O “PULMÃO DO MUNDO” ESTÁ QUEIMANDO ?

A AMAZÔNIA NÃO É O “PULMÃO DO MUNDO”A amazônia é uma floresta pluvial tropical, bioma mais naturalmente produtivo da Terra; profundamente estável, em homeostase; dessa forma, A AMAZÔNIA NÃO PODE SER CHAMADA DE PULMÃO DO MUNDO, pois praticamente tudo que ele produz, ela mesma consome. As queimadas e o desmatamento reduzem drasticamente sua biodiversidade, afetando o meio ambiente. A redução de sua cobertura vegetal impacta negativamente na formação de vapor d’água, alterando seu regime de chuvas. O desmatamento e as queimadas da amazônia tem grande impacto no ambiente e na redução da biodiversidade.

DESMATAMENTO EM QUEDA LIVREA Amazônia Legal registrou a menor taxa de desmatamento na série histórica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

TAXAS CONSOLIDADAS 1988 A 2012 Taxa de desmatamento anual na Amazônia Legal

Entre agosto de 2011 e julho de 2012, houve queda de

FONTES: Ministério do Meio Ambiente - http://www.mma.gov.br/informma/item/8873-desmatamento-em-queda-livre; Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal)

na devastação do bioma em relação ao mesmo período anterior.

Os dados estimados pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes) mostram que o desflorestamento é de 4.656 km² para o período de 2011-2012.

Esses fatores, dentre outros, podem provocar alterações climáticas como a elevação da temperatura e redução da umidade e da pluviosidade.

A mata densa, característica das florestas pluviais tropicais, deverá ser substituída por vegetação esparsa, com menor estratificação vertical; provocando dano ambiental inestimável, com grande redução da biodiversidade.

EQUILÍBRIO HÍDRICOCerca de 50% da precipitação (chuva) que ocorre na floresta amazônica depende totalmente de evapotranspiração vegetal que nela ocorre. Alguns fatores colaboram para potencializar a quebra desse equiíbrio hídrico:

1988

35000

km2 /

ano

30000

25000

20000

15000

10000

5000

02012

1 3

2

27%

Criação de estradas e rodovias

Substituição de áreas de floresta por cultura de soja, devido a expansão da fronteira agrícola do cerrado em direção ao norte do país

Surgimento de projetos agropecuários, demandando grandres áreas da floresta que são desmatadas e queimadas progressivamente.

2012

Leia atentamente o texto abaixo:

Navegar no ar

O timoneiro Gerard Moss aderna a embarcação alguns graus a bombordo. Um leve ajuste de rota e atingimos a corrente principal do rio. É uma bacia de rios amplos: alguns podem ter até 800 quilômetros de largura. O motor (de proa, e não de popa, como se poderia esperar) faz muito barulho, o que dificulta a conversa dentro da nave. Tudo em volta é azul e branco, cores que também adornam nossa nau. Azul do céu e branco das nuvens, uma vez que estamos a cerca de 3 mil metros de altitude. Nosso “barco” é o avião monomotor PT-RXE (Romeo), no qual Moss, nosso “timoneiro”, navega. A “corrente” em questão é um rio voador – um curso de água atmosférico, invisível, que transporta pelos ares umidade e vapor de água a partir da Bacia Amazônica, no Norte do Brasil, para outros pontos do país. E cuja “foz” influencia, de forma decisiva, o clima, as chuvas e a umidade, ao “desaguar” em regiões a milhares de quilômetros.(...) “Navegar” pelos rios voadores a bordo do avião de Moss vem permitindo a meteorologistas e estudiosos das mudanças climáticas entenderem como a condensação de água na região amazônica influencia a formação de chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Três quartos da chuva que cai sobre a Amazônia retornam à atmosfera na forma de vapor, originário da evaporação dos rios e da transpiração das árvores.

Fonte: http://www.petrobras.com/pt/magazine/post/navegar-no-ar.htm acesso em 08 de março de 2013, 14h23

Segundo o texto, o estudo feito pelos rios voadores revelou correntes aéreas que transportam vapor de água da Amazônia até o Sul do Brasil. Essa iniciativa científica auxiliará:

a) a compreensão do papel da Amazônia como pulmão verde da Terra.

b) o desmatamento ordenado da Amazônia, preservando seus rios voadores.

c) a transformação da floresta tropical fluvial em cerrado, sem prejuízo à formação de chuvas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

d) a diversificação do transporte aéreo na região amazônica, muito dependente atualmente de ferrovias e rodovias.

e) a criação de estratégias de preservação ambiental que preservem a cobertura vegetal amazônica, a fim de garantir uma parte do suprimento de chuvas no sul e sudeste brasileiro.

Observe os dados do ministério do meio ambiente sobre o desmatamento na região amazônica no período 1988 a 2012

Baseado nas informações acima e nos seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar:

a) A ocorrência do desmatamento aumentou no período entre 2004 e 2012, prejudicando o meio ambiente e a biodiversidade local.

b) É provável que a redução do desmatamento no período de 2004 a 2012 tenha favorecido a dinâmica do bioma local.

c) No período entre 1995 e 2004 houve expressivo aumento na cobertura vegetal amazônica, provocando crescimento na densidade populacional das espécies vegetais remanescentes.

d) O desmatamento, associado às queimadas, reduz a biodiversidade, porém favorece o solo enriquecendo sua cobertura vegetal pela transferência de matéria orgânica às plantas.

e) Apesar de causar impactados negativos para o meio ambiente, o desmatamento não ocasiona redução da biodiversidade, pois elimina apenas as espécies menos aptas, favorecendo as mais aptas, potencializando os efeitos da seleção natural.

H22 – Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.

H19 – Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica ou ambiental.

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TAXAS CONSOLIDADAS 1988 A 2012 Taxa de desmatamento anual na Amazônia Legal

Os dados estimados pelo Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes) mostram que o desflorestamento é de 4.656 km² para o período de 2011-2012.

1988

35000

km2 /

ano

30000

25000

20000

15000

10000

5000

02012

2012

Leia o texto abaixo:

O Programa Um Milhão de Cisternas Rurais (P1MC), lançado em 2000, foi criado para fazer do céu um manancial de água potável para cerca de 5 milhões de pessoas nos próximos cinco anos no interior do Nordeste, açoitado por frequentes secas. Na semiárida Região Nordeste do Brasil chove pelo menos 200 milímetros nos anos mais secos, o suficiente para abastecer cinco pessoas por ano com o armazenamento da água que cai no telhado. Atualmente, durante a seca, as pessoas, em geral as mães de família, têm de caminhar várias horas em busca de água nos açudes compartilhados com animais e parasitas, a única fonte disponível, mas também causa de diarreias e da elevada mortalidade infantil da região.

http://www.eco21.com.br/textos/textos.asp?ID=957 (adaptado).

Sobre a captação da água da chuva em cisternas, seu armazenamento e posterior tratamento para o consumo humano do P1MC, podemos afirmar que essa iniciativa:

a) é desnecessária, pois seus custos são maiores que um possível subsídio a venda de água mineral para os moradores.

b) é desnecessária, já que carros-pipa transportam com baixo custo água para essa região, abastecendo seus moradores.

c) é necessária, já que a água da chuva, após seu armazenamento e tratamento adequado, representa uma fonte de pronto acesso a baixo custo aos moradores.

d) é necessária, apesar de insuficiente para acabar com a escassez de água, pois a água de chuva armazenada em cisternas nunca pode ser consumida pelos moradores, apenas por animais.

e) é necessária, já que a escassez de água potável não se deve a falta de chuvas, mas sim da contaminação dos recursos hídricos por animais e parasitas típicos da região.

H30 – Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do ambiente.

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