O nutricionista na Gestão Pública -...

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O nutricionista na Gestão Pública: conheça uma das principais áreas de atuação e os benefícios que resultam do trabalho deste profissional III Workshop de Ensino debate profissionalização e conhecimento CRN-10: confira as principais informações sobre o processo eleitoral

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O nutricionista na Gestão Pública: conheça uma das principais áreas de atuação e os

benefícios que resultam do trabalho deste profissional

III Workshop de Ensino debate profissionalização e conhecimento

CRN-10: confira as principais informações sobre o processo eleitoral

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O mês de maio foi marcante para o Sistema CFN/CRN. Uma nova Gestão assumiu o Conselho Federal e vai trabalhar no próximo triênio. Fazem parte desta nova equipe nossas ex-conselheiras Ivete Barbisan e Suzi Barletto Cavalli. No Regional, a nova Diretoria assumiu e permanece até o final da atual Gestão, em 2010. Outro acontecimen-to que marcou o mês de maio foi a definição das datas de eleição e posse do primeiro Plenário do CRN-10. Há alguns anos o CRN-2 vem batalhando para essa concretização e agora já temos um cro-nograma.

Nesta segunda edição de 2009 da nossa re-vista, trazemos temas importantes e a atuação do Regional em algumas ações relevantes. A repor-tagem de capa traz a atuação do nutricionista na Gestão Pública. Além de detalharmos mais uma das áreas de atuação do profissional, queremos mostrar aos Gestores os benefícios da presença do nutricionista na promoção da saúde, valorizan-do as ações preventivas. Escolhemos esse tema pelo momento oportuno, já que há poucos dias aconteceu o Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, do qual participamos.

A revista traz, ainda, detalhes das eleições do CRN-10: quem pode votar, como se dá o processo e as datas. Você encontrará, também, o resultado da audiência pública que debateu a Medida Provi-sória da Alimentação Escolar e o desdobramento do Projeto de Lei proposto pela Prefeitura porto-alegrense que cria o Departamento do Programa de Saúde da Família. Ao final da revista, homena-geamos a todos os Técnicos em Nutrição e Dieté-tica pelo seu dia.

Desejamos a você uma excelente leitura e reite-ramos que sua participação é sempre bem-vinda.

Mande suas sugestões de pauta para nossa assessoria de comuni-cação através do e-mail [email protected].

Ivete R. Ciconet DornellesPresidente CRN-2

Editorial

NotíciasEleições no CRN-10, ações públi-cas, a nova Diretoria do CRN-2 e o novo Plenário do CFN

CapaO nutricionista na Gestão Pública

III WorkshopOficinas definem apontamentos

FiscalizaçãoInteriorização 2009

Trabalho Universitário 3O artigo vencedor do Prêmio Maria de Lourdes/2008

ArtigoÚlceras de Pressão (continuação)

Índice

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GESTÃO 2007/2010

Conselho Regional de Nutricionistas - 2a RegiãoAv. Taquara, 586/503, Porto Alegre, RS CEP 90460-210 - Fone/Fax: (51) 3330-9324E-mail: [email protected] / www.crn2.org.br

Conselho Regional de Nutricionistas - 10a RegiãoAv. Rio Branco, 787/207, Centro, Florianópolis, SC - CEP 8015-203 - Fone/Faz (48) 3222-1967E-mail: [email protected]

Conselho Editorial: Ivete R. Ciconet Dornelles, Mara Romanenco e Soraia AbuchaimJornalista Responsável e fotos: Flávia Lima MoreiraImpressão: Gráfica TrindadeTiragem: 9000 exemplaresDiretoria:Presidente: Ivete R. Ciconet DornellesVice-Presidente: Sandra MelchionnaTesoureira: Ana Lice BernardiSecretária: Ana Cláudia Pereira de Paula

Expediente

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VI Encontro Internacional de Esporte e Atividade FísicaData: de 18 a 26 de julhoLocal: São Paulo/SPInformações: (11) 2714-5678 / 2714-5677

XIII Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome MetabólicaData: de 13 a 15 e agostoLocal: Salvador/BAInformações: [email protected]

5º Fórum Nacional de Nutrição 2009Data: 28 e 29 de agosto Local: Porto Alegre/RSInformações: (11) 5041-9321 R23

Atualização em DiabetesData: 29 e 30 de agosto Local: Porto Alegre/RSInformações: [email protected]

10° Congresso Nacional da SBANData: de 1° a 4 de setembroLocal: São Paulo/SPInformações: (11) 3849-0379 / 8263

Aperfeiçoamento em Nutrição Aplicada à EstéticaData: 12 e 13 de setembro - 24 e 25 de outubro - 28 e 29 de novembro Local: Porto Alegre/RSInformações: [email protected]

V Congresso Internacional de Nutrição Clínica FuncionalData: de 24 a 26 de setembroLocal: São Paulo/SPInformações: www.vponline.com.br/congresso

I Congresso Brasileiro de Alimentação ColetivaData: de 1o a 3 de outubroLocal: Porto Alegre/RSInformações: (51) 3311-2578

Capacitação para Prescrição de Suplementos Nutricionais no EsporteData: 14 de novembroLocal: Porto Alegre/RSInformações: [email protected]

CUPPARI, Lilian. Nutrição nas doenças crônicas não-transmissíveis. São Paulo: Manole, 2009.

DONATO, Dalton Roberto de. Restaurante por quilo: uma área a ser abordada. São Paulo: Metha, 2009.

BARROS, S. P.; ARENA, E. P.; PEREIRA, A.C.. Guia prático: avaliação antropométrica em pediatria. São Paulo: Ponto Crítico, 2008

LOPEZ, Rosana Posse Sueiro. Álbum fotográfico de porções alimentares. São Paulo: Metha, 2008.

Leitura

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Em 2008, o Poder Executivo de Porto Alegre en-caminhou à Câmara de Vereadores o Projeto de Lei 118/2008 que dispõe sobre a criação e a organização do Departamento do Programa de Saúde da Família (DPSF). Segundo o PL, entre as competências básicas do DPSF está a execução de atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde familiar, em confor-midade com as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o capítulo I da Lei Federal nº 8080, de 1990, a vigilância nutricional e alimentar faz parte do campo de atuação do SUS. No entanto, o PL propos-

CRN-2 contesta Projeto de Lei que cria DPSF em Porto Alegre

to pela prefeitura da capital gaúcha contempla ape-nas os seguintes profissionais: médicos (100 vagas), enfermeiros (100 vagas), auxiliares de enfermagem (200 vagas), cirurgiões dentistas (30 vagas), técnicos em saúde bucal (30 vagas), atendentes de gabinete odontológico (30 vagas), agentes comunitários (400 vagas).

Junto ao CRN-2, os Conselhos Profissionais de En-fermagem, de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, de Psicologia, de Serviço Social e de Fonoaudiologia, co-nhecedores da realidade da saúde pública de Porto Alegre, sabedores das necessidades mais urgentes dos profissionais, dos agentes de saúde e dos demais atores envolvidos na Atenção Básica e cônscios de seu papel de órgãos fiscalizadores, declararam publi-camente, através de um documento entregue aos ve-readores porto-alegrenses no dia 26 de maio, a sua contrariedade à proposta do governo. A tesoureira do CRN-2, conselheira Ana Lice Bernardi, e a Coor-denadora Técnica do Regional, nutricionista Elizabeth Cassali, estiveram presentes no ato e seguem acom-panhando de perto o andamento do processo. Todos os Conselhos envolvidos defendem a integralidade da saúde e as ações preventivas como prioridade.

Coordenadora técnica do CRN-2 na mesa da Audiência Pública

No dia 18 de maio tomou posse o novo Plenário do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN). Na ocasião, foi eleita a primeira Diretoria que ficou assim formada: presidente Rosane Maria Nascimento da Silva, vice-presidente Nina da Costa Corrêa, tesoureira Ana Maria Calábria Cardoso e secretária Ivete Barbisan. A nova gestão comandará o CFN até 2012. Confira abaixo os conselheiros.

Efetivos:Rosane Maria Nascimento da Silva – CRN-1Ivete Barbisan – CRN-2 Nina da Costa Corrêa – CRN-3Simone Bareicha Corrêa Marques – CRN-4 Edilene Carvalho Feitosa – CRN-5

Novo Plenário do CFN assume até 2012

Cristiane Ragnar dos Santos Monteiro – CRN-6 Ana Maria Calábria Cardoso – CRN-7 Marilsa Suemy Sakamoto Santini – CRN-8Ivan Mourthé de Oliveira – CRN-9Suplentes: Marta Evangelista de Araújo – CRN-1 Suzi Barletto Cavalli – CRN2 Aline Pereira da Fonseca – CRN3 Regina Maria C. de Oliveira – CRN-4 Telma de Cássia Mero Sales – CRN-5 Maria Ruth Vieira de Lemos Vasconcelos – CRN-6 Ana Lúcia Rocha Faillace – CRN-7 Simone Fiebrantz Pinto – CRN-8Eliane Aparecida Queiroz Alvarenga – CRN-9

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Segundo dados do Ministério da Educação, apenas um sexto dos alunos que concluem o Ensino Médio che-ga ao Ensino Superior. Nesse cenário, as Escolas Téc-nicas vêm se consolidando como alternativa eficiente, formando profissionais técnicos capacitados e aptos ao mercado de trabalho. O CRN-2 há algum tempo vem apresentando as Escolas Técnicas e nesta edição da revista apresenta mais duas escolas. Confira.

O Centro de Educação Profissional - CEP Univates tem 10 Cursos Técnicos, dentre eles o curso Técnico em Nutrição. O objetivo geral é proporcionar formação profissional de excelência aos alunos, com sensibilida-de e integridade pessoal e profissional, capacidade de inserção na vida da comunidade de forma responsável. Para os diretores da instituição, o egresso deve apre-sentar competência técnica e pessoal para promover ações técnico-educativas em prol da qualidade de vida à população, com atuação que respeite a individualida-de do ser humano e que o responsabilize pelas suas escolhas.

A Escola Profissional Unipacs, de Taquara e Esteio, vem atuando com o intuito de preparar profissionais

CRN-2 parabeniza os Técnicos em Nutrição e Dietética

para o mundo do trabalho, formando cidadãos eficien-tes, autônomos e éticos, contribuindo, assim, para uma melhor qualidade de vida individual e coletiva. Entre os Cursos Técnicos oferecidos, está o de Técnico em Nu-trição. O curso tem como finalidade principal a preven-ção. Todos os cursos preveem estágios supervisionados pela escola. Os alunos do curso de Nutrição fazem seu estágio em empresas de produção de alimentos e nos hospitais da região. Os locais de estágios são estabelecidos pela escola e os alunos são acompanha-dos pelos professores coorde-nadores de estágio.

Por entender a importância destes profissionais, o CRN-2 parabeniza a todos os Técnicos em Nutrição e Dietética (TND) pelo seu dia, comemorado em 27 de junho.

Cursos formam profissionaispreparados para o mercado

Foto: Clóvis de Souza Prates/HCPA

O CRN-2 realizará, no dia 31 de agosto, em Porto Alegre, o tradicional jantar em comemoração ao Dia do Nutricionista. Novamente, o restaurante Panorama rece-berá os profissionais da área para celebrar mais um ano de crescimento da profissão.

Além do jantar, o CRN-2 fará outras ações em parce-ria com as entidades da nutrição, sempre visando a va-lorização dos profissionais. Mande suas sugestões para [email protected].

Dia do Nutricionista

Em reunião Plenária, dia 26 de maio, as conselheiras do CRN-2 elegeram a nova Diretoria do Regional, que tomou posse dia 1º de junho e assume o Conselho até o final da Gestão 2007/2010. Ivete R. Ciconet Dornelles é a presidente, Sandra Melchionna é a vice-presidente, Ana Cláudia Pereira de Paula é a secretária e Ana Lice Bernardi permanece como tesoureira.

Nova Diretoria assume o CRN-2

Com o objetivo de promover constante aprimo-ramento e atualização da equipe de fiscalização o CRN-2 está implementando o Grupo de Estudo da Fiscalização/RS 2009. Serão realizados encontros mensais na sede do Regional.

Para cada encontro são disponibilizadas dez va-gas para os profissionais interessados, mediante ins-

Grupo de Estudo da Fiscalização/RS 2009crição prévia através do e-mail [email protected]. As inscrições são gratuitas. Reiterando sua função social, o CRN-2 sugere que os profissionais inscritos doem alimentos não perecíveis que serão destinados a ações sociais de entidades parceiras.

As datas e os temas propostos para os encontros podem ser conferidos no site www.crn2.org.br.

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No dia 29 de abril, a presidente em exercício do CRN-2, Ana Jeanette Lopes de Haro, e a tesoureira, Ana Lice Bernardi, assinaram a escritura da compra de uma sala que completa a primeira fase de ampliação da sede do CRN-2. A partir de agora, passa-se à segunda fase, de reforma e adequação do espaço físico para melhor atender aos profissionais, permitindo aos funcionários do Regional mais agilidade no atendimento das demandas.

Ampliação da Sede

Além das reuniões e eventos tradicionais, as con-selheiras do CRN-2 participaram de importantes even-tos nacionais. Merecem destaque três: o III Congresso Nacional do Sistema CFN/CRN (CNS), o XXV Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONA-SEMS) e o Fórum Brasileiro de Segurança Alimentar e Nutricional (FBSAN).

III CNS – Mais de 200 profissionais de todo país par-ticiparam, de 17 a 20 de março, em Brasília, do III CNS. Com o tema central “Agendando compromissos com a sociedade”, os representantes dos Conselhos par-ticiparam de seminários, oficinas e palestras, em que foram apresentadas propostas de ação do Sistema em diversos segmentos de atuação como fiscalização, gestão, ética, capacitação, exercício profissional, ad-ministração e comunicação. Representantes do CRN-2 e do CRN-10 marcaram presença e contribuíram em todos os debates, relatando suas ações e valorizan-do a importância do intercâmbio no crescimento dos Regionais. O congresso proporcionou a oportunidade da socialização das ações dos gestores, objetivando o fortalecimento do Sistema.

Representatividades

Conselheiras, funcionários e assessores do CRN-2 no III CNS

Apesar de sua importância, o direito à alimentação não está previsto na Constituição brasileira. Para mudar essa realidade, uma campanha nacional de mobiliza-ção promovida pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) luta pela aprovação da PEC nº 47/2003, que insere o direito no artigo 6º da Carta Magna, junto a outros direitos sociais.

O CFN e o CRN-2 defendem essa mobilização e, ao manifestarem em maio seu apoio, convidam os nutricio-nistas de todo o país a assinarem um abaixo-assinado, que pode ser acessado através do site www.cfn.org.br.

A ideia do movimento é lutar para que a aprovação da proposta seja feita até o próximo Dia Mundial da Ali-mentação, comemorado em 16 de outubro. A PEC já foi aprovada pelo Senado Federal e atualmente está em apreciação na Câmara dos Deputados.

CRN-2 apoia a PEC Alimentação

CONASEMS – A conselheira Sandra Melchionna par-ticipou do evento, que reuniu mais de 2,7 mil Gestores, em Brasília, de 11 a 14 de maio. Consolidado como um espaço destinado às discussões das políticas de saúde adotadas pelas esferas federal, estaduais e mu-nicipais e o respectivo impacto nos municípios, o CO-NASEMS contou com a participação do Sistema CFN/CRN, que dispunha de um estande, onde foram re-cepcionados os Gestores, que receberam orientações acerca da importância da atuação do nutricionista na Gestão Pública.

FBSAN – a representante do Conselho, Ivete R. Ci-conet Dornelles, participou, de 27 a 29 de maio, do FBSAN. O evento, que aconteceu em Salvador, come-morou os 10 anos do Fórum e fez um balanço político sobre o papel do FBSAN, definindo suas estratégias de ação e valorizando as experiências que estão dan-do certo na promoção da soberania e segurança ali-mentar.

Atual gestão concluiu primeira fase de ampliação do CRN-2

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Há alguns anos a ideia de criar o CRN-10 vem sendo amadurecida. Em setem-bro de 2008 o CFN aprovou a instalação do novo Regional. Em março de 2009

formou-se a Comissão Eleitoral e o processo eleitoral começou a desenhar-se. Em setembro ocorrerão as eleições e, em outubro, toma posse o primeiro Plenário do CRN-10, hoje uma realidade. Confira algumas infor-mações importantes sobre o processo.

Comissão Eleitoral – É responsável pela coordena-ção de todo o processo e já está formada e atuando. A constituição do grupo ocorreu a partir de convite à Associação Catarinense de Nutrição (ACAN) e ao Sin-dicato dos Nutricionistas do Estado de Santa Catarina (SINUSC) para indicarem um representante, e de três nutricionistas do Rio Grande do Sul com experiência neste processo.

Composição – Andrea de Cássia Siga - CRN2 5687P, Ida Beatriz C. Habeyche - CRN2 0015, Ivy Ahrons Vian-na - CRN2 0164, Paulo Luiz Viteritte - CRN2 4846 e Ro-sana Maria Carolo da Costa e Silva - CRN2 1993.

Iniciado processo eleitoral do CRN-10

Como ocorre e quem vota – Devem votar todos os nutricionistas registrados e cadastrados no Estado de Santa Catarina. O voto será por correspondência, o que é respaldado pelo art. 2º da Resolução CFN 441/2008. Para participar do processo eleitoral, os nutricionistas deverão estar quites com suas obrigações legais com o CRN-2. Caso o profissional tenha dúvida de sua situa-ção junto à tesouraria, podem acessar o site www.crn2.org.br “on line”, ou entrar em contato com o CRN-2 (Flo-rianópolis ou Porto Alegre). NÃO DEIXE PARA ÚLTIMA HORA.

Data da votação e apuração – A votação ocorre no dia 3 de setembro de 2009, data marcada, também, para o escrutínio. A partir das 16h inicia-se a contagem de votos através dos quais a categoria elegerá 1º Ple-no do CRN-10 para conduzir Regional no período de 2009/2012.

Multa – Os nutricionistas que não encaminharem o voto até o dia 03 de setembro e não justificarem em 60 dias, receberão multa no valor de R$ 47,32.

Inscreveu-se uma chapa.

Texto por Comissão Eleitoral

CRN-2 defende atuação do nutricionista em Audiência Pública sobre alimentação escolar

Na audiência pública requerida pelo Conselho de Se-gurança Alimentar do Rio Grande do Sul (CONSEA/RS), que ocorreu em 13 de maio, na Assembleia Legislativa, para debater a Alimentação Escolar, a representante do CRN-2, Ivete R. Ciconet Dornelles, ressaltou a importân-cia do papel do nutricionista na alimentação escolar: “O nutricio-nista é legalmente o profissional habilitado para acompanhar todo o processo da alimentação es-colar. Estamos trabalhando para que este profissional esteja cada vez mais inserido no ambiente escolar, trocando experiências e promovendo a melhoria da qua-lidade da alimentação dos escolares”. Ivete ressaltou, ainda, que o Conselho entende que o nutricionista deve fazer parte ativamente de todo o processo de transfor-mação que a educação representa.

A audiência teve como principal resolução o enca-minhamento de uma moção aos senadores exigindo a aprovação da Medida Provisória 455/2009 que de-

termina, entre outras coisas, a extensão da merenda escolar aos estudantes do ensino médio e do progra-ma de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e que a gestão fica a cargo dos municípios. A MP foi aprovada no Senado no dia 27 de maio e precisa ser sanciona-

da pelo presidente da República para entrar em vigor.

Vitória - O PLV institucionaliza como lei a atuação do nutricionista como o responsável técnico pela alimentação escolar nos estados, municípios, DF e escolas federais. Antes essa previsão constava em uma resolução do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educa-

ção (FNDE) de 2006. No projeto, o profissional aparece como quem deve elaborar o cardápio, utilizando os gê-neros alimentícios básicos e respeitando as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cultura e a tradição alimentar da localidade. O profissional deve pautar-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região, na alimentação saudável e adequada.

Audiência lotou Plenário da Assembleia

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No Brasil, a nutrição surgiu entre as décadas de 1930/40. A partir de então, as áreas de atuação vêm aumentando e se consolidando. A Saúde Coletiva, uma das principais áreas, surgiu na década de 1950 e hoje permite ao nutricionista desenvolver as ações da Políti-ca Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), que faz parte da Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN). Criada em 1999, a CGPAN exige o nutricionista como responsável técnico de suas ações em que se incluem:

• Estímulo a ações inter-setoriais com vistas ao aces-so universal aos alimentos;• Garantia de segurança e qualidade dos alimentos; • Monitoramento da situação alimentar e estilos de vida saudáveis;• Promoção de práticas alimentares e estilos de vida saudáveis;• Prevenção e controle dos distúrbios e doenças nu-tricionais;• Promoção do desenvolvimento de linhas de inves-tigação;• Desenvolvimento e capacitação de recursos huma-nos em saúde e nutrição.O nutricionista pode atuar nas Secretarias da Saúde,

Educação e Assistência Social, buscando sempre o de-senvolvimento de ações articuladas entre os diferentes setores que compõe a Gestão Pública.

Na Secretaria da Saúde, o nutricionista é responsável por todas as ações da PNAN destacando-se:

• Atuação em grupos como HiperDia, de gestantes, terapêuticos, de redução de peso, entre outros;• Efetuação de atendimentos individuais para casos específicos;• Elaboração de campanhas educativas;• Efetuação do Sistema Nacional de Vigilância Ali-mentar e Nutricional (SISVAN), uma condicionalidade do Programa Bolsa Família; • Participação no NASF;

O nutricionista na Gestão Pública:

Na Secretaria da Educação, o nutricionista é respon-sável pelo Programa Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), cujas ações são:

• Elaborar de cardápios com refeições nutritivas e que respeite a diversidade da região;• Efetuar o teste de aceitabilidade de um gênero ali-mentício antes de introduzi-lo no cardápio escolar;• Capacitar com os funcionários responsáveis pelo preparo da alimentação escolar sobre diversos te-mas como boas práticas de fabricação;• Realizar acompanhamento nutricional dos escola-res a fim de verificar seu estado nutricional;• Atuar na educação alimentar e nutricional, por meio de palestras ou debates.Na Assistência Social, as ações são voltadas à Segu-

rança Alimentar e Nutricional: • Restaurante Popular;• Banco de alimentos;• Implementação, coordenação e/ou supervisão de cozinhas comunitárias;• Distribuição de alimentos para população em situa-ção de emergência;• Ações de educação alimentar e nutricional;• Programa de Aquisição de Alimentos.Com a atuação do nutricionista na Gestão Pública,

trabalha-se diretamente na prevenção de patologias, reduzindo a quantidade de fármacos utilizados e, con-sequentemente, o número de internações. Porém, mais do que economia, a prevenção resulta numa melhor qualidade de vida para a população, garantindo seus direitos básicos.

Através das políticas públicas pode-se reduzir os ín-dices de doenças como anemia ferropriva, deficiência de ácido fólico e vitamina A e desnutrição. Além disso, pode-se prevenir o desenvolvimento das chamadas do-enças e agravos não transmissíveis: obesidade, hiper-tensão arterial sistêmica (HAS), diabete mellitus (DM), síndrome plurimetabólica, dislipidemias (colesterol e tri-

Colaborou para esta reportagem a nutricionista Karen Mello de Mattos

um profissional a serviço da qualidade de vida

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glicerídeos) e cânceres. Para a professora Karen Mello de Mattos, nutricionista Especialista e Mestre em Saúde Coletiva, “a epidemia da obesidade pode ser evitada, principalmente, por meio de ações voltadas ao público infantil, cuja patologia encontra-se em gradativo cresci-mento. Porém, saliento que a desnutrição também deve permanecer em constante vigilância e observação”.

Quando não é possível atuar na prevenção, o nutricio-nista atua de forma decisiva no tratamento de patologias já existentes, possibilitando uma melhora na qualidade de vida da população. A efetuação de ações educativas para a comunidade propicia o acesso a informações corretas sobre alimentação e estilo de vida saudável.

Uma importante ferramenta na atuação do nutricio-nista é o SISVAN que possibilita, além de informações acerca do estado nutricional, o mapeamento das re- giões endêmicas, averiguação de doenças prevalentes, formação de grupos, educação nutricional e alimentar, elaboração de material educativo e de novos progra-mas, conforme a necessidade.

Benefícios para a populaçãoA principal melhoria é uma vida mais saudável e o

acesso à segurança alimentar e nutricional, que consis-te no direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outros direitos, respeitando a diversidade cultural, e que seja social, econômica e am-

bientalmente sustentável. Nesse sentido, a profes-sora Karen destaca a im-portância dos programas existentes deixarem de lado o assistencialismo. “As cozinhas comunitá-rias são um exemplo: para que recebam os gêneros alimentícios, obrigatoria-mente os responsáveis deverão participar de ca-pacitações ministradas

por nutricionistas sobre educação alimentar e nutricio-nal e repassar o conhecimento adquirido à população cadastrada”.

Histórias que dão certo Muitos municípios do Rio Grande do Sul vêm se

destacando na área da nutrição. Sapiranga, Canoas, Estância Velha, Portão, Gravataí, Porto Alegre, Alvora-da e outros, estão ampliando a presença dos nutricio-nistas na Gestão Pública. Essa realidade repete-se em Santa Catarina. Confira alguns casos.

A Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutri-

cional Sustentável do Município de Porto Alegre (CO-SANS), conta com 10 nutricionistas que atuam pro-movendo segurança alimentar nas comunidades com vulnerabilidade social. Para Carlos Silva, coordenador da COSANS e ex-presidente do CRN-2, “a Gestão Pú-blica está passando por grande transformação, que-brando o paradigma da atuação em gavetas/depar-tamento/secção. Assim, a forma de gestão responde com maior eficiência e eficácia às demandas do Poder Público em relação às Políticas Públicas. A Gestão Pú-blica moderna exige do nutricionista uma preparação e apropriação das ferramentas de gestão a fim de que possa agir e interagir com os diversos atores da gestão”. Carlos destaca a experiência de Porto Alegre na construção do Sistema Municipal de Segurança Ali-mentar e Nutricional Sustentável, expresso através da Lei Complementar nº 577 de l6 de outubro de 2007, como exemplo da nova forma de se fazer Gestão Pú-blica. “O SIMSANS aponta para uma Política de SANS e um Plano de SANS. A consecução destes dois ins-trumentos da Segurança Alimentar está alicerçada em ações intra e inter-governamental, inter-setorial em parceira público-privado a fim de que ações educa-cionais, institucionais, emergenciais e estru-turais apontem para melhoria da qualidade de vida da população porto-alegrense”.

Em Gravataí, a atu-ação do nutricionista começou em 1992, quando a Saúde ainda era um Departamento da Secretaria de As-sistência Social. Hoje, o município conta com oito profissionais. “O principal resultado desses anos de trabalho e dedicação é a manutenção do Centro de Políticas Especiais, demons-trando a credibilidade dos gestores no nosso traba-lho”, afirma Margarete Tavares Kayser, Coordenadora do CENQ e da Nutrição da SMS. A equipe é formada por Maria Fatima S. Silveira, Liane Fani Cotliarenco Pin-to, Betina Mata, Ana Maria Favarin, Juliana de Souza Fontoura, Simone Muniz Pacheco e Suelen Cavalhei-ro Teixeira. Margarete destaca que saber atender aos usuários é um desafio. “Nem sempre correspondemos às suas solicitações mais imediatas, em função dos recursos disponíveis. Mas não desanimamos. Persisti-mos na busca de resultados satisfatórios da nossa atu-ação como profissional nutricionista”, ressalta.

Em Portão, três nutricionistas trabalham com a ro-tina de não haver rotina. Duas atuam na Secretaria de Educação, Sandra Maria da Silva e Simone Hess, e

Karen Mello de Mattos

Equipe de nutricionistas de Gravataí

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uma na Secretaria de Saúde, Helena Beatriz Rower. As nutricionistas contam, ainda, com um grupo de estagi-ários. O município possui cerca de 30 mil habitantes e conta em sua rede básica de saúde três Unidades Bási-cas de Saúdes, duas ESFs e um Centro de Especialida-des. O município de Portão foi piloto na implementação do SISVAN Web em 2007. Elas são responsáveis por programas como o SISVAN, PNSF e a condicionalidade da saúde do PBF, além de projetos como as oficinas de culinária do Programa Portão na Cozinha em parceria com EMATER, das oficinas na ESF2 com as famílias e o acompanhamento no grupo de gestantes, dos aten-dimentos de dietoterapia em toda a rede, das visitas domiciliares e das capacitações e conversas entre as equipes da saúde. As nutricionistas estão trabalhando, ainda, em outro projeto, voltado à atenção ao idoso, numa abordagem multiprofissional com parceria públi-co-privada.

Para Helena o nutricionista é um profissional capaz de interagir com as mais diferentes esferas e possibilida-des de trabalho na Gestão Pública. “Do bebê ao idoso, da orientação à educação nutricional, da antropometria ao paciente terminal em casa, do atendimento clínico à gestão de programas e projetos, seja da envergadura que for, somos atores e diretores neste processo”, diz. Atuando há quatro anos no município, ela já percebe o crescente interesse e procura da população na busca do equilíbrio da alimentação adequada. Segundo ela, os demais profissionais – da saúde, educação ou assis-tência social – interagem cada vez mais com a equipe de nutrição. “Por isto é importante sair do consultório e ir ao encontro do público e dos colegas”, destaca.

ParceriasUnanimidade entre os entrevistados, a atuação da

1ª Coordenadoria Regional da Saúde, coordenada pela nutricionista Ana Romero, foi apontada como eixo do trabalho e dos resultados obtidos pelos municípios da região metropolitana de Porto Alegre. “É uma relação de parceria, desafios e valorização do trabalho. Temos o apoio necessário para a manutenção e melhora dos resultados”, afirma Margarete. A integração nas ações, a troca de experiências e busca constante de conheci-mento e aperfeiçoamento marcam as reuniões mensais comandadas por Ana. “Dos encontros regulares sur-gem idéias e parcerias como a Semana da Alimentação do Vale do Rio dos Sinos. Além disso, as ações coorde-nadas tornam-se visíveis para a sociedade e também para os Gestores de outras esferas. Vejo a 1ª CRS como referência em Ações em Alimentação e Nutrição e muito me orgulha fazer parte desta equipe” conta Helena.

Ana Romero, que há oito anos desempenha impor-tante papel de acompanhamento diário, faz orientações

e cobra resultados. As palavras e histórias desses oito anos são contadas por alguém que trabalha direto com a população, entendendo suas ne-cessidades e ciente de seu papel na so-ciedade. “Tenho muito orgulho, pois vejo o trabalho exemplar das nutricionistas que não só a responderam muito bem às nossas exigências, mas passaram a nos cobrar cada vez mais. É um trabalho de longo prazo, mas com ga-rantia de resultados”, finaliza.

Instituições de EnsinoAs mudanças ocorridas nas Diretrizes Curriculares

Nacionais estimulam a formação de profissionais volta-dos para os princípios ideológicos norteadores do SUS: equidade, integralidade e universalidade. As Instituições de Ensino devem formar profissionais que saibam atuar e que busquem soluções para os problemas existentes de forma integrada, interdisciplinar, que vejam o indivi-duo em toda sua homogeneidade, buscando detectar as causas sociais, culturais e psicológicas existentes e que afetam a sua saúde.

De acordo com as novas Diretrizes, o Centro Univer-sitário Franciscano desenvolve ações integradas volta-das à população santa-mariense. Devido a estas ações, seu curso de Nutrição foi contemplado no Programa Pró-Saúde II (Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde) desenvolvido em parceria pelos Ministérios da Saúde e Educação, cujo objetivo consiste na reorientação da formação profissio-nal, assegurando uma abordagem integral do processo saúde-doença com ênfase na atenção básica, promo-vendo transformações nos processos de geração de conhecimentos, ensino e aprendizagem e de prestação de serviços à população.

O curso de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Sul é um importante parceiro da 1ª CRS. Desde 2007 firmou-se uma relação de troca. Em agos-to de 2007, professores e alunos fizeram uma atualiza-ção em antropometria para todas as nutricionistas da 1ª CRS. Após, foi feita uma reciclagem dos agentes comu-nitários, através do Laboratório de Avaliação Nutricional (LAN). Em 2009, as nutricionistas capacitarão a equipe da UFRGS no SISVAN Web e eles desenvolverão um projeto piloto na unidade de saúde Santa Cecília (POA). Existem, ainda, outros projetos que só fortalecem essa relação, em que a população é a maior beneficiada.

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Ana Romero, na 1a CRS

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III Workshop de Ensino debate Profissionalização e Conhecimento

III Workshop

A educação é uma das ferramentas mais importan-tes na transformação da realidade. O Brasil, aos pou-cos, amadurece seu processo educacional e, como re-sultado alcançou a 13ª posição na classificação mundial em produção científica em 2008, ultrapassando Rússia e Holanda. Esse resultado foi possível, principalmente, pelo aumento de 56% na produção de artigos. Em 2007 foram 19.436 publicações, em 2008 foram 30.451. Os dados são do National Science Indicators, base de da-dos estatísticos sobre pesquisa e ciência que reúne da-dos atualizados de mais de 180 países. O CRN-2, côns-cio do seu papel e da importância da interação entre entidades e Instituições de Ensino, promoveu, em abril, o III Workshop de Ensino, cujo tema principal era “Profis-sionalização e Conhecimento”.

O encontro aconteceu em Florianópolis e propor-cionou aos presentes o debate e o aprofundamento pontual de três temas: “As entidades e a formação do nutricionista”, “Pós-graduação, pesquisa e extensão na formação do nutricionista”, e “A construção do projeto pedagógico”.

Entre os desta-ques do Workshop, estão as palestras de Maria Lucia Bosi e Rossana Pacheco da Costa Proença. Maria Lúcia, gradua-da em Nutrição e em Psicologia, Mestre em Ciências Sociais, Doutora em Saúde Pública e atualmente professora da UFC,

falou sobre o tema que deu nome ao evento. Segundo ela, ainda é preciso caminhar muito nas pesquisas da área da Nutrição. Outro destaque foi a palestra da coor-denadora do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, Rossana Pacheco da Costa Proença, gra-duada em Nutrição, Mestre e Doutora em Engenharia de Produção, Pós-Doutora em Sociologia da Alimenta-ção. Rossana falou sobre a Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão na Formação do Nutricionista e apontou os desafios dos agentes envolvidos nesse processo de for-mação. Segundo ela, o desafio externo é a busca de mecanismos mais específicos de classificação e avalia-ção. Já os desafios internos são a qualificação da forma-ção nos vários níveis, o aprofundamento metodológico de pesquisas em Nutrição e a melhoria da divulgação qualificada do conhecimento científico em nutrição

Estiveram presentes, representando as entidades da Nutrição, a então presidente do CFN, Nelcy Ferreira da Silva, as presidentes da ASBRAN, Márcia Fidelix, da FNN, Maria Terezinha Oscar Govinatzki, além da representan-te da ABENUT, Maysa Beltrame Pedroso.

Oficinas definem apontamentos No encerramento do III Workshop, os participantes,

alicerçados nas palestras e debates do primeiro dia do encontro, foram divididos em dois grupos para a realização de oficinas. Este foi o momento destinado às discussões e os presentes puderam defender seu

ponto de vista, expor a realidade das instituições de ensino e das entidades ali representadas. Como re-sultado das discussões das oficinas, originou-se um documento que indica os principais apontamentos do encontro. Confira.

Na palestra de abertura, Maria Lucia Bosi falou sobre Profissionalização e Conhecimento

Suzi B. Cavalli, Rossana P. da Costa Proença e Maria Lucia Bosi

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III Workshop aproximou as entidades da Nutrição e IES, que debateram temas como a autonomia profissional e construção do plano pedagógico

Oficina III Workshop de Ensino - Profissionalização e Conhecimento:

INTRODUÇÃO: A discussão da oficina teve como questão norteadora

“como atingir a autonomia profissional”?, visando o for-talecimento da construção da identidade do nutricionista.

As temáticas trabalhadas foram: pós-graduação, enti-dades de classe e a construção do projeto pedagógico.

1. Pós-graduação• Percebe-se uma maior inserção do nutricionista nos

Programas de Pós-Graduação (PPG) stricto sensu.• O número reduzido de PPG em Nutrição faz com

que o nutricionista busque sua qualificação em outras áreas fortalecendo a produção científica destas áreas.

SUGESTÕES: • Estimular a pesquisa sobre a identidade profissio-

nal do nutricionista.• Apoiar a categoria, as IES e as entidades da classe para

a criação do Comitê da Nutrição junto ao CNPq/CAPES.• Os eventos científicos promovidos pelas entidades

da classe devem propor à submissão de trabalhos com-pletos (artigo).

• Estimular a formação para docência nos Cursos de PPG (Mestrado).

2. Entidades da classe e a Formação do Nutricionista• Necessidade de um Projeto de Profissão construído

com as representações da classe.SUGESTÃO: • Sugere-se que as entidades da classe ajam no limi-

te do seu campo de atuação.• Retomar a discussão das IES com as entidades

acerca da carga horária mínima, fundamentada na qua-lidade do ensino.

• Promover fóruns permanentes para reunir entidades representativas da categoria, com objetivo de discutir a identidade do nutricionista.

• Realizar um estudo voltado para a identidade do profissional Nutricionista, baseado em BOSI, Maria Lúcia

Magalhães. Profissionalização e Conhecimento: a nutri-ção em questão. São Paulo: Hucitec, 1996.

• Criar um banco de dados de artigos científicos pu-blicados por nutricionistas.

• Sensibilizar os atores da educação em Nutrição para o fortalecimento e a atuação da ABENUT.

3. A construção do Projeto Pedagógico:• Na construção do Projeto Político Pedagógico, ga-

rantir a Atenção Dietética como objeto de trabalho bus-cando a identidade profissional.

• Existe uma constatação da formação acadêmica descolada da realidade da atuação profissional.

SUGESTÃO: • Inserir os profissionais nutricionistas dos serviços na

discussão no Projeto Político Pedagógico de cada curso.• Fomentar a postura política cidadã nos educado-

res, incentivando os discentes a uma consciência políti-ca para a profissão.

• Refletir sobre a adequação das competências es-pecíficas descritas nas diretrizes curriculares, conside-rando o contexto atual.

• Promover fóruns de aprofundamento e discussão de Projetos Político Pedagógicos (PPP) das diversas IES.

4. A construção do Projeto Pedagógico:• Na construção do Projeto Político Pedagógico, garan-

tir a Atenção Dietética como objeto de trabalho buscando a identidade profissional.

• Existe uma constatação da formação acadêmica des-colada da realidade da atuação profissional.

SUGESTÃO: • Inserir os profissionais nutricionistas dos serviços na

discussão no Projeto Político Pedagógico de cada curso.• Fomentar a postura política cidadã nos educadores,

incentivando os discentes a uma consciência política para a profissão.

• Refletir sobre a adequação das competências espe-cíficas descritas nas diretrizes curriculares, considerando o contexto atual.

• Promover fóruns de aprofundamento e discussão de Projetos Político Pedagógicos (PPP) das diversas IES.

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A responsabilidade técnica (RT) exercida pelo nutri-cionista é o compromisso profissional e legal na execu-ção de suas atividades, compatíveis com a formação e os princípios éticos da profissão, visando à qualidade dos serviços prestados à sociedade. O quadro técnico é o conjunto dos profissionais nutricionistas de uma cor-poração, com respectiva relação hierárquica e função.

Conforme a Resolução CFN 419/08 a assunção de responsabilidade técnica deverá ser solicitada pelo nutricionista, através de formulário próprio disponível no site do CRN-2. Para que seja concedida, são avalia-dos critérios dispostos na mesma resolução. Este pro-cedimento é de extrema importância, principalmente a partir da segunda assunção de RT, pois visa garantir condições adequadas para o desempenho da função pelo profissional.

Quando a pessoa jurídica desenvolver atividades em mais de um local – unidades de alimentação e nu-

trição, por exemplo – deverá ser apresentado o res-ponsável para cada um dos locais.

Após a autorização da assunção de RT, o profissio-nal e a empresa firmarão, então, o Termo de Compro-misso (formulário também disponível no site do CRN-2). Este documento deverá ser preenchido com os dados de cada local de atuação, como o endereço e carga horária desempenhada pelo nutricionista no local.

O profissional que deixar de exercer a função de RT ou compor o quadro técnico da empresa deverá comunicar ao CRN-2, por escrito, através de formulário disponível no site.

É importante salientar que todos os trabalhos de-senvolvidos pelo nutricionista em seu local de trabalho devem ser assinados, identificando o profissional com nome, profissão, jurisdição (CRN-2) e número de inscri-ção no CRN, seguido da letra “P” no caso de inscrição provisória.

Fiscalização

O Nutricionista e a Responsabilidade Técnica

Na semana de 13 a 17 de abril de 2009 o CRN-2 realizou a Semana de Interiorização nas regiões de Santiago e São Luiz Gonzaga. Na oca-sião, ocorreu, também, o Encontro de Nutricionis-tas dessas regiões.

As nutricionistas fiscais realizaram visitas fiscais em todas as áreas de atuação do nutricionista nos municípios de São Luiz Gonzaga, Dezesseis de Novembro, São Nicolau, Mato Queimado, Caibaté, Santiago, Itaqui, Maçambará, São Borja, Unistalda, Capão do Cipó, Cerro Largo, Porto Xavier, Porto Lucena, Salvador das Missões e Rolador. O resul-tado da interiorização totalizou 49 visitas fiscais.

No dia 16 de abril, realizou-se o Encontro de Nutricionistas das Regiões de Santiago e São Luiz Gonzaga, com palestra da nutricionista Cíntia dos Santos Costa, sobre Nutrição Esportiva, e da Nutri-cionista Sandra R. Melchionna, sobre a atuação do CRN-2 e atualidades. Durante o encontro, os nu-tricionistas trocaram experiências e conversaram

Interiorização com a equipe do CRN-2, expondo suas expectati-vas, dúvidas e sugestões.

Na semana de 15 a 19 de junho de 2009 a in-teriorização esteve na região de Carazinho e Fre-derico Westphalen. Confira no site a divulgação do Encontro de Nutricionistas desta região.

Encontro da equipe do CRN-2 com profissionais da região propiciou troca de experiências

Foto: Arq

uivo/Divulg

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Capsicum baccatum VAR. pendulum modifica a relação colesterol total/HDL-colesterol e lipoperoxidação em ratos após manipulação perivascular

– O uso da pimenta vermelha como proteção cardiovascularMárcia Keller Alves; Alexandre Pimenta Charcansky; Carlos Eduardo Leite; Henrique Bregolin Dias; Vasyl Custódio Saciura; Sandra Fukada; Jarbas Rodrigues de Oliveira

O aumento no colesterol total (CT) plasmático é conhecido como o maior risco relacionado ao de-senvolvimento de doença arterial coronariana ou aterosclerose, e modifica a relação colesterol total/HDL-colesterol, um importante marcador prognós-tico para doença cardiovascular.

A aterosclerose é caracterizada como um pro-cesso inflamatório, e seu desenvolvimento está relacionado também ao dano oxidativo. A manipu-lação perivascular, promovida por posicionamento de um colar de silicone ao redor da artéria carótida comum, causa uma inflamação local e tem sido utilizada como um modelo de aterosclerose.

O presente estudo foi delineado para avaliar o efeito do extrato da pimenta, descrita por possuir efeitos hipocoles-terolêmicos e anti-lipoperoxidativo, em um modelo animal de inflamação vascular, no que diz respeito a colesterol e HDL-colesterol, bem como parâmetros de oxidação.

Foram utilizados ratos Wistar, que foram pré-tratados com extrato de pimenta (ou salina – grupo controle) duran-te 14 dias antes do posicionamento de colar de silicone ao redor da artéria carótida comum esquerda (manipula-ção vascular) e continuaram sendo tratados após o colar por mais 21 dias. Foi coletado sangue para análise dos parâmetros séricos (TC, HDL, LDL-oxidada e Albumina Modificada pela Isquemia - IMA) e foi realizada histologia da artéria para confirmação de processo inflamatório.

Após 14 dias de tratamento houve uma redução sig-nificativa no CT quando comparado com os grupos con-trole, como mostra a Figura 1A. Os níveis de HDL-c não modificaram com o tratamento (Figura 1B). Consequente

à redução do CT, houve redução do índice aterogêni-co (Figura 1C).

Figura 1: Co-lesterol total, HDL-colesterol e índice aterogênico em

animais pré-tratados. Dados foram expressos como mé-dia ± SEM. *P<0.05 vs. grupo naive. *P<0.05 vs. grupo salina.

As análises histológicas mostraram mudanças mor-fológicas, principalmente na camada adventícia, mas o tratamento com o extrato não modificou a intensidade da inflamação vascular local. Nestes animais, não houve modificação do perfil lipídico ou efeito sobre a IMA após o posicionamento de colar.

Quanto ao perfil oxidativo do processo, houve uma tendência a elevar os níveis de LDL-ox nos ratos opera-dos, provavelmente devido à atividade de radicais livres na resposta inflamatória. A Figura 2 mostra que os ani-mais que receberam o extrato de pimenta (pré-tratamento e pós-colar) tiveram os níveis de LDL-ox mais baixos que o grupo que recebeu salina.

Figura 2: LDL-oxidada em animais operados. Dados foram expressos como média ± SEM. *P<0.05 vs. grupo naive. *P<0.05 vs. grupo salina.

Conclui-se, portanto, que o extrato de C. baccatum teve um efeito hipocolesterolêmico e anti-lipoperoxidativo na fração LDL do colesterol. Também foi capaz de reduzir

o índice aterogêni-co, mostrando que a ingestão de pi-menta vermelha pode prevenir e reduzir fatores de risco de doenças cardiovasculares.

Figura 2Figura 1A

Figura 1B Figura 1C

Foto: Arq

uivo /Divulg

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Terapia nutricional nas lesões de pele com ênfase em úlcera de pressão*

Soraia Abuchaim1

Na terapia nutricional das lesões de pele, que faz parte do tratamento integral para pacientes com lesão, feridas e úlceras de pressão, deve-se dar atenção a quatro princí-pios básicos:

• Aliviar ou eliminar a fonte ou a causa da lesão: é im-portante explorar as razões pelas quais o paciente desen-volveu a úlcera de pressão. Que tipo de superfície de su-porte, seja colchão ou almofada, estava sendo usado?

• Otimizar o microambiente: a ferida precisa ser ava-liada de maneira apropriada, e a melhor terapia tópica selecionada para permitir cicatrização. O tecido necrótico geralmente é removido por um dos métodos de debrida-mento existentes.

• Apoio ao paciente com feridas: o paciente precisa ser avaliado e monitorado quanto à nutrição adequada. Infec-ções locais e sistêmicas precisam ser controladas ou eli-minadas.

• Fornecimento de educação: a educação e os cuida-dos devem ser fornecidos para os funcionários, pacientes e familiares.

Apesar das fórmulas serem aparentemente adequa-das, as deficiências de micronutrientes e a desnutrição marasmática foram evidenciadas em 65% dos pacientes com nutrição enteral prolongada que apresentavam UP, segundo um estudo de Henderson.

Pacientes idosos com úlceras crônicas em membros inferiores, avaliados por Rojas e Phillips, confirmaram as evidências anteriores, pois apresentavam baixos níveis de vitaminas A e E, caroteno e zinco, mostrando que deficiên-cias nutricionais ou o consumo aumentado desses elemen-tos podem interferir no processo de cicatrização.

Estudos recentes comprovam a necessidade de alguns nutrientes essenciais na regeneração tecidual. A terapia nutricional nos pacientes com UP tem crescido, e vários nu-trientes têm recebido atenção especial dos pesquisadores e profissionais da saúde, pois o processo de cicatrização é crucial na recuperação das lesões, na redução da morbi-mortalidade no pós-operatório. Destacam-se estudos so-bre agentes antioxidantes, na prevenção ou redução de danos oxidativos causados pelos radicais livres sobre os tecidos, como os que ocorrem no choque circulatório. Na inflamação, as reações mediadas pela imunidade celular parecem produzir radicais de oxigênio passíveis de produ-zir efeitos deletérios teciduais.

Calorias: as necessidades calóricas encontram grandes variações de acordo com a gravidade das feridas, estágio de cicatrização, co-morbidades, idade, peso, entre outros. Atenção especial deve ser dada a pacientes severamente desnutridos, paraplégicos ou tetraplégicos e idosos.

Proteínas: têm importante papel na cicatrização, viabili-zando a revascularização, a proliferação de fibroblastos, a síntese de colágeno e a formação de linfócitos.

Arginina: sua suplementação pode melhorar a cicatriza-ção e a resposta imune em idosos e voluntários saudáveis. Pode aumentar a síntese de colágeno reparativo em huma-nos, pois é precursora metabólica de prolina, hidroxiprolina e, consequentemente, de colágeno, ou ainda, devido à sua ação estimulante à secreção do hormônio do crescimento, causando um efeito anabólico positivo na cicatrização.

Carboidratos e lipídeos: as calorias fornecidas por car-boidratos e lipídeos possibilitam às proteínas serem des-tinadas para seus fins construtivos e impedidas de se converter em glicose e, consequentemente, energia. As células de defesa do organismo, que serão ativamente na fase inicial de cicatrização, recuperam energia extra para sua ação antiinflamatória e de fagocitose. Os lipídeos são constituintes de membranas celulares e serão bastante exi-gidos devido à intensa replicação celular.

Vitamina A: essencial à diferenciação e proliferação ce-lular, principalmente nos tecidos epitelial e tecido ósseo.

Vitamina E: age como anti-oxidante biológico, contribui na prevenção da oxidação dos fosfolipídeos das membra-nas celulares, mantendo a integridade das mesmas.

Vitamina C: participa na regulação do potencial de óxido-redução intracelular. Na fase inflamatória, atua na função dos macrófagos e neutrófilos, além de ser anti-oxi-dante, protegendo o ferro e o cobre das metaloenzimas.

Zinco: atua no crescimento, replicação celular e forma-ção de colágeno, função fagocitária, imunitária celular e humoral, fertilidade e reprodução.

Magnésio: macro-elemento de sistemas enzimáticos que controlam o metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteínas e eletrólitos, influencia a integridade e transporte da membrana celular.

Outros minerais: cobre, selênio e manganês atuam como co-fatores, ativando algumas enzimas. Parte delas colaboram no processo de cicatrização ou possuem uma ação antioxidante fundamental em pacientes com UP.

Dados da literatura internacional demonstram que a pre-valência de UP em pacientes hospitalizados é de 3 a 17% e alcança 1 a 3% em hospitais para atendimento de casos agudos, sendo esses índices maiores em casas de repou-so. Tais dados variam entre estudos, instituições e países. As UP estão relacionadas com hospitalização prolongada, aumento do custo da assistência médico-hospitalar, com-plicações e aumento da mortalidade e podem servir como reservatórios para bactérias multirresistentes, levando a surtos epidêmicos de infecção hospitalar.

* A bibliografia do artigo poderá ser solicitada pelo e-mail [email protected] Nutricionista, mestranda em Gerontologia Biomédica pela PUCRS, especialis-ta em Nutrição Clínica pela UNISINOS, coordenadora científica da Aminofarma Suporte Nutricional, docente do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica da UNISINOS,UNISC,INSTITUTO DE CARDIOLOGIA, NTR-Cursos de titulação pelo Cinc/Felanpe – Fedarción Latino Americana de Nutrición Parental y Entereal, mem-bro sócia da SBNPE, conselheira do CRN-2.

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O Técnico em Nutrição e Dietética divide com o nu-tricionista a responsabilidade de promover, manter e recuperar a saúde humana através de atividades rela-cionadas à alimentação e à nutrição. Pode atuar nas Unidades de Alimentação e Nutrição, na Saúde Co-letiva e nas Unidades de Nutrição e Dietética.

A todos os Técnicos em Nutrição e Dietética a homenagem e o reconhecimento do CRN-2.Parabéns! 27/06 - Dia do Técnico em Nutrição e Dietética

Foto: Clóvis de Souza Prates/HCPA