e também, garante a Leica, “amelhor qualidade de imagem dasua classe”, com todas asobjetivas Leica suportadas (ouseja, SL, S, R, M e T).

    aseada naobjetivaanalógica smc

    Pentax-FA64535mm F3.5A, a novaobjetiva tem um designótico renovado.

    Os elementos asféricos foramadaptados à era digital, nestemodelo que foi concebido apensar em câmaras de formatomédio digital (e analógicas).Ideal para paisagens e registospróximos, dada sendo a focagemminíma de 0,3m. Se for umentusiasta destes géneros,explore estas características.

    A Sigma acaba de anunciar a

    “primeira objetiva ultra-grande

    angular do mundo” para reflex:

    a 20mm F1.4 da linha Art.

    Com uma lente dupla asférica

    de largo diâmetro de 59 mm, doiselementos de vidro FLD e SLD,

    é indicada para paisagens

    panorâmicas e instantâneos com

    luz fraca, fotografias de interior e

    retratos com efeito “bouquet”, entre

    outros. Disponibilidade a anunciar.

    Outras características da LeicaSL passam pelo processadorMaestro II e pela capacidade degravação de vídeo com resolução4K. Os vídeos podem sergravados em UHD a 30 fps ouCine4K a 24 fps. Em Full HD, acâmara consegue captar vídeo a120 fps.

     A Leica SL está ainda equipadacom sistema deproteção contrapó e salpicos de água, assim comocom um revestimento repelentede água AquaDura. Pesa 1.140gramas. O preço ainda não estádisponível.

    MAISFOTOS

    São várias as novidadesSony em matéria defotografia, mas aquifalamos de duas.Para fotógrafos mais

    exigentes, a marcalançou o modelo Alpha68, concebido parafotos de precisão. Paratal , a camâra estáequipada com osistema 4D Focus, queoferece o maior valortotal já registado de 79pontos AF. A alpha68vem com sensor APS-CExmor de 24 MP,processamento deimagem Bionz X, visorLCD móvel e Tru-FinderOLED. A câmaratambém grava vídeo a50 Mbps no formato

    XAVC S.Para uma utilizaçãomais versátil, a Sonyanunciou também acompacta topo degama RX1R II, comsensor de imagemfull-frameretroiluminado de 42,4MP, lente Zeiss sonnarT de 35 mm F2, AF dealta velocidade, visorretrátil XGA OLED eaquele que garante sero “primeiro filto óticopassa-baixo variável domundo” com

    bracketing do filtropassa-baixo.A full-frame RX1R II jáestá disponível nomercado, com umpreço aproximado de€ 3.500.www.sony.pt

    A Son tem

    novddes...

    A

    B

    Este é o carregador Hama Delta

    LCD Premium e é mais que um

    simples carregador de pilhas.

     Para além de incluir um visor LCD,

    onde o progresso de carga

    e monitorização de cada pilha pode

    ser acompanhado, o carregador

    deteta pilhas danificadas que já nãopodem ser usadas. Também deteta

    automaticamente o nível de carga

    mais adequado e eficiente, tendo

    em conta a capacidade de cada

    pilha. Isto porque é possível o

    carregamento simultâneo de pilhas

    de diferentes capacidades e de

    tamanhos diferentes (AA ou AAA).

    Outras características: sistema

    de corte de energia para evitar

    sobrecargas nocivas e aquecimento

    excessivo, interrupção após

    carregamento total e deteção de

    erros. O carregador Delta LCD

    Premium já está disponível no

    mercado nacional e custa €29. 

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    9/116

    REVISTAS NATIONAL

    GEOGRAPHIC

    MAIS CIÊNCIA,

    O RIGOR DE SEMPRE

    COLECÇÃO“CIÊNCIA”

    COLECÇÃO“HISTÓRIA”

    NATIONAL GEOGRAPHICMAGAZINE

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    10/116

    10 O M UN DO DA F OT O GRA F IA FEVEREIRO 2016

    O B S ER V A T Ó R I O

    Memória Descritiva

    “Nascemos num tempo de inocência. Crescemos e aprendemos a ver o mundo em detalhe e cor ondecada dia é guiado pela magia da descoberta. Algo novo, uma aventura a viver. Pelos olhos da criançavemos a borboleta no frasco, a curiosidade que desperta os sentidos e não percebe como cruel a privaçãoda liberdade a algo tão belo. É muito mais importante observar, e o tempo aqui nem importa medir.”

    Biografia

    Psicóloga de formação, desde cedo revelou gosto pela fotografia. A fotografia começa por servir paradocumentar vivências nos bairros problemáticos de Lisboa e Setúbal, onde trabalha como voluntária.Rapidamente este gosto se transforma em paixão passando a concentra-se noutras áreas como afotografia fine art, nu artístico e desporto.

    Conheç os vencedores deste concurso ornzdo pe Fundço AFID Dferenç.

    PRÉMIO FUNDAÇÃO

    AFID - 2015 FOTOGRAFIA

    TEMPO DEINOCÊNCIA “Apesar do conceito

    de ‘Tempo’ ter sido

    uma criação do

    homem, isso não lhe

    retira o impacto que

    tem nas nossas vidas.”

    VENCEDOR - MARIA ISABEL DA SILVA

    PRÉMIO FUNDAÇÃO AFID - 2015 FOTOGRAFIA

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    O B S ER V A T Ó R I O

    MENÇÃO HONROSA 1 - BEATRIZ FERNANDES

    Memória Descritiva

    “Este projeto surgiu de uma pesquisa em álbuns de família pessoais e anónimos. É uma série de

    fotografias recuperadas e manipuladas através de um processo químico chamado de cianotipia.Aqui, há um trabalho presente sob um trabalho passado. Há uma reflexão em diferido que sedemonstra numa pesquisa atual em antigos álbuns de família. Em Engrama, o tempo é pesado.O tempo é duro. A cianotipia carrega com ela o testemunho que a fotografia transporta.”-

    Biografia

    Beatriz Fernandes é uma artista sediada entre Londres e Lisboa. Encontra-se, neste momento,a concluir o Mestrado em Pintura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa. Uma das coisas quemais a fascina é aprender a fazer coisas novas.

    ENGRAMA “Infância #1 /

    Infância #2 /Mensagem #1”

    Fotografia analógica

    manipulada através

    de cianotipia sobre

    papel fax. 30 x 24 cm

    MENÇÃO HONROSA 2 - CARLA ROSADO

    Memória Descritiva

    “As imagens pretendem explorar o significado e a relevância do quenormalmente apelidamos de ‘tempos mortos’ ou ‘tempo de espera’, e qualo contributo dos mesmos para a formação do eu em cada um. Os espaçosabertos entre cada tarefa diária, planeada ou não, podem serenriquecedores no que diz respeito a atividades tidas como secundárias– e por isso relegadas para o plano do não necessário.”

    Biografia

    Nasceu em 1982, no Barreiro. Conclui Bacharelato em Design Multimédia

    na ESAD das Caldas da Rainha e a Licenciatura em Arte e Comunicação naEscola Superior Artística do Porto. Atualmente trabalha como designer efotógrafa na Associação Renovar a Mouraria mantendo alguns projetos.

    ENTRETANTO “Estes são momentos de pausa mas também de desconforto, ansiedade ou simplesmentede meditação marcados invariavelmente por algum sentido de solidão e auto-reflexão.”

    PRÉMIO FUNDAÇÃO AFID - 2015 FOTOGRAFIA

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    12/116

    12 O M UN D O DA F O T O GRA F IA FEVEREIRO 2016

    PORTFÓL IO

    Equipamento iPhone 5 a 4 mmExposição f/2.4 a 1/1.323 seg.; ISO 50“Luís de Camões for a day.”

    Equipamento iPhone 5 Exposição f/0.0 a 1/000 seg.; ISO 000“#SymmetricLisbon - Praça de Touros do Campo Pequeno.”

    NOME:  Huo Susss

    LOCALIZAÇÃO: OersASSUNTO:  Fotorfi no Instrm.

    EQUIPAMENTO:  Phone 5

    SITE:  www.nstrm.com/susss

    “Antes de mais, o

    nome dele é

    Suíssas com dois

    ‘S’ no meio, e não

    com ‘C’ de cedilha.

    É de Portugal e não da Suíça e tem26 anos de idade. Nunca pensouque nos últimos dois anos da vidadele iria fotografar ‘tudo’ o que lheaparecesse à frente. Foisensivelmente há 2 anos quedescobriu o maravilhoso mundoda fotografia ao quadrado – oInstagram. Desde aí que muitasportas se abriram e capta instantesapenas com o seu iPhone. Hámomentos preciosos queacontecem muito rápido, e otelemóvel consegue ter umacapacidade de resposta e qualidademuito acima da média (como a

    pistola de um cowboy ). É umapessoa muito agitada, obsessiva ecom um sistema nervoso poucocomum (admite mesmo que umdos maiores tiques que tem é estarsempre a pressionar o botão defotografar do iPhone, e é o diainteiro nisto). Um dia como outroqualquer diz que acordou e quandosaiu à rua viu Lisboa como se tudofosse simétrico. Criou um projetono verão passado que se chamaSymmetric Lisbon . Suíssas diz quetudo começou um pouco poracaso, e começou a fotografar os

    monumentos de Lisboa emsimetria, criando assim objetossimétricos a flutuar como sefossem etéreos. Para surpresa dele,o projecto começou a ser falado emvários meios de comunicaçãosocial, sites de arte e fotografia,chegando mesmo ao NationalGeographic . O seu perfil deInstagram é o reflexo dos seussentimentos e pensamentosdiários. Traz-lhe muita inspiraçãopara o seu trabalho profissional.Suíssas assume que hoje em diaexistem muitas restrições eaproveita a fotografia comoliberdade de expressão, quasecomo um ‘desabafo visual’.Fotografar faz com que se sintauma pessoa melhor e ainda tornarpossível o impossível, através de

    perspectivas viradas do avesso.Fala ainda das amizades que oInstagram lhe trouxe, um mundocheio de pessoas maravilhosas etalentosas, em que todos os diastrocam comentários e elogios unscom os outros. Foi lá que descobriua sua namorada. Desde o primeirodia que descobriu a magia dafotografia, a sua vontade de viajaraumentou radicalmente. No futuro,Suíssas espera que o mundo nãoacabe em breve para poder viajarmuito – nem que seja só na suacabeça.    ©

         H   u   g   o    S   u    í   s   s   a   s    (    T   o    d   a   s   a   s    f   o    t   o   g   r   a    fi   a   s    )

    H u go Suíssa s  faz subir a parada no que tocaàs ideias criativas. Sinta-lhe a audáciae a irreverência.

    ORIGINAL,

    DO NOMEÀS FOTOS

    NACIONAL - HUGO SUÍSSAS

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    13/116

    Equipamento iPhone 5 a 4 mmExposição f/2.4 a 1/1.869 seg.; ISO 50“Superman.”

    Equipamento iPhone 5 a 4 mmExposição f/2.4 a 1/2.358 seg.; ISO 50“Beach ghost.”

    Equipamento iPhone 5s a 4 mm Exposição f/2.2 a 1/3.165“I am a sushi lover.”

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    14/116

    P O R T F Ó L I O

        ©

        S    t   e   v   e    B   e    l   a   s   c   o    (    T   o    d   a   s   a   s    i   m   a   g   e   n   s    )

    Um antigo fotojornalista está a captar a Costa Jurássica a partir de um novo ângulo – do mar. Maravilhe-se com este portfólio.

    PERSPETIVAS INOVADORAS

    INTERNACIONAL - STEVE BELASCO

    14 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    NOME:  Steve Besco

    LOCALIZAÇÃO  Dorset, Interr

    ASSUNTO:  Vsts d cost fotorfds do mr

    EQUIPAMENTO: Nkon D800 com obetvs Nkon 18-35 mmf/3.5-4.5 G, 35-70 mm f/2.8 D e 80-200 mmf/2.8 D ED

    SITE:  www.ursscphotorphc.com

    SE acha difícil

    captar imagens

    nítidas em terra

    firme, imagine

    como é fotografar

    a partir de um convés de um

    barco em constante oscilação.

    Mas manter a câmara firme é só

    metade da batalha, como explica

    Steve Belasco.

    Este criativo passou quase 20

    anos a trabalhar como

    fotojornalista provincial, mas

    decidiu dar um passo “lateral”.

    Agora trabalha a tempo inteiro

    como subeditor em South Dorset.

    “Contudo, a fotografia está-me no

    sangue”, admite. “A minha

    cara-metade sugeriu que devia

    combiná-la com a minha paixão

    por passeios de barco, por isso

    decidi passar o máximo possível do

    meu tempo livre a documentar aCosta Jurássica a partir do mar.

    Cinco anos depois, tenho mais de

    três mil imagens no meu site, todas

    tiradas do meu barco a motor.

    Como seria de esperar, fotografar

    sozinho num pequeno barco

    constitui vários desafios –

    primeiro, não me afogar! Muitas

    vezes olhei em volta depois de ver

    através da ocular e dei por mim à

    deriva bem perto de rochas. E mais

    do que uma vez levei o Strange

    Weather de volta ao ancoradouro

    bem depois do anoitecer, após

    usufruir de um pôr do sol durante

    demasiado tempo. E há bancos de

    nevoeiro... Mas a segurança vem

    sempre em primeiro lugar.”

    Verdade seja dita, fotografar de

    uma plataforma em movimento

    também traz os seus próprios

    desafios técnicos. “Os barcos

    movem-se em todas as vertentes

    – abanam, guinam e oscilam – e

    os barcos pequenos ainda mais.

    O estabilizador de imagem da

    objetiva não se safa, por isso a

    velocidade de obturação é tudo,

    e isso significa que costumo

    fotografar com abertura ampla.

    Isto testa a qualidade da objetiva

    e muitas vez significa aumentar

    o ISO mais do que desejaria. E a

    água do mar é um desafio sem

    fim; deito os meus filtros de

    proteção fora pelo menos uma

    vez por ano…”Mas Steve não o faria de outra

    forma. “As recompensas são

    numerosas”, partilha. “Veja só a

    vida selvagem – golfinhos a

    brincar em torno do barco ou um

    bando de negrelas a passar

    disparado; e dar por mim no sítio

    certo à hora certa, como captar

    inesperadamente corredores

    costeiros numa fria manhã de de

    dezembro, transformando

    momentaneamente uma

    paisagem razoável em algo

    surpreendente.”

    Equipamento Nikon D800 com objetiva 80-200 mm f/2.8 a 80 mm Exposição 1/1.000 seg. a f/4, ISO 900A sombra de Durdle Door fica pronunciada quando iluminada por um sol deinverno baixo.

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    15/116

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 15

    Equipamento Nikon D600 com objetiva 80-200 mm

    f/2.8 a 135 mm Exposição f/8 1/1.000 seg., ISO 200

    Em Old Harry Rocks, perto de Swanage, numa fresca

    manhã de outubro. Bournemouth está ao longe.

    Equipamento Nikon D800 com objetiva 80-200 mm f/2.8 a 200 mmExposição f/2.8 a 1/2.000 seg., ISO 800Uma fila de corredores em Purbeck captados ao início de uma manhã fria de dezembro.

    Equipamento Nikon D800 com objetiva 80-200 mm f/2.8 a 200 mm Exposição f/4.5 a 1/1.250 seg., ISO 200Weymouth oferece um banquete visual do mar, num festival de papagaios de papel.

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    16/116

    Demore o olhar nos melhores registos fotográcosenviados pelos leitores da OMF e encontreinspiração para dar asas à sua veia mais criativa.

    OLHARES FEVEREIRO

    www.metz-mecatech.de/es

    www.cactus-image.com

    PARTICIPE TAMBÉME GANHE PRÉMIOS!

     

    OLHARESL E I T O R E S

    OLHARESL E I T O R E S

    16 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    MENSALMENTE, os leitores da revistaO Mundo da Fotografia são contempladoscom apelativos prémios em resposta aos

    desafios que lançamos em cada edição.No passatempo Olhares deste mês, o leitorManuel Rodrigues foi eleito o 1º classificadoe receberá um disparador remoto Cactus V5(€ 41,99). Já o leitor Ricardo Mateus, 2ºclassificado, será premiado com um flashMetz Led 72 (€ 29,90). Ambos os prémiossão oferta Rodolfo Biber S.A.

    1

    Envie as suas fotos para ‘[email protected]’.

    Regras de participação no CD que encontra na pág. 114.

    MANUEL RODRIGUES 

    WHITE SILENCE

    “Longa exposição efetuada com recurso a um filtro Big Stopper LEE .”

    EquipamentoCanon EOS 6D a 17 mm

    Abertura f/11 Exposição 91 seg.

    Sensibilidade ISO 100

    1

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

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  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    18/116

    18 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    OLHARESL E I T O R E S

    3

    4

    2

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    OLHARESL E I T O R E S

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 19

    2

    RICARDO MATEUS 

    ONCE UPON A TIMEIN LISBON

    EquipamentoCanon EOS 1100D a

    40 mm Abertura f/8 Exposição

    1/200 seg. Sensibilidade ISO 000

    3

    BRUNO CHAVARRIA1 

    SEM TÍTULO

    EquipamentoNikon D3300 a 50 mm

    Abertura f/2.8 Exposição 1/100

    seg. Sensibilidade ISO 000

    4

    JOÃO SALES 

    PORTA AZUL“Fotografia obtida

    nas arcadas do Cabo Espichel.”

    EquipamentoCanon EOS 450D a

    mmAbertura f/11 Exposição 1/100

    seg. Sensibilidade ISO 200

    5

    CARLOS SILVA 

    FORA DE MODA

    EquipamentoNikon D5000 a 40 mm

    Abertura f/8 Exposição 1/250 seg.

    Sensibilidade ISO 100

    5

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    20/116

    OLHARESL E I T O R E S

    20 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    6

    8

    6

    ANTÓNIO COELHO 

    I LOVE BOKEH

    EquipamentoNikon D7100 a 50

    mmAbertura f/2.8 Exposição

    1/350 seg. Sensibilidade ISO 100

    7

    BRUNO SEABRA 

    THE LIGHT“Uma manhã muito húmida, muito

    pesada, com muito pouca luz, que,

    por vezes, apanhamos nesta ilha

    linda de São Miguel (Lagoa do

    Canário, São Miguel, Açores).”

    EquipamentoCanon EOS 5D

    Markl III a 24 mm Abertura f/2.8

    Exposição 1/125 seg.

    Sensibilidade ISO 1250

    8

    RICARDO CAMACHO 

    SEM TÍTULO

    EquipamentoCanon EOS 7D a 100

    mmAbertura f/4Exposição

    1/320 seg. Sensibilidade ISO 800

    9

    MANUEL ALMEIDA 

    CROCOTHEMISERYTHRAEA, MACHO

    EquipamentoCanon EOS 7D a

    300 mm Abertura f/5.6

    Exposição 1/160 seg.

    Sensibilidade ISO 100

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    21/116

    OLHARESL E I T O R E S

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 21

    7

    9

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    OLHARESL E I T O R E S

    22 O M U N D O D A F O T O G R A F I A FEVEREIRO 2016

    1110

    12

    10

    JORGE ROSA

    ADRAGA AO NASCER DO SOL“Praia da Adraga.”

    EquipamentoNikon D610 a 24 mm

    Abertura f/9.5 Exposição 30 seg.

    Sensibilidade ISO 100

    11

    JOÃO COUTINHO 

    ABRAÇAR O MAR

    EquipamentoNikon D90 a 26 mm

    Abertura f/8 Exposição 1/400 seg.

    Sensibilidade ISO 200

    13

    12

    JOSÉ MELIM

    CORES DA NATUREZA“Praia de Canide, Gaia, num fim de tarde.”

    EquipamentoPentax K20D a 23 mm

    Abertura f/8 Exposição 1/45 seg.

    Sensibilidade ISO 400

    13

    NELSON FAVAS 

    A INCANSÁVEL ALBURRICA“Um dia talvez me canse; até lá deixo que a luz de

    Alburrica me encha de cor e sensações insubstituíveis!”

    EquipamentoCanon EOS 600D a 10 mm Abertura f/11

    Exposição 1/10 seg. Sensibilidade ISO 100

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

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    OLHARESL E I T O R E S

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 23

    PARTICIPE, ENVIE-NOS AS SUAS FOTOGRAFIAS!

    www.metz-mecatech.de/es

    www.cactus-image.com

    Participe no passatempo

    Olhares da edição

    de abril da OMF!

    Utilize o e-mail

    [email protected]’ e siga

    as regras de participação

    que encontra no CD.

    Habilite-se a ganharum disparador remoto

    Cactus V5 (€ 41,99)

    e um flash Metz Led

    72 (€ 29,90), ofertasCactus e Metz, marcas

    distribuidas em Portugal

    pela Rodolfo Biber S.A.

    Serão premiados

    o 1º e 2º classificadosdeste passatempo.

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

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  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    25/116

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 25

    Z O O M I NDOMINE A SUA CÂMARA EM POUCAS HORAS

    MA das coisas mais atraentesda fotografia é o facto de serum hobby tão fácil de iniciar. Contudo, oferece uma profundidade

    incalculável àqueles que a procuram.Qualquer pessoa pode captar uma imagem, equase toda a gente que conhece tem uma

    câmara no bolso. Mas basta um pouco deconhecimento extra para separar overdadeiro entusiasta do fotógrafo ocasional.

    O curso intensivo que temos preparadopara si ao longa das próximas páginas foca-senos aspetos fundamentais da fotografia quemais importam. Atire-se!

    U

    OS CONTEÚDOS DO SEU CURSO INTENS IVO

      G   B   8

      1   3   3  x

      S  p  e  e  d

      6

     Domine os aspetos fundamentais da fotograa em poucas horas com o nosso guia.

    TEXTO: JAMES PATERSON / ILUSTRAÇÕES: ANDY McLAUGHLIN 

    C U R S OF O T O G R Á F I C O

    I N T E N S I V O

    1

    ANATOMIA DACÂMARA

    Pág. 26

    2  

    TUDO SOBREEXPOSIÇÃO

    Pág. 28

    3

    COMPOSIÇÃODA FOTO

    Pág. 32

    4

    FOCAGEM EMDETALHE

    Pág. 30

    5  

    EQUIPAMENTOESSENCIAL

    Pág. 33

    6  

    PROCESSODIGITAL

    Pág. 34

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    26/116

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    27/116

     P   A  S       

    M   A   U   T   O

            U        1

        U    2

    10 20

    3 5

    50 35 24

    1  

    PONTOS DE FOCOUma grelha de pontos de focovisível na ocular e no ecrã Live

    View. Quando ativado, oautofoco vai fixar-se ao pontoselecionado na grelha – porisso desloque o ponto paracima do assunto para uma

    focagem precisa.

    3  

    LIVE VIEWO Live View oferece uma

    visualização da cena no LCD,exatamente como surgiria naocular. É especialmente útil

    quando está a usar um tripé:dá-lhe tempo para estudar a

    composição e pode fazer zoomsobre o assunto com os botões

    de zoom para verificar se afocagem está precisa.

    5  

    MODOS DE MEDIÇÃOO medidor da câmara faz uma

    leitura da cena para determinara quantidade certa de luz. Osdiferentes modos de medição

    leem diferentes partes doframe . Por exemplo, a mediçãoponderada ao centro dirige-se à

    área central, ao passo que apontual lê a partir de um único

    ponto estreito.

    2  

    OCULARA ocular é uma das maioresrazões para escolher uma

    reflex: em vez de umarepresentação digital da cena

    – que é o que obtém na maioriadas câmaras –, ela permite que

    veja exatamente o que aobjetiva vê, através de um

    sistema de espelhos e prismas.Também exibe definições

    essenciais da câmara.

    2  

    EQUILÍBRIO DE BRANCOSA luz do dia e a artificial variam entre

    matizes amarelos quentes e azuisfrios. Os nossos olhos adaptam-se às

    mudanças de cor, mas as câmarasnão. O equilíbrio de brancos garanteque um objeto que parece branco aoolhar é captado assim pela câmara.

    3  

    QUALIDADEPode optar entre dois formatos de

    ficheiro para as suas imagens: JPEGou Raw. Os JPEG são mais

    convenientes, ao passo que os Rawexigem um passo extra no

    computador para processar cadaimagem e são mais completos.

    4  

    CURSOR DE NAVEGAÇÃOO cursor de navegação é o ponto de controlo

    principal para percorrer os menus, reverimagens e ajustar o ponto de foco. Muitos têm

    um interruptor de bloqueio para evitar que façaalterações acidentais enquanto a câmara está

    ao nível do olhar.

    1  

    CURSORES DE MODOS

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 27

    Z O O M I NDOMINE A SUA CÂMARA EM POUCAS HORAS

    THE TOP

    A TRASE IRA

    O TOPO

    Modo Prioridade à Abertura: Você

    define a abertura, a câmara escolhe avelocidade de obturação. Ideal paracontrolar a profundidade de campo.

    Modo Prioridade ao Obturador: Você escolhe a velocidade, acâmara define a abertura. Perfeito

    para definir uma exposição curta ou longa.

    Modo Program: A câmara define avelocidade de obturação e a abertura,mas pode alterar o equilíbrio entre

    elas, e controlar outras definições.

    Modo Manual: Dá-lhe controlo totalsobre a abertura e a velocidade deobturação. É ideal para condições

    de luz difíceis em que a medição pode vacilar.

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    28/116

    TUDO SOBRE EXP OS IÇÃO

    Controle as três variáveis que compõem uma exposição.

    28 O M UN D O DA F OT OG RA F IA FEVEREIRO 2016

       S   E   N   S   I   B   I   L   I   D   A   D   E 

        À 

       L   U

       Z

         A     L     T     A

         B     A     I     X     A

       R   U    Í   D   O

         M

         A     I     S

         M     E     N

         O     S

    UM SENSOR é sensível à luz que oatinge. Podemos ajustar a sensibilidadeISO para que o sensor requeira mais ou

    menos luz para captar uma imagemcorretamente exposta. Sob luz maisfraca, aumentar o ISO fará com quemenos luz seja necessária para uma

    exposição correta. Mas a sensibilidadeaumentada tem um preço: o “ruído” visual, que deteriora a qualidade deimagem. A uma sensibilidade mais

     baixa como ISO 100, o sensor requermais luz mas produz uma imagem de

    qualidade mais elevada. No geral, use oISO mais baixo possível, mas não sepreocupe ao aumentá-lo até 1.600 ou

    mais se os níveis de luz o exigirem.

    ISOControla a sensibilidade à luz.

    QUANDO focamos um ponto numacena, haverá uma área à frente e

    atrás do ponto que também aparecenítida. Isso é a profundidade de campo.

    Pode ser expandida e reduzida pelaabertura, um orifício ajustável numa

    objetiva que canaliza a luz para o sensor.

    Uma abertura ampla deixa entrar mais luze produz um plano de foco limitado (útil

    para desfocar planos de fundo ou dispararsob pouca luz). Uma abertura estreita

    restringe a luz e regista uma extensão denitidez maior. Os tamanhos de aberturasão referidos como f-numbers, como f/8.

    A B ER T U R AAltera o tamanho do orifício da objetiva para deixar passar mais ou menos luz.

    UMA exposição tem de durar umcerto período de tempo; isso é

    defnido pela velocidade deobturação. O obturador é uma cortinaque está à frente do sensor e abre-se peladuração desejada para deixar passar luz.

    Juntamente com a abertura, a velocidade

    de obturação permite controlar quantaluz entra na câmara. Escolher uma

     velocidade tornar-se mais importantequando há movimento na cena: deve usaruma velocidade alta para congelar a ação,

    ou uma mais baixa (e geralmente um

    tripé) para desfocar intencionalmente.

    V ELO C I D A D E D E O B T U R A ÇÃ ODetermina o período de tempo que o sensor está exposto à luz.

    C U R S OFOTOGR ÁF ICO

    I N T E N S I V O

    50

    100

    200

    400

    800

    1.600

    3.200

    6.400

    f/1.4 f/2.0 f/2.8 f/4.0 f/8 f/16 f/22

    P ROFU NDIDA DE DE CA M P O   F UNDARASA

    MAIS LUZ / PLANO DE FUNDO DESFOCADO MENOS LUZ / PLANO DE FUNDO NÍTIDO

    1    /    1    , 0   

    0   0    

    1    /    5   0   0    

    1    /    2   5   0   

    1    /    1   2   

    5   

    1    /    6   0   

    1    /    3   0   

    1    /    1   5   

    1    /    8   

    1    /    4   1    /    

    2   

    1    s  e       

    2     s  

    e       

    4    s  

    e       

    8    s  

    e       . 

    1   5    s  

    e       

    3   0    s  

    e       

    B   U   L  B   

    MENOS LUZMANUAL OKMOVIMENTO DESFOCADOMAIS LUZ TRIPÉ RECOMENDADO

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    29/116

    1

    UMA FOTO COM BAIXO CONTRASTEO histograma exibe píxeis escuros à esquerda,claros à direita. Aqui sem píxeis em nenhuma

    das extremidades da gama de tons,a fotografia carece de sombras escuras ou

    altas luzes mais claras.

    2

    PREDOMINANTEMENTE ESCURA(LOW-KEY)

    Um grande pico à esquerda do gráfico indicamuitos tons escuros. Se o gráfico intersetar o

    lado esquerdo antes de voltar ao fundo, significauma perda de detalhe nas sombras indesejável.

    3  

    PREDOMINANTEMENTECLARA(HIGH-KEY)

    Um gráfico inclinado para a direita indica umaimagem dominada por tons claros. Se o pico tocarna aresta direita, as altas luzes estão “rebentadas”para branco puro, resultando em sobre-exposição.

    Z O O M I NDOMINE A SUA CÂMARA EM POUCAS HORAS

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 29

    COMO FUNCIONA...IMAGINE que a abertura, a velocidade deobturação e o ISO são três lados de umtriângulo. Se alterarmos um elemento, temosde compensar ajustando pelo menos um dosoutros dois. Por exemplo, uma aberturaampla e uma velocidade de obturaçãocurta podem produzir a mesmaexposição que uma abertura estreitacom uma velocidade mais longa, masas imagens resultantes serãodiferentes.

    Alargar a abertura permite apassagem de mais luz, por isso

    compensamos com umavelocidade curta para manter ofluxo de luz breve, ou um ISObaixo para tornar o sensormenos sensível à luz que oatinge.

    Quanto mais tempo oobturador estiver aberto, mais luzpassa. Portanto, para evitar asobre-exposição, compensamosestreitando a abertura para conter ofluxo de luz, ou reduzindo o ISO paratornar o sensor sensor menos sensível.

    Uma abertura estreita restringe ofluxo de luz e produz imagens com maiorprofundidade de campo, o que é desejável

    para paisagens. Deixar passar menos luz fazcom que tenha de usar velocidades mais longasou aumentar o ISO, é por isso que os fotógrafosde paisagem usam tripés para manter a câmarao mais firme possível.

    O TR IÂNGULO DA EXPOSIÇÃO

    1     0     0     

    1     6     0     0     

    OTRIÂNGULO

    DAEX P OS I Ç ÃO

         V     E     L    O    C     I     D

        A     D     E

          D     E

         O     B     T     U     R    A    Ç      Ã    O

    I    S    

    O    

    A B E R T U R A

         R     Á     P     I     D

        A     ( 

         M     E     N

        O    S

          E     X     P    O    S     I    Ç 

         Ã    O     )

         M     E     N

        O    S

         (      M

        A     I    S

          E     X     P    O    S     I    Ç      Ã    O     ) B     

    A    I     X     O     (     M     

    E     N     O    S     E     X     P     O    S    I      Ç    Ã     O     )    

    A    L    T     O    

     (     M     A    I     S     E     X     P     O    S    I      Ç    Ã     O     )    

    AMPLA (MAIS EXPOSIÇÃO) ESTREITA (MENOS EXPOSIÇÃO)

    E X P O S I Ç Ã O S E G U N D O O H I S T O G R A M AA função Histograma numa câmara pode dizer-nos muito sobre uma imagem...

    A abertura, a velocidade de obturação e o ISO trabalham juntos em perfeita harmonia para produzira quantidade certa de exposição, mas o equilíbrio pode ser alterado para satisfazer as nossas necessidades...

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    30/116

    DISTÂNC IAS FO CAIS E P ONTOS D E V ISTA

     A sua escolha de objetiva e ângulo de visão afeta a composição.

    30 O M UN D O DA F OT OG RA F IA FEVEREIRO 2016

    C U R S OFOTOGR ÁF ICO

    I N T E N S I V O

    O ângulo de visão daobjetiva é defnidopela distância focal. Asgrande-angular têm umadistância focal de 24 mmou inferior, e permitemincluir mais da cena no

     frame, por isso são úteis

    para fotografar paisagense arquitetura. Mas asgrande-angular tambémexageram a perspetiva ecriam distorção, o que

    pode ser pouco lisonjeirose estiver a fotografarclose-ups de pessoas.

    UMA teleobjetiva(distância focal acimade 85 mm) oferece um

    ângulo de visãoapertado. Isto permite

    fazer zoom sobre detalhes

    distantes ou focar a

    atenção numa pequenaparte da cena. Os fundos

    também cam desfocadosdevido ao ângulo mais

    apertado. Geralmente, asobjetivas mais longas são

    melhores para retratos.

    OBJET I VA ZOOM OU F IX A?

    AS OBJETIVAS podem ser divididas emzooms e fxas. As zooms oferecem uma série dedistâncias focais, como 18-55 mm ou 24-200 mm.

     A xas oferecem uma única distância, como 50mm ou 85 mm (favorita dos fotógrafos de retratos).

    O que falta às xas em versatilidade, compensamcom maior nitidez e aberturas mais amplas. Asaberturas muito amplas permitem fotografar sobluz mais fraca e dar uma profundidade de campomínima, originando um bonito desfoco do fundo.

    Â NGU LO A M P LOObjetivas curtas incluem mais da cena no frame .

    T E L E O B J E T I V AObjetivas longas aproximam assuntos distantes.

    1 metro

    DISTÂNCIA

    DISTÂNCIA10 metros

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    31/116

     

    1

    FATOR DE CONVERSÃOAs reflex digitais ou têm um sensorfull-frame  – assim chamado porqueiguala o tamanho de um película de35 mm – ou um sensor de formato

    APS-C, que é ligeiramente maispequeno (36 x 24 mm vs. 23,6 x

    15,7 mm). As reflex APS-C tambémsão conhecidas por câmaras

    crop-sensor . Isto deve-se ao factodo sensor APS-C captar apenas aparte central do frame  vista pelaobjetiva, exatamente como se aimagem full-frame  tivesse sido

    recortada depois. Em termos daquantidade recortada, varialigeiramente entre modelos;

    os sensores APS-C Nikon fazemzoom até 1.5x em comparação com

    full-frame , enquanto os Canonfazem zoom até 1.6x.

    2

    PONTOS DE VISTAVARIÁVEIS

    Os números da distância focalpodem ser confusos, sobretudo

    quando toma o tamanho do sensorem consideração. Coloque uma

    objetiva de 50 mm numa câmarafull-frame  e o ângulo de visão será

    uma vista 50 mm tradicional – umaextensão de cerca de 40 graus. Mas

    coloque a mesma objetiva 50 mm

    numa reflex digital com um sensorAPS-C e o ângulo de visão vaiapertar para cerca de 26 graus,

    comparável a uma distância focalde 75 mm num corpo full-frame .

    3

    TERMINOLOGIA FULL-FRAME (NIKON E CANON)A gama de câmaras e objetivas

    full-frame  da Nikon chama-se FX,e a gama de sensor APS-C

    chama-se DX. As objetivas FXpodem ser usadas em corpos DX,

    mas as objetivas DX não devem serusadas em corpos full-frame  devido

    à vinhetagem. As objetivas desensor APS-C da Canon são

    conhecidas por EF-S e as full-frame  por EF, e aplicam-se os mesmos

    princípios. Na verdade,as objetivas EF-S nem sequer

    podem ser montadas emcorpos full-frame  EF.

    4

    SENSORES E PROFUNDIDADEDE CAMPO

    Quanto maior for o tamanho dosensor, menor será a profundidade.

    É por isso que as câmaras comsensores pequenos, como os

    smartphones, têm dificuldade emproduzir uma profundidade baixa e

    têm um desempenho mais fraco sobpouca luz. E também é por isso queas câmaras 5 x 4 de grande formato

    precisam de aberturas quediafragmam até f/64 para nitidezdesde a frente até à parte de trás.

    Z O O M I NDOMINE A SUA CÂMARA EM POUCAS HORAS

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 31

    AO comprar uma reex, a grandequestão é: sensor f u l l -f r a m e  ou

     APS-C? Os prossionais preferem full-frame: melhor desempenho sob poucaluz, mais amplitude dinâmica; e reproduçãoprecisa das distâncias focais tradicionais –

    por isso uma objetiva 50 mm funciona comonuma câmara de película. Mas as câmaras

     full-frame são mais caras. Os sensores APS-C são melhores para principiantes. As câmaras APS-C podem ser usadas comobjetivas feitas para ambos os tamanhos.

    APS-C VS . FULL-FRAME

    300mm

    100mm

    24mm

    14mm

    50mm

          F    u      l      l       F    r

        a    m    e       7    4

         °

            A         P        S

        -        C          5

            2         °

        A     P    S

      -    C     8    0     °

       F  u   l   l    F  r

      a  m  e    1

       0  4   °

                                                                                                              A                                                                                                          P                                                                                                           S                                                  -                                                                                                           C 

                                                                                                             4                  .                                                                                                            5 

                                                                                                                °

                                         A                                      P                                     S

                      -                                     C

                                          1                                     3                                      °

                     A                  P                 S

             -                 C 

                     2                 6                  °

                               F                    u

                               l                           l                            F

                        r                   a                    m

                       e 

                               2                           0                           °

               F        u           l           l

                F        r        a

            m       e

               4           0           °

                                                                                                                                                                    F                                                                                                                    u

                                                                                                                                                                    l                                                                                                                                                                 l                                                                                                                                                                  F

                                                                                                                        r                                                                                                                    a                                                                                                                   m

                                                                                                                        e  

                                                                                                                                                                    7                                                                                                                                                                  °

     P   A  S      

    M      A      U      T      O

                   U               1

        U    2

    ESCOLHER UM TAMANHO DE SENSORDeve procurar um sensor full-frame  ou APS-C na sua próxima câmara?

    FULL-FRAME

    APS-C

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    32/116

    32 O M UN D O DA F OT O GRA F IA FEVEREIRO 2016

    COMPOSIÇÃO

    Organizar os elementos de uma cena numa composiçãoharmoniosa é fácil quando se sabe como fazê-lo…

    É uma técnica clássicaque funciona bem

    quando a cena tem umúnico assunto defnível.Coloque o assunto numa das

    terceiras linhas. Visualmente,é mais interessante que

    atirá-lo para o centro do frame. Para paisagens, ponhao horizonte num terço. Como

    todas as regras de composição,não tenha medo de quebrá-la

    se isso criar algo maisinteressante.

    RETAS ou curvas, vaiencontrar linhas em todo

    o lado: estradas, rios,cercas, paredes, árvores,céus…O olhar do espetador vai ser atraído naturalmente

    pelas linhas, por isso

    posicione o assunto de formaa que as linhas se dirijam a ele.

    Nos retratos isto é fácil, poispodemos pedir a uma pessoa

    para se deslocar. Naspaisagens, contudo, tem de se

    reposicionar a si mesmo.

    PROCURE formas derodear o assunto de

    enquadramentos naturalna cena. Isto ajuda a atrair oolhar. O exemplo mais óbvio éuma porta ou janela, mas seolharmos em volta vamos

    encontrar muito mais coisasque podemos usar, como os

    ramos de uma árvore ou até aforma de uma nuvem. E o

    enquadramento não tem deestar entre nós e o assunto:

    pode estar por trás dele.

    ESTE truque visual éusado muitas vezes porfotógrafos de paisagem.Enquadrar uma cena para

    incluir detalhes no primeiroplano ajuda a adicionar

    interesse e atrai o olhar para

    os detalhes mais distantes.Margens de rios musgosas,

    aglomerados de ores e rochastexturizadas funcionam bem.É uma técnica útil, mas não

    abuse – um calhau arbitrárioem todas as paisagens é chato!

    A REGRA DOS TERÇOSDivida a cena a cena em três. O centro é relevante!

    L INHAS OR IENTADORASProcure linhas que apontam para o assunto.

    ENQ U A D R A M ENT O SProcure enquadramentos naturais dentro do frame .

    INTERESSE NO PRIMEIRO PLANOAs paisagens podem beneficiar de detalhes à frente.

    C U R S OFOTOGR ÁF ICO

    I N T E N S I V O

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    33/116

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 33

    8

    CARTÕES DE MEMÓRIAOs cartões de memória são

    baratos, por isso arranje um parde cartões de 16 GB de reserva

    para garantir que nunca ficacom falta de memória. Se

    planeia fazer disparos contínuosde alta velocidade, procure

    cartões com uma velocidade degravação de 30 MBps.

    6  

    MOCHILA

    Uma boa mochila durará anos.Alguns preferem malas atiracolo, outros gostam de

    mochilas. Pense sobre quantasobjetivas quer transportar e sehá um fecho para o seu tripé.

    7

    OBJETIVAS EXTRAUma das maiores vantagens de

    possuir uma reflex é o sistema deobjetiva intermutável, por issoaumente gradualmente a sua

    coleção de objetivas extra. Umaobjetiva de qualidade é tãoimportante como o corpo.

    EQU IPAMENTO ESSENC IAL

     Aqui está aquilo de que qualquer fotógrafo inexperiente precisa...

     

    C o m  p a c t F l a s h ® 

    U D M A 

    6 0 M B /  s 

    G B 1 6 

    C o m  p a c t F l a s h ® 

    U D M 

    6 0 M B /  s 

    G B 1 6 

    C o m  p a c t F l a s h ® 

    U D M A 

    6 0 M B /  s 

    G B 1 6 

    G B 8 

    1 3 3 x S  p e e d 

    G B 8 

    1 3 3 x S  p e e d 

    G B 8 

    1 3 3 x S  p e e d 

    5

    ROUPARoupa quente e impermeávelé obrigatória se quiser fazerlongas sessões fotográficas

    no exterior.

    4

    CÂMARAAlém do sensor e das

    funcionalidades, o tamanho e opeso podem fazer uma grandediferença sobre anos de posse.

    O SEU PR IME IRO K IT

    1

    FLASH EXTERNO

    Além de ser mais potente que oflash incorporado da câmara, umflash externo pode ser articuladopara refletir em paredes ou tetos,ou disparado fora da câmara parailuminar o seu assunto a partir de

    qualquer direção.

    3

    TRIPÉUm tripé robusto é uma das

    primeiras peças de equipamento quequalquer fotógrafo novato deve

    comprar. Poder manter a câmaraimóvel abre a porta a velocidades de

    obturação mais lentas para umamultitude de efeitos fotográficos.

    2

    FILTROSOs filtros montados na objetiva

    oferecem uma variedade de efeitos.Um filtro polarizador intensifica

    cores; um filtro de densidade neutraou ND corta a luz; e um ND em

    gradiente equilibras as paisagens.

    Z O O M I NDOMINE A SUA CÂMARA EM POUCAS HORAS

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    34/116

    PLANO DE TR ABALHO D IG ITAL

     Desde premir o botão de disparo até imprimir o seu registo fotográco.

    34 O M UN D O DA F OT OG RA F IA FEVEREIRO 2016

    C U R S OFOTOGR ÁF ICO

    I N T E N S I V O

    IN ÍC IO

    1

    FOTOGRAFEEM RAW

    Para tirar o melhor partidoda câmara e para ter umarede de segurança para a

    exposição, defina acâmara para fotografarem Raw, ou Raw e JPEG

    ao mesmo tempo.

    2  

    FAÇA O DOWNLOADPARA O SEU PC

    Compre um leitor de cartões dememória para ser mais conveniente

    quando fizer o download. Algunssoftwares podem ser programados para

    detetar cartões e iniciar o download.

    3  

    FAÇA BACKUPOs discos rígidos dos computadores

    são delicados e podem falhar aqualquer altura, por isso guarde

    sempre um backup das suas imagensnum disco rígido externo. É um

    pequeno gasto de tempo e dinheiroextra em troca de paz de espírito.

    4  

    ABRA O LIGHTROOM/ACRVai precisar de software de

    processamento Raw para melhoraras suas imagens – o Lightroom ouo Photoshop são ideais, ou use o

    software Raw que veio com a câmara.

    5  

    ORDENE O CONJUNTOAlguns minutos passados a

    organizar, classificar e atribuirpalavras-chave às suas

    imagens logo no início daedição vai fazer com que seja

    mais fácil encontrar oconjunto mais tarde. Ao longodo tempo pode tirar milhares

    de fotos, por isso sejaorganizado logo desde o início

    o processo.

    6  

    AJUSTE A EXPOSIÇÃOEscolha uma imagem doconjunto para trabalhar eleve-a para o seu editor.

    Comece por alterar aexposição para aclarar ou

    escurecer a imagem.

      G   B   8

      1   3   3  x

      S  p  e  e  d

      6

    RAW PROCESSING

    SOFTWARE

    D E MA  S I  A D  O  C L A R  O 

       D   E   M   A   S   I   A   D   O   E   S   C   U   R   O

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

    35/116

     

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 35

    Z O O M I NDOMINE A SUA CÂMARA EM POUCAS HORAS

    7  

    CORRIJA O EQUILÍBRIODE BRANCOS

    Ajuste as definições do equilíbrio debrancos para corrigir quaisquer

    dominantes de cor. Ao fotografar em

    Raw, não perde qualidade.

    D E MA  S I  A D  O V E R ME L H  O    D

       E   M   A   S   I   A   D   O   A   Z   U   L

    B A I  X  O  C  O N T R A  S T E    A

       L   T   O   C   O   N   T   R   A   S   T   E

     C  O R 

       P   R   E   T   O

      -   E  -   B   R   A   N   C   O

    9  

    PRETO-E-BRANCOOU A CORES?

    Faça experiências com a conversão parapreto-e-branco se achar que a imagempode beneficiar da remoção da cor. Se

    escolher a cores, ajuste a saturação e ocaráter vibrante para reforçar os matizes.

    10  

    CORREÇÃO DA OBJETIVASe for necessário, considere usar

    ferramentas de correção daobjetiva para corrigir problemas,

    como a distorção em barril em

    cenas grande-angulares ou aaberração cromática.

    11  

    GUARDAR COMOO processamento Raw

    é, por natureza, nãodestrutivo, pois a imagem

    original é semprepreservada. Portanto,

    para aplicar as alteraçõesfeitas, guarde numformato de imagemcomum diferente,

    como JPEG ou TIFF.

    12  

    LIVROS, IMPRESSÕESE REDES SOCIAIS

    Demasiadas imagens acabam esquecidas emdiscos rígidos depois de as rever. Sinta orgulhona sua obra de arte e apresente-as ao mundo

    fazendo impressões ou álbuns de fotos, oupartilhando as suas imagens favoritas nas

    redes sociais ou em sites.

    8  

    REFORCE O CONTRASTEE A CLARIDADE

    Tipicamente, os ficheiros Raw parecem umpouco insípidos ao início, uma vez que asfabricantes supõem que vai melhorá-losmanualmente. Reforçar o contraste ou aclaridade vai, muitas vezes, originar uma

    imagem mais incisiva.

    F IM

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    36 O M U N D O D A F O TO G R AF I A FEVEREIRO 2016

    Z O O M O U TPERFIL - ANA MORAIS

    QEm cm The sun setsnd the word twsts

    “Topo do Cmpo Pequeno.

    Instmeet (@frncsco_o

    fetured).”

    UEM DIZ que só é possívelsermos verdadeiramentetalentosos numa prossão, éporque não conhece AnaMorais, 30 anos. Nascida ecriada em Mirandela, ‘Anita

    dos 7 Ofícios’ é uma verdadeira mulher dasartes. O seu tempo divide-se entre a artefotográca e a escrita; no coração traz a

     vontade de fazer parar no tempo os instantesarrebatadores e na alma a necessidade decontar histórias que só o poder das palavrasconsegue tornar vividas e fulgurantes. “Eusou daquelas pessoas que envereda pelas

    artes não sabendo bem porquê. Foi um apelomuito forte; tive de aprender a lidar com ofacto de ‘ser diferente’ nesse aspeto e tive deaprender a compreender-me a mim mesmapara entender que eu pertenço às artes e elasfazem parte de mim, até como instrumentode autoconhecimento. Pensando nisso nodecurso da minha vida social, acho quesempre me fui rodeando do ‘pessoal dasartes’ naturalmente até perceber o porquê.Como já estava em Humanidades quandome comecei a ‘entender’, decidi enveredarpela arte das palavras e, com a minha idapara Berlim em Erasmus, a necessidade de

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    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O TO G R AF I A 37

     Deixe a sua imaginaçãoascender ao céu

    e a criatividade espalhar

    magia pelo mundo.

     Este é o condão desta

     promessa da fotograa

    nacional. Conheça-a!

    ANA MORAIS

    documentar através da fotograa e daescrita instalou-se em mim e foi evoluindo.

     Acreditei que aquele sentimento faziasentido e decidi continuar aquele caminho(o da fotograa)”, partilha.

     Ana saiu de casa aos 18 anos, licenciou-seem Línguas e Literaturas Modernas naUniversidade de Coimbra e entrelaçou-se àFada do Tejo, Lisboa, corria o ano de 2009.Qual andorinha, pousou na capital do país e,desde então, o seu currículo desdobra-se emmil e uma atividades. A tirar o mestrado emDesign e Cultura Visual – Estudos deFotograa no IADE, colabora, em

    simultâneo, com uma miríade depublicações físicas e online: Gerador(revista cultural), P3(suplemento digital do

     jornal Público) e Hero & Creatives (site de viagens). Além disso, é instagramer (temuma conta que procura manter atualizadadiariamente, @anitadosocios) e trabalhacom várias marcas de referência,assumindo o papel de ‘inuencer’ para aLicor Beirão, a INKI, a Happysocks, a G!ORomaria, a Herschel Supply Portugal(Transmission) e a Nixon (Nixon Europe).“Quando vim viver para Lisboa decidicomeçar a investir em formação em técnicas

    de fotograa e estúdio, porque tenho muita vontade em continuar a aprender edesenvolver capacidades desaando-meconstantemente”, realça.

     Apesar do seu encontro com a arte dedesenhar com a luz não ter sido imediato,esse amor eterno que se enlaçou a si e queteima em pulsar desaustinadamente já lheestava destinado a priori. William SomersetMaugham dizia que “cada produção de umartista deve ser uma expressão da aventurada sua alma” e Anita honra esta máximacom a maior das elegâncias. Reconhece, porisso, que a sua formação académica foi >

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    Z O O M O U TPERFIL - ANA MORAIS

    preponderante no momento em quedesejou prossionalizar-se emfotograa. “As Literaturas e Linguísticaspredispuseram-me a um mundointerpretativo e a linguagem fotográcaassumiu um papel complementar. Paraalém do óbvio ‘uma imagem vale por milpalavras’, para mim, dependendo das

    palavras que a acompanham, essaimagem pode adquirir variadíssimossignicados. O facto de as pessoas e dacultura serem o meu principal estímulopara fotografar, as fotograas comhistória são o meu ‘prato predilecto’. Daíter investido em formação em técnicasde fotograa e estúdio para poderexplorar e encontrar a minha área depredileção dentro da fotograa. O meumestrado está a ser, sem dúvida, outraforma de evolução técnica, mas acimade tudo conceptual”.

     Aos 21 anos, adquiriu a sua primeiracompanheira de viagens físicas e

    interiores, uma compacta HP. Estadecisão coincidiu com a sua partidapara Berlim, aquando da realização doseu programa de Erasmus. “Foi nestacidade, onde se respira várias culturasao mesmo tempo e constantemente, quepercebi que a fotograa era algo que memovia, que as artes me eram intrínsecas

    e já não houve retorno. Quando voltei,adquiri uma bridge da Fujilm equando vim viver para Lisboa, commuito sacrifício, consegui comprar aminha primeira Canon EOS 500D, emsegunda mão e com duas objetivas. Hojeem dia ainda tenho esta última e umaCanon EOS 6D full-frame passou a ser oequipamento principal. Escolhi estemodelo por ter Wi-, algo que mepermite conectar ao smartphone”.

    Da sua lista de inspirações visuaisfazem parte trabalhos consagrados aonível da fotograa contemporânea e dofotojornalismo, elevados por nomes

    À esquerd TrueCoors of sprn II

    “Proeto pesso

    – feture Rt

    Cordero”

    À dret, em cm Fceess portrts

    “Proeto pesso

    – Instmeet n TAP.”

    ANA MORAIS

    Fotografia de autor e

    retrato. Instagramer.

    NASCEU em setembrode 1985, em Mirandela.

    SAIU de casa aos 18anos, licenciou-se emLínguas e LiteraturasModernas naUniversidade deCoimbra, na vertentede investigação.

    TEM formação emGestão de Projetos,Técnicas deComunicação eInfluências, assimcomo em Técnicasde Fotografia eEstúdio.

    VIVEU em Berlim e emParis. Mudou-se paraLisboa, em 2009.

    ATUALMENTE estáa fazer um mestrado

    em Design e CulturaVisual – Estudos deFotografia, no IADE.Integra ainda a equipade redaçãoda revista Gerador etrabalha com váriasmarcas na criação deconteúdo e comoinfluencer : LicorBeirão, Gerador, INKI,Happysocks, G!ORomaria, HerschelSupply Portugal para aTransmission e Nixonpara Nixon Europe.

    >

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    PERFIL - ANA MORAISZ O O M O U T

    Em cm, dretTke our tme to

    embrce t“Pr Nxon Europe.” 

    Em bxo, esquerdIrvn Penn meets Wes

    Anderson

    “Msters proect.”

    Em bxo, o centroRetrto

    “Incurso o Brro do

    Aexo, no Porto.”

    Em bxo, dretTmeess drems

    “Pr Nxon Europe.”

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O TO G R AF I A 39

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    40 O M U N D O D A F O TO G R AF I A JANEIRO 2016

    Z O O M O U TPERFIL - ANA MORAIS

    Em cm, esquerd L Lopes

    “Atrz – Fotoer

    pr o bo.” 

    Em cm, o centroAtor prncp

    “Pr Lcor Bero.”

    Em cm, dretFceess port rts

    “Proeto pesso – Instmeet

    n TAP”

    Em bxo Let t emerend be prt of ou wth

    kndness

    “Proeto pesso.”

    À dret Beutfu pcesnd beutfu peope

    “Cmpo Pequeno. Instmeet

    (@boozn fetured).”

  • 8/15/2019 O Mundo Da Fotografia Digital

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    PERFIL - ANA MORAISZ O O M O U T

    como os de Irving Penn, Martin Parr, Walker Evans, Henri Cartier-Bresson,

    Helmut Newton, Robert Adams, AlexPragnet, Annie Leibovitz, RodneySmith, Edgar Martins, Paulo Pimenta eHelena Almeida. Todavia, sublinha quemais importantes do que estas fontes deinspiração históricas e icónicas, são assuas experiências e perceçõessensoriais. “Na minha opinião, tudo oque observamos e vivenciamos sereete consciente ou inconscientementeno que criamos, por isso é que falamosem cultura visual - aculturar a nossa

     visão para dar ao cérebro ideias e novasformas de criar e recriar, aumentandoos nossos horizontes e desaando-nos a

    ultrapassá-los”. Assim sendo, o que aarrebata completamente na fotograa é

    a possibilidade de criarmos narrativas,de deixarmos que o sonho comande a vida e de sorvermos a imensidão domundo que nos rodeia. É só deixar a

     janela aberta para o vento trazer consigoa magia da imaginação. “A visão e oalcance da imaginação de uma criança éincrível e poder agregar isso a umaqualquer realidade pensada, vivida eidealizada como adulto é para mim oSanto Graal da inspiração e um grandedesao para mim. Essencialmente,tento manter uma ideia de narradoromnipresente para cada fotograa o queme leva a viver várias e diferentes >

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O TO G R AF I A 41

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    Z O O M O U TPERFIL - ANA MORAIS

    histórias em cada uma. Viajar em grãosde prata é como eu lhe chamo, e paraisso preciso dos meus protagonistas eatores secundários, que tanto podem serpessoas como objectos. Os retratos,para mim, têm sempre de serinterpretativos, têm de falar sobre a

    personalidade individual do retratado. A fotograa de autor é a minha forma de‘escoar’ os impulsos mais ‘artísticos’(digamos) da minha vontade em criarhistórias com nais em aberto, commuitos ‘se’ e estimular a imaginação dequem vê. A história que eu conto podiasempre ser a tua. Ter optado por estaárea na fotograa foi um processo, nosprimeiros anos tentei ter conhecimentoe experiência no maior número de áreasna fotograa para concluir que, de facto,a minha academia era uma inuênciaforte”, conta. A viagem pelo mundo daliteratura e a sua veia de contadora de

    O SEU PERCURSO...

    “Entre a fotografia e aescrita. No site/blogencontramos textos deautor, entrevistas efoto-reportagens

    essencialmente culturais ehumanas. Com experiênciatambém em organizaçãode eventos, liderança deequipas e relações públicasatualmente intitula-sefotógrafa de pessoas emomentos, bem comodesigner de comunicação.É fotógrafa e cronistafreelancer com trabalhospublicados na revistacultural Gerador , P3  (suplemento online do jornalPúblico ) e no Hero &Creatives (site de Viagens).

    Faz parte da comunidadede instagramers dePortugal onde mantém umportfólio online que atualizadiariamente e foi tambémformadora esporádica.“

    A DICA-CHAVE DE ANA

    MORAIS PARA SINGRAR

    NESTA ÁREA DE

    EXPRESSÃO ARTÍSTICA

    “Apostem na academia,criem estruturas e acreditemem vocês mesmos!Façam-no com o coração.”

    No topo DAGU“Brno. Crónc P3.”

    de fogo, que fazem lembrar as fadas doslivros de fantasia de Juliet Marillier.Mas a força de vontade e a loucurasaudável são duas das suas máximas e éa ela que se agarra sempre que o chãoteima em fugir ou que o seu rumo sofraum ligeiro desvio. Sente ser necessário

    “ultrapassar a timidez, estarmosdispostos a testar os nossos próprioslimites dizendo ‘sim’ a novos desaos eir ajustando as prioridades ao longo docaminho”. E resume o seu percursocomo sendo “longo e lento, ponderado,simples e humilde. Não tenho qualquerpretensão a não ser partilhar o que seifazer de melhor, com quem quer ler e

     ver”. E nós estaremos cá para assistir àsua ascensão, na primeira la, de olhos

     voltados para o céu.

    histórias marcantes ajudaram-na, emgrande parte, a traçar o seu inspirador ecriativo caminho, que tanto nos extasia.

    Depois destas inspiradoras palavras,não é de estranhar que o seu portfólioartístico esteja repleto de retratos.Bastam alguns segundos a deslizar o

    dedo pelo ecrã de um smartphone paraperceber que a sua conta de Instagramestá repleta de rostos que nos sãodesconhecidos, mas dos quais nostornamos próximos, tal é a intimidade ecandura que eles transmitem a quem oscontempla. “As pessoas são parte muitoimportante na minha inspiração. Nogeral como sociedade e especicamenteas que se cruzam na minha vida e que deuma forma ou doutra a transformam”.

    Confessa não trazer uma receitamilagrosa na mochila que traz sempreàs costas e que tão bem a caracteriza, àsemelhança dos seus curtos cabelos cor

    42 O M U N D O D A F O TO G R AF I A FEVEREIRO 2016

    www.anitados7oficios.comwww.instagram.com/anitados7oficios

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    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 43

    DICAS E TRUQUES EFICAZES E TÉCNICAS PRÁTICAS, CRIATIVAS E PROFISSIONAIS. ESTÁ PREPARADO?

    PROJETOS E IDEIASFOTOGRÁFICAS!

    54 6662

    IMAGENS AO PORMENORTÉCNICAS PRÁTICASSaiba como pode captar a imensidão de um

    campo, confira simetria e geometria a uma

    imagem encenada e descubra o timing  

    certo para registar vida selvagem.

    TÉCNICAS PROFISSIONAISILUMINE AS SUAS FOTOSExplicamos-lhe como pode obter uma

    clássica paisagem urbana ao pôr do sol.

    Atenção! Precisa de uma dose extra de

    paciência e de edição de imagem.

    CASOS DE ESTUDOPROMOVA-SE ONLINE!Invista numa carreira artística a nível

    digital. Crie um portfólio que revolucione

    o mercado e fique a saber quais os

    contactos que deve fazer.

    FOTOGRAFARF O T O G R A F A R

    44

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    Adconeprofunddde

    cose-upsQuando fotografa close-ups,

    a profundidade de campo

    – a quantidade de nitidez

    da frente até atrás – pode ser

    medida em milímetros,

    mesmo em aberturas

    reduzidas. Para maximizar

    esta profundidade,

    certifique-se de que a parte

    de trás da câmara está

    paralela ao plano de foco

    principal – neste caso,

    a superfície da folha.

    Close-upscongeladosPr ocu r e co res v i b r an t es e pad r ões

    c r i ad os pel o gel o a de r r et er .

    P R O J E T O 1

    W       B      

    A      F       

    S       E       T       

    PROJETOS

    F O T O G R Á F I C O S Dez ideias fotográficas

    criativas para experimentarno terreno. Com a dose

    certa de inspiração!

    44 O M U N DO DA FO T O GRA F IA FEVEREIRO 2016

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        ©     A

       n    d   r    é   s    M     D

       o   m    í   n   g   u   e   z

    ENCONTRAR efotografar objetos

    encurralados no

     gelo é um projeto inspirador

    para os meses de inverno.

    Esta imagem revela umatécnica ligeiramentediferente da típica imagemda “folha presa em gelo”:o fotógrafo, Andrés MDomínguez, esperou queo mesmo começasse aderreter, em vez de o captar

    acabado de congelar.“Encontrei este gerânioselvagem num pequeno lagonum prado de montanha”,explica. “Tive de recorrer auma objetiva macro 100 mmna minha Canon EOS 5DMark II porque a folha erademasiado pequena.

    “A cor vem das algas deágua doce. Quando o lagocongela à noite, são criadascomposições muito

    apelativas. É de manhã,quando o sol nasce, que ascomposições melhoram combolhas e linhas formadas pelogelo a derreter. Contudo, temde trabalhar depressa, epode ter de fornecer sombrado sol, caso contrário ocontraste torna-sedemasiado grande. Para estaimagem, usei um polarizadorpara reduzir os reflexos esaturar ainda mais as cores.”

    FEVEREIRO 2016 O M U N D O D A F O T O G R A F I A 45

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    Visãoem túnelCrie uma vista do mundo

    de baixo para cima, usandoesta técnica de panorâmica.

    ROCURA uma forma de melhoraras suas panorâmicas?Siga o

    exemplo de Silviu Topor e transforme

    as suas imagens em “paisagens em túnel”.Estes registos começam da mesma forma

    que as panorâmicas normais, mas são

    processadas de forma ligeiramente diferente.

    “Uso uma Nikon D7100 e objetiva Nikon 18-140

    mm f/3.5-5.6, montada num tripé que tem

    uma cabeça panorâmica caseira”, revela. “E

    fotografo cerca de 20 a 30 frames  individuais

    para cobrir os 360 graus.”

    Ao fotografar panorâmicas, use definições

    manuais para garantir consistência entre cada

    frame . Isto significa focagem, equilíbrio de

    brancos e exposição manuais. Para este género

    de fotografia, vai querer usar um f-stop

    reduzido para fornecer bastante profundidade

    de campo, e uma definição ISO pouco

    pronunciada para obter uma qualidade de

    imagem sem precedentes. Não se esqueça de

    permitir cerca de um terço de sobreposiçãoentre cada frame  para conferir ao software de

    união algo com que trabalhar.

    “No que diz respeito à edição, utilizo o

    Lightroom para remover qualquer vinhetagem

    e corrigir a aberração cromática”, partlha

    o fotógrafo.“Depois de os ficheiros serem

    processados, uno a panorâmica, selecionando

    a projeção Little-Planet do software. Por fim,

    recorto e e submeto como uma image