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O papel da Paróquia na formação dos seus agentes Braga 30 de Julho de 2011 P.e Luís Miguel FIGUEIREDO RODRIGUES [email protected] 1

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O papel da Paróquia na formação dos seus agentes

Braga – 30 de Julho de 2011

P.e Luís Miguel FIGUEIREDO [email protected]

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?????

• O que é uma paróquia?

• O que é um cristão?

• O que é um agente de pastoral?

Conexões e/ou cisões!

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• Impossibilitado como está o Bispo de presidir pessoalmente sempre e em toda a diocese a todo o seu rebanho, vê-se na necessidade de reunir os fiéis em grupos vários, entre os quais têm lugar proeminente as paróquias, constituídas localmente sob a presidência dum pastor que faz as vezes do Bispo. As paróquias representam, de algum modo, a Igreja visível estabelecida em todo o mundo(SC 42).

Paróquia

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Paróquia

• A Paróquia é uma certa comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular, cuja cura pastoral, sob a autoridade do Bispo diocesano, está confiado ao Pároco, como seu pastor próprio. (CIC 515 §1)

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Cristão

«A mão do Senhor estava com eles e grande foi o número dos que abraçaram a fé e se converteram ao Senhor. A notícia chegou aos ouvidos da igreja de Jerusalém, e mandaram Barnabé a Antioquia. Assim que ele chegou e viu a graça concedida por Deus, regozijou-se com isso e exortou-os a todos a que se conservassem unidos ao Senhor, de coração firme;

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Cristão

ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. Assim, uma grande multidão aderiu ao Senhor. Então, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. Encontrou-o e levou-o para Antioquia. Durante um ano inteiro, mantiveram-se juntos nesta igreja e ensinaram muita gente. Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de “cristãos”» (Act 11, 21-

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Cristão

• No texto bíblico, cristão é sinónimo de:

– Discípulo

– Crente

– Irmão

– Santo

• É outro Cristo, é um fiel! Baptismo

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Porque participam no múnus sacerdotal, profético e real de Cristo, têm os leigos parte activa na vida e acção da Igreja. A sua acção dentro das comunidades eclesiais é tão necessária que, sem ela, o próprio apostolado dos pastores não pode conseguir, a maior parte das vezes, todo o seu efeito.

Agente de Pastoral(AA 10)

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Porque os leigos com verdadeira mentalidade apostólica, à imagem daqueles homens e mulheres que ajudavam Paulo na propagação do Evangelho (cfr. Act. 18, 18, 20; Rom. 16, 3), suprem o que falta a seus irmãos e revigoram o espírito dos pastores e dos outros membros do povo fiel (cfr. 1 Cor. 16, 17-18).

Agente de Pastoral(AA 10)

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Pois eles, fortalecidos pela participação activa na vida litúrgica da comunidade, empenham-senas obras apostólicas da mesma. Conduzem à Igreja os homens que porventura andem longe, cooperam intensamente na comunicação da palavra de Deus, sobretudo pela actividade catequética, e tornam mais eficaz, com o contributo da sua competência, a cura de almas e até a administração dos bens da Igreja.

Agente de Pastoral(AA 10)

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A paróquia dá-nos um exemplo claro de apostolado comunitário porque congrega numa unidade toda a diversidade humana que aí se encontra e a insere na universalidade da Igreja. Acostumem-se os leigos a trabalhar na paróquia intimamente unidos aos seus sacerdotes, a trazer para a comunidade eclesial os próprios problemas e os do mundo e as questões que dizem respeito à salvação dos homens, para que se examinem e resolvam no confronto de vários pareceres.

Agente de Pastoral(AA 10)

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Acostumem-se, por fim, a prestar auxílio a todaa iniciativa apostólica e missionária da sua comunidade eclesial na medida das próprias forças.

Agente de Pastoral(AA 10)

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Cultivem o sentido de diocese, de que a paróquia é como que uma célula, e estejam sempre prontos, à voz do seu pastor, a somar as suas forças às iniciativas diocesanas. Mas, para responder às necessidades das cidades e das regiões rurais, não confinem a sua cooperação dentro dos limites da paróquia ou da diocese, mas esforcem-se por estendê-la aos campos interparoquial, interdiocesano, nacional ou internacional.

Agente de Pastoral(AA 10)

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Agente de pastoral será, então, um fiel que, em razão do Baptismo, se compromete com a Missão da Igreja (Evangelizar) no seguimento de Cristo, Bom Pastor (Sacerdote, Profeta e Rei).

A diversidade de tipologias de agentes de pastoral depende apenas da diversidade de vocações, dons e carismas que o Espírito Santo suscita na Igreja, em cada tempo.

Agente de Pastoral

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Como formar na Paróquia?

Meta

«Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. E a vida que agora tenho na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e a si mesmo se entregou por mim» (Gl 2, 20).

«Mistagogia»

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«Para isso [a renovação da Igreja], é necessário um grande esforço de formação. Tendo como finalidade favorecer a compreensão do verdadeiro sentido das celebrações da Igreja e ainda uma adequada instrução sobre os ritos, tal formação requer uma autêntica espiritualidade e a educaçãopara vivê-la em plenitude.

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Mistagogia

Por conseguinte, há que promover ainda mais uma verdadeira «mistagogia litúrgica», com a participação activa de todos os fiéis, cada qual segundo as próprias competências, nas acções sagradas, particularmente na Eucaristia». (EE 73)

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Mistagogia

Mistagogia

• «na comemoração dos vinte anos do encerramento do Concílio Vaticano II, os Padres sinodais indicaram a mistagogia como um dos elementos principais para a renovação da Liturgia, afirmando: "A catequese [formação de um cristão], como já acontecia nos primórdios da Igreja, devem voltar a ser um caminho que introduza na vida litúrgica (catequese mistagógica)”» 40º Aniversário da SC (Dezembro 2003).

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Mistagogia

• «o vosso Sínodo pôs em evidência alguns temas essenciais, como a catequese e a mistagogia», (João Paulo II, Sínodo italiano sobre as Paróquias, Janeiro 2005)

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1) uma educação da fé que predisponha os fiéis cristãos a viverem pessoalmente o que se celebra.

2) uma evangelização que leve os fiéis cristãos a penetrarem cada vez mais nos mistérios que são celebrados.

3) é um viver no Mistério e a partir do Mistério de Deus, em Jesus Cristo (fruto da mistagogia).

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Mistagogia

A grande tradição litúrgica da Igreja ensina-nos que é necessário, para uma frutuosa participação:

– esforçar-se por corresponder pessoalmente ao mistério que é celebrado,

– através do oferecimento a Deus da própria vida em união com o sacrifício de Cristo

– pela salvação do mundo inteiro.

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Mistagogia (SaC 64)

Logo, é preciso promover uma educação da fé que predisponha os fiéis a viverem pessoalmente o que se celebra. Para isso, o caminho da formação de carácter mistagógico, que leve os fiéis discípulos cristãos a penetrarem cada vez mais nos mistérios que são celebrados

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Mistagogia (SaC 64)

• Na tradição mais antiga da Igreja, o caminho formativo do cristão - embora sem descuidar a inteligência sistemática dos conteúdos da fé -assumia sempre um carácter predominantemente experiencial, em que era determinante o encontro vivo e persuasivo com Cristo anunciado por autênticas testemunhas.

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Mistagogia (SaC 64)

• Quem introduz nos mistérios é primariamente a testemunha; depois, este encontro aprofunda-se, sem dúvida, na "iniciação cristã de carácter mistagógico" e encontra a sua fonte e ápice na celebração da Eucaristia.

• NB: Testemunho, Iniciação Cristã, Eucaristia!

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Mistagogia (SaC 64)

Desta estrutura fundamental da experiência cristã parte a exigência de um itinerário mistagógico, no qual se hão-de ter sempre presente três elementos:

a) - Interpretação dos ritos à luz dos acontecimentos salvíficosb) - A evangelização mistagógica

c) - Evangelizar todas as pessoas e a pessoa toda

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Mistagogia (SaC 64)

a) Trata-se, primeiramente, da interpretação dos ritos à luz dos acontecimentos salvíficos, em conformidade com a tradição viva da Igreja; de facto, a celebração da Eucaristia, na sua riqueza infinita, possui contínuas referências à história da salvação.

A minha também é uma história de salvação!

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Mistagogia (SaC 64)

b) A evangelização mistagógica há-de preocupar-se por introduzir no sentido dos sinais contidos nos ritos; esta tarefa é particularmente urgente numa época acentuadamente tecnológica como a actual, que corre o risco de perder a capacidade de perceber os sinais e os símbolos.

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Mistagogia (SaC 64)

Mais do que informar, a evangelização mistagógica deverá despertar e educar a sensibilidade dos fiéis para a linguagem dos sinais e dos gestos que, unidos à palavra, constituem o rito.

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Mistagogia (SaC 64)

c) A evangelização mistagógica deve preocupar-se por mostrar o significado dos ritos para a vida cristã, todas as suas dimensões:

– Inteligência

– Afectividade

– Vontade

Faz parte do itinerário mistagógico pôr em evidência a ligação dos mistérios celebrados no rito com a responsabilidade missionária dos fiéis discípulos cristãos.

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Mistagogia (SaC 64)

Aliás, a finalidade de toda a educação cristã é formar o fiel discípulo cristão enquanto «homem novo» para uma fé adulta, que o torne capaz de testemunhar no próprio ambiente a esperança cristã que o anima.

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Mistagogia (SaC 64)

• Condição necessária para se realizar, no âmbito da comunidade cristã, esta tarefa educativa é dispor de formadores adequadamente preparados;

– Mas todo o povo de Deus deve, sem dúvida, sentir-se comprometido nesta formação.

– Cada comunidade cristã é chamada a ser lugar de introdução pedagógica aos mistérios que se celebram na fé;

– O Espírito Santo não poupa a efusão dos seus dons para sustentar a missão apostólica da Igreja, a quem compete difundir a fé e educá-la até à sua maturidade.

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Mistagogia (SaC 64)

Mistagogia e transmissão da fé

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• A Igreja, na sua doutrina, vida e culto, perpetua e transmite a todas as gerações tudo aquilo que ela é e tudo quanto acredita»(DV 8).

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«Dado este último passo [celebração dos Sacramentos de IC], a comunidade, juntamente com os neófitos, aprofunda mais o mistério pascal e procura traduzi- lo cada vez mais na vida pela, meditação do evangelho, pela participação na Eucaristia e pelo exercício da caridade» (RICA 37).

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• Sínodo de 1977 diz que a Catequese [educação da fé] é:– Palavra: Este é um dos primeiros aspectos da missão da

Igreja: ela fala, anuncia, ensina, comunica com os outros(nº8).

– Memorial: Este é outro aspecto importante da acção da Igreja: ela recorda, comemora, celebra acções sagradas em memória do Senhor Jesus, realiza a «anamnese»(nº9).

– Testemunho: A Palavra enraizada na tradição viva é, deste modo, uma Palavra viva para o nosso tempo (nº10)

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Síntese

Faculdade do ser

humano

Tríplice Missão de

Cristo

DV 8 RICA 37 Sínodo 1977

Inteligência Profeta Doutrina Meditação do

Evangelho

Palavra

Afecto Sacerdote Culto Eucaristia MemoriaL

Vontade Rei Vida Caridade Testemunho

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Onde formar?

Comunidade(DGC 246-247)

Entre os caminhos da formação dos catequistas emerge, antes de mais nada, a própria comunidade cristã. É nesta que os catequistas [agentes de pastoral] experimentam a própria vocação e alimentam constantemente a própria sensibilidade apostólica.

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Uma comunidade cristã pode realizar vários tipos de acções formativas:

a) Uma delas consiste em alimentar constantemente a vocação eclesial dos catequistas, mantendo viva, nestes, a consciência de serem mandados pela própria Igreja.

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Comunidade(DGC 246-247)

b) Também é muito importante buscar o amadurecimento da fé dos próprios catequistas, através da via ordinária, mediante a qual a comunidade cristã educa na fé os próprios agentes pastorais e os leigos mais comprometidos. Quando a fé dos catequistas ainda não está madura, é aconselhável que eles participem do processo catecumenal para jovens e adultos. Pode ser aquele ordinário, da própria comunidade, ou um criado especificamente para eles.

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Comunidade(DGC 246-247)

c) A preparação imediata à catequese, feita com o grupo de catequistas, é um excelente meio de formação, sobretudo se acompanhado pela avaliação de tudo aquilo que foi experimentado nas sessões de catequese.

NB: Viver bem como cristão e preparar cada acção, de si, já é um excelente modo de formação

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Comunidade(DGC 246-247)

d) No âmbito da comunidade, podem ser realizadas também outras actividades formativas:

- cursos de sensibilização;

- retiros e convivências nos tempos fortes do ano litúrgico;

- cursos monográficos sobre temas mais necessários ou urgentes;

- uma formação doutrinal mais sistemática, por exemplo estudando o Catecismo da Igreja Católica.

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Comunidade(DGC 246-247)

São actividades de formação permanente que, juntamente com o trabalho pessoal do catequista, mostram-se muito convenientes:

• Alimentar a vocação

• Vida em e na Comunidade

• A preparação do seu trabalho apostólico

• Actividades pontuais

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Comunidade(DGC 246-247)

Frequentar uma Escola para catequistas é um momento particularmente importante no processo formativo de um catequista. Em muitos lugares, tais Escolas são organizadas num duplo nível: para «catequistas de base» e para «responsáveis pela catequese».

Pode ser oportuno, por economia de meios e de recursos, que tais escolas obedeçam a uma mais ampla orientação, dirigindo-se aos responsáveis pelas diversas acções pastorais.

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Diocese(DGC 248-250)

Uma formação catequética [pastoral] de nível superior, à qual podem aceder também sacerdotes, religiosos e leigos, é de vital importância para a catequese. Para tanto, renovam-se os votos de que «sejam incrementados ou criados institutos superiores de pastoral catequética.

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Interdiocesana(DGC 251-252)

Estes institutos superiores poderão ser de carácter nacional ou internacional. Eles deverão ser implementados como institutos universitários, no que concerne à organização dos estudos, à duração dos cursos e às condições de admissão.

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Interdiocesana(DGC 251-252)