o paciente com dor

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PACIENTE COM DOR A dor crônica é um sério problema de saúde sendo a principal causa de interrupções das rotinas de vida do sujeito. Devido ao seu caráter subjetivo, a dor não pode ser medida, deve-se considerar o auto-relato e fazer as observações clássicas, pode- se observar também em variáveis como depressão e ansiedade. Não se pode desprezar a dor do outro, uns suportam melhor que outros dependendo de seu limiar de tolerância da dor. Essa sensação desagradável da dor tem várias conotações como o significado para o sujeito, que em alguns casos acredita ser uma forma de castigo divino por mau comportamento na terra. Miceli (2002) declara que doença alguma justifica que aceitemos que um indivíduo conviva com dor que pode ser debelada, controlada ou em muito aliviada. O suporte familiar e a abordagem multiprofissional são imprescindíveis nesse momento, unindo esforços no sentido de aliviar e controlar a dor, os profissionais devem adequar o tratamento às necessidades do paciente, respeitando e tratando cedo o paciente com dor, e prestando suporte emocional a família. Para tratar os aspectos psicológicos da dor, o Psicólogo Hospitalar deve trabalhar acolhendo e compreendendo a dor do paciente, facilitando a abertura de novos limites, levando-o a ver além da sua dor e estimulando o fortalecimento de suas relações. Deve também ajudar a equipe a identificar as influências da dor na vida do sujeito, possibilitando que eles trabalhem seus conteúdos internos, preconceitos e estado de humor para que não interfira no cuidado com o outro. Pode-se dizer que a dor do paciente não é só dele, ela é sistêmica, pois atinge também àqueles que cuidam dele, por isso todos devem ser trabalhados. Dentre as atribuições do psicólogo hospitalar estão também os cuidados paliativos, que devem começar desde o diagnóstico da doença avançada até o final da vida e inferem na qualidade de vida e num cuidado mais humanizado do sujeito e não na sua cura. Principalmente em caso de dor crônica, em que todos os recursos 1. Acadêmicas do Curso de Psicologia da Faculdade Santo Agostinho, 9º período, turma 01T9A.

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PACIENTE COM DOR

A dor crnica um srio problema de sade sendo a principal causa de interrupes das rotinas de vida do sujeito. Devido ao seu carter subjetivo, a dor no pode ser medida, deve-se considerar o auto-relato e fazer as observaes clssicas, pode-se observar tambm em variveis como depresso e ansiedade. No se pode desprezar a dor do outro, uns suportam melhor que outros dependendo de seu limiar de tolerncia da dor. Essa sensao desagradvel da dor tem vrias conotaes como o significado para o sujeito, que em alguns casos acredita ser uma forma de castigo divino por mau comportamento na terra. Miceli (2002) declara que doena alguma justifica que aceitemos que um indivduo conviva com dor que pode ser debelada, controlada ou em muito aliviada. O suporte familiar e a abordagem multiprofissional so imprescindveis nesse momento, unindo esforos no sentido de aliviar e controlar a dor, os profissionais devem adequar o tratamento s necessidades do paciente, respeitando e tratando cedo o paciente com dor, e prestando suporte emocional a famlia.Para tratar os aspectos psicolgicos da dor, o Psiclogo Hospitalar deve trabalhar acolhendo e compreendendo a dor do paciente, facilitando a abertura de novos limites, levando-o a ver alm da sua dor e estimulando o fortalecimento de suas relaes. Deve tambm ajudar a equipe a identificar as influncias da dor na vida do sujeito, possibilitando que eles trabalhem seus contedos internos, preconceitos e estado de humor para que no interfira no cuidado com o outro. Pode-se dizer que a dor do paciente no s dele, ela sistmica, pois atinge tambm queles que cuidam dele, por isso todos devem ser trabalhados. Dentre as atribuies do psiclogo hospitalar esto tambm os cuidados paliativos, que devem comear desde o diagnstico da doena avanada at o final da vida e inferem na qualidade de vida e num cuidado mais humanizado do sujeito e no na sua cura. Principalmente em caso de dor crnica, em que todos os recursos farmacolgicos e teraputicos so necessrios para promover maior alvio, conforto e funcionalidade.Diante desses fatores, as atitudes de enfrentamento e preparo emocional encontram-se ligadas no s ao paciente, mas a toda estrutura que o cerca, como familiares e equipes de sade, pois a dor e o tratamento atingem a todos. O cuidado com o sofrimento do outro leva a compaixo e ao mais humanizada, h de se retomar a ligao entre a psicologia e a medicina, dentro do contexto hospitalar, no escolhendo uma em detrimento da outra, mas juntas, pois a medicina paliativa por si s no resolve, deve ser combinada ao tratamento psicolgico especializado, promovendo a qualidade de vida, combatendo agressivamente a dor e no o paciente com dor. Respeitando seus costumes e individualidade e trabalhando essa conscientizao e a aceitao cada pessoa vai perceber, reagir e elaborar sua dor de forma particular desafiando, assim, a busca de novos saberes e tcnicas, possibilitando a autonomia do paciente para um fim de vida mais digno e humanizado.

MICELI, Ana Valria Paranhos. Dor crnica e subjetividade em oncologia. (artigo) In: Revista Brasileira de Cancerologia, Rio de Janeiro, 2002, p. 363-373.1. Acadmicas do Curso de Psicologia da Faculdade Santo Agostinho, 9 perodo, turma 01T9A.