O Obreiro e os seu Preparo para a Obra do Senhor

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1 O OBREIRO E O SEU PREPARO PARA A OBRA DO SENHOR (Apostila de estudo com comentário - adaptado) Texto – Base: 2Tm 2.15. UMA PALAVRA Tendo em vista a necessidade de um maior e melhor preparo para desenvolvermos a contento nossas atividades na gloriosa OBRA de nosso Senhor e Salvador Jesus, gostaria de lembrar a quem interessar possa alguns detalhes que achamos bem oportunos. Ei-los: * O texto áureo do obreiro: 2Tm 2.15. Será que todos, temos esse preparo? * Um texto oportuno: João 9.4. Será que estamos trabalhando enquanto é dia? * Dois textos difíceis, porém, práticos: Salmo 15 e Filipenses 2.15. Quem os poderá cumprir? * Três hinos difíceis, porém, práticos: 115, 147 e 515 da H.C. Quem os poderá cantar? * Uma oração difícil, porém prática: o PAI NOSSO – Mt 6.9-13. Quem a poderá orar? * Uma orientação oportuna: Mt 9.37,38. Será que estamos orando pela SEARA? * Um pedido difícil, porém, prático: Is 6.8b. Quem poderá pedi-lo? O autor. ---------------------------------------------------------------------- Introdução. Em todo o tempo pode-se ver, por um lado os crentes fiéis - aqueles que realmente são convertidos em Cristo e estão sempre em todos os tempos preocupados em servir mais e melhor ao Senhor Jesus - e por outro, infelizmente se pode ver o despreparo de muitos; inclusive Obreiros, Ministros outros e até Pastores. Entretanto, necessitamos todos procurarmos nos preparar mais e melhor para a Seara do Senhor! Outrossim, num humilde esforço apresento esta apreciação conscientizadora tendo como único objetivo aumentar o respeito ao próprio Obreiro com relação ao seu modo de vida na convivência perante a igreja e a sociedade. -------------------------------------------------------------------- PRIMEIRA PARTE O BÊ-Á-BÁ PARA O ASPIRANTE AO MINISTÉRIO 1. ACENOS. a) Não acene com as mãos para cumprimentar, apontar ou chamar alguém, pois quem assim proceder estará atra- indo toda a atenção para si e não para Deus. Quem deve ser o centro de todo o culto? 2. AUSÊNCIA/PÚLPITO. a) O obreiro não deve deixar o púlpito durante uma reunião (salvo ao contrário por força maior), despertando cu- riosidade à Igreja, dando muita importância a si mesmo e causando expectativa. Ao subir ao púlpito só deve descer no final da cerimônia, a não ser em caso ou circunstância que possa justificar. 3. ALTERAÇÃO DA VOZ. a) Não grite e tão pouco mude tua voz. Toda e qualquer alteração deve ser conduzida pelo Espírito, isto é, dEle para você e nunca de você para Ele. O Espírito Santo age por Si só e nos usa como vasos Seus. Você conhece al- guém tentando mudar essa ordem? Deus nos guarde! 4. BOAS MANEIRAS. a) O obreiro deve crescer na observação de pequenos detalhes para, depois, ser fiel no muito. Se falharmos nas pequenas coisas, cairemos na realidade do ditado popular que diz: por onde passa um boi, passa uma boiada. A ob- servância das regras, que norteiam o modo de vida cristão, fatalmente trará mais respeito para com a obra divina na face da terra. b) Quanto mais zeloso - sem ser fanático - mais abençoado por Deus o obreiro será recebendo condições pela graça do Senhor, de passar à frente suas experiências que resultam em bênçãos em função de seu temor expresso em seu modo de vida. Coisa da alma! 5. COCHICHO. a) É comum vermos (em algumas igrejas) pessoas cochicharem com obreiros no púlpito e, em seguida caminha- rem no templo levando consigo os olhares curiosos da platéia, desviando a atenção de todos que ficam na expectati- va de algum fato extra-culto.

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Em Resumo segue todas as aptidões que o obreiro deve ter para servir ao Senhor, suas obrigações para o seu chamado

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O OBREIRO E O SEU PREPARO PARA A OBRA DO SENHOR (Apostila de estudo com comentário - adaptado)

Texto – Base: 2Tm 2.15.

UMA PALAVRA Tendo em vista a necessidade de um maior e melhor preparo para desenvolvermos a contento nossas atividades

na gloriosa OBRA de nosso Senhor e Salvador Jesus, gostaria de lembrar a quem interessar possa alguns detalhes que achamos bem oportunos. Ei-los:

* O texto áureo do obreiro: 2Tm 2.15. Será que todos, temos esse preparo? * Um texto oportuno: João 9.4. Será que estamos trabalhando enquanto é dia? * Dois textos difíceis, porém, práticos: Salmo 15 e Filipenses 2.15. Quem os poderá cumprir? * Três hinos difíceis, porém, práticos: 115, 147 e 515 da H.C. Quem os poderá cantar? * Uma oração difícil, porém prática: o PAI NOSSO – Mt 6.9-13. Quem a poderá orar? * Uma orientação oportuna: Mt 9.37,38. Será que estamos orando pela SEARA? * Um pedido difícil, porém, prático: Is 6.8b. Quem poderá pedi-lo?

O autor. ----------------------------------------------------------------------

Introdução. Em todo o tempo pode-se ver, por um lado os crentes fiéis - aqueles que realmente são convertidos

em Cristo e estão sempre em todos os tempos preocupados em servir mais e melhor ao Senhor Jesus - e por outro, infelizmente se pode ver o despreparo de muitos; inclusive Obreiros, Ministros outros e até Pastores. Entretanto, necessitamos todos procurarmos nos preparar mais e melhor para a Seara do Senhor!

Outrossim, num humilde esforço apresento esta apreciação conscientizadora tendo como único objetivo aumentar o respeito ao próprio Obreiro com relação ao seu modo de vida na convivência perante a igreja e a sociedade.

--------------------------------------------------------------------

PRIMEIRA PARTE

O BÊ-Á-BÁ PARA O ASPIRANTE AO MINISTÉRIO

1. ACENOS. a) Não acene com as mãos para cumprimentar, apontar ou chamar alguém, pois quem assim proceder estará atra-

indo toda a atenção para si e não para Deus. Quem deve ser o centro de todo o culto? 2. AUSÊNCIA/PÚLPITO. a) O obreiro não deve deixar o púlpito durante uma reunião (salvo ao contrário por força maior), despertando cu-

riosidade à Igreja, dando muita importância a si mesmo e causando expectativa. Ao subir ao púlpito só deve descer no final da cerimônia, a não ser em caso ou circunstância que possa justificar.

3. ALTERAÇÃO DA VOZ. a) Não grite e tão pouco mude tua voz. Toda e qualquer alteração deve ser conduzida pelo Espírito, isto é, dEle

para você e nunca de você para Ele. O Espírito Santo age por Si só e nos usa como vasos Seus. Você conhece al-guém tentando mudar essa ordem? Deus nos guarde!

4. BOAS MANEIRAS. a) O obreiro deve crescer na observação de pequenos detalhes para, depois, ser fiel no muito. Se falharmos nas

pequenas coisas, cairemos na realidade do ditado popular que diz: por onde passa um boi, passa uma boiada. A ob-servância das regras, que norteiam o modo de vida cristão, fatalmente trará mais respeito para com a obra divina na face da terra.

b) Quanto mais zeloso - sem ser fanático - mais abençoado por Deus o obreiro será recebendo condições pela graça do Senhor, de passar à frente suas experiências que resultam em bênçãos em função de seu temor expresso em seu modo de vida. Coisa da alma!

5. COCHICHO. a) É comum vermos (em algumas igrejas) pessoas cochicharem com obreiros no púlpito e, em seguida caminha-

rem no templo levando consigo os olhares curiosos da platéia, desviando a atenção de todos que ficam na expectati-va de algum fato extra-culto.

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* O OBREIRO deve se manter de maneira digna, pois todos da nave do templo se voltam ao púlpito onde deve residir o exemplo de temor e respeito.

6. COOPERADORES. a) Estes não devem (quando não estiverem no púlpito), formar rodinhas durante a realização de uma cerimônia.

O ideal é que somente uma pessoa fique em cada porta do templo, e, mesmo assim, quando for útil. Devem se portar de forma digna; serem atenciosos, sempre olhando para o pastor, entendendo-o; orando e vigiando; com atenção voltada tanto ao desenrolar do culto como à chegada de visitas.

b) As visitas devem ser apresentadas ao dirigente, após o cooperador tomar seus nomes e todas as informações, anotando-as em letras legíveis, discretamente. A propósito: qual o significado da palavra “cooperador”?

7. CUIDADOS BÁSICOS AO FALAR EM PÚBLICO. a) Não falar sem paletó ou gravata (salvo que esteja autorizado para assim proceder). É falta de respeito ao pú-

blico ou à igreja tirar o paletó (salvo que esteja autorizado para assim proceder). Usá-lo é um costume que expressa ética e respeito.

* Não se deve vestir o paletó no púlpito. Entre já devidamente trajado, demonstrando todo respeito pela presença do Senhor. Não espere para colocá-lo no púlpito. Lembre-se: a Igreja não é nossa casa, mas a casa de Deus.

*Abotoar o paletó (...usá-lo aberto, salvo em circunstâncias ao contrário). b) Não colocar a(s) mão(s) no(s) bolso(s). c) Não levantar ou arrumar as calças ou camisa. d) Não gesticular com exagero. O exagero de expressões e gesticulações causa nervosismo à platéia. e) Distribuir o olhar. Não olhe somente numa direção, como por exemplo: para a Bíblia, ou para cima, ou para

baixo, ou só para frente ou ao pior de tudo, só para o lado das mulheres... O pregador deve ter uma visão ampla de tudo. Quando falar pessoalmente com outra pessoa, olhe em direção ao seu rosto, isto é, em seus olhos. Seja objetivo e demonstre sinceridade e segurança.

f) Não debruçar no púlpito, quando estiver pregando. O pregador deve manter a postura.

8. DIÁCONOS. a) Estes não devem se mover de um lado para outro chamando a atenção para si. É impossível prestar adoração

ao Senhor, com pessoas se movendo na nave do templo ou lugar onde se adora. Em regra geral, nota-se a falta de temor quando um obreiro toma justamente caminhos dentro do culto, que lhe dão notoriedade entre os fiéis. Lembre-se disto: “Convém que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). Um dos casos notados é a entrega de correspondência ou envelopes, em pleno culto.

* Obreiros (Diáconos e Cooperadores) usam da reunião, que deve ser feita exclusivamente a Deus, para satisfa-zer seus objetivos ou descarregar seus afazeres. Todo o sistema de composição da igreja deve ser levado a sério e com todo o temor! Observe isto: “... como prudente construtor... cada um veja como edifica” (1Co 3.10).

9. DICIONÁRIO a) Procure não esquecer quando estudar a Bíblia, em ter ao lado um dicionário da língua portuguesa, pois muitas

palavras obscuras poderão ser esclarecidas através de um bom dicionário. Deus fala pela Palavra e importa que te-nhamos conhecimento para melhor entendê-la, sem confundir letra (Lei de Moisés, que mata...) com letra (conhe-cimento). A própria Palavra nos exorta para não sermos ignorantes (sem conhecimento). Vejamos:

* A ignorância é uma fraqueza - Hb 5.1,2. * A ignorância é vista como irracionalidade (falta de raciocínio ou de razão) - Sl 73.22. * O ignorante critica por não conhecer - 2Pe 2.12; 3.16. b) O OBREIRO deve se livrar da ignorância. A Palavra também exorta o obreiro a estar preparado para defender

a nossa esperança (apresentar a razão da fé) - 1Pe 3.15; Hb 10.23. 10. HIGIENE. a) O OBREIRO deve sempre fazer a barba, cortar o cabelo e estar de unhas e sapatos limpos (salvo ao contrário

em circunstâncias de força maior). 11. LOUVOR AO HOMEM. COMO PODE SER ISTO? VEJAMOS: a) Quanto aos hinos. Eles devem ser entoados a Deus e não aos homens. Não se oferece ou se dedica hinos. É

uma inovação oferecer louvores (hinos) a homens. Fica patente o desconhecimento bíblico, quando se oferece às pessoas que nem mesmo conhecem ao Senhor.

b) Quanto à política. É uma ótima maneira de se fazer política ou média humana. Deus abomina tal ação. Toda a glória pertence a Deus. Ele não divide a Sua glória com ninguém - Is 42.8; 48.11. Observe: como estamos cultuan-do? Deixe os respeitos humanos para outra ocasião!

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12. MODÉSTIA. a) Jesus sempre foi modesto! Ele deu-nos exemplo de humildade, mesmo sendo Deus, Rei dos reis e Senhor dos

senhores. Poderia ter nascido em berço de ouro, uma vez ser Ele o dono do ouro e da prata, no entanto, nasceu numa manjedoura.

b) Seja também discreto, humilde e modesto. Mas o que é modéstia? Moderação; ausência de vaidade; simplici-dade; sobriedade; compostura. Devemos nos guardar de tudo que denigre a imagem de um cristão.

13. MODOS/POSTURA a) Não cruze as pernas no púlpito; procure sentar com postura. Lembre-se que Deus nos observa em tudo - Is

37.28. 14. O PERIGO DAS INOVAÇÕES. a) A preocupação do apóstolo Paulo com os irmãos de Corinto se encaixa perfeitamente dentro de nossa época,

quando alguns estão confundindo a necessidade de renovação espiritual com “inovação humana”. Observe isto: “Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo. Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2Co 11.2,3). Atenção! Todo o cuidado e zelo devem ser priorizados, para não sermos tragados pelo engano do mundo.

15. PORTEIROS. a) Os porteiros não devem chegar em horário avançado, pois ficam sem tempo para orar a Deus, antes de iniciar

suas atividades. b) A porta do templo deve contar com uma pessoa consagrada, pois ali começa a benção do Senhor sobre os que

visitam a casa de oração. Se o porteiro não for espiritual, o inimigo poderá colocar tropeços à sua frente e atrapalhar a operação de Deus a um visitante... Nunca este obreiro deve ir ao seu posto, como em todos os outros, sem a devida oração.

c) Observe isto: a porta não é lugar de bate-papo. Tão somente cumprimente, com toda educação e bom trato, sem, contudo, desviar a atenção do alvo principal: O CULTO A DEUS. Cá entre nós: você sabe de alguém que não entrou no templo, por causa do porteiro?

16. PREPARO/ARRUMAÇÃO DO TEMPLO. a) Bancos e cadeiras devem ser arrumados antes ou após o culto e nunca durante sua realização (salvo alguma

circunstância que justifique). Todo e qualquer movimento e conversa quando alguém estiver orando ou cultuando a Deus servem tão somente para atrapalhar.

17. PÚLPITO. a) O púlpito deve ser temido e respeitado como um lugar sagrado, onde somente santificados (separados) ao Se-

nhor devem tomar parte. O local não deve ser vulgarizado com a presença de outros que não sejam OBREIROS do Senhor.

b) Do púlpito, não devem participar políticos, sejam eles evangélicos ou não (salvo se alguém for obreiro...). 18. RESPEITO AO PASTOR. a) Trate teu pastor com o devido respeito. Não o tenha como uma pessoa comum, a ponto de faltar com o respeito

e consideração ao cargo e representatividade que ocupa. b) Quando se dirigir a ele diretamente, ou falando de sua pessoa para outrem, não esqueça de tê-lo como PAS-

TOR, sempre colocando sua função à frente de seu nome. Nunca diga: “fulano de tal”. Diga: “pastor fulano de tal”. Cá entre nós: o devido tratamento acima, deve ser só para os senhores pastores ou também para com os demais o-breiros? O que você acha?...

19. RESPEITO AO TEMPLO. a) Ao saudar alguém e/ou receber um obreiro ou visitante, nunca diga: fique à vontade, ou, sinta-se como estives-

se em sua casa. Grande engano! Eis o por que: * Primeiro: o templo do Senhor não é lugar para ninguém ficar à vontade. * Segundo: a igreja não é casa de homens; mas sim, casa de Deus - o lugar apropriado para se cultuar a Deus -

portanto, deve ser respeitado como tal, desde a entrada até a saída. 20. SAGRADO/PÚLPITO. a) Não troque conversa no púlpito, principalmente sobre coisas particulares (salvo em alguma circunstância que

possa justificar...). Espere o final do culto, desça do púlpito e vá tratar daquilo que é meramente humano...

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21. SAÚDO. a) Na saudação, lembre-se que a palavra SAÚDO/SAÚDA, tem acento agudo, como a palavra SAÚDE. Portanto,

diga: SA-Ú-DO os irmãos! E não SAUDO (saldo), que pode significar resto ou sobra, como “saldo de retalhos”. 22. TÍTULOS NA BÍBLIA. a) Atenção: os títulos de passagens bíblicas não são inspirados, ou seja, não fazem parte do cânon bíblico (inspi-

ração), pois, originalmente a Bíblia foi escrita em seqüência sem nenhuma divisão; capítulos e versículos, vieram depois, para facilitar o estudo e manuseio de seus respectivos livros. Um exemplo: em Lucas 16.19-31, versão “ARC”, lê-se “a parábola do rico e Lázaro”; na versão “ARA”, não; mas, sim, “o rico e Lázaro”.

23. VIGILÂNCIA. a) Quando adentrar ao templo deve-se “guardar o pé” para não chamar a atenção para si. O barulho de sapatos é

um sério problema. b) Ao tomar assento ao púlpito, saúde a todos de uma só vês com um aceno: ou de mão, ou com a cabeça. O ideal

é deixar os cumprimentos para depois do culto (salvo alguma circunstância em que se faça necessário...). Obs.: a-perta-se a mão de todos, igualmente, ou dá-se um aceno geral.

c) Após a leitura da Bíblia, deve-se fechá-la, e se voltar em atenção ao pregador. É deselegante continuar lendo enquanto alguém fala, a não ser que esteja acompanhando a leitura.

d) Não converse no recinto da Igreja e muito menos no púlpito (salvo em circunstância em que realmente seja necessário...).

e) Não ande e não aponte durante o culto (salvo nalguma circunstância em necessário...). Seja sempre discreto quando estiver no púlpito. Não chame a atenção para si. Observe bem isto: “Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento” (Pv 3.13).

f) Não conversar, rir ou andar no púlpito (salvo alguma circunstância que se faça necessário). g) Não pentear cabelos, limpar as unhas ou as orelhas no púlpito (salvo alguma circunstância, se realmente ne-

cessário...).

24. VISITA EM HOSPITAL. a) Atenção! Algumas portas têm sido fechadas por pressão humana; outras, em função da falta de preparo de

OBREIROS quando realizam visitas. No caso de hospital, é uma constante. Como lugar onde deve reinar silêncio, devemos ter o máximo de cuidado.

b) O obreiro deve submeter-se às regras de determinados órgãos e entidades, dando testemunho. No caso de uma visita a um doente, respeite a lei do silêncio e ore em voz baixa. Deus nos ouve mesmo quando falamos baixinho. A altura da voz ou sua entonação não vai fazer com que o Senhor ouça nem mais, nem menos.

c) Não dificulte a entrada, perante outras pessoas que sabem como se deve proceder. No caso de impedimento, convença a diretoria do hospital com temor e respeito a superiores do local, sobre os direitos constitucionais que permitem a assistência religiosa a um doente, principalmente quando este pede.

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SEGUNDA PARTE

MANDAMENTOS PARA SE COMUNICAR

1. CHAMAR AS PESSOAS PELO NOME QUANDO ENCONTRÁ-LAS. a) A música mais suave para muitos ainda é ouvir seu próprio nome. É antiético usar alguém como exemplo para

algo errado, utilizando-se do seu nome ou dando a impressão de que esta pessoa estará a ouvi-lo nessa hora. Alguém já falou que “púlpito não é fortaleza para esconderijo de covardes”.

2. FALAR COM AS PESSOAS. a) Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação sincera e alegre. Muitos repetem saudações

anteriores, vazias e que não demonstram sinceridade.

3. GESTOS ADEQUADOS. a) O pregador inteligente sabe locomover-se no tablado e como acompanhar suas palavras com gestos adequados.

Sua mímica é uma decorrência do seu maior entusiasmo e da sua capacidade de transmitir. A inspiração do Espírito Santo sobre a sua mensagem não produz rebuliço no auditório, antes o predispõe a ouvi-lo com boa vontade e a aca-tar a sua pregação como necessária e produtiva.

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4. GESTOS NECESSÁRIOS. a) Não vamos ao excesso de dizer que os gestos não são necessários ao pregador. Realmente, eles fazem parte da

homilética. A gesticulação adequada auxilia na transmissão da mensagem e na sua compreensão pelo auditório: * Quando o pregador faz uso da retórica, falando no céu, nas planícies verdejantes do Salmo 23, no ambiente es-

piritual descrito por Isaias 6, nas terras escolhidas por Ló - na sua dissidência com Abraão - e nos lírios do campo descritos por Jesus no sermão da Montanha, então ele pode empregar a mímica descritiva, acompanhando suas pala-vras com gestos alusivos. Pode até mesmo movimentar-se no tablado, se o microfone for móvel ou movível, o que não prejudicará a audição dos assistentes.

* Se ele tem que citar números, ele poderá fazê-lo contando nos dedos como forma descritiva e empregar outros usos que a homilética admite.

b) Não esperamos que o pregador porte-se diante do auditório com gestos afetados e falando quase inaudivelmen-te para não ferir os ouvintes. Por exemplo:

* Não saem do lugar, não se movimentam, não sabem o que fazer com as mãos. * Não movem a cabeça de um lado para outro, mas reviram os olhos para saber se lhes prestam atenção. Parecem

perfeitos (?). São do tipo pregador “clube do chá”, que a igreja ouve entre um cochilo e outro. 5. PREOCUPAR-SE EM SER CLARO NAS MENSAGENS. a) Uma boa sugestão para avaliar se estamos sendo bem entendidos durante uma mensagem é fazermos algumas

perguntas ao público, tais como: * Como vocês estão me entendendo? * Estão acompanhando o raciocínio? * O assunto está claro? 6. PREOCUPAR-SE COM A OPINIÃO DOS OUTROS. a) São características de um bom líder: * Ouvir. * Saber elogiar. * Aprender com os outros. 7. SER AMIGO PRESTATIVO. a) Se você quiser ter amigos, seja amigo também. Lembre-se que Jesus possuía grandes amigos que o seguiam

sempre. 8. SER CORDIAL. a) Fale e aja com toda sinceridade. Tudo o que você fizer faça com todo o prazer. 9. SER GENEROSO AO ELOGIAR E DEMASIADAMENTE CAUTELOSO AO CRITICAR. a) Os obreiros aprovados elogiam! Sabem: encorajar; dar confiança; elevar os outros. 10. SORRIR PARA AS PESSOAS. a) Lembre-se que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir. Um obreiro simpático é

mais agradável para ser ouvido que um obreiro “carrancudo” e “antipático”.

11. SER SINCERAMENTE INTERESSADO PELOS OUTROS. a) Um OBREIRO APROVADO deve ter compaixão com todos. Cristo chorou ao ver o túmulo de seu amigo Lá-

zaro. b) Não toque trombeta diante dos outros quando alguém for ajudado por você. A compaixão sincera pode realizar

grandes milagres na obra do Senhor! --------------------------------------------------------------------

TERCEIRA PARTE

ERROS COMUNS A SEREM EVITADOS 1. CACOETES. a) Movimento ou contrações repetidas e involuntárias de músculos; tiques...

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2. COPIAR O MODELO DE OUTROS PREGADORES; POIS NUNCA DÁ CERTO. a) Seja você mesmo. O problema começa quando você quer ser o que não é... 3. ERROS DE ORTOGRAFIA. AO FALAR, PRONUNCIE AS PALAVRAS COM EXATIDÃO. a) É importante também observar o nível cultural do público. b) A mensagem não pode ser “muito sábia”, a ponto de ninguém entendê-la; nem “muito pobre”, a ponto de des-

prezarem-na. 4. EXCESSO DE ANSIEDADE. a) Não saber onde colocar as mãos; não saber em que direção olhar; gaguejar; etc. 5. GESTOS DESNECESSÁRIOS. a) O avivamento na igreja não é provocado pela gesticulação, nem pela altura da voz que o orador emprega em

plenário. O avivamento é realizado pelo Espírito Santo, de acordo com as verdades exegéticas que a mensagem con-tém. Há pregadores que acham que a manifestação da igreja diante da pregação se deve à sua eloqüência e à sua gesticulação. Às vezes, uma palavra dita em voz natural e desacompanhada de gestos faz a igreja alegrar-se.

6. GÍRIAS. a) Linguagem corrompida. Linguagem de malfeitores, malandros, etc. 7. INICIAR A FALA COM JUSTIFICATIVAS: NÃO SEI FALAR, NÃO SOU PREGADOR, ETC. a) Cá entre nós: você sente-se bem ouvindo um pregador com essas justificativas? Alguém um dia disse que “dá

vontade de pedir para tal pregador descer do púlpito...”. 8. ORAÇÕES LONGAS NO PÚLPITO, ANTES DE ENTREGAR A MENSAGEM. a) Orar demasiadamente indica que você orou pouco antes de esboçá-la em casa. 9. RESMUNGOS. a) Má pronuncia, e, ao pior, com mau humor.

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QUARTA PARTE

REGRAS BÁSICAS PARA A BOA PREGAÇÃO

1. QUANTO AO ASSUNTO. a) Basear-se em fatos bíblicos. b) Dominar o assunto. c) Separar os fatos interessantes, mas sem exageros. d) Durante a fala (sermão), corresponder ao seguinte: * Que (?). * Por que (?). * Como (?). * Quando (?). * Onde (?). 2. QUANTO AO AUDITÓRIO. a) Qual o público (?). b) Qual o seu interesse (?). c) Qual sua cultura (?). 3. QUANTO ÀS MÃOS E BRAÇOS, NÃO SE RECOMENDA: a) Mãos no bolso. b) Braços cruzados. c) Corpo apoiado sobre a mesa ou cadeira. d) Dar socos na mesa ou tribuna. e) Gesticulação exagerada.

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f) Alguns recursos permitidos, desde que sem exageros: * Estalar os dedos. * Acenar com a mão. * Levantar ambas as mãos. * Bater palmas.

4. QUANTO AO OLHAR, NÃO SE RECOMENDA: a) Fixar-se em um só ponto ou objeto. b) Fixar-se numa determinada pessoa. c) Vacilar o olhar, como quem procura algo... * O ideal é olhar paulatinamente para o auditório, procurar olhar as pessoas nos olhos, mas sem fixá-las muito

tempo. 5. QUANTO ÀS PALAVRAS. a) Acessíveis ao público. b) Evitar termos técnicos, abreviaturas e termos estrangeiros. c) Correção lingüística. 6. QUANTO À POSTURA, NÃO É RECOMENDADO: a) Rígida e morta. b) Negligente (encostado e torto). c) Movimentando-se com exageros. * O ideal é estar em pé, com naturalidade...

7. QUANTO À SEQUÊNCIA. a) Captar a atenção desde o início. b) Manter a expectativa e a curiosidade. c) Somente citar casos relacionados com o assunto. * O que é um alvo?...

8. QUANTO AO TIMBRE DE VOZ, DEVE-SE EVITAR: a) Eloqüência exagerada. b) Monotonia. c) Repetir a mesma ênfase. d) Pausas acentuadas. e) Falar o tempo todo no mesmo timbre: Lento. Rápido. Gritando com energia. Etc. * O ideal é: falar com clareza, ou seja, boa pronúncia. Efetuar variação na cadência (regularidade de movimentos

ou de sons; compasso, ritmo), entonação e energia, ou seja: de repente, baixo e lento; de repente, alto e com energia. --------------------------------------------------------------------

QUINTA PARTE

A INFLUÊNCIA DO ENSINO TEOLÓGICO NA FORMAÇÃO DO OBREIRO 1. QUANTO À NECESSIDADE DO ENSINO TELÓGICO. a) De 30/35 anos para cá, a igreja tem tido um crescimento numérico espantoso, o que tem feito com que a nossa

liderança venha a pensar seriamente sobre a educação cristã em todos os níveis. É claro que para isto terá que des-pertar professores de todas as áreas para o estabelecimento curricular ajustável à igreja, e à sua formação eclesiástica genuinamente bíblica. A igreja passa por momentos de seleção de pregadores e ensinadores que manejem bem a espada, e conduzam os crentes dentro da realidade bíblica cultural.

b) Conta-se de certo pastor, em certo Estado brasileiro, que depois de ter sido empossado numa igreja, foi convi-dado pelo prefeito da cidade para uma entrevista de interesse principalmente da igreja. Ao ser entrevistado, aquele prefeito solicitou do pastor três datilógrafos que possuíssem o 2º grau para exercerem cargos de confiança. Desco-nhecendo o nível intelectual de seus membros, o pastor recém empossado voltou radiante para casa e esperou pelo culto à noite. Reuniu aproximadamente trezentas pessoas, e apresentou- lhes as vagas oferecidas pelo prefeito. Des-cobriu então, que não havia um só capaz de assumí-las; diante disso, tomou a iniciativa de montar uma escola para a igreja.

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Queremos com isto, alertar que sem curso teológico o indivíduo não poderá acompanhar o nível intelectual do mundo; e, se obreiro não tiver conhecimento bíblico sistemático encontrará, certamente, sérias dificuldades para ministrar à igreja. Se a nossa liderança tomar posição frente às exigências de uma formação teológica para o exercí-cio ministerial, estará coibindo abusos, desastres e escândalos, que muitas vezes ocorrem com pessoas desprepara-das. Creio no propósito de Deus para o crescimento de escolas e seminários, responsáveis pela formação de homens capazes de exercer as suas funções ministeriais. Observe-se o seguinte:

* Para aquele que Deus chamou para o ensino, que haja dedicação ao ensino. * Para aquele que Deus chamou para o evangelismo, que divulgue a semente do evangelho. * Para aquele que Deus chamou para pastorear, faça- o com cuidado, levando o rebanho às águas tranqüilas e de

refrigério. c) A realidade é que os líderes e pregadores do século XXI estão se preparando para enfrentar os últimos momen-

tos da Igreja aqui na terra. Hoje contamos com escolas de preparação para missionários, as quais oferecem treina-mento transcultural periódico ao obreiro que vai trabalhar como missionário em outros países.

2. QUANTO À CULTURA RELIGIOSA. a) O ensino teológico tem por objetivo facilitar o desenvolvimento de pessoas, grupos, líderes e professores. É

um processo que dura toda vida. A cada momento surgem novidades que exigem boa dose de conhecimento, desco-berta e aptidão. Que todo saber seja adquirido com humildade, sinceridade e de coração para o serviço especial de Deus aqui na terra! Observando adequadamente o que o apóstolo Paulo diz em Efésios 4.11-13, temos aqui o conte-údo programático dos obreiros, cujos graus são destacados ministério por ministério. A atuação e formação de cará-ter se modificam quando somos treinados nas escolas teológicas, seminários e cursos especiais.

3. QUANTO A FORMAÇÃO DO OBREIRO. a) O advogado, por exemplo, após estudar quatro anos, tem mais um ano de estágio para exercitar-se nas leis e no

exercício de sua profissão. O médico, o engenheiro e outros profissionais liberais também passam por este processo. Por que não com aqueles que exercem o ministério da Palavra, considerada a ciência de Deus para os homens? Por que não aperfeiçoar os conhecimentos teológicos em função do exercício ministerial?

b) O conhecimento teológico é considerado o conhecimento de Deus, através do qual as escolas teológicas ensi-nam a hermenêutica, a homilética, a cultura religiosa, entre outras. Observe isto:

* A hermenêutica é a arte de interpretar textos e divisões de versículos em assuntos e conteúdos. * A homilética é a arte de falar, pregar e ensinar. A cultura religiosa é o conhecimento da história da igreja e de

seitas e heresias. c) Em suma, como poderá chegar ao conhecimento de tais assuntos, sem a teologia? É aí que entra o valor e a

contribuição da teologia na formação do obreiro. 4. ATÉ QUE PONTO É IMPORTANTE PARA O OBREIRO CURSAR TEOLOGIA? a) Já se ouviu, no púlpito - o que é de se lamentar - alguns pregadores afirmarem que os estudos teológicos são

desnecessários. Eles consideram que Deus dará a palavra; que é só abrir a boca. Tais colocações são equivocadas. Temos que acabar com as desculpas de preguiçosos, que além de não se reciclarem, passam essa mensagem errada para os seus discípulos/ouvintes. Não quero dizer que a chamada especial para o ministério é só para teólogos, pois Deus chama qualquer um. Entretanto, quem é escolhido precisa crescer no conhecimento através do estudo, da pes-quisa, da leitura de bons livros e de cursos em escolas bíblicas. O pregador não deve se limitar apenas em preparar belos sermões, mas deve adotar um método que contribua para o crescimento intelectual e espiritual da igreja. Ob-serve isto:

* Quanto mais o obreiro se dedicar ao estudo, mais ele ampliará as dimensões do seu ministério. * Quanto maior conhecimento ele tiver, maior variedade terá. Quanto mais habilidade, mais sucesso no trabalho

administrativo na pregação da Palavra. Quando Pedro disse “crescei na graça e no conhecimento” (2Pe 3.18), ele deixou claro que o pregador só terra êxito se as duas coisas crescerem juntas.

b) É preciso equilíbrio! O conhecimento não pode ofuscar a espiritualidade do obreiro, mas servir de benefício na Obra do Senhor. O crente e mui especialmente o pregador deve buscar as duas coisas - espiritualidade e intelectuali-dade - e saber conciliá-las. Muitos condenam o estudo teológico, alegando falta de tempo, dizendo que ficar em uma sala se aula iria prejudicar a obra que precisa ser feita. Mas para quem quer algo, tudo é possível. É imprescindível organizar o tempo dedicado ao estudo, de tal forma que, na balança, o peso da intelectualidade e o da espiritualidade esteja bem equilibrado.

c) Importante: você conhece as 10 BEM AVENTURANÇAS DO OBREIRO? Ei-las: 1) Bem-aventurado O OBREIRO que sempre estuda e aprende mais. Sempre terá alimento novo e fresco para

seus ouvintes sem ter que sempre repetir as mesmas coisas. 2) Bem-aventurado O OBREIRO que dosa seus gestos e emoções. Não se cansará tão facilmente e atrairá mais

atenção para a mensagem da Palavra de Deus, do que para si mesmo.

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3) Bem-aventurado O OBREIRO que no preparo e entrega de seus sermões, sempre depende da inspiração e do poder do Espírito Santo. Verá a benção do senhor na frutificação do seu ministério, em forma de salvação de almas e edificação da Igreja.

4) Bem-aventurado O OBREIRO que sempre cuida do seu descanso físico e mental. Fazendo assim cuidará da sua saúde e prolongará a sua vida pregando a Palavra de Deus. Mas preste atenção: isso não significa que ele se en-tregue à preguiça, dormindo de dia e descansando de noite.

5) Bem-aventurado O OBREIRO que para pregar a Palavra de Deus se prepara tanto diante dos homens como di-ante de Deus. Assim fazendo, cumprirá seu ministério de modo confiante, esperançoso e frutífero.

6) Bem-aventurado O OBREIRO que chega cedo à Casa de Deus. Fazendo assim estará dando um bom exemplo. 7) Bem-aventurado O OBREIRO que controla sua voz diante de um microfone. Assim fazendo conseguirá termi-

nar seu sermão sem perdê-la, e o povo não virá a sofrer de surdez. 8) Bem-aventurado O OBREIRO que não se entrega à vaidade e ao orgulho, mas sim, humildemente se mantém

ao pez do Senhor, recebendo dele graça e unção para exercer seu ministério. Auditório algum suportará por muito tempo um pregador arrogante e presunçoso.

9) Bem-aventurado O OBREIRO que fala pouco, controlando sua língua e sua mente. Será sempre convidado a voltar aonde quer que pregue.

10) Bem-aventurado O OBREIRO cuja família o ajuda, obedecendo, orando, portando-se convenientemente e cooperando em todos os sentidos, diante da igreja e diante do Senhor. Assim sendo, por certo obterá tranqüilidade, sossego e confiança para cuidar do seu ministério.

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SEXTA PARTE

O OBREIRO E O CIVISMO

1. UMA COLOCAÇÃO NECESSÁRIA. A tendência natural do obreiro cristão de espiritualizar demasiadamente

a sua vida e as suas atividades, muitas vezes o tem alienado de realidades perfeitamente harmônicas com a vida de obreiro e ministro de Cristo. Esta tendência lhe tem feito acreditar que não há porque dar provas dum autêntico pa-triota quando já está ocupado com a sublime tarefa de salvar e conservar almas. Desculpem- nos os que assim pen-sam, mas o que estão fazendo é dando prova de que lhe tem faltado a capacidade de estabelecer prioridades. Como OBREIROS de Cristo a nossa responsabilidade prioritária insiste em vivermos para Ele e servi-lo fielmente enquan-to vivermos; esta, porém, não é a única responsabilidade que temos. Temos outras responsabilidades, que não obs-tante menores, são importantíssimas, como por exemplo, os nossos deveres para com a Pátria. Evidentemente, somos cidadãos dos céus, mas também somos cidadãos do Brasil. Assim sendo temos o dever de conhecer e obedecer às leis da nossa Pátria. Do obreiro cristão -neste caso o pastor- espera-se a iniciativa no sentido de que a sua respectiva igreja possua uma Bandeira Nacional, para uso nas suas festividades, tais como: inaugurações, convenções, congres-sos, etc., ou para tê-la hasteada nos principais feriados nacionais, como sejam: 07 de Setembro, dia da Proclamação da Independência; 21 de Abril, dia de Tiradentes; 15 de Novembro, dia da Proclamação da República; 19 de novem-bro, dia da Bandeira. Se o obreiro tem dificuldade para encontrar alguém que a confeccione no tamanho estabelecido por Lei, pode encontrá-la à venda em livrarias, ou mesmo em lojas de materiais esportivos.

a) Quanto ao Hino Nacional, o ideal seria que todo obreiro cristão o conhecesse e soubesse cantá-lo, afinal de contas, é o hino da sua Pátria. O Hino Nacional ao ser cantado por civis deve ser cantado respeitosa e reverentemen-te sempre na posição de sentido e com a mão direita sobre o coração.

b) Quanto ao uso dos símbolos formados pelas Armas Nacionais e Selo Nacional, são de uso restrito às For-ças Armadas e aos órgãos federais.

c) Quanto à Constituição Federal, dentre os livros que compões a biblioteca do obreiro cristão, não deveria fal-tar um exemplar da Constituição federal. Possuindo-a e lendo-a, o obreiro terá a necessária facilidade de consultá-la e nela destacar os seus direitos e responsabilidade. Isto é importante principalmente para os obreiros que trabalham em pequenas cidades do interior, onde muitas das vezes, alguém desautorizado faz-se de autoridade para tentar im-pedir a marcha do evangelho.

d) Quanto ao acato às Autoridades, o obreiro cristão tem o dever mínimo de conhecer os nomes do Presidente da República, do Governador do seu Estado, e do Prefeito da sua cidade.

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SÉTIMA PARTE

O CUIDADO COM A LINGUAGEM 1. UMA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE. Quanto melhor afinado estiver o instrumento, mais suave será a mú-

sica que ele produzirá. Assim também acontece com o obreiro cristão: quanto melhor puder expressar a sua mensa-gem, mais valerá a pena ouvir o que ele diz. O obreiro deve saber que, para se desincumbir do ministério que Deus lhe deu, é necessário que ele tenha não apenas boas intenções e zelo pela obra do Senhor; ele precisa, sobretudo, realizar esta obra, dando para isso o melhor de si, o melhor de seus interesses, o melhor de seus talentos e o melhor da sua inteligência. E, para canalizar tudo isto em benefício do reino de Deus, o obreiro precisa estar atento ao convi-te que a sabedoria faz – Pv 8.17 (ARC). Se o obreiro deseja se mostrar aprovado diante de Deus e dos homens, de nada tendo do que se envergonhar é imprescindível que ele adquira toda a instrução possível e absorva o máximo do que os mestres e os livros possam lhe ensinar; extraindo deles todo o conhecimento possível, e com eles se ocupando todo o tempo disponível. O obreiro deve se esforçar para aprender tudo o que puder, porque a falta de instrução pode ser um tropeço no exercício do ministério até mesmo dos mais santos homens de Deus. Vejamos:

a) O uso correto da gramática. O fato do obreiro não possuir um bom nível de escolaridade, não deve se consti-tuir motivo para que ele se dê ao descuido e até ao abandono da sua cultura. Isto é grave no ministério. O obreiro pode achar que já é tarde demais para aprender determinados princípios de linguajem? Pelo contrário, ele deve pro-curar de alguma forma compensar o tempo perdido lendo bons livros, jornais e revistas, pois em geral o hábito da leitura constante gera maior habilidade e segurança no falar. Além da necessidade de cultivar o hábito da leitura, não deve faltar na biblioteca do obreiro um bom compêndio (resumo... síntese/composição) de gramática, que podem ser encontrados por preços módicos nas livrarias que vendem material didático do Ministério da Educação e Cultura (MEC). Lembre-se que o conhecimento de gramática não faz mal a ninguém! Por não observar determinados princí-pios quanto à linguagem, muitos dos nossos obreiros estão sujeitos àquela horrível troca de “L” por “R” e outros erros de pronúncia, acarretando danos ao seu próprio ministério, além de muitas outras impropriedades lingüísticas, que podem ser cometidas no púlpito e fora dele, as quais correm por conta do obreiro. Ele é quem tem que cuidar disso. Conta-se de certa jovem que poderia se converter porque parecia estar impressionada com o discurso do obrei-ro. Desagradou-lhe, porém, o seu modo de pronunciar certas palavras, suas constantes omissões de letras e trocas de outras, bem como outros erros de construção gramatical como fazem os indoutos. Enquanto isto, a sua atenção foi desviada da verdade para os erros de linguagem do pregador. Lamentável!

b) Uma desculpa descabida. Talvez você diga que tenha conhecido algum obreiro que falava sem nenhum cui-dado com a gramática e que, entretanto, teve sucesso no seu ministério... Pois bem, esta desculpa torna-se injustifi-cável quando você atinar para o fato de que o povo do tempo daquele obreiro também ignorava a gramática, de mo-do que isso não tinha muita importância. Agora, porém, quando todos freqüentam a escola, se vêm nos ouvir, será lastimável se a mente deles for desviada das verdades solenes em que gostaríamos de fazê-lo pensar, só por estarmos usando uma linguagem descuidada e inculta. Sabemos que mesmo uma pessoa com pouca instrução pode receber a benção de Deus; mas a sabedoria nos diz que não devemos permitir que a nossa falta de instrução viesse impedir o evangelho de abençoar os homens. O OBREIRO APROVADO é um homem livre de inibições, podendo, portanto, manejar bem a palavra da verdade - 2Tm 2.15; Ef 6.17.

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OITAVA PARTE

O QUE O OBREIRO DEVE EVITAR?

Observação: reconhecemos que muitas coisas devem ser evitadas. No entanto, por exigüidade de espaço, acha-

mos por bem destacar apenas aquelas principais coisas que o obreiro deve evitar, se é que não quer ser taxado de “medíocre (que não é bom nem mau; sem relevo; vulgar)” quanto à cultura, por aqueles que lhe ouvem principal-mente enquanto está de posse do púlpito. Ei-las:

1. CACOETES E GESTOS EXTRAVAGANTES. a) Evitar demasiada afetação da voz. b) Evitar o demasiado uso do lenço para enxugar o suor do rosto, ou a saliva presa aos lábios. c) Evitar enterrar as mãos nos bolsos da calça ou paletó. d) Evitar o posicionamento indiscreto das mãos. e) Evitar fazer da mensagem que prega uma armadilha para os seus ouvintes.

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f) Evitar truques em forma de gracejos ante a sua congregação. Exemplo: se Jesus vier hoje, os irmãos ficarão a-legres? (...só para ver se a congregação responderá “ficaremos”), então o pregador dirá: “pois eu subirei alegre”.

g) Evitar apoiar os cotovelos no púlpito. h) Evitar bater no púlpito com as mãos ou com a Bíblia. i) Evitar dar as costas para a multidão, constante e demoradamente como quem está conversando com os demais

obreiros que estão sentados no púlpito. j) Evitar apontar para o céu quando estiver falando sobre o inferno que é para baixo. l) Evitar apontar para baixo quando tiver de falar a respeito do céu que é para cima. m) Evitar apontar o dedo em direção de pessoas da congregação, principalmente daqueles que estão sentados ao

púlpito, fazendo-os personagens das ilustrações que porventura venha a usar. Isto às vezes tem deixado à pessoa a quem se dirige, em terrível situação. Conta-se de certo obreiro que enquanto pregava sobre a conversa que o Senhor teve com Satanás a respeito da pessoa de Jó (Jó 1,2), todas as vezes que queria enfatizar as palavras do Senhor a Satanás, apontava o dedo bem no nariz de outro obreiro sentado ao púlpito ao seu lado, e falava como se fosse o Senhor, enquanto que aquele outro obreiro era colocado no papel de Satanás. Quando a congregação descobriu o que estava acontecendo, começou a sorrir, deixando o obreiro em difícil situação.

2. NOMINAÇÕES TROCADAS (ERRADAS) SOBRE “LIVROS” E “EPÍSTOLAS”. a) Tem se tornado muito comum se ouvir pregadores se referindo a livros do Antigo Testamento, como por e-

xemplo: 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, e 1 e 2 Crônicas, usando o ordinal “primeira” ou “segunda”, quando o correto é “primeiro” e “segundo”, já que se refere a livros mesmos e não a epístolas como as do Novo Testamento. (Ex.: pri-meiro Samuel, Segundo Crônicas, etc., etc.).

b) O mesmo acontece com relação às epístolas, como sejam 1 e 2 Coríntios, 1 e 2 Tessalonicenses, 1 e 2 Timóteo, 1 e 2 Pedro, e 1, 2 e 3 João. O correto não é “Primeiro” Coríntios, “Segundo” Tessalonicenses, ou “Terceiro” João; mas “Primeira aos Coríntios”, “Segunda aos Tessalonicenses”, e “Terceira de João”; já que se refere a epístolas ou cartas, especificamente, e não a livros.

3. O PROBLEMA DAS DÍVIDAS. a) Muitos que aparentavam serem bons obreiros naufragaram devido à incapacidade de administrar suas finanças.

Uns tornaram-se avarentos, fazendo da aquisição do dinheiro a razão maior da sua vida, enquanto que outros se a-proveitando do crédito fácil que o comércio lhes oferecia, contraíram dívidas além das suas possibilidades. O crédito do homem é como um pântano em que ele pode submergir e perecer facilmente. Por ignorar isso há pessoas que parecem intoxicadas ou anestesiadas quando começam a comprar a crédito, que de tão cheios de dívidas só acordam quando informados que seus títulos foram protestados ou já têm os seus nomes na lista negra do serviço de proteção ao crédito. Todos nós estamos sujeitos a isto, quer queiramos ou não; somos parte dessa sociedade de consumo. Po-rém, para o bem do obreiro e também da igreja à qual serve, o ideal seria que o obreiro evitasse comprar a crédito, ou que, nunca comprasse além das suas reais possibilidades de pagar.

4. VÍCIO DE LINGUAGEM. a) Evitar proferir as expressões “glória a Jesus” e “aleluia”, a cada minuto da sua mensagem; se isto lhe parece

prova de espiritualidade, para seus ouvintes vai parecer que não tem outra coisa para dizer. Estas duas expressões, marcas da mensagem genuinamente pentecostal, são belas, mas quando ditas no momento apropriado, como expres-são de adoração a Deus, saídas do nosso espírito e não por uma questão de costume. Cá entre nós: você já viu algu-ma coisa deste tipo? Pois eu, já! Lembro-me de um preletor que em 50 minutos de sua mensagem, disse mais de 120 (cento e vinte) aleluia; glória...; louvado...; etc.

b) Evitar no final da oração dizer: “... em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”; pois em nenhum lugar da Escrituras somos ensinados a orar em nome da Trindade, mas sim, em nome de Jesus. Se alguém pede algo em nome da Trindade, a quem está pedindo? Pense nisso!

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NONA PARTE

O OBREIRO E A SUA CULTURA

Observação: vivemos num mundo de constantes mutações. Aquilo que até há pouco tempo era moda do dia, hoje

se tornou simplesmente obsoleto (que caiu em desuso; antiquado). Evidentemente isto envolve fatos que o obreiro em Cristo precisa encarar realisticamente. Observe o seguinte:

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1. CHOQUE CULTURAL. a) Em decorrência da constante mudança de valores culturais, grande parcela do ministério da nossa Igreja no

Brasil, tem sofrido grande impacto diante das constantes exigências de mudanças na sua forma de pensar e de agir, quanto aos valores culturais. Este estado de coisas tem se mostrado mais conflitantes porque nos tem sido difícil admitir que ainda que a igreja continue a mesma, os tempos mudaram. Até a poucos anos, quando a capacidade de pesquisa nos era limitado pela natural falta de recursos, quando só pessoas reconhecidamente ricas podiam prover recurso universitário a seus filhos, era fácil dizer simplesmente que Jesus Cristo salva, cura e batiza com o Espírito Santo, e ter certeza de que a congregação aceitava pacificamente o que lhe dizíamos; hoje, porém, devido às próprias exigências do tempo em que vivemos – inclusive com o arrojado desenvolvimento dos meios de comunicação, mui-tos dos membros de nossas igrejas ouvem o que pregamos, contudo inevitavelmente perguntam: “COMO?”; “ON-DE?”; “QUANDO?”; “POR QUE?”. Devido o despreparo para responder a tais perguntas, muitos dos nossos o-breiros tem sofrido sérios problemas de complexo que os têm indisposto para o cumprimento do ministério na sua plenitude.

2. TEMOS DE MUDAR (?!). a) Em geral a palavra “mudança” infunde certo temor em nossos obreiros, principalmente nos mais idosos, por-

que associada a esta palavra sempre vem à necessidade de indagar: mudar para que? Para melhor, ou para pior? Co-mo a maioria das mudanças que conhecemos hoje, em diferentes áreas da vida, nem sempre são para melhor, os nossos obreiros mais antigos em demonstração de zelo, tem razão para vacilar diante de qualquer alegada necessida-de de mudança!

b) Mas, em que mudar? Reconhecemos a necessidade de mudança na nossa maneira de agir quanto à cultura boa e sadia. Não estamos propondo uma mudança indiscriminada como forma de condenação do passado. Não é isto o que desejamos; estamos certos que cada obreiro do passado, com ou sem cultura foi usado por Deus para a promo-ção do reino dos céus. Também não estamos propondo mudança nas bases e estrutura da igreja. Por estar fundamen-tada em Jesus Cristo, a Igreja é imutável. Esta mudança proposta consiste em saber que jamais alcançaremos esta geração sem que estejamos aparelhados espiritual e culturalmente. Aumentar os nossos conhecimentos de sorte que estejamos mais bem qualificados para o cumprimento do ministério que Deus nos deu, não é a mesma coisa que mudar a Igreja. Se não soubermos submeter os nossos conhecimentos a Cristo, podemos estar certos que dificilmente saberemos submeter-lhe o nosso temperamento, o nosso dinheiro e até mesmo as nossas fraquezas. Se formos porta-vozes da maior mensagem que o homem jamais ouviu, é necessário que tenhamos a melhor maneira de comunicá-la aos homens. Se os ensinos e filosofias que se nos opõem tem em homens da mais refinada cultura os seus principais apóstolos, por que temos nós de fazer a obra de Deus com apenas uma pequena parcela da nossa inteligência, e ainda assim admitir que quanto menos cultos formos mais usados seremos por Deus?

* O obreiro cristão, particularmente O PASTOR duma igreja, não deve interromper sua carreira ministerial para fazer um curso universitário achando que só assim poderá ser mais útil ao trabalho de Deus. Nesse caso seria prefe-rível que em vez de ser um elemento formado, o obreiro fosse simplesmente melhor informado. Para tanto se requer que O OBREIRO CRISTÃO, além de habitual estudante da sua Bíblia, seja amante da boa literatura evangélica, e sempre que possível leia outro tipo de literatura que saiba venha ser útil no desempenho do seu ministério.

c) Em suma. O que se quer é que O OBREIRO desperte em si a consciência da necessidade de melhorar os seus conhecimentos; pois, não obstante a utilidade da cultura, o obreiro cristão deve adquiri-la com modéstia. E, neste particular, aconselha-nos o apóstolo Paulo ao seguinte: “... digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3. – ARC).

3. A BIBLIOTECA DO OBREIRO. a) Um dos maiores benefícios da biblioteca na igreja é ajudar o obreiro. Se ela não fosse útil para mais ninguém,

seria justificada pelo fato de ser utilizada pelo pastor, pois é ele quem instrui a igreja, que a orienta e ajuda no plane-jamento de suas atividades. Sem o preparo com as novas idéias que os livros suscitam (fazem nascer; aparecer) o obreiro não pode desempenhar a sua tarefa eficazmente. Há obreiros que se sentem frustrados porque não têm condi-ções de adquirir livros indispensáveis ao seu preparo. Sem dúvida. A igreja é beneficiada quando o obreiro estuda e tem condições de adquirir conhecimento através da leitura. Há igrejas que exigem o tempo integral do seu pastor, mas não lhe dão condições para que o empregue da melhor maneira. Muitos obreiros têm necessidade de comprar livros, mas não estão em condições financeiras e, às vezes, não se sentem à vontade para solicitar que a igreja os compre. Este problema pode ser solucionado com a organização de uma biblioteca. O pastor precisa desta fonte de pesquisa. Além do mais, a biblioteca é um patrimônio da igreja.

b) O surgimento da biblioteca do Obreiro. Durante muitas décadas, fomos ensinados a desprezar qualquer tipo de literatura que não fosse propriamente a Bíblia mesma, não importando quão bíblica se dissesse que essa literatura era. Nesse zelo, muitos obreiros aprenderam que era falta de fé e espiritualidade ler qualquer outra literatura que não fosse a Bíblia. Somente nas últimas décadas é que as igrejas e seus líderes começaram a se interessar pela literatura evangélica de um modo geral, inclusive recomendando que os crentes se dediquem à leitura da literatura comprova-

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damente edificante. Antes, o obreiro que possuísse mesmo que fosse uma pequena biblioteca, corria o risco de ser admirado ou mesmo tachado de “crente modernista”; isto ocorria por ser raro um obreiro possuir uma biblioteca. Hoje, porém, raro é o obreiro que não tenha pelo menos meia dúzia de bons livros, uma assinatura de uma revista ou de um jornal evangélico.

c) Incentivo bíblico à biblioteca. O apóstolo Paulo, o mais culto dos escritores do Novo Testamento, estava en-carcerado em Roma aguardando o momento do seu martírio, quando escreveu a seu fiel companheiro no ministério Timóteo: “Quando vieres, traze a capa que deixei em Trôade, em casa de Carpo, bem como os livros, especialmente os pergaminhos” (2Tm 4.13). A opinião mais comum entre os mais abalizados comentadores da Bíblia, é que os “pergaminhos” aos quais Paulo se refere, eram manuscritos de livros do Antigo Testamento.

* Todo OBREIRO deve ter uma boa biblioteca. Não há dúvida de que os nossos obreiros sempre estão ocupados com as lides do ministério, de sorte que nem sempre podem fazer aquilo que gostariam; porém, se formarem o hábi-to da leitura descobrirão que mesmo quando não se tem um horário especial para os livros, mesmo assim ainda é possível ler seja sentado à mesa enquanto aguarda a refeição e até mesmo viajando de ônibus ou de avião. Há sempre tempo para fazer aquilo que se quer; portanto, o obreiro pode e deve possuir uma boa biblioteca.

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DÉCIMA PARTE

ÉTICA CRISTÃ

1. QUANTO À ÉTICA MINISTERIAL. a) Ética é a ciência dos deveres do homem; uma ciência que ensina como proceder na sociedade. A ética vem a

ser, pois, um código de regras ou princípios morais que regem a conduta, considerando as ações dos homens com referências à sua justiça ou injustiça, tendência ao bem ou ao mal. Tomada como disciplina de ordem puramente humana, a ética é um ramo da Filosofia, porque examina e investiga uma parte da experiência humana, a que con-cerne à vontade responsável e à conduta moral. Atualmente, quase todas as profissões seculares dispõem de um có-digo de ética profissional, com vistas a orientar o comportamento de seus associados. Que diremos do Ministério Evangélico? Que diremos das santas normas reveladas nas Escrituras e fundamentadas no caráter santo do Senhor? O ministro de Deus tem de “orientar” sua vida de tal modo que “não se torne causa de tropeço nem para judeus, nem para a Igreja de Deus” (1Co 10.32). Portanto, o ministro do Evangelho não pode fugir à ética, sob pena de cometer falhas irreparáveis que, acumuladas ao longo dos anos, podem comprometer seriamente seu ministério. Não temos a pretensão de estabelecer princípios ou normas próprias ou meramente humanas, antes, nosso alvo é mostrar o que diz a Bíblia, com o objetivo de ajudar nossos futuros ministros.

2. QUANTO À APARÊNCIA PESSOAL. a) Na Velha Aliança os sacerdotes vestiam-se com pompa, inclusive com roupas especiais, de acordo com o dia

de festa (Lv 8.7-13). Era uma exigência divina. Embora no Novo Testamento não haja qualquer referência ao traje do ministro, temos certeza de que o zelo de Deus concernente a seus servos determina que os ministros se trajem com decência, elegância e discrição.

* O ministro tem o dever de apresentar-se bem vestido em todas as ocasiões, a fim de evitar expor-se ao ridículo. O uso de cores extravagantes e roupas completamente fora de época não é adequado ao ministro. Cá entre nós: você já viu algo assim? Eu, já, infelizmente! Um dos obreiros estava trajando cores berrantes (de cor muito viva, intensa) e díspares (desigual, diferente, dessemelhante). Outro estava usando calça preta, paletó preto, camisa preta e gravata preta. Afinal, então por que usar gravata, se ela nem aparece? Será que o tal obreiro é da parte preta?...

* Faz parte da indumentária e deve requerer certo cuidado ao ministro o uso de sapatos limpos e engraxados (sa-patos sujos dão idéia de relaxamento). Por outro lado, o ministro deve apresentar-se sempre com barba feita, cabelos cortados, unhas limpas, etc. Não pode descuidar-se com a higiene pessoal.

b) É comum o ministro participar de longas reuniões durante o dia, inclusive em lugares quentes. Nesse caso deve tomar tantos banhos quantos forem necessários e trocar de roupa para evitar mau odor; deve escovar os dentes após as refeições para evitar o mau hálito.

c) O ministro é uma autoridade na comunidade onde vive e representa a igreja à qual serve; sua aparência pesso-al, de algum modo, reflete a aparência de seu povo. Não é bom esquecer que o traje está relacionado com o meio ambiente e o ministro não deve exagerar em usar roupas caras e de grande luxo em lugares humildes. Pode humilhar, ou, pelo menos, constranger as pessoas (...que não têm melhores recursos...). Isto é uma questão de bom-senso.

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3. QUANTO À LINGUAGEM SÃ. a) É determinação do velho e mestre apóstolo Paulo, para que seu discípulo Timóteo se tornasse um padrão na

maneira de conversar. Aliás, é bom que fique claro o que envolve este aspecto do comportamento humano, conforme vemos:

* Totalidade da voz. O ministro deve moderar sua voz para que não fale gritando, nem fale tão baixo que seja difícil ouvi-lo. Falar alto demais pode parecer exaltação, falta de convicção do que se fala, ou até mesmo falta de educação.

* Vocabulário. O vocabulário do pastor não deve ser recheado de gírias e palavras obscenas (Ef 5.3; Sl 34.13; Pv 13.3; 21.23). Durante a pregação, devemos ter cuidado para não usar palavras “pesadas”, ou então palavras incom-preensíveis aos ouvintes. O vocabulário deve ser de acordo com o auditório, porém, é sempre preferível usar um vocabulário simples para ser compreendido.

4. QUANTO AOS COMPROMISSOS. a) O pastor tem um compromisso inalienável com a verdade. A Bíblia recomenda que o servo de Deus seja de

“uma só palavra” e de “um só falar” - 1Tm 3.8; Mt 5.37. A mentira não tem grau. Alguns querem desculpar-se que disseram uma “mentirinha” ou então que foi uma “mentira inofensiva (santa?)”. Toda mentira desvaloriza a pessoa humana, logo, o PASTOR que usa de mentiras estará se depreciando diante de seu povo.

* O pastor deve ter cuidado com seus compromissos. Ao empenhar sua palavra, ele deve fazer todo o possível pa-ra cumprir o prometido, mesmo com prejuízo. Muitas pessoas se escandalizam ou rejeitam o Evangelho porque fize-ram tratos com “Obreiros” e depois estes negaram a cumpri-los (Pv 6.12,17; 19.5; Zc 8.16; 2 Co 13.8).

* Dívidas são compromissos. O texto de Romanos 13.8, segundo a melhor interpretação, não proíbe tomar em-prestado, mas sim faltar com o pagamento ou contrato. Isso demonstra falta de amor para com aquele que está so-frendo o prejuízo, e o cristão tem o dever de amar seus semelhantes (Rm 12.10; 13.8-10).

5. QUANTO AO AMOR E RESPEITO, DEVIDO AO COLEGA. a) Em virtude do conhecimento da Palavra de Deus que possuem os ministros, e da necessidade de entrosamento

nas convenções ou ministérios, na dependência mútua, devem ter mais cuidado no relacionamento interpessoal, para que se evite o desgaste da imagem do pastor diante do rebanho. O amor e o respeito entre os pastores e obreiros deve ser o primeiro exemplo a ser recebido pelo rebanho do Senhor. Infelizmente, nem sempre isso acontece. O amor entre os ministros deve expressar-se na ajuda mútua e no desejo espontâneo e sincero de ver o progresso do seu co-lega de ministério.

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DÉCIMA PRIMEIRA PARTE

O OBREIRO E OS SEUS COMPANHEIROS

Observação: todo OBREIRO deve compreender que ele é um entre outros OBREIROS do Senhor e que são i-

guais aos olhos de Deus, e que todos os obreiros são cooperadores juntos com Deus. Veja o que Paulo explicou em 1Co 3.8,9! A igreja e seus membros vêem os obreiros como um; todos iguais perante Deus. Portanto, é importante que se analise o seguinte:

1. A UNIDADE ENTRE OS COMPANHEIROS. a) Todos os obreiros são chamados pelo mesmo Senhor, para o mesmo ofício, para o mesmo trabalho, para servir

ao Deus de Igreja. Por isso, deve haver a unidade entre os obreiros. O trabalho daquele que planta não pode ser feito sem o trabalho daquele que rega. Os obreiros não podem ser rivais, trabalhando um contra o outro. São plantadores e regadores, plantando e regando vidas para Deus. É Deus quem chama e coloca o obreiro no ministério e o usa con-forme a sua vontade. Se a igreja e seus crentes incitam ou jogam você contra os companheiros eles estão indos de encontro com o propósito tanto do evangelho quanto da Igreja.

2. EVITAR CIÚME ENTRE OS COMPANHEIROS. a) O obreiro é responsável pessoalmente perante Deus e será recompensado pelo que faz, e não pelo que outro

companheiro faz. Use os seus próprios dons; não tente usar os dons de outros ou mesmo desejar ser como outro companheiro. Deus lhe deu dons especiais para propósitos específicos, para realizar tarefas específicas enquanto você está no mundo. Portanto, procure diligentemente usar seus dons como Deus deseja. Na verdade, você será re-compensado por quão bem usa seus dons. Tua tarefa não é tentar ser como outro obreiro ou fazer o que os outros fazem. Tua tarefa é ser o que Deus chamou para “ser e fazer” com os dons que Ele te deu.

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* A chave é que você será julgado pelo teu trabalho e não pelo que os homens consideram sucesso - Mt 25.22,23; 1 Pe 4.11.

3. TRABALHAR JUNTOS. a) Os obreiros são cooperadores de Deus e por isso devem trabalhar juntos. Portanto, a preocupação do Obreiro

não deve ser o que os homens pensam e querem. Sua missão é servir ao lado de Deus - 2Co 6.1. Trabalhe com Deus, cumprindo a vontade Dele e fazendo o que Ele deseja que seja feito. Agora, saiba que todos os obreiros são enviados para trabalhar numa única seara, a do Senhor - Mt 9.37,38.

4. EVITAR JULGAR OS COMPANHEIROS. a) Deixe que Deus faça o julgamento dos demais companheiros. Você, como um obreiro, tem a tarefa de lidar

com as pessoas e seus erros... Na verdade, você está envolvido com as pessoas, lidando com suas fraquezas e firme-zas, seus pecados e virtudes. Por causa disso, você muitas vezes é tentado fazer julgamento das pessoas; você é ten-tado a considerar alguns, como pessoas fracas e evasivas e outras como fortes e decididas. Isto também é particular-mente verdadeiro se você vê e ouve sobre as fraquezas dos seus companheiros. Mas o julgamento deve ser deixado para Deus, porque somente Ele conhece toda a verdade sobre uma pessoa. Só Deus pode julgar. Por isso, você preci-sa estar absolutamente certo que as acusações contra um companheiro são verdadeiras antes de corrigi-lo. Em segui-da, adote as instruções da Bíblia quanto ao tratamento de acusações contra obreiros, de acordo com dois sábios e oportunos conselhos:

* Primeiro. Precisa-se de duas - preferencialmente três- testemunhas válidas. Estas testemunhas têm que compa-recer perante você e colocar as acusações por escrito ou mesmo estarem prontos a ficar diante do acusado - 1Tm 5.19,20

* Segundo. Como ministro de Cristo, você tem que ir até o acusado e contar-lhe a acusação. Se ele ouve e se ar-repende, então é restaurado. Se ele nega as acusações ou não ouve, então você leva um ou dois outros companheiros com você e interroga-o com firmeza. Se ele ainda assim negar ser culpado ou não se arrepender, um terceiro passo deve ser tomado.

* Deve ser dito à igreja. Isto significa comparecer perante todos e ser enfrentado com firmeza. As palavras “pe-rante todos” não significa que deve se jogar mais lenha na fogueira para inflamar crentes imaturos e carnais dentro da igreja. Deve haver um equilíbrio entre a necessidade de disciplina e não deixar que os erros permaneçam na igreja - Mt 18.15-17. Observe que o ponto da disciplina é a correção do obreiro em pecado e a prevenção para que outros não cometam o mesmo: que temam a exposição e o embaraço. Atenção! Certo sábio conselheiro disse o seguinte: “É possível até mesmo para um ministro consagrado, separado, ungido por Deus cometer pecado. É possível mesmo para aqueles que vivem muito próximo do coração de Deus descuidar e cometer pecado que traga vergonha e des-graça para a igreja. Mas, não acusamos um ministro a menos que existam duas ou mais testemunhas para testificar que a acusação é um fato verdadeiro. Jamais podemos divulgar o que ouvimos sobre um ministro, presbítero, diáco-no, um professor de Escola Dominical ou qualquer outro líder. Se ouvirmos relatórios maldosos, devemos investigar de maneira correta, através das pessoas certas e sem dúvidas; não podemos discutir a situação com incrédulos”.

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DÉCIMA SEGUNDA PARTE

AS DIFERENÇAS DE ÍNDOLE ENTRE OS OBREIROS

1. COM BOI E JUMENTO JUNTAMENTE, NÃO SE DEVE LAVRAR - Dt 22.10. a) A passagem acima citada alude a animais domésticos destinados ao trabalho em geral, na família judaica co-

mum. Da natureza e dos hábitos desses animais podemos inferir as razões da proibição divina de o boi e o jumento trabalharem juntos no amanho (cultivo, arranjo) da terra. Se, no trabalho do divino Mestre, duas pessoas estão sem-pre a se desentender e reclamar uma da outra, o melhor é que se curem de vez disso, ou que se separem em paz, e trabalhe noutra modalidade de serviço, ou em outro local. Vejamos as lições gerais, inclusive para obreiros, deriva-das dos princípios latentes em Deuteronômio 22.10:

* O passo do boi e do jumento é diferente. O boi tem unhas fendidas, o que lhe dá mais estabilidade em terrenos em declive e nos lamaçais; o jumento tem unhas inteiriças, contribuindo para deslizes naquelas situações.

=> Há obreiros que, nas dificuldades com que se deparam no trabalho do Senhor, demonstram mais solidez, esta-bilidade e firmeza do que outros nas mesmas situações abstrusas (ocultas; escondidas; difícil de entender).

* A tração do boi e do jumento é diferente. O boi tem mais tração; o jumento é mais cargueiro. => Há obreiros que tem mais arrancada, mas se afadigam facilmente com o peso da carga das responsabilidades

que a obra do mestre ocasiona.

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* A natureza do boi e do jumento é diferente. O jumento é pacífico e tímido, e costuma fugir de estranhos; o boi costuma ser hostil e investir contra estranhos. Por outro lado, o boi é mais ligado ao seu dono; o jumento é mais li-gado à sua manjedoura (Is 1.3b). Tudo isso fornece lições práticas quanto a princípios de trabalho na seara do se-nhor.

=> Há obreiros portadores de uma natureza indomável e inflexível. Caso eles não mudem para melhor, isso afeta-rá perigosamente o seu ministério em muitos aspectos. O obreiro, seja qual for a sua categoria ministerial, não deve ser duro demais, nem mole demais, mas equilibrado, temperado e sóbrio (2Tm 4.5).

* A altura do boi e do jumento é diferente. Portanto, para trabalharem juntos (como está implícito em Dt 22.10) seria impraticável.

=> Também a estatura espiritual dos obreiros varia como uma atenta observação (cuidadosa; atenciosa; que presta atenção) revelará. São muitas as causas individuais, espirituais, culturais e comportamentais que levam a essa gradação de estatura do obreiro. Há coisas no ministério entre os obreiros que na teoria tudo se acerta e funciona, mas na hora da prática nada surge de positivo, proveitoso e permanente para a obra do Senhor.

* A comida do boi e do jumento é diferente. O boi, sua comida é seletiva, o que é fácil de se observar. Por sua vez o jumento come de quase tudo que se lhe depara.

=> Há obreiros que se tornam produto, eco ou reflexo daquilo que presenciam ou participam, sem antes conside-rar tudo diante de Deus, em oração e reflexão.

* A comunicação do boi e do jumento é diferente. O boi berra e muge. O jumento zurra e orneia. => O trabalho do obreiro do Senhor é executado, na sua maior parte, através da comunicação sob suas diferentes

expressões. Todo obreiro, principalmente enquanto jovem precisa aprimorar a sua comunicação, a partir da expres-são verbal, visto que a emprega continuamente. Uma comunicação imprecisa, falha, descuidada e simplesmente loquaz (falador, eloqüente), em que se fala muito e se diz pouco, reflete negativamente no ministério de qualquer obreiro.

* O resgate do boi e do jumento era diferente, segundo a Lei. O boi primogênito não tinha resgate; era oferecido em sacrifício ao Senhor, conforme os preceitos levíticos. O jumento primogênito tinha resgate por troca. Essa troca tinha de ser um cordeiro. Caso ele não fosse resgatado assim, seria desnucado. O jumento primogênito não podia ser resgatado por dinheiro - Nm 18.15; Ex 13.13; 34.20.

=> Há obreiros que desfrutam de mais ou menos mérito entre seus pares, sabendo-se que mérito não se exige: se adquire laboriosamente.

* A utilidade em geral do boi e do jumento é diferente. Do boi se aproveita: carne, leite, pele, chifres, ossos, san-gue, estrume. Do jumento somente se aproveita o trabalho.

=> Como obreiros do Senhor devemos ser quais “sacrifícios vivos”, em que todas as áreas da nossa vida devem ser de alguma utilidade para o reino de Deus, para a Igreja e para o próximo. Somos de um mínimo de utilidade? Ou estamos até prestando um desserviço à obra do Senhor?

* O metabolismo (... transformações físico-químicas por que passam os alimentos no organismo dos seres vivos) do boi e do jumento é diferente.

= O boi é ruminante. Seu estômago é duplo, tendo quatro cavidades ou compartimentos. Disso colhemos para o obreiro o princípio da reflexão, paciência e meditação.

= O jumento não é ruminante. Sua digestão é direta. Disso extraímos a seguinte lição: há pessoas que captam com extrema rapidez o que ouvem, lêem, vêem, mas não retém os bons ensinamentos práticos e aplicativos. Outras pes-soas são relativamente lentas na sua digestão espiritual, mas extraem grande proveito de todo o seu aprendizado.

* O habitat, ou meio ambiente, do boi e do jumento é diferente. O boi vive em qualquer lugar do planeta, desde os campos frígidos dos países do hemisfério norte, às regiões tropicais da zona equatorial. Não é o caso do jumento quanto aos diferentes climas.

=> Há obreiros com menor capacidade de suportar alterações no clima espiritual que vez por outra ocorre no e-xercício do ministério, nas suas diferentes acepções.

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DÉCIMA TERCEIRA PARTE

ALGUNS SÁBIOS CONSELHOS 1. Desejamos advertir antes de qualquer coisa, que o pregador nunca deve pedir desculpas nem fazer qualquer re-

ferencia a si mesmo em qualquer ponto da mensagem. Observe o que o Senhor Jesus declarou em João 7.18. O pre-gador estará diminuindo grandemente a eficácia de tudo quanto disser ou fizer no púlpito se falar ao povo, logo de início, de sua própria incapacidade ou falta de preparação. Se assim for, os ouvintes descobrirão o fato no decurso da apresentação e, em caso contrário, o pastor ou pregador apenas terá erguido para si mesmo uma barreira desnecessá-ria. Cuidado, igualmente, com o hábito de preencher as lacunas com um “amém” por demais freqüentes, ou com

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uma “aleluia” proferida a cada momento, ou com qualquer outra frase ou palavra sempre repetida. Essas repetições são feias, primárias e de efeito negativo. É natural que usemos o melhor português de que sejamos capazes, sem jamais permitir gírias ou expressões bombásticas em nossa mensagem. O púlpito não é lugar para superficialidade e chocarrices. As histórias devem ser narradas para ilustrar, e jamais para chamar a atenção para si ou para entreter os ouvintes. Observe o seguinte:

a) Quando a haste da flecha é mais pesada do que a ponta, isso diminui a sua velocidade em direção ao alvo. * Se o auditório relembrar mais a história do que a mensagem, então esta (mensagem) não foi usada apropriada-

mente. b) No tocante ao controle da própria voz, primeiramente desejamos comentar com respeito à sabedoria de iniciar-

se a mensagem em tom de conversa: que as palavras saiam em voz alta e suficiente clara para serem entendidas por todos, mas ao mesmo tempo natural e em tom de conversa, na medida do possível. Igualmente, os ouvintes devem ser conquistados logo de início, por uma aproximação com palavras oportunas que muito contribui para ganhar a confiança e prender a atenção geral.

* Chegando o momento enfático e feito o gesto espontâneo, isso será naturalmente sincronizado com a elevação da voz e o aumento do seu volume. Isso tomará conta de si mesmo, sem que o pregador precise ter consciência do fato. E ao dar-nos o Senhor perfeito desembaraço na presença do povo, capacitando-nos a perder todo o temor e tensão, falaremos tão naturalmente como o faríamos em qualquer conversação normal. Esse é o alvo que devemos almejar fervorosamente.

2. A Bíblia é a Palavra de Deus enviada aos homens. Nela, encontramos a didática divina desde o Antigo até o

Novo Testamento. Com Jesus Cristo, encontramos a perfeição do ensino, em seus discursos, nas parábolas, nas inter-rogações, nos diálogos e na prática de sua doutrina. Que possamos todos, ter o devido preparo bíblico-espiritual - 2Tm 2.15; Cl 3.23.

a) Seja um leitor persistente e estudioso da Bíblia - 1Tm 4.13. b) Seja dedicado ao ensino - Rm 12.7b. c) Seja um leitor de bons livros de estudo bíblico - 2Tm 4.13. d) Procure conhecer versões variadas da bíblia, principalmente as de estudo bíblico. e) Utilize dicionários, concordâncias e enciclopédias bíblicas. f) Seja um leitor de revistas, jornais, e periódicos (evangélicos e seculares).

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DÉCIMA QUARTA PARTE

QUAL É O TEU MINISTÉRIO DOMINANTE?

Observação: a coisa mais importante que você precisa conhecer para alcançar alguém para Cristo é você mesmo.

Compreendendo o seu dom espiritual é, possivelmente, a maneira mais fácil para compreender a si mesmo bem co-mo a chamada de Deus em sua vida. Os dons espirituais são as ferramentas para conduzir a grande comissão. Lem-bre-se que o processo de evangelismo não somente exige conseguir a decisão de uma pessoa; também exige tirar o crente de uma situação onde, muitas vezes ele tem somente um despertamento superficial de Deus, e conduzi-lo até um ponto mais elevado, onde esse cristão receberá um amadurecimento espiritual maior. Este processo de maturida-de exige uma variedade em equipe. Os dons espirituais são as ferramentas para se realizar a obra do ministério. Se Deus der a você um martelo, o que Ele quer que você faça? Cavar buracos, pintar ou assentar tijolos? Não. Obvia-mente, se Deus der a você um serrote, Ele não está com a idéia de que você vá pintar uma casa. Reconheça qual ferramenta que Deus entregou a você. Qual é o teu dom espiritual? Então você pode determinar seu lugar no corpo de Cristo. Você então saberá onde Deus quer que você o sirva e, qual a melhor maneira para fazê-lo. Quando você usar o dom que Deus tem dado, fará o máximo da obra de Deus sem a mínima frustração. Veja a seguir os diversos dons:

1. O EVANGELISTA. a) O evangelista é, sobretudo, um agressivo ganhador de almas que busca os perdidos de todas as maneiras possí-

veis, esse é o seu prazer, seu principal objetivo da vida. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao conduzir pessoas além da natural esfera de influência delas, para o conhecimento da salvação em Jesus Cris-to.

2. O PROFETA. a) O profeta é o pregador do “Inferno-Fogo-Enxofre” que esclarece as conseqüências do pecado. Tem a capaci-

dade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao proclamar a verdade.

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3. O MESTRE. a) O mestre torna clara toda e qualquer doutrina da Bíblia. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de

servir a Deus ao tornar clara a verdade da Palavra divina com exatidão e simplicidade.

4. O EXORTADOR/INCENTIVADOR. a) É o mestre do “como fazer”, ministrando a aplicação da Palavra de Deus. Tem a capacidade dada pelo Espírito

e o desejo de servir motivando outros a agirem através da urgência de seguir um padrão de conduta. 5. O PASTOR. a) É o crente que alimenta e lidera outros crentes. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a

Deus ao supervisionar, treinar e preocupar-se com as necessidades dos crentes. 6. O MISERICORDIOSO. a) É a pessoa que é um instrumento para consolar, compreender e confortar aos outros. Tem a capacidade dada

pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ao se identificar e confortar aqueles que estão em aflição. 7. O DIÁCONO. a) É a pessoa que atende às necessidades sociais básicas de cada crente e da igreja. Tem a capacidade dada pelo

Espírito e o desejo de servir a Deus ao oferecer ajuda prática tanto em assuntos espirituais como, principalmente, materiais.

8. O CONTRIBUINTE. a) É a pessoa que atende às necessidades financeiras dos seus companheiros crentes e dos ministros da igreja.

Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo de servir a Deus ofertando recursos materiais, muito mais do que o dinheiro, para promover o trabalho de Deus.

9. O ADMINISTRADOR. a) É a pessoa que dirige a igreja e seus ministérios. Tem a capacidade dada pelo Espírito e o desejo servir a Deus

ao organizar, administrar, promover e dirigir os vários negócios da igreja. -----------------------------------------------------------------

Q U E S T I O N Á R I O ATENÇÃO! Leia cada afirmação abaixo e decida como cada uma diz respeito a você: * Se a afirmação for 75% a 100% verdadeira em relação a você, marque um X no número 1 (= Quase sempre)

que vem logo abaixo afirmação. * Se a afirmação for 40% a 70% verdadeira em relação a você, marque um X no número 2 (= Ocasionalmente)

que vem logo abaixo da afirmação. * Se a afirmação for menos do que 40% verdadeira em relação a você, marque um X no número 3 (= Raramen-

te) que vem logo abaixo da afirmação. Observação: este é um questionário de auto-avaliação e não uma prova. Não há respostas certas ou erradas; por-

tanto, procure deixar suas respostas refletir suas próprias opiniões. A maioria das afirmações lida com os teus senti-mentos e desejos. Seja sincero ao respondê-las. Não vá logo marcando um número qualquer; reflita bem cada afir-mação. Não se esqueça, marque:

Nº 1, para “QUASE SEMPRE”. Nº 2, para “OCASIONALMENTE”. Nº 3, para “RARAMENTE”. 01. Tenho uma paixão profunda pelas almas perdidas? �¹ �² �³ 02. Coloco grande importância no arrependimento? �¹ �² �³ 03. Acha que tenho discernido bem os motivos de outras pessoas? �¹ �² �³ 04. Quando falo, desejo despertar as consciências dos outros? �¹ �² �³

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05. Tenho forte desejo natural de estudar a palavra de Deus? �¹ �² �³ 06. Coloco grande importância na educação? �¹ �² �³ 07. Quando faço alguma coisa, gosto de ver resultados “tangíveis” dos meus esforços? �¹ �² �³ 08. Estou pronto a assumir uma responsabilidade pessoal, de longo prazo, na batalha espiritual de um grupo de

crentes? �¹ �² �³ 09. Quando falo para um grupo, minha mensagem gira em torno de tópicos e não de estudos “versículo por versí-

culo”? �¹ �² �³ 10. Sou uma pessoa centralizada, preciso muito de relacionar-me com outras pessoas em minha vida? �¹ �² �³ 11. Falo calmamente? �¹ �² �³ 12. Sou paciente, mas pronto para atender as necessidades dos outros rapidamente? �¹ �² �³ 13. Fico contente em realizar tarefas de rotina na igreja para a glória de Deus? �¹ �² �³ 14. Estou envolvido numa variedade de atividades que ajudam outras pessoas? �¹ �² �³ 15. Estaria mantendo a mim mesmo e aos meus negócios bem organizados? �¹ �² �³ 16. Tenho compromisso em sustentar a obra missionária? �¹ �² �³ 17. Tomo decisões baseadas estritamente em fatos e dados comprovados? �¹ �² �³ 18. Comunico metas de uma forma que outras pessoas possam realizá-las? �¹ �² �³ 19. Creio que a salvação é o maior dom de todos? �¹ �² �³

20. Algumas pessoas acham que o meu modo de testemunhar é agressivo? �¹ �² �³ 21. Tenho facilidade de levar outras pessoas a pedirem perdão pelos seus pecados e deixá-las felizes e bem com

Deus? �¹ �² �³ 22. Sinto necessidade de corrigir os pecados das pessoas? �¹ �² �³ 23. Gosto de usar visuais e livros para auxiliar-me quando estou falando? �¹ �² �³ 24. Sempre pondero a melhor maneira de fazer e dizer as coisas? �¹ �² �³ 25. Acho que sou uma pessoa muito prática? �¹ �² �³ 26. Sou capaz de ajudar as pessoas quando elas têm problemas pessoais? �¹ �² �³ 27. Tenho disposição para passar horas em oração em favor de outras pessoas? �¹ �² �³ 28. Gosto de envolver-me com a batalha espiritual dos outros; sou protetor? �¹ �² �³ 29. Tenho facilidade para expressar meus sentimentos? �¹ �² �³ 30. Sinto uma profunda preocupação para confortar outros? �¹ �² �³ 31. Sinto-me bem quando estou fora dos olhares das pessoas? �¹ �² �³ 32. Sinto-me preocupado com as necessidades físicas dos outros? �¹ �² �³

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33. Quando oferto, gosto que seja um assunto íntimo entre eu e Deus? �¹ �² �³ 34. Sou sensível às necessidades financeiras e materiais dos outros? �¹ �² �³ 35. Trabalho centrado em alvos e não em pessoas ou assuntos? �¹ �² �³ 36. Trabalho melhor sob pressão? �¹ �² �³ 37. Sinto desejo de alcançar os perdidos, mesmo que eles sejam pessoas totalmente estranhas? �¹ �² �³ 38. Gosto mais de testemunhar do que fazer outra coisa? �¹ �² �³ 39. Fico impaciente com as atitudes erradas das pessoas? �¹ �² �³ 40. Sou desorganizado e preciso depender dos outros para me encaixar num esquema? �¹ �² �³ 41. Tenho um sistema organizado para guardar acontecimentos, ilustrações e fotos? �¹ �² �³ 42. Preocupo-me mais com o conteúdo do material do que com a pessoa ou tarefa? �¹ �² �³ 43. Quando estudo a Bíblia, fico mais interessado nas áreas práticas? �¹ �² �³ 44. Considero muito importante a vontade de Deus? �¹ �² �³ 45. Preocupo-me em ver os outros aprender e crescer? �¹ �² �³ 46. Oriento-me mais com o relacionamento das coisas e pessoas do que com as tarefas em si? �¹ �² �³ 47. Simpatizo e sensibilizo-me facilmente com os outros? �¹ �² �³ 48. Outras pessoas pensam que sou fraco por causa da minha falta de firmeza? �¹ �² �³ 49. Gosto de trabalhar com as minhas próprias mãos? �¹ �² �³ 50. Sempre deixo as pessoas falarem comigo sobre coisas que não quero fazer? �¹ �² �³ 51. Estou sempre pronto a ofertar se existir uma necessidade válida? �¹ �² �³ 52. Sou capaz de tomar decisões rápidas no que diz respeito às finanças? �¹ �² �³ 53. Faço as coisas prontamente; tomo decisões rapidamente? �¹ �² �³ 54. Sonho grandes sonhos embora nem sempre compartilhe eles com os outros? �¹ �² �³ 55. Tenho uma compreensão clara da mensagem do evangelho e posso aplicá-la aos outros facilmente? �¹ �² �³ 56. Sou socialmente ativo e sinto-me bem ficar junto com as pessoas? �¹ �² �³ 57. Preciso verbalizar (falar) minha mensagem, nunca fico contente somente escrevendo-a? �¹ �² �³ 58. O que falo sempre é urgente e quero que outros tomem decisões rápidas? �¹ �² �³ 59. Às vezes, gostaria mais de escrever, porém preciso ensinar porque outros não apresentariam corretamente o

meu material? �¹ �² �³ 60. O uso de um versículo fora do seu contexto me deixa entristecido? �¹ �² �³ 61. Resolvo os problemas através de atitudes tomadas passo a passo? �¹ �² �³

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62. Questiono o conteúdo de estudos doutrinários profundos? �¹ �² �³ 63. Protejo muito quem fica sob os meus cuidados? �¹ �² �³

64. Ensinar o mesmo assunto várias vezes é maçante para mim? �¹ �² �³ 65. Tento sempre aparentar amor? �¹ �² �³ 66. Sou propenso a agir mais sob emoções do que pela lógica? �¹ �² �³ 67. Fico comovido quando sou exortado a servir à igreja? �¹ �² �³ 68. Gosto de atender as necessidades imediatamente? �¹ �² �³

69. Quando oferto, gosto que seja uma boa oferta? �¹ �² �³

70. Outras pessoas pensam que sou materialista por causa da importância que coloco sobre o dinheiro? �¹ �² �³ 71. Delego quando e onde for possível, mas sei quando e onde não posso? �¹ �² �³ 72. Estou pronto a cumprir tarefas impossíveis para Deus? �¹ �² �³ 73. Sinto grande alegria em ver homens e mulheres vindo à Cristo? �¹ �² �³ 74. Creio que ganhar almas é a maior responsabilidade dada a todo crente? �¹ �² �³ 75. Gosto de falar em público e o faço com ousadia? �¹ �² �³ 76. Preocupo-me em memorizar a Bíblia? �¹ �² �³ 77. Tenho a tendência de questionar o conhecimento daqueles que me ensinam? �¹ �² �³ 78. Outros me acusam de ser muito detalhista? �¹ �² �³ 79. Sou capaz de mobilizar outros? �¹ �² �³ 80. O ensino só teórico me aborrece? �¹ �² �³ 81. Sinto desejo de orientar aqueles que estão sob os meus cuidados? �¹ �² �³ 82. Sou capaz de estudar o que for necessário a fim de “alimentar” aqueles que trabalham comigo? �¹ �² �³ 83. Meu coração sente piedade pelo pobre, o idoso, o doente, os desprivilegiado, etc.? �¹ �² �³ 84. Pareço atrair pessoas magoadas e também as felizes? �¹ �² �³

85. Enquanto alguns ficam falando sobre ajudar as pessoas, eu ajudo logo? �¹ �² �³ 86. Sou rápido em atender a necessidade de prestar ajuda? �¹ �² �³ 87. Procuro saber se a minha oferta está sendo usada adequadamente? �¹ �² �³ 88. Julgo o sucesso dos outros pela quantia de bens materiais deles? �¹ �² �³ 89. Quero ser um vencedor, mas não suporto perder? �¹ �² �³ 90. Sou capaz de tomar soluções rápidas e sustentá-las? �¹ �² �³

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91. Quando testemunho para um não crente, sempre faço força para ele tomar uma decisão rápida? �¹ �² �³ 92. Outros pensam que estou mais interessado em números do que em pessoas? �¹ �² �³ 93. Preciso ser convencido de que estou errado antes de concordar com a pessoa? �¹ �² �³ 94. Estudar, planejar não é o meu forte; confio nos outros para que as circunstâncias “trabalhem” ao meu favor? �¹ �² �³ 95. Acho o ensino de outros professores difícil de ministrar, gostaria de desenvolver os meus próprios? �¹ �² �³ 96. Ponho grande ênfase na pronúncia de cada palavra quando falo em público? �¹ �² �³ 97. Outras pessoas pensam que não sou evangelista por causa da minha ênfase sobre o crescimento espiritual de

cada crente? �¹ �² �³ 98. Sou acusado de não usar bastante a Bíblia quando ensino? �¹ �² �³ 99. Gosto de fazer uma variedade de atividades sem ter que me prender a uma só? �¹ �² �³ 100. Percebo a mim mesmo como um pastor? �¹ �² �³

101. Sou uma pessoa emotiva, choro facilmente? �¹ �² �³

102. Identifico-me emocionalmente e mentalmente com os outros? �¹ �² �³ 103. Algumas pessoas pensam que negligencio as necessidades espirituais? �¹ �² �³ 104. Gosto de trabalhos mecânicos e rotineiros da igreja (limpeza, arrumação, recepção, portaria, etc.)? �¹ �² �³ 105. Avalio a espiritualidade dos outros pela quantidade de contribuição deles? �¹ �² �³ 106. Outros pensam que tento controlá-los com o meu dinheiro? �¹ �² �³

107. Quando não há liderança num grupo eu a assumo? �¹ �² �³ 108. Tenho habilidade para organizar e harmonizar a pessoas com as quais trabalho? �¹ �² �³

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SISTEMA PARA CONTAR OS PONTOS Conte os pontos obtidos em cada um dos MINISTÉRIOS usando a tabela abaixo. Para fazer isso, primeiro colo-

que do lado de cada resposta referente ao Ministério, o ponto obtido em cada resposta dada por você: * Se marcou 1 (= quase sempre), você ganhou 2 (dois) pontos. * Se marcou 2 (= ocasionalmente), você ganhou 1(um) ponto. * Se marcou 3 (= raramente), você não ganhou ponto. Some os pontos obtidos em cada resposta e você achará o

total de pontos da cada Ministério. O Ministério que obtiver maior número de pontos será o PREDOMINANTE em tua vida cristã. Mas lembre-se,

este questionário não é um teste para revelar a você qual é o teu dom espiritual. Mas ajudará ver como você serve a tua igreja local que é o único meio legítimo de determinar teu dom espiritual.

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A SEGUIR: TABELA PARA CONTAR OS PONTOS

EVANGELISMO Afirmações/Pontos.

01. __ 02. __ 19. __ 20. __ 37. __ 38. __ 55. __ 56. __ 73. __ 74. __ 91. __ 92. __ Pontos ganhos: ____

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PROFECIA Afirmações/Pontos.

03. __ 04. __ 21. __ 22. __ 39. __ 40. __ 57. __ 58. __ 75. __ 76. __ 93. __ 94. __

Pontos ganhos: ____

-----------------------------------------

ENSINO

Afirmações/Pontos 05. __ 06. __ 23. __ 24. __ 41. __ 42. __ 59. __ 60. __ 77. __ 78. __ 95. __ 96. __ Pontos ganhos: ____

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EXORTAÇÃO Afirmações/Pontos.

07. __ 08. __ 25. __ 26. __ 43. __ 44. __ 61. __ 62. __ 79. __ 80. __ 97. __ 98. __ Pontos ganhos: ____

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PASTORADO

Afirmações/Pontos. 09. __ 10. __ 27. __ 28. __ 45. __ 46. __ 63. __ 64. __ 81. __ 82. __ 99. __ 100. __ Pontos ganhos: ____ -----------------------------------------

MISERICÓRDIA Afirmações/Pontos.

11. __ 12. __ 29. __ 30. __ 47. __ 48. __ 65. __ 66. __ 83. __ 84. __ 101. __ 102. __ Pontos ganhos: ____ -----------------------------------------

DIACONIA Afirmações/Pontos.

13. __ 14. __ 31. __ 32. __ 49. __ 50. __ 67. __ 68. __ 85. __ 86. __ 103. __ 104. __ Pontos ganhos: ____

---------------------------------------------

CONTRIBUIÇÃO Afirmações/Pontos.

15. __ 16. __ 33. __ 34. __ 51. __ 52. __ 69. __ 70. __ 87. __ 88. __ 105. __ 106. __ Pontos ganhos: ____

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ADMINISTRAÇÃO Afirmações/Pontos.

17. __ 18. __ 35. __ 36. __ 53. __ 54. __ 71. __ 72. __ 89. __ 90. __ 107. __ 108. __ Pontos ganhos: ____

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Page 24: O Obreiro e os seu Preparo para a Obra do Senhor

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ANOTE:

Meu Ministério Predominante é:_______________________________

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José Admir Ribeiro - Autor. T. Borba, PR – Março, 2012.

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