o Projeto de Política Da Primeira República

2
O PROJETO DE POLÍTICA DA PRIMEIRA REPÚBLICA Nilton Andrade Ribeiro Ma. Grasiela Faculdade Joaquim Nabuco / FAL Licenciatura em História (5º Período) – História do Brasil Republicano 23/03/2015 Palavra Chave: Primeira República; Política; Estadualização. 1 INTRODUÇÃO O debate republicano encontra-se suas raízes no período imperial do Brasil, e, entre outros fatores, segundo o autor José Murilo de Carvalho, a teoria positivista de Auguste Comte, estará influenciando os nossos legisladores tanto no império quanto no período republicano, pelo qual, se fará ima leitura dos modelos de república na França e na América para adaptar à realidade brasileira. O autor trás o debate sobre qual será a ideia de liberdade, ou seja, a maneira como se está pensando o modelo de república, que a priori refletia ao modelo ‘Jacobino’ de participação popular, o qual não satisfazia as elites oligárquicas da época, pois, corria o risco deste ‘povo’ tomar o poder e desestruturar aquilo que teria sido planejado para o Estado por estas elites. A autora Maria Efigênia consegue ser mais clara, quando ela expõe que fazer política para essa elite não é ampliar a participação popular, e sim chegar e manterem- se no poder assegurando assim os seus interesses, o fazer

description

Artigo

Transcript of o Projeto de Política Da Primeira República

Page 1: o Projeto de Política Da Primeira República

O PROJETO DE POLÍTICA DA PRIMEIRA REPÚBLICA

Nilton Andrade Ribeiro

Ma. Grasiela

Faculdade Joaquim Nabuco / FAL

Licenciatura em História (5º Período) – História do Brasil Republicano

23/03/2015

Palavra Chave: Primeira República; Política; Estadualização.

1 INTRODUÇÃO

O debate republicano encontra-se suas raízes no período imperial do Brasil, e, entre outros fatores, segundo o autor José Murilo de Carvalho, a teoria positivista de Auguste Comte, estará influenciando os nossos legisladores tanto no império quanto no período republicano, pelo qual, se fará ima leitura dos modelos de república na França e na América para adaptar à realidade brasileira. O autor trás o debate sobre qual será a ideia de liberdade, ou seja, a maneira como se está pensando o modelo de república, que a priori refletia ao modelo ‘Jacobino’ de participação popular, o qual não satisfazia as elites oligárquicas da época, pois, corria o risco deste ‘povo’ tomar o poder e desestruturar aquilo que teria sido planejado para o Estado por estas elites. A autora Maria Efigênia consegue ser mais clara, quando ela expõe que fazer política para essa elite não é ampliar a participação popular, e sim chegar e manterem-se no poder assegurando assim os seus interesses, o fazer público não reflete o pensamento coletivo, mas o pensamento de uma posição unilateral oligárquica. A república dos tempos modernos pode-se, portanto entender, como um conjunto de representações para o poder (Público = Particular), o que a autora se refere à constituição de 1891 por refletir nuances da constituição de 1824 que foi outorgada, a nova constituição respeita o direito individual, mas, não o direito social excluindo a participação dos analfabetos, mulheres e negros. Este poder partia do município (Coronel) para levar seus representantes ao governo do Estado e que por sua vez chegar a Presidência da República. Neste cenário São Paulo e Minas Gerais de destacam, segundo a autora por estarem bem estruturados, onde os municípios podiam escolher seus candidatos sem muita oposição, alianças eram feitas que facilitassem o acesso ao governo da Presidência da República.