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Entrevista: Projecto 100 riscos Profª Frederica Sampaio Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Director: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Glória Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria, Jorge Faria Email: [email protected] Abril 2011 nº 04 Mais um porto. Mais uma chegada. Mais um so- nho de novas partidas. Nem sempre a viagem é a mais confortável, nem sempre o caminho o mais curto, nem sempre o trajecto tranquilo. Todavia, inspirados pelo poeta transmontano, “corto as ondas sem desanimar./Em qualquer aventura, /O que importa é partir, não é chegar.” Por isso, com os olhos postos no porto seguinte, sempre, vamos chegando, viagem após viagem, a um novo ponto de partida. E neste círculo, circu- lar como a vida em que todos giramos, importa não quebrar, não ceder. Alentados e impulsionados pela energia dos nossos redactores e colaborado- res mais jovens, prosseguimos com entusiasmo até onde eles nos arrastarem e crédulos que da próxi- ma vez será melhor (ainda!) a caminhada. Acredi- tamos que novos peixes poderão ser atraídos pelo isco e, tal como vemos crescer, dia após dia, novas paredes na nossa escola, veremos também novos redactores a colocar a sua pedra neste belo edifí- cio. Belo, porque comum; edifício, porque constru- ído. E nada mais belo que a harmonia das coisas construídas em conjunto, elaboradas em sintonia, amadurecidas e trabalhadas com a obstinação do escultor que cria e esculpe a sua obra. Porque sei que brevemente estaremos de novo juntos nesta caminhada, terminamos felizes. E relembramos o encanto, a esperança e o êxtase de Miguel Torga perante o renascer cíclico da na- tureza: “O que é bonito neste mundo, e anima,/ é ver que na vindima/ de cada sonho/ fica a cepa a sonhar outra aventura.../ E que a doçura que se não prova/ se transfigura/ noutra doçura/ muito mais pura/ e muito mais nova.” Até breve, caro leitor! Prof.ª Glória Manuela Machado Editorial Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento Novembro 2010 a Março de 2011 Ciclo de Cinema na ESMS: Carlos Mesquita - Director do Cineclube p. 02 p. 8 p. 10 p. 22 p. 28 p. 24 p. 23 p. 34 Universo ESMS: ESMS permanece no N@escolas! Cursos profissionais: Dez erros a evitar no estágio Memórias da Escola: “As Nicolinas” Rui Teixeira e Melo Opinião: Educação na Pós-Modernidade Universo ESMS: Martins Sarmento no Medialab Ano Europeu do Voluntariado: Jovens em acção Entrevista, temas, iniciativas Projecto - p. 14 Em destaque educação sexual no ensino secundário projecto 100 riscos ‘O Pregão’ online em: http://issuu.com/opregao

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Entrevista: Projecto 100 riscosProfª Frederica Sampaio

Propriedade: Escola Secundária Martins SarmentoAlameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães

Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163Código da Escola: 402187

Director: José Manuel TeixeiraCoordenação Geral: Glória Manuela MachadoGrafismo e paginação: José Faria, Jorge Faria

Email: [email protected] 2011 nº 04

Mais um porto. Mais uma chegada. Mais um so-nho de novas partidas. Nem sempre a viagem é a mais confortável, nem sempre o caminho o mais curto, nem sempre o trajecto tranquilo. Todavia, inspirados pelo poeta transmontano, “corto as ondas sem desanimar./Em qualquer aventura, /O que importa é partir, não é chegar.”Por isso, com os olhos postos no porto seguinte, sempre, vamos chegando, viagem após viagem, a um novo ponto de partida. E neste círculo, circu-lar como a vida em que todos giramos, importa não quebrar, não ceder. Alentados e impulsionados pela energia dos nossos redactores e colaborado-res mais jovens, prosseguimos com entusiasmo até onde eles nos arrastarem e crédulos que da próxi-ma vez será melhor (ainda!) a caminhada. Acredi-tamos que novos peixes poderão ser atraídos pelo isco e, tal como vemos crescer, dia após dia, novas paredes na nossa escola, veremos também novos redactores a colocar a sua pedra neste belo edifí-cio. Belo, porque comum; edifício, porque constru-ído. E nada mais belo que a harmonia das coisas construídas em conjunto, elaboradas em sintonia, amadurecidas e trabalhadas com a obstinação do escultor que cria e esculpe a sua obra. Porque sei que brevemente estaremos de novo juntos nesta caminhada, terminamos felizes.E relembramos o encanto, a esperança e o êxtase de Miguel Torga perante o renascer cíclico da na-tureza: “O que é bonito neste mundo, e anima,/ é ver que na vindima/ de cada sonho/ fica a cepa a sonhar outra aventura.../ E que a doçura que se não prova/ se transfigura/ noutra doçura/ muito mais pura/ e muito mais nova.”

Até breve, caro leitor! Prof.ª Glória Manuela Machado

Editorial

Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento Novembro 2010 a Março de 2011

Ciclo de Cinema na ESMS: Carlos Mesquita - Director do Cineclube

p. 02

p. 8

p. 10

p. 22p. 28

p. 24

p. 23p. 34

Universo ESMS: ESMS permanece no N@escolas!

Cursos profissionais: Dez erros a evitar no estágio

Memórias da Escola:“As Nicolinas” Rui Teixeira e Melo

Opinião:Educação na Pós-Modernidade

Universo ESMS: Martins Sarmento no Medialab

Ano Europeu do Voluntariado: Jovens em acção

Entrevista, temas, iniciativas Projecto - p. 14

Em destaque

educação sexual no ensino secundário projecto 100 riscos

‘O Pregão’ online em:http://issuu.com/opregao

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Para um melhor esclarecimento acerca deste projecto, entrevistámos a sua co-ordenadora, Profª Frederica Sampaio

Em que consiste o projecto de “educa-ção sexual na escola”?

O “Projecto 100 Riscos”, projecto de Edu-cação Sexual da nossa Escola, consiste essen-cialmente numa tentativa de ir ao encontro das necessidades dos alunos, no âmbito da re-flexão e do esclarecimento relativo à vivência da sua sexualidade, de uma forma saudável e esclarecida, aplicando simultaneamente a Lei nº 60, de 2009, que determina a obrigatorie-dade de aplicação da educação sexual nos es-tabelecimentos de ensino secundário, a partir do ano lectivo 2010/2011.

Há constrangimentos na implementa-ção do projecto?

Há vários constrangimentos. Por exemplo, o facto de não existir na Escola um psicólogo efectivo desde o início do ano lectivo, nem elementos com formação na área da sexuali-dade, em número suficiente, para a integração no Gabinete de Apoio ao Aluno e com horas atribuídas para o fazer.

No entanto, a escola tem tentado contornar estes constrangimentos. Foi constituída a Equi-pa Multidisciplinar de Educação para a Saúde e Educação Sexual, que integra a Coordenadora da Educação para a Saúde e Educação Sexu-al, a Coordenadora dos Directores de Turma e respectivos assessores, a Coordenadora dos Directores de Turma dos Cursos Profissionais, a Coordenadora de Área de Projecto, uma Pro-fessora da Área de Expressões, a Chefe dos Assistentes Operacionais, o Presidente da As-sociação de Pais e Encarregados de Educação e a Coordenadora da Saúde Escolar do Centro de Saúde. Este conjunto de profissionais tem procurado trabalhar em colaboração, para a concretização dos vários pressupostos da Edu-cação para a Sexualidade na escola.

Mais recentemente, a Direcção conseguiu reunir condições para a disponibilização de uma psicóloga que se encontra já em funções na escola.

Neste contexto, no sentido de procurar colmatar algumas situações, de ajudar e de esclarecer os nossos jovens alunos, foi organi-zada a visita de todas as turmas da escola ao Espaço de Saúde Jovem (ESJ). A este espaço, que funciona no antigo edifício da estação de comboios, qualquer jovem pode-se deslocar para abordar questões de saúde física, psico-lógica ou social. O ESJ resulta de uma parce-ria entre o Centro de Saúde de Guimarães, o Instituto Português da Juventude e a Câmara Municipal de Guimarães e está aberto ao pú-blico todas as tardes úteis e à 5ª feira de ma-nhã. As referidas visitas decorrerão ao longo de todo o segundo período, tendo-se iniciado a 21 de Janeiro e, até ao momento, já ali se deslocaram 27 das 49 turmas da nossa escola.

Quais as vantagens, para os alunos da escola, da implementação da educação sexual?

A principal vantagem é a criação de um es-paço de reflexão conjunta, de modo a que os alunos possam adoptar atitudes de bem-estar e de valores positivos em termos de sexuali-dade, desenvolvendo, para tal, competências no concernente ao domínio e ao controlo de

estilos de vida mais saudáveis, preparando-se de forma harmoniosa para enfrentar os desa-fios e experiências da vida adulta, com com-portamentos sexuais, pessoais e sociais, mais responsáveis e ajustados.

E inconvenientes para os alunos?Bom, o tempo para abordar e esclarecer

todas as temáticas e dúvidas afins parece ser pouco, tal como referem alunos que já estão a trabalhar nas suas turmas e com os quais te-nho contactado.

Quais as suas expectativas perante a implementação do projecto?

Conseguir que, com o empenho de todos os alunos, dos professores, do Centro de Saú-de e da Equipa multidisciplinar de Educação para a Saúde e Educação Sexual, contribuir-mos para uma vivência equilibrada e saudável da sexualidade pelo maior número de jovens possível, fornecendo mais um recurso para o esclarecimento e construção da sua persona-lidade em formação.

Como se trata de um ano de implementação da educação sexual no ensino secundário e, em especial, na nossa escola, gostaria de sensi-

Entrevista

Profª Frederica Sampaio, coordenadora da Educação para a Saúde e Educação Sexual

Educação Sexual: Projecto

100 riscos

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O Pregão Abril de 2011

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bilizar os vários intervenientes neste processo para a importância do trabalho desenvolvido. Além disso, gostaria de garantir essa sensibi-lização e uma efectiva adesão dos docentes para esta nova realidade que implica uma abordagem diferente em termos operacionais.

Por outro lado, seria óptimo sentir que os próprios alunos tiram proveito de todo o pro-cesso numa perspectiva preventiva, que situ-ações de uma vivência da sua sexualidade de forma pouco saudável, pudessem ser atenua-das ou mesmo eliminadas.

Educação sexual igual a sexo?Não, de forma alguma! A educação sexual

pretende abordar os vários domínios da sexu-alidade. O domínio biológico da sexualidade não pode nunca ser abordado sem uma inte-gração coerente e atenta dos domínios psico--afectivo, social e ético da sexualidade.

Um corpo sexuado, com sistema reprodu-tor não é, de forma alguma, independente dos aspectos psicológicos de um ser humano, tais como a aceitação do corpo e da sua personali-dade, o respeito pelo próprio e pelo outro, tal como não é independente do contexto social em que este ser humano vive e se relaciona.

Foi fácil motivar os professores? E os alunos?

Os professores, como bons profissionais, têm a preocupação de procurar cumprir a lec-cionação dos programas que ensinam, pelo que se mostraram preocupados em “utilizar” tempos de aula para a abordagem desta temá-tica. Por outro lado, a educação para a sexua-lidade aparece como um novo tema a abordar numa aula de uma qualquer disciplina do ensi-no secundário, pelo que professores de algu-mas áreas se mostraram preocupados quanto a estarem preparados para o fazer.

No sentido de procurar esclarecer e motivar os professores, procurei estar presente nas reuniões de Directores de Turma que se reali-zaram ao longo do primeiro período (em arti-culação com a Coordenadora de Directores de Turma). Dinamizei também duas sessões: uma de “Esclarecimento sobre a implementação da educação para a saúde e educação sexual na escola”, no dia 29 de Setembro, destinada a professores da escola, e outra de “Reflexão sobre a educação sexual na escola”, no dia 3 de Dezembro e destinada a professores e pais e encarregados de educação. Esta sessão foi organizada com a preciosa colaboração da As-sociação de Pais e Encarregados de Educação, na pessoa do seu presidente, o Sr. Fernando

Fernandes, assim como com a ajuda da Enfer-meira Cristina Antunes. Para ir ao encontro das solicitações dos docentes e dos discentes, procurei a colaboração de entidades exterio-res à escola, no sentido de os apoiar nos seus Projectos Curriculares de Educação Sexual da Turma. Por fim, estabeleci uma ligação entre a escola e instituições da cidade que pudessem dar uma ajuda efectiva e que se tornou pre-ciosa na implementação da Educação Sexual, nomeadamente o Centro de Saúde, mais es-pecificamente, o Espaço de Saúde Jovem, que a tem prestado através da Enfermeira Cristina Antunes.

No entanto, à medida que os trabalhos de-correm, verifica-se que os professores, como profissionais polivalentes que são, têm traba-lhado esta temática com os seus alunos com bastante empenho e dedicação.

Quanto aos alunos, parece-me que estão naturalmente motivados, quer pela variedade de questões que foram convidados a colocar, anonimamente, no início do ano, quer pelo em-penho no trabalho que já vêm realizando, nas suas turmas, com os respectivos professores.

Será que os funcionários, os auxiliares da acção educativa da escola também têm um papel activo nesta transmissão de conhecimentos?

Sim, os funcionários também têm um pa-pel importante na abordagem de toda esta temática, assim como na implementação do projecto. Os auxiliares da acção educativa são quem, muitas vezes, se apercebem de situa-ções especiais relacionadas com os nossos jovens alunos. Alunos que andam tristes, pre-ocupados ou isolados, por exemplo, são fre-quentemente abordados e acarinhados pelos nossos auxiliares, nos corredores, no bar ou nos recreios. Tenho reparado, com satisfação, que há alunos que, para além de terem uma relação de cordialidade e carinho com alguns auxiliares, também a estes recorrem para soli-citar ajuda ou alguma orientação.

Como é possível implementar este pro-jecto numa escola sem as condições ide-ais para tal?

Com o empenho, a seriedade e a atenção de todos quantos são chamados a integrar e im-plementar o projecto – os alunos, os profes-sores, a Equipa Multidisciplinar de Educação para a Saúde e Educação Sexual e a Direcção.

As expectativas criadas, no início do ano lectivo, correspondem ao vivenciado

até à presente data?O que se alterou? Para melhor ou para

pior?Trata-se da implementação de um projec-

to – o projecto 100 Riscos. Este projecto foi apresentado no início do ano lectivo ao Con-selho Pedagógico e aprovado bem como o cronograma de acção e o seu envolvimento com os vários intervenientes em todo o pro-cesso. Um projecto tem objectivos e, neste caso, no âmbito dos valores e das atitudes, das competências pessoais e sociais, do co-nhecimento e da compreensão, mas também deve ser avaliado ao longo do tempo de im-plementação e, se necessário, reformulado, pelo que espero pelo final do ano e dos traba-lhos desenvolvidos por todos, para uma mais esclarecedora resposta a esta questão. Apesar de tudo, posso adiantar que, aparentemente, tudo tem corrido dentro do previsto.

Que actividades estão previstas para o 2º e 3º períodos?

Para os 2º e 3º períodos, está prevista a realização das actividades propostas em cada turma, de acordo com os Projecto Curriculares de Educação Sexual de Turma (PCT – ES) ela-borados por professores e alunos e aprovados nos Conselhos de Turma, no final do 1º perío-do e Conselhos de Encarregados de Educação, no início de 2ºperíodo.

As actividades serão, mais ou menos, visí-veis de acordo com o programado em cada tur-ma. Por exemplo, a turma 11º LH1 elaborou um cartaz subjacente ao tema “A sexualidade e os afectos” que já expôs num placard, no bar, no dia 14 de Fevereiro, dia dos namorados, por sua vez, a turma 1º PR tem já programado o visionamento de alguns filmes e uma reflexão conjunta, no âmbito do tema “Sexualidade e métodos contraceptivos”, como se encontra previsto no PCT-ES elaborado.

Há ainda turmas que irão trabalhar o tema por si seleccionado, com a colaboração de pro-fissionais da área, cuja colaboração solicitaram através da Equipa Multidisciplinar, sob a forma de pequenas palestras em agendamento.

Para além destas actividades e como já re-feri, a realização de visitas, por todas as tur-mas da escola ao ESJ, que têm decorrido, com normalidade e interesse por parte de todos.

O empenho, a dedicação e a colaboração de todos ajudam a alcançar um maior sucesso na implementação do projecto de Educação Se-xual 100 Riscos na nossa Escola.

Catarina, 11º LH; Filipe, 2º PTM

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Opinião

Uma escola, outrora o Liceu, transforma-se, agora, tal uma Fénix Renascida, dia após dia numa escola nova. Deambulando nos seus míticos jardins - jardins também da nossa memória - di-ferentes momentos, imensas au-las, convívios, desilusões, sonhos, fantasias que revolvem os antros do nosso adormecido e ilusório álbum de recordações.

Sem querer, tocamos no ine-vitável tópico que nos persegue e progressivamente mais nos atormenta. Cristãos ou ateus, o remoto e imortal Cronos, per-segue-nos. E, nesta fase de mu-dança, não deixa de ser oportuno relembrar o “cruel” deus grego (Saturno para os romanos), que, movido pelo temor da perda do seu trono, era capaz de devorar os próprios filhos. Transformado num mito, não perdeu, porém, até hoje a sua validade. Vemos constante e diariamente famílias, nações, povos destruírem-se pela ambição!

Mas o tópico que nos move hoje é outro. Tudo muda! Até a própria mudança, segundo o nos-so inolvidável Camões.

E nós, perplexos, questionamo-

-nos: afinal como muda o tempo? E, assim, somos levados a pensar na forma como o concebemos e o organizamos da forma por todos conhecida e por muitos povos adoptada.

O nosso calendário é fruto de uma longa gestação que atraves-sou vários séculos. Como tinha por principal função a regulação

das festividades religiosas, com-petia ao “Pontifex Maximum” (Chefe da Congregação Sacerdo-tal dos Pontífices) a conservação, a reforma e a vigilância do referi-do calendário.

O calendário primitivo de Roma (ao qual o nosso remonta) rece-be o nome por Numa Pompílio, segundo rei de Roma (séc. VIII

a.C.). Para este, o calendário era lunar (organizado segundo as diferentes fases da lua). O ano começava no início da primavera (prima = princípios; vera = Pri-mavera), concretamente em Mar-ço (em homenagem ao deus Mar-te). Era neste mês que chegava o bom tempo e, com ele, renascia a natureza e se retomavam os tra-balhos agrícolas e bélicos.

Séculos mais tarde (I a.C.), com Júlio César, uma pequena revolu-ção concedeu ao ano uma divisão matematicamente mais perfeita: o ano passa então a ser regido pelo percurso do sol, constando regularmente de 365 dias e doze meses. Cada mês passa a ter um número regular de dias, de dura-ção par ou ímpar, alternadamente, o que facilita a sua memorização. Um mês comum estava dividido em três partes essenciais: as ca-lendas (dia um de cada mês, dia da lua nova); as nonas (dia 5 ou 7, associado ao quarto crescente) e os idos (dia 13 ou 15, meados do mês, que coincidia com a lua cheia). Parece-nos, agora, óbvia a origem do nome “calendário”.

Como se pode concluir, tantos séculos depois, o calendário julia-

Dar à línguaProfs.: José Manuel Teixeira e

Glória Manuela Machado

Em tempos de mudança, de rotinas instaladas, de espaços ocupados, de pessoas que conhe-cemos, de memórias que revisitamos, no fundo de toda uma geografia de afectos tão sa-borosa, que inevitavelmente convocamos, apraz-nos também saborear este salto do muro.

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Opinião

Assembleia da República

11ºCT2

Foi com admiração e estupe-facção que saímos da Assembleia da República no passado dia 2 de Março, às 16h. Estava propos-ta, para esse dia, uma visita ao Parlamento, no âmbito do tema “Discurso Argumentativo”, da disciplina de Filosofia.

Depois de muitas medidas de segurança, aplicadas à entrada, foram-nos abertas as portas e sentamo-nos na galeria. As nos-sas expectativas eram grandes mas, logo deparamos com uma situação que nos desiludiu: to-das as regras de civismo básicas, aquelas que nos ensinaram duran-te 11 anos, pelo menos, os pais e professores, eram esquecidas e desrespeitadas, à nossa frente, por membros da sociedade cujo dever moral e profissional é “dar o exemplo”. Questionamo-nos sobre a importância da Assem-bleia da República: é este o local onde se decide o que acontece no nosso país?

Nós, adolescentes, que erramos e somos ainda irresponsáveis, como nos dizem, somos constante-mente repreendidos quando falamos em uníssono, quando não prestamos atenção, quando mantemos conversas paralelas. Qual não foi o nosso espanto quando, ao entrarmos no Parlamento, deparamos com uma atitude que nos confundiu completamente! Logo num primeiro relance, observámos que o núme-ro de deputados que faltavam na sala era incrível; o espaço estava pouco preenchido e, por todo o lado, víamos pessoas a falar umas com as outras; pesso-

as ao telefone; de pé; a andar e, muito poucos a ouvir quem fa-lava! Ali, sim, ali! Na Assembleia da República, vimos que há um grande desrespeito pelas nor-mas de educação cívica que se manifesta, por exemplo, no uso de pastilha elástica. À entrada do Parlamento, entre as restri-ções que nos impuseram, en-contrava-se a proibição de uso de pastilha elástica. Compreen-demos, claro, as apertadas me-didas de segurança exigidas e, como tal, não as questionamos porque concordamos com elas, mas interrogamo-nos acerca do respeito por essa instituição que não foi demonstrado pelos de-putados!

Passados 45 minutos do início da sessão, ainda entravam pes-soas na sala, atrasadas, algo que não nos é tolerado. Em alguns computadores, dislumbrava-se que os senhores deputados viam séries de televisão, falavam ao

telemóvel ou navegavam no facebook, enquanto que a nós nos é proibido o uso de telemóveis, de mp3, etc, nas aulas!

Legitimamente, e com propósito, questionamo--nos quanto ao efectivo exemplo a seguir! O que de-vemos pensar perante este cenário? Ainda estamos a tentar descobrir, mas só pudemos ficar desiludidos com esta nossa visita, porque, objectivamente, dei-xou-nos sem esperança no futuro do país do qual fazemos parte…

Já agora, vale a pena pensar nisto…

no permanence nos nossos dias, preservando-se a forma como organizamos o nosso tempo e, com ele, a nossa vida. Curio-so é observar que o calendário ocidental é quase integralmente o mesmo que foi usado pelos romanos. Poucas instituições foram conservadas tão intactas ao longo de tantos séculos!

Este calendário é também abundante em conteúdos lin-guísticos e um cenário para nar-rações mitológicas variadas, que nos ajudam a entender aconte-cimentos históricos e institu-cionais, cruciais para compreen-dermos o passado e que serão objecto das nossa próximas di-gressões.

(Esperamos, caros leitores, que não fiquem para as calen-das gregas*!)

Nota bene:Calendas gregas: expres-

são criada pelos romanos, que remete ironicamente para um momento vazio (para o “Dia de S. Nunca à Tarde”, “Quando às galinhas nascerem dentes” ou “Quando a vaca tossir”, di-ríamos hoje!), uma vez que as calendas eram um marco ine-xistente no calendário grego – o primeiro dia de cada mês, con-forme já se referiu, mas que só existia no calendário romano.

Passados 45 minutos do início da sessão, ainda entravam pessoas na sala, atrasadas, algo que não nos é tolerado. Em alguns compu-tadores, dislumbrava-se que os senhores deputados viam séries de televisão, falavam ao telemóvel, ou, além disso, navegavam no facebook, enquanto que a nós é-nos proibido o uso de telemóveis, de mp3, etc, nas aulas!

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Como surgiu a ideia da criação de uma TV online para Guimarães?

A “Guimarães TV” resulta do projecto “Cy-bercentro”, que nasceu há oito anos, mais pre-cisamente no dia 10 de Janeiro de 2003. Um dos serviços do Cybercentro é, justamente, a realização de trabalhos no âmbito audiovisu-al e multimédia. Nesse sentido, no dia 24 de Junho de 2007, nasceu a “Guimarães TV”. A criação deste projecto acaba por acontecer de uma forma natural, dado que deriva de uma das especialidades do Cybercentro de Guima-rães, que é, como disse, o tratamento de ima-gem nas suas mais diversas variantes.

Quantas pessoas colaboram neste pro-jecto e quais as suas funções na orgânica da Guimarães TV?

Quando nos colocam esta questão, costu-mo propor o seguinte exercício: no final de um programa de televisão, seja ele qual for, con-tem o número de nomes que são exibidos na ficha técnica, no final desse mesmo programa. Imensos, certamente! Porque fazer televisão é mesmo assim. Envolve um vasto conjunto de pessoas que têm um papel a desempenhar na sua estrutura. Quando nos reportamos a um projecto com uma dimensão mais locali-zada, o universo é diametralmente oposto. Mas a verdade é que o trabalho é o mesmo, os passos a dar para conceber uma reportagem não mudam. E não há forma de atalhar. Ora, isto implica uma disponibilidade muito grande por parte das pessoas que estão envolvidas na “Guimarães TV”. Aliás, o nível de recursos hu-

manos, não existe nenhum quadro especial-mente contratado para a “Guimarães TV”. Os recursos humanos do Cybercentro (5) estão acoplados à GMRtv. Até porque sabemos que o histórico de projectos desta natureza diz--nos que, ao fim de meia dúzia de meses, o entusiasmo na “alimentação” de uma televi-são local acaba por se diluir. Orgulhosamente, estamos quase a completar o 4º aniversário. E, aqui, os colaboradores e voluntários da “Guimarães TV” têm um papel extremamen-te determinante, muitas vezes, decisivo.

Até ao momento, desde a sua funda-ção, quais os acontecimentos mais mar-cantes que ocorreram na história do Cy-bercentro e Guimarães TV?

Imensos, como devem imaginar. O desen-volvimento de uma plataforma digital para a primeira edição do Rock in Rio, em Portugal, foi um dos mais importantes. Permitiu-nos ganhar prestígio e credibilidade no mercado. A responsabilidade foi do Cybercentro de Guimarães, num trabalho efectuado de for-ma exemplar pelo nosso técnico, Luís Grave. Quanto à “Guimarães TV”, todos os aconte-cimentos são marcantes. Todos, mesmo! Sem excepção. Aí, é que reside a adrenalina de um projecto desta natureza. Nenhum dia é igual ao anterior. E nasce o fascínio!

Quais os critérios e metodologia segui-dos na criação de uma reportagem a emi-tir pela Guimarães TV?

Terá que ter uma abrangência local, prefe-rencialmente de Guimarães. Sempre. Essa é a primeira condição. Depois, terá que interessar ao público, seja ele maioritário ou minoritário. Aliás, acho que esse tem sido o nosso “segre-do”. A realização de trabalhos junto de públi-cos que não costumam ter “voz” tem permiti-do criar uma coesão que se propaga a todos os sectores da sociedade, através da recomenda-ção de peças, de partilha de reportagens, da conversa entre amigos...

Objectivos, planos e metas futuras.A nossa filosofia é pensar, paulatinamente,

sem pressas de nada. Apenas com um objecti-vo: Sermos os olhos de Guimarães para aque-les que estão cá dentro e para os que não es-tão. A esse respeito, a comunidade emigrante vimaranense tem sido muito fiel à GMRtv. As estatísticas semanais são reveladoras disso mesmo. Há uma procura crescente da parte dos utilizadores que estão no exterior e que vêem na “Guimarães TV” uma janela informa-tiva, sendo a única de Guimarães que é actua-lizada 24 horas por dia, nos 7 dias da semana.

Que características deve reunir um re-pórter de imagem?

Ser perspicaz, disponível, curioso q.b., pro-fissional. Estas características são suficientes. Contudo, nós elevamos sempre a fasquia. E não nos resignamos pelo suficiente...

1º PTM

EntrevistaEntrevista

Dr. Vítor Oliveira Director Cybercentro

“Nosso objectivo: sermos os olhos de Guimarães para aqueles que estão cá dentro e para os que não estão”

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Quando se reflecte acerca da educação, creio que nenhum pressuposto é conclusivo e afirmar que educar, pelas variantes que o con-dicionam, pelas inovações tecnológicas ao seu serviço, pelos seus agentes que se recusam ao mutismo do expectável, é um desafio perma-nente - um compromisso com o que há-de vir.

É ponto assente que, no decorrer dos tem-pos, a educação evoluiu extraordinariamen-te, pois novos contextos, novas exigências, novos posicionamentos da escola, novos rostos no pensar este processo (envolven-do professores, alunos, pais, encarregados de educação...) emergiram. No entanto, há questões que permanecem no centro das preocupações de quem desempenha funções docentes, e que são intemporais:

Que aluno é este que a escola precisa, hoje, de formar? De que ferramentas dispo-mos para lhe transmitir saberes? Que papel desempenha o mundo tecnológico na escola? Que tipo de professor devemos nós ser? Será possível construir um modelo de ensino que vá ao encontro das expectativas pessoais do aluno, num ensino de massas? Estas são al-gumas interrogações e exigências colocadas à educação dos dias de hoje, mais que nunca.

À medida que o século avança, a educação continua a estar no centro das preocupações políticas dos países de todo o mundo. Preco-niza-se uma visão valorativa do saber onde as pessoas sejam encorajadas e habilitadas a agarrar oportunidades de aprendizagem ao longo da sua vida. Daí, como nunca, se ve-nha a exigir e esperar cada vez mais do pro-

fessor, já que dele depende, em grande parte, que esta visão se venha ou não a concretizar. Ora, então, com esta missão tão importante, como poderá o professor, num mundo em plena revolução tecnológica, das comunica-ções e informação, responder a todas estas novas dimensões de exigência? Em primeiro lugar, as consequências no campo do conhe-cimento no advento da globalização: o saber – até então de âmbito mais restrito – é, ago-ra, extraordinariamente acessível, imediato e quase instantâneo. Se, por um lado, é impor-tante que as escolas estejam apetrechadas com novas formas de lidar e aceder ao saber propagado por meios tecnológicos, isso pou-co adianta se o acesso a esse conhecimento não for feito de forma a contribuir para um real enriquecimento cultural. Exige-se um olhar crítico e reflexivo no uso destas novas tecnologias que colocam o aluno frente a frente com o saber. Como afirma o relatório da Unesco: “Estão a emergir novas possibili-dades que mostram já um poderoso impac-to na satisfação básica de aprendizagem, e é visível que o potencial educativo destas pos-sibilidades ainda mal se aproveitou”. Neste domínio, a meu ver, ao professor cabe, entre outras, duas tarefas fundamentais: a media-ção e a investigação. Mediação neste pro-cesso de aprendizagem por forma a capacitar o aluno a aprender, ressaltando que o saber não está pronto e nem é absoluto. Um procu-rar mostrar aos alunos um ponto de vista do mundo que eles ainda desconhecem, com de-dicação e com entusiasmo; uma troca de sa-

beres para que o aluno seja capaz de intervir na sua realidade a partir desse conhecimento. Para além de mediador, os professores pre-cisam, igualmente, de ser investigadores in-cansáveis. Não de uma investigação que vise apenas o acumular de informações, mas sim uma pesquisa que ambicione novas técnicas de ensino, melhor aplicação dos métodos já existentes. Pensar um professor como mero transmissor do conhecimento é, de facto, pensar um professor incompleto. Cabe ao professor de hoje e de forma a concretizar uma efectiva aproximação às expectativas do aprendiz, criar situações em que é o aluno o descobridor do conhecimento. Convém não dar o prato feito, mas sim criar aventuras de descoberta do processo da sua feitura. Criar alunos produtores e transformadores de co-nhecimento. Na verdade, o educador também aprende enquanto ensina e o aluno enquanto aprende, também ensina.

É sobejamente sabido que a escola de hoje actua voltada para variadíssimas frentes, mas somente nessa perspectiva envolvente é que poderá continuar a ocupar um lugar de destaque nas prioridades civilizacionais e no quotidiano das novas gerações. Hoje, edu-car marginaliza a mera instrução, superada pela sempre e renovada informação. Efecti-vamente, os desafios da educação nos dias de hoje vão além de instruir e informar. Os desafios são outros: “contribuir para o desen-volvimento, ajudar as pessoas a compreender e, em certa medida, a aceitar o fenómeno da

Educação na pós modernidade

Prof. José Luciano Faria

Opinião

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globalização e a fomentar a coe-são social – devem ser enfrenta-dos desde a escola primária e se-cundária.” (UNESCO, 1998: 13).

Face a tantas transformações que o presente momento nos propicia, à escola - principal meio de difusão do conhecimento, órgão formador e espaço para a pesquisa -, cabe uma postura firme de não aceitação do fazer por fazer. A posição do professor redefiniu-se, diante da falta de compromisso, pois deixou, já há algum tempo, o seu papel redu-tor somente ligado ao quadro e ao giz. Uma lufada de ar fresco retemperou-o, passando a ser o agente de libertação do seu alu-no, colocando, este, por sua vez, no centro da aprendizagem, den-tro da escola.

A escola actual tem, assim, embora não exclusivamente, o propósito de uma formação ao mesmo tempo individual e co-lectiva. Contudo, se no presente panorama educativo é fácil reco-nhecer, em relação aos alunos, desenvolvimentos acrescidos nos domínios da sociabilização, da motivação e do apelo afec-tivo, convém lembrar que estes domínios não podem crescer à custa de um facilitismo, que en-

divida o rigor científico e a se-riedade de uma aprendizagem honestamente alcançada.

A isso refere Frederico Mayor, director geral da Unesco: “é ne-cessário redobrar esforços no sentido de garantir que a educa-ção ministrada é de elevada qua-lidade e relevante para as qua-lidades sociais. Isto é essencial, com efeito, se se pretende que os jovens adquiram os conhecimen-tos, as competências, as atitudes e os valores que necessitam para terem vidas activas e produtivas nas futuras sociedades assentes no saber” (UNESCO, 1998: 5).

Conforme já referido, a nova

geração está a dar entrada num mundo em mudanças e em que todas as esferas: a científica e a tecnológica, a política, a social e a cultural devem coabitar har-moniosamente. Os contornos da sociedade futura, “baseada no conhecimento” (UNESCO, 1998: 13) estão a perfilar-se a passos largos. Mas, atendendo à nossa experiência pessoal como professores dever-nos-emos questionar quanto à real preo-cupação/motivação dos alunos, face à sua aprendizagem. Estarão eles cientes da importância do conhecimento na sua formação profissional e pessoal? Tão ou

mais preocupante é o papel dos encarregados de educação, nes-te processo educativo, mas será verdade o desabafo, muitas ve-zes escutado, que diz que os pais, enquanto encarregados de edu-cação, se demitem dessas fun-ções e delegam essas competên-cias à escola? Mais que tirarmos conclusões, urge reflectirmos sobre estas questões, no sentido de possibilitarmos à escola con-dições conducentes a um ensino e a uma aprendizagem eficazes. A solução poderá, muito bem, ser conforme defende Paulo Freire: “Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados a responder ao desa-fio. Desafiados, compreendem o desafio na própria acção de capacitá-lo.”

Face a tantas transformações que o presente momento nos propicia, à escola (...), cabe uma postura firme de não aceitação do fazer por fazer. A posição do professor terá, obrigatoriamente, que se redefinir diante da falta de compromisso, pois deixou, já há algum tempo, o seu papel redutor somente ligado ao quadro e ao giz.

Opinião

Na verdade, o educador também aprende enquanto ensina e o aluno enquanto aprende, também ensina.

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10Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

As Nicolinas

Todos os anos, na última sexta-feira de Setembro, no fim das aulas, por volta das 18 horas, a Academia Vimaranense é cha-mada ao Jardim do Carmo a fim de eleger, entre os estudantes das Escolas Secun-dárias, aqueles que os irão representar na Direcção da Academia Vimaranense e que ficarão encarregados de organizar as Festas desse ano. Aí são eleitos 10 estudantes, dis-tribuídos por cargos desde o Presidente até ao 2º Vogal de Festas, passando pelo Te-soureiro e pelo Chefe de Bombos, cada um com atribuições mais ou menos definidas.

Anos houve em que os membros da Aca-demia Vimaranense (vulgo Comissão de Festas Nicolinas) foram menos do que os sobreditos 10, sem que as Festas, contudo, tenham perdido o seu fulgor.

A partir dessa data, os estudantes eleitos, devidamente trajados, partem de porta em porta, pedindo à população vimaranense o necessário montante para que as Festas se realizem, conforme o que as pessoas quise-rem e puderem dar.

A primeira aparição pública oficial da Co-missão de Festas realiza-se no dia 1 de No-vembro, data em que a Comissão se deslo-ca ao cemitério da Atouguia, empunhando a bandeira da Academia Vimaranense, para fazer a justa homenagem a todos os fale-cidos que contribuíram para as Festas, na sua organização ou pela sua participação activa.

Entretanto, após esta data, os estudan-tes reúnem-se nas Moinas que se traduzem na oferta de lanches e beberetes por par-te de famílias já previamente combinadas com a Academia. Normalmente, as Moinas oferecem sãos momentos de convívio, fa-zendo os estudantes um cortejo até à casa na qual a Moina é dada. Muitos estudantes aprendem a tocar caixa e bombo nestas al-turas, tal como nos Ensaios que vão sendo

marcados pela Comissão, quer nas Escolas, quer em locais públicos, designadamente na Praça da Mumadona, em frente ao Tribunal.

E, quando se dá pelo correr dos dias, já é o dia do Pinheiro.

O Pinheiro consiste num cortejo, efectu-ado por milhares de estudantes, de todas as idades, tocando caixas e bombos, entoan-do o “toque do Pinheiro”, em que é levado o maior pinheiro da região (oferecido des-de há muito, pelos proprietários da Quinta de Aldão), puxado por uma carroça de bois, desde o Cano até ao início da Avenida D. João IV. É aqui que, desde há relativamen-te poucos anos, o Pinheiro tem o seu “úl-timo pouso” enquanto mastro anunciador das Festas. É costume também a Comissão escrever umas quadras críticas do que se vai passando na cidade que acompanham o cortejo.

Nem sempre o Pinheiro foi aí erguido, há mais de vinte anos, quando eu, enquanto estudante da Escola Secundária Martins Sarmento, participava no Pinheiro, este era erguido no terreno no qual está agora im-plantado o S. Francisco Centro. No entanto, o Pinheiro foi tendo diversos “pousos”, até ser arranjado o local definitivo, próximo do Monumento ao Nicolino, uma escultura de José de Guimarães.

Durante todo o período das Festas de-vem também ser realizadas as Novenas que consistem em nove missas celebradas pela alvorada, nas quais se faz o culto ao S. Nicolau, padroeiro das Festas. O número, apesar de ter um toque próprio, tem caído em desuso, mas a Comissão faz pelo me-nos uma “Novena” durante o período das Festas.

Espelho de uma tradição popular, as Roubalheiras são outro dos números prefe-ridos da Comissão. Consistem num grupo de estudantes, organizados pela Comissão,

que numa determinada noite (que só eles e a PSP sabem qual é) se dedicam a surripiar tudo o que vejam à frente para depois colo-car tudo o que surripiaram no Largo do Tou-ral. Este número esteve suspenso, segundo sei, entre 1973 e 1994, porquanto começa-ram a entrar na Festa os verdadeiros amigos do alheio e nesse ano alguém se lembrou de descer a Avenida Conde Margaride com… uns carrinhos de choque…

As Posses são outro número que, de-pois de ter conhecido momentos de menor fulgor, designadamente, nos anos oitenta, ressurgiram em grande forma no final da década de 90 e assim se mantêm até hoje para gáudio dos Nicolinos. Nas Posses a Comissão é acompanhada por uma banda que toca o Hino de S. Nicolau, ao som do qual os estudantes dançam. A 4 de Dezem-bro, todos os anos, a Comissão passa por baixo de varandas cujos donos estão pre-viamente combinados, berrando “E venha a Posse! E venha a Posse!” ou “Que venha a Posse!” Normalmente, o dono da casa ou alguém por si convidado recita um texto em verso (não obrigatoriamente) e a final faz descer um cesto com “comes e bebes” que a Comissão recolhe num carro e que depois devolve à cidade no Magusto que é realizado na Praça de Santiago e na Praça da Oliveira, normalmente por baixo dos ar-cos do antigo Paço Municipal.

Um dos dias que levarei para sempre na minha memória será o dia 4/12/08, no qual tive a honra de apresentar a Posse da nossa Escola, por mim escrita, consultável em www.blogdosubmarino.blogspot.com buscando as palavras “Posse do Liceu”.

O dia 6 de Dezembro – dia de S. Nicolau – é reservado às Maçãzinhas que é outro dos números emblemáticos das Festas, ou não fosse ele no Dia de S. Nicolau. Neste número os rapazes estudantes vestem-se

Memórias da escola

Rui Teixeira e MeloAdvogado; antigo aluno do Liceu de Guimarães

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das mais variadas manei-ras, disfarçando-se, ao mesmo tempo que as ra-parigas se colocam numa varanda à espera que o ra-paz lhe estenda uma lança na qual a menina colocará uma prenda. Trata-se de uma reminiscência dos antigos namoros que se faziam à janela e muitas vezes às escondidas de toda a gente. O número, apesar da democratiza-ção das relações, man-tém o seu brilho e ainda há dois anos, um amigo e nicolino, participou nas Maçãzinhas no dia do seu casamento e dali saiu com a sua noiva para o altar…

Nessa noite acontecem ainda as Danças. Este número consiste num teatro satírico, ao género re-vista, em que a crítica social local e nacio-nal tem o seu palco pela voz e mestria dos Velhos Nicolinos. É normalmente um es-pectáculo de altíssima qualidade, que já foi encenado em vários espaços na cidade, mas ultimamente tem lugar no Centro Cultural Vila Flor. Aí os Velhos exorcizam as suas sau-dades, libertando em palco o estudante que ainda há em cada deles.

A finalizar – no dia 7 de Dezembro – o Baile Nicolino fecha as hostilidades, com um jantar e uma noite de bailarico com uma banda e os estudantes a convidarem a sua “mais-que-tudo” para uma noite que pro-metem ser única.

Deixei propositadamente para o fim o Pre-gão (a menina dos meus olhos) que tem lu-gar no dia 5 de Dezembro, embora já tenha sido recitado noutros dias, tal como, aliás, as Danças nem sempre tiveram lugar no dia 6 de Dezembro.

Tal qual se fazia no séc. XVIII, com o pregão real: os estudantes, em grande gru-po, e com toques de caixa repicada e bombo ritmado, agreste e barulheira pró-pria, apresentam-se à cidade apregoando as suas reivin-dicações e apresentando as suas críticas e desejáveis as-pirações para o futuro.

O Pregão começou por chamar-se o Bando Escho-lástico, e na feliz descrição do site da Associação dos Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães é constituído por epigramas satíricos aos costumes; alusões pícaras aos sucessos escolares; amavios românticos às damas; coris-cadas virulentas aos intru-

sos; panegíricos Camonianos aos Deuses gentilicos; brejeirices picantes às criadas e costureiras; facécias críticas aos go-vernantes municipais, pançadas risonhas aos burgueses; hossanas campanudas à política de cada época.

Enfim, os estudantes trajados de traba-lho: camisa branca e lenço tabaqueiro; calça escura e barrete, as caixas e bombos ante-cedendo o porta-bandeira da Academia a cavalo. Aproxima-se então o coche do pre-goeiro, com a multidão aconchegando-se para ouvir os ditos recitados a plenos pul-mões pelo pregoeiro.

O Pregão é um texto escrito em verso, ul-timamente em oitavas e verso alexandrino, através do qual os estudantes dão voz ao que os entristece e ao que os alegra durante todo um ano lectivo.

Escrevi, com enormíssimo orgulho, ao lon-go de dez anos o Pregão da Academia Vima-ranense. Umas vezes mais inspirado, outras menos, certo é que o Pregão é das poucas

coisas que vai ficando de uns anos para os ou-tros, existindo exemplares desde 1817, com-pilados em 1996 pela Associação de Antigos Estudantes do Liceu de Guimarães em livro.

O “Pregão” será, certamente, dos núme-ros mais antigos das Festas. Isto porque servia antigamente para anunciar as Festas Nicolinas, numa altura em que estas se rea-lizavam em apenas dois dias, o dia 6 de De-zembro, dia de S.Nicolau e no dia anterior (5 de Dezembro), realizava-se o “Pregão” que tinha como objectivo apenas anunciar as Festas e proclamar pela cidade a crítica social e política.

O Pregão que hoje se recita com liberda-de foi, também ele, alvo da censura, sendo observado pela mesma, durante os anos de ditadura Salazarista, havendo notícia de um pregoeiro ter sido preso por ter recitado um Pregão menos condizente com as ideias po-líticas da época. Daí que, ainda hoje, os ele-mentos da Comissão de Festas usem mas-carilha para taparem simbolicamente a cara.

Deixo aqui, para finalizar, parte de um dos meus textos, do ano de 2001:

“Acorda Guimarães! O Pregão está na rua!Eu sou o porta-voz da Academia tua!Eu canto a juventude e a rebeldiaE já Nicolau me deu carta de alforria.Futricas, ouvi-me, que eu por aqui não ficoPorei a vossa tola em forma de penico.Se eu ouço um ai, se levantais o nariz,Acabareis molhados no velho chafariz!

Outros que cá venham o Pregão avacalharSaibam que esta hora não foi feita p ra

zurrarPorque este estudante ninguém o amansaE poderá findar, em teu rabo, minha lança.Hoje eu detenho o poder legislativoDecretei silêncio no programa festivoE se daqui vislumbro o focinho do cameloNesse meu Decreto ao murro ponho o

selo.”

O Pregão que hoje se recita com liberdade foi, também ele, alvo da censura, sendo visado pela mesma durante os anos de ditadura Salazarista e havendo notícia de um pregoeiro ter sido preso por ter recitado um Pregão menos condizente com as ideias políticas da época. Daí que, ainda hoje, os elementos da Comissão de Festas usem mascarilha para taparem simbolicamente a cara.

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12Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Decorria o ano de 1994 quando, em reunião do 8.º Grupo (A e B), assim se designava nessa época, um “louco” deci-diu apresentar um projecto megalómano, imediatamente rejeitado pelos seus pares.

Já em Maio/Junho de 1995, esse mes-mo “louco” voltou a expor em reunião do referido Grupo, de forma pormenorizada e habilmente cuidada, esse mesmo projecto, demonstrando a sua inabalável vontade de vê-lo incluído e executado nas actividades do ano lectivo de 1995/96. E não é que, desta vez, a recepção foi positiva e uns “semi-loucos” aceitaram o convite para fazerem parte da Comissão Organizadora?!

Estávamos no crepúsculo das Jornadas Nacionais sobre a Língua Portuguesa, no dealbar das múltiplas reuniões que nos es-peravam, dos contactos frequentes com os linguistas da UM, dos convites a orado-res reconhecidamente distintos e a entida-des oficiais, dos protocolos indispensáveis, da elaboração do programa, da divulgação da efeméride e da necessária abertura de inscrições. Período difícil, mas desmesura-damente apaixonante, para quem sempre soube equacionar o tempo, continuando a dar o seu melhor, e sem falhas, no desem-penho da sua profissão.

E eis que, perante um programa deveras ousado, com especialistas de renome (al-guns vindos do estrangeiro), começaram a chover os telefonemas e a chegar as im-paráveis inscrições que, pelo seu número, causaram, por breves momentos, embara-ço à Organização. Na verdade, enviadas do Norte, Centro e Sul (Alentejo e Algarve), do Interior e Litoral, e até da vizinha Es-

panha, eram já 570 os inscritos, para um Auditório (o da Universidade do Minho) que não possuía senão 500 lugares. O que fazer? Impedir a participação a quem tinha sede (ou fome) de (in)formação? Isso seria negar o principal objectivo das Jornadas. E assim, com a devida autorização da Uni-versidade, foram colocadas cadeiras nos espaços mais amplos do Auditório, para que todos pudessem usufruir destes mo-mentos, que se adivinhavam sobredoura-dos, da Língua e Literatura Portuguesas.

Chegado o aprazado e ansiado dia 22 de Abril de 1996, foi no Salão Nobre do Paço dos Duques de Bragança que, com-pletamente cheio e com uma Mesa de Honra distinta, formada por figuras públi-cas e académicas (o Ministro da Cultura de Cabo Verde e o Secretário de Estado das Comunidades, entre outros), foi solene-mente proclamada a Abertura das Jorna-das (Inter)Nacionais sobre a Língua Portu-guesa e interpretado o Hino Nacional.

Tal como na Sessão Solene, também os múltiplos painéis dos três dias das Jorna-das foram repletos de interesse e de en-tusiasmo, demonstrados por uma assem-bleia que, de diferentes raças, comungava (e comunga) a mesma Língua.

Ainda o Congresso decorria e já a fama do seu êxito e do seu valor corria o país, “obrigando” os órgãos de comunicação social (jornais, rádios e televisões) a pro-curar e a entrevistar, in loco, organização, oradores e participantes.

E porque o êxito foi verdadeiramente total, levando, na parte final das Jornadas, os mais de quinhentos e cinquenta con-

gressistas, em pé e com fortes aplausos, a proclamarem-se “cidadãos da Língua Por-tuguesa no Mundo”, afirmando, entusiás-tica e repetidamente em coro, a máxima metamorfoseada de Fernando Pessoa “A Nossa Pátria É A Língua Portuguesa”, foi veementemente solicitado à organização o prosseguimento das Jornadas.

E assim aconteceu. Estas Jornadas pas-saram a ser designadas como as primeiras, seguindo-se-lhes as II, III e IV como o lím-pido espelho do êxito das que aqui suma-riamente ficam retratadas.

Quinze anos estão quase passados, mas em qualquer parte do país, aquando da re-alização de qualquer encontro linguístico e/ou literário, ainda se fala das Jornadas de Guimarães e, consequentemente, da Escola Secundária Martins Sarmento.

Ainda bem que há “loucos” que teimam na sua”loucura”.

Parabéns aos “loucos” que com este “louco” trabalharam em prol da Língua Portuguesa.

Com amizade para os “loucos” do futuro.O “louco”

De um “louco” para os “loucos” do futuro

Prof. Doutor João FerreiraEx Professor da ESMS-jubilado

Memórias da escola

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O BigodesDra. Manuela AlcântaraEx Professora da ESMS (1960-1993)

Mudámos em Janeiro de 1961, há preci-samente 50 anos. Para quem vinha do ve-lho casarão de Santa Clara, o novo Liceu era um mimo: tinha nas salas de aula mesinhas individuais com tampo de fórmica verde, laboratórios de física, de química e de ci-ências naturais devidamente apetrechados, oficinas, biblioteca, anfiteatros, dois giná-sios, refeitório, recreios cobertos, campos de jogos…

No exterior, as árvores eram ainda me-ninas e os arbustos recém plantados mal começavam, naquele Inverno, a lutar pela vida. Para cuidar de umas e de outros era preciso um jardineiro.

Veio o Teixeira, um homem de meia--idade, simples, um pouco rude, analfabeto. Além de jardineiro, era também uma espécie de guarda-nocturno e de guarda diurno. Ti-nha um quarto nos baixos que dão para o recreio, onde vivia sozinho, e apenas aos do-mingos à tarde abandonava o Liceu e ia visi-tar a mulher, que continuava a morar numa aldeia vizinha. Era essa a sua única folga.

Os rapazes ricos e “bem-educados”, que muitas vezes sabem ser cruéis, gostavam de correr atrás do pobre homem, chamando--lhe Bigodes e outros nomes. Então o Tei-xeira perdia a calma, gesticulava e chegava a dizer impropérios. Era a reacção desejada: a malta rejubilava.

Fora estes episódios, o jardineiro devota-va-se ao seu trabalho. Havia flores no jardim e até um marmeleiro, com cujos frutos a Emilinha da cantina fazia marmelada.

Competia também ao Teixeira zelar pela

limpeza dos pátios. E corria com os parzi-nhos que namoravam sentados nos bancos ou à sombra das árvores, sobretudo se os encontrava aí nas horas de aulas. E ralhava, com voz grossa: “Quando é recreio, é recreio; quando é leitura, é leitura!”. Queria dizer na sua linguagem o velho jardineiro, com o seu douto saber de analfabeto aprendido com as árvores e as flores, que há tempo para tudo, e que tudo tem o seu tempo: semear, po-dar, colher, estudar, jogar à bola. E que, no tempo certo, é preciso empenharmo-nos a fundo na tarefa que nos compete (“Quando é leitura, é leitura!”). Ou seja: nas horas de aula, as fugas para o jardim estão proibidas.

Lembro-me do Bigodes, calçado de ta-mancos, idoso e rezingão, para quem es-tudar era um privilégio que nunca tivera – ele como tantos outros. Um bem que os jovens irrequietos que o atormentavam não tinham o direito de desperdiçar. Ele bem sa-bia que, na Escola da Vida, nem sempre há novas oportunidades (N.O.).

Bigodes era, afinal, um jardineiro filósofo. Quem diria?

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14Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Como na série “Upstairs-Downstairs”, sala dos professores em cima, a dos alunos em baixo, talvez para estarem próximos dos recreios. Livros? Aferro-lhados a sete chaves numa biblioteca por onde pas-savam apenas meia dúzia… Bar? Não havia. Cantina, sim, onde imperava a Emilinha, incontestada, cozi-nhando os “petiscos” possíveis, mas bem apalada-dos. No lugar do actual bar havia um enorme benga-leiro, deserto as mais das vezes, pois, não dispondo de funcionário responsável, poucos se atreviam a deixar lá os seus pertences. Recreios? Alcatrão de romper calças e joelhos, um para os rapazes, outro para as raparigas… Escadas? Igual, umas para eles, outras para elas… e outra especial para professores… Reprografia? Que é isso?! Acho que nem a palavra era conhecida… Uma máquina a álcool reproduzia, num vão de escada, os necessários testes de fim de período, vindo a ser substituída pelas policopiado-ras e, depois, pelas fotocopiadoras recentemente chegadas ao mercado, as quais, talvez devido à so-brecarga filha da “facilidade” em fotocopiar tudo… avariavam com frequência…

Se o professor era “de ideias…loucas” e queria apresentar aos alunos uma voz/ pronúncia diferente da sua… pedia licença(!) e trazia de casa o seu gira--discos… Certo é que a “licença” jamais foi negada a quem, responsavelmente, procurava sair do ram--ram rotineiro – embora nem todos estivessem “pe-los ajustes” quando o “atrevimento” questionava o ”status quo”…

Aos poucos, a casa fechada, interdita, guardada “ferozmente” pelo Senhor Teixeira, passou a permi-

tir o uso dos campos de jogos ao fim-de-semana, ou ao fim do dia, após as aulas; convidados vieram fazer palestras, trazer “o mundo lá de fora” para dentro dos muros da escola; filmes, exposições, discussões muitas, sobre variadíssimas questões, umas mais im-portantes do que outras, algumas inócuas, outras…nem tanto…actividades de lazer, promovidas por alunos e professores, jogos, exibições de grupos de ginástica, concursos…celebração do “Dia das Bru-xas”, promovida por um grupo de estagiárias…tanta coisa, e tanta outra aqui não referida, trouxe esta Escola até os nossos dias…

Nós, os mais velhos, sentimos que uma telha, uma pedra, uma planta, um tijolo…guardam um pouco de nós, pertencem-nos, porque lutámos sempre para “defender a honra do convento”…porque queremos poder sempre dizer, com orgulho, que fizemos parte, uns mais do que outros, é certo, desta comunidade.

Resta-nos fazer votos que a remodelação que está a acontecer seja uma mais-valia, que traga comodi-dade e progresso, no respeito pelo que, no “antiga-mente”, já era de qualidade superior. E que os nossos jovens saibam reconhecer, apreciar e, principalmen-te, usufruir dos privilégios destes tempos, para en-riquecimento pessoal e do país.

MfsSantos

Outros tempos

Eram outros tempos. Nem melhores, nem piores. Diferentes.Alunos? Uns quinhentos. Professores? Uns trinta.

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O Pregão Abril de 2011

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Memórias da escola

Professor reformado. Reformado?! For-mado outra vez…?

Professor aposentado?... Remetido aos seus aposentos?!

Só faltava! Nem que os aposentos fos-sem principescos. Claro que os aposentos são importantes. Mas mais importante é a liberdade de “arejar”, de não ficar limitado ao enquadramento que até pode não ser o que idealizámos para depois de uma vida de trabalho.

O mundo “lá de fora” traz-nos, por vezes, para o “mundo cá de dentro” intrusos in-desejáveis. Mesmo assim, dele não se pode abdicar, faz-nos falta, nem que seja para o

rejeitarmos. O isolamento não é saudável, fomenta o egoísmo e a depressão, a vitimi-zação ( que palavra tão feia!). Reformados? Aposentados? “Na prateleira”? Nunca!

É que o pensamento é livre. E a imagi-nação algo de prodigioso. É preciso pô-la a funcionar. Depois…basta agir, se a tanto nos aventurarmos! Há que pôr a render os talentos que nos foram dados gratuita-mente e dos quais teremos de prestar con-tas um dia.

“Velhos” são os trapos. E até esses são recicláveis!

A mente nunca “desempregada”!

Espaço dos mais velhos

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16Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Foi a 10 e 11 de Março de 2011 que as tur-mas 11º SE, 11º LH2, 11º CT6 e 12º LH2 par-tiram numa camioneta completamente lotada, às 08.45h, rumo a Lisboa.

Os professores que nos acompanharam, Pau-la Faria, Cristina Torres, Paula Magalhães e An-tónio Moura, foram sempre muitos simpáticos connosco, gostaram deste “grupo de jovens simpáticos, bem-dispostos” e cuidaram sempre de nós. Houve, de facto, uma ligação empática entre todos.

Mesmo em situações inesperadas, por exemplo, quando uma professora acompa-nhou uma aluna ao hospital pois teve uma for-te indisposição durante a viagem, provocada pelo que se conseguiu apurar até agora, por uma intoxicação alimentar. Todos estávamos preocupados. Felizmente ela recuperou duran-te a noite e tivemos o prazer da sua companhia logo na manhã do último dia, 11 de Março.

Outra colega também não esteve nos seus melhores dias pois, provavelmente, terá exa-gerado e cansou-me muito durante a viagem: tinha um pé engessado, e andava com mule-tas. Percorreu o mesmo caminho que todos os outros alunos, fez tudo (ou quase tudo) o que os alunos fizeram... enfim, teve forças para aproveitar a viagem como qualquer um de nós, ainda que com enorme esforço.

Após muitas malas guardadas e todos os lugares ocupados, a camioneta arrancou, e seguimos o nosso caminho até à capital. Pela frente esperava-nos uma longa viagem de mais ou menos cinco horas.

A primeira paragem foi feita numa estação de serviço na Mealhada, onde aproveitámos para tomar um café, comprar umas bolachas, descontrair um pouco… Demorámos uns dez minutos nesta estação, e quando toda regres-sou à “base”, como quem diz à camioneta, to-mou os seus lugares e colocou os seus cintos de segurança, voltamos à nossa longa e de-morada viagem para Lisboa.

Já em Lisboa (onde chegámos já depois das 13h) fomos almoçar, num jardim próximo do Centro Comercial Colombo e aí fizemos um piquenique. Depois fomos todos ao Colombo,

para fazer umas compras e conhecer o espaço. Para continuar o nosso itinerário, partimos,

rumo ao Centro Cultural de Belém. Como che-gámos lá ainda muito cedo, aproveitámos esta antecipação e visitámos o Mosteiro dos Jeró-nimos. Ficámos pelas redondezas, a saborear o tempo, até que chegaram as 17h30 e dirigi-mo-nos ao CCB, onde, no exterior, encontrá-mos Joe Berardo, o próprio, e onde conhece-mos algumas das obras de arte da sua galeria. Terminada a visita, dirigimo-nos para a camio-neta, e já a anoitecer, continuámos a viagem até ao hotel - Vip Inn Miramonte, um espaço muito acolhedor e agradável. Basicamente, foi entrar, receber as chaves dos quartos, pousar

as malas e descer para jantar.Ao acabar de jantar, algumas pessoas foram

para os seus quartos, outras decidiram gozar um bocado a noite, ainda que estivessem um pouco cansadas. O 12º LH2 em peso ocupou a sala de jogos do hotel, e viveu bons momen-tos de descontracção a conversar, jogar bilhar, matraquilhos e claro, tirar algumas fotografias para mais tarde recordar.

A diversão não ficou por aqui… Depois das 02h da madrugada, já no dia 11 de Março, ou-viam-se cantorias alegres e bastante agudas, um sinal de que os alunos não dispensaram uma noite de festa vivida no ambiente miste-rioso e enigmático de Sintra!

Perderam-se dormidas, acalmaram-se âni-mos, e por volta das 08h, no dia 11, tomámos um farto pequeno-almoço. Diga-se que acor-dámos muito cedo para sair de Sintra, pois até chegar a Lisboa, demoraríamos muito tempo, por causa da hora de ponta, ou seja, um trân-sito interminável. Para isso, levámos o menos tempo possível para fazer as malas, levá-las para a mala da camioneta, tomar o pequeno--almoço, e seguir para o próximo local: a As-sembleia da República.

A visita à Assembleia foi talvez o momen-to alto desta visita de estudo. Chegámos ao edifício pouco depois das 10h e fomos apre-sentados e acolhidos pelo deputado Miguel Laranjeiro. Uma simpatia de senhor, ou não fosse ele um homem do norte.

Para entrar na AR, outrora um convento beneditino, recorreu-se a uma entrada nas traseiras. No edifício, também designado por Palácio de São Bento, visitámos e conhecemos algumas partes como a Escadaria Nobre, a Sala D. Maria II, o Senado, a galeria de acesso à Sala do Senado, a galeria dos Presidentes, o Salão Nobre, e espaços afins. A visita não consistiu apenas na habitual visita guiada pelo edifício: tivemos a oportunidade de assistir a uma reu-nião plenária sobre Agricultura. Ao longo da vi-sita, fomos interagindo com o nosso cicerone, com trocas de informações e questões.

Esta foi uma experiência muito boa, en-quanto cidadãos, com a qual pudemos enfati-

de visita a lisboa

Reportagem

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O Pregão Abril de 2011

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zar capacidades como: caracterizar o discurso argumentativo, reflectir sobre os problemas sociais e políticos que nos influenciam a to-dos, compreender as funções da Assembleia, enquanto órgão de soberania do Estado.

Concluída a visita, agradecemos ao deputa-do Miguel Laranjeiro a sua calorosa recepção ao nosso grupo vimaranense, e partimos, para almoçarmos.

Como o próximo e último local a visitar era a Fundação da EDP/ Museu da Electricida-de, estacionámos e ficámos nas redondezas, perto do Mosteiro dos Jerónimos e CCB. O Mc Donald s foi o restaurante escolhido para

almoçar e, dado que o espaço era pequeno (muito pequeno para toda a clientela que lá estava), fomos, por grupos, fazer os nossos pedidos e almoçar.

Após o almoço, o tempo que restou foi aproveitado para conversas, tirar mais umas fotografias, comprar uns quantos dos famo-sos pastéis de Belém… E chegadas as 14h, mais ou menos minutos, dirigimo-nos até ao Museu da Electricidade. A visita foi feita com o nosso grupo dividido em dois, demorando mais de duas horas. Quaisquer que fossem os guias, os seus objectivos eram que nós conhecêssemos a maquinaria original da an-

tiga Central Tejo, como se gerava a energia eléctrica, etc. Esta visita guiada e pedagógi-ca pretendeu, assim, abordar a produção de electricidade numa central termoeléctrica, compreender, reiterar, até, a importância e os benefícios das energias renováveis, através de jovens monitores sempre dispostos a esclare-cer mentes dúbias.

Assim que concluímos o roteiro de viagem, entrámos na camioneta, e retomámos a via-gem, desta vez de volta, para a Cidade Berço, cansados, mas mais experientes, contentes com o sucesso da viagem.

Ana Margarida Martins

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18Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Projectos

educação sexual no ensino secundárioprojecto 100 riscos

10º ano

10ºAV1 ORIENTAÇÃO E IDENTIDADE SEXUAL

10ºCT1 A SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

10ºCT2 CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS E SEXUALIDADE

10ºCT3 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

10ºCT4 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

10ºCT5 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

10ºCT6 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

10ºCT7 A SEXUALIDADE E OS AFECTOS

10ºLH1 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

10ºLH2 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

10ºLH3 SEXUALIDADE E OS AFECTOS

10ºSE1 SEXUALIDADE E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST's)

10ºTD1 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

10ºTD2 CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS E SEXUALIDADE

11º ano

11ºAV1 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

11ºCT1 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

11ºCT2 A SEXUALIDADE E OS AFECTOS

11ºCT3 A SEXUALIDADE E OS AFECTOS

11ºCT4 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

11ºCT5 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

11ºCT6 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

11ºLH1 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

11ºLH2 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

11ºLH3 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

11ºSE1 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

11ºTD1 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 12º ano

12ºAV1 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

12ºCT1 GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

12ºCT2 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

12ºCT3 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

12ºCT4 A SEXUALIDADE E OS AFECTOS

12ºCT5 SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

12ºLH1 SEXUALIDADE E INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST's)

12ºLH2 SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

Implementação

Aqui estamos, a meio do ano lectivo de 2010/2011, o ano de implementação da educação sexual no ensino secundário e na nossa Escola.

Como tem corrido? O que tem acontecido? Qual a opinião dos principais intervenientes neste processo na escola?

Começou-se por apresentar os pressupos-tos aos pais e encarregados de educação e aos professores no início do ano lectivo. Depois, e uma vez que os nossos alunos vêm de dife-rentes escolas da cidade, onde já abordaram vários aspectos da sexualidade, pedimos aos alunos que, anonimamente, colocassem as dúvidas sobre aspectos da sexualidade que gostariam de ver esclarecidas. Lembramos--lhes que a sexualidade se vive não apenas no domínio biológico, mas também nos domí-nios psico-afectivo e social. A partir das ques-tões colocadas pelos alunos de cada turma, que foram analisadas por membros da Equipa Multidisciplinar da Educação para a Saúde e Educação Sexual, foram definidos os temas a abordar.

Depois, cada turma, alunos e professor responsável pela condução do projecto, elaborou um projecto de educação sexual (PCT – ES), no qual definiu objectivos e estratégias que, após aprovação, tem vindo a ser trabalhado.

Foram recolhidas, anonimamente, as opiniões de alguns alunos sobre os trabalhos que têm sido desenvolvidos.

As sessões sobre educação sexual têm sido muito esclarecedoras. Estas aulas são muito importantes, pois falamos de assuntos dos quais não conseguimos falar com os pais e/ ou familiares. Actualmente, muitos jovens iniciam a sua vida sexual muito cedo ou porque quiseram, ou porque os amigos disseram que já tinham feito e também querem experimentar. Por vezes, essas

Temáticas:

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O Pregão Abril de 2011

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Projectos

Cursos Profissionais

1ºPAS PREVENÇÃO DE MAUS TRATOS E APROXIMAÇÕES ABUSIVAS

1ºPAL SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

1ºPGSI SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

1ºPM SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

1ºPR A SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

2ºPAS SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

2ºPAL VIOLÊNCIA E APROXIMAÇÕES ABUSIVAS

2ºPGSI SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

2ºPM SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA – Aspectos físicos e psico-afectivos

2ºPR SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

3ºPAS SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

3ºPAL GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

3ºPGSI COMPORTAMENTOS DE RISCO E APROXIMAÇÕES ABUSIVAS

3ºPM SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

3ºPR SEXUALIDADE E MÉTODOS CONTRACEPTIVOS

relações correm mal, quando ocorre uma gravidez em plena adolescência ou até uma doença. Espero que estas aulas continuem. É uma boa aposta para os jovens.

11º LH2

Na minha opinião, o documentário que observámos sobre a “internet – o perigo à distância de um clique” mostra bem a ignorância de alguns jovens que querem ser iguais aos outros. Não vejo vantagem nenhuma em estar constantemente a mostrar-me e a mostrar fotos da minha vida a pessoas que eu não conheço. Aquilo que eu sou e aquilo que eu vivo só a mim diz respeito. Gosto muito mais de estar com os meus amigos pessoalmente, de lhes poder dar um abraço de falar com eles, do que lhes mandar um desenho, como “ ”. “Não existe caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho.”

11ºCT1

visitas ao esjOrganizou-se, entretanto, a visita de todas

as turmas da escola ao Espaço de Saúde Jo-vem, um espaço dinamizado pelo Centro de Saúde de Guimarães em parceria com o IPJ e a CM de Guimarães, onde os jovens se podem deslocar para solicitar esclarecimentos ou aju-da de técnicos especializados na área da saú-de. Funciona todos os dias da semana durante a tarde e às 5ªfeiras de manhã, tendo sempre disponíveis um enfermeiro e um médico que, se entenderem necessário durante a entrevis-ta realizada, encaminham o jovem para um especialista de outra área. Até ao dia de hoje,

dia 21 de Fevereiro, já ali se deslocaram 21 das 59 turmas da escola com alguns dos seus professores.

Paradoxalmente, só no que mexe, cresce, se reforma e muda encontramos a verdadeira segurança.

Anne Morrow Lindberg

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20Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Enfermeira Cristina AntunesCoordenadora da Saúde Escolar

“No âmbito do Projecto de Educação para a Saúde/ Sexualidade, “100 Riscos”, desen-volvido pela Secundária Martins de Sarmento, estão contempladas visitas ao Espaço Saúde Jovem com o objectivo de divulgar o mesmo, como mais um recurso existente na comuni-dade dirigido à saúde do jovem, e, sobretudo, desenvolver alguns conteúdos relacionados com a sexualidade.

A boa disposição e entusiasmo têm sido uma referência nestes encontros, bem como a grande atenção e interesse que o tema desper-ta. Os jovens têm sido interventivos perante este tema sempre pertinente, particularmente na sua idade. Com algumas dinâmicas de gru-po e uma conversa natural e fluida, têm sido abordados temas que permitem responder a algumas questões colocadas pelos alunos, de forma anónima, e também dar dicas para os respectivos tópicos de trabalho a desenvolver durante o ano lectivo.

Mais do que um momento de prazer para quem gosta de trabalhar com jovens, têm-se vivido momentos de partilha e crescimento pessoal e social.

Espero que tenha sido produtivo para alunos e professores para, finalmente, traba-lharmos a sexualidade de forma assertiva e dirigida às necessidades dos nossos jovens!”

opiniões de alunos - 11º ct2

“A ida ao Espaço de Saúde Jovem (ESJ) foi importante, pois aprendi coisas que nem se-quer imaginei que existissem. A enfermeira do ESJ consciencializou-me para que a prática de sexo tem de ser feita com segurança e consci-ência; é uma coisa séria e que, muitas vezes, pode mudar radicalmente a nossa vida. Fiquei muito surpreendida com aquilo que aprendi, porque, na maioria das vezes, não estamos preparados e pensamos, com toda a certeza, que estamos.”

“Achei interessante a ida ao ESJ, pois é um espaço que nos ajuda psicologicamente. Faz--nos bem. Agora, depende de cada um: não querer tirar as dúvidas, por medo ou receio; ou frequentar este espaço, e ficar sem elas. Além disso, o espaço é acolhedor, transmite

calma e paz e tem técnicos especializados que nos podem ajudar.

A ida ao ESJ foi mais uma actividade que permitiu que tomássemos novamente cons-ciência dos perigos que corremos. Fez-nos ver, mais uma vez, que a sexualidade é muito mais complexa do que achamos. Sexualidade é muito mais do que apenas o acto físico e as emoções. Na minha opinião, foi uma activi-dade muito interessante e com um carácter muito pedagógico, pois cada vez mais e mais a sexualidade faz parte dos nossos dias. Da maneira certa? Da maneira errada? Não sei. Depende da cabeça de cada um. Espero que estejamos todos a aprender.”

“A ida ao ESJ foi, para mim, das actividades mais enriquecedoras ao nível afectivo. A for-ma como todos se abriram em frente a todos, ultrapassando a vergonha e o receio de “julga-mento”. Além disso, senti-me muito à vonta-de naquele sítio, a falar com a enfermeira Cris-tina. Ela fala connosco como se fosse um de nós, o que é raro encontrar hoje em dia num adulto (com muita pena minha e sem culpa alguma). No geral, acho que foi a actividade mais produtiva; não houve qualquer constran-gimento, a não ser o tempo. Foi perfeito.”

No ESJ esclareci dúvidas, conheci as fragili-dades dos meus colegas, que se assemelham às minhas, e fiquei a conhecer um espaço que posso frequentar e onde terei a ajuda de pro-fissionais que estão disponíveis para nós.”

mas já há trabalhos expostos!

Os alunos do 11ºLH3 elaboraram um cartaz de turma onde registaram uma parte do seu trabalho de reflexão sobre a “Sexualidade e os afectos”, que foi afixado, no dia 14 de Feve-reiro no bar da Escola.

“Consideramos que este trabalho foi com-plexo, mas permitiu-nos demonstrar à comu-nidade escolar que, para nós, a sexualidade não consiste só em contacto físico, mas tam-bém se revela em afectos, como a amizade e o carinho.

Para a realização deste projecto, cada mem-bro do grupo deu um pouco de si, do seu co-nhecimento. Assim, conseguimos um projecto notável, em que toda a sua elaboração valeu cada minuto gasto e esperamos que toda a co-munidade escolar o reconheça.”

Daniela, Estefânia, Jéssica, Tiffany, Domingos, Gil,

João Luís e Pedro - 11ºLH3

Continuação de bom trabalho!

A Coordenadora da Educação para a Saúde e Educa-

ção Sexual, Frederica Sampaio

11º CT5, 22/02/2011

10º LH2, 23/02/2011

Projectos

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O Pregão Abril de 2011

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No dia 26 de Novembro de 2010, os alu-nos da turma CT1 do 10º ano realizaram uma visita de estudo, durante o período da manhã, à Universidade do Minho, mais concretamente ao Departamento de Física da Faculdade de Ciências.

Acompanhados pela Directora de Turma, Drª Helena Xavier, saíram da escola por vol-ta das 9 horas e dirigiram-se ao respectivo Departamento da Universidade. Aí, os alu-nos foram divididos em quatro grupos de 5 elementos, sendo-lhes atribuída a seguinte tarefa: recolher amostras de insectos e plan-tas no espaço circunscrito à Universidade.

De seguida, um grupo de alunos dirigiu--se ao Laboratório de Biofísica para obser-var as amostras ao microscópio electrónico, enquanto aos outros grupos lhes foram proporcionadas variadas tarefas, dentro do Departamento.

Este microscópio de varrimento é habitu-almente designado por MEV. Embora apre-sente uma construção física bastante mais complexa e robusta, tem, na generalidade, uma estrutura semelhante à do microscó-pio óptico. A principal diferença entre estes dois aparelhos de observação consiste no facto de o microscópio óptico utilizar a luz para dar imagem ao objecto, enquanto que o microscópio electrónico utiliza um feixe de electrões acelerados. Como o compri-mento da onda do feixe de electrões pode ser muito reduzido, obtém-se um poder de

resolução muito elevado permitindo am-pliar 300000 vezes o objecto a observar. O seu poder de ampliação veio permitir co-nhecer o mundo submicroscópico da célula como bem o ilustram as imagens apresen-tadas e recolhidas durante a visita.

Os alunos realçaram o facto de esta ex-periência ter sido bastante enriquecedo-ra, na medida em que contribuiu para um primeiro contacto com o meio académico, proporcionando a familiarização com os la-boratórios e o material disponível, tal como o microscópio electrónico de varrimento.

10º CT1

(…) Uma das salas de audiências ficou lo-tada com os alunos da nossa escola de vários cursos diferentes, entre os quais, o curso de Línguas e Humanidades, aquele para os quais estas sessões poderão ter uma pertinência especial, uma vez que podem optar por um curso superior de Direito.

(…) tiveram a oportunidade de colocar variadas questões à juíza, às quais esta res-pondeu com o maior agrado. Algumas das questões relacionaram-se com o curso de magistratura pois, muitos, não sabiam como é que um licenciado em Direito pode chegar a juiz. Outras questões prenderam-se com a vida, o quotidiano de um magistrado, os jul-gamentos difíceis que este encontra ao longo da sua vida e ainda com a reacção do magis-trado perante a sociedade, após uma decisão difícil, tomada em julgamento.

Ana Fernandes – 12º LH2

Notícias

visita de estudo

biofísica na universidadedo minho

visita de estudo

alunos da esms vão a tribunal

No dia 23 de Fevereiro, a turma 2ºPTM visitou o Espaço de Saúde Jovem, no âmbito do projecto de Implementação da Educação Sexual na escola.

O Espaço de Saúde Jovem, situado no edi-fício da antiga estação da CP de Guimarães, consiste num serviço onde os jovens, dos 10 aos 24 anos, podem ser atendidos para esclarecer dúvidas e/ou obter conselhos sobre temas relacionados com a saúde. O atendimento é prestado por médicos, enfer-meiros, um psicólogo, um nutricionista e um assistente social. O atendimento diário (dias úteis) decorre entre as 14h00 e as 19h00, excepto à quinta-feira, em que o horário de funcionamento é das 9h00 às 14h00.

Nesta visita, acompanhada pelo professor

e director de turma Sérgio Mendes, os alu-nos foram recebidos, por volta das 15h30, pela enfermeira Cristina Antunes que con-versou com os mesmos sobre sexualidade. Depois de uma breve apresentação, a enfer-meira pediu aos alunos que descrevessem a sexualidade com uma palavra. As respostas foram semelhantes, sendo que alguns alunos enunciaram palavras mais relacionadas com o acto sexual propriamente dito, enquanto que outros apontaram a sua abordagem para o campo afectivo, psicológico e sentimental.

Após isso, a enfermeira abordou vários temas, nomeadamente sobre a altura em que as pessoas estão preparadas para ter relações sexuais com o respectivo parceiro; os métodos contraceptivos; a masturbação;

os diferentes tipos de relações sexuais (oral, vaginal, anal); os lubrificantes e a pílula do dia seguinte.

No final da sessão, alguns alunos foram ainda à consulta com a médica que estava presente, no momento, para que lhes fossem esclarecidas mais dúvidas e fornecidos pre-servativos.

Na minha opinião, foi uma experiência bastante interessante porque, para além de terem conhecido um espaço que lhes pode vir a ser útil, os alunos presentes esclarece-ram também as suas dúvidas, quanto ao as-sunto em epígrafe.

Serafim Mendes - 2º PTM

sexualidade

espaço de saúde jovem

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22Escola Secundária Martins Sarmento O PregãoEscola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Notícias

18 de Janeiro de 2011. Foi quando nós, jovens iniciantes, aprendizes curiosos, pupilos moti-vados, partimos para Lisboa, mais propriamente para um workshop no MediaLab, na sede do ma-tutino Diário de Notícias. Pelas 08:30h daquela manhã, bem-dis-postos, com um sorriso, ansiosos, um pouco intimidados (pois o grupo não se conhecia totalmen-te), e ainda com um imprevisto ou outro (sem querer entrar em detalhes), os alunos que partici-param nesta louvável actividade encontraram-se, reuniram-se à entrada da escola, e depois entra-ram para a camioneta.

E assim começou a longa jor-nada que tínhamos pela frente, rumo a paragens alfacinhas. Bom, ainda não foi dito o que vem a ser, afinal, o MediaLab, e no que con-siste o workshop:

No “Workshop - Faz a tua 1ª página” Os alunos vão ser jorna-listas e editores vivendo a experi-ência de criar a 1ª página de um jornal. Vão seleccionar e escrever

as notícias, seleccionar os títulos, escolher as imagens e legendá-las e ainda discutir os critérios que vão justificar a edição da sua 1ª página final.

Voltando à viagem: já com todo o pessoal sentadinho no seu lugar, as ilustres professoras

Raquel Silva e Glória Machado puderam fazer a contagem dos alunos presentes e assim, seguir viagem, a qual demorou muito tempo! Mas, bom, é algo que é relativo: para mim, demorou bas-tante. Sim, falei com o pessoal e tal e coisa, ouvi música, ri-me,

mas é muito tempo viajar daquela maneira, naquele meio de trans-porte, sempre na mesma posição! Inesperadamente, uns colegas foram animando a viagem a to-car guitarra, a cantar, a “cantar” umas graçolas, animando a malta.

E assim foi, na viagem até Lis-boa, e na partida de Lisboa: um ambiente de alegria. Em relação ao workshop, penso que deve ser da opinião geral que foi uma iniciativa bastante instrutiva, en-riquecedora, onde aprendemos algumas noções sobre o que é uma notícia, como é constituída a primeira página de um jornal, e ainda vimos um pequeno vídeo da história do Diário de Notícias, desde as suas raízes até aos dias de hoje.

Agradecendo a todos que fi-zeram com que a viagem e o workshop fossem um sucesso, apelamos a todos os leitores à sua participação neste tipo de activi-dades, pois vale a pena!

Ana Margarida - 12º LH2

visita de estudo

martins sarmento vai ao medialab

O Clube de Psicologia da Escola Secundá-ria Martins Sarmento promoveu uma sessão subordinada ao tema da “A Indisciplina na Sala de Aula: estratégias de melhoria de inte-racção”, dirigida aos Professores/Directores de Turma, orientada pelo Professor Doutor Carlos Gomes, Auxiliar do Departamento de Sociologia da Educação e Administração Edu-cacional do Instituto de Educação da Univer-sidade do Minho, realizada no dia 1 de Feve-reiro de 2011, pelas 18:30h.

A sessão foi orientada pelas questões colo-cadas previamente pelos docentes, entre as quais:

A indisciplina na sala de aula evidenciará a falta de sociabilidade e interacção dos jovens? Como lidar com os comportamentos inade-

quados na sala de aula (“barulho de fundo”, alunos que intimidam os colegas)? Como lidar com o desrespeito pelas regras de funcionamento na sala de aula?Como incutir responsabilidade a alunos com interesses divergentes aos escolares?Que metodologia/estratégias utilizar perante alguns problemas de indisciplina?

O Professor palestrante, com os seus exce-lentes dotes oratórios, facilmente captou a atenção dos presentes, propocionando uma sessão motivadora e interactiva, deixando no auditório uma evidente satisfação pelo modo como o tema foi abordado e nas propostas de resolução dos problemas acima apontados.

Profª. R. Manuela Machado

clube de psicologia

a (in)disciplina de que tanto se fala

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O Pregão Abril de 2011

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Notícias

No dia 11 de Novembro, pelas 15:00h, realizou-se na nossa escola uma acção de di-vulgação e sensibilização do projecto “Ser-viço de Voluntariado Europeu” facultada e dinamizada pelo director do Departamento Cultural da Rádio Universitária do Minho (RUM), Dr. Carlos Santos. Este foi convida-do pela professora Anabela Oliveira, com o intuito de divulgar e sensibilizar os alunos para projectos neste âmbito.

Numa sociedade consumista, individua-lista, em que os valores se encontram mes-clados numa panóplia de solicitações que muitas vezes afastam os jovens da essência da vida, achou-se fundamental canalizar a energia física e anímica dos mesmos para esta atitude construtiva.

Esta actividade teve uma adesão mui-to considerável, mostrando que os jovens, quando estimulados, evidenciam vontade, dinamismo, preocupação cívica que projec-tam para uma realidade preocupante que só se vivencia “in loco”.

Após esta sessão motivadora e inspirado-ra, alguns alunos manifestaram vontade de criar um grupo de acção, com várias valên-cias e actividades, integrado num projecto de voluntariado a desenvolver na escola.

Um grupo de cinco alunos do 10º CT1, candidato entre centenas de grupos a nível nacional, ficou apurado, com a redacção de um editorial (abaixo transcrito), para a 2ª fase do N@escolas, projecto lançado ao país pelo Diário de Notícias.

Este editorial, que cons-tituiu a 1ª prova de apura-mento ao concurso, leva alunos da nossa escola ao passo seguinte: recepção de uma figura mediática, da ac-tualidade, relacionada com o tema do editorial, que será alvo de uma entrevista (Dia DN – Road Show) e poste-rior reportagem a elaborar pelo grupo apurado. Espera-mos que este próximo passo leve as nossas alunas ao pré-mio final: uma viagem de 15 dias pela Europa, com mais 55 alunos, de todo o país, também finalistas.

Parabéns ao grupo!

Profª. Graça Pacheco

Editorial apurado para a 2ªfase

A proibição do véu islâ-mico integral nos países europeus

Foi aprovada, em França, uma lei que proíbe o uso de véus que cubram o rosto em espaços públicos, nomeada-mente o uso da burka e do niqab. Na Bélgica e noutros países leis semelhantes fo-ram aprovadas. Sobre este tema há, pelo menos, dois partidos distintos: os que são contra e os que são a fa-vor. Mas afinal, qual destes grupos tem razão? Certa-

mente que muitos gostariam de afirmar que é o segundo, sendo verdade que o véu islâmico integral é um aten-tado à dignidade das mulhe-res. No entanto, o primeiro também é dotado de valor de verdade. Na prática, em muitos países islâmicos são os homens que ditam aqui-lo que as mulheres devem vestir. Não estaremos a dis-criminá-las ou até mesmo a atentar contra elas, proibin-do-as de usar um véu que, supostamente são obrigadas a usar? Mas, porque havería-mos nós de permitir o uso de véu integral nos nossos paí-ses? Não poderá cada povo respeitar as crenças e os cos-tumes dos povos visitantes? Um Mundo mais justo seria aquele em que pudéssemos viajar para outros países sem nos sujeitarmos a leis que misturam religião e política. Fazemos bem ao permitir que esta opressão gratuita

desfile perante os nossos olhos sem nada fazermos? Como muito bem sabemos, ao proibirmos as mulheres muçulmanas de utilizarem o véu islâmico integral em locais públicos, estaremos a restringir-lhes a liberdade, confinando-as às paredes da casa onde vivem. Posto isto, volta tudo ao início. Sheikh David Munir O Sheikh David Munir nas-ceu em Moçambique, filho de pai iemenita e mãe mo-çambicana de ascendência indiana. Começou os seus estudos religiosos numa ma-draça na Índia, estudou Teo-logia Islâmica no Centro Islâ-mico de Carachi e prosseguiu os seus estudos islâmicos na Universidade de Carachi. Em 1986, com 23 anos, deixou o Paquistão e é desde essa altura o Imã da Mesquita Central de Lisboa.

concurso n@escolas

esms permanece no N@escolas!ano europeu do voluntariado

evs- serviço de voluntariado europeu

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24Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

No início deste ano lectivo, no decorrer das aulas de Fran-cês, a turma LH3 do 10º ano pensou em realizar sessões de cinema na escola. Mais que um meio mágico de entreteni-mento e de recriação, o mundo cinematográfico traz cultura e acultura. Deste modo, e im-buídos nesse modesto espíri-to cinéfilo, voltámo-nos para o cinema europeu que, neste momento, é uma espécie de “mal-amado”, no mundo da sétima arte. Assim, e com o intuito de divulgar o que de melhor se faz nesse âmbito na Europa, com especial destaque este cinema, tomaram-se todas as diligências para levar avante esta actividade. Com a cumpli-cidade e a estreita colaboração da Direcção da nossa escola, elaborou-se um protocolo com o Cineclube de Guimarães. Para nosso contentamento, no dia 6 Janeiro de 2011, este projec-to, intitulado “Ciclo do Cinema Martins Sarmento“ tomou for-ma e, nessa sessão inaugural, contou com a presença do Pre-sidente do Cineclube de Gui-marães, Dr. Carlos Mesquita, que a orientou, enriquecendo-a com a visualização de um do-

cumentário relativo à história do cinema – os cem anos do ci-nema. Aproveitámos a presen-ça do Presidente do Cineclube para o questionarmos acerca da importância do cinema como elemento aculturador na so-ciedade ao longo do tempo. Após o feliz lançamento desta primeira película, o cinema na nossa escola chegou para ficar.

O nosso “Ciclo do Cinema” será organizado por temáticas que versam desde o amor, a fa-mília, a sociedade, aos valores, (...), com a projecção de dois filmes, em média, por mês, na sala de estudo ou num anfitea-tro. Além de estarmos abertos a todas e quaisquer sugestões, procuraremos divulgar cada sessão no site da escola e atra-vés de cartazes, para que os cinéfilos da escola dela possa usufruir.

10º LH3

iniciativa do grupo disciplinar de francês

ciclo do cinema martins sarmento

“Ou adquirimos cultura ou somos ultrapassados por quem a adquire”

Carlos Mesquita

NotíciasNotícias

Um Longo Domingo de Noivado(Visionamento: 14 de Fevereiro)

SinopseApós o término da Primeira Guer-ra Mundial, em 1919, Mathilde, uma jovem de 19 anos, procura o seu noivo Manech, que dois anos antes, como milhões de outros, foi “morto no campo de batalha”. Isto está escrito preto sobre branco no aviso oficial. Mathilde recusa essa evidência, agarra-se à sua intuição como se fosse o último fio ténue que a liga ao seu amante e lança-se numa contra-investigação. Assim, fica a saber que Manech fez par-te de um grupo de cinco soldados que, individualmente, provocaram a sua própria mutilação, para que deixassem a frente de batalha da guerra.Os cinco são condenados à morte pela corte marcial e, após serem levados para uma trincheira fran-cesa, são deixados à morte no ter-

ritório existente entre o local em que estavam e a trincheira alemã.Apesar de todos serem considera-dos mortos pelo exército francês, Mathilde, entre falsas esperanças e incertezas, vai desvendar pouco a pouco a verdade sobre o destino de Manech.

França, 2004 • cor • 133 minProdução: Direcção: Jean-Pierre Jeunet Elenco original: Audrey Tautou; Gaspard Ulliel; Marion Cotillard, Dominique Pinon; Chantal Neuwirth,André Dussolier; Ticky Holgado Género: drama, Filme de Guerra Idioma original: francês

Duplo no amor(Visionamento: 24 de Fevereiro)

SinopseDurante uma briga entre um magnata e sua amante super Top Model, ele é fotografado em fla-grante com ela, tentando, depois, convencer a sua mulher de que, na verdade, estava acompanhado da amante de uma outra pessoa, um simples manobrista que pas-sava por ali na hora errada. Para salvar o seu casamento, ele tenta convencer a sua esposa que Elena não é sua amante, mas a de Fran-çois Pignon. Para tornar a sua his-tória verídica, Levasseur convence Pignon e Elena a viverem juntos no apartamento do manobrista de modo a parecerem um casal. A par-tir daí, cria-se uma farsa que tenta dar sustentação a esta armação. As coisas ficam mais complicadas, pois surgem tensões entre Pignon,

o seu atraente colega de quarto Ri-chard e a sua paixão Émilie. Tudo se agrava ainda mais quando a es-posa de Levasseur descobre a ver-dade e decide fazer joguinhos com o seu marido.

França, 2006 • cor • 85 minProduçãoDirecção: Francis Veber Elenco origi-nal: Daniel Auteuil; Kristin Scott Thomas; Richard Berry; Virginie Ledoyen Richard; Gad Elmaleh; Alice Taglioni; Michel Jonasz; Michel Aumont; Laurent Gamelon. Género: Comédia romântica Idioma original: francês

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O Pregão Abril de 2011

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No âmbito da disciplina de Área de Projecto temos vindo a desenvolver um trabalho que visa a orientação de pré-jovens (12 a 15 anos).

Consideramos fundamental salientar a im-portância de uma preparação/formação pré-via, para podermos iniciar a parte prática des-te emocionante empreendimento (estar em contacto com os pré-jovens).

Tomamos conhecimento das imensas poten-cialidades e desafios desta faixa etária, por se encontrar num período muito especial da sua vida, marcada por profundas transformações.

A professora da Disciplina Baha’i, Shohreh Shahidyan, foi o nosso pilar, uma vez que nos orientou nessa preparação. Sem ela, nada dis-to teria sido possível.

A nossa formação baseou-se no livro «Re-flexões sobre a Vida e o Espírito» que contém alguns textos e respectivas questões. O fru-to da nossa reflexão permitiu-nos estar mais atentos aos outros, mais compreensivos e mais verdadeiros, numa atitude de abertura ao outro, num pensar antes de agir, num pen-

sar nos outros e não apenas em nós. Após esta intensa preparação e estudos,

iniciámos a tão esperada “prática”, que, em parceria com a escola EB 2,3 João de Meira, consiste em ocuparmos o horário da disciplina de Formação Cívica de uma turma do 6º ano. O nosso principal papel é ajudar os alunos a optarem por caminhos mais felizes, no sentido de os encaminhar sempre para o próximo, de olhar para os outros como a eles mesmos. Não pretendemos impor valores, nem conceitos, mas orientá-los nas suas escolhas, de modo que sejam as universalmente mais correctas.

Baseamos ainda o nosso percurso orientador num outro livro intitulado «Brisas de Confir-mação», direccionado para os pré-jovens, com textos cujo propósito é apresentar modelos de mensagens positivas e de reflexões acerca de aspectos aos quais damos pouca importân-cia no nosso quotidiano, mas que se revelam importantíssimos na formação de qualquer jovem, uma vez que a influência da sociedade actual se apresenta negativista e ausente de

esperança. Cremos que, com os ensinamentos deste manual, poderemos abrir novas pers-pectivas a esta faixa etária. Além dos valores que transmite, ajudar-nos-á a apoiar estes pré--jovens ao nível da língua materna.

Estamos a adorar este desafio, pois vai ao encontro da nossa vontade de estarmos em contacto com outras pessoas e de partilhar-mos vivências/conhecimentos. Acrescenta-mos que as nossas expectativas estão a ser largamente superadas. Assim, felicitamo-nos por não sermos o único grupo a trabalhar nes-te projecto, pois, dentro do âmbito da mesma disciplina de Área de Projecto, um outro gru-po, constituído pelas alunas: Ana Faria, Elia-na Balzano, Helena Silva e Joana Martins, do 12ºCT4, também o está a desenvolver e, tal como nós, está a adorá-lo. Por isso, se gostas de ajudar os outros, junta-te a este projecto para que ele não termine connosco.

Diana, Elisa e Patrícia - AP - 12º CT3

No âmbito da disciplina de Téc-nicas de Multimédia, a turma do 1º PTM (Curso Profissional de Técnico de Multimédia) visitou as instalações do Cybercentro e da Guimarães TV. A visita realizou--se no dia 20 de Janeiro, pelas 14:25h, e foi conduzida por Ri-cardo Rocha, colaborador desta associação.

O CyberCentro situa-se no cen-tro da cidade, na rua D. Luiz I, per-to do Complexo Multifuncional de Couros. Está em funcionamen-to há cerca de 8 anos e constitui um espaço de prática e fomento das tecnologias da informação, comunicações e multimédia. Os serviços oferecidos são destina-dos, essencialmente, à população jovem e estudantil, constituindo--se, igualmente como um espaço de convívio e animação.

O orientador da visita, Ricardo

Rocha, começou por explicar que o Cybercentro oferece três salas: duas reservadas à formação e uma aberta ao público que serve, tam-bém, para actividades didácticas. Para além da componente forma-tiva, o Cybercentro presta outros serviços de interesse comunitário, nomeadamente através do Gabi-nete de Apoio ao Emigrante.

Ao longo da visita de estudo foram mostrados quadros com fo-

tografias de alguns marcos impor-tantes da história do Cybercentro, tais como a visita do comediante Raul Solnado, ou a participação do staff técnico do Cybercentro na organização do Rock in Rio.

Na segunda parte da visita, os alunos tiveram a oportunidade de visitar as instalações da Guimarães TV, que se situa no mesmo edifí-cio do Cybercentro. Foi-lhes dado a conhecer todo o aparato técnico

e os passos seguidos por aquele órgão de comunicação na criação e edição de peças jornalísticas. Os alunos foram, igualmente, in-formados sobre as técnicas mais utilizadas na captura de imagens em vídeo e fotografia. Na parte final da visita foi-lhes mostrado o estúdio usado para a gravação de programas de televisão.

A título de curiosidade, a Gui-marães TV conta apenas com dois funcionários efectivos e grande parte do trabalho realizado online está a cargo de estagiários e cola-boradores pontuais.

Na opinião dos alunos, foi uma experiência enriquecedora e uma excelente oportunidade de apro-fundar conhecimentos na área de multimédia e conhecer um possí-vel local de estágio.

Ana Ferreira, Ana Sousa, Anabela Silva e Diana Costa - 1º PTM

ano europeu do voluntariado

crescer, ajudando os outros no seu crescimento

visita de estudo

cybercentro – guimarães tv

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26Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

O jornal «XS» é o resultado da actividade integradora desenvolvida pelos formandos do curso EFA B3 T1 da Escola Martins Sar-mento, subordinada ao tema «Alimentação saudável».

Ao considerar que os estilos de vida e há-bitos alimentares mudaram dramaticamente nas últimas décadas, o «XS» reúne uma va-riada série de textos que realçam a modera-ção e o equilíbrio na alimentação como as chaves para uma vida saudável.

Disponível em qualquer canto da escola, o jornal apresenta também algumas receitas saudáveis, sublinhando que é possível comer refeições deliciosas, bem preparadas e simul-taneamente saudáveis.

Curso EFA B3 T1

iniciativa actividade integradora

jornal xs

Ver o «Corpo humano - como nunca o viu» foi o objectivo da visita dos alunos do Curso EFA B3 T1, no dia 4 de Dezembro de 2010, ao Centro de Congressos da Alfândega do Porto.

A visita constituiu uma oportunidade para incentivar o convívio entre pessoas que fre-quentam a mesma escola e partilham o desa-fio de aprofundarem os seus conhecimentos.

Antes da visitaUma vez presentes na estação de caminho-

-de-ferro, a bilheteira estava fechada. Em vis-ta disto, recorreu-se à bilheteira electrónica, situada no exterior da estação. A hora da par-tida do comboio chegou e algumas pessoas ainda não tinham bilhete. Atento à situação, o revisor da locomotiva fez sinal para se obter o bilhete dentro do transporte.

Chegados à cidade do Porto e reunidas as duas turmas, seguiu-se em direcção ao Centro de Congressos da Alfândega do Porto, local onde estava patente a exposição.

No local da exposiçãoDepois de adquiridos os ingressos e recebi-

das as instruções sobre a visita, os alunos de-ram entrada no salão de exposição.

A exposição mostrou aos alunos a matéria e a estrutura do corpo humano. À primeira vista, a sensação de estranheza e curiosidade

atravessou toda a comitiva. Corpos humanos e órgãos vitais dissecados,

dilacerados, - como coração, rins, pulmões, músculos, cérebro, artérias sanguíneas, vasos sanguíneos, etc. – nunca assim tinham visto. Os alunos ficaram a saber de que massa é feito o corpo humano.

Impressionante foi tentar perceber como se conseguiu extrair do corpo uma espécie de árvore do ramal sanguíneo, composta de va-sos sanguíneos, desde a cabeça aos membros inferiores.

Curioso foi observar fetos mergulhados em boiões de vidro com vários meses de gesta-ção, expondo, assim, o processo de progres-são do seu desenvolvimento.

Malefícios do corpo humanoQue o tabaco atenta contra a saúde do cor-

po humano é uma verdade, mas ver o estado em que ficam os pulmões contaminados pelo fumo do tabaco inalado durante uma vida impressiona qualquer fumador. Tanto, que houve entre os presentes quem tivesse aban-donado os maços de tabaco e os isqueiros no recipiente reservado para o efeito, destinado às pessoas que ficaram impressionadas com o que viram.

Houve também ocasião de ver fígados con-taminados, uns cancerosos, outros de grandes

dimensões. O exposto chocou até os mais dis-traídos.

Pelo corpo humanoFace ao exposto, o desafio é, sem dúvida,

promover a melhoria da qualidade de vida, onde a alimentação saudável e o exercício físico sejam sobrevalorizados em detrimento de maus hábitos alimentares e de vícios tabá-gicos e alcoólicos.

José Coelho - EFA - B3T1

No âmbito da disciplina de O.D.D, a turma 10ºTD2 ficou responsável pelo torneio de basquetebol, que se irá realizar nos dias 4 e 5 de Abril. A data limite das inscrições é o dia 14 de Março, cujas fichas devem ser entre-gues aos professores de Educação Física.

No regulamento existe a possibilidade de uma turma poder juntar-se a outra que este-ja na mesma situação, se não tiver número suficiente de alunos. O sorteio implícito irá realizar-se no dia 16 de Março. O capitão de cada equipa deverá estar presente, para que não haja manipulação dos jogos.

No dia 4 de Abril serão realizados os jogos do play-off no pavilhão do V.S.C. e, no dia 5, os jogos das meias-finais e a final. A entrega dos prémios para o primeiro e segundo classi-

ficados realizar-se-á no dia 7 de Abril, duran-te o Sarau da Escola.

Organização: 10º TD2

visita de estudo

segredos do corpo humano desvelados

desporto

torneio inter-turmas basquetebol - 2011

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O Pregão Abril de 2011

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No passado dia 7 de Dezembro, por vol-ta das 19h30, a turma EFA-NS1 da Escola Secundária Martins Sarmento, realizou uma visita de estudo ao Grupo Santiago, proprie-dade da empresa Guimapress SA. Esta visita decorreu no âmbito da Actividade Integra-dora do Núcleo Gerador TIC, designada-mente com o estudo dos mass media.

O crescente interesse dos alunos pelo tema acima referido levou-os a querer am-pliar os seus conhecimentos. Daí o pedido de visita às instalações da Rádio Santiago e ao local de edição dos dois jornais e revista do grupo, prontamente aceite pela empresa Guimapress SA.

Os formandos e formadoras responsáveis pela visita foram recebidos pelo jornalista Joaquim Ferreira, que fez uma visita guiada pelas instalações do Grupo.

O anfitrião traçou o percurso histórico do Grupo, salientando os jornais e dando a co-nhecer aos formandos as técnicas utilizadas em 1884 para a edição e impressão de um jornal. Deu a conhecer como essas técnicas rudimentares foram evoluindo até aos dias de hoje e deram lugar aos mais fantásticos e completos aparelhos de gravação e edição de texto e imagem.

A turma teve, ainda, a oportunidade de passar longos minutos na companhia do afa-mado jornalista Mesquita, o rei dos discos pedidos da Rádio Santiago. Os formandos assistiram in loco à realização de um progra-

ma de rádio, de forma completa, como este se constrói: desde a chamada dos ouvintes até à colocação no ar do tema pedido, pas-sando previamente pela selecção da música no computador da rádio.

Todos puderam colocar questões e desco-briram que a Rádio Santiago, cuja emissão podem sintonizar em 98.0 FM, é muito mais do que uma rádio que passa música e actualiza noticiosamente os seus ouvintes.

A rádio constitui, em muitos casos, o único membro familiar que muitas pessoas possuem. São muitas as que ligam o apare-lho mágico em busca de uma voz amiga, de uma palavra de consolo, de um conselho ou mesmo de justiça. A rádio, através dos seus colaboradores, a todos procura ajudar, re-conhecendo, assim, a sua faceta social. Foi gratificante para todos perceber que o que move o Grupo Santiago e aqueles que lá tra-balham é a honestidade e o auxílio pronto a quem precisa.

Com esta visita de duas horas, a turma EFA-NS1 aprendeu, sobretudo, que os avanços tecnológicos facilitaram imenso a edição de jornais e revistas e as emissões de rádio em directo durante vinte e quatro horas diárias.

Formandos e formadores agradecem a forma como foram recebidos, assim como o contributo desta visita para o crescimento dos seus conhecimentos.

O grupo de Dança do Desporto Escolar, cons-tituído por alunas do 10º LH3, 10º CT2 e 1º PR, participou no 1º e 2º Encontro de Actividades Rítmicas Expressivas, no dia 12 de Fevereiro, na E.B 2,3 D. Afonso Henriques e, no dia 26 de Fe-vereiro, no Colégio La Salle, onde realizou uma coreografia ao som de Rihanna & David Guetta - Who s That Chick?, na qual obteve uma exce-lente classificação. Este grupo é orientado pela Professora Susana Martins.

visita de estudo

o grupo efa-ns1 foi à rádiodesporto

o grupo dio

Notícias

A Professora Doutora Joana Coutinho reali-zou, no passado dia 10 de Novembro de 2010, na Escola Secundária Martins Sarmento, uma palestra sobre a “Violência no Namoro”.

Licenciada e doutorada em Psicologia Clí-nica pela Universidade do Minho, com Fello-wship de investigação no Beth Israel Medical Center, nos EUA, a oradora exerce actividade como psicoterapeuta na Unidade de Clínica de Adultos do Serviço de Consulta Psicológica da Universidade do Minho e em clínicas privadas. É investigadora e autora de vários artigos em revistas nacionais e internacionais e docente convidada em diferentes cadeiras da licencia-tura em Psicologia da Universidade do Minho e da Universidade Católica Portuguesa.

Esta palestra, realizada na Bilioteca Esco-lar e organizada pelo Clube de Psicologia, foi muito interactiva e elucidativa, cativando o público jovem para uma problemática que, a

qualquer momento, lhe pode “bater à porta”.Apesar de os números de incidência deste

fenómeno serem a nível nacional preocu-pantes, a oradora revelou como identificá-lo e como agir perante ele. Assim, distinguiu três tipos de violência no namoro: a violên-cia física, a emocional (a mais frequente) e “stalking” (perseguição). Em todos estes tipos de violência, o agressor tem como ob-jectivo assumir controlo sobre a vítima, atitu-de que se justifica por factores vários; como antecedentes violentos na infância, influência de factores externos (álcool e drogas) ou ine-xistência de alternância de poder na relação.

Esclarecidos também sobre vários mitos associados e questionados sobre os mesmos, os alunos foram levados à conclusão de que a violência nunca é uma solução viável, qual-quer que seja a situação de mal-estar. Por con-seguinte, aconselhou ipsis verbis a Psicóloga:

“é necessário agir, independentemente dos obstáculos, sejam eles medo, confusão men-tal, falta de auto-estima ou aceitação, por parte dos amigos, deste fenómeno”.

Como reagir então, enquanto vítimas, foi a questão pragmática, directamente colocada na sessão, à qual a sábia (embora muito jovem!) convidada respondeu: “Utilizem a assertivida-de e nunca desvalorizem a primeira pessoa, demonstrando os próprios sentimentos face à situação.” E acrescentou: “Enquanto observa-dores, tentem levar a vítima a denunciar e a afastar-se do agressor.

A interessante palestra acabou com um po-ema por todos sobejamente conhecido e can-tado e com uma frase que resume o tópico de toda a palestra: “o amor não deve doer.”

Rita Salgado e Bárbara Araújo - 12ºCT2

palestra

violência no namoro

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28Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Estaremos nós preparados para en-frentar a justiça?

Ao contrário do esperado, a porta do Tri-bunal está aberta. Esteve sempre aberta para os cerca de 70 alunos que, na manhã do dia 21 de Janeiro, irromperam pela instituição mais temida da nossa cidade, mas, de igual modo, uma das que mais incute respeito. A ansiedade e a desconfiança transpareciam nos rostos dos mais curiosos e o súbito des-conforto corporal, num espaço desconhecido moldavam os alunos que nunca tinham sido deparados com a Justiça. Na verdade, todos nós receámos desde (…. bem… desde sem-pre!) o confronto directo com o poder judi-cial. E, hoje, aqui estamos nós, sentados na sala de audiências à frente da Senhora Dou-tora Juíza Idalina Ribeiro, através do Projecto “Cidadania no Novo Milénio” e das Jornadas para a comunidade no espírito da Declaração Universal dos Direitos Humanos – “Tribunal de Porta Aberta”.

Não é possível acreditar que afinal não co-metemos nenhum crime punível com uma pena máxima de 25 anos de prisão ou que temos que pagar uma avultada multa, mas a Doutora Juíza sorri e, com diplomacia e in-teligência, convida-nos a penetrar nas raízes desta instituição destinada a proteger a so-ciedade e a garantir os seus direitos perante eventuais abusos de poder. O suspiro foi geral e o clima desanuvia-se para podermos abraçar o Direito e as suas particularidades! Somos, portanto, esclarecidos pela mesma da neces-

sidade da criação do Direito na sociedade, assegurados da necessidade da sua eficácia e estabelecidos os seus limites; exemplificadas algumas situações demonstrativas, elucidadas das diferentes funções assumidas pelo e no Tribunal. Tratando-se a Doutora Juíza Idalina Ribeiro de uma magistrada judicial, explicou--nos as suas competências e como exerce as suas funções. Seguidamente, convidou-nos à exposição de dúvidas e questões/problemas a partir dos quais se abordaram questões re-lacionados com o funcionamento do recurso a um Tribunal superior, a segurança dos ma-gistrados judiciais, o envolvimento emocional em diferentes julgamentos, a problemática da eficácia dos Tribunais, a preparação e o desen-rolar do processo jurídico, entre outras. Du-rante a sessão, todos os alunos se mostraram empenhados em participar activamente na exposição oral de ideias e ver solucionadas as suas dúvidas, quanto ao funcionamento deste organismo, que se tornou então mais próximo das nossas realidades quotidianas. As várias turmas de diferentes níveis de escolaridade que se encontravam presentes avaliaram a actividade como positiva, produtiva e escla-recedora e a consciência da aprendizagem e entendimento foram comuns a todos eles. Além desta audiência geral, com a participa-ção activa da Doutora Juíza referida, várias turmas tiveram a oportunidade de conhecer outras áreas específicas e personalidades que trabalham neste tribunal: fomos liderados pelo Senhor Carlos que, com muita simpatia, disposição e energia nos guiou pelo Tribunal, apresentando-nos as diferentes pessoas que nos transmitiram as suas funções dentro des-te organismo. Foi assim que conhecemos a D. Primavera, da Secretaria Central, que nos explicitou a sua rotina diária; o Senhor Álvaro, arquivista, que nos mostrou o arquivo e como proceder a uma arquivação; e assistimos ain-da um julgamento e a um julgamento sumário sendo-nos apresentado o cargo desempenha-do por cada pessoa que o compõem: o juiz, os advogados de defesa e de acusação, o funcio-nário que procede ao registo escrito dos fac-tos e conclusões (o Secretário), o Procurador, as testemunhas e os réus.

É, pois, uma iniciativa exemplar e importan-te esta, a de aproximar a esfera pública e as novas gerações do poder judicial, mostrando--lhe o funcionamento do Tribunal e da Justiça. Algo a recomendar, a relembrar, a reviver.

Carolina Amaral - 12ºLH2

Notícias

cidadania no novo milénio

fomos a julgamento!

Aqui, na Escola Secundária Martins Sar-mento, em Guimarães, “nasceu” o grupo “Jovens em Acção - Cidadania Viva”, aberto a toda a comunidade. Vamos realizar uma actividade a fim de, com um simples abra-ço, chamar a atenção da população em geral para a importância crucial dos afectos.

Nos dias de hoje, o ser humano valoriza mais o TER do que o SER, passando para se-gundo plano tudo o que tenha a ver com os afectos e a solidariedade. É com imensa tris-teza que constamos que os afectos parecem estar “fora de moda”.

Com o intuito de os “fazermos emergir”, propusemos duas campanhas: uma na cida-de do Porto, no dia 12 de Fevereiro na Rua de Santa Catarina, pelas 14h, e outra na ci-dade de Guimarães, no Dia de S.Valentim, junto ao Triângulo, Centro Comercial.

Com estas iniciativas pretendemos mos-trar que o afecto é gratuito e pode ajudar qualquer ser humano a caminhar neste mun-do com mais segurança, optimismo e senti-do de fraternidade.

ano europeu do voluntariado

mais… sobre os jovens em acção

“(...) pretendemos mostrar que o afecto é gratuito e pode ajudar qualquer ser humano a caminhar neste mundo com mais seguran-ça, optimismo e sentido de fraternidade.

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O Pregão Abril de 2011

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Universo ESMS

A turma 4 do curso EFA da Secundária Martins Sarmento organizou, no passado dia 22 de Novembro, uma simulação das festas nicolinas.

A actividade integradora envolveu, ao longo de várias semanas, formadores e formandos em pesquisas sobre as nicolinas, grupos de tra-balho, elaboração de cartazes, cenários, adere-ços, convites e divulgação da iniciativa.

Bom humor e ansiedade combinaram no decurso dos trabalhos de preparação da activi-dade. Enquanto as formandas compunham as mesas com os pratos tradicionais próprios da

época festiva, os formandos montavam o ce-nário e tratavam da sonorização e do sistema audiovisual.

Inaugurado o sarau nicolino pela formanda Rosa Leiras, que fez o enquadramento da ac-tividade, seguiu-se, no espaço exterior da es-cola, o cortejo do pinheiro no espaço exterior ao som de bombos e caixas, que contou a par-ticipação de alguns formandos do curso NS1.

Depois do enterro do pinheiro, já no espaço interior, o formando Luís Machado leu os ver-sos do pregão, sendo várias vezes interrompi-do pelas palmas da assistência.

O momento mais romântico do sarau acon-teceu quando várias damas subiram ao palco para receber as maçãs dos jovens apaixonados.

O formando Miguel Novais e a formadora Joana Silva abriram o baile nicolino ao som de uma valsa inglesa, sendo seguidos por vários pares que se juntaram a abrilhantar a festa.

Por fim, as mesas de iguarias, com os res-pectivos rojões e as tradicionais castanhas assadas, sem esquecer a água-pé e os doces, satisfizeram os presentes.

Alunos do Curso EFA4

iniciativa actividade integradora

um sarau à maneira nicolina

campanha contra o álcool

a estrela, aqui, és tu!O alcoolismo é definido como

o consumo excessivo e/ou preo-cupação com bebidas alcoólicas, de tal modo que este compor-tamento abusivo interfere com a vida pessoal, profissional, so-cial ou familiar de um indivíduo. Será o álcool um fenómeno de integração social, questionamo--nos. Sabemos que afecta cada vez mais toda a população, inde-pendentemente do sexo, da faixa etária, da cor e da profissão.

Perante este cenário alarman-te, esta equipa de trabalho viu--se no dever de reflectir acerca deste processo de degradação pessoal do ser humano, mais es-pecificamente com a população estudantil, da qual fazemos par-te, sentindo necessidade, como tal, de informar as pessoas sobre os riscos que o consumo exces-sivo de bebidas alcoólicas pode acarretar. Cremos que uma infor-mação ajustada pode conseguir mudar esse mau hábito ou, pelo menos, contribuir para uma re-dução dessa ingestão. Assim, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, cinco alunos, do 12º CT3, decidiram investigar e pro-curar os “porquês”, os “quando”, os “com quem” e os “onde” para, de forma elucidada e clarividen-

te, trazer a lume esta problemá-tica quase, diremos nós, intem-poral e universal. Procuraremos, em campanhas insistentes - ora sérias, ora com humor - mostrar

o que os olhos vêem, efectiva-mente, mas sem a pretensão real de querer ver. Com os conhe-cimentos que vamos e iremos adquirir, desejamos sensibilizar,

consciencializar e, se tal acon-tecer, mobilizar os mais jovens, como nós, para dizer um não so-noro ao álcool, que apenas serve como instrumento de diversão e de degradação.

Os inquéritos, que já passámos pela escola, revelam que o consu-mo excessivo desta droga é feito, maioritariamente, por jovens que apreciam a bebida e por mera diversão, colocando o seu con-sumidor, muitas vezes, em situa-ções de risco.

Será que o nosso futuro mere-ce ser comprometido pela bebida? Acreditamos que, se assim fosse, não teríamos o poder da escolha e, esta, está bem presente nas nossas vidas. Entre a morte e uma cadeira de rodas, optamos, sem quaisquer dúvidas, pela possibi-lidade de viver, pela dança, pelas viagens… pelo sonho consciente de um universo à nossa espera.

Ajuda-nos a acreditar que esta luta contra o álcool abusivo (pois invade as nossas vontades, os nossos quereres) não é em vão. Há conquistas que sabem a vi-tórias. A estrela, aqui, és tu e … somos nós!

Ana Ferreira, Anabela Abreu, Fran-

cisco Freitas, João Rodrigues e Tânia

Pereira - AP - 12ºCT3

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30Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

ambiente

importante! a preservação da biodiversidade

No espaço infinito e em constante mutação existem milhões de milhares de mundos e es-trelas. Existem cometas e asteróides, nebulo-sas e buracos negros. Existe luz e escuridão, matéria e vazio. No entanto, em toda a pla-nície estelar, a vida é um bem raro e valioso. Algo a preservar e a proteger. E o nosso ma-jestoso Planeta Azul é uma arca de vida, da qual o ser humano é parte significativa. Evo-luímos, construímos e experimentámos. E, no entanto, somos nós quem ameaça a via, quem ameaça a Biodiversidade.

Na Terra existem de dez a trinta milhões de espécies, todas elas essenciais ao funcio-namento do sistema, à continuidade do ciclo Natural. Se um dos pequenos eixos for reti-rado, por mais insignificante que seja, todo o sistema pára, estagna. Considerando então a importância da biodiversidade e da sua pre-servação, podemos responder condignamen-te àqueles que duvidam de tal coisa. E, pe-dindo eles factos concretos, razões explícitas para justificar o gasto de fundos e de tempo para salvar meros animais, assim os elucido: as cadeias alimentares são a razão. Não será a única, suponho eu, mas é sem dúvida uma de peso.

Todas as espécies dependem de outra para sobreviver. Se retirarmos uma espécie que serve de alimento a outra e é predadora de uma terceira, a segunda morrerá e a terceira proliferará, desequilibrando o ciclo. Tenhamos em conta, por exemplo, o caso da raposa-ver-melha. Esta espécie oriunda de climas tempe-rados alimenta-se principalmente de roedo-res, e é presa de águias e coiotes. Se retirada do seu habitat, os seus predadores terão mais dificuldade a arranjar comida, podendo até morrer de fome, e as suas presas aumentarão em número, podendo destruir colheitas e in-terferir noutros habitats. Ou no caso de um ser vegetal, como o bambu, que sendo o prin-cipal alimento dos pandas, conduz à extinção a espécie se não estiver presente.

E o que causa todos estes distúrbios, es-tes desequilíbrios do círculo da Natureza que causam extinções, que eliminam património e cultura, tanto humana como animal? Como sempre, é a ganância humana a horrenda cri-minosa culpada de tal crime. O ser humano, incapaz de dar valor a outra coisa que não o dinheiro, destrói a natureza com a sua obsessi-va sobreexploração dos recursos naturais, tão necessários à vida confortável do ser huma-

no. “Não será a destruição de Biodiversidade compensada pela obtenção de tais recursos?”, dizem eles. Mas o facto é que a Biodiversida-de é um recurso natural importantíssimo, que nos fornece milhares de produtos para a ali-mentação, a medicina, a construção, etc. De facto, muitas maravilhas que a Natureza nos pode dar ainda são mistérios para a humani-dade. Quem sabe o bem que pode causar uma pequena flor que encontramos numa floresta, ou até na berma da estrada?

Cabe-nos a nós salvar da destruição toda a vida deste nosso planeta, repito, TODA A VIDA, pois esta é rara e valiosa, mesmo que não o pareça à vista dos ignorantes ou dos grandes empresários interessados em aumen-tar as suas enormes fortunas.

A continuidade da vida no nosso planeta, depende apenas de nós.

Salvem essa Vida! André Teixeira - 10º CT1

“Olá todos.Nunca na minha vida vou me esquecer de

Portugal e de todas as pessoas que eu conheci lá! O único problema é que são tão distantes, e por isso estou a trabalhar para ir a Portugal neste inverno. Ainda não sei se vai ser possí-vel, mas estou a tentar.

Aqui é comum dizer “vocês são o meu mun-do” às pessoas que se gosta mais. Mas vocês não são o meu mundo único. São um deles. São muito importantes para mim, mas tam-bém tenho um mundo aqui na Dinamarca.

Eu sei que não escrevi de chega para vocês. E também não escrevi de chega para a mi-nha família e os meus amigos quando estive em Portugal, e por isso perdi alguns amigos. Não quero perder ninguém de vocês como o meu amigo! Portanto, tenho de ficar melhor a manter o contacto. É uma coisa a qual eu sou terrível. Tenho sempre de me esforçar para-

escrever para vocês. Não é porque não quero falar com vocês, nem porque é em português. É porque acho que é estranho com esta forma de contacto.. Gosto muito mais de estar cara a cara a falar sobre tudo, de estar a escrever.

Estou a escrever este mail para pedir descul-pa, e para dizer, que posso ser melhor a isto.

Na minha defesa tenho de dizer, que a mi-nha vida não vai lenta. Ando um bocadinho stressado. Não é que não estou bem. Estou muito bem. Mas quero de fazer parte em mui-tas coisas, e não posso fazer tudo. Por exem-plo: Gostaria muito de fazer parte de um grupo de cinco saxofones, que o meu professor tem, mas tinha de dizer que não, porque não tenho tempo. Quando se faz mais da escola, há me-nos tempo para fazer todas as outras coisas.

Nunca vou me esquecer do ano em Portu-gal. Foi um dos melhores anos da minha vida!

Abraço Peter

P.S: Comecei a apreender espanhol na se-mana passada. Acho que o português é uma língua muito mais bonita ;)

P.S: Espero que o meu português se man-tém, e ainda conseguem perceber o que eu quero dizer :)”

do nosso correspondente na dinamarca

mensagem do peter dedicada a todos quantos conheceu e com os quais conviveu durante o ano em que cá esteve

Nota: Este texto é a versão original do alu-no Peter que no ano passado frequentou a nossa escola. Por uma questão de valorizar a espontaneidade, a equipa redactorial optou por não submeter qualquer correcção.

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O Pregão Abril de 2011

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Universo ESMS

O fotojornalismo, por defini-ção, é um ramo da Fotografia e considerado uma especialização do jornalismo. Segundo Fernando Ferreira - fotojornalista do “Re-cord” - , o fotojornalismo consis-te, sobretudo, em registar na má-quina fotográfica, da forma mais real possível, qualquer tipo de acontecimento que possa marcar a actualidade.

Assim, este género fotográfico tem por objectivo ser claro aos olhos de quem está a receber a fotografia. É o bom enquadra-mento e o momento escolhido pelo fotógrafo que faz que a fo-tografia possa exibir todo o seu potencial comunicativo.

Os primeiros registos fotográfi-cos parecidos com os que conhe-cemos hoje remontam à primeira metade do século XIX. As primei-ras fotografias, apesar de ‘primi-tivas’ deram origem a um desen-volvimento técnico contínuo e marcaram o início do fotojornalis-mo. O mérito do aparecimento da fotografia não pode ser atribuído a uma pessoa, no entanto, é im-portante referenciar os avanços de Louis Daguerre que, em 1837, descobriu um processo para in-terromper a acção da luz, com um banho de cloreto de sódio (sal vulgar). Nesse ano nasceu aque-la que é considerada a primeira fotografia trazida à luz pelo ‘da-guerreótipo’ - processo fotográfi-co feito sem uma imagem negati-va. Os primeiros daguerreótipos eram de má qualidade, pois eram facilmente corrompidos pelos dedos e pelas variações de tem-peratura e humidade. A imagem tinha pouco contraste tonal, não se prestava à multiplicação e o tempo de exposição era longo, variando entre quinze segundos

e trinta minutos. Ainda assim, de-pois da descoberta deste francês, cuja técnica foi de imediato de-clarada como domínio público, as inovações jamais pararam.

Não há uma única maneira de classificar os géneros fotojornalís-ticos. A generalidade dos manuais e livros sobre fotojornalismo clas-sifica os géneros fotojornalísticos em notícias, retrato, ilustrações fotográficas, paisagem e histó-

rias em fotografias ou picture stories (que engloba os subgé-neros das foto-reportagens e dos foto-ensaios, podendo misturar fotografias de várias categorias anteriores). Por sua vez, os gran-des concursos fotográficos, como o World Press Photo, estabelece-ram outra tradição de classifica-ção dos géneros fotojornalísticos. Em primeiro lugar, a classificação passa pelo número de fotografias

que constituem uma peça: foto-grafia única ou várias imagens. Posteriormente, a classificação é feita em função do tema: notí-cias, arte, pessoas, moda, ciência e tecnologia, desporto e natureza e ambiente.

A identificação de um género fotojornalístico passa, por ve-zes, pela intenção jornalística e pelo contexto de inserção da(s) foto(s) numa peça. O conteúdo e forma do texto são, assim, es-senciais para explicitar o género fotojornalístico (não se pode es-quecer que o fotojornalismo inte-gra texto e fotografia). Por exem-plo, uma fotografia de notícias, se for individualmente considerada, poderá ser (ou parecer) um re-trato. Mas, devidamente contex-tualizada, será sempre uma foto-grafia de notícias em geral. É de assinalar que, embora haja géne-ros fotojornalísticos mais vinca-dos, também há fotografias que dificilmente se podem classificar num género específico.

Por último, referenciamos o papel da agência Cooperativa Magnum, fundada em 1947, em Paris, por quatro fotógrafos: Hen-ri Cartier-Bresson, Robert Capa, David Seymour e George Rodger. O movimento de reconstrução da Europa e o progresso tecnológico exigido pela destruição da guerra proporcionaram a criação de uma forma nova de fazer e comercia-lizar a fotografia e discutir a sua função. A criação dessa nova forma de agenciar imagens modi-ficou todo o percurso do fotojor-nalismo mundial.

Filipa Vilela; Sónia Osório; Vera

Sousa; Miguel Carvalho - 1ºPTM

técnicas de multimédia

o que é o fotojornalismo?

O concurso World Press Photo premiou na sua 54ª edição a fotografia tirada pela repórter fotográfica Jodi Beiber a Aisha, uma mulher afegã, vítima dos Taliban, a quem foi mutilado o nariz e parte da orelha.

Acompanha a tua escola no facebook http://pt-pt.facebook.com/martins.sarmento

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32Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

Universo ESMS

talentos escondidos

concurso de humorMuitas vezes existem talentos

escondidos, que nunca foram reve-lados por uma única razão: falta de oportunidade. Existem imensos ta-lentos, mas por vezes falta um palco para brilharem, um microfone para se fazerem ouvir ou uma guitarra para envolver toda a gente numa mesma melodia. Assim, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, decidimos criar este concurso de hu-mor, onde privilegiamos a criativida-de e a boa disposição. Pretendemos proporcionar uma oportunidade a todas as pessoas, de qualquer idade, para que possam mostrar o que va-lem humoristicamente. Acreditamos na existência de muitos potenciais

em Guimarães, e por isso queremos tentar demonstrá-los. Este concurso desafia todas as pessoas a explorar o seu lado humorístico. Para isto, os concorrentes devem ser capazes de criar um momento de humor, no qual são permitidas imitações de re-ferências humorísticas ou dar asas à imaginação e criar algo novo.

Se te achas capaz de nos fazer cair da cadeira, então participa! Vê to-das as informações no Facebook, ou envia-nos um e-mail para [email protected].

Joana Correia; Álvaro Machado; Rita Bap-

tista; Mariana Almeida – AP - 12º CT2

A higienização dos espaços não deveria ser uma preocupação de todos os indivíduos enquanto ci-dadãos assíduos de espaços públi-cos? Nos mais variados locais en-contramos facilmente resíduos de todos os tipos que causam danos colaterais, tanto ao nível ambien-tal, como no domínio da saúde pública.

Os actos irreflectidos da nossa sociedade continuam a contribuir para esta realidade. Contudo, são poucas as pessoas que se mos-tram efectivamente interessadas em empenhar-se nessa tarefa, bem como em consciencializar os demais para este desafio.

Um exemplo prático deste fe-nómeno é o das pastilhas elás-ticas que, actualmente, “deco-ram”, irremediavelmente, todos e quaisquer pavimentos. Um olhar, por mais desatento que seja, de-para-se com metros quadrados de uma cidade pejados desses detri-tos coloridos, mas mais pegajosos que uma lapa. O arco-íris não é mais que uma miragem ensaliva-

da e colante. Independentemen-te da idade, todos as consomem e têm, como é óbvio, de se livrar delas. O que choca é a facilidade com que o fazem e, nem sombra de arrependimentos ou de consci-ência pesada. Quem nunca pecou que aponte o dedo e lance a pri-meira pedra. Afinal, sem recipien-tes, sem uma possível reciclagem à vista, poderemos ser considera-dos irremediavelmente prevarica-dores inconscientes?

Portugal, apesar do seu con-fortável recanto peninsular, ressente-se de inúmeras limita-ções, nomeadamente ao nível de gestão de resíduos. Mas será que

instituições reconhecidas inter-nacionalmente ainda não tenham colocado hipóteses para prevenir este problema? Existem soluções para o plástico, para o vidro, para o papel, para as pilhas... Todos es-tes materiais poluem e merecem a sua reciclagem. E as pastilhas elásticas? Será que não poluem tanto ou mais do que qualquer um dos exemplares supra cita-dos? Se existem pilhões para re-ciclar pilhas cujos consumos nos parecem em menor quantidade, porque não apostar numa recicla-gem de pastilhas elásticas?! Será que estas não poderão dar origem a novos materiais?...

Perante tantas questões, pro-curamos contactar várias insti-tuições/pessoas idóneas com responsabilidades cívicas e com prestígio, nomeadamente câ-maras municipais, centros de compostagens, engenheiros am-bientais e, malogradamente, con-cluímos que, apesar da simpatia e da amabilidade com que nos receberam, apenas nos ofereciam remediar a situação sem a poder prevenir. Saudamos o facto de, actualmente, já existirem empre-sas especializadas na remoção da pastilha elástica. Consideramos, contudo, que seria bem mais higi-énico as pessoas não as deitarem ao chão ou existir, à semelhança de outros resíduos, um modo de as reciclar. Sonhadoras, ainda queremos crer que este nosso apelo, esta nossa legítima preo-cupação não serão espezinhados como uma simples “chiclet” no chão.

Cátia, Liliana, Paula e Flávia – AP –

12º CT3

ambiente

“queremos a tua pastilha elástica … no pastilhão”

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Universo ESMS

ano europeu do voluntariado

jovens em acção - junta-te ao grupo

poesia

amor platónico

técnicas de multimédia

cuidados e técnicas de filmagem

Numa sociedade consumista e manipula-dora, muitos são os jovens que negligenciam o afecto, o carinho e a ajuda. Será tudo isto, sinónimo de ostracismo?

Impotentes perante um mundo de aparên-cias, que constrói juízes de valor não alicerça-dos, há os que emergem e tentam lutar para construir uma nova realidade!

O que está por detrás desta enorme moti-vação?

Tudo pode começar num sonho, num mero sonho, que por mais pequeno que seja, com forte determinação e força de vontade, acaba por se tornar realidade.

No dia 11 de Novembro, realizou-se na nossa escola, uma acção de divulgação e sensibilização do projecto “EVS - Serviço de Voluntariado Europeu”, facilitado pela profes-sora Anabela Oliveira e dinamizado pelo Dou-tor Carlos Santos, Director do Departamento Cultural da Rádio da Universidade do Minho, igualmente responsável por este projecto.

Com esta actividade, alguns jovens tiveram

a oportunidade de conhecer projectos que tornam possíveis algumas das suas vontades.

Assim, surgiu a ideia de alguns jovens se juntarem e em grupo partilharem e ajudarem a construir um novo mundo.

Nasceu, então, uma nova realidade, a cria-ção de um grupo de jovens em acção.

Este grupo visa trabalhar diferentes valên-cias: dança, música, jornalismo, cidadania; to-das, em regime de voluntariado.

O grupo está pronto a receber os jovens desta escola que se sintam motivados e sensi-bilizados para este projecto.

Fica lançado o repto:

“Sentir a alma humana,Viver o ser em plenitude.Acender aquela pequena chama, Apesar da inexperiência da juventude.”

Curso EFA

Flor branca, flor negraquem de mim te levou,Nunca chegaste a ser minha,mas meu pobre coração te tocou.Não serei mais teu bandido,nem asas do teu ser.Fica agarrada, alma minha,ai não é querer-te, mas sim ter.

Foste embora, para longe,roubaste outro horizonte e meu olhar viu--te fugir.Dá-me a mão anjo fugitivo,antes que esta saudade se faça sentir.Rendi-me ao teu encanto, perdi-me nas palavras tornadas paixão.No destino vi-te a ti,acredita, até morri.

Sorriste num minuto,numa hora fizeste-me sonhar.Não partas minha deusa,preciso de ti ao acordar.Não ganho a coragem, de te mostrar o que sinto.Eu amo-teé verdade e torno teu, este meu coração faminto.

Catarina Moura - 11º LH3

Com este artigo pretendemos ajudar todos aqueles que queiram fazer filmagens com al-gum profissionalismo. Seguem algumas indi-cações, cuidados e preocupações, a considerar para uma boa filmagem:

O primeiro cuidado a ter diz respeito ao manuseamento das câmaras. As câmaras são sujeitas a desgaste, logo, dependendo da fre-quência de utilização, é importante uma lim-peza efectuada por técnicos especializados.

Outro cuidado a considerar prende-se com as condições atmosféricas. Estes equipamen-tos são muito sensíveis à humidade e não devem apanhar sol directamente na lente. Aconselhamos, assim, a compra de capas pro-tectoras.

Outro elemento fundamental para uma boa filmagem é o enquadramento, que é o campo visual capturado pela objectiva da câmara. A esse elemento capturado, chamamos plano, o qual, mediante a disposição dos elementos, ganha diferentes valores e diferentes tempos

de leitura. São vários os tipos de enquadramento que

se podem usar no momento de filmar. Damos o exemplo de uma entrevista: as costas e o ombro do entrevistador podem aparecer em algumas das respostas do entrevistado, em-bora vá criar algum ruído na imagem. O entre-vistado deve surgir sempre em primeiro plano, olhando na direcção do entrevistador que, por sua vez, pode surgir em primeiro plano nas perguntas, com um enquadramento similar ao do entrevistado. Este plano, normalmente, é gravado posteriormente,ao fim da entrevista. Nesta fase, o jornalista pode também “per-guntar” usando como imagem um plano mé-dio, dando, assim, mais recursos de imagem para o trabalho de edição.

Esperamos que este artigo vos ajude a reali-zar uma filmagem “à vossa maneira” mas com um pouco mais de profissionalismo.

André Machado; Carlos Diogo; João Costa - 1º PTM

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34Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão

cursos profissionais

dez erros a evitar no estágioÉ sabido que nos dias de hoje é muito difícil

arranjar um bom emprego. É raro o telejornal que não fale de crise, medidas de austeridade, desemprego, FMI, etc, etc. O pessimismo está instalado e é impossível os alunos finalistas fi-carem alheios a este clima de desânimo. Mas, para estes, o estágio pode ser a “via-verde” para enfrentarem o cada vez mais exigente mercado de trabalho.

Equívocos nos processos de trabalho são aceitáveis, já que o estágio tem como propos-ta ensinar a prática da profissão que o aluno escolheu e estuda. Contudo, existem erros de conduta que, se cometidos, maculam a ima-gem do futuro profissional.

Em baixo, seguem algumas dicas que o site Administradores.com.br ofereceu para estagi-ários de comunicação:

1| Falta de iniciativaPara Carmen - consultora da empresa bra-

sileira Nube - um estagiário acomodado não tem lugar numa boa empresa: “O estudante tem que mostrar interesse em aprender sobre a instituição, sobre a área em que ela actua e sobre o seu trabalho específico”. Segundo esta especialista, quanto mais participativo o estagiário for, maiores as probabilidades de se tornar um bom funcionário.

2| Torcer o nariz para feedbacksNão há escapatória possível: se os profis-

sionais estão constantemente a ser sujeitos a avaliações, o estagiário não é excepção. E isso é saudável, pois esta “pressão” faz que a ta-refa seja executada com mais rigor e brio. Por isso, ele deve aceitar as avaliações como uma ferramenta de desenvolvimento. “O estagiá-rio, principalmente, precisa de ter a humilda-de de olhar para os próprios erros”, ressalta Carmen. Para ela, o estagiário precisa de estar preparado e disposto a aprender.

3| IrresponsabilidadeTarefa dada é tarefa cumprida. É assim que

os estagiários devem lidar com as respon-sabilidades que têm no trabalho. Deixar de cumprir alguma actividade é um dos princi-pais erros que deve ser evitado: “Quando isso acontece, o estagiário não só se prejudica a si mesmo, como também prejudica a rotina de trabalho da equipa”, lembra Carmen.

4| Não se ambientarEntrar no estágio com cara de “eu é que

sei” não ajuda em nada. Só atrapalha e irri-ta. Nessa fase, é proibido trabalhar de forma isolada. “O estagiário deve mostrar qualida-des, como trabalhar em equipa, interesse nas actividades, estar disponível para executar as tarefas”, afirma Carmen.

5| Ter faltas e atrasosÉ fácil ganhar a fama de “baldas” quando

atrasos e faltas são frequentes. “Faltas e atra-sos comprometem de forma séria as activida-des da equipa”. Assim, quando ocorrer algum imprevisto, tente avisar o monitor o mais rá-pidamente possível, por telefone e não por e--mails.

6| Pensar apenas no subsídioEstá certo que o valor do ordenado pesa na

hora do estudante escolher a empresa onde quer trabalhar. Mas é bom que ele tenha em mente que a ideia do estágio é colocar em prática a profissão que ele aprende na teoria. “No estágio, ele aprende como lidar com hie-rarquias, a ter a postura correcta em ambien-tes corporativos. “Ele vai ter um ganho profis-sional”, diz Carmen. E isso, muitas vezes, tem mais valor que o ordenado.

7| Ter medo de perguntarNinguém nasce ensinado. E nenhum estagi-

ário chega a uma empresa a saber exactamen-te o que tem de fazer. Por isso, perguntas são bem-vindas. Deixá-las de lado não só mostra o quanto o estagiário é passivo, como pode prejudicar a qualidade do seu trabalho.

8| Linguagem muito informalNada de gírias ou palavrões. Na hora de

escrever, nada de abreviações ou brincadeiri-nhas. O estagiário deve entender que o modo como fala e escreve nas redes sociais ou com os colegas de estudo não deve ser o mesmo como conversa no trabalho. Para evitar equí-vocos, seja o mais formal possível. Pelo me-nos até ter mais intimidade com os colegas. Manter-se actualizado ajuda a estabelecer uma conversa que foge de informalismos. Quanto mais soubermos, mais à vontade es-tamos para conversar com os chefes e colegas de trabalho.

9| Cada “macaco no seu galho”Fazer trabalhos para a escola ou resolver

problemas pessoais no horário de estágio pa-rece mal. “Os estágios surgiram, precisamen-te, para dar um contexto real à teoria das au-las”, afirma Carmen. Por isso, concentrem-se: as seis horas que ficam no estágio são para executar tarefas da empresa.

10| Ir de fato-de-treino para o trabalhoA maneira como vocês se vestem diz mui-

to sobre vocês. Por isso, tentem vestir-se de modo formal nos primeiros dias e observem como os outros estagiários e profissionais se vestem. “Vista-se de acordo com a cultura da empresa”. “Se houver dúvidas, adopte um padrão discreto, com cores neutras e roupas sociais básicas”.

Além disso, lembrem-se:O estágio é uma fase importante para o vosso

percurso profissional. Ele dar-vos-á bases impor-tantes para o vosso desenvolvimento profissio-nal e até pessoal. Isso não significa que tenhas de ficar todo o dia dedicados a ele, ou fazer sempre horas extra. Cumpri as vossas tarefas da melhor maneira possível dentro do horário.

Ainda segundo Carmen, o importante é que, acima de tudo, o estudante não se es-queça da sua formação. “O primeiro passo é concluir o curso”, diz. Por isso, não priorizeis o estágio ou a escola. Tentai manter o equilíbrio entre as duas actividades.

Texto adaptado pelo Prof. Jorge FariaFonte: http://www.designontherocks.xpg.com.br/

Universo ESMS

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O Pregão Abril de 2011

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inglês

how the small elephant choke on an ant

That’s not a thing that happens every day. That’s the kind of thing that you’d laugh at if I told you, but it really happened.

Elephants are huge animals, as everybody knows. Ants are one of the smallest animals ever.

But these ones are very unusual. This ele-phant was pretty small, compared to the others of the species. Nobody knows why but he never grew up as fast as his brothers did.

On that day, the elephant was sleeping under a big tree. It was too hot and the sun was burning, the perfect conditions to take a nap.

But something bumped into him. With

eyes wide open, the elephant saw something that he had never seen before.

A giant ant, bigger than all the others, was looking at him with a funny look.

They were both really surprised.“You are the biggest ant I´ve ever seen”

The elephant said, looking a little scared. “Yes, I know, right? Isn’t that cool? “, she

said, laughing, “And you’re the smallest ele-phant of the world, I bet.”

The big ant started laughing at the elephant’s face, joking with him.

“You’re so small. Are you sure you are an elephant? I don’t think so. Hey, look, you’ll surely go into the Guiness book as the smal-lest elephant ever.”

The elephant was getting so furious, so mad at that freak, big ant that he couldn’t handle it anymore.

One gulp and he ate it. But he forgot one important thing. She was big, he was small. So… He couldn’t breathe. He choked on an ant.

Nobody knows how the story ends. It’s a total mystery. But we can learn one thing from this story. Think about what you do and don’t take any decisions when you’re angry.

And that’s how the small elephant choked on an ant.

Teresa Martins - 10ºLH1

In a jungle full of magic and talking ani-mals, lived an old big elephant married with a short female of his species.

She had tried to get pregnant since she was able to, but she just couldn’t. She went on a visit to a lion known for his spells and potions. He gave her a spell but he made a mistake and instead of “tall” he wrote “small”.

When Mrs. Elephant was in labor, the doctors said that the baby had a problem. He was too small! Mr. and Mrs. Elephant cried so much that they got sick!

When the baby Elephant was 7 years old he went to school. Everyone made fun of him and he only had a friend: a big ant that was addicted to steroids, so she was the size of a pill.

One day, the little elephant ate a rock while he was playing. The only hope was if the ant went inside the elephant’s mou-th and took out the rock. She did it but the Squirrel of their class scared them and the

ant fell down the elephant’s throat.They both died but after that, in that jun-

gle, every animal was friendly to small-sized species.

The spirit of the ant and the elephant went to see the lion and he gave them a choice: if they returned to the Earth, they wouldn’t remember each other. They preferred to remain dead because no one would talk to an elephant the way the ant did. And no one would unders-tand an ant the way the elephant did!

Julieta Cepeda - 10º LH1

Universo ESMSSOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 4AM; IP; REPOSICIONADO; AIO; AR; RA; IAS; MA; ARI; ASI; SA; E; AMEN; VIAS; R; AREIA; ASSAR; AVE; BAR; PASSAR; TITULO; ARTE; A; R; AGIL; RIA; APEAR; OCA; TA; SRA; BAU; AV; E; RAIZ; ACRE; A; PALCO; LHAMA; ARI; OT; HÁ; AIS; CAOS; ELO; USAR.

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Fotos

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Memórias da Escola

Depois da aulas, brincar e rir é preciso; para isso se fez o grupo dos totós.

Alunas queridas da Prof.ª Doutora Maria da Conceição Campos

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Prof. António [email protected]

Soluções na pág. 31

Jornal ‘O Pregão’ online em:http://issuu.com/o pregao

Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia o material para o email:[email protected]

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4-7: Jornadas Culturais7: Sarau 11 de Abril: Início férias Páscoa24 de Abril: Páscoa26 de Abril: Início 3º Período

08 de Março: Carnaval

Equipa de ‘O Pregão’Dulce NogueiraFátima LopesGenoveva LimaGlória M. MachadoJoaquim MagalhãesJorge C. Faria José L. FariaJosé M. TeixeiraLeonor Costa

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Palavras Cruzadas 4

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G U I M A R Ã E S

C U L U R A

http://www.guimaraes2012.ptPortal de internet da Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012.

H 1 Amerício (s.q.); “Internet protocol”.2 Colocado numa nova posição.3 Escudeiro; fisionomia; Rádio (s.q.); atravessavas.4 Madrasta; nome masculino; empunhei; apelido.5 Assentimento; meios de transporte.6 Conjunto de partículas granulosas de natureza

mineral, que se encontra no leito dos rios, dos mares, nas praias e nos desertos; cozinhar no forno.

7 Animal vertebrado, pulmonado e ovíparo, de sangue quente, com o corpo revestido de penas e bico córneo; botequim.

8 Projectar (filme) num ecrã; denominação hon-orífica.

9 Expressão de um ideal estético através de uma actividade criativa; desembaraçado.

10 Braço de mar; tirar do pedestal; vazia.11 Tântalo (s.q.); “Senhora”; estrada macadami-

zada; “Avenida”.12 Parte de um órgão implantada num tecido ou

noutro órgão (Anatomia); intenso.13 Parte do teatro onde os actores representam,

geralmente uma plataforma ou um estrado (Teatro); tecido de fio de ouro ou prata, ou com esse aspecto.

14 Nome masculino; “Obrigações do Tesouro”; existe; momentos.

15 Confusão; gavinha; empregar.

V 1 Fio de qualquer metal puxado à fieira; frase isola-da para interromper quem fala; Actínio (s.q.).

2 Peça de vestuário de tecido de malha que cobre o pé e a perna, esta no todo ou em parte; dano; forma sincopada de para.

3 Poeira; segmento de recta comum a duas faces de um poliedro (Geometria); distância do centro ao limite da circunferência (Geometria).

4 Estime; catedral; designação comum do cloreto de sódio, usado no tempero e na conservação dos alimentos.

5 Recobrei a saúde; relativo aos Árias, ariano.6 Nome feminino; criançola.8 Enfurecia; exercício da actividade profissional.9 Vegetação no deserto; abertura perpendicular à

bainha em peças de vestuário.10 Vagueavas; “tradução automática”; berne.11 Instante; parte da espiga (do milho) onde os

grãos estão alojados; grandes aves corredoras.

12 Jornadas; planta da família das Leguminosas, com vagens de tom escuro quando maduras, espontânea em todo o País (Botânica); dama de companhia.

13 Servir de modelo; rebolava; “Senhor”.

Post it

“A vida afectiva é a única que vale a pena. A outra apenas serve para organizar na consciência o

processo da inutilidade de tudo.”Miguel Torga