O Normal o Patológico

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O NORMAL O PATOLÓGICO. O que determina o normal e o patológico são os fatores culturais e a maneira pela qual o individuo manipula seus conflitos e mecanismos de defesa, quando utilizados intensamente podem levar a psicoses. A saúde do ego caracteriza-se pela capacidade que o individuo tem de capacitar frustração. O conselheiro de Aconselhamento Integral deve ter o cuidado para não “pecar’ pela falta ou pelo excesso do cuidado com o aconselhado. O mesmo precisa vivenciar adequadamente o prazer e o desprazer Para que possa se relacionar com mais tranqüilidade e menos temor persecutórios em outras inclusões que podem vir se fizer necessárias. O Aconselhamento Integral pode ser praticado dentro das congregações evangélicas dedicando grupos de atendimento psicossocioespiritual na tentativa de proporcionar qualidade de vida . Na década de 20/30, nasceu a Previdência Social no Brasil, mas somente a partir da Constituição de 1988, todo cidadão passou a Ter direito ao sistema de saúde, que é e deve ser respaldado pelo poder público em âmbito Municipal, Estadual e Federal. A Previdência Social no Brasil deve agir ate mesmo como prevenção da doença mental. Criando estratégias para evitar o seu aparecimento. A prevenção implicaria em ações localizadas no meio social. A política do Aconselhamento Integral precisa estar em conjunto com essas ações que visam o bem estar do ser humano, atendendo a pessoa de forma integral. Desenvolvendo de modo mais efetivo conceitos de Saúde e socialização humana. A hereditariedade e o meio interagem continuamente influenciando o desenvolvimento e conseqüentemente a organização psíquica do individuo. O pai representa o princípio da realidade, enquanto a mãe contempla a subjetividade, o principio do prazer. Nesta tríade a infância conturbada, significaria dificuldades da estruturação egóica, desembocando um desenvolvimento instintivo. Isto é, um princípio de realidade deficiente faz com que a criança, percebendo a realidade como algo mau, violento e perigoso e persecutório, refugiando-se no id. Causando as reações vivenciadas anormais definidas como respostas sentimentais e emocionais intensos, inadequadas ao estímulo. A duração da crise excessiva se manifesta a partir da estrutura egóica comprometida previamente, por depender de um desenvolvimento psíquico anormal, isto é, uma reação

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PSICOLOGIA

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O NORMAL O PATOLÓGICO.

O que determina o normal e o patológico são os fatores culturais e a maneira pela qual o individuo manipula seus conflitos e mecanismos de defesa, quando utilizados intensamente podem levar a psicoses.

A saúde do ego caracteriza-se pela capacidade que o individuo tem de capacitar frustração. O conselheiro de Aconselhamento Integral deve ter o cuidado para não “pecar’ pela falta ou pelo excesso do cuidado com o aconselhado. O mesmo precisa vivenciar adequadamente o prazer e o desprazer Para que possa se relacionar com mais tranqüilidade e menos temor persecutórios em outras inclusões que podem vir se fizer necessárias.

O Aconselhamento Integral pode ser praticado dentro das congregações evangélicas dedicando grupos de atendimento psicossocioespiritual na tentativa de proporcionar qualidade de vida .

Na década de 20/30, nasceu a Previdência Social no Brasil, mas somente a partir da Constituição de 1988, todo cidadão passou a Ter direito ao sistema de saúde, que é e deve ser respaldado pelo poder público em âmbito Municipal, Estadual e Federal. A Previdência Social no Brasil deve agir ate mesmo como prevenção da doença mental. Criando estratégias para evitar o seu aparecimento. A prevenção implicaria em ações localizadas no meio social.

A política do Aconselhamento Integral precisa estar em conjunto com essas ações que visam o bem estar do ser humano, atendendo a pessoa de forma integral. Desenvolvendo de modo mais efetivo conceitos de Saúde e socialização humana.

A hereditariedade e o meio interagem continuamente influenciando o desenvolvimento e conseqüentemente a organização psíquica do individuo. O pai representa o princípio da realidade, enquanto a mãe contempla a subjetividade, o principio do prazer. Nesta tríade a infância conturbada, significaria dificuldades da estruturação egóica, desembocando um desenvolvimento instintivo. Isto é, um princípio de realidade deficiente faz com que a criança, percebendo a realidade como algo mau, violento e perigoso e persecutório, refugiando-se no id. Causando as reações vivenciadas anormais definidas como respostas sentimentais e emocionais intensos, inadequadas ao estímulo. A duração da crise excessiva se manifesta a partir da estrutura egóica comprometida previamente, por depender de um desenvolvimento psíquico anormal, isto é, uma reação vivencial anormal depende diretamente da personalidade. Se a infância da pessoa foi conturbada ela terá certamente algum transtorno de personalidade.

III.1. Transtorno de Personalidade

Um transtorno de personalidade (TP) traduz um distúrbio grave de comportamento, envolvendo todas as áreas de atuação da pessoa, resultando em considerável ruptura social e pessoal. Um Transtorno de Personalidade afeta tanto o cognitivo como o afetivo e a vida social de uma pessoa. O diagnóstico com um grau maior de certeza só pode ser dado após os 18 anos de idade. Apesar das teorias etiológicas concordarem que a pessoa possui um TP, ao nascer, já trazem essa predisposição mas é certo que apenas no final da infância ou na adolescência é que são notados. O baixo auto-direcionamento marca o surgimento do TP com a perpetuação de mecanismos de defesa imaturos.

São eles:

TP Paranóide – desconfiança mais comum em homens.

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TP Esquizóide – distanciamentos dos relacionamentos sociais.

TP Anti – Social – padrão de desconsideração e violação dos direitos dos outros, manipulação dos outros, não conformam com as normas sociais.

TP Boderline - Medo crônico de abandono e traição, manter relacionamentos interpessoais intensos mais instáveis.

TP Histriônico – Busca de atenção, dramatiza, necessita de atenção e excitação.

TP Obsessiva – Insatisfação, comportamento rígido, de 3 a 10% da população clínica e um 1% da população geral.

TP Dependente – Sente-se inconfortável ou desamparados quando sozinhos pôr medo exagerado de autocuidar-se . Preocupação e medo de ser abandonado; capacidade limitada de tomar decisões cotidianas sem um excesso de conselhos e reasseguramento pêlos outros. Maria vai com as outras.

TP Esquizótipico – Distorções cognitivas ou de percepção de comportamento excêntrico. Não ocorre exclusiva durante o curso de doenças mentais.

TP Narcisista – Padrão de grandiosidade; falta de empatia; frágil adaptação social; considera-se superior; quer ser reconhecido como especial ou amada, mais comum em mulheres.

TP paranóide; o TP esquizóide; o TP anti-social; o TP boderline (impulsivo e/ou emocionalmente instável); o TP histriônico; o TP ansioso (de evitação) e o TP dependente. Todos trazem em comum alguns aspectos básicos:

O padrão anormal de comportamento é constante, e de longa duração;

É invasivo e claramente mal-adaptado;

As manifestações sempre aparecem durante a infância ou adolescência e continua pela vida adulta;

O transtorno resulta sempre em problemas no desempenho social e ocupacional.

Os indivíduos com desenvolvimentos normal de personalidade apresentam adaptação social, familiar, elaborativa com fins de outros prazeres.

O Normal, portanto seria o contrario das pontuações acima. O diagnóstico preciso de TP é difícil de fazer. Apesar de apresentar uma prevalência de 6 a 9% da população. E, só deve ser feito após obtermos informações de outras fontes como a família, o cônjuge ou vizinhos e é sempre necessária mais de uma entrevista para se conseguir afirmar com algum grau de certeza.

Uma boa relação entre conselheiro e aconselhado dentro do Aconselhamento Integral precisa ter como objetivo principal o auxílio para uma melhor qualidade de vida do aconselhado.

Nos TP paranóide, esquizotípico e esquizóide, o Aconselhamento Integral devem enfatizar a honestidade e a idade. Identificar os fatores estressantes ativadores de dificuldades e expandir a capacidade de lazer, esporte e diversão. Focando o principio do Prazer, compreender os sentimentos íntimos do aconselhando e comunicar esta compreensão, encorajando gradualmente atividades interpessoais.

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Nos TP histriônicos, narcisista e anti-social, devem-se identificar os padrões mal-ajeitados de comportamento e salientar enfoques calmos e razoáveis para as crises. É sempre necessário o estabelecimento de limites. Aconselhamento Integral em grupo é útil, nestes casos. .

Nos TP boderline é necessário foco sobre o senso frágil de identidade, impressões mutáveis e contraditórias. O Aconselhamento Integral deve buscar fazer novas conexões como o aconselhando. Dar-lhe novos pensamentos e valores.

O Aconselhamento Integral pode ser utilizado em qualquer TP, mas tem-se observado melhores resultados nos TP ansioso (de evitação), no dependente e no obsessivo. As técnicas são uma dessensibilização sistemática, o treinamento de habilidades sociais, a reestruturação cognitiva em toda e qualquer das atividades interpessoais do aconselhado.

III. 2. Transtornos de Ansiedade

A ansiedade pode ser considerada como uma reação natural que se produz diante de certos tipos de situações nas quais a pessoa necessitaria de recursos adaptativos extras. Esta reação supõe uma mobilização de diferentes recursos cognitivos, tais como a atenção, a percepção, a memória, o pensamento, a linguagem, etc., de diferentes recursos fisiológicos, como a ativação do sistema nervoso autônomo, da ativação motora, da atividade glandular, etc., e de diferentes recursos de conduta, como estar alerta, evitação do perigo, etc. Tais recursos teriam como objetivo o enfrentamento das possíveis conseqüências negativas.

Quando a pessoa experimenta altos níveis de ansiedade, durante tempo prolongado, seu bem estar psicológico se encontra seriamente prejudicado, seus sistemas fisiológicos podem se alterar por excesso de solicitação, seu sistema imunológico pode ser incapaz de defender seu organismo, seus processos cognitivos podem se prejudicar, provocando uma diminuição do rendimento e, finalmente, a evitação das situações que provocam essas reações ansiosas pode comprometer sua vida sócio-ocupacional. A atividade cognitiva, por exemplo, pode ser muito prejudicada por processos emocionais, notadamente pela ansiedade. Assim sendo, por exemplo, o rendimento intelectual nos exames ou em outras situações de avaliação pode deteriorar-se. Apesar da ansiedade ser uma emoção normal, de caráter essencialmente adaptativo, quando excessiva ela pode estar na base de muitos processos que podem levar à doenças. Entre elas o Transtorno Obsessivo Compulsivo e a Síndrome do Pânico

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Consiste na combinação de obsessões e compulsões. Obsessões são pensamentos recorrentes insistentes, desagradáveis, repulsivos e normalmente contrários a índole da pessoa. Compulsões são gestos ou ações para tentar neutralizar os pensamentos obsessivos. São normalmente incontroláveis, sempre iguais e repetitivas.

Sintomas mais comuns: Medo de contaminar-se por germes, sujeira/ Imaginar que tenha ferido ou ofendido outras pessoas/ Imaginar-se perdendo o controle, realizando violentas agressões ou até assassinatos/ Pensamentos sexuais urgentes e intrusivos/ Dúvidas morais e religiosas/ Pensamentos “proibidos”/ Repetir determinados gestos/ Verificar se as coisas estão como deveriam, porta trancada, gás desligado, etc (repetidas vezes)/ Tocar objetos (repetidamente)/ Contar objetos (repetidamente)/ Ordenar ou arrumar os objetos de uma determinada maneira/ Orações (repetidamente).

Síndrome do Pânico

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Não existe estímulo externo na Síndrome do Pânico, sendo que surgem ataques de pânico independente do lugar e da hora. É um distúrbio de ansiedade, no qual se fundamenta em base orgânica e psicológica. Freud descreveu a Síndrome do Pânico como Neurose de Angústia em 1894, que apresenta traços de muita tensão e atividade mental associado aos sintomas somáticos como tremores, taquicardia, hiper-ventilação e vertigens... Angústia é uma forma de esperar o perigo ou preparar-se para ele, ainda que possa ser desconhecido. É uma doença caracterizada pelo distúrbio dos neurotransmissores seretonina e noradrenalina, possuindo como aspecto essencial, os ataques de ansiedade e nervosismo. Os ataques de pânico manifestam-se, via de regra através de períodos discretos de ataques repentinos, de intensa apreensão e medo, frequentemente associados com sentimentos de perigo de destruição iminente. A doença atinge pessoas de qualquer classe social, de qualquer profissão, seja na área urbana ou rural. Em 70% dos casos a doença começa a se manifestar entre os 20 e 35 anos uma fase de pleno crescimento profissional.

Fatores Predisponentes

Distúrbio de Ansiedade de separação na infância e a perda súbita de suportes sociais ou interrupção de relacionamentos interpessoais importantes, aparentemente predispõem o desenvolvimento deste distúrbio.

Principais sintomas da doença os seguintes: Falta de ar /Vertigem /palpitações (taquicardia)/Tremor nos braços e/ou nas pernas/ A Sudorese/Sufocamento/Náusea ou desconforto abdominal/ Despersonalização/ Anestesia ou formigamento/Ondas de calor ou calafrios/ Dor ou desconforto no peito/Medo de morre/Medo de enlouquecer, também são sintomas.

A ocorrência simultânea de quatro sintomas, dentre os acima discriminados, é suficiente para demonstrar a existência da doença.É importante ressaltar, ainda, que há ataques de pânicos com recorrentes várias vezes por semana ou até diariamente e que estes ataques podem ou não ser acompanhados de Agorafobia. Geralmente são pessoas com tendência ao perfeccionismo, dentro das características de sua personalidade. Tendo uma autocrítica muito grande e não se permitindo falhar em nenhum aspecto. Há uma cobrança extrema quanto à execução de atividades corretamente e de certa forma esperando a mesma atitude alheia. Apresentam-se como workaholics com dificuldades para relaxar e centralizadores. Profissionalmente possuem ótima capacidade intelectual, mas denotam dificuldade nos relacionamentos afetivos. No momento da crise é necessário tomar tranqüilizantes, tomado por via oral ou intramuscular leva de 40 a 60 minutos para surtir efeito. A crise desaparece por volta de 05 a 30 minutos, com ou sem os medicamentos. Mas, o tranqüilizante ajuda na fase pós crise, relaxando o aconselhado justamente no período de mais necessidade, já que ele fica ansioso, cansado e com medo de que a crise volte. O controle das crises pode ser obtido mais ou menos dentro de 02 a 04 semanas com uso de medicamentos. Somente após o bloqueio das crises é que se deve estimular o aconselhado a enfrentar de forma progressiva as situações temidas. Quando a pessoa estiver no meio de uma crise, inspire pelo nariz e conte até quatro depois expire pela boca e conte novamente até quatro. Repita esse movimento várias vezes até a sensação de tontura passar. Pode ser feito também qualquer outro tipo de relaxamento para que o aconselhado consiga um autocontrole sobre o seu físico, pois após a crise há um desgaste emocional e físico muito grande. É importante desviar a concentração da mente para situações agradáveis ou conversar com alguém para ajudar nesse processo. O familiar que estiver acompanhando o tratamento deve deixar o paciente sem tensão ou cobrança, pois nesse momento o próprio aconselhado fica em desespero para que volte ao normal. O ambiente familiar deve ser propício para que isso aconteça. O aconselhado não precisa sentir vergonha dessa fragilidade, pois as maiorias das pessoas sentem as mesmas aflições.

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As complicações dessa Síndrome são quando o aconselhado começa associar a crise aos locais onde às teve, criando um condicionamento e, dessa forma sente-se ansioso podendo até ter crises de pânico quando se confronta fisicamente com a situação, surgindo a Evitação Fóbica. Cada vez que o aconselhado tenta enfrentar uma situação fica mais ansioso, chegando ao ponto de ter a crise de pânico. Quanto mais se evita uma situação, mais receio dela se vai adquirindo. A Hipocondria que é uma preocupação excessiva com a saúde física pode começar a se notar pelo fato da pessoa observar com mais freqüência suas funções, em particular a cardiovascular. As Fobias associadas direta ou indiretamente com as situações nas quais teve as crises. Como a crise de pânico não escolhe lugar nem hora, a tendência é ir ampliando progressivamente as fobias ou a ter medo de praticamente tudo. Auto Depreciação e Desmoralização podem vir a serem também limitações impostas pelo estado fóbico-ansioso. Por causa da queda de qualidade de vida do aconselhado. Além do sentimento de responsabilidade pela doença e por uma hipotética falta de força de vontade para superar o problema. Aconselhados com pânico e suas complicações podem desenvolver depressão, a qual é reativa as limitações fóbicas ansiosas impostas à vida do indivíduo. Essa depressão é secundária e ela desaparece quando o aconselhado melhora do pânico.

III. 3. Transtorno de Humor

TAB- Transtorno Afetivo Bipolar doença caracterizada pela alternância de humor. A pessoa sofre com picos de euforia (episódios de mania) e de depressão, entremeados por períodos de normalidade. As alterações dos estados de euforia para depressão, ou vice-versa, Sendo assim,muitos portadores não percebem essas mudanças ou consideram que as alterações do humor foram causadas por um fator momentâneo.Isso ocorre devido à perda do senso crítico e da capacidade de avaliação objetiva das situações, que ficam prejudicadas ou ausentes.

Sintomas: Humor Eufórico/ Distração/Exaltação/Gastos excessivos/Irritabilidade, impaciência, pavio curto/Pensamento acelerado/Aumento de energia e disposição/Otimismo exagerado, aumento da auto-estima/Falta de senso crítico/Insônia, impaciência e exaltação, nos episódios de mania, e isolamento social, vazio, insegurança e desespero, nos episódios de depressão. É importante que familiares e amigos saibam reconhecer esses sintomas Fatores genéticos podem influir no aparecimento da doença. Nos casos graves ocorre: Abuso de álcool ou drogas/Delírios e alucinações/Desinibição exagerada/ Comportamentos inadequados/ Cefaléia, sintomas gastrintestinais, dores no corpo e pressão no peito/Idéias suicidas.

Depressão

A depressão é uma doença grave que pode ter consequências profundas não só para a pessoa afetada, como também para a sua família, podendo levar a uma espiral descendente de incapacidade e podendo ser devastadora para as relações familiares, de amizade e laborais. Estudos demonstram que os baixos níveis de seretonina, neurotransmissor capaz de estabiliza humor, sono e apetite, em certas áreas do cérebro seriam a principal causa da doença. Outra hipótese tem a ver com a variação dos hormônios do estresse (cortisol). O que se sabe ao certo é que a doença é causada por uma combinação de fatores. A predisposição genética é um deles. Filhos de pais depressivos possuem três vezes mais probabilidade de ficarem deprimidos. O uso de drogas, determinados medicamentos para emagrecer e tranqüilizantes, além das oscilações dos hormônios e doenças, em especial as da tireóide, contribuem para levar as pessoas para o fundo do poço. Sintomas que podem surgir num episódio de depressão: Sentimento de medo e de culpa sem motivo, insegurança, desespero e vazio./Isolamento social e familiar/Apatia//desmotivação/Desânimo, cansaço mental/ Dificuldade de concentração, esquecimento/Aumento do sono/ idéias de culpa/ crises de choro, auto-estima muito baixa, pessimismo, irritabilidade, alterações na libido e no apetite e pensamentos de morte e suicídio O

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desânimo normalmente chega a impedir a realização de atividades rotineiras, como sair da cama, tomar banho ou ir trabalhar., Quando essas sensações persistem por mais de três semanas seguidas, é hora de buscar ajuda médica. Mas é comum encontrar pacientes que, mesmo doentes, continuam levando uma vida normal

Hoje em dia o tratamento da depressão é bastante eficaz, pois o desenvolvimento de vários de fármacos nos últimos anos revolucionou o tratamento desta doença. A medicação pode aliviar os sintomas e tornou-se, assim, a primeira linha de tratamento para a maioria dos tipos de depressão. Os antidepressivos tricíclicos e os inibidores da monoaminooxidase, continuam a ser utilizados e podem ser muito eficazes em casos que não respondam aos outros fármacos, pelo que continuam a ser uma importante arma terapêutica. Transtornos de Ansiedade podem vir associados à Depressão.

Iii. 4. Transtorno Mental e Possessão Demoníaca

O bem-estar mental é um acontecimento resultante de diversos fatores como atitude de vida, apoio social, um princípio de fé, aprendizados contemplativos, formatos de expressão, estresse, gerência e norte espiritual. Os transtornos mentais se conformam em acontecimentos emaranhados e enigmáticos. Onde está o limite entre o estrutural, fisiológico, neurológico, anatômicos e o espiritual, transcendental, mefistofélico, sublimes estão na significação de temas mais subjetivos. A maior parte dos conselheiros cristãos crê na perspectiva da possessão demoníaca. Mas, os sintomas da esquizofrenia e os fenômenos espirituais, chamado possessão, são bastante semelhantes.

No evangelho de Mateus 8: 28 a 33, Marcos 5: 1 a 14 e Lucas 8: 26 a 34 relata a libertação de um homem possesso de espíritos malignos. Friesen (2000) destaca desta experiência sintomas que podem indicar um transtorno mental e outros que poderiam ser considerados uma possessão. As diferenças estão segundo Friesen(2000) estão no fato de que mesmo em surto um doente mental não adquire forcas excomungal a ponto de despedaçar grilhões e cadeias. E, que nos quadros de esquizofrenia existe sim, a síndrome paranóide, mania de grandeza, mas o doente mental rompe seu contato com o mundo real, como entao o gadareno identifica: “...que tenho eu contigo, Jesus, filho do Deus Altíssimo? “ , resistindo ä sua presença e sendo imediatamente curado. De acordo com o Dr. Koch transtornos espirituais, podem ter cura imediata, diferentemente dos transtornos mentais. A igreja tem muito que fazer com doentes mentais. Este trabalho não precisa ser exclusivamente dos programas de saúde pública ou privada. A congregação dos santos possui recursos que podem ser mobilizados a favor destes distúrbios. Especialmente, ajudando aos familiares de pessoas afetadas, segundo Friesen (2000).

IV. ACONSELHAMENTO INTEGRAL E A PSICOSSOMÁTICA.

As emoções são reações naturais, universais, que têm uma finalidade adaptativa, mas, não obstante, quando demasiadamente intensas e/ou freqüentes, essas mesmas reações podem provocar alterações patológicas na saúde. Hoje, a medicina psicossomática tem se interessado em, mediante técnicas cognitivas, comportamentais e, se necessário, farmacológicas, ajudar pessoas a diminuir sua ativação fisiológica, a reduzir o mal estar psicológico e a facilitar uma expressão emocional mais sadia. Para que não haja sumarização afetando esferas Biopsicossocioespiritual para que haja qualidade de vida. A ansiedade, a raiva e a tristeza são consideradas as três emoções negativas mais importantes. As emoções positivas são as que geram experiência agradável, como a alegria, a felicidade ou o amor.. Em contra partida, o bom humor, o riso, a felicidade, ajudam a manter ou recuperar a saúde. Hoje em dia há dados suficientes para podermos afirmar que as emoções positivas potencializam a saúde, enquanto as emoções negativas tendem a comprometê-la.

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Sintomas: alguma dores de cabeça, das costas, arritmias cardíacas, hipertensão arterial, moléstias digestivas, uso e abuso do álcool, tabaco, sedentarismo. Gripe, herpes, diarréias, ou outras infecções ocasionadas por vírus oportunistas A maioria das pessoas com estilo repressivo de enfrentamento de suas emoções negativas não costuma ter consciência de sua alta ativação fisiológica e, inclusive, podem referir-se a si mesmos como pessoas relaxadas, calmas e tranqüilas. O estilo repressivo de enfrentamento das emoções negativas também é um fator que pode introduzir certo grau de imunodepressão. Uma alta ativação fisiológica mantida ao longo do tempo pode provocar alterações no Sistema Imunológico que tornam a pessoa mais vulnerável às enfermidades infecciosas ou à doenças auto-imunes. Assim, por exemplo, pacientes com câncer que apresentam estilo repressivo de enfrentamento das emoções têm uma menor expectativa de vida.

"O que mata não é o trabalho; é a raiva" Adib Jatene